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Aulas.
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Sumário
Apresentação da Disciplina
Aula 9 - Resumo
Aula 10 - Fichamento
Aula 11 - Resenha
Aula 12 - Monografia
Aula 13 - Dissertação
Aula 15 - Tese
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Apresentação da Disciplina
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Introdução geral
Olá, seja bem-vindo à disciplina Metodologia* da Pesquisa! Aqui teremos uma visão geral
sobre o processo de produção da pesquisa, algo muito importante na formação
acadêmica. Nesta disciplina você receberá orientação metodológica para confecção de
trabalhos acadêmicos, como elaboração de resumos*, fichamentos e resenhas*, além do
portfólio* reflexivo, atividade muito importante para a integralização do seu curso.
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Por isso refletir sobre a metodologia e sobre o método* é relevante. Na aula três vamos
aprofundar sobre essa temática. Por agora apresentaremos uma definição inicial que
permitirá avançar com segurança neste novo estudo.
Quando falamos em metodologia estamos falando de algo mais amplo. Zina O´Leary ajuda
a definir: metodologia são “arcabouços abrangentes de nível macro que oferecem
princípios de raciocínio associados com determinados pressupostos paradigmáticos
legitimadores de diversas escolas de pesquisa. As metodologias fornecem tanto estratégias
quanto fundamento para a realização de um estudo”#001. São exemplos de metodologias o
método científico, a etnografia e a pesquisa-ação.
Já os métodos, são “as técnicas reais de nível micro usadas para colher e analisar dados.
Entre os métodos de coleta de dados* estão a entrevista, o levantamento, a observação e
os métodos inconspícuos, enquanto os métodos de análise compreendem estratégias
quantitativas (estatística) e estratégias qualitativas (ou seja, exploração temática)”#002.
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Dessa forma, não tenha pressa de definir quais ferramentas ou métodos irá utilizar em sua
pesquisa. Antes, precisa pensar sobre qual metodologia utilizará. Ao longo do curso
procuraremos dar mais subsídios para apoiar você nesse processo de pesquisa.
Como ponto introdutório também quero que conheça a sugestão de Israel Azevedo para
um processo de pesquisa adequado. No primeiro capítulo de uma de suas obras ele
apresenta as características essenciais de um trabalho científico. Listaremos a seguir:
2. O assunto tratado é reconhecível e claro, tanto para o autor quanto para os leitores;
8. Documenta com rigor os dados fornecidos, de modo a permitir a clara identificação das
fontes utilizadas;
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Independente do trabalho acadêmico que você for apresentar, siga essas sugestões
preciosas.
E para finalizar essa aula, frisaremos a afirmação de Pedro Demo sobre o ato de pesquisar,
que é mais que acumular conhecimento, conforme destacamos no início desta aula.
Pesquisar possibilita aprender em sentido criativo, em que se aprende construindo: “e isso
não redunda apenas em competência técnica e científica; funda também um passo
essencial no processo emancipatório. Dialogar com a realidade talvez seja a definição mais
apropriada para a pesquisa, porque a apanha como princípio científico e educativo. Quem
sabe dialogar com a realidade de modo crítico e criativo faz da pesquisa condição de vida,
progresso e cidadania”#005. E continua: “a pesquisa começa na infância e está em toda a
vida social. Educação criativa começa na e vive da pesquisa, desde o primeiro dia de vida
da criança”. Assim, pesquisar não é meramente a atividade de uma pessoa com estudos
formais de nível superior ou pós-graduação. Antes é uma atividade para a vida, que marca
nossa interação com a realidade. Esperamos que esta disciplina auxilie você nesse
processo emancipatório e de cidadania.
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1. Racionalista
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2. Empirista
3. Construtivista
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O Conhecimento Científico
O conteúdo da ciência é o saber ou o conhecimento que ela produz. Mas, quem quer saber
ou conhecer a respeito de quê? Isto é: quem faz ciência? É o ser humano, inquieto e
perplexo perante os fenômenos e coisas que o cerca que, no esforço por explicá-los,
pratica ciência.
Pode-se dizer que praticar ciência é uma atividade tão antiga quanto os primeiros registros
da presença humana sobre a terra, como se percebe das antigas civilizações suméria,
egípcia, babilônica e grega, cujas contribuições ainda são importantes para os seres
humanos que praticam ciência, hoje.
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Uma etapa seguinte é descrita como o momento em que o ser humano passa a usar a
cabeça. Duas coisas acontecem, aqui: ele se reconhece como um indivíduo que pensa, que
raciocina, isto é, que é capaz de, por meio de uma lógica interior, a razão, explicar as
propriedades ou fatores que permitiam à pele do animal aquecê-lo, ou a sucessão das
estações e as condições de seu ambiente, inclusive a migração dos animais.
É o ser humano, inquieto e perplexo perante os fenômenos e coisas que o cerca que,
no esforço por explicá-los, pratica ciência.
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Método e metodologia
A Ciência se faz de algum modo, ela possui método e a partir dele ela desenvolve seu
saber, ela possui uma metodologia que lhe assegura ser mesmo ciência.
O Método
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Método é uma palavra formada a partir da junção de duas palavras gregas que significam:
“caminho”
Metodologia é a palavra formada pela palavra anterior mais outra palavra grega que
significa:
“método” ou “estudo”
O método tem a ver com a forma como o investigador raciocina sobre o assunto que ele
está pesquisando e a maneira como ele abordará o próprio assunto. Dito de outra forma,
trata-se da maneira como o pesquisador pretende conhecer o assunto que está
investigando.
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A Metodologia Científica
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Metodologia
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Pesquisa
Nós, seres humanos, vivemos fazendo coisas e para fazer coisas. Para isso é que serve o
que sabemos. De que adianta saber as notas musicais se não se faz uma música com elas?
De que adianta saber as regras de um jogo que não se pretende jogar? Saber, portanto, é
um meio de realizar alguma coisa na vida. E é exatamente a vida que exige e oferece a
matéria-prima para fazer o saber.
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a sociedade investia dinheiro, tempo e recursos em pessoas assim. Porque ela também
entendia que o saber era eterno, perene, e que estaria lá para sempre enquanto houvesse
pessoas que também estivessem ali como guardiães.
Essa virada pós-positivista em busca de fazer o saber foi antecedida por outra virada que
preparou o caminho: a virada linguística, a qual, por sua vez, preparou o caminho para a
virada narrativa. Apesar da preocupação desde sempre da filosofia com a linguagem, esta
somente se tornou ocupação verdadeiramente filosófica, isto é, objeto de investigação e
reflexão humana na virada do século XVIII para o século XIX, dominando a cena no século
XX.
O modo humano de fazer o saber é de natureza linguística, isto é, para pensar e falar
sobre o que sabe ele precisa saber a linguagem.
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(a) qual o liame que existe entre a linguagem e as coisas existentes no mundo?
Ela, a linguagem, é mais que uma língua falada por uma sociedade humana ou povo. Ela
se organiza como uma cadeia de ações humanas que começa pela indicação de um signo
(o objeto usado para representar algo no mundo), que forma a proposição (a frase que
descreve ou representa o estado de algo no mundo), que constitui o ato de fala (a
indicação de comportamento ou de conduta quanto a algo no mundo) e termina com o
discurso (a posição de alguém em relação a algo no mundo).
Todavia, uma coisa é perguntar pelo saber para fazer uma casa, onde se precisa saber
quanto ao terreno e aos materiais, fazer os cálculos matemáticos necessários e
desenvolver as ferramentas adequadas, aquilo que chamamos de: ciência da natureza.
Outra coisa é perguntar pelo saber para fazer uma família que irá morar naquela casa,
onde se precisa saber acerca de como as pessoas se encontram, como se organizam e
como possibilitam a vida em família, aquilo que chamamos de: ciência do humano.
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Alguns acham que para realidades diferentes, ainda que inseparáveis, devem
empregados modos diferentes de fazer o saber.
Mas será que existe uma diferenciação entre o modo de fazer o saber da
ciência da natureza, e o modo de fazer o saber da ciência do humano?
Humano e natureza não estão um para o outro de modo inseparável? A ciência da natureza
estuda a realidade externa ao humano a fim de obter o saber acerca do modo como ela é
para que o humano saiba agir nela. A ciência do humano estuda a realidade interna ao
humano a fim de alcançar o saber acerca do modo como ela é para que o humano
desenvolva relações consigo mesmo, com outros seres humanos e com a natureza.
Alguns acham que para realidades diferentes, ainda que inseparáveis, devem ser
empregados modos diferentes de fazer o saber. Mesmo que isto pareça adequado, não
quer dizer que o mesmo ser humano tenha uma posição igualmente diferente quanto a
ambas. O humano que estuda a natureza é um intérprete de fatos experimentados na
natureza; o humano que estuda o humano é um intérprete de fatos experimentados na
coletividade humana. O estudioso da natureza e do humano é o mesmo humano, sendo ele
parte fundamental nesse processo, pois é ele quem interpreta. Esses fatos interpretados
hoje podem se repetir ou não amanhã. Não há como garantir que a chuva cairá do mesmo
jeito ou que um ato bondoso feito hoje será feito da mesma forma, e nem que a
interpretação será a mesma.
Isto quer dizer algumas coisas. Primeiro, que não existe um acesso imediato do humano à
natureza e ao humano, mas mediato, isto é, por meio dele, do que ele faz e do que diz,
isto é, do seu discurso. Segundo, fazer o saber é interpretar o discurso humano, e o que
temos, então, é uma mediação da mediação, pois passa a existir uma interpretação que
remete a outra interpretação. Terceiro, e por último, fazer o saber é constituir uma cadeia
infinita de interpretações, ordenando-a de modo que a vivência humana no mundo faça
sentido, isto é, sirva para localizá-lo no mundo que o cerca.
Wilhelm Dilthey, filósofo alemão do século XIX, deu grande avanço a essa mudança. Era
um tempo em que havia um renovado interesse nos estudos humanos ou das sociedades
humanas, estimulado pelo desenvolvimento das ciências históricas e antropológicas e do
surgimento de novas abordagens como a Psicologia e a Sociologia. Mas, os estudos da
natureza estavam bem mais avançados, na Astronomia, Física, Química, etc. Seus
resultados pareciam tão de acordo ao modo como as coisas eram no mundo, que parecia
que o estudo do humano deveria ser submetido ao mesmo regime de medição.
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espírito, que traduz o alemão Geist, Dilthey queria dizer duas coisas:
Para ele, uma coisa era a descrição de um metal como o ferro, suas propriedades e suas
possibilidades. Outra coisa era o que o ser humano fazia com ele, por exemplo, forjar uma
espada ou uma porta segura para um castelo. Portanto, o espírito era a vida mental
humana objetivada a partir e para dentro do seu ambiente ou contexto de vida, acessíveis
aos seus sentidos e à sua experiência no mundo, modelada por meio da sua ação. O
mundo está lá, fora da mente humana, mas o que dá sentido e define o agir humano
dentro dele está dentro da sua mente.
Dilthey, então, acentuou que era necessário um modo distinto de abordar esta mente
humana objetivante. Quando o ser humano busca por saber acerca de algo no mundo, ele
o faz com certa intenção, que dirige sua ação que se realiza por meio de regras, normas e
princípios. Ele não estará interessado no ferro a não ser que lhe atribua algum interesse, e
este está dentro dele, não no ferro.
Esse interesse humano não surge do vazio e nem mesmo de algum ponto dentro dele, mas
a partir da comunidade humana na qual ele se encontra. Seus interesses são reunidos por
meio da memória que se comunica de uns para os outros, ligando as suas necessidades ao
mundo exterior, a partir do que os seres humanos dentro dessa comunidade se relacionam
uns com os outros. Assim, todas as ações humanas estão ligadas umas às outras em um
contexto comunicativo ou ambiente de vida bem específico. Cada interesse humano pode
se tornar um objeto de abordagem do mundo exterior, e a atividade de transmitir esse
interesse e gerar as ações consequentes se tornam as disciplinas ou matérias de estudo
acerca dele, o modo de fazer o saber do humano.
