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PRODUÇÃO, METODOLOGIA E PESQUISA CIENTÍFICA


 Aula 1 - Elaboração do projeto de pesquisa

 Aula 2 - Tipos de pesquisa

 Aula 3 - Técnicas de coleta de dados

 Aula 4 - Produção do texto científico

 Aula 5 - Revisão da unidade

 Referências

Aula 1

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA


Caro estudante, seja muito bem-vindo. Damos início ao nosso bloco relativo à produção de conteúdo
científico e sua metodologia.

INTRODUÇÃO

Caro estudante, seja muito bem-vindo.

Damos início ao nosso bloco relativo à produção de conteúdo científico e sua metodologia. É comum que os
alunos brasileiros tenham medo da disciplina de produção científica, entendendo-a como sinônimo de
normas técnicas. Vamos ver que a produção científica está muito além disso. Fundamentalmente estamos
tratando de uma disciplina que visa planejar e desenhar o processo de produção de saber. Procuramos
utilizar uma linguagem didática e acessível de modo a mostrar que a ciência está efetivamente no nosso dia a
dia.

Ao término desta aula, você terá subsídios suficientes para desenhar e conceber seu projeto de pesquisa
inicial, de modo a submetê-lo para seu orientador de pesquisa ou instância julgadora.

Vamos à aula?

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ESCOLHENDO O TEMA E O OBJETO

A pesquisa científica pode ser compreendida como um processo racional e sistemático, cuja concretização
demanda a utilização de métodos e caminhos técnicos. A ciência é feita com seriedade, rigor, cuidado e
parâmetros que possam garantir a segurança e legitimidade das informações descobertas. O processo de
pesquisa apoia-se em especial na sistematização dos procedimentos, onde o ato de pesquisa presume um
cuidadoso processo de planejamento, elaborado na forma de um projeto de pesquisa (MATIAS-PEREIRA,
2019).

A escolha do tema é o primeiro desafio e, talvez, o mais importante, com o qual você irá se deparar. Afinal,
como definir um tema diante de tantas possibilidades? O ideal é que você escolha um tema que se relacione
com seus interesses acadêmicos e/ou sua experiência profissional. Escolher corretamente o tema é crucial
para o sucesso do trabalho. Barros e Junqueira (2011) recomendam que você observe alguns fatores
fundamentais. São eles:

Afinidade: é importante que você se sinta à vontade com o assunto escolhido. Então o ideal é que você
escolha um que lhe seja minimamente familiar, de modo a fazer com que o trabalho pareça menos
desgastante e desafiador, uma vez que você terá maior motivação e prazer (Figura 1).

Figura 1 | Escolha um tema que lhe motive e dê prazer

Fonte: Pexels .

Oportunidade: o processo de realização de uma pesquisa científica demanda o exercício de suas


habilidades de leitura, reflexão, investigação, análise, seleção e redação, podendo ser o primeiro passo
para uma especialização no tema. É uma ótima oportunidade para assimilar conceitos importantes que
podem ser úteis em suas atividades profissionais e acadêmicas, assim é bom ter um senso de
oportunidade.

Relevância: o trabalho deve ter importância não só para o pesquisador, mas para quem tiver interesse
e/ou domínio sobre o assunto, representando um avanço no conhecimento existente. Assim, busque um
tema que agregue algo novo ao que já existe. Seu orientador pode lhe ajudar muito aqui.

Propriedade: o tema que você escolher deve se relacionar direta ou indiretamente com sua área de
atuação ou interesse acadêmico. Assim, por exemplo, é lícito que um estudante de Publicidade e
Propaganda se debruce sobre fenômenos da comunicação, mas se arrisca a escolher questões
relacionadas à engenharia das telecomunicações.
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Realismo: busque ter “pé no chão”. Em especial considerando que é sua primeira empreitada no campo
da ciência, evite optar por assuntos de difícil abordagem com metodologias complexas e literatura
inacessível.

Como aponta Mattar (2017), a principal palavra que você deve ter em mente é Delimitação. Ou seja, realize um
esforço contínuo no sentido de focar no tema de sua pesquisa. A tendência dos que estão iniciando no
processo científico é escolher um tema amplo e genérico, que, por consequência, não é exequível. Busque
encontrar dentro desse tema genérico um assunto mais específico e pontual. Muitas vezes, esse é um
exercício que irá demandar a ajuda de seu orientador. Nosso objeto de estudo deve ser bem delimitado e
formulado a partir do tema de trabalho, uma vez que um tema pode gerar vários objetivos (Figura 2).

Figura 2 | Busque delimitar seu tema

Fonte: Pixabay .

Considere o seguinte exemplo: você está interessado em pesquisar a “Comunicação Digital”. Embora seja um
tema interessante e instigante, ele é muito amplo. Procure limitá-lo em termos de tempo, espaço, tipo de
mídia. Assim, por exemplo, você poderia se propor a investigar o app “Globoplay” no que se refere a seu uso
por alunos de um colégio da zona norte de São Paulo no primeiro semestre de 2023.

Bom, agora que você está certo de que escolheu o tema corretamente, vamos começar a montar nosso
projeto? Ele será abordado em mais detalhes nas próximas partes.

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ESTABELECENDO O PROBLEMA E OS OBJETIVOS

Muito bem, agora que você escolheu seu tema, trabalhou e o delimitou, você deu um passo muito importante
no caminho de seu projeto científico. Agora temos de determinar o problema de nossa pesquisa.

Delimitar seu problema de pesquisa é um momento muito especial, onde você irá dizer de maneira explícita,
clara, compreensível e operacional com qual dificuldade você pretende se defrontar e como pretende resolvê-
la, limitando o seu campo e apresentando suas características (MATIAS-PEREIRA, 2019).

