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NUTRIÇÃO CLÍNICA

Elaborado por: Mari Batista


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NUTRIÇÃO CLÍNICA
DIABETES MELLITUS
3

18 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

29 OBESIDADE
adaepaM
Apostila de

43 DOENÇA RENAL CRÔNICA

Material de estudo elaborado em


mapas e esquemas coloridos para
facilitar a sua compreensão,
memorização e aprendizagem dos
assuntos de nutrição clínica mais
cobrados nas provas de residências e
concursos do Brasil.

Fica estritamente proibida a cópia ou retransmissão/compartilhamento parcial ou total desta


apostila por qualquer meio sem a autorização escrita e formal da autora.
Mari Batista - @nutriapplicada
Nutri Aplicada © 2021 . Todos os direitos reservados
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Diabetes
Mellitus

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DIABETES MELLITUS
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O que é Diabetes
O diabetes mellitus (DM) consiste em um distúrbio
Mellitus? metabólico caracterizado por hiperglicemia
persistente, decorrente de deficiência na produção
de insulina ou na sua ação, ou em ambos os
mecanismos.

Classificação
Tipo 1A
etiológica Deficiência de insulina
DM tipo 1
por destruição
autoimune das células
β comprovada por
DM tipo 2 exames laboratoriais.
Perda progressiva de
DM gestacional
secreção insulínica Tipo 1B
Hiperglicemia de graus
combinada com Deficiência de insulina
variados diagnosticada
resistência à insulina. de natureza idiopática.
durante a gestação, na
ausência de critérios de
DM prévio.

FONTE: SBD, 2019-2020

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DIABETES MELLITUS
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Diabetes mellitus tipo 1

O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma É mais frequentemente


doença autoimune, poligênica, decorrente diagnosticado em crianças,
de destruição das células β pancreáticas, adolescentes e, em alguns
ocasionando deficiência completa na casos, em adultos jovens.
produção de insulina.

x
Afeta igualmente homens e mulheres.

Diabetes mellitus tipo 1A Diabetes mellitus tipo 1B


Forma mais frequente de A denominação 1B, ou
DM1, confirmada pela idiopático, é atribuída aos
positividade de um ou casos de DM1 nos quais os
mais autoanticorpos. autoanticorpos não são
detectáveis na circulação.

Estágios do DM tipo 1 e suas características


Estágios
1 2 3
Autoimunidade Anticorpos positivos Anticorpos positivos Anticorpos positivos

Disglicemia: níveis Hiperglicemia


glicêmicos alterados, evidente e de início
Normoglicemia: compatíveis com pré- recente, critérios
Níveis glicêmicos
glicemia de jejum, diabetes (jejum entre clássicos para
para
TOTG e HbA1c 100 e 125 mg/dL, 2
diagnóstico de DM
diagnóstico
normais
horas no TOTG entre (glicemia de jejum ≥
140 e 199 mg/dL, ou 126 mg/dL, 2 horas no
HbA1c entre 5,7 e TOTG ≥
200 mg/dL,
6,4%) ou HbA1c ≥
6,5%*)

Sintomas Ausentes Ausentes Presentes


* Em pacientes sintomáticos, deve-se preferir diagnóstico pelas dosagens diretas de glicemia em vez da determinação de HbA1c.

HbA1c: hemoglobina glicada; TOTG: teste oral de tolerância à glicose; DM: diabetes mellitus.
FONTE: SBD, 2019-2020

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Diabetes mellitus tipo 2

O diabetes mellitus tipo 2 (DM2)


corresponde a 90 a 95% de todos os casos
de DM. Possui etiologia complexa e
multifatorial, envolvendo componentes
genético e ambiental.

História familiar da doença

Avançar da idade
Fatores de riscos:
Obesidade

Sedentarismo
Presença de
Diagnóstico prévio
componentes da
de pré-diabetes ou
síndrome metabólica,
diabetes mellitus
tais como hipertensão
gestacional (DMG)
arterial e dislipidemia.

Sintomas clássicos de hiperglicemia

Emagrecimento
Poliúria inexplicado

Polifagia
Polidipsia

FONTE: SBD, 2019-2020

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DIABETES MELLITUS
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Indicação para rastreamento do


DM2 em indivíduos assintomáticos

Indivíduos com idade < 45 anos

Sobrepeso ou obesidade

Mais um fator de risco para DM


dentre os seguintes:

• Hipertensão arterial; • Pré-diabetes;


• HDL-c < 35 mg/dL e/ou • História familiar de DM (parente
triglicérides > 250 mg/dL; de primeiro grau);
• Síndrome de ovários policísticos; • Raça/etnia de alto risco para DM
• Sedentarismo; (negros, hispânicos ou índios Pima);
• Acantose nigricans. • Mulheres com diagnóstico prévio
de DMG;
• História de doença cardiovascular;

FONTE: SBD, 2019-2020

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Critérios laboratoriais
para diagnóstico
OMS emprega valor
de corte de 110 mg/dL
para normalidade da Normoglicemia
glicose em jejum.

Glicose 2 horas após


Glicemia de jejum sobrecarga
HbA1c (%)
(mg/dL) com 75g de glicose
(mg/dL)

< 100 < 140 < 5,7

FONTE: SBD, 2019-2020

Pré-diabetes ou risco
aumentado para DM
Glicose 2 horas após
Glicemia de jejum sobrecarga
HbA1c (%)
(mg/dL) com 75g de glicose
(mg/dL)

≥ 100 e < 126 ≥ 140 e < 200 ≥ 5,7 e < 6,5


FONTE: SBD, 2019-2020

Positividade de
qualquer dos
parâmetros confirma
diagnóstico de pré-diabetes.

