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PROPÓSITO
Conhecer as formas de busca, acesso e aproveitamento dos diferentes tipos de produção cientí6ca para a
construção de novas pesquisas.
OBJETIVOS
Para isso, estudaremos onde buscar as produções adequadas e com informações relevantes para nossa
pesquisa e, mais importante, como aproveitar o conteúdo presente nas pesquisas alcançadas.
Depois de estabelecido onde buscar e como aproveitar os dados da literatura cientí6ca, conheceremos as
regras que norteiam a organização e a forma da escrita de um trabalho cientí6co em uma produção. Ao 6m,
estaremos conscientes de que a redação de um trabalho cientí6co não é complicada, basta conhecer e
aplicar as técnicas especí6cas.
MÓDULO 1
! Aplicar as buscas na localização de produção
cientí5ca
No Brasil, as pesquisas são realizadas principalmente no âmbito das universidades públicas, fomentadas por !
órgãos governamentais federais ou estaduais, como CNPq, FAPESP, FAPERJ e outras fundações estaduais de
fomento à pesquisa. O setor privado tem contribuído, mas de maneira muito tímida, para o desenvolvimento de
pesquisas.
!
Exemplo !
A partir da produção cientí6ca, as pesquisas são divulgadas amplamente e discutidas entre os pares, o que
favorece a qualidade de trabalhos cada vez mais rigorosos com metodologias cada vez mais aprimoradas e de
resultados mais consistentes.
Quando falamos de produção cientí6ca, lembramos logo de artigo cientí6co; entretanto, há outros tipos de
produção cientí6ca que também contribuem para o desenvolvimento cientí6co e tecnológico de um país. A seguir,
são apresentados alguns.
Atenção
Qualquer que seja o tipo de produção, o importante é que seja publicada, que
tenha sido submetida ao crivo de pares e que abranja ampla divulgação. Com
isso, alcançará o maior número possível de pessoas.
Atualmente, independentemente do tipo de produção, a Internet facilitou muito o alcance e o acesso das pessoas
às publicações. Bases de busca bibliográ6ca facilitam, direcionam e permitem buscas de qualquer tipo de produção
cientí6ca, agilizando muito o trabalho do pesquisador ou de quem tenha interesse em determinado assunto,
permitindo acesso aos trabalhos do mundo todo, desde que estejam publicados. Essa rede facilitou e permitiu, por
exemplo, a integração de centros de pesquisa e de pesquisadores, ainda que de países distantes entre si.
Por que devemos recorrer à produção científica na realização de novas pesquisas?
A imersão na produção cientí6ca ocorre em alguns momentos durante uma pesquisa, com 6nalidades diferentes.
O importante é que, qualquer que seja o momento em que estamos recorrendo à produção
cientí6ca, devemos buscar sempre autores e publicações cuja contribuição seja signi6cativa
para a ciência e para nossos estudos.
Como e onde buscar a produção científica em ciências da saúde na construção da
pesquisa?
Tenha sempre em mente que a qualidade das produções e a relevância dos autores que você acessa e emprega na
sua pesquisa trarão credibilidade ao seu estudo e a você como pesquisador. Por isso, sempre se deve buscar
autores clássicos que tratem do seu tema de estudo, ou seja, aqueles que foram capazes de consolidar teorias ou
que lançaram uma nova perspectiva sobre algum tema e cujos conceitos, ideias e a6rmações continuam vigentes.
Além dos clássicos, deve haver a contribuição de estudos mais recentes. Isso traz novos olhares sobre o mesmo
assunto, além de indicar que o tema continua a ser investigado e que o conhecimento não 6cou estagnado. Mais
relevante do que a quantidade é a qualidade das referências empregadas e a contribuição efetiva que trazem para a
construção do conhecimento sobre o objeto de estudo.
Hoje
A Internet e a rede de bases bibliográ6cas nos
permitem fazer buscas em frações de "
segundos.
Seja lá nas 6chinhas do século passado ou hoje, você deve iniciar a sua busca sempre pelas palavras-chave,
também chamadas de descritores ou unitermos.
O que são as palavras-chave?
São palavras ou expressões que designam um assunto ou tema, ou o próprio objeto de estudo, usadas para
localizar os estudos.
Exemplo
Se você for fazer uma pesquisa para comparar o teor nutricional dos frutos do
açaí (Euterpe oleracea) e do palmito-juçara (Euterpe edulis), para conhecer
sobre as plantas, precisará acessar as produções sobre esse tema. Se usar
como palavra-chave “Euterpe”, certamente, você vai obter de uma só vez os
estudos já realizados sobre as duas espécies, e poderá escolher os que estejam
mais relacionados ao seu estudo. Porém, você poderá ampliar as suas buscas
usando também os nomes vulgares “açaí” e “palmito-juçara”.
Não se deve usar frases como palavras-chave, pois isso di6cultará as buscas nas bases. Quanto mais objetiva a
designação da palavra-chave, mais direta será a busca.
Lembre-se sempre de fazer as buscas por mais de uma palavra-chave, para obter o maior alcance possível das
produções existentes sobre o assunto. Com o uso das palavras-chave, você alcançará muitas fontes sobre o
assunto. É nesse ponto que começa a etapa de seleção das fontes que você deverá usar na redação do trabalho.
Comece analisando os títulos de cada material para descartar aqueles que não se relacionam com o seu estudo.