De modo a auxiliá-lo nesse processo, Rudio (1999) apresenta uma série de questões que podem lhe ajudar a
formular seu problema de pesquisa:

O problema pode ser resolvido por meio de uma pesquisa científica?

O problema é suficientemente relevante a ponto de justificar que a pesquisa seja feita?

Trata-se de um problema original?

A pesquisa é possível de ser realizada?

Mesmo que seja relevante, o problema é adequado para mim?

Ele me permite chegar a uma conclusão que tenha mérito acadêmico?

Tenho a competência necessária para planejar e exercitar um estudo sobre o tema proposto?

Consigo realmente obter os dados que a pesquisa exige?

Tenho tempo para executar este projeto?

Mattar (2017) orienta que se busque identificar as questões mais interessantes que o tema levanta e que
serão abordadas pelo trabalho. Lembre-se, o problema da pesquisa implica uma ou mais dúvidas ou
dificuldades em relação ao tema, que você se proporá a resolver. Assim, formular o problema da pesquisa
deve envolver as perguntas que o trabalho irá procurar responder.

Pense no problema de pesquisa como a questão central que seu estudo busca resolver. Tenha bastante
clareza dele, pois ele é a base de toda a estrutura de seu trabalho. Um problema científico geralmente tem a
forma de uma questão, uma pergunta. Toda sua pesquisa visa encontrar uma solução para o problema
formulado. O próximo passo é determinarmos nossos objetivos.

Para Mattar (2017), os objetivos – também chamados de propósitos do estudo – devem discorrer um pouco
mais sobre o tema escolhido, indicando o que o trabalho procurará estudar e até onde pretende chegar. É
comum que ao estabelecermos os objetivos de uma pesquisa façamos a distinção entre objetivos gerais e
específicos.

Para Barros e Junqueira (2011), os objetivos gerais determinam em um nível macro as ações que levarão ao
desenho geral da execução da pesquisa, sem perder de vista a instância pragmática. Os objetivos específicos
expõem em um nível micro todas as ações necessárias para responder às questões apontadas, de modo a
permitir a confirmação ou refutação das hipóteses.

Aliás, em se tratando de hipóteses, é comum que os projetos de pesquisa solicitem a formulação de


hipóteses, embora nem todo trabalho científico necessite delas.

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As hipóteses de uma pesquisa são as suposições propostas como respostas plausíveis para o problema de
pesquisa. As hipóteses são provisórias e deverão ser confirmadas ou refutadas com a pesquisa. Um mesmo
problema pode ter muitas hipóteses. O processo de pesquisa costuma ser estruturado de modo a buscar
evidências que comprovem, sustentem ou refutem a afirmativa feita na hipótese. Pense na hipótese como um
norte para sua pesquisa (Figura 3).

Figura 3 | A hipótese como o guia norteador da pesquisa

Fonte: Pexels .

JUSTIFICANDO E ESCOLHENDO O REFERENCIAL TEÓRICO

É muito comum que os projetos de pesquisa científica solicitem a justificativa da pesquisa. A justificativa nada
mais é do que as razões do pesquisador para a escolha de todos os ingredientes de seu trabalho. Considere
essa etapa como mais um passo na verificação da relevância de sua pesquisa. O essencial é que você explique
a importância de sua pesquisa e os desdobramentos possíveis dela. Assim seus principais objetivos são
buscar justificar:

O tema escolhido. Por que ele é importante?

O objeto de estudo delimitado. Por que você escolheu especificamente este objeto?

O enfoque. Por que escolheu estudar tal objeto sob determinado ponto de vista?

O período do estudo. Por que escolheu pesquisar este período em específico?

É interessante que você também busque justificar o método de pesquisa escolhido e o tipo de coleta de
dados escolhido. Com relação a este item, não se preocupe, ainda vamos falar sobre ele.

Agora é chegada a hora de definirmos nosso referencial teórico. Em termos específicos, o referencial teórico
consiste nas teorias científicas reconhecidas no campo onde o trabalho se insere, que serão utilizadas a fim de
sustentar os argumentos das hipóteses, fornecendo uma explicação plausível sobre o fenômeno observado
(MATIAS-PEREIRA, 2019).

Dito de modo mais simples, o referencial teórico é o corpo de conhecimentos que sustentam seu trabalho
científico. Para o pesquisador iniciante como você, sua instituição de ensino e seus professores já fizeram um
trabalho prévio de seleção, caberá a você agora determinar e justificar quais dos elementos desse corpo você
irá utilizar.

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Considere, por exemplo, que seu trabalho está na área da comunicação social, existem diversos conceitos e
teorias da comunicação. Quais serão as que você irá utilizar em seu trabalho? O processo de escolha de
referencial teórico é um misto de seleção por afinidade e critérios objetivos, tais como o acesso, a
compreensão e a facilidade. Pense na literatura científica disponível como um conjunto de ferramentas (Figura
4). Quais são as ferramentas mais adequadas para o trabalho que você pretende realizar? Procure se focar em
obras e conceitos que podem ser aplicados a seu estudo. Em termos práticos, o referencial teórico é uma
análise crítica e aplicada dos conceitos que irão sustentar seu estudo.

Figura 4 | Pense no referencial teórico como um conjunto de ferramentas

Fonte: Pexels .

Finalmente, é comum que projetos de pesquisa solicitem que você desenvolva um cronograma para seu
trabalho, especialmente no caso de trabalhos financiados (Figura 5). Desenvolver o cronograma de sua
pesquisa é uma ótima forma de você avaliar a exequibilidade de seu projeto, pois ele permite que você
vislumbre quanto tempo tem disponível para cada etapa do projeto. Via de regra, os cronogramas acabam
tendo de ser refeitos durante a pesquisa, mas quanto mais você exercitar sua capacidade de antever a
quantidade de tempo demandada para cada etapa, melhor você será na elaboração de projetos.