A Ciência do Humano
Agir sobre a natureza era muito mais do que fazer descobertas nela, era dar um sentido à
sua ação, e isto não estava na natureza, estava no ser humano que nela agia. Essa foi a
contribuição de Dilthey. Isto ainda não queria dizer que este sentido retornava para o ser
humano, de modo a lhe dizer quem ele era, até que no Século XX, o filósofo alemão Hans
G. Gadamer partiu dessas ideias e da reflexão precedente de Heidegger e Bultmann, para
apontar o agir no mundo como a experiência a partir da qual o ser humano é capaz de
refletir e se autocompreender em relação a ele. Como ser finito e temporal, a experiência
é tudo o que ele possui, a partir da qual pode representar ou descrever a totalidade da sua
vivência no mundo. O ser humano não é uma mente que pensa uma realidade fora de si,
mas ele se vê refletido nessa realidade de modo que ele é ou se torna aquilo que ele vê, e
a realidade junto com ele.
A forma mais radical dessa maneira de apresentar o fazer o saber nas Humanidades, nos
dias de hoje, foi oferecida por Gianni Vattimo. Ele entendeu isto como exatamente um
fazer, isto é, um construir. Todo o saber é exatamente isso: uma construção humana, não
os fatos como são, realmente ou verdadeiramente. Para isso, interpretou o dito de
Nietzsche: não existem fatos, apenas interpretações, em termos da análise existencial de
Heidegger: não existe uma verdade objetiva quanto à Realidade, mas somente uma
interpretação, uma escuta e resposta seletiva conforme o que somos, enquanto somos a
partir do nosso interior.
Assim, para ele: a) conhecer é interpretar, isto é, vemos as coisas no mundo do modo
como elas aparecem para nós, não como de fato são; b) somente podemos falar acerca e a
partir do que vemos; c) essa fala não pode ser definitiva, pois diz respeito ao momento
eventual e histórico; d) como resultado de um interesse por uma situação histórica
igualmente determinada.
Não como ato objetivo de tomar conhecimento de um fato que permanece externo a ela,
mas como um fato que, ele próprio, passa a compor aquela mesma situação histórica à
qual co-responde.
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No mundo pós-metafísico:
Continuando nessa direção, o filósofo da ciência, Paul Feyerabend, propôs um modo muito
útil para fazer o saber, no estudo da natureza ou do humano, não importa, por ele
denominado anarquismo ou dadaísmo. Para ele, fazer o saber não é uma coisa óbvia e
simples que pode ser elaborada por meio de regras e métodos de antemão estabelecidos.
Como todo e qualquer afazer humano, ele requer a consideração da história, do contexto
no qual ele é produzido, até mesmo do senso de humor e da vida de quem o faz. Sendo o
mundo uma entidade ainda a ser completamente explorada e a humanização o fim de todo
empreendimento humano, inclusive o científico, não é possível reduzir o modo de fazer o
saber recorrendo a padrões universais, firmes e imutáveis, exigindo que todos em todo
lugar se sujeitem aos mesmos. Conforme Feyerabend, para longe do desejo de clareza,
objetividade e busca pela verdade, a busca pelo saber é marcada pela condição humana
pouco controlável, e, portanto, no que se refere a fazer o saber: tudo vale.
Assista esse vídeo de 2 minutos dando pistas sobre como descrever um quadro teórico
quando for elaborar seu projeto de pesquisa. Essa é uma aplicação prática do que
vimos nesta aula sobre o conhecimento e como usá-lo.
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Quadro Teórico
Para concluirmos, veja como Feyerabend sugere a adoção de uma metodologia pluralista:
deve-se trabalhar com todas as possibilidades, evocando qualquer hipótese, mesmo
aquelas que não sejam sustentáveis racionalmente, a fim de ampliar o máximo possível o
espaço da experiência humana de modo que ela contribua para fazer o saber. Este,
segundo ele:
...não é uma série de teorias coerentes, a convergir para uma doutrina ideal; não é
um gradual aproximar-se da verdade. É, antes, um oceano de alternativas
mutuamente incompatíveis (e, talvez, até mesmo incomensuráveis), onde cada
teoria singular, cada conto de fadas, cada mito que seja parte do todo força as
demais partes a manterem articulação maior, fazendo com que todas concorram
através desse processo de competição, para o desenvolvimento de nossa
consciência. Nada é jamais definitivo, nenhuma forma de ver pode ser omitida de
uma explicação abrangente.
É
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Ética e pesquisa
Algumas situações contemporâneas requerem a reflexão ética acerca do agir humano nas
sociedades atuais. Não se consegue mais constituir um saber ético geral e universal, é
preciso verificar o que se aplica a cada situação ou contexto. De fato, é esse contexto que
determinará a medida da necessidade e da exigência deste saber.
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As situações descritas acima fizeram com que o agir humano seja cada vez mais
submetido à avaliação pública. A cada dia, é também mais comum, desde esta exposição
pública, a formulação de juízos morais sobre os comportamentos das pessoas pela
sociedade em geral, inclusive juízos morais vindos das pessoas mais comuns, normalmente
em termos do que elas deveriam ou não fazer nas situações em que se encontravam.
O enfoque deontológico entende que toda ação é boa porque assim ela se
constitui, e as suas consequências serão igualmente boas.
O enfoque deontológico entende que toda ação é boa porque assim ela se constitui, e as
suas consequências serão igualmente boas. O enfoque teleológico afirma que só é possível
julgar uma ação como boa a partir das suas consequências ou da realização do seu fim. O
enfoque deontológico está baseado em critérios que afirmam se uma ação é boa ou não. O
enfoque teleológico se fundamenta nos resultados que se seguem às ações humanas, se
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eles foram bons ou não. Neste, trata-se de agir de tal modo a fim de alcançar uma vida
moral digna de ser louvada. Naquele, trata-se de cumprir os deveres e regras que regulam
e conformam a vida moral.
Ética Profissional
A Ética aplicada à conduta profissional se denomina deontologia. O uso inicial desse termo
é atribuído a Jeremy Bentham, que escreveu um livro chamado: Deontologia, ou a Ciência
da Moralidade. De acordo com Abbagnano, por deontologia, Bentham queria designar
“uma moral fundada na tendência a perseguir o prazer e fugir da dor e que não lance mão
de apelos à consciência, ao dever etc”. Não parece ser esse o sentido de ética do dever
profissional ao qual nos referimos mais acima.
Mas, ainda segundo Abbagnano, há outro modo, proposto por Rosmini, de entender
deontologia, como: “as ciências normativas, aquelas que procuram saber o que e como
alguém deve ser para ser perfeito”. Desse modo, a ética seria o ponto mais elevado dessas
ciências, sendo ela uma espécie de doutrina sobre a justiça.
Existe uma informação mais ampla sobre o uso do termo deontologia no Dicionário de
Filosofia, de Ferrater Mora. Segundo este, o termo deon vem da língua Grega, significando
aquilo que é o obrigatório, o justo, o adequado. Desse modo, deontologia é a ciência do
comportamento adequado à luz de determinadas circunstâncias. Conforme Mora, para
Bentham se trata do estudo dos
... deveres que devem ser cumpridos para se atingir o ideal utilitário do maior
prazer possível para o maior número possível de indivíduos. Desse ponto de vista,
a deontologia é uma ciência de normas que servem de meios para alcançar certos
fins.
Isto equivale a dizer que você deve sempre pensar na maneira mais útil de realizar a sua
profissão de modo a atender o bem estar do maior número possível de pessoas, além do
seu próprio. A que se propõe, então, a deontologia? Descrever e determinar quais os
deveres que cabe ao ser humano cumprir em determinadas circunstância sociais, e muito
especialmente no âmbito de uma profissão específica.
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Enquanto a Ética reflete acerca da melhor conduta do ser humano na medida em que ele
busca fazer o que é bom ao seu próximo e no mundo em que vive, a ética ou deontologia
profissional procura definir esse bem agir nos termos de determinada profissão,
descrevendo ou prescrevendo o melhor fim para ela e qual a melhor conduta que o seu
profissional deve almejar para alcançar esse fim.
Ética da Virtude
O segundo enfoque ético é a ética da virtude. Este coloca sua ênfase na formação do
caráter moral visando ou tendo por propósito um fim que consiste no que é bom ou justo.
A palavra fim é tradução da palavra grega télos, que aponta para algo que se coloca como
alvo final, destino ou propósito para o qual se caminha ou se busca. Por isso o chamamos
teleológico. Neste caso,
tanto as virtudes como o telos da vida humana são vistos como fins em si mesmos.
Elas são expressas e manifestas como condutas práticas dentro de contextos
específicos. O que torna uma ação legitimamente moral é sua conformação à
virtude.
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Responsabilidade é uma dessas palavras que nos acostumamos a ouvir desde muito cedo,
ainda na nossa adolescência. Em nossos dias, é uma palavra sempre atrelada a alguma
área da nossa vida social ou pessoal. Como: responsabilidade civil, responsabilidade
empresarial, responsabilidade política, responsabilidade comum ou individual, e por aí vai.
Parece que todos a vinculam a alguma forma de amadurecimento, pois quanto mais o
tempo passa, mais se cobra das pessoas a responsabilidade. Portanto, a responsabilidade
está intimamente vinculada a algum desenvolvimento moral, pois é à consciência moral de
alguém que falamos quando pedimos que ela seja responsável.
Atos de responsabilidade também são atos morais, pois pede-se às pessoas que ajam com
responsabilidade. Sentir-se responsável por algo ou alguém também é parte da conduta
moral, pois se trata de um senso moral. A responsabilidade também é um valor moral,
uma vez que entendemos que as pessoas mais confiáveis são as pessoas responsáveis.
Veja que responsabilidade e confiabilidade andam juntas. E quando confiamos em alguém
cuja conduta se mostra irresponsável, nós a tratamos como indigna da confiança que
depositamos, como se ela nos tivesse traído.
Talvez por aqui seja possível começar a descrever o que seja esta disposição do caráter à
qual atribuímos tanto valor moral. Responsabilidade está próxima da atitude de cuidado.
De um modo ou de outro, todos carecemos de sermos cuidados por outrem. Não é à toa
que nos choca moralmente vermos mães que abandonam seus filhos recém-nascidos, ou
filhos que abandonam seus pais idosos, e os entregam à sorte para morrer. Logo
associamos o cuidado com a responsabilidade.
Porém, o cuidado requer tanto uma atenção ao algo ou alguém que se cuida quanto ao
sujeito que nos julga responsável para cuidar daquele algo ou alguém. Aquele que pratica
a responsabilidade, portanto, tem uma dupla responsabilidade: para com aquilo ou aquele
que cuida, e também para com aquele que lhe confiou o cuidado. Cuidar é sentir-se
duplamente responsável por alguma coisa diante de alguém.
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Assim, agir com responsabilidade não quer dizer apenas dar tudo o que algo ou alguém
precisa, mas também não permitir o que lhe faria mal, caso fosse permitido. Veja como a
moderação é importante aqui. É como saber usar um remédio. Ele deve ser dado na
medida exata, pois muito dele ou pouco dele podem, ambos, matar o doente. Quanta
responsabilidade é exigida aqui! Veja que o remédio não tem responsabilidade, pois ele é o
que é. Sua excelência, sua virtude é sua capacidade de curar o doente. A excelência, a
virtude do ser humano que o manuseia está na responsabilidade com que age para com o
doente, administrando-lhe a dose correta. É por isso que assusta tanto a nós, seres
humanos, quando sabemos que pessoas se aproveitaram de uma vantagem para com um
doente a fim de fazer-lhe mal.