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Critérios laboratoriais
para diagnóstico

Diabetes estabelecido

Glicose 2 horas após


Glicemia de jejum sobrecarga
Glicose ao acaso
HbA1c (%)
(mg/dL) com 75g de glicose (mg/dL)
(mg/dL)

≥ 200 com sintomas


≥ 126 ≥ 200 inequívocos de ≥ 6,5
hiperglicemia.

FONTE: SBD, 2019-2020

Positividade de qualquer dos parâmetros


confirma diagnóstico de DM.

Método de HbA1c deve ser o padronizado.


Na ausência de sintomas de hiperglicemia, é
necessário confirmar o diagnóstico pela
repetição de testes.

Os critérios diagnósticos
para DM1 são semelhantes
aos utilizados no DM2.

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Prevenção ou retardo do
diabetes mellitus tipo 2
Dieta alimentar para
perda de, em média, 7%
do peso inicial ao longo
de 6 meses, ao ritmo de
0,5 a 1,0 kg/mês.
Medidas não farmacológicas Dieta prescrita

Déficit entre 500 e 1.000


calorias/dia em relação ao
Atividade total necessário para
física manter-se o peso, com
prescrita retirada preferencial das
A recomendação é de gorduras saturadas.
atividade física aeróbica
moderada (tipicamente,
caminhar rápido) por 150
minutos/semana.

Intervenções farmacológicas

Uso de metformina para


prevenção do diabetes
mellitus tipo 2

FONTE: SBD, 2019-2020

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Metas de controle metabólico de


acordo com sociedades científicas

Glicemia pré-prandial Glicemia pós-prandial HbA1c (%)


Sociedade (mg/dL) (mg/dL)

Associação Americana de
80 a 130 <180 <7
Diabetes (ADA)

Federação Internacional
<115 <160 <7
de Diabetes (IDF)
Associação Americana de
Endocrinologistas <110 <140 <6,5
Clínicos (AACE)
Sociedade Brasileira de
<100 <160 <7
Diabetes (SBD)

Pacientes hospitalizados

A terapia insulínica deverá ser iniciada quando


persistirem patamares glicêmicos acima de 180
mg/dL.

Uma vez instituída a insulinoterapia, a meta


glicêmica recomendada está entre 140 e 180 mg/dL
para a maioria dos pacientes críticos e não críticos.

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DIABETES MELLITUS
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Terapia nutricional

Glicemia pré-prandial
Sacarose
(mg/dL)
Carboidratos (CHO) Máximo 5 a 10%
45 a 60% do VET
É possível usar padrões
alimentares com menor teor de
carboidratos para DM2 de forma Frutose
individualizada e acompanhada
por profissional especializado. Não se recomenda
Não inferior a 130g/dia
adição aos
Macronutrientes alimentos

Proteína
15 a 20% do VET Fibra alimentar
Gordura total (GT) Mínimo
20 a 35% do VET 14 g/1.000 kcal (DM1)
Dar preferência para ácidos 20 g/1.000 kcal (DM2)
graxos monoinsaturados e poli-
insaturados; limitar saturados em
até 10% e isenta de trans.

Vitaminas e minerais

Micronutrientes Seguem as
recomendações da
população sem diabetes.

FONTE: SBD, 2019-2020

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Diabetes mellitus gestacional


(DMG)

A gestação consiste em Intolerância a carboidratos de gravidade


condição diabetogênica. variável, que se inicia durante a
gestação atual, sem ter previamente
preenchido os critérios diagnósticos de DM.

Geralmente diagnosticado
no segundo ou terceiro
trimestres da gestação.

Transitório ou não e fator


independente para futuro DM2

• Crescimento fetal excessivo,


polidrâmnio, hipertensão ou
pré-eclâmpsia na gravidez atual.
• Baixa estatura (inferior a 1,5 m).
• Idade materna avançada.
• Hemoglobina glicada ≥
5,9% no primeiro trimestre.
• Sobrepeso, obesidade ou
ganho excessivo de peso Fatores de risco • Antecedentes obstétricos
na gravidez atual. de abortamentos de
repetição, malformações,
•Deposição central morte fetal ou neonatal,
excessiva de gordura macrossomia ou DMG.
corporal. • História familiar de
diabetes em parentes de • Síndrome de ovários
primeiro grau. policísticos.
FONTE: SBD, 2019-2020

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Recomendações para rastreamento e


diagnóstico de DMG
Na primeira consulta de pré-
natal, recomenda-se avaliar as
mulheres quanto à presença de O diagnóstico de DM será
DM prévio, não diagnosticado e feito se um dos testes a seguir
francamente manifesto. apresentar-se alterado:

Glicemia 2 horas após


sobrecarga com 75 g de
glicose Glicemia em jejum
≥ 200 mg/dL ≥ 126 mg/dL


Glicemia aleatória
A confirmação será feita pela
repetição dos exames alterados,
200 mg/dL na presença HbA1c ≥ 6,5%
de sintomas
na ausência de sintomas.

Sugere-se que seja feita dosagem de glicemia de jejum em


todas as mulheres na primeira consulta de pré-natal.

Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de


jejum≥ 92 mg/dL, devem receber diagnóstico de DMG.

FONTE: SBD, 2019-2020

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DIABETES MELLITUS
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Recomendações para rastreamento e


diagnóstico de DMG

Toda mulher com glicemia de jejum < 92 mg/dL inicial


deve ser submetida a teste de sobrecarga oral com 75 g
de glicose anidra entre 24 e 28 semanas de gestação,
sendo o diagnóstico de diabetes gestacional
estabelecido quando no mínimo um dos valores a seguir
encontrar-se alterado:

Glicemia 1 hora
Glicemia 2 horas Glicemia em jejum após sobrecarga
após sobrecarga ≥ 92 mg/dL ≥ 180 mg/dL
≥ 153 mg/dL

Ganho de peso recomendado

Ganho de peso (kg)


IMC pré-gestacional Ganho de peso (kg) Ganho de peso (kg)
semanal no 2º e 3º trimestres
(kg/m2) total até a 14ª semana (a partir da 14ª semana)
total na gestação

0,51
Baixo peso < 18,5 1,0–3,0 12,5–18,0
(0,44–0,58)

Adequado 0,42
1,0–3,0 11,5–16,0
entre 18,5 e 24,9 (0,35–0,50)
Sobrepeso 0,28
1,0–3,0 7,0–11,5
entre 25,0 e 29,9 (0,23–0,33)
0,22
Obesidade 0,2–2,0 5,0–9,0
≥ 30,0
(0,17–0,27)

FONTE: SBD, 2019-2020

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Dietoterapia para DMG

Deve-se dar preferência ao O valor calórico


consumo de alimentos total prescrito deve
que contenham carboidratos ser individualizado
com baixo índice glicêmico.