Figura 5 | Exemplo de cronograma

Fonte: Wikimedia Commons .

Também é comum que muitos projetos solicitem a indicação da bibliografia que se pretende utilizar. Essa é a
bibliografia básica que indica os textos fundamentais que abordam a problemática da questão. Geralmente,
parte dessa bibliografia já foi abordada no processo de elaboração do próprio projeto na forma de leituras
que ajudaram na familiarização com o tema e no amadurecimento do problema (SEVERINO, 2018).

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VIDEO RESUMO

Temos um objetivo claro aqui, desmistificar a ideia de que elaborar projetos científicos seja tarefa difícil. Ela
simplesmente exige que exercitemos nossa capacidade de planejar, organizar e argumentar. Certeza de que
você tem total capacidade para isso. De modo a lhe ajudar, o vídeo ilustra as principais partes desse processo
ao mesmo tempo que traz algumas explicações e exemplos. Confira.

 Saiba mais
Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação

Está disponível em sua Biblioteca Virtual a obra Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação,
organizada por Jorge Duarte e Antônio Barros. Esse livro é uma ferramenta incrível, descrevendo diversas
metodologias e tipos de pesquisa de forma bastante acessível, tais como: entrevista em profundidade,
pesquisa bibliográfica, etnografia, observação participante, pesquisa de opinião, grupo focal, estudo de
caso, auditoria de comunicação, análise documental e outros.

Recomendo em especial a leitura do Capítulo 22 – A elaboração do projeto de pesquisa, caso você queira
consultar um material extra ou tirar dúvidas.

BARROS, A.; JUNQUEIRA, R. A elaboração do projeto de pesquisa. In: DUARTE, J. Métodos e técnicas de
pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2011.

Aula 2

TIPOS DE PESQUISA
Caro estudante, seja muito bem-vindo. Uma vez que tenhamos escolhido a temática de nosso projeto e
feito seu delineamento, é hora de aterrissarmos nossas ideias, materializando nossas intenções em uma
proposta de pesquisa.

INTRODUÇÃO

Caro estudante, seja muito bem-vindo.

Uma vez que tenhamos escolhido a temática de nosso projeto e feito seu delineamento, é hora de
aterrissarmos nossas ideias, materializando nossas intenções em uma proposta de pesquisa. Para isso, é
fundamental que entendamos as principais diferenças entre os tipos de pesquisa, seus possíveis usos e
contribuições de modo a termos clareza no momento da escolha de um deles. Esse conhecimento é
fundamental para que possamos elaborar um projeto que não só seja factível de ser executado, mas que
também forneça os resultados que respondam a nossos objetivos de pesquisa.

Ao término desta unidade você terá mais clareza acerca das diferenças fundamentais entre os tipos de
pesquisa, sendo capaz de compreender e escolher aquele que terá maior contribuição para seu projeto.

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Boa leitura!

PESQUISA EXPLORATÓRIA

Como apontam Hair Jr. et al. (2014), o primeiro objetivo do processo de pesquisa é fornecer o conhecimento
que irá nos permitir resolver nosso problema, os dados se tornam conhecimento quando alguém os
interpreta e lhes acrescenta significado.

Uma vez que você determinou o tema de sua pesquisa e o delimitou, você deu o passo mais importante no
processo de pesquisa, pois a maneira como tratou suas definições aqui afetará as próximas etapas. A partir
delas você determinou seus objetivos de pesquisa e formulou hipóteses, agora é hora de trabalharmos nossa
concepção da pesquisa.

Para Hair Jr. et al. (2014), a concepção da pesquisa serve como um plano geral dos métodos utilizados para
coletar e analisar os dados. Determinar a concepção mais adequada é uma função dos objetivos de pesquisa.
Você deverá considerar o tipo de dados que necessita, o método que irá utilizar para coletar esses dados e o
método de amostragem para, com base neles, poder montar o cronograma da pesquisa.

Para Malhotra (2019), a concepção da pesquisa é a estrutura de realização do projeto de pesquisa onde
detalhamos os procedimentos necessários para a obtenção das informações indispensáveis para estruturar e
resolver os problemas de pesquisa. Podemos classificar a pesquisa de forma ampla em três tipos: pesquisa
exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa causal.

O principal objetivo da pesquisa exploratória é nos ajudar a compreender o problema enfrentado pelo
pesquisador, ela é indicada nos casos em que é necessário definir o problema com maior precisão, identificar
cursos relevantes de ação ou obter dados adicionais antes de poder desenvolver uma abordagem. As
informações necessárias são definidas apenas de forma muito ampla nesse estágio, e o processo de pesquisa
adotado é flexível e não estruturado (Figura 1).

Figura 1 | A pesquisa exploratória nos ajuda a ter mais clareza sobre o problema de pesquisa.

Fonte: Pexels .

Como lembra Zikmund (2011), a pesquisa exploratória não pretende fornecer evidências conclusivas para que
se determine um curso de ação. Em geral, ela é conduzida com a expectativa de que será necessária uma
pesquisa subsequente para fornecer evidências conclusivas. Assim, a pesquisa exploratória é indicada quando
precisamos:

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Formular um problema ou defini-lo com maior precisão.

Identificar cursos de ações.

Desenvolver hipóteses.

Isolar variáveis e relações-chave para exame posterior.

Obter critérios para desenvolver uma abordagem do problema.

Estabelecer a prioridade para pesquisas posteriores.

Como você deve ter notado, o processo de pesquisa exploratória pode lhe ajudar e muito na elaboração de
seu projeto de pesquisa. É muito comum que a pesquisa exploratória seja baseada em dados secundários,
tais como bases de dados, fontes publicadas, fontes governamentais, dados padronizados e internet, por
meio de uma metodologia chamada de desk research.