Exemplo
Em uma segunda etapa, você deverá fazer a leitura dos resumos desses estudos para con6rmar se eles realmente
têm relação com o seu. Por exemplo: se o material que você separou sobre identi6cação de gavonoides for um
trabalho que descreve apenas a criação de uma metodologia para a identi6cação dos gavonoides, sem apresentar a
identi6cação em si, você deve descartá-lo nessa segunda etapa. Terminada a triagem, é o momento de fazer a
leitura cuidadosa e atenta para o aproveitamento.
Estabelecidas as palavras-chave, você pode começar buscando artigos cientí6cos a partir das bases de busca
bibliográ6ca. As principais são:
Essa base é o Google Acadêmico, no qual a busca é feita com descritores em português e que permite o acesso a
dissertações, TCC, teses, artigos e publicações de eventos cientí6cos.
COMO FAZER AS BUSCAS BIBLIOGRÁFICAS
Neste vídeo, apresentaremos as bases de busca bibliográ6ca mais usadas em ciências da saúde e explicaremos o
uso de palavras-chave para as buscas.
Que critérios devemos usar para selecionar as produções adequadas ao nosso trabalho?
Quando se faz a pesquisa, deve-se estabelecer alguns critérios para a seleção das produções adequadas ao
trabalho. Conheça-os a seguir.
Clique nas barras para ver as informações.
PUBLICADAS OU VALIDADAS #
IDIOMA DA PUBLICAÇÃO #
PERÍODO DE PUBLICAÇÃO #
Esses critérios devem 6car explícitos na metodologia do trabalho para que o leitor compreenda
a abrangência da sua pesquisa e não questione a ausência de uma ou outra citação que seria
importante, mas que foi deixada de fora por causa da língua ou do período de publicação.
$ VERIFICANDO O APRENDIZADO
Marque a opção que apresenta corretamente 3 descritores adequados para esse estudo:
Responder
Uma produção válida e importante, que pode ser usada como fonte segura para uma
A) pesquisa, porque foi divulgada por um laboratório de instituição de pesquisa ou de ensino
superior.
Uma produção válida e importante, que pode ser usada como fonte segura para uma
B)
pesquisa, apenas quando for divulgada por um laboratório de instituição de pesquisa.
Uma produção válida e importante, que pode ser usada como fonte segura para uma
C)
pesquisa, apenas quando for divulgada por um laboratório de instituição de ensino superior.
Não pode ser considerada uma produção válida para ser usada em uma pesquisa, pois não
D)
foi publicada, logo não teve o crivo dos pares para avaliar a sua relevância e qualidade.
Não pode ser considerada uma produção válida para ser usada em uma pesquisa, pois as
E)
instituições de pesquisa ou de ensino superior não fazem publicações.
Responder
MÓDULO 2
! Compreender o aproveitamento da produção
cientí5ca em novas pesquisas
É inegável que, para falar e escrever bem, é preciso ler bem e muito. Com a leitura, você adquire vocabulário diverso
e amplo, além de compreender melhor sobre os assuntos por meio do contato com as diferentes linhas de
pensamento. É isso que ajuda a construir o seu senso crítico. Dessa forma, habitue-se a ler e muito. Só isso lhe
proporcionará o conhecimento necessário para a sua vida pro6ssional.
Atenção
Vale lembrar que, durante a seleção das fontes, você já fez a leitura prévia e
manteve apenas o material pertinente aos seus estudos.
O aproveitamento da leitura não implica, necessariamente, transpor todas as ideias dos autores para o seu estudo.
Exemplo
Imagine que você tenha lido cinco artigos com trabalhos que avaliaram os
teores de ferro e zinco dos frutos do açaí e do palmito-juçara. Entretanto, cada
estudo desses foi feito em uma região diferente, sob condições diferentes, e
todos mostraram que os frutos apresentam alto teor de ferro. Quando, no seu
estudo, você for escrever que os frutos têm alto teor de ferro, basta você citar as
cinco fontes, que vão lhe dar o respaldo para o que você está a6rmando.
Compreendeu?
Você leu cinco artigos na íntegra e o aproveitamento foi a a6rmação dos cinco
de que os frutos têm ferro. Obviamente, cada trabalho pode apresentar outras
informações relevantes, mas nem sempre o aproveitamento corresponde a
trechos do texto em si.
Ao fazer a leitura detalhada para selecionar o que pode ser aproveitado, você deve fazer a marcação das
informações que serão aproveitadas, para depois tratá-las na construção do seu texto.
Organização do aproveitamento da leitura
(fichamento)
A organização dos dados e informações que serão
aproveitados é feita, geralmente, por meio de um
6chamento, que tem o objetivo de auxiliar o
pesquisador no momento de organizar as ideias na
redação do seu estudo, além de apresentar todas as
informações sobre a identi6cação da obra ou do
material. O termo “6chamento” vem da prática antiga de
anotar as informações em 6chas de papel. Hoje, as
anotações também são feitas em 6chas, mas digitais.
As 6chas são um recurso valioso para os pesquisadores, pois, além de apresentarem todas as informações,
agilizam o trabalho de escrita.
Exemplo
Atenção
O uso do argumento de autoridade é o uso de informação trazida de outro autor ou autores. Isso quer dizer que
aquela informação é con6rmada e substanciada e que, exatamente por isso, as fontes das informações precisam
ser con6áveis e de autoridades no assunto. Dessa forma, são empregadas as citações, como costumamos ver nos
textos cientí6cos.