40 a 55% de 15 a 20% de 30 a 40% de


28 g de fibras
carboidratos proteínas gorduras

Mínimo diário Mínimo de 71 g de


de 175 g de proteínas
carboidratos (1,1 g/kg/dia)

Os edulcorantes (aspartame, sacarina, acessulfame-


K e sucralose) podem ser usados como alternativa
para a substituição da sacarose.

FONTE: SBD, 2019-2020

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Anotações

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Hipertensão

Sistêmica
Arterial
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Conceituação

A Hipertensão arterial
Agrava-se pela Sistêmica (HAS) é uma
presença de outros condição clínica multifatorial
fatores de risco (FR), caracterizada por elevação
como dislipidemia, sustentada dos Mantém associação
níveis pressóricos independente com eventos
obesidade abdominal,
intolerância à glicose e ≥ 140 e/ou 90 mmHg. como morte súbita, acidente
diabetes melito (DM). vascular encefálico (AVE),
infarto agudo do miocárdio
(IAM), insuficiência cardíaca
(IC), doença arterial
periférica (DAP) e doença
Frequentemente se associa a
renal crônica (DRC), fatal e
distúrbios metabólicos, alterações
não fatal.
funcionais e/ou estruturais de
órgãos-alvo.

Órgãos alvos
Agravada pela
presença de outros
fatores de risco,
como dislipidemia, Coração
obesidade abdominal,
intolerência à glicose Rins
e Diabete Melito. Cérebro Retina
Vasos

FONTE: SBC, 2016


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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Fatores de risco

Sedentarismo

Idade: Excesso de
peso e
≥ 60 anos obesidade.

Fatores
socioeconômicos: Consumo
Quanto menor o nível excessivo
de escolaridade, de sódio.
maior é a prevalência
de HA.

Sexo e etnia: Ingestão de álcool


Maior entre Consumo crônico e
mulheres e elevado de bebidas
pessoas de raça alcoólicas aumenta a PA
negra/cor preta. de forma consistente.

FONTE: SBC, 2016


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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Classificação

CLASSIFICAÇÃO PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)

Normal ≤ 120 ≤ 80
Pré-hipertensão 121-139 81-89

Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99

Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109

Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110


FONTE: SBC, 2016

Considera-se hipertensão sistólica isolada se


PAS ≥
140 mmHg e PAD < 90 mmHg, devendo a Quando a PAS e a PAD
mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3. situam-se em categorias
diferentes, a maior deve
ser utilizada para
classificaçã o da PA.

< 140/90 mmHg

Hipertensos estágios
1 e 2, com risco CV
baixo e moderado e < 130/80 mmHg*
Metas pressóricas HA estágio 3.
recomendadas *Para pacientes com
doenças coronarianas, a PA
não deve ficar < 120/70
Hipertensos estágios mmHg, particularmente
com a diastólica abaixo de
1 e 2 com risco CV 60 mmHg pelo risco de
hipoperfusão coronariana,
alto. lesão miocárdica e eventos
PAS= Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica; CV = Cardiovascular cardiovasculares.

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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Terapia nutricional

Visa não apenas à redução dos níveis


pressóricos,mas também a
incoproração de hábitos alimentares
saudáveis permamentes.
Conjunto de medidas terapêuticas, não
medicamentosa, que visam diminuir a
morbimortalidade por meio de
modificação do estilo de vida.

Envolve

Controle ponderal
Medidas
nutricionais
Controle do
estresse Redução do Prática de
consumo de atividades
Cessação do bebidas físicas
tabagismo alcoólicas

FONTE: SBC, 2016


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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Recomendações dietéticas

Seus efeitos sobre a


Pressão Arterial.

Redução aproximada
Recomendação
MEDIDA da PAS/PAD

Manter IMC < 25 kg/m2 até 65 anos.


Controle 20-30% de diminuição da PA Manter IMC < 27 kg/m2 após 65 anos.
do peso para cada 5% de perda Manter CA < 80 cm nas mulheres
ponderal. e < 94 cm nos homens.

Padrão Redução de 6,7/3,5 mmHg Adotar a dieta DASH


alimentar

Redução de 2 a 7 mmHg na PAS Restringir o consumo diário de


e de 1 a 3 mmHg na PAD sódio para 2,0 g, ou seja,
com redução progressiva de 2,4 a
Restrição do 5 g de cloreto de sódio.
1,5 g sódio/dia, respectivamente.
consumo de sódio
Redução de 3,31/2,04 mmHg Limitar o consumo diário de álcool a
1 dose nas mulheres e
com a redução de 3-6 para
pessoas com baixo peso
Moderação no 1-2 doses/dia
e 2 doses nos homens.
consumo de álcool

Uma dose contém cerca de 14g


de etanol e equivale a 350 ml
de cerveja, 150 ml de vinho e 45
ml de bebida destilada.

PAS= Pressão Arterial Sistólica; PAD = Pressão Arterial Diastólica FONTE: SBC, 2016
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Aspectos nutricionais

O sucesso do tratamento da HA
com medidas nutricionais
depende da adoção de um plano
alimentar saudável e sustentável.
Dietas radicais
resulta em
abandono do
tratamento.