Posto que o objetivo de uma pesquisa é definir um problema de pesquisa e identificar os objetivos de
pesquisa e suas hipóteses, quando coletamos dados para solucionar esse problema específico – como numa
pesquisa de opinião, intenção de voto, etc. –, chamamos esses de dados primários.

Antes de começarmos a coletar dados para a nossa pesquisa, devemos lembrar que o problema em questão
pode não ser único, é possível que outros tenham investigado o mesmo problema ou um semelhante e uma
busca por esses dados pode trazer informações relevantes. Dados secundários são quaisquer dados que já
foram coletados com outro propósito além do problema em questão. A importância dos dados secundários é
que eles podem ser levantados rapidamente e a um baixo custo.

De forma simplificada você pode pensar em dados primários como todos os dados que você produziu para
sua pesquisa e dados secundários como todos os dados produzidos por outras pessoas para outras
pesquisas.

PESQUISA DESCRITIVA

Para Zikmund (2011), o principal propósito da pesquisa descritiva, como o próprio nome indica, é descrever as
características de uma população ou um fenômeno. Ela busca determinar as respostas para perguntas:
Quem? O quê? Quando? Onde? Como?

Diferentemente da pesquisa exploratória, estudos descritivos são baseados em uma compreensão prévia da
natureza do problema de pesquisa. Embora o pesquisador possa ter um entendimento geral da situação, ele
ainda precisa coletar evidências conclusivas. Esse provavelmente é o tipo de pesquisa que você irá fazer em
seu projeto.

Para Malhotra (2019), a pesquisa descritiva é indicada quando precisamos descrever alguma coisa, como
características de grupos relevantes, estimar porcentagens de unidades em uma população específica que
exibe determinado comportamento, determinar percepções da pessoas acerca de algo, buscar medir em que
grau duas variáveis estão associadas e fazer previsões específicas.

A pesquisa descritiva, ao contrário da pesquisa exploratória, é marcada por um enunciado claro do problema,
hipóteses específicas e pela necessidade detalhada de informações. Pesquisas descritivas podem ser
estruturadas de duas formas: estudos transversais, que envolvem a coleta de informação de qualquer
amostra de elementos de uma população somente uma vez; e estudos longitudinais, onde uma amostra fixa
de elementos de uma população é medida repetidamente com as mesmas variáveis (Figura 2).

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Figura 2 | O Censo do IBGE é um exemplo de pesquisa descritiva

Fonte: Melo (2023).

Embora o método científico seja o mesmo para todos os campos da ciência, dependendo do tema, objeto e
problema de questão de sua pesquisa, a abordagem que você dará à sua pesquisa difere entre quantitativa
e qualitativa. E esta talvez seja uma das principais fontes de discussão entre os diferentes campos da ciência.
Não é nosso intuito nos aprofundar nessa discussão. Só precisamos considerar que alguns campos do saber
primam por um desejo de mapear e quantificar e, como tal, compreendem que os fenômenos podem e
devem ser medidos.

Outros campos entendem que a medição de fenômenos é inócua, uma vez que por sua própria natureza, eles
não podem ser medidos, demandando uma abordagem mais subjetiva. Talvez a expressão máxima dessa
diferença seja a forma como as ciências exatas e humanas se estruturam.

Assim, a abordagem qualitativa nos proporciona uma melhor visão e compreensão do contexto de um
problema, por sua vez, a abordagem quantitativa procura quantificar dados e utiliza normalmente alguma
forma de análise estatística. Idealmente deveríamos considerar ambos os tipos de pesquisa como
complementares e não excludentes.

Qual a principal diferença entre elas? De forma simplificada, o tipo de resposta que você precisa/aceita acaba
por determinar sua abordagem. Se seu problema de pesquisa demanda uma resposta para “quanto”, então a
pesquisa quantitativa é a mais indicada, por outro lado, se sua pesquisa demanda respostas do tipo “como”,
então a pesquisa qualitativa é mais adequada.

De forma mais explícita, a pesquisa quantitativa visa coletar fatos na forma de números, a pesquisa qualitativa
busca não apenas medir um tema, mas descrevê-lo por meio de impressões, opiniões e pontos de vista,
sendo menos estruturada e mais profunda. A abordagem qualitativa muitas vezes é criticada por sua
subjetividade.

Considere por exemplo a pandemia de Covid-19 que tivemos em 2020-2021. Se um dos objetivos de sua
pesquisa é identificar a quantidade de pessoas que foram acometidas da doença em sua cidade, a abordagem
quantitativa é a mais indicada. Por outro lado, se você deseja compreender como as pessoas se sentiram
(medos, frustração), a pesquisa qualitativa é mais indicada. A abordagem de pesquisa terá grande impacto no
método de amostragem.

PESQUISA CAUSAL

A pesquisa causal, ou explicativa, objetiva coletar informações que nos permitam determinar relações de
causa e efeito entre duas ou mais variáveis. Esse tipo de pesquisa é mais adequado quando nossos objetivos
de pesquisa abrangem a necessidade de compreender que variáveis causam uma variação dependente, por

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exemplo um anúncio aumentar as vendas de uma loja (HAIR Jr. et al., 2014).

É muito comum que uma pesquisa causal seja precedida de uma pesquisa exploratória de modo que o
pesquisador possa ter expectativas sobre a relação a ser explicada. E assim como na pesquisa descritiva, a
pesquisa causal requer uma concepção planejada e estruturada. Embora a pesquisa descritiva possa indicar o
grau de associação entre variáveis, ela não é adequada para examinar relações causais (MALHOTRA, 2019).