1. Citação direta ‒ também conhecida como transcrição. Nesse tipo de citação, o texto foi transcrito do original na
íntegra ou trechos; é o conhecido “copia e cola”. Você deve ter muito cuidado ao fazer esse tipo de citação,
especialmente se o seu trabalho for de revisão. Na área da saúde, quando lemos artigos cientí6cos com pesquisas
de qualquer natureza, observamos que não há citações diretas. Essas citações só devem ser usadas em casos
especiais, como trechos de legislações, conceitos e de6nições e, mesmo assim, com extremo cuidado, pois o risco
de fazer plágio é enorme ‒ e plágio, muito além de ser errado, é crime.
Afinal de contas, pense: será que você não é capaz de ler, interpretar um texto e escrever
com suas próprias palavras?
As citações diretas nas situações não recomendadas desvalorizam o trabalho e o pesquisador, já que podem
demonstrar que ele não foi capaz de ler com atenção e fazer a devida interpretação.
Sempre que você 6zer uma citação direta, deve seguir as normas vigentes para indicar o que foi feito, evitando a
con6guração de plágio. Assim, siga as seguintes regras:
Caso a transcrição tenha até três linhas, você indica a citação usando aspas no início e no 6m da transcrição,
como se observa nos exemplos 1 e 2 anteriores. Nunca use itálico, negrito ou sublinhado; apenas aspas;
Se a transcrição tiver mais de três linhas, o trecho deverá ter recuo de 4cm a partir da margem e o tamanho da
letra deverá ser reduzido em relação ao tamanho da letra do corpo do texto. Nunca use itálico, aspas, negrito
ou sublinhado nesse tipo de formatação, nem recuo de parágrafo na primeira linha. O recuo de 4cm e a
redução da letra são su6cientes para indicar a citação direta de trecho com tamanho superior a três linhas,
conforme exigido pela norma para indicar a transcrição. Além disso, é necessário fazer a referência, indicando
a página da qual o trecho foi retirado.
Atenção
Caso não sejam empregadas essas regras, 6cará con6gurado plágio, ainda que
a fonte seja citada.
2. Citação indireta ‒ também chamada de paráfrase, apresenta a ideia da autoridade ou autor da obra a partir de
texto livre de quem escreve o trabalho. Isso signi6ca que você lê o texto original da obra que selecionou e, com as
suas palavras, escreve a ideia principal do autor.
Vamos tomar como exemplo o trecho do artigo: “Consumo de polifenóis e sua associação com conhecimento
nutricional e atividade física”(FURLAN; RODRIGUES, 2016):
%
“De acordo com os resultados apresentados na Tabela 4 observamos que a
média do consumo de polifenóis da amostra foi de 236,8 ± 111,9mg. Houve
diferença significativa entre as médias de consumo do antioxidante nos
diferentes tempos de atividade física (p=0,002), demonstrando que os
participantes que têm o hábito de consumirem mais alimentos de origem
vegetal são aqueles que praticam atividade física por mais tempo”.
Em uma citação indireta sobre a relação entre consumo de vegetais e praticantes de atividade física (ideia
principal), você poderia escrever da seguinte forma: “Veri6ca-se que existe uma relação direta entre os praticantes
de atividade física prolongada e o consumo de maior quantidade de alimentos de origem vegetal”. Ao 6m da citação
indireta, sempre devemos fazer a devida referência à fonte da qual foi tirada a ideia ou o texto. Nesse caso, sem a
indicação da página.
Atenção
Essa forma de citação deve ser a mais usual em trabalhos acadêmicos, monogra6as, TCC ou artigos cientí6cos.
Isso indica que você realizou esforço de leitura, compreendeu a ideia do autor, fez a análise crítica e foi capaz de
construir o texto com as suas próprias palavras.
3. Citação da citação é a terceira forma de citação, comumente indicada com a expressão apud. Esse tipo de
citação é empregado quando você faz o aproveitamento de uma fonte que não acessou, mas que está citada em
uma obra que você selecionou. Não é recomendado na redação cientí6ca, a não ser em casos especiais, como
obras raras, obras em língua estrangeira não usual em artigos e outras obras — como japonês, coreano, mandarim;
obras muito antigas, não mais disponíveis ou acessíveis.
O uso insistente de citação da citação desvaloriza o pesquisador e seu trabalho, pois demonstra que houve um
esforço de busca insu6ciente pelas fontes de informação. Com a abrangência das bases de busca disponíveis
atualmente, há maior facilidade de acesso, inclusive a obras raras digitalizadas, disponíveis livremente e em ótima
resolução.
Um ponto de atenção sobre a citação da citação é a forma como deve ser indicada na redação do trabalho por meio
da referência.
Veja um exemplo: considere o trecho a seguir, extraído do artigo intitulado “Fontes de acesso e utilização de
medicamentos na zona rural de Pelotas, Rio Grande do Sul, em 2016: estudo transversal de base populacional”, de
Bertoldi et al. (2021):
%
“Em muitas situações, o usuário necessita de medicamentos que não são
distribuídos gratuitamente, pelo sistema de saúde, tendo de adquiri-los
mediante pagamento, o que pode comprometer seriamente sua renda ou
dificultar a continuidade de um tratamento medicamentoso"
(BOING; BERTOLDI; PERES, 2011)
Se você quiser usar essa informação como citação indireta no seu trabalho, mas não tiver como obter a fonte
original (BOING; BERTOLDI; PERES, 2011), você terá que fazer o apud, da seguinte forma:
%
“Sabe-se que muitos usuários não têm como adquirir os medicamentos
porque não são distribuídos gratuitamente pelo sistema de saúde, o que os
leva a abandonar o tratamento"
(BOING; BERTOLDI; PERES, 2011 apud BERTOLDI et al., 2021)
Isso signi6ca que a ideia que você trouxe para o seu trabalho é de Boing, Bertoldi e Peres, que você leu no artigo de
Bertoldi e colaboradores. Se você não colocar a referência ou omitir que não consultou o original, colocando apenas
a referência de Bertoldi e colaboradores, estará errado, pois a ideia extraída não foi deles.