Redução do O alto consumo de sódio está


consumo de relacionado com o aumento da PA.
sódio O consumo médio do
brasileiro é muito alto
(11,4 g/dia)

Ácidos Os ácidos graxos ômega-3 provenientes dos óleos de


graxos peixe (eicosapentaenoico – EPA e docosaexaenoico - DHA)
insaturados estão associados com redução modesta da PA.

A ingestão de fibras promove discreta


Fibras diminuição da PA, destacando-se o beta
glucano proveniente da aveia e da cevada.

O consumo de oleaginosas auxilia no controle de vários FRCV.


Oleaginosas E consumir diferentes tipos de castanha é eficiente para diminuir
a PA.

HA = Hipertensão Arterial; PA = Pressão Arterial; FRCV = Fatores de Riscos Cardiovasculares FONTE: SBC, 2016
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Aspectos nutricionais

A ingestão de laticínios, em especial os


com baixo teor de gordura, reduz a PA.
Laticínios
O leite contém vários componentes como cálcio, potássio
e peptídeos bioativos que podem diminuir a PA.

Níveis séricos baixos de vitamina D se associam com maior


Vitamina D
incidência de HA. Exceto com a suplementação.

O alho possui inúmeros componentes bioativos, como a alicina


(encontrada no alho cru) e a s-alil-cisteína (encontrada no alho
Alho processado). Discreta diminuição da PA tem sido relatada com a
suplementação de várias formas do alho.

O café, apesar de rico em cafeína, substância com efeito


pressor agudo, possui polifenóis que podem favorecer a
Café redução da PA.
Recomenda-se que o consumo não exceda quantidades
baixas a moderadas.

HA = Hipertensão Arterial; PA = Pressão Arterial FONTE: SBC, 2016


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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Aspectos nutricionais

O chá verde, além de ser rico em polifenóis, em especial as


catequinas, possui cafeína.
Chá verde
Recomenda-se o consumo em doses baixas.

O chocolate com pelo menos 70% de cacau pode promover


Chocolate
discreta redução da PA, devido às altas concentrações de
amargo polifenóis.

O consumo habitual de álcool eleva a PA de forma


linear e o consumo excessivo associa-se com aumento
Álcool na incidência de HA.

Recomenda-se moderação no consumo de álcool.

HA = Hipertensão Arterial; PA = Pressão Arterial FONTE: SBC, 2016


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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
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Características do plano
alimentar DASH
Grupo de alimentos Porções Principal nutriente

Energia
Cereais e grãos 7 a 8/dia
e fibra

Hortaliças 4 a 5/dia
Potássio,
magnésio
e fibra
Frutas
4 a 5/dia

Laticínios sem ou Cálcio e


com pouca gordura 2 a 3/dia proteína

Proteína e
2 ou menos/dia
Carnes magnésio

Energia,
Oleaginosas e magnésio,
4 a 5/semana
leguminosas potássio,
proteína
e fibra
Gorduras
2 a 3/dia
e óleos

Energia
Doces 5/semana

FONTE: Cuppari, 2019


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Anotações

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Obesidade
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OBESIDADE
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Introdução

A obesidade é uma
doença metabólica
crônica e multifatorial. Além dos fatores nutricionais, os
aspectos genéticos, metabólicos,
psicossociais, culturais, entre outros
atuam na origem e manutenção.

Definição

Sobrepeso Obesidade

Excesso de adiposidade

Aumento exclusivo
de massa corporal.
Enfermidade crônica na qual há
acúmulo anormal ou excessivo de
gordura no tecido adiposo que leva
a um comprometimento da saúde.

FONTE: ABESO, 2016


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OBESIDADE
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Classificação segundo o
Índice de Massa Corporal (IMC)

IMC (kg/m² Classificação Obesidade grau/classe Risco de doença

<18,5 Magreza ou baixo peso 0 Normal ou elevado


18,5 a 24,9 Normal ou eutrófico 0 Normal

25,0 a 29,9 Sobrepeso ou pré-obeso 0 Pouco elevado

30,0 a 34,9 Obesidade I Elevado


35,0 a 39,9 Obesidade severa II Muito elevado

≥40,0 Obesidade mórbida III Muitíssimo elevado


FONTE: WHO; OMS

IDOSOS
Valores de IMC menor ou igual a 22,0: idoso com baixo peso.
Valores de IMC maior que 22,0 e menor que 27,0: idoso com peso adequado (eutrófico).
Valores de IMC maior ou igual a 27,0: idoso com sobrepeso.

O Ministério da Saúde aceita que no idoso


(definido no Brasil como com 60 anos ou
mais), o IMC normal varia de >22 a <27
kg/m2 pela diminuição de massa magra e
maior risco de sarcopenia (diminuição de
massa, força e desempenho muscular e de
incapacidade física).

31
OBESIDADE
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Valores da Circunferência da Cintura (CC)


considerados como risco para doenças associadas
à obesidade/Doenças Cardiovasculares (DCV)

Risco muito
Risco elevado elevado
Mulheres ≥80 ≥88
Homens
FONTE: WHO; OMS
≥94 ≥102

Padrões percentuais de gordura corporal, por


sexo e risco de comorbidades associadas ao
estado nutricional

Classificação Homens Mulheres


Risco (desnutrição) ≤5% ≤8%
Abaixo da média 6 a 14% 9 a 22%
Média 15% 23%
Acima da média 16 a 24% 24 a 31%
Risco (obesidade) ≥25% ≥32%
FONTE: Lohman, 1992

32
OBESIDADE
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Tratamento dietético

A dieta deve ser prescrita de forma


Adequação de nutrientes
individualizada, levando em
consideração o estado de saúde e
as preferências do paciente. 20% a 30% de gorduras;

55% a 60% de carboidratos;

15% a 20% de proteínas.