O estabelecimento de relações causais demanda que sejam satisfeitas três condições:

1. Variação concomitante.

2. Ordem do tempo da ocorrência das variáveis.

3. Ausência de outros possíveis fatores causais.

Essas condições são necessárias, mas não são suficientes para demonstrar uma relação de causalidade. A
variação concomitante ocorre quando a causa presumida e o efeito presumido estão presentes e ambos
variam como nossa hipótese prevê. Para que uma variável hipoteticamente cause outra, ela deve ocorrer
antes ou simultaneamente com seu efeito, isso é a ordem do tempo das ocorrências.

Finalmente, em estudos desse tipo precisamos garantir que não existam variáveis adicionais ou extrínsecas
causando impacto na variável do efeito dependente ou, pelo menos, controlá-la. Uma vez que essas três
exigências estejam atendidas, os estudos causais buscam acumular evidências de causalidade.

Assim, por exemplo, se nossa pesquisa deseja mostrar que determinado anúncio causou um aumento das
vendas, precisamos nos certificar que há uma mudança nessas duas variáveis, no caso, a quantidade de vezes
que o anúncio foi exibido versus o aumento nas compras, que ocorreram temporalmente, ou seja, que as
vendas passaram a aumentar depois que o anúncio passou a ser exibido e que não existem outros possíveis
fatores causadores para o aumento das vendas, como uma liquidação. Uma vez que esses três estejam
presentes, então nossa pesquisa irá buscar coletar evidências dessa relação.

Para concluir, é importante termos clareza acerca de nossa abordagem – qualitativa ou quantitativa –, porque
a escolha delas terá profundo impacto em nosso processo de amostragem. Amostragem é o termo que
utilizamos para determinar um subgrupo de uma população. Trabalhamos com amostragem porque muitas
vezes é inviável realizar uma pesquisa com uma população toda.

Considere nosso exemplo de pesquisa acerca da Covid-19 em sua cidade. Quanto tempo iria demandar
entrevistar todos os habitantes dessa cidade? Isso provavelmente invalidaria sua pesquisa por questão do
tempo que demandaria ou do dinheiro que teria de ser investido no time de pesquisa.

Sendo assim, é mais viável trabalharmos analisando apenas uma amostra dessa população. Contudo, o uso
que faremos desse resultado determina o tipo de amostragem que usaremos: probabilística ou não
probabilística. Em termos bastante simples, o resultado de uma amostra probabilística pode ser extrapolado
como representando toda uma população (Figura 3), já os de uma amostra não probabilística não podem.

Figura 3 | Princípio da amostragem permite que tiremos conclusões a partir de apenas algumas gotas de sangue

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Fonte: Pixabay .

Pense, por exemplo, em pesquisas de intenção de voto eleitoral, muitas vezes conseguimos definir a opinião
de milhões de brasileiros entrevistando pouco mais de duas mil pessoas, mas para isso precisamos seguir
cuidadosamente uma série de critérios de amostragem na escolha dessas pessoas.

VÍDEO RESUMO

É muito importante que você tenha clareza acerca dos tipos de pesquisa possíveis antes de começar a
escolher métodos de pesquisa, pois o tipo de pesquisa deve ser escolhido de acordo com seu conhecimento
prévio sobre o assunto e as respostas que espera obter, do contrário estará desperdiçando tempo e recursos
preciosos. Confira o vídeo que preparei esclarecendo as diferenças entre os tipos de pesquisa

 Saiba mais
Pesquisa qualitativa ou quantitativa?

Este texto tem como objetivos apresentar, de forma simples e prática, os conceitos de pesquisa
qualitativa e pesquisa quantitativa e esclarecer suas formas de uso nas pesquisas acadêmico-científicas.
O estudo é fruto de uma pesquisa bibliográfica de longa profundidade, como revisão de obras de
metodologia. É muito comum encontrar graduandos e pós-graduandos que têm dificuldades tanto no
entendimento quanto na escolha correta do tipo de pesquisa que utilizará nas suas buscas de dados
para a solução de problemas de pesquisa em trabalhos científicos. Ao longo do texto, poder-se-á
entender as definições de cada uma delas com a utilização de citações literais comentadas e, também, os
seus elementos de diferenciação.

PROETTI, S. As pesquisas qualitativa e quantitativa como métodos de investigação científica: um estudo


comparativo e objetivo. Revista Lumen. v. 2, n. 4, 2017.

Aula 3

TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS


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Olá, estudante. Uma vez que tenhamos concebido nosso projeto de pesquisa, é chegada a hora de
pensarmos em como iremos obter as informações necessárias para nossa pesquisa, ou seja, qual será o
método de coleta de dados que iremos utilizar.

INTRODUÇÃO

Olá, estudante.

Uma vez que tenhamos concebido nosso projeto de pesquisa, é chegada a hora de pensarmos em como
iremos obter as informações necessárias para nossa pesquisa, ou seja, qual será o método de coleta de dados
que iremos utilizar. Os métodos de coleta de dados são tão diversos como os campos do saber científico,
então, nesta aula iremos focar nos mais utilizados por pesquisadores do campo da comunicação.

Ao término desta aula, você terá conhecimentos sobre os métodos de coleta de dados suficientes para lhe
permitir determinar qual é o mais pertinente para sua investigação, bem como criar um esboço de sua
estrutura.

Bons estudos.

DESK RESEARCH

Existem diferentes metodologias para a coleta de dados quando estamos realizando uma pesquisa. O
processo mais comum ao iniciarmos uma pesquisa científica é fazermos um levantamento dos dados
secundários disponíveis. Esse tipo de levantamento é às vezes chamado de desk research, referindo-se ao fato
de que é uma pesquisa que pode ser feita de um terminal de computador sem a necessidade de ir a campo, o
termo pode ser traduzido como “pesquisa de mesa”.