Atenção
%
“a ação de copiar obras alheias atribuindo-as como próprias. Isto viola o
direito de paternidade da obra, que, além disso, é um dos direitos morais.
No ambiente acadêmico é considerado falta de ética e sujeito a sanções,
incluso a expulsão”.
De acordo com estudo realizado por iTenticate (2013), que é uma empresa desenvolvedora de programa de
detecção de plágio, os dois tipos mais comuns e mais graves de plágio são:
Clique nas barras para ver as informações.
PARAFRASEAR #
VERBATIM #
O plágio é crime previsto na Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/ 1988). Quem pratica o plágio
deve responder criminalmente pelo ato, podendo ocorrer a anulação de dissertações e teses,
com possível perda do título.
Atualmente, temos vários programas que nos possibilitam rastrear e con6rmar os plágios em qualquer tipo de
trabalho. Veja a seguir as formas mais comuns de plágio que são encontradas.
Esse tipo de prática é condenado nos meios acadêmico e cientí6co. Vários já foram os casos de anulação de
defesas de dissertações e teses, e a consequente anulação dos títulos de mestre e doutor, após constatações de
plágio.
Atenção
Em qualquer nível de pesquisa, você nunca está só. Portanto, o melhor caminho
é trocar ideia com o professor ou orientador, ainda que os textos iniciais sejam
incipientes, e ir construindo aos poucos um texto consistente, sem plágios
Ética e estudos que envolvem seres humanos e animais
Todo estudo ou pesquisa que envolva os seres humanos como fonte de dados precisa seguir as normas vigentes
relacionadas com a ética. Consideramos dados obtidos de seres humanos:
Exemplo
%
ao participante da pesquisa em sua dignidade e autonomia, reconhecendo
sua vulnerabilidade, assegurando sua vontade de contribuir e permanecer,
ou não, na pesquisa, por intermédio de manifestação expressa, livre e
esclarecida; ponderação entre riscos e benefícios, tanto conhecidos como
potenciais, individuais ou coletivos, comprometendo-se com o máximo de
benefícios e o mínimo de danos e riscos; garantia de que danos previsíveis
serão evitados; e relevância social da pesquisa, o que garante a igual
consideração dos interesses envolvidos, não perdendo o sentido de sua
destinação sócio-humanitária.
(BRASIL, 2012a).
Diferentes tipos de pesquisa têm como fonte de dados os seres humanos:
São coletados guidos corporais. Por exemplo: Usam dados intelectuais de humanos. Nessas
durante a pandemia da covid-19, vários estudos pesquisas, são feitas entrevistas ou são
estão sendo feitos para se conhecer respondidos questionários sobre o conhecimento
características dos indivíduos que têm a doença e ou a experiência das pessoas. Por exemplo: para
relacioná-las com maior ou menor gravidade. Um se conhecer a prática do uso de plantas
deles foi a identi6cação do tipo sanguíneo, a partir medicinais entre pessoas de uma comunidade ou
de amostras de sangue coletadas dos doentes. o consumo de anabolizantes entre praticantes de
esportes.
A Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Ministério da Saúde, estabelece as normas para qualquer
estudo que envolva seres humanos. Uma das determinações diz respeito à obrigatoriedade de submissão das
pesquisas ao Sistema CEP/CONEP, de acordo com o caso de cada uma. O CEP é o Comitê de Ética em Pesquisa da
instituição ou centro de pesquisa ao qual o pesquisador esteja vinculado e onde será desenvolvida a pesquisa. Caso
não haja um CEP na instituição, o CEP de qualquer outra instituição poderá ser indicado para acolher, julgar e
aprovar o projeto de pesquisa.
Atenção
Sempre que a pesquisa envolver seres humanos, o projeto deve ser submetido
antes de seu início, por meio da Plataforma Brasil, sistema o6cial de lançamento
de pesquisas para análise e monitoramento do Sistema CEP/CONEP.
Porém, para que o projeto esteja em conformidade com as determinações da Resolução nº 466/2012, é preciso que
contenha o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que os participantes deverão assinar após ciência
dos objetivos da pesquisa, dos seus responsáveis, dos riscos envolvidos e da forma como os seus dados serão
tratados e divulgados.
Perceba que somente a assinatura do TCLE não é su6ciente para a legitimidade e o atendimento à legislação em
pesquisas que envolvam seres humanos. A submissão ao CEP também é requisito primordial.
Ética em estudos com animais, legislação pertinente e condutas a serem adotadas
As pesquisas que envolvem o uso de animais têm regras rígidas que precisam ser cumpridas. Percebemos que são
regras um pouco diferentes daquelas observadas para estudos com seres humanos. Todas as instituições que
pretendem realizar pesquisas com animais são obrigadas a ter a sua própria Comissão de Ética no Uso de Animais
(CEUA).
$ VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Leia o trecho de um artigo e depois como foi feito o seu aproveitamento em uma
pesquisa.
Trecho original:
“Neste momento, o Estado brasileiro deve garantir proteção social para toda a classe
trabalhadora, inclusive para a que enfrenta problemas com a desregulamentação, já que, em
fevereiro deste ano, atingiu-se o índice de 41,1% de trabalhadores informais, um dos
maiores da história do país (ALMEIDA, 2020).” Trecho retirado do artigo: BARROSO,
Bárbara Iansã de Lima et al. A saúde do trabalhador em tempos de COVID-19: reflexões
sobre saúde, segurança e terapia ocupacional. Cad. Bras. Ter. Ocup., São Carlos, v. 28, n. 3, p.
1093-1102, set. 2020.
Citação:
Sabe-se que, no começo do ano de 2020, o Brasil contava com 41,1% de trabalhadores
informais (ALMEIDA, 2020 apud BARROSO et al., 2020).
A) Citação direta
B) Transcrição
C) Citação indireta
D) Citação da citação
E) Paráfrase
Responder
2. Sobre os estudos com seres humanos e animais, são feitas as seguintes afirmativas:
Estão corretas:
A) Apenas I e II
B) Apenas I e IV
C) Apenas II e III
Apenas I, II e III
D)
E) Apenas II, III e IV
Responder
MÓDULO 3
! Aplicar as regras de formatação para as
referências e trabalhos acadêmicos
COMO REFERENCIAR AS CITAÇÕES
Quando fazemos o aproveitamento da leitura, devemos dar o devido crédito ao autor ou autores da ideia que
estamos usando. Isso é feito por meio da referência no texto, usando normas que são determinadas pela
instituição, pela editora ou pelo centro de pesquisa onde o trabalho está sendo feito e escrito.
Portanto, antes de começar a escrever um artigo ou trabalho acadêmico, procure conhecer as normas que de6nem
como o trabalho deve ser formatado e referenciado.
Aqui, vamos adotar as normas para citação da NBR 10520:2002, que é amplamente usada nas instituições de
ensino superior e nas revistas nacionais. Devemos lembrar que o texto terá a apresentação mínima da autoria, que
vai ser apresentada de forma completa numa lista de referências ao 6m do trabalho ou em nota de rodapé (MOURA,
2013).
Vamos começar especi6cando como são feitas as referências nos diferentes tipos de citações.
SISTEMA NUMÉRICO #
Assim, vamos observar as regras que devem ser seguidas para referenciar as citações. Para
exempli6car, serão sinalizadas de cor cinza.
Percebeu a diferença? Qual usar? Tanto faz, não há uma regra que priorize uma ou
outra. A “cadência” do texto é que vai determinar.
C – Apresentação para um autor: último sobrenome, data. Quando o último sobrenome
é seguido de algum grau de parentesco, deve-se escrever o último sobrenome e o grau
de parentesco. Exemplo: Sanches Neto (1998) estabeleceu as normas para limpeza de
pias em consultórios veterinários.
Até aqui, vimos como referenciar no texto a autoria de apenas uma obra. No entanto,
como fazemos a referência de mais de uma obra?
2- Quando citamos duas obras do mesmo autor, de anos diferentes, no mesmo trecho,
apresentamos o último sobrenome apenas uma vez, seguido dos anos separados por
ponto e vírgula, indicando duas obras distintas. Exemplo: “Para cumprir o objetivo
proposto, a contextualização, discussão e regexão basearam-se na Sociologia
Relacional de Pierre Bourdieu (1983a; 1986; 1996) e na [...]”. O mesmo é válido quando
as legislações federais têm o mesmo autor. Exemplo: “Os chás medicinais só passaram
a ser considerados como recurso terapêutico a partir da RDC 10/2010, sendo
consolidado com a RDC 26/2014 (BRASIL, 2010; 2014)”.
3- Quando temos o(s) mesmo(s) autor(es) com obras de mesmo ano, ainda que citadas
separadamente, devemos indicá-las com letras minúsculas sequenciais, na ordem de
aparecimento do texto. Exemplo: “Para cumprir o objetivo proposto, a contextualização,
discussão e regexão basearam-se na Sociologia Relacional de Pierre Bourdieu (1983a;
1986; 1996)”. Essa referência indica que há outra obra de Bourdieu, de 1983, que será
citada ao longo do texto, e que será denominada Bourdieu (1983b). Vejamos outro
exemplo: “No início, o reconhecimento dos chás medicinais ainda não os considerava
6toterápicos, e a sua alegação terapêutica não era permitida nas embalagens (BRASIL,
2010a; 2010b)”.
Acabamos de ver as principais normas que precisamos usar quando escrevemos nossos trabalhos cientí6cos.
Entretanto, há outras que são empregadas com menos frequência, que você poderá consultar a qualquer momento
na NBR 10520.
Aqui, vamos dar as regras com base na lista 6nal de referências, mas, caso você faça as referências em nota de
rodapé, as regras são as mesmas. Tomaremos como base a NBR 6023 – 2ª edição, da ABNT (2018).
Atenção
É importante reforçar que todas as referências citadas no texto têm que estar
na lista de referências e que devem ser localizadas com facilidade. Por isso,
devem ter o mesmo elemento de entrada , que é a autoria exata e o ano da
citação como mostra o exemplo a seguir sinalizado de cor cinza.