Quando alguém assume uma função pública, ela também está assumindo
a responsabilidade. Não dá para querer uma coisa, o privilégio, e não
querer a outra, a responsabilidade.
Talvez, em nossos dias, um dos principais temas vinculados à responsabilidade seja aquele
do cuidado do planeta Terra. Esta responsabilidade coloca sobre todos nós o cuidado,
compromisso e moderação no uso dos recursos do planeta, pensando na sua manutenção
e também em preservar um ambiente adequado à vida humana para as próximas
gerações.
Conforme ensina o filósofo Hans Jonas todo o desenvolvimento tecnológico que está em
nossas mãos nos torna tão grandes que precisamos de uma nova humildade. A humildade
só é possível desde que entendamos a enorme responsabilidade que o uso da técnica
coloca em nossas mãos. Veja, por exemplo, um gerente de banco, um operador de
telemarketing, um enfermeiro. Todos têm acesso a dados reservados de pessoas que estão
em contato contínuo com eles. Como eles devem lidar com essas informações chamadas
sigilosas? Claro, com responsabilidade. Mas como ensinar responsabilidade às pessoas?
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Veja isso de outra perspectiva: uma pessoa que adquiriu o poder, pelo uso da técnica, de
refazer a própria história de uma pessoa, ou de curá-la de uma doença que a aflige
imensamente. Esta pessoa deve se perguntar se está preparada para utilizar esse enorme
poder, em que situações, em relação a quais indivíduos, em que medida, e assim por
diante. Isto se chama responsabilidade.
Estamos falando, talvez, de coisas muito distantes de nós. Mas, qual a responsabilidade de
alguém que joga comida fora, porque está satisfeito, quando lá fora, na rua, tem gente
que vai pegar aquela comida como a única refeição do dia? Qual a responsabilidade de
alguém que despeja fumaça no ar, adoecendo as pessoas à sua volta? Qual a
responsabilidade de alguém que a possui apenas para seu país, sua cor, sua raça, sua
religião, sua igreja, seu partido, sua minoria, quando os demais não fazem parte do seu
horizonte de cuidado e de compromisso? A responsabilidade, então, é uma virtude urgente
e, nesses dias de crise econômica, tornou-se um clamor mundial. Esta importante
disposição do caráter, tão requerida atualmente, chama-se responsabilidade. É preciso,
então, acordar para a grande necessidade que o mundo de hoje tem de homens e
mulheres responsáveis para com ele.
Esforço e Ética
1. intensificação das forças físicas, intelectuais e morais para a realização de algum projeto
ou tarefa;
2. aquilo que se faz com dificuldade e empenho, abrangendo, também, o seu resultado,
isto é, a obra ou trabalho realizado;
4. coragem,destemor, valentia;
5. diligência, zelo.
Pensemos um pouco sobre esses usos da palavra esforço. Segundo o Dicionário, ela
descreve a intensificação, isto é, reforçar a força normalmente utilizada para a realização
de algo. Isto quer dizer que a força já está ali, na medida em que se faz necessária a sua
utilização. Existem tarefas, porém, que requerem uma concentração maior de energia e
empenho, um reforço da força. É o momento de um esforço maior, como se diz.
O espaço no qual este reforço de força se dá pode ser físico, intelectual ou moral, ou todos
ao mesmo tempo. Você sabe que há objetos a carregar ou atividades físicas que
ultrapassam o uso comum da força física. Imagine, por exemplo, quanto esforço físico está
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05/05/2020 Aulas.
Está claro que o esforço requer, igualmente, uma dose maior de dedicação ao que se
propõe, daí o indivíduo ser chamado também de diligente e zeloso. São outras maneiras de
dizer que ele se entrega por inteiro à tarefa que se propôs, o que implica abandonar,
mesmo que por algum tempo, outras coisas que não contribuem ou impedem o seu
esforço necessário para aquela tarefa.
Está mais claro, ainda, que se entregar a determinada tarefa que requer, por vezes, uma
dedicação exclusiva e um esforço que vai muito além do que normalmente lhe é proposto,
exige boa dose de coragem e valentia. Nesse caso, a coragem é a capacidade da alma de
não ter medo perante o esforço que a análise da situação pela mente já antecipa como
necessário. Pode-se, também, pensar como não reter a disposição, isto é, não ceder à
vontade de não se esforçar.
É certo que existem tarefas para as quais certas pessoas têm mais facilidade do que
outras. Todavia, o fato de nascerem para determinada coisa não quer dizer que o esforço
seja desnecessário. Pense em um grande músico ou ator. Parece que ele possui suas
habilidades naturalmente, parece que ele não se esforça para tocar ou interpretar. No
entanto, se você acompanhar seu treinamento diário, descobrirá que em boa parte do seu
tempo ele se esforça por aperfeiçoar as suas habilidades naturais. Por outro lado,
certamente conhecemos pessoas que têm uma mínima habilidade natural para alguma
tarefa que se propõe ou que lhe é proposta. Mas, com esforço maior até que a pessoa do
exemplo anterior, ela consegue tocar ou interpretar tão bem quanto ela. Talvez, ela só
precise de mais esforço quanto à coragem e disposição.
Agora, perceba que o reforço da força também é necessário para a realização de um dever
ou tarefa moral. Substituamos estas palavras pelo termo usado nos textos clássicos da
Ética: obrigação moral. Formamos, assim, o seguinte entendimento: esforço moral é a
intensidade de energia moral dispendida para o cumprimento de uma obrigação moral.
Por vezes, obrigação é tratada como dever, o que não é algo muito adequado de se fazer. É
mais apropriado dizer que a obrigação é uma ação que corresponde ao dever. Primeiro é
preciso saber o que se deve fazer, para depois se sentir obrigado a fazer esse dever.
Dependendo da complexidade ou exigência do dever, então haverá necessidade de se
medir a intensidade de esforço necessário a ser empregado no cumprimento da obrigação.
Ser obrigado por um dever traz uma sensação de falta de opção, a pessoa fica “travada”.
Quantas vezes alguém ouve que é a obrigação dela ajudar com as tarefas da casa onde
mora? Quem afirma isso está dizendo que cada indivíduo que mora em um mesmo lugar
possui o dever de conservar esse lugar limpo, saudável e agradável para todos. Logo, esse
dever se torna uma obrigação, que poderá ser exigida, normalmente quando ela não é
cumprida.
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05/05/2020 Aulas.
É, porém, em uma sociedade onde as pessoas mais se sentem obrigadas por determinados
deveres que ela impõe aos seus participantes. Todos já ouvimos falar do dever de
pagarmos nossos impostos para que a cidade ofereça os serviços que todos precisamos.
Pensado desta maneira, o pagamento de impostos é uma obrigação moral, e não apenas
fiscal, tributária, ou policial. Sem essa cooperação, a cidade ficará suja, descuidada,
impossível de todos viverem nela.
De igual modo, o dever daqueles que recolhem os impostos pagos é destiná-los para os
fins para os quais foram recolhidos. Ao fazê-lo, eles estão proporcionando a todos os
habitantes desta cidade uma vida saudável, de qualidade, que é o propósito de se viver em
uma cidade. Eles têm a obrigação moral de fazê-lo, pois eles têm um dever, um
compromisso para com aqueles que pagam seus impostos.
É possível notar que o dever e a consequente obrigação são para com uma comunidade de
pessoas, das quais dependemos, e que dependem de nós, para seu bem-estar e felicidade.
É possível, porém, que alguém não se obrigue às demais pessoas por dever algum. A
sociedade, então, estipula sanções a quem não cumpre suas obrigações para com ela.
Essas sanções podem ser informais, ou mesmo formais. Mas, elas sempre refletirão a
opção do indivíduo, isto é, ele não é obrigado a fazer o que se pede dele, a não ser pelo
dever moral. Tanto é assim, que, caso alguém não queira assumir essa obrigação, basta
não participar dessa comunidade. Ele pode se retirar e, então, suas obrigações cessarão.
Por que e em que condições alguém deveria aceitar uma obrigação? Quanto a esta
questão, as respostas também são diferentes. Uma delas é que se há acordo entre as
pessoas acerca de um dever moral, então todos devem se sujeitar a ele. Outra resposta é
que se há uma lei moral acima de todos, para o Cristianismo, trata-se da lei divina, para
outros uma lei universal, então todos em toda parte têm a mesma obrigação de cumpri-la.
Mais uma resposta e que se as pessoas concordam acerca de alguns princípios práticos
que intuitivamente obrigam alguém, então todos são obrigados a viver segundo esses
princípios práticos. Uma coisa é certa, porém: o dever é mais do que uma coisa externa a
nós, e a obrigação de cumpri-lo é mais do que uma exigência de fora, mas algo que nós
mesmos percebemos como o certo a fazer em determinada situação.
Enfim, devemos voltar à questão do esforço moral. Ele foi definido, mais acima, como:
intensidade de energia moral dispendida para o cumprimento de uma obrigação moral.
Ora, por que seria necessário tal dispêndio de energia para cumprir uma obrigação moral?
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05/05/2020 Aulas.
Segundo, não é tão simples assim afirmar que somos seres modelados pela Moral de uma
sociedade específica. Também somos moldados por nossas experiências particulares e
pelos nossos interesses pessoais. Sempre existe conflito entre a nossa interioridade e as
obrigações morais que a sociedade nos impõe desde fora. Por vezes, trata-se mesmo de
escolhermos o que deverá prevalecer em cada caso, se a nossa vontade, a obrigação moral
para conosco mesmos, entenda aí a própria consciência, ou a vontade da sociedade. Esta
decisão, seja qual for, também requer muito esforço.
Bem, haveria muito mais a dizer a esse respeito. Mas, apenas uma coisa mais. Sempre
que se fala de esforço, se pergunta ao final: será que todo o esforço valeu ou valerá a
pena? Certamente o prazer de agir, esforçando-se moralmente para cumprir um dever já é
uma grande recompensa. A pessoa moralmente bem formada já ficaria satisfeita com isso.
Se isso não basta, é preciso pensar nos muitos benefícios às pessoas e à sociedade quando
um dever é bem cumprido. Neste caso, maus exemplos, inclusive e, sobretudo, de
autoridades, que deveriam se esforçar mais que outros para cumprirem sua obrigação
moral, e não o fazem, não devem ser seguidos ou usados como justificativa moral para
eximir-nos das nossas próprias obrigações. Pense nessas coisas...
Leia excelente livro de: SAVATER, Fernando. Ética para meu filho. 2a ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1996. Cap. 7 PONHA-SE NO LUGAR DO OUTRO p. 115-136.
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Etapas da pesquisa
A pesquisa científica é uma tarefa rigorosa, árdua, mas geralmente prazerosa. Ela
demanda, dependendo da área do conhecimento, pesquisas de campo, pesquisas
bibliográficas, análises laboratoriais etc.
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Conforme ele, uma pesquisa considerada científica deve suprir os seguintes requisitos:
8. a indicação do grau de confiabilidade das respostas obtidas (ou seja, por que
aquelas respostas, nas condições da pesquisa, são as melhores respostas possíveis?);
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1. pesquisa exploratória: como o objeto de estudo não é muito conhecido, faz-se uma
investigação inicial a fim de conhecê-lo melhor.
É possível perceber que não é fácil praticar ciência, isto é, realizar pesquisa científica. Ela
requer trabalho metódico, isto é, seguir etapas pré-estabelecidas em função de resultados
que se deseja obter, o que se chama rigor metodológico.