Como lembra Malhotra (2019), antes de iniciar a coleta de dados, o pesquisador deve se lembrar de que o
problema em estudo pode não ser único. É possível que alguém tenha investigado esse problema ou um
semelhante. Uma busca por dados existentes disponíveis pode levar a informações relevantes. Dados
secundários representam quaisquer dados que já foram coletados para algum outro propósito que não sua
pesquisa.

Segundo Zikmund (2011), os dados secundários geralmente são históricos e já estão reunidos, eles não
requerem acesso aos respondentes ou sujeitos de sua pesquisa. A principal vantagem dos dados secundários
está na disponibilidade. Obtê-los é quase sempre mais rápido e menos caro do que produzir dados primários.

Ainda segundo Zikmund (2011), uma das desvantagens inerentes dos dados secundários é que eles não são
projetados especificamente para atender às necessidades do pesquisador, devendo este avaliar até que ponto
os dados são pertinentes a seu projeto. O autor orienta que você faça as seguintes considerações:

O assunto é consistente com minha definição do problema?

Os dados se aplicam a minha população de interesse?

Os dados se aplicam ao meu período de interesse?

Os dados estão nas unidades de medição corretas?

Os dados cobrem o assunto de interesse nos detalhes adequados?


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05/03/2024, 20:34 wlldd_241_u2_com_cie_tec

As razões mais comuns para dados secundários não satisfazerem adequadamente as necessidades de
pesquisa são: 1) informação desatualizada; 2) variação na definição dos termos; 3) unidades de medição
utilizadas diferentes; 4) falta de informação para verificar a precisão dos dados.

No que se refere ao último quesito, precisão dos dados, é recomendado que atentemos a alguns fatores. A
maioria das fontes de dados confiáveis nos dá informações acerca da metodologia empregada em sua coleta,
sua margem de erro/precisão, a data/período de sua realização, seus objetivos e sua natureza. Também
convém que o pesquisador tenha bom senso no que se refere à confiabilidade da fonte, avaliando a
experiência, credibilidade e reputação desta (Figura 1).

Figura 1 | Exemplo de confiabilidade da fonte que fornece informações sobre sua realização

Fonte: Poder 360 (2022).

Como apontam Hair Jr. et al. (2014), os dados secundários podem ser de duas naturezas: internos e externos.
Os dados secundários internos foram produzidos pela empresa/universidade onde o estudo em questão está
sendo realizado para outros fins, no caso de uma empresa, por exemplo, eles podem se referir a
conhecimento do cliente, índice de reclamações, etc.

Os dados secundários externos são coletados por outras organizações, por exemplo, governos federais e
estaduais, entidades setoriais, ONG, consultorias de marketing, etc. estando disponíveis na internet para
consulta (Figura 2).

Figura 2 | O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é uma rica fonte de dados

Fonte: IBGE .

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Como lembra Mattar (2017), estar publicado na internet não é garantia de qualidade, a confiabilidade das
fontes de informações não é característica da internet, ao contrário, como é muito fácil e barato publicar na
web do que no papel, há muito mais material de baixa qualidade. Recomendo que você alinhe com seu
orientador quais fontes são adequadas para seu estudo. De fato, é bem provável que seu maior problema não
seja encontrar fontes, mas sim determinar quais delas são confiáveis.

QUESTIONÁRIOS

Uma forma de coletar dados primários é o questionário. Como define Vergara (2012) o questionário é um
método de coleta de dados no campo composto por uma série ordenada de questões a respeito de variáveis
e situações que o pesquisador deseja investigar, questionários são sempre autoadministrados, ou seja, o
respondente que marca as respostas. Uma variação desse modelo são os formulários, nestes o respondente
dá a resposta oralmente e quem faz o registro da resposta é o pesquisador.

Para Vieira (2009), o questionário é um instrumento de pesquisa constituído por uma série de questões sobre
determinado tema. Convém lembrar que os dados são coletados por unidades respondentes, essas unidades
podem ser uma pessoa, uma família, um domicílio ou até mesmo uma empresa.

Como lembra Malhotra (2019), a padronização dos processos de coleta de dados é essencial para garantir
dados internamente consistentes e coerentes para análise. Imagine, por exemplo, a dificuldade que seria
analisar os dados de uma pesquisa feita nacionalmente por 40 pesquisadores se cada um fizesse as perguntas
de forma não padronizada.

Tradicionalmente, os questionários eram aplicados pessoalmente, por correspondência ou por telefone. Esse
é provavelmente um dos meios de levantamento de dados que mais se beneficiou dos avanços da
informática. Hoje dispomos de uma série de programas que nos ajudam a elaborar questionários, enviá-los
por e-mail ou aplicá-los que já fazem automaticamente o registro das respostas e geram gráficos de análise.

Para Malhotra (2019), apesar da facilidade de aplicação dos questionários, o processo de sua concepção
permanece inalterado. Lembre-se que quando você for elaborar um questionário você deve ter em mente três
objetivos específicos (MALHOTRA, 2019):

1. Traduzir a informação desejada em um conjunto de perguntas específicas que o entrevistado esteja


disposto a responder e tenha condições de fazê-lo.

2. Você deve elaborar seu questionário de modo a minimizar as exigências impostas ao entrevistado. O
questionário deve motivá-lo a participar da entrevista, sem tendenciosidade nas respostas (Figura 3).

3. O questionário deve ser concebido de modo a minimizar os erros de resposta, seja porque o entrevistado
deu respostas imprecisas ou porque elas foram registradas incorretamente.

Figura 3 | A classificação por estrela é um bom exemplo de questionário construído para minimizar as exigências impostas ao
entrevistado

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Fonte: Pixabay .