Vitaminas e minerais
são alcançadas as
necessidades totais
nos planos de
1.200kcal ou mais

Fibras: entre 20g e 30g/dia

Colesterol: não mais que 300g/dia

Cloreto de sódio: quantidade adequada à situação biológica individual

Líquidos: 1.500ml para cada 1.000kcal

Distribuição: sugere-se 6 refeições/dia

FONTE: ABESO, 2016


33
OBESIDADE
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Tratamento dietético

Redução
calórica

Para um déficit de
1.000 a 1.500 kcal por dia para mulheres
500 a 1.000 kcal/dia.
1.200 a 1.800 kcal por dia para homens

1.200 a 1.500 kcal por dia para mulheres


Para um déficit de
1.500 a 1.800 kcal por dia para homens 500 a 750 kcal/dia.

FONTE: ABESO, 2016


34
OBESIDADE
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Tratamento dietético

O tratamento dietético é mais bem sucedido quando


aliado a um programa de modificação comportamental
que envolva aumento no gasto energético,
promovendo um balanço energético negativo.

Princípios do comer intuitivo

Rejeitar a Descobrir o
mentalidade fator de
de dieta satisfação

Lidar com as
Honrar emoções sem
a fome usar a comida

Fazer as pazes
Respeitar
com a comida
seu corpo

Desafiar o
Exercita-se
policial
e sentir a
alimentar
diferença

Sentir Honrar
saciedade a saúde
FONTE: ABESO, 2016
35
OBESIDADE
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Tratamento farmacológico

O tratamento da
obesidade é complexo
O tratamento farmacológico é adjuvante das e multidisciplinar.
terapias dirigidas com foco na modificação
dos hábitos de vida relacionados com
orientações nutricionais para diminuir o
consumo de calorias na alimentação e
exercícios para aumentar o gasto calórico.

Não deve ser usado como


tratamento na ausência de
outras medidas não
farmacológicas.

Indivíduos com IMC normal e


aumento da circunferência
abdominal são considerados
obesos viscerais e devem ser
Deve-se estabelecer o grau de obesidade tratados na presença de
estando indicado o tratamento comorbidades (associadas à
obesidade e síndrome
medicamentoso quando: metabólica.

IMC maior ou
igual a Falha em perder peso com o
30 kg/m2; IMC maior ou igual a 25 ou tratamento não farmacológico.
27 kg/m2 na presença de
comorbidades (dependendo A história prévia de falência
do medicamento); com tentativa com dieta com
restrição calórica é suficiente.

FONTE: ABESO, 2016


36
OBESIDADE
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Tratamento cirúrgico

Pacientes com IMC igual ou superior a 45 kg/m²


apresentam uma diminuição da expectativa de
Cirurgia bariátrica
vida e um aumento da mortalidade por causa
cardiovascular, que pode chegar a 190%.

Recurso consistente nos


Redução nos índices casos de obesidade grave
de mortalidade. com falha documentada
de tratamento clínico.

Melhora de
comorbidades
IMC maior a 40 kg/m² ou
clínicas.
35 kg/m² com uma ou
mais comorbidades graves Idade de 18
relacionadas com a a 65 anos
obesidade.

Indicações
Documentação de que os pacientes não
Nas quais a perda de conseguiram perder peso ou manter a
peso induzida em que perda de peso apesar de cuidados médicos
cirurgicamente é capaz apropriados realizados regularmente há
de melhorar a condição. pelo menos dois anos.

Dietoterapia
Tratamento
farmacológico
Atividade física Psicoterapia
FONTE: ABESO, 2016
37
OBESIDADE
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Tratamento cirúrgico

Contraindicações
Dependência
Doenças
atual de álcool
psquiátricas
ou drogas ilícitas
graves sem
controle
Absolutas ou
relativas
Risco anestésico e
cirúrgico inaceitável
classificado como
Causas endócrinas ASA-IV
tratáveis de obesidade
Dificuldade de compreender
riscos, benefícios, resultados
esperados, alternativas de
Exemplo: Síndrome de Cushing, tratamento e mudanças no
mas não a obesidade estilo de vida requeridas após
hipotalâmica intratável o procedimento

Técnicas cirúrgicas

Banda gástrica ajustável


Balão intragástrico (BIG)
Derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR)
Derivação biliopancreática (DBP/S) com gastrectomia horizontal – técnica de Scopinaro
Derivação biliopancreática com duodenal switch (DBP/DS)
Gastrectomia vertical (ou em manga, sleeve)

FONTE: ABESO, 2016


38
OBESIDADE
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ATENÇÃO DIETÉTICA
Pré-operatório

Estimular o
Adaptção às alterações desenvolvimento e
atenção para a sua
na fisiologia
própria alimentação.

Oferecer um plano de
restrição energética

Visando o emgrecimento
no pré-operatório

Objetivos nutricionais
Contribuir para a Promover expectativas
redução do risco cirúrgico reais de perda de peso

Modificar hábitos Preparar e instruir o


alimentares inadequados paciente sobre
alimentação/suplementa
ção no pós operatório.
Contribuir para a
Tratar as deficiências melhora dos sintomas
nutricionais gastrintestinais
indesejados

FONTE: Cuppari, 2019


39
OBESIDADE
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ATENÇÃO DIETÉTICA
Pós-operatório

Modificação da dieta em
relação a consitência e
Pretende-se facilitar fatores nutricionais. Permitir que o
a adaptação do novo paciente entenda
trânsito digestivo. que sua nova
condição exige um
cuidado nutricional
especial.

Evolução da dieta Ainda não


pós-operatória há consenso

Primeira dieta prescrita após jejum pós-operatório;


Dieta líquida Ingestão de líquidos de maneiras fracionada;
Duração média de 2 dias;
de prova
Composta por água, água de coco, chás claros e bebidas isotônicas.