1. Reconhecimento da Problemática
Reconhecer uma problemática que requeira a pesquisa científica implica em ter razoável
conhecimento de um determinado assunto a ponto de perceber alguma lacuna que, sendo
investigada, contribua para o aumento do conhecimento sobre esse assunto. Esse
conhecimento antecipado é obtido pela observação, pelo estudo do que já se conhece
sobre esse assunto, a chamada literatura técnica, e pela descrição da situação que conduz
à lacuna percebida. O resultado desse processo é a problemática ou problematização, isto
é, o pesquisador terá a noção exata do que procura.
2. Planejamento da Pesquisa
O quê ele está pesquisando? Porque ele está pesquisando esse assunto? Como ele
pretende pesquisar esse assunto? Onde ele pretende pesquisar esse assunto? Qual o
tempo de ocorrência do assunto será pesquisado? Quem fará a pesquisa, com que pessoal
envolvido e quem será investigado? Quanto tempo, dinheiro, pessoas e outros recursos
serão necessários para a realização da pesquisa?
3. Execução da Pesquisa
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Uma vez planejada a pesquisa, segue-se, naturalmente, a sua execução. Esta etapa
envolve uma série de fatores que o pesquisador já percebeu e planejou no decorrer das
etapas anteriores, como: preparação, tempo, recursos, meios, ações a realizar, etc.
Toda pesquisa tende a um ou mais resultados e ela finaliza, sempre, com um relatório final
no qual se descreve o processo da investigação, se houve e como aconteceu a solução da
problemática, se os objetivos foram alcançados em termos de relevância e resultados.
Sempre se entende que praticar ciência é uma atividade que interessa não apenas ao
pesquisador, e, por isso, se espera pela divulgação dos resultados em um espaço público,
normalmente: revistas, periódicos, congressos, seminários, e outros ambientes referentes
ao assunto pesquisado; e na forma de publicações técnicas: monografias, dissertações e
teses.
1. Artigo Científico
Não exige grandes aprofundamentos no tema proposto, nem requer pesquisa inédita, pois
visa recuperar, articular e demonstrar conhecimentos adquiridos durante o curso de
graduação ou pós-lato-sensu, em relação à área de estudos. Possui baixa exigência em
rigor teórico. Pode ser uma apresentação de slides, projeto etc.
3. Monografia
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4. Dissertação
Conforme os autores citados este trabalho é parecido com a monografia, mas exige um
maior aprofundamento do assunto proposto e capacidade de sistematização metódica do
pesquisador. Ele também requer um uso mais criterioso do método e das técnicas de
pesquisa. O relatório final é de maior porte e deve ser avaliado por uma banca mediante
apresentação. Geralmente ´´e um trabalho requisitado nos cursos de mestrado
acadêmicos e profissionalizantes.
5. Tese
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Quando alguém escreve um texto, está se colocando como um emissor que pretende
emitir uma mensagem para um receptor. A mensagem é pensada pelo autor, codificada
mediante signos e transmitida ao leitor. Portanto, ao redigir, o autor/emissor procede à
codificação da mensagem a ser transmitida; o leitor/receptor, ao ler o texto, procede à
decodificação da mensagem do autor, para então apropriar-se dela em seu pensamento,
assimilando-a, personalizando-a e compreendendo-a. Esse é ciclo completo do processo da
comunicação entre os sujeitos humanos.#011
Leitura e leitura(s)
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Existe a leitura direta, aquela na qual observamos as palavras reunidas em uma frase:
“Jesus partiu o pão e deu a eles”, e intuitiva: entendemos imediatamente o que as
palavras assim ajuntadas estão dizendo: “um homem chamado Jesus separou em partes
um pão e deu cada parte a um grupo de pessoas que estavam com ele”.
Nesse nível da leitura, fazemos perguntas a partir daquilo que lemos a fim de nos
relacionarmos com o mundo tal qual o experimentamos. Assim, a frase acima desperta as
seguintes interrogações: “Quem foi esse homem chamado Jesus? Que situação era aquela?
Quem eram as pessoas às quais ele deu um pedaço de pão?” Na maioria das vezes, é esse
o modo de leitura que estamos acostumados a realizar, inclusive do texto bíblico.
A leitura fica um pouco mais complicada quando prosseguimos e lemos que Jesus disse:
”Isto [o pão] é o meu corpo partido por vós”. Jesus mesmo leva o leitor a ver um
significado (a relação entre o pão partido e o seu próprio corpo físico). Pela afirmação de
Jesus, somos levados a outra dimensão ou nível de leitura que exige muita imaginação
(pois você deve ser capaz de visualizar um corpo despedaçado como os pedaços de um
pão) para abstrair (extrair o seu significado a partir de um raciocínio totalmente
intelectual), pois somente pode acontecer dentro de nossa mente.
Prosseguindo a leitura da narrativa, somos tomados pela interrogação pelo sentido da ação
de Jesus: “o que quer dizer isto que Jesus fez partindo o pão e dando às outras pessoas?”
Então, encontramos ainda outra frase de Jesus: “Fazei isto em memória de mim”. Agora, o
leitor é conduzido a outra dimensão da leitura. Pois o texto trata da orientação de um
comportamento. É certo que Jesus e eles sempre partiram e comeram pão. A partir
daquele momento, porém, eles sempre deveriam partir o pão e comê-lo juntos para se
recordar do que Jesus fizera e do que Jesus dissera. A memória ou a recordação daquele
momento jamais deveria ser apagada e o modo de fazê-lo era repetir a mesma ação com
esse sentido e significado novo que foi dado por Jesus.
Enfim, a leitura acaba por somar ao conhecimento que temos do mundo, das coisas e
acerca de nós mesmos. E, aqui, temos que nos estender um pouco mais. Quando se faz
uma leitura também está se utilizando certo conhecimento já possuído para adquirir outro
que, por sua vez, permitirá que se faça nova leitura e assim nosso conhecimento vai se
ampliando. Para que isso aconteça, qualquer leitura deve partilhar de um conhecimento
comum a todos, caso contrário, seu fim que é exatamente reunir e dispor o conhecimento,
não se realiza.
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Os Modos do Texto
Gênero lírico: o homem expressa suas emoções, ideias, impressões e sentimentos, enfim,
seu mundo interior a partir de textos elaborados nos quais fala o seu próprio Eu, como na
poesia.
Gênero épico: o homem conta uma história, como um narrador, de outras pessoas e seus
acontecimentos, que interessam a um ouvinte ou leitor, como na literatura.
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O Texto Narrativo
1. A narrativa
O que quer dizer isso? Bem, as obras literárias são agrupadas em famílias: o gênero, que
reúne as mesmas características escritas: literário. Existem duas famílias principais: o
lírico e o narrativo.
Comumente, uma narrativa lida com uma mistura de personagens e objetos que se
vinculam uns aos outros por acontecimentos que se desenvolvem ao longo de certo
período de tempo e que, necessariamente, conduz a um fim, uma consumação. É o famoso
the end no final da história.
Por exemplo: dizer que Júlio e Maria se encontraram no shopping e que ela vestia uma
calça jeans e uma camisa branca, não é uma narrativa. Mas, dizer que eles se encontrarem
no shopping, fizeram compras, viram um filme e, depois, lancharam e Júlio a levou para
casa, ao final, é uma narrativa.
2. A Narração
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Além disso, ele é o portador de um senso prático, pois a verdadeira narrativa tem sempre
uma função utilitária: ensinamento moral, sugestão prática, provérbio, norma de vida. Na
verdade, o narrador é um conselheiro, usando a sua experiência para orientar a
experiência de outro. Ele é um sábio e um artista que transmite sua sabedoria por meio
das histórias que conta.
Na verdade, tudo pode ser narrado. Um evento, um objeto, uma lembrança, um encontro,
um lugar, uma cena, podemos dizer que todo evento, costume ou prática cultural humana
é propício a uma boa história. Qualquer pessoa, desde que observadora do seu cotidiano,
se candidata a ser excelente contadora de histórias.
Talvez Benjamin estivesse errado ao limitar o ato de narrar àquilo que um ser humano
partilha com outro em sua conversação comum. Hoje, ele está presente em um jornal ou
revista semanal, em uma história em quadrinhos, em um filme, em um videogame, em
uma propaganda, em um discurso, em um argumento científico, em uma música, em um
videoclipe, e assim por diante. Isto quer dizer que nós, seres humanos, continuamos a
narrar ainda que mudem os contextos de comunicação.
Entretanto, é muito difícil ligar essas duas condições de existência do texto, histórica e
literária, ao seu leitor atual. Isso porque nós, leitores atuais, somos diferentes,
historicamente e culturalmente, das antigas audiências desses textos. Na verdade, somos
observadores intrusos de outra realidade que não é a nossa. A língua não é a mesma, por
isso fazemos uso de traduções. Questões atuais, que nos tocam profundamente, não estão
presentes nas histórias bíblicas e tentar força-los resulta em ambiguidades e distorções em
relação à mesma.
Esse modo de fazer a leitura focada no leitor atual requer que se desperte nele um
conjunto de competências que vai além das contribuições da ciência histórica e mesmo da
literária.#012 É necessário uma competência linguística: a organização e uso das palavras
em frases e períodos de forma coerente e coesa que modelam uma história; um
competência enciclopédica: o conjunto de conhecimentos gerais retidos pelo leitor desde a
leitura de outras histórias, inclusive do seu cotidiano; uma competência interacional:
resultante da capacidade e habilidade do leitor atual em dialogar com a história desde os
sinais deixados pelo Narrador a fim de estabelecer a comunicação com seu ouvinte.
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05/05/2020 Aulas.
A frase parece óbvia. Afinal, quem não compreenderia esta mensagem? Mas, o estudioso
da comunicação romeno Roman Jakobson demonstrou que isso não é tão simples assim.
Para que destinador e destinatário se entendam, eles devem saber o que é uma maçã e o
que é a cor vermelha.
Embora seja bastante óbvio que uma história é contada para ser ouvida ou lida por alguém
capaz de compreender seu significado e atribuir um sentido a ela, pouca atenção foi dada
ao papel e função do leitor até bem pouco tempo atrás.
Pode-se falar de um ouvinte ou leitor real, que participa do mundo real do autor da
história, e de um leitor inclusivo, que também participa do mundo comunicado pela
história. Por vezes, ambos os leitores podem coincidir, por vezes, não, pois para ser um
leitor inclusivo não basta ser contemporâneo do autor nem da história, é preciso entrar no
mundo da história.
Parece um pouco paradoxal, porque uma história pode não existir em um mundo real,
pode ser uma fantasia, fruto da imaginação do autor, mas para que o leitor participe da
história, ele precisa se incluir nela, torna-la real para si mesmo pelo menos enquanto lê a
história.
Todavia, não é incomum acontecer que a história saia de seu mundo para penetrar no
mundo do leitor real e agir de modo específico nesse mundo, de modo que as barreiras
entre o mundo imaginário da história e o mundo real do leitor não são tão impermeáveis
assim, elas podem se influenciar mutuamente.
A coisa importante é descobrir quais são os caminhos pelos quais o leitor real se introduz
no mundo da história e por quais caminhos o mundo da história se insere no mundo real
do leitor. E, mais importante que isso, como essa mútua influência resulta em uma
mudança na vida do leitor real.
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05/05/2020 Aulas.
(3) A leitura se torna um depósito de experiências que podem ser transmitidas a outros;
(4) A leitura oferece exemplos de ação que propõem modos de agir, de forma direta, não
reflexiva, uma resposta imediata para situações concretas.
É exatamente isso que a leitura efetua: provoca, convoca e orienta a ação do leitor no seu
cotidiano. Chama-se essa função da leitura de pragmática. Conforme a seguinte definição
de Vilson Scholz:
1. Situação do conteúdo da Unidade no contexto da obra de onde ela foi extraída, bem
como no conjunto do pensamento do autor.