Elaborar bons questionários é uma arte, lembre-se da máxima que as respostas que você irá obter serão tão
boas quanto as perguntas que você fizer. Não vamos nos estender aqui no processo de redação das questões,
isso daria uma aula inteira, mas recomendo que você se aprofunde em minhas indicações de leitura para ter
uma boa compreensão delas.

Vamos nos focar aqui no processo de concepção de um questionário. De modo geral ele é um processo
composto das seguintes etapas:

1. Determine quais são as informações que deseja obter.

2. Determine qual a melhor forma de coleta dos dados, pessoalmente, por e-mail, por telefone, etc.

3. Determine o conteúdo de cada pergunta.

4. Elabore as perguntas, lembre-se de que elas devem superar a falta de capacidade e disposição do
entrevistado em responder. Leve em consideração, por exemplo, o índice de escolaridade do
respondente na hora de formular a questão.

5. Decida sobre a estrutura das perguntas. Elas serão abertas, caso em que o respondente usar suas
próprias palavras; ou fechadas, caso em que você dá as respostas para ele escolher.

6. Determine o texto das perguntas. Verifique se elas não estão tendenciosas.

7. Coloque as perguntas na ordem certa, comece do mais amplo e vá para o mais específico.

8. Conceba o layout do seu questionário.

9. Faça um pré-teste para ver se está tudo certo.

OBSERVAÇÃO

Outra maneira de levantar as informações é por meio da observação, que envolve o registro de padrões de
comportamento das pessoas, assim como dados sobre objetos e eventos de forma sistemática, para obter
informações sobre o fenômeno de interesse (MALHOTA, 2019). O observador não interroga nem se comunica
com as pessoas que estão sendo observadas.

Como lembra Zikmund (2011), uma ampla variedade de informações sobre o comportamento das pessoas e
objetos podem ser observados, tais como ações físicas – padrão de compra, audiência de TV; a relação com o
espaço – como padrões de tráfego; padrões temporais – como tempo gasto dirigindo, comprando; objetos
físicos – quantidade de jornal reciclado; e registros verbais ou pictóricos – como o conteúdo de anúncios de
propaganda.

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É importante lembrar que embora a observação possa ser utilizada para descrever uma ampla variedade de
comportamentos, ela não consegue observar fenômenos cognitivos, como atitudes, motivações e
preferências, dito de outro modo, ela não consegue explicar por que um comportamento ocorre ou quais as
intenções de seu realizador. Os pesquisadores veem o que as pessoas fazem, mas não conseguem definir
porque elas o fazem.

Como salientam Hair Jr. et al. (2014), a observação pode ser utilizada tanto para coletar dados qualitativos
como quantitativos. Esse processo envolve a observação e o registro sistemático dos padrões
comportamentais de objetos, pessoas, eventos e outros fenômenos e requerem dois elementos: um
comportamento ou evento observável e um sistema para registrá-lo.

Flick (2008) entende que em geral o pesquisador opta por utilizar a observação quando considera que o
objeto de sua pesquisa só pode ser acessado por meio da observação e que entrevistas e narrativas tornam
acessíveis apenas os relatos das práticas e não as próprias práticas. Considere, por exemplo, a diferença entre
observar quantas pessoas passam por uma catraca sem pagar e perguntar se as pessoas fazem isso.

A observação pode ser de dois tipos. Na observação pessoal, um observador treinado registra o
comportamento exatamente quando ele ocorre. Ele não tenta controlar nem manipular o fenômeno, que está
sendo observado, mas simplesmente registra o que ocorre. Já na observação mecânica utilizamos algum tipo
de dispositivo mecânico para registrar o comportamento. Esses dispositivos podem ou não necessitar da
participação direta do entrevistado (Figura 4). Por exemplo, os dados do Ibope sobre a audiência de
programas de televisão eram obtidos por meio de um dispositivo acoplado ao aparelho de TV.

Figura 4 | Exemplo de observação mecânica presente em seu dia a dia – a catraca do metrô

Fonte: Pixabay .

A observação mecânica é outro tipo de método de obtenção de dados que tem se beneficiado muito do
avanço da tecnologia, por exemplo, scanners de código de barras, softwares que acompanham sua navegação
em aplicativos e programas com reconhecimento facial, todos esses se enquadram nessa categoria.

Existem variantes do método de observação com objetivos específicos de pesquisa (HAIR JR. et al., 2014).
Seguindo o autor, destes destacamos:

Etnografia: é uma forma de coleta de dados qualitativa que busca compreender como as influências
sociais e culturais afetam o comportamento e as experiências dos indivíduos. Ela registra

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comportamentos em situações naturais, em geral envolvendo algum tipo de experiência prolongada em


contextos culturais. Ela também é chamada de observação participante.

Netnografia: método que utiliza as técnicas etnográficas na internet, quando, em geral, o pesquisador se
insere e participa de comunidades virtuais.

Análise do conteúdo: neste método obtemos dados a partir da observação e análise do conteúdo ou
das mensagens de anúncios, artigos de jornais, programas de televisão entre outros. Ele envolve a análise
e observação sistemática de modo a identificar o conteúdo específico de informação e outras
características da mensagem. Ela pode ser utilizada para investigar, por exemplo, se anunciantes usam
certo tipo de tema, apelo ou afirmações em seus anúncios.

VIDEO RESUMO

Existe uma quantidade impressionante de pesquisadores – iniciantes e de longa carreira – que desrespeitam
os parâmetros básicos de elaboração de questionários. Embora todas as metodologias abordadas na aula
sejam importantes, a formulação de questões é certamente um dos pontos onde encontro mais erros. Sendo
assim, este vídeo traz orientações sobre como não cometer os erros mais comuns.