Restrita quanto a seu conteúdo de resíduos;


Dieta Requer mínimo trabalho digestivo;
líquida Pode ser oferecidos refrescos de frutas naturais bem diluídos e coados, caldos
bem cozidos de legumes com temperos naturais e mínimo de sal;
mínima em
NÃO deve conter leite, derivados ou açúcares de adição;
resíduos Inadequada quanto as necessidades nutricionais;
Deve ser mantida por curto período (5 a 10 dias).
FONTE: Cuppari, 2019
40
OBESIDADE
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ATENÇÃO DIETÉTICA
Pós-operatório

Pode durar de 1 a 2 semanas;


Pode incluir nas preparações leite, iogurtes, carnes e outras fontes proteicas;
Dieta Não há necessidade de se coar as preparações, basta liquidificar;
líquida Os líquidos devem ser consumidos lentamente e de acordo com a capacidade
gástrica;
completa
Sucos e outros líquidos não devem conter açúcar de adição (para evitar a
síndrome de dumping);
Geralmente se inicia a suplementação de micronutrientes.

Requer o mínimo de mastigação;


Recomenda-se que seja iniciada de 10 dias a 1 semana antes de completar 1
mês do pós-operatório;
Dieta As preparações incluem: carnes moídas ou desfiadas, arroz "papa", macarrão e
pastosa purês de legumes;
Digestibilidade ainda facilitada, mas requer maior integridade funcional do
processo digestivo e absortivo;
Cuidado para evitar preparações de alta densidade, como doces em geral;
Orientar para que no almoço e jantar a refeição seja inicidada pelas proteínas.

Bastante semelhante à dieta normal;


Possui características que conferem melhor digestibilidade;
Restrição do teor de fibras e lipídeos na dieta;
Dieta Alguns pacientes não toleram alimentos ácidos, flatulentos e condimentados;
branda Não há restrição quanto ao período de permanência nesta dieta;
Evolução para deita normal de acordo com a tolerância;
Geralmente a dieta branda é mantida por 1 mês.

Não envolve qualquer restrição;


Etapa final da evolução dietética pós-operatória;
Deverá ser adequadamente fracionada (5 a 6 refeições por dia);
Incentivar o consumo de 80g a 100g de proteínas diariamente;
Dieta Ingestão de frutas e hortaliças deve ser estimulada;
Consumo de massas presentes, mas não pode ser a base da alimentação;
normal Indicação formal e permanente de suplementos polivitamínicos e minerais;
A distribuição de macronutrientes deve seguri a distribuição normal, com
atenção à qualidade. FONTE: Cuppari, 2019
41
42
Anotações

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43
Crônica
Doença
Renal
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DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC
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Definição

Termo genérico de desordens


heterogêneas que afetam a
estrutura e a função dos rins.

Presentes por mais


de 3 meses.

Que tragam implicações


para a saúde.

Baseado em três
componentes:
Um componente temporal

Um componente
anatômico ou estrutural Um componente
(marcadores de dano funcional (baseado na
Microalbuminúria:
renal) Taxa de Filtração Excreção urinária em
Glomerular - TFG) 24 horas de 30mg a
300mg de albumina.
É portador de DRC qualquer indivíduo que:
Por um período maior ou igual a 3 meses, apresenta
TFG < 60 mL/min/1,73m² ou
Proteinúria ou
TFG > 60 mL/min/1,73m² associada a alguma evidência de lesão na macroalbuminúria:
estrutura renal (anormalidade urinária: hematúria glomerular, Excreção urinária em
microalbuminúria, proteinúria, alteração em exame de imagem como 24 horas superior a
cistos renais, anormalidades histológicas e história de transplante 300mg de albumina.
renal).

FONTE: Cuppari, 2019


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DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC
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Estadiamento da DRC de acordo com a Taxa


de Filtração Glomerular e albuminúria

Estágios de albuminúria persistente RAC(mg/g)


A1 A2 A3
Normal a
Moderadamente Gravemente
levemente
aumentada aumentada
aumentada

< 30 30 a 300 > 300


≥90
Estágios de TFG (mL/min/1,73m²)

1 Normal ou elevada - Monitorar Encaminhar

2 Redução leve 60 a 89 - Monitorar Encaminhar

3a Redução leve
a moderada 45 a 59 Monitorar Monitorar Encaminhar

3b Redução moderada
a grave 30 a 44 Monitorar Monitorar Encaminhar

4 Redução grave 15 a 29 Encaminhar Encaminhar Encaminhar

5 Falência renal < 15 Encaminhar Encaminhar Encaminhar


TFG: Taxa de Filtração Glomerular
RAC: Razão Albumina/Creatinina

Baixo risco (monitorar 1 vez/ano se presença de DRC)

Risco moderadamente aumentado (monitorar 1 vez/ano)

Alto risco (monitorar 2 vezes/ano)

Risco muito alto (monitorar 3 vezes/ano)

Risco muito alto (monitorar 4 vezes/ano ou mais)

Nota: Na ausência de evidência de dano renal, os estágios 1 e 2 não preenchem os critérios para DRC.

FONTE: Adaptada de Kdigo, 2013.