5. Formulação de críticas à construção do texto, bem como aos pontos de vista do autor:
críticas positivas e negativas.
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Revisão da literatura
Estado da arte ou estado do conhecimento é uma expressão técnica utilizada para apontar
para o estado atual de desenvolvimento de uma técnica, de uma condição de uso de algum
artefato ou de como se encontra certo conhecimento de algum objeto em um dado
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05/05/2020 Aulas.
momento no tempo. Ela quer dizer que, nas atuais circunstâncias, tudo o que se pode
fazer ou saber sobre determinado assunto está apresentado em um relato único, completo
e consistente.
Conforme de Luna, o estado da arte é fundamental para a pesquisa avançar, pois define:
...o que já se sabe, quais as principais lacunas, onde se encontram os principais entraves
teóricos e/ou metodológicos.
[...] constituem uma excelente fonte de atualização para pesquisadores fora da área na
qual se realiza o estudo, na medida em que condensam os pontos importantes do
problema em questão.#013
2. Revisão teórica
Também a revisão da teoria se trata da relação da questão que se deseja estudar a partir
da derivação de uma ou mais teorias sustentadoras. Em uma mesma área do saber teorias
divergentes, convergentes ou complementares se mesclam ou distinguem entre si
requerendo que o estudioso saiba se apoiar devidamente em um conhecimento claro de
todas e justifique corretamente sua disposição e posição quanto à opção por uma ou mais
de uma e porque a outra ou as outras não foram necessárias e/ou suficientes para o
estudo da questão que se propôs.
A revisão implica na exposição de como a questão está sendo abordada, o que requer que
se preste atenção ao processo metodológico. Conforme de Luna:
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05/05/2020 Aulas.
-Que fatores vêm afetando os resultados? Que propostas têm sido feitas para explica-los
ou para controla-los?
4. Revisão histórica
1. Arquivos
2. Sumários de publicação
Existem periódicos que oferecem referências dos artigos publicados pelas revistas em
determinada área de conhecimento. Às vezes acompanha um resumo.
Artigos publicados por estudiosos costumam trazer abundantes referências sobre o assunto
estudado e são fonte valiosa de informação, em especial, artigos que se propõem revisar a
literatura existente sobre o tema.
Normalmente pagos, podem ser acessados via online em ambientes especializados que
acumulam enorme quantidade de dados possibilitando obter informação sobre quase
qualquer assunto em que se esteja interessado.
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05/05/2020 Aulas.
5. Consulta a especialistas
O Acesso ao Material
O acesso ao material, caso não seja bem orientado e organizado, é pouco eficaz quanto à
contribuição que pode oferecer ao estudo pretendido. Duas coisas são importantes, então:
ter em mente o interesse por um material específico e ter um esboço prévio daquilo que se
pretende seja o assunto a ser pesquisado.
1. Orientação
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1.1. Palavras-chave
Outro auxílio importante é a leitura daquelas partes que são introdutórias aos textos.
Informações sobre o tratamento do assunto, que possam interessar ou que sejam
descartáveis por não contribuírem para a pesquisa em vista, podem ser encontradas nas
orelhas, prefácios e posfácios, introduções e até nos sumários dos livros. Uma consulta
rápida a Enciclopédias e Dicionários na área também podem orientar quanto às obras mais
importantes. No caso de artigos científicos, as palavras-chave, após a leitura do título,
depois, do resumo, ajudam a definir se o artigo deverá ser lido ou deixado de lado.
2. Organização
Uma procura sem objetividade e propósito, isto é, sem saber bem o que se deseja
encontrar é infrutífera, resulta em insatisfação e, na maioria das vezes, abandono de um
projeto promissor. Ainda que bem preliminarmente, é preciso fazer um esboço, por mais
rudimentar e simples que seja: um possível tema central seguido de uma subdivisão em
subtemas. Trata-se de formar uma ideia mental do que será escrito antes que ele o seja. A
amplitude e profundidade dependerá do quanto já se sabe sobre o assunto, do quanto é
organizado ou não o estudioso e do próprio estilo de cada um. De todo modo, sem um
princípio organizador, sem uma ideia principal e algumas secundárias que possam servir de
varal para o que será estudado, dificilmente se chegará a algum lugar e, pior ainda,
aqueles interessados no estudo realizado ou em realização se interessarão por
incompreensão do que está sendo proposto.
e descrições que se acumulam sem vínculos entre si. Afinal, são textos extraídos de fontes
diversificadas, em épocas diferentes e de autores e trabalhos que não partilham entre si
uma visão comum necessariamente. Mais cedo ou mais tarde, será preciso que se inicie o
processo de integração entre os diversos materiais e se desenvolva um posicionamento
crítico quanto ao material que se deseja realmente incluir no trabalho final. Nesse
momento, toda a habilidade do estudioso a partir do que ele reuniu de conhecimento do
assunto deverá ser empregada para que ele não realize um trabalho que não passe de
uma colagem de textos e de opiniões alheias.
1. Fontes primárias
Trata-se do texto original escrito e impresso na língua original do autor. Elas são
importantes quando se pretende descrever as ideias próprias de alguém ou o
desenvolvimento de alguma teoria. Elas são consideradas originais porque estão mais
próximas da sua origem sem a mediação de uma tradução ou de alguém que as interprete
ou explique em algum outro momento. Dependendo da área de estudo podem se referir a
textos distintos.
2. Fontes secundárias
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05/05/2020 Aulas.
São aqueles textos que citam um outro autor construindo comentários ou conclusões
acerca dele. Ao fazê-lo, há um processo seletivo que pode limitar, excluir ou ampliar as
ideias do autor original em função do interesse daquele que faz uso dele. Elas são
consideradas de segunda ordem no que diz respeito ao assunto que se quer estudar e
possuem uma importância inferior em relação à fonte primária, ainda que sejam derivadas
desta.
Em caso de escolher entre ambas, é evidente que as fontes primárias devem ser
privilegiadas. No entanto, isso pode ser relativizado quando se sabe que elas são
inacessíveis, em muitos casos, e é preciso confiar no trabalho que algum estudante
minucioso fez delas. Outras vezes, uma fonte secundária é primária em relação ao
momento em que ela foi produzida, ainda que faça referência ao trabalho com fontes que
lhe antecederam.
Citações e Plágios
Normalmente, as revisões de textos requerem a citação direta, porém deve-se ter cuidado
com os plágios.
1. Citações
2. Plágios
Por vezes, e na maioria delas, basta a referência à parte na qual se localiza a ideia de um
autor que se julgou importante para o assunto. Nesse caso, uma simples indicação do seu
pensamento é suficiente. Em outras ocasiões, é preciso uma paráfrase de modo que fique
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claro o que o autor tinha em mente. A simples assunção da ideia de outro colocada em
palavras daquele que escreve sem a devida referência ao mesmo constitui o que é
chamado plágio*. Acerca dele, veja a seguinte descrição:
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Aula 9 - Resumo
Resumo
O ato de resumir faz parte do nosso cotidiano, pois o tempo todo estamos resumindo para
alguém um texto lido, um filme ou novela assistido, uma partida de futebol ou de outro
esporte, um acontecimento do dia, algo que ouvimos de alguém, uma orientação no
trabalho, na escola, a fala de um político, de um delegado, um depoimento, um
testemunho, uma pregação em uma igreja, e também textos que têm caráter acadêmico
ou científico. Essa Aula tem por fim esses textos. Seguiremos a NBR 6028/2013, da ABNT,
que define o que é um resumo* tecnicamente. E, acrescentaremos observações na medida
em que se fizerem necessárias.
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O que é um Resumo?
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São várias, portanto, as possibilidades e os modos do Resumo, cada uma com sua técnica
disponível. Se fôssemos oferecer uma definição, comumente elas versam o seguinte:
Condensação em poucas palavras do que foi dito ou escrito mais extensamente. Em livros
pode ser localizado na folha de rosto* ou na folha que antecede o texto.
Resumir, portanto, é o ato de escrever em poucas palavras o que foi essencial à leitura,
aquilo que ficou dela e que seja fundamental, essencial, importante para o leitor. Como já
visto nas normas acima, da ABNT, o resumo pode se apresentar de várias formas,
conforme o objetivo que se tem em mente.
De todo modo, há um padrão do qual não se deve fugir. O Resumo deve reproduzir as
opiniões do autor na sequência em que elas aparecem no seu texto e de acordo com as
suas articulações lógicas. O resumista deve evitar qualquer comentário ou juízo pessoais.
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7. Devem-se evitar:
b.identificar o gênero a que pertence o texto (uma narrativa, um texto opinativo, uma
receita, um discurso político, um relato cômico, um diálogo, etc.
c.identificar a ideia principal (às vezes, essa identificação demanda seleções sucessivas,
como nos concursos de beleza...);
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h. redigir o texto.
2. Todavia, o Resumo é uma peça escrita e não deve ser reprodução, colagem de citações
ou indicação de ideias presentes no texto resumido. Ele é uma filtragem pessoal dessas
ideias e esse pessoal deve transparecer imediatamente a quem o lê.
3. Deve-se evitar abordagens indiretas por meio de frases que representam lugares-
comuns, tais como:
- “O autor descreve...”;
- “Todos sabem...”;
4. Evite, também, a repetição de palavras do texto original, estabelecer algum diálogo com
o autor, transcrever diretamente do texto, fazer citações diretas ou indiretas ao texto, e
agrupar o resumo uma quantidade grande de palavras. Para isso, verifique a norma da
ABNT.
5. Algumas estratégias são interessantes para ver se o Resumo não está excessivo:#016
- Reduzir as partes que podem ser agrupadas sob um único conjunto semântico.
6. Uma boa ajuda é sublinhar ou organizar as ideias paralelamente à leitura. Isso pode ser
feito no próprio texto que se lê ou em material à parte. Ao final, pode-se recorrer a esse
material como a estrutura do Resumo e complementá-lo com o conteúdo do texto que seja
necessário.
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Exemplos
Uma vez que já vimos a técnica do resumo, veremos alguns exemplos, a fim de
dominarmos bem a sua prática. Fica a observação de que somente a prática levará à
perfeição.
A obra “A Luneta Mágica” de Joaquim Manuel de Macedo (1820 - 1882), mesmo autor do
sucesso “A Moreninha”, é considerado o primeiro romance fantasia da literatura brasileira.
A obra foge de tons piegas do romance e tem uma conotação maior de fábula com lição de
moral. De forma crítica e bem humorada ele faz um retrato do Brasil no final do segundo
império, mais precisamente da cidade do Rio de Janeiro.
Em a “Luneta Mágica”, Joaquim Manuel discorre sobre o bem e o mal, e como ele faz parte
das pessoas. A trama é contada por um narrador-personagem, Simplício, que sofre da
chamada miopia física, que não permite que ele enxergue nada que vá além de duas
polegadas, sendo quase cego, e sofre também de miopia moral, que faz com que ele não
entenda as ideias alheias e a intenção das pessoas, considerado um parvo (inocente,
bobo).
A obra conta história de Simplício, rapaz que ficou órfão aos 12 anos de idade, e mora com
Américo, que administra sua herança, a tia Domingas, mulher religiosa e devotada, e com
a prima Anica. Certo dia ele é chamado para participar de um júri onde conhece Sr. Nunes,
quem o indica um gravador de vidros chamado Reis e que poderia ajudar com seu
problema de miopia. Chegando à loja de Reis, este tenta fazer as mais variadas lentes de
todos os graus mas nenhuma serve para Simplício.