Então, vamos começar de6nindo o que é referência. De acordo com a NBR 6023 (2018):
%
é um “conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um
documento, que permite sua identificação individual”.
Assim, se são elementos padronizados, devemos conhecê-los e usá-los.
As referências apresentam elementos que são essenciais e elementos que são complementares. Além desses
elementos, a padronização ainda diz respeito à sequência de apresentação dos elementos e outras, que
apresentaremos a seguir:
Deve ser empregado o mesmo tipo de letra do corpo do trabalho (aquele determinado pela instituição ou
editora);
As referências devem ser digitadas com espaço simples entre linhas, alinhadas à margem esquerda e
separadas uma da outra por uma linha em branco de espaço simples;
Atenção à pontuação, pois ela é padronizada e deve ser uniforme para todas as referências;
Deve ser dado destaque para os títulos de livros, revistas, jornais, monogra6as, teses etc. da seguinte forma:
negrito, sublinhado ou itálico; isto é, aquele que você usar no primeiro, tem que ser igual para todas as
referências. Essa regra não se aplica quando o elemento de entrada for o próprio título;
Sempre que você usar elemento complementar, lembre-se de que terá que usar os mesmos elementos em
todas as referências do mesmo tipo;
A forma de apresentação do elemento de entrada deve ser padronizada, isto é, você poderá abreviar ou
escrever por extenso os nomes dos autores, desde que use a mesma forma em todas as referências;
Para todos os documentos obtidos on-line, deve-se descrever o endereço eletrônico completo ao 6m da
referência, precedido de “Disponível em: (inserir a URL)”, seguido da data de acesso, que deve ser escrita da
seguinte forma: “Acesso em: dd mm aaaa”;
Existe a possibilidade de usar abreviaturas, desde que sigam a padronização, apresentada no quadro a seguir:
Abreviatura Significado
cap. capítulo
coord. coordenador
Ed. editora
f. folha
n. número
p. página
pt. parte
rev. revisada
Supl. suplemento
t. tomo
v. volume
1º exemplo (somente com elementos essenciais): CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed.
Barueri: Manole, 2007.
1º exemplo (com elementos complementares): CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed. Barueri:
Manole, 2007.380 p. ISBN 978-85-204-2543-5.
Repare que, no exemplo, foram usados apenas dois elementos complementares: o número de páginas e o ISBN.
Logo, a decisão sobre quantos e quais elementos complementares serão usados 6ca a critério do autor ou de
acordo com a determinação da instituição ou editora.
2º exemplo (somente com elementos essenciais) : SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. C.
Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
2º exemplo (com elementos complementares em destaque) : SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C.
C. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.Glossário: p. 385-
389. Índice: p. 392-402. ISBN 978-85-352-3241-7.
Observe, nesse exemplo, que o livro tem o título “Fitoterapia contemporânea” e o subtítulo “tradição e ciência na
prática clínica” e que o subtítulo não 6ca em destaque como o título.
Trabalhos acadêmicos
Elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), ano de depósito, tipo de trabalho (dissertação, tese,
trabalho de conclusão de curso), grau (graduação, especialização, mestrado, doutorado) e curso entre parênteses,
instituição, local e data de apresentação ou defesa.
Exemplo (somente com elementos essenciais) : TORRES, Camila Costa. A educação a distância e o papel do
tutor: contribuições da ergonomia. 2007. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de
Brasília, Brasília, 2007.
Exemplo (com elementos complementares em destaque): TORRES, Camila Costa. A educação a distância e o
papel do tutor: contribuições da ergonomia. Orientador: Júlia Issy Abrahão. 2007. 198 f. Tese (Doutorado em
Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
Repare que o subtítulo também não tem destaque nos trabalhos acadêmicos.
Exemplo (somente com os elementos essenciais) : BUSS, Paulo Marchiori; FONSECA, Luiz Eduardo (org.).
Diplomacia da saúde e covid-19: regexões a meio caminho. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2020. E-book. Disponível em:
https://doi.org/10.7476/9786557080290. Acesso em: 10 abr. 2021.
Exemplo (com os elementos complementares em destaque) : BUSS, Paulo Marchiori; FONSECA, Luiz Eduardo
(org.). Diplomacia da saúde e covid-19: regexões a meio caminho. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2020. E-book (360 p).
(Série Informação para ação na Covid-19). ISBN: 9786557080290. Disponível em:
https://doi.org/10.7476/9786557080290. Acesso em 10 abr. 2021.
Parte de monografia
Chamamos de parte de monogra6a seção, capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor
e/ou título próprios. Segue as mesmas regras das monogra6as no todo, acrescidas dos elementos essenciais: autor
e título da parte, seguidos da expressão “In:” ou “Separata de”. Ao 6m da referência, deve-se fazer a descrição física
da parte (seção, capítulo, volume, páginas, fragmento etc.).
Exemplo (somente com elementos essenciais) : MELLO, M. l. Aspectos gerais de estruturas celulares. In:
CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 1-6.
Exemplo (com elementos complementares em destaque): MELLO, M. l. Aspectos gerais de estruturas celulares. In:
CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. cap. 1 p. 1-6. ISBN 978-85-204-
2543-5.
Observe que o título da parte não 6ca em destaque de negrito. O nome do livro é que 6ca em destaque e, mesmo
vindo após um ponto, abreviamos capítulo (cap.) com letras minúsculas, conforme determina a norma.