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DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC
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Indivíduos com risco de


desenvolver DRC

Risco elevado

Portadores de doença
cardiovascular
Portadores de hipertensão
arterial sitêmica Idosos
Portadores de
diabete melito Indivíduos com história
familiar de DRC

Risco moderado

Portadores de Indivíduos com infecção


glomerulopatias sistêmica e neoplasias

Indivíduos expostos a
Transplantados renais com
drogas nefrotóxicas
rejeição crônica
Portadores de litíase renal,
uropatia obstrutiva

FONTE: Cuppari, 2019


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DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC
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Principais sinais, sintomas e


manifestações clínicas da DRC

Neurológicos centrais Neurológicos periféricos


Insônia/sonolência Redução de reflexos
Tremor Fraqueza muscular
Fadiga Neuropatia autônoma
Dificuldade de concentração Cãibras
Irritabilidade Soluço

Cardiovasculares e pulmonares
Pericardite
Hipertensão arterial
Aterosclerose acelerada
Insuficiência cardíaca
Arritmia
Edema
Edema agudo de pulmão
Disfunção endotelial
Dermatológicos
Pele seca
Prurido
Equimoses
Conjuntivite
Dificuldade de cicatrização

FONTE: Cuppari, 2019


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DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC
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Principais sinais, sintomas e


manifestações clínicas da DRC

Gastrintestinais Hematológicos e imunológicos


Anorexia Anemia
Náusea/vômito Sangramento
Soluço Disfunção granulocítica
Gastrite Disfunção dos linfócitos
Sangramento digestivo Imunodeficiência
Hálito urêmico Suscetibilidade a infeções
Inflamação

Metabólicos e hormonais
Distúrbios do metabolismo mineral e ósseo
Desnutrição energético-proteica
Fraqueza muscular
Acidose metabólica
Hiperparatiroidismo
Intolerância à glicose
Resistência à insulina
Dislipidemia
Hipoalbuminemia
Hipercatabolismo proteico
Redução da libido
Impotência
Hipotermia

FONTE: Cuppari, 2019


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DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC
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Parâmetros bioquímicos e
hematológicos

Sódio, potássio, cálcio e


Elevações discretas, O PH é mantido até nas
fósforo permanecem
mas constantes nas fases mais avançadas
normais ou muito
concentrações da doença, porém com
próximo do normal até
plasmáticas de ureia e queda progressiva nos
os estágios mais
creatinina. níveis de bicarbonato.
avançados da doença.

Pode ocorrer elevação Diminuição na concentração


plasmática de potássio, da hemoglobina como
fósforo e paratormônio consequência da redução da
(PTH) e redução do calcitriol produção de eritropoietina
(1,25 di-hidroxivitamina D). pelos rins.

Anemia normocrômica
e normocítica
Terapia renal
substitutiva
(diálise)

Terapêutica empregada para remoção de solutos urêmicos


anormalmente acumulados e do excesso de água;

Restabelecimento do equilíbrio eletrolítico e acidobásico do


organismo.

FONTE: Cuppari, 2019


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Estado nutricional na DRC

Desnutrição
A prevalência de desnutrição
Estado inflamatório
na população de pacientes
aumenta o catabolismo
com DRC é elevada e varia
proteico e diminui o apetite.
entre 37 e 48%.

Ação das citocinas


pró-inflmatórias

Sarcopenia

Redução concomitante Mobilidade limitada


de massa e função
musculares Outras causas:

Enfermidades
crônicas/inflamatórias
Envelhecimento

FONTE: Cuppari, 2019


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DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC
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Estado nutricional na DRC

Estudos indicam a
Sobrepeso e obesidade obesidade como um
fator protetor na
sobrevida,
Distúrbios principalmente nos
nutricionais pacientes em
frequentes nesta hemodiálise.
Fator de risco
população independente para
o desenvolvimento
Capaz de detectar, da DRC.
A maior reserva corporal
diagnosticar, classificar
dos pacientes obesos pode
e apontar os indivíduos
conferir proteção frente
em risco nutricional.
aos episódios de
catabolismo proteico.

Avaliação nutricional
Não existe um protocolo único
para avaliação do estado
O peso e demais parâmetros nutricional e nenhum parâmetro
antropométricos devem ser isolado é capaz de fornecer
obtidos após a sessão de informação ampla sobre a
diálise ("peso seco"). condição nutricional do paciente.

Combinação de métodos

OBJETIVOS: Medidas antropométricas, bioquímicas, consumo alimentar e força de preensão manual.

SUBJETIVOS: Avaliação Global Subjetiva (ASG).

FONTE: Cuppari, 2019


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Marcadores bioquímicos mais utilizados na


avaliação nutricional do paciente com DRC

Limite de Valores desejados


Parâmetro
normalidade na DRC
Albumina (g/dL) 3,5 a 5 > 3,8 a 4
Pré-albumina (mg/dL) 19 a 38 > 30
Transferrina (mcg/dL) 250 a 450 DLN
Fase não dialítica: 0,6 a 0,8
Depende da fase da DRC
PNA (g/kg/dia Hemodiálise: 1,2
Ingestão proteica
Diálise peritoneal: 1,3
Colesterol (mg/dL) < 200 100 a 200
DLN: Dentro dos limites de normalidade FONTE: Cuppari, 2019
PNA: Equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio

Possibilita avaliar a
ingestão proteica
independentemente
do relato do paciente.

A ingestão de proteína pode ser também


estimada a partir de equações que
empregam a geração de nitrogênio
ureico em qualquer fase da doença.

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Tratamento da DRC

Fase não dialítica ou tratamento conservador

Principais objetivos
Preparar o paciente
Retardar o ritmo de
para a Terapia Renal
progressão da
Substitutiva (TRS)
disfunção renal Tratar as
Prevenir as
comorbidades
complicações

Medidas que retardam a


Equipe
progressão da DRC multiprofissional

Prevenção e
Controle da Tratamento da
tratamento da
pressão arterial: dislipidemia
obesidade e
<130/80mmHg
desnutrição

Restrição de sódio
Manutenção da para controle da
Correção da
hemoglobina Controle de pressão arterial
anemia e acidose
glicada: ingestão proteica sistêmica e
metabólica
Entre 6,5 e 7% proteinúria

FONTE: Cuppari, 2019


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Terapia nutricional na
fase NÃO DIALÍTICA

A restrição de
Utilizar o peso desejável
proteínas e fósforo
ou ajustado para o cálculo
protege o rim contra
das recomendações caso a
danos subsequentes e adequação do peso seja
reduz o ritmo da superior a 115% ou inferior
progressão da doença a 95%.
renal.