Reis diz para Simplício procurar um mágico Armênio que ele mesmo havia trazido da
Europa para trabalhar na sua oficina e que poderia ajudá-lo. Simplício tinha ânsia de
enxergar e vai ao encontro do mágico. Depois de um ritual o Armênio entrega ao míope
uma luneta com a qual ele poderia enxergar agora. Mas há uma advertência: ele não deve
fixar a luneta por mais de três minutos sobre nenhum objeto ou pessoa, se não acabaria
vendo o mal delas, e caso fixasse por até 13 minutos ele veria seu futuro e a luneta se
destruiria automaticamente.
Ansioso, ele ignora a advertência, e começa a fixar a luneta por mais de 3 minutos e
começa a ver a maldade em todas as pessoas, inclusive na sua família. Ele começa a se
sentir decepcionado e sem poder confiar em ninguém, e um mês depois todos acham que
ele estava louco. Ele decide então que a única coisa que pode salvá-lo é destruir a luneta.
De frente para o espelho, ele fixa o olhar sobre ele mesmo, até que começa a ver sua
própria maldade e por fim a luneta quebra antes que ele consiga ver o futuro.
Ele fica recluso por alguns dias e decide visitar novamente Reis e o Armênio. Reis é sempre
cético e não acredita no poder da luneta. O mágico lhe faz uma nova luneta, que dessa vez
mostra o bem das pessoas se fixada por mais de três minutos. Simplício desobedece mais
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uma vez e começa a ver bondade em todos, o que faz com que ele seja enganado e se
apaixone por quase todas as mulheres. Outra vez frustrado ele decide quebrar a luneta
novamente. Simplício sobe no corcovado onde decide ver a cidade do Rio de Janeiro e
depois se suicidar. Mas na hora em que ele vai se jogar aparece Reis e o Armênio, que
explicam que todos possuem o bem e o mal dentro de si, e que a humanidade é
imperfeita. Armênio lhe entrega a última luneta, dessa vez a do bom senso.
Esse estudo assume que os evangelhos são uma mescla de narrativas e discursos. A
proposta desse estudo é efetuar a leitura das histórias dos evangelhos, tomando como
exemplo: Marcos 1:21-34. O objetivo é demonstrar a possibilidade, a necessidade e os
resultados quando se toma em consideração as histórias do Evangelho como narrativas
completas em si mesmas e portadoras de um discurso autônomo em relação ao próprio
Evangelho. Para tal, foi utilizado o método literário da Análise Narrativa, que considera o
potencial discursivo da narrativa em sua própria constituição. Presente nos estudos
literários em geral desde a segunda metade do século passado, sob a denominação geral
de Narratologia, a Análise Narrativa veio a se constituir em instrumento precioso para
aqueles que desejam uma abordagem a mais próxima do texto narrativo possível e no
interesse de sua capacidade discursiva. A conclusão é que, ainda que a Análise Narrativa
não tenha adquirido uma posição relevante nos estudos bíblicos na América Latina até o
momento, ela tem muito a oferecer à leitura popular das histórias do Evangelho, em
particular, e de toda a Bíblia na sua totalidade.
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05/05/2020 Aulas.
Vários países vêm realizando reformas no ensino da graduação objetivando integrar suas
funções às necessidades da sociedade, tendo como pano de fundo a produção de
conhecimento que preparasse o capital humano para atender a entrada dos países no
circuito da globalização. Mesmo sem minimizar a importância das habilidades técnicas do
campo da nutrição, requer ênfase nas habilidades centradas nos processos de
comunicação, envolvendo novos discursos e (re)novas práticas educativas. Compreender o
exercício profissional do nutricionista como uma ação eminentemente pedagógica remete a
repensar as práticas acadêmicas vividas em sua formação e o papel que os professores
desempenham nesse contexto, em especial pelo caráter de mediador ativo que o docente
universitário desenvolve entre um conhecimento altamente especializado, proveniente de
um campo acadêmico profissional, e o sujeito em formação. Embora considere esse
fenômeno como um processo global, o estudo produziu um exercício de cotejamento das
experiências que ocorrem nos Cursos de Nutrição de três países diferentes. Foram
selecionados os Cursos de Nutrição das Universidades do Porto (Portugal), da Universidade
de Buenos Aires (Argentina) e, no Brasil, a Universidade Federal de São Paulo. Esta foi
escolhida por caracterizar-se como uma experiência singular no seu aporte curricular e
metodológico. O estudo tomou como metodologia a perspectiva qualitativa, onde foram
realizadas entrevistas com diferentes atores (docentes, discentes e egressos), buscando
captar os momentos de ruptura com o cotidiano nas atividades humanas, entendendo que
é na aula universitária que os docentes exercem uma influência direta sobre a formação e
o comportamento dos alunos. Na análise, observa-se que a identidade docente, tem papel
fundamental no significado social que o professor atribui a si mesmo e à nutrição,
constituindo também um processo epistemológico que reconhece a educação como campo
de conhecimento do nutricionista.
Pense: De que modo a atividade de Resumo habilita o estudante para uma boa revisão
de literatura?
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Aula 10 - Fichamento
Fichamento
A elaboração de um bom fichamento, o qual não deve ser confundido com um resumo,
permite ao estudante alcançar ao menos três (3) objetivos, a saber:
2) servir de estudo para melhor domínio do conteúdo, comparando-o a outros textos afins,
e, ainda;
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O que é um Fichamento?
1. O fichamento – posição A
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05/05/2020 Aulas.
É uma síntese das principais ideias contidas na obra. O aluno elabora com suas próprias
palavras a interpretação do que foi dito.
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É a descrição, com comentários dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.
2. Fichamento – posição B
identificam uma obra, sendo eles: nome do (s) autor (es), título da obra, edição, editora,
local e ano de publicação.
Para os textos lidos em jornais, revistas ou artigos na internet, o endereço do site e a data
de consulta são elementos obrigatórios.
Caso seja feita uma cópia literal (exatamente como se lê) de um trecho do texto, este
deve ser colocado entre aspas, acrescentando o número da página de onde foi retirado.
Assim o leitor saberá de imediato que aquele trecho não está escrito com palavras suas.
Classificação de Fichamento
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1. Fichamento de citações
Frase completa: "Aos poucos, ao adquirir mais experiência, cada pesquisador define que
tipo de organização é mais adequada para o seu campo de pesquisa e para a sua forma de
trabalho" (p.19).
Citação de parte da frase: "Aos poucos, [...], cada pesquisador define [...] organização
[...] mais adequada [...] para a sua forma de trabalho" (p.19).
2. Fichamento de textos
O fichamento de textos é mais exigente, pois requer, de antemão, uma leitura crítica da
obra. Ele é organizado em duas partes:
Oferecer considerações pessoais que reflitam um diálogo entre a obra e o estudioso, como
uma interpretação do texto, uma reconstrução, baseada na opinião do pesquisador a
respeito da obra.
Deve-se sempre tomar o cuidado de observar a Norma 6023 (Ago/2002) da ABNT, pois ela
orienta em detalhes o manuseio das obras em um Fichamento.
O formato da ficha utilizada para o Fichamento varia devido a diversos fatores: gosto do
estudioso (prefere caderno, folhas de papel, caneta, lápis etc); material disponível (papel,
cartolina, cartão, online).
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Aula 11 - Resenha
Resenha
A quantidade de material de todos os tipos que se produz nos dias atuais exige a leitura
prévia seguida de um parecer ou opinião que estimule ou direcione os interessados de
modo que eles sejam guiados a buscar o que exatamente procuram. A Resenha serve a
esse fim, pois ela se destina à apresentação, análise e orientação de uma exposição de
arte, de um show musical, de uma obra literária, de uma peça teatral, de um filme etc.
O objetivo da Resenha, então, é guiar o leitor por meio de uma síntese na qual sejam
misturados momentos descritivos com outros de análise crítica, completada por afirmações
da qualidade ou do valor do material observado.
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05/05/2020 Aulas.
Resenha é uma produção textual, por meio da qual o autor faz uma breve
apreciação, e uma descrição a respeito de acontecimentos culturais ou
obras.
Resenha é uma produção textual, por meio da qual o autor faz uma breve
apreciação, e uma descrição a respeito de acontecimentos culturais (como uma feira de
livros, por exemplo) ou de obras (cinematográficas, musicais, teatrais ou literárias), com o
objetivo de apresentar o objeto (acontecimento ou obras), de forma sintetizada,
apontando, guiando e convidando o leitor (ou espectador) a conhecer tal objeto na integra,
ou não (resenha crítica).
1. Procedimentos Gerais
a. Leitura
Tal como no Resumo, o primeiro passo é fazer uma leitura rápida da obra, de caráter
informativo, e também tomar conhecimento do seu contexto e das relações da obra com
outros textos já resenhados igualmente. É preciso, portanto, informar-se corretamente da
obra que se pretende oferecer a Resenha.
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b. Releitura
De novo, tal como no Resumo, nesse passo é preciso a releitura da obra, destacando
aspectos mais pontuais que serão posteriormente abordados na Resenha. Procure destacar
as ideias principais na forma de um esquema e demonstre as relações entre elas.
c. Reflexão prévia
Ainda uma vez, à semelhança do Resumo, deixe as ideias amadurecerem por um tempo.
Logo, a seguir, faça uma prévia do que virá a ser a Resenha, num exercício de
entendimento e reflexão do que foi estudado e do que seria importante destacar na
Resenha.
d. O início
XIII.Comparando essa obra com outras similares e com outros trabalhos do mesmo autor,
a que conclusões chegamos?
e. A conclusão
É o momento de expor a avaliação geral sobre a obra. Após a descrição dos argumentos do
autor e como ele os defende, foi necessário avaliar a qualidade e a eficiência de diversos
aspectos da obra. A parte final da Resenha é avaliar o trabalho como um todo, indicando
se o autor conseguiu ou não atingir os objetivos propostos e se a obra contribui de
maneira significante para a área de conhecimento da qual faz parte. Considere as
seguintes questões:
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II.O autor consegue manter o foco da obra, sem incorrer em excesso de opinião própria ou
falta de fontes que comprovem seus argumentos?
III.Em algum momento o autor deixa de considerar aspectos relevantes de sua área, como
outros pontos de vista ou teorias contrárias às dele?
IV.O autor conseguiu atender aos objetivos a que se propôs ao iniciar a obra?
V.Que contribuições a obra traz para sua área de conhecimento ou grupo específico de
leitores?
VI.É possível justificar o uso dessa obra no contexto em que foi indicada (uma disciplina da
universidade, por exemplo)?
VII.Qual o comentário final mais importante que você faria a respeito dessa obra?
IX.De que maneiras ler/assistir essa obra contribuiu para sua formação?
a.Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você
vai resenhar;
b.Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto
a ser resenhado;
e.Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião.
Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até
mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos
resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite
estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
f.Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar
para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou
pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
g.Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e
não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras
obras do escritor ou pesquisador.
h.Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala
algo como “Acadêmico do Curso de Ciências das Religiões da Faculdade Unida de Vitória
(UNIDA)”
4. Resenha Temática
a.Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados
e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
b.Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o
autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
c.Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar
chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
d.Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você
usou;
e.Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do
Curso de Ciências das Religiões da Faculdade Unida de Vitória (UNIDA)”.
A Resenha deve ser um texto breve sem ser superficial. Ela precisa
destacar os pontos principais da obra, bons e ruins, argumentando a
favor de um ponto e de outro.
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05/05/2020 Aulas.
A Resenha deve ser um texto breve sem ser superficial. Ela precisa destacar os pontos
principais da obra, bons e ruins, argumentando a favor de um ponto e de outro. Nesse
aspecto, algumas virtudes são fundamentais ao resenhista.