Quando a parte da obra foi obtida por meio eletrônico, devemos manter as mesmas regras, acrescentando, ao 6m,
o endereço eletrônico seguido da data de acesso.
Publicações periódicas
Aqui são considerados: artigos, editoriais, comunicação, entrevista, reportagem, resenha, partes de publicação
periódica, entre outros. Os elementos essenciais são: autor, título do artigo ou da matéria, subtítulo (se houver),
título do periódico, subtítulo (se houver), local de publicação, numeração do ano e/ou volume, número e/ou edição,
tomo (se houver), páginas inicial e 6nal e data ou período de publicação.
Exemplo (somente com elementos essenciais) : MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso na era
do código aberto. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-106, set./out. 2008.
Exemplo (com elemento complementar em destaque) : MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso
na era do código aberto. Entrevistado: Mitchekk Baker. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-106,
set./out. 2008.
Publicações periódicas em meio eletrônico
Devem ser seguidas as mesmas normas para material físico, vistas anteriormente, acrescidas, ao 6m, do endereço
eletrônico e da data de acesso.
Exemplo (somente com elementos essenciais): SIMÕES, Marcus Vinicius et al. Chagas Disease Cardiomyopathy.
Int. J. Cardiovasc. Sci., Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 173-189, abr. 2018. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-56472018000200173&lng=en&nrm=iso. Acesso em:
10 abr. 2021.
Exemplo (com elemento complementar em destaque) : SIMÕES, Marcus Vinicius et al. Chagas Disease
Cardiomyopathy. Int. J. Cardiovasc. Sci., Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 173-189, abr. 2018. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-56472018000200173&lng=en&nrm=iso. Acesso em:
10 abr. 2021. https://doi.org/10.5935/2359-4802.20180011.
Trabalhos publicados em anais e proceedings (coletâneas dos trabalhos apresentados) de
eventos científicos
Entende-se como eventos cientí6cos os congressos, simpósios, encontros, semanas acadêmicas e outros. Os
elementos essenciais são: autor, título do trabalho, seguidos da expressão “In:”, do nome do evento, da numeração
do evento (se houver), do ano e local (cidade) de realização, título do documento, local, editora, data de publicação e
páginas inicial e 6nal da parte referenciada.
Exemplo (somente com elementos essenciais): ZUBEN, A. V.; CASANOVA, C.; BALDINI, M. B. D.; RANGEL, O.;
ANGERAMI, R. N.; RODRIGUES, R. C. A.; PRESOTTO, D. Vigilância epidemiológica da leishmaniose visceral americana
(LVA) em cães no município de Campinas, São Paulo. In: REUNIÃO DE PESQUISA APLICADA EM DOENÇAS DE
CHAGAS, 26.; REUNIÃO DE PESQUISA APLICADA EM LEISHMANIOSES, 14., 2010, Uberaba. Anais [...]. Uberaba:
Universidade Federal do Triangulo Mineiro, 2010. p. 135-175.
Caso a fonte tenha sido obtida por meio eletrônico, deve-se acrescentar, ao 6m, o endereço eletrônico e a data de
acesso. Porém, se foi obtido por meio de uma publicação eletrônica, como DVD, CD-ROM, deve-se acrescentar, ao
6m, o DOI (caso haja) e as informações com a descrição física do suporte.
Quando os dados foram obtidos de uma palestra, a recomendação é que sejam apresentados os seguintes
elementos essenciais: autor, título da palestra, subtítulo (se houver) e data da apresentação. Como elementos
complementares, devem ser descritos o local e o título do evento.
Legislação
Dentro desse tipo de fonte, devemos considerar: constituição, decreto, decreto-lei, emenda constitucional, emenda à
lei orgânica, lei complementar, lei delegada, lei ordinária, lei orgânica e medida provisória e outros. São considerados
como elementos essenciais: jurisdição, ou cabeçalho da entidade, em letras maiúsculas; epígrafe e ementa
transcrita conforme publicada; dados da publicação.
Exemplo (somente com elementos essenciais): BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código
Civil. Diário O5cial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.
Exemplo (com elemento complementar em destaque): BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o
Código Civil. Diário O5cial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002. PL 634/1975.
Atos administrativos normativos – são eles: ato normativo, aviso, circular, contrato, decreto, deliberação, despacho,
edital, estatuto, instrução normativa, ofício, ordem de serviço, parecer, parecer normativo, parecer técnico, portaria,
regimento, regulamento e resolução. Os elementos essenciais para esse tipo de referência são: jurisdição ou
cabeçalho da entidade (em letras maiúsculas); epígrafe (tipo, número e data de assinatura do documento); ementa;
dados da publicação.
Exemplo (somente com elementos essenciais) : RIO DE JANEIRO (Estado). Corregedoria Geral de Justiça. Aviso nº
309, de 28 de junho de 2005. [Dispõe sobre a suspensão do expediente na 6. Vara de Órfãos e Sucessões da
Comarca da Capital nos dias 01, 08, 15, 22 e 29 de julho de 2005]. Diário O5cial do Estado do Rio de Janeiro: parte
3: seção 2: Poder Judiciário, Rio de Janeiro, ano 31, n. 19, p. 71, 30 jun. 2005.
Exemplo (com o elemento complementar em destaque) : WORLD HEALTH ORGANIZATION. (WHO). Control of
Chagas' disease: second report of the WHO expert committee. Geneva, 2002. (WHO technical report series, 905).
Artigos cientí6cos são aqueles publicados em revistas cientí6cas e outros tipos de periódicos, e
geralmente seguem regras próprias de formatação estabelecidas pelo editor, assim como os
resumos submetidos a eventos cientí6cos.
O resumo é feito em um só bloco textual, enquanto os resumos expandidos são divididos em subtítulos, conforme a
determinação.
Dessa forma, vamos conhecer o que determinam as NBR 14724:2011, 6024:2003, 6027:2003 e 6028:2003.
Capa – elemento externo obrigatório com a identi6cação do trabalho, com as seguintes informações, nesta
ordem: nome da instituição, nome do autor, título, subtítulo (se houver), cidade onde será apresentado e data.
Elementos pré-textuais – páginas que antecedem o texto e ajudam na identi6cação e localização das partes.
Compreendem elementos obrigatórios e opcionais. Devem seguir a seguinte ordem:
folha de rosto (obrigatória);
errata (opcional);
folha de aprovação (obrigatória);
dedicatória (opcional);
agradecimentos (opcional);
epígrafe (opcional);
resumo na língua vernácula (obrigatório);
resumo em língua estrangeira (obrigatório);
lista de ilustrações (opcional);
lista de tabelas (opcional);
lista de abreviaturas e siglas (opcional);
lista de símbolos (opcional);
sumário (obrigatório).
Atenção
Seguem os modelos de cada elemento com as respectivas explicações. Clique na imagem para visualizar o
conteúdo. No explore mais você encontra disponível esses modelos para o download.
1. Considere o livro, cuja capa é apresentada a seguir, com publicação de 2017 feita em
Barueri pela Editora Manole. Os autores são: Scott K. Powers e Edward T. Howley e a
tradução de Beatriz Araujo do Rosário. Marque a opção com a forma correta de fazer a
referência desse livro, de acordo com as normas da NBR 6023:2018, apenas com os
elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora e
data de publicação.
SCOTT, K. POWERS; EDWARD T. HOWLEY. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao
A)
condicionamento e ao desempenho. 9. ed, Rio de Janeiro: Manole. 2017.
Responder
O membro da banca está errado, já que as listas são elementos opcionais pós-textuais e o
A)
aluno está correto na sua argumentação.
O membro da banca está errado, já que as listas são elementos opcionais pré-textuais e o
B)
aluno está correto na sua argumentação.
O membro da banca está correto, já que as listas são elementos obrigatórios pós-textuais e o
C)
aluno está errado na sua argumentação.
O membro da banca está correto, já que as listas são elementos obrigatórios pré-textuais e o
D)
aluno está errado na sua argumentação.
O membro da banca está correto, já que as listas são elementos obrigatórios textuais e o
E)
aluno está errado na sua argumentação.
Responder
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos como e onde fazer as buscas por fontes bibliográ6cas para a composição dos trabalhos acadêmicos
e cientí6cos e as formas de aproveitamento dos textos obtidos. Com isso, vimos que o plágio vai contra a ética da
redação cientí6ca e tem que ser evitado, seguindo as formas corretas de citação e referências. Nos trabalhos que
envolvem seres humanos e animais, as normas da conduta ética devem ser seguidas conforme os ditames legais
existentes.
Estudamos que as normas de formatação, sejam de referências nas citações, da lista 6nal ou para o trabalho
acadêmico como um todo são uma forma de padronização dos trabalhos para que tenham uniformidade nos
critérios quando estiverem sendo avaliados. A ABNT é a entidade que publica as normas de padronização para as
referências e para a formatação dos trabalhos acadêmicos.
Estudamos que as referências precisam contemplar todas as citações do texto e que têm elementos essenciais e
complementares. Vimos que a padronização do formato dos trabalhos acadêmicos apresenta partes distintas, com
elementos obrigatórios e outros opcionais e que, seguindo todas as normas, você será capaz de entregar um
trabalho acadêmico com apresentação adequada e organizada, contribuindo para uma boa avaliação nesse
quesito.
PODCAST
Agora, a especialista Regina Braga encerra o tema falando sobre os erros mais
comuns cometidos por estudantes de graduação na elaboração de TCC.
0:00 11:47
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6024: informação e documentação – Numeração
progressiva das seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6027: informação e documentação – Sumário –
Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6028: informação e documentação – Resumo –
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023: informação e documentação: referências:
elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
BRASIL. Lei no 11.794, de 8 de outubro de 2008. Regulamenta o inciso VII do § 1º do art. 225 da Constituição
Federal, estabelecendo procedimentos para o uso cientí6co de animais; revoga a Lei nº 6.638, de 8 de maio de 1979;
e dá outras providências. Brasília, DF. Diário O5cial da União, seção 1, p. 1, 2008.
BRASIL. Resolução do Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde, nº 466 de 12 de dezembro de 2012.
Brasília, DF. Diário O5cial da União, n. 12, seção 1, p. 59, 2012a.
FURLAN, A. da S.; RODRIGUES, L. Consumo de polifenóis e sua associação com conhecimento nutricional e
atividade física. Rev. Bras. Med. Esporte [on-line], v. 22, n. 6, p.461-464, 2016.
iTHENTICATE. Research Ethics: Decoding Plagiarism and Attribution in Research. 2013. Consultado na Internet em:
15 maio 2021.
SPINAK, E. Ética editorial e o problema do plágio [on-line]. SciELO em Perspectiva, 2013. Consultado na Internet
em: 13 maio 2021.
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CONTEUDISTA
Regina Braga de Moura
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