 Saiba mais
Como elaborar questionários

A obra organizada por Hair Jr. et al. é citada várias vezes nesta aula e está disponível em sua biblioteca
virtual. Caso queira mais informações sobre a elaboração de questionários, recomendo a leitura do
Capítulo 8 Planejando o questionário.

HAIR Jr., J. et al. Fundamentos da Pesquisa de Marketing. Porto Alegre: Bookman, 2014.

Dados de Audiência

Um dado secundário utilizado rotineiramente em estudos de comunicação refere-se aos dados de


audiência de Rádio e TV fornecidos pelo IBOPE. Você pode consultá-los a seguir:

Aula 4

PRODUÇÃO DO TEXTO CIENTÍFICO


Olá, estudante. A produção do texto científico é o coroamento de todo o processo de pesquisa científica
que vimos até aqui.

INTRODUÇÃO

Olá, estudante.

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A produção do texto científico é o coroamento de todo o processo de pesquisa científica que vimos até aqui. É
por meio dele que tornamos públicas nossas descobertas e convidamos outros a participarem do processo de
discussão e construção do conhecimento científico. Esse tipo de texto possui lógica, estilo e formatação
próprios que devem ser seguidos.

Ao término desta unidade você terá embasamento suficiente para compreender como estruturar e adequar
seu texto ao formato científico, processo que é fundamental se você pretende participar do processo de
produção de ciência.

Bons estudos.

ESTRUTURAÇÃO

Olá, estudante, você sabia que o método científico compreende a investigação sistemática e documentada,
bem como o compartilhamento das informações obtidas? Nesse sentido, a divulgação do trabalho científico é
parte integrante e fundamental do processo.

Assim, a primeira coisa que você precisa ter ciência é que existem diferentes instâncias de trabalhos
acadêmicos. Normalmente a introdução dos alunos na produção acadêmica se dá por meio de trabalhos que
conferem grau acadêmico (MICHEL, 2015), sendo que desses os mais comuns são o Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC) e a Monografia.

O Trabalho de Conclusão de Curso é um projeto que reúne todo o conhecimento adquirido ao longo do
curso de graduação pelo estudante com base nas disciplinas que cursou e objetiva concretizar o
entendimento delas. Geralmente possuem natureza dupla, demandando do aluno a realização de um
trabalho e sua cristalização em alguma forma de relatório (PINHEIRO, 2009). Existem os mais diversos tipos de
TCCs, sendo que alguns dos mais comuns na área da comunicação são: Projeto de um Plano de Negócios,
Projeto de um Plano de Comunicação Integrada, Elaboração de uma Campanha Publicitária e Projeto de um
Livro Reportagem; esses geralmente são realizados em grupo.

Já a monografia é um estudo sobre um tema específico com suficiente valor representativo. É um trabalho
sistemático, metódico, feito em profundidade, utilizando uma metodologia específica de investigação
científica, que visa demonstrar a capacidade de seu autor de refletir sobre o assunto escolhido, nesse sentido
ele é mais um trabalho de investigação de um tema e de seu exame crítico por meio de pesquisa bibliográfica
do que a produção de conhecimento per se (ALVES, 2006).

Outra forma de os alunos de graduação entrarem em contato com a produção científica é por meio da
comunicação científica, entendida como a informação de resultados de pesquisa submetidos a congressos,
simpósios e outras formas de reuniões científicas. A principal característica desses é sua estrutura resumida e
o fato de não buscarem profundidade de análise, mas sim a divulgação de resultados, em grande parte são
apresentados de forma oral ou em painéis (MICHEL, 2015).

Já para os estudantes que enveredam pela iniciação científica no correr de sua graduação é possível que
tenham de elaborar alguma forma de publicação científica, sendo que os tipos mais comuns são: o artigo
científico, o ensaio acadêmico, o relatório técnico-científico e a resenha crítica (MICHEL, 2015). Segundo o
autor:

O artigo científico é uma publicação em periódico científico que apresenta uma discussão sobre
descobertas, abordagens ou problemas do campo da ciência, visando tornar pública parte ou todo de um
trabalho de pesquisa.

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O ensaio acadêmico tem caráter dissertativo e visa a discussão teórica, com o propósito de defender
lógica e racionalmente um ponto de vista ou ideia, sem a proposta de aprofundamento ou pretensão de
esgotar o assunto.

O relatório técnico científico é uma forma de prestação de contas, por meio de informação periódica e
sistemática dos resultados obtidos numa pesquisa ou trabalho técnico, exigido em grande parte das
vezes como contrapartida a uma bolsa de estudos.

Finalmente, a resenha crítica é um texto produzido a partir de outro com o propósito de fazer uma
avaliação crítica e um julgamento de valor, apontando aspectos positivos e negativos de um texto
original, de modo a permitir a comparação com outras obras da mesma área, bem como a avaliação da
relevância da obra em questão.

LÓGICA E LINGUAGEM

Como argumenta Severino (2018), o trabalho científico em geral, do ponto de vista de sua lógica, é um
discurso completo, que pode ser narrativo, descritivo e dissertativo. Sua manifestação mais comum é na
forma dissertativa, com o objetivo de demonstrar por meio de argumentos uma tese, entendida como
solução proposta para um problema, relativo a determinado tema.

O trabalho científico baseia-se num processo de reflexão por argumentação, onde por meio da articulação de
ideias ou fatos portadores de razão, pretende-se comprovar aquilo que se quer demonstrar. Dito de outra
forma, a lógica do texto científico busca propor uma tese e sua solução.

Argumentar em um texto científico consiste em apresentar uma tese, caracterizá-la, apresentar as provas ou
razões que estão a seu favor e concluir pela validade (ou não) da tese. De modo a evitar que fiquem abertas
margens para dúvidas, recomenda-se que sejam avaliadas também as razões contrárias, de modo a tentar
refutar a tese, prevenindo objeções.