1. Imparcialidade
Seja na defesa ou no ataque, o resenhista deve julgar as ideias da obra sem paixão,
devendo posicionar-se criticamente como um juiz e apresentar tanto os aspectos positivos
quanto os negativos da obra, sem defender um lado ou outro devido a motivos externos à
obra (amizade com o autor, imposição de editoras, professores, colegas, etc.)
2. Cientificidade
A Resenha, assim como todo trabalho acadêmico, deve ter cunho científico. Ou seja, estar
em conformidade com as exigências de objetividade e impessoalidade.
3. Privilegiar o essencial
Falar apenas do que é mais importante na obra, deixando de lado detalhes ou pontos que
são secundários e não contribuem para a finalidade da Resenha.
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Aula 12 - Monografia
Monografia
A Monografia
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05/05/2020 Aulas.
1. Organização
2. Estrutura da Monografia
Veja o excelente material tutorial para a redação de monografias, no site: Clique aqui
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05/05/2020 Aulas.
Aula 13 - Dissertação
1. Expositivo
2. Argumentativo
Questão: A Floresta Amazônica, maior floresta tropical do mundo, sofre algum dano com a
frequente prática do desmatamento em seu território?
a. Sobre o mesmo tema você pode fazer vários questionamentos, porém deve avaliar se
você está apto a respondê-los e se não está fugindo ao tema principal.
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Tema: Eutanásia
Tese/opinião: A eutanásia realmente deve ser proibida, pois ninguém pode violar o direito
à vida.
b. Sempre defenda um ponto de vista, pois seu objetivo é esclarecer e não confundir ainda
mais as opiniões do leitor a respeito daquele assunto.
Causa: O pouco incentivo aos esportes e às artes nas escolas por parte do governo.
Consequência: Os jovens passam muito tempo nas ruas, em contato com armas e drogas.
1. Introdução
O primeiro parágrafo deve conter o problema e o caminho a ser seguido no texto para
expô-lo ou para defender algum ponto de vista a respeito dele.
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2. Desenvolvimento
3. Conclusão
O último parágrafo é reservado para dar clareza ao objetivo da dissertação, para expor o
ponto de vista defendido e arrematar todos os argumentos utilizados durante a construção
do texto.
A Dissertação Acadêmica
3. Ensino Médio: realizado após o Ensino Fundamental e tem a duração média de três
anos. Pode ser profissionalizante ou servir de acesso ao Ensino Superior.
4. Ensino Superior: Nível de estudos acima do Ensino Médio e que se divide em:
a. Graduação: Primeira etapa do Ensino Superior. Sua duração depende do curso escolhido,
das regulamentações institucionais e das exigências dos órgãos de classe. Confere o grau
de Bacharelado (formação técnica) ou de Licenciatura (formação pedagógica).
Primeira etapa que consiste de um ano e meio a três anos de estudos aprofundados em
um determinado tema da área da Graduação. Após sua realização, o formado passa a ter
um conhecimento mais amplo e aprofundado quanto ao tema estudado. Após aprovado
nas disciplinas formais, o candidato deve apresentar uma dissertação perante uma banca
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05/05/2020 Aulas.
5. A Dissertação acadêmica
Já foi dito que uma dissertação acadêmica, seja da Graduação ou Pós-Graduação, abrange
um tema específico dentro de uma área de estudos ou de conhecimento. O preenchimento
do conteúdo do tema, isto é, o objetivo em tratar dele não é apenas de apresentar o que
já existe de conhecimento sobre o assunto, mera compilação de textos, mas demonstrar o
esforço do estudante na identificação e sistematização do conhecimento existente a
respeito dele. A esse respeito, veja o conselho abaixo:
O mestrando deve saber delimitar o seu objeto, “dialogar” com o tema, problematizando-o
— para empregar um neologismo universitário. Com isso quer se dizer que a delimitação
do objeto é fruto de uma interrogação. Mais do que isso, a delimitação é o resultado de um
esforço interpretativo e, portanto, incorpora escolhas metodológicas (como veremos
adiante). Afinal de contas, o esforço de reflexão crítica aparece como um componente
indispensável de um curso de mestrado bem sucedido. Ele é a própria razão de ser de
qualquer mestrado. As respostas desse processo estabelecem aquilo que é necessário,
acessório ou dispensável para dissertação.
Assista este vídeo de 3 min sobre como delimitar um tema. Essas dicas
valem tanto para a Graduação como para a Pós-Graduação.
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b. A metodologia
c. Desenvolvimento
A dissertação de Mestrado deve ter, quanto à sua organização interna, quatro partes:
introdução, corpo principal do trabalho, conclusões. Vejamos cada uma delas em particular.
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Conclusões: Servem para reunir as conclusões provisórias que foram se acumulando nos
capítulos até chegar a uma solução geral a ser apresentada neste capítulo final. Elas
servem de fechamento ou término ao trabalho, não sendo lugar para se prosseguir algo
que deveria ter sido apresentado nos capítulos anteriores. No máximo, o que se permite é
apresentar encaminhamentos futuros para o que foi tratado suficientemente até então.
d. Bibliografia
e. Originalidade
Desde que a dissertação de Mestrado não antevê uma contribuição inovadora tal como
uma tese de Doutorado, não se espera que a mesma esteja necessariamente presente.
Entretanto, é claro que a intervenção do estudante no que diz respeito à sua leitura
pessoal dos textos fundamentais e na apresentação do tema tragam alguma originalidade
e indicação da sua capacidade de estender o assunto para possibilidades não previstas até
então.
f. Uso social
Uma dissertação de Mestrado pode ter um uso social além do estritamente acadêmico.
Dependendo do tema tratado e o modo de fazê-lo, ele pode interessar a um público não
acadêmico e mesmo contribuir para algum interesse fora da academia, como ocorre, por
exemplo, com o Mestrado Profissional. Além disso, a necessidade acadêmica de divulgação
das dissertações e teses coloca a importância de apresentação do trabalho para além do
momento da defesa para o título almejado.
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Toda mudança positiva tem que perpassar necessariamente pela educação e pela cultura.
Nada se atinge de objetivo se não for feito um trabalho sério de políticas públicas voltadas
para o esclarecimento e a mudança de hábitos do povo. É desde a mais tenra idade que o
cidadão aprende a dar importância ao mundo que o cerca, assim como ao todo. Por isso,
projetos e programas – governamentais e não-governamentais – implantados nas escolas
são urgentes: elucidarão e criarão novas formas de agir logo nas primeiras idades.
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Enfim, a tendência, daqui para um futuro não muito distante, é que essa preocupação com
a ecologia saia das pautas do “modismo” naturalista para se tornar uma necessidade
mundial.E aliar isso à compulsão consumista das massas será realmente o grande desafio
do amanhã que já se aproxima. Enquanto as pessoas não aprenderem a preservar e a
serem conscientes quanto às questões ecológicas do planeta, o meio ambiente irá agonizar
um pouco mais!
Crack
Aproximadamente o crack é cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também
relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais
utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários. É usado nas
diversas classes sociais em vários países do mundo.
Tal substância faz com que a dopamina, responsável por provocar sensações de prazer,
euforia e excitação, permaneça por mais tempo no organismo, além de provocar sintomas
paranoicos, quando se encontra em altas concentrações.
Pelos efeitos causados a tendência do consumo é ser utilizado com maior frequência. Com
o passar do tempo, o organismo vai ficando tolerante à substância, fazendo com que seja
necessário o uso de quantidades maiores da droga para se obter os mesmos efeitos.
Apesar dos efeitos paranoicos, que podem durar de horas a poucos dias e pode causar
problemas irreparáveis, e dos riscos a que está sujeito. Em pouco tempo, ele virará seu
escravo e fará de tudo para tê-la sempre em mãos. A relação dessas pessoas com o crime,
por tal motivo, é muito maior do que em relação às outras drogas; e o comportamento
violento é um traço típico.
comportamento aumentando os riscos de se contrair AIDS e outras DST's uma vez que
debilita o sistema imunológico dos dependentes.
A superação do vício requer ajuda profissional, vontade por parte da pessoa, e apoio da
família.
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Aula 15 - Tese
Proposição que se apresenta para ser discutida; monografia para ser defendida em
público, em exames de doutorado e concursos do magistério nas escolas superiores;
argumento, assunto, tema.#020
Ao contrário, uma Tese carece de originalidade, isto é, ela tem que resultar em algum
conhecimento novo que seja agregado àquele já existente. Ela é o resultado de uma
hipótese aplicada a um problema de modo a oferecer um modo novo de vê-lo, uma
solução diferente para ele ou uma estratégia nova de tratar o assunto. Para tanto, ela foi
testada de modo que o resultado tem fundamento suficiente para se impor perante um
corpo de pesquisadores sobre o assunto. A Tese tanto pode basear-se em fatos novos,
como partir de fatos conhecidos por meio de uma revisão da literatura quanto ao tema
pesquisado.
Uma Tese requer um trabalho de pesquisa desenvolvido em tempo suficiente para que o
resultado amadureça e seja demonstrável. Esta pode se desenvolver em diversas esferas:
teórica, de campo, documental, experimental, histórica ou filosófica.
Uma Tese bem elaborada forma o pesquisador que apenas dá início à sua atividade
científica a partir do reconhecimento de seus pares por meio da defesa e aceitação da
Tese. Ela é somente o ponto de partida de uma carreira científica e acadêmica que se
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Desde que a carreira docente no Ensino Superior no Brasil depende da aprovação de uma
Tese por uma banca de iguais, em sua grande maioria, é necessário que aquele que a
almeja efetue uma Tese de doutorado e continue a produzir resultados continuamente para
atender às exigências dos órgãos de fomento e pesquisa no país. O fato de ser um
professor universitário portador de um título de doutorado para tal não evidencia,
naturalmente, que se está diante de um pesquisador ou um cientista.
Veja, abaixo, treze dicas importantes para quem pensa se candidatar a uma Tese de
doutoramento.#021
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10. Se possível (e isso, geralmente é difícil) comparar a sua solução diretamente com as
soluções em trabalhos relacionados, observando que os parâmetros dos testes devem ser
os mesmos, pois senão a comparação não é válida;
11. Apresentar (com rigor científico) os resultados da avaliação e explicar por que eles
comprovam, ou ao menos indicam, que os benefícios X e Y são obtidos com a solução;
13. Mostrar as limitações da própria solução (o que não foi resolvido, e por que) e discutir
como futuros trabalhos devem abordar estas questões.
Ainda que, comumente, as Teses sejam familiares à área das Humanidades, o modelo
acima está focado em Teses que visam o desenvolvimento tecnológico, próprio da área de
Exatas, Químicas e Biológicas.
Assista este vídeo de 2:30 min sobre como justificar a execução de uma
pesquisa.
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1. Apresentação do tema
2. Quadro teórico
2.4. Revisão crítica da literatura sobre o tema, justificando a seleção de autores e obras e
comentando sua contribuição.
3. Critérios de aplicabilidade
Apresente um esboço com os títulos dos capítulos, bem como os subtítulos de cada
capítulo. Sugere 3 capítulos com 3 subdivisões cada.
7. Bibliografia provisória.
Listar uma ampla sequência de obras (artigos, livros e documentos) em ordem alfabética
de sobrenomes comprovando que é possível realizar a pesquisa. Quanto mais obras
atualizadas (últimos 10 anos) puder apresentar, melhor.