Recomendação de proteína
Estágios 1 e 2 (TFG >60mL/min) Normal- 0,8 a 1,0 g/kg/dia
Estágios 3 (TFG 30 a 59 mL/min) 0,6 a 0,75* g/kg/dia

Estágios 4 (TFG 15 a 29 mL/min) 0,6 a 0,75* g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia


suplementada com AAE e cetoácidos
0,6 a 0,75* g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia
Estágios 5 (TFG <15 mL/min)
suplementada com AAE e cetoácidos
Diabete descompensado 0,8 g/kg/dia
0,6 a 0,8 g/kg/dia
Proteinúria >3 g/24h
0,8 + 1g de proteína para cada g de proteinúria
TFG: Taxa de Filtração Glomerular FONTE: Cuppari, 2019
AAE: Aminoácidos essenciais
*Para pacientes que tenham muita dificuldade em aderir a maior restrição

Recomendação de energia
> 60 anos 30 a 35 kcal/kg/dia

< 60 anos 35 kcal/kg/dia


Carboidratos 50 a 60% do valor energético total

Lipídios 25 a 35% do valor energético total


FONTE: Cuppari, 2019

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Terapia nutricional na
fase DIALÍTICA

Hemodiálise Diálise peritoneal

Pacientes apresentam o
fator adicional da perda
diária de proteínas, que
pode variar entre 5 e
15g/dia.

Recomendações de proteína e energia


Proteína (50% de alto valor biológico)
Hemodiálise 1,1 a 1,2 g/kg/dia

Diálise peritoneal 1,2 a 1,3 g/kg/dia


Energia
Hemodiálise e diálise Peritoneal 30 a 35 kcal/kg/dia
FONTE: Adaptado de KDOQI, 2000; Fouque et al., 2007

Pode ser
fatal
POTÁSSIO
Hiperpotassemia ou hipercalemia: Principal consequência
> 5,5 mEq/L é a arritmia cardíaca

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Fatores não dietéticos e condições clínicas


que podem promover hiperpotassemia

Acidose metabólica
Constipação crônica e grave
Uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina
Uso de betabloqueadores
Condições de hipercatabolismo
Deficiência de insulina ou hiperglicemia
Uso de diuréticos poupadores de potássio
Elevada concentração de potássio na solução de diálise

Recomendações de eletrólitos, minerais e líquidos


Fase não dialítica Hemodiálise Diálise peritoneal
Potássio (mEq/dia) 50 a 70 50 a 70 70 a 100

Sódio (mg/dia) 2.000 a 2.300 2.000 a 2.300 2.000 a 3.000


Fósforo (mg/dia) 700 800 a 1.000 800 a 1.000
Máximo 2.000 (dieta + Máximo 2.000 (dieta +
Cálcio (mg/dia) 1.400 a 1.600 quelantes de quelantes de
P à base de CA) P à base de CA)
Homens: 8 Homens: 8 Homens: 8
Ferro (mg/dia)*
Mulheres: 15 Mulheres: 15 Mulheres: 15

Homens: 10 a 15 Homens: 10 a 15 Homens: 10 a 15


Zinco (mg/dia)** Mulheres: 8 a 12 Mulheres: 8 a 12 Mulheres: 8 a 12
Selênio (mcg/dia) 55 55 55
500 a 1.000 mL/dia +
Líquidos (mL/dia) Sem restrição Individualizada
diurese de 24h
* Avaliar necessidade de suplementação FONTE: Adaptada de Fouque et al., 2007.

** Não deve ser suplementado, salvo se a ingestão energética e proteica for insuficiente e se o paciente apresentar sintomas de deficiência de zinco (diminuição
do paladar/olfato, pele sensível, impotência e neuropatia periférica).

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Recomendação diária de
suplementação com vitaminas

Conservador Hemodiálise Diálise peritoneal


Vitamina A e K Não suplementar Não suplementar Desconhecido
Vitamina E (UI) 400 a 800 400 a 800 400 a 800

Tiamina (mg) 1,1 a 1,2 1,1 a 1,2 1,1 a 1,2


Riboflavina (mg) 1,1 a 1,3 1,1 a 1,3 1,1 a 1,3
Vitamina B6 (mg) 5 10 10
Vitamina B12 (mcg) 2,4 2,4 2,4
Vitamina C (mg) 75 a 90 75 a 90 75 a 90

Ácido fólico (mg) 1 1 1


Niacina (mg) 14 a 16 14 a 16 14 a 16

Biotina (mcg) 30 30 30
Ácido pantotênico (mg) 5 5 5
Vitamina D Individualizado Individualizado Individualizado
FONTE: Adaptada de Fouque et al., 2007.

dimentos
Nos proce da
lítico s oc orrem per As vitaminas A e K
dia
as,
de vitamin somente devem ser
ente as
principalm suplementadas caso haja
s so lú v eis (Vitamina
hidro deficiência.
e d o co m plexo B).
C

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Carambola

Indivíduos portadores de
DRC não devem consumir
carambola e nenhum de
Composto
seus subprodutos (suco,
neurotóxico
geleia, doce, sorvete etc).

Caramboxina

Convulsão

Vômitos
Confusão
mental

Sintomas
Soluço
persistente comuns

Agitação

Insônia Pode ser


Diminuição da
fatal
força muscular

FONTE: Cuppari, 2019


58
59
Anotações

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Referências
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 / ABESO -
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome
Metabólica. – 4.ed. - São Paulo, SP

CUPPARI, Lilian. Nutrição clínica no adulto. 4. ed. Barueri Sp: Manole, 2019.

CALIXTO-LIMA, Larissa; GONZALEZ, Maria Cristina. Nutrição clínica no dia


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"Estude com dedicação e nada no mundo poderá afastar você dos seus sonhos."
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