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Os Modelos
Os artigos são sempre partes de uma publicação e podem ser, conforme a NBR 6022/maio
de 2003:
1. Revisão de estudos
- Devem contar uma história informativa e como ela se reflete em situações mais gerais
- Deve ter objetivos claros, estar focado e relacionar vantagens sobre trabalhos anteriores
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A Estrutura
O Artigo Científico é a forma mais utilizada de artigos devido à sua ênfase na pesquisa
bibliográfica. Trata-se de uma produção textual que sintetiza os resultados de uma
determinada pesquisa, visando ser uma primeira apresentação da investigação realizada
sobre ela. Deve ser organizado observando os seguintes elementos:
1. Partes Pré-textuais:
a) Título e Subtítulo
b) Autoria (credenciais do autor, que podem ser remetidas para nota de rodapé*). O (s)
autor (es) do artigo deve vir indicado do centro para a margem direita. No caso de mais de
um autor deverão ser apresentados pela ordem das titulações (da maior para a menor) ou
por ordem alfabética, se não for este o caso;
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2. Partes Pós-textuais
a) Referências Bibliográficas
b) Glossário
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3. Partes Textuais
Introdução
Uma parte mais curta e objetiva onde se apresenta a delimitação do assunto, seus
objetivos e outras informações que esclarecem e situa o assunto pesquisado. Visa situar o
leitor no contexto do assunto delimitado e pesquisado, possibilitando uma visão global
sobre ele. É importante que nessa parte também se esclareça o método de pesquisa e
teológico adotado.
Desenvolvimento
Conclusão
Escrita
1. Impessoalidade
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2. Objetividade
3. Redação correta
Uma redação correta é condição indispensável para a boa aceitação da produção de texto.
Deve-se relatar a pesquisa com frases curtas, evitando muitas orações subordinadas,
intercaladas com parênteses, num único período. O uso comedido de parágrafos, suficiente
para ordenar o raciocínio torna o texto de mais fácil leitura. A cada novo parágrafo
demonstra-se o desenvolvimento do raciocínio. É necessário que se faça diversas revisões
no texto depois de escrito e antes de sua entrega final, retirando todo excesso de palavras
e expressões que não fazem falta no contexto da redação.
Cada um tem seu estilo e o importante é adaptar as necessidades a ele. Uma vez que já
existe uma estrutura básica como a descrita acima, é bom começar por encaixar seu texto
nela. Para isso, é importante ter um texto pronto, isto é, procurar escrever um texto
inteiro e, depois, ver como ele vai se encaixando na estrutura fundamental. Somente
depois se deve propor os resumos, introduções e conclusões. Assim, será possível perceber
as falhas na pesquisa e preenche-las com pesquisas adicionais.
Primeiro, o artigo deve estar pronto para publicação e, para isso, ele não deve ser
submetido senão após algum tempo de afastamento e retorno para uma revisão final. É
útil que outra pessoa faça a leitura e ofereça sugestões também.
Quarto, comumente as edições são semestrais ou anuais, o que demandará certo tempo
entre a submissão e a publicação.
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Portfólio
Cotta, Costa e Mendonça asseguram: “na prática, isso significa preparar os estudantes
para um aprendizado autônomo, definido por Paulo Freire como um aprender que respeita
a curiosidade do educando, sua inquietude e linguagem, incentivando a liberdade e a
busca de identidade no processo de ensino-aprendizagem. O aprendizado autônomo dá
mais importância ao domínio de ferramentas de ensino do que a mera acumulação de
conteúdos, outorgando um novo papel aos materiais didáticos, que passam a ser recursos
capazes de gerar conhecimentos significativos e que facilitam a inserção do estudante no
processo de aprendizagem”#022. Essa mudança mundial está centrada em resultados,
estimulando competências e habilidades nos educandos. Para se alcançar esse objetivo são
necessárias estratégias pedagógicas mais ativas e inovadoras. É aqui que entra a
ferramenta portfólio reflexivo.
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O que é portfólio
Nos últimos anos tem crescido o uso dessa ferramenta pedagógica nos grandes centros de
formação também no Brasil, em diferentes áreas do saber. De acordo com Maia haveriam
cinco categorias em que os objetivos de uso do portfólio reflexivo podem ser observados:
“a) avaliar e/ou acompanhar a aprendizagem; b) avaliar habilidades clínicas [ou em outras
áreas profissionais]; c) avaliar e ou documentar competências; d) possibilitar o
desenvolvimento profissional continuado; e, e) estimular a reflexão”#025. É justamente
nesse último aspecto que o portfólio ganha destaque. Ele é muito efetivo para incentivar o
aluno a refletir sobre suas experiências.
Portfólio e narratividade
É importante descrever com detalhes após concentrado processo de reflexão pessoal. “As
narrativas que compõem o portfólio reflexivo devem ser antecedidas por uma experiência
existencial, seja vivida pelo próprio sujeito que conta a história, ou pela experiência de
ouvir histórias dos outros. O narrador não faz apenas uso das suas experiências, mas
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também das experiências alheias pelo ouvir. Isso pressupõe per se uma abertura ao
diálogo. O pensar narrativo operado nos portfólios reflexivos é crítico porque enseja a troca
de experiências: o narrador-estudante transforma em história a experiência com o outro e
com o próprio contexto do território onde atua; o diálogo (por vezes, imaginário), que se
estabelece com essas histórias se concretiza quando o professor-leitor percorre essas
trajetórias e ressignifica tais experiências fazendo uso do dispositivo pedagógico para ler
nas entrelinhas”#028
Como bem concluíram Cotta, Costa e Mendonça, “em educação o portfólio apresenta várias
possibilidades, tendo como principal fator de aprendizagem a construção pelo próprio
estudante ou grupo de estudantes”#029. Dessa forma, o portfólio não deve ser visto como
“mais uma tarefa” a ser entregue, mas como um instrumento de formação profissional. Na
próxima aula daremos algumas orientações sobre como você poderá elaborar o seu
portfólio.
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Fazendo o portfólio
O que incluir
Você organizará de forma sistemática tudo o que foi trabalhado nos seus anos de curso.
Mantenha seus registros atualizados e com as datas respectivas. Sempre que possível faça
registros de imagens, como fotos e vídeos. O portfólio inclui textos de aulas, atividades,
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trabalhos, apostilas, exercícios, pesquisas e tudo de relevante que você fizer em seus
estudos. É importante que contenha uma descrição seguida de reflexão sobre cada um dos
itens listados.
Organizar por semestre ajuda no processo. Destacar a nota alta que recebeu no trabalho e
o que ele representou é um exemplo. Se um trabalho recebeu comentários elogiosos do
professor, também deve ser incluído. Além de ser uma coletânea de trabalhos, é também
de relatos e impressões. Cada nova atividade deve ter um título, uma data, uma breve
descrição e uma avaliação (Considerações sobre a atividade).
Estrutura do portfólio
Capa
Folha de rosto
Breve biografia
Sumário
Introdução
Atividade 1
Atividade 2
Conclusão
Referências
A breve biografia é o local para você se apresentar como estudante e como acadêmico, dar
as razões pelas quais optou pelo curso e pela carreira, o que ele acrescentou à sua vida,
que cursos e atividades destacaria, etc. tendo em mente que não deve ser algo muito
pessoal, mas focado na carreira profissional.
As normas sobre capa, folha de rosto, sumário, referências e formatação estão disponíveis
no manual de normas da instituição. Na próxima aula apresentaremos um resumo das
regras principais.
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Formatação
c) Tamanho: padrão 12. Exceções: citações diretas com mais de três linhas e notas de
rodapé que será tamanho 10.
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Segundo Título: apenas a primeira letra maiúscula, tamanho 12, alinhados à esquerda.
Exemplo: 1.1 Nome da seção
Terceiro Título: apenas a primeira letra maiúscula, tamanho 12, alinhados à esquerda, em
itálico. 1.1.1 Nome da subseção
i) Para destacar algum termo ou expressão, usar itálico. Contudo, somente em casos
excepcionais. O itálico é necessário para destacar os títulos das obras na nota de rodapé e
na referência final, bem como nas expressões em idiomas estrangeiros.
Citações
Podem ser:
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• Até 3 linhas: deve ser apresentado entre aspas (sem itálico ou negrito) e conter no final
o número indicativo da nota de rodapé, onde deve ser apresentada a referência
bibliográfica de onde foi extraído. Usar aspas simples (‘) no caso de citação dentro de
citação.
• Acima de 3 linhas: o texto deve ser recuado em 4 cm, sem aspas, em letra de tamanho
10 e espaçamento entrelinhas simples. Deve conter ao final (depois do ponto final) o
número indicativo da nota de rodapé, onde deve ser apresentada a referência bibliográfica
de onde foi extraído.
• Supressões: quando o texto é interrompido, geralmente por ser longo para ser
apresentado todo na citação. Neste caso, devem-se usar reticências entre colchetes [...]
onde se fizer a supressão.
• Interpolações: são comentários inseridos nas citações. Neste caso deve-se fazê-lo entre
colchetes.
• Destaques: quando desejamos chamar a atenção para alguma parte do texto citado
devemos informar logo em seguida ao destaque: grifo nosso ou sem grifo no original.
• Citação de Texto Bíblico: deve seguir as orientações acima exceto que a referência bíblica
deve vir ao final do texto e entre parênteses (ex. Rm. 3.2).
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Os elementos obrigatórios são: SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. n. ed. Cidade: Nome
da Editora sem o “editora”, ano. p. consultada.
Se for a primeira edição não grafar nada, mas se for a partir da segunda edição deve
abreviar. Exemplo: 2 ed.
KILPP, Nelson. Um profeta que nasce da atuação pastoral. Reflexus – Revista semestral de
teologia e ciências das religiões. Vitória-ES, a. VII, n. 9, mai. 2013, p. 43-60.
TERRA, Kenner. Êxtase, Pentecostes e unidade: desafios à luz das origens. In: OLIVEIRA,
David Mesquiati (Org.). Pentecostalismos e unidade. São Paulo: Fonte Editorial, 2015, p.
167-179.
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As notas de rodapé devem seguir numeração contínua até o final do trabalho. Insere-se o
número de referência logo após o texto citado (citação livre ou textual), após o ponto, com
a ajuda do próprio Word, que automaticamente remeterá para o rodapé. Com o editor de
texto Word aberto, clicar após o ponto final, depois clicar em "Referências" na barra
superior do Word, em seguida clicar em "inserir nota de rodapé".
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SOBRENOME, Nome do autor. Nome da obra em Itálico. Local da editora: Nome da editora,
ano de edição, Página consultada.
Exemplo:
SANCHES, Regina Fernandes. A Teologia da Missão Integral. São Paulo: Reflexão, 2009, p.
40.
b) Nas citações seguintes dessa mesma obra, mencionar somente o sobrenome do autor
em letras maiúsculas, ano da publicação e a página consultada.
Exemplo:
Exemplo:
Ao se escrever um texto acadêmico é importante que toda afirmação tenha uma fonte
confiável. Assim, são esperadas muitas notas de rodapé. É possível, inclusive, que um
único parágrafo tenha mais de três notas de rodapé. Isso não é problema.
Abra o editor de texto Word e faça um breve exercício para praticar a elaboração de notas
de rodapé. Escreva o seguinte parágrafo com as respectivas notas:
1
STELET, B. P.; ROMANO, V. F.; CARRIJO, A. P. B.; TEIXEIRA JR., J. E. Portfólio reflexivo: subsídios filosóficos para uma práxis narrativa no ensino
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2
STELET; ROMANO; CARRIJO; TEIXEIRA JR., 2017, p. 171.
3
Extraído da aula 17 da disciplina de Metodologia da Pesquisa, curso Licenciatura em Ciências das Religiões da Faculdade Unida de Vitória.
Obrigado pelo tempo que passamos juntos e agora que terminou os estudos desta
disciplina, boa avaliação.
Agora que você concluiu a aula 20, aproveite para realizar as seguintes
atividades:
Fórum 2 / Fórum 3
Atividade Dissertativa 2
Atividade Objetiva 2
Olá, você concluiu a última aula desta disciplina. Parabéns! Conclua as atividades
relacionadas e faça a Avaliação Online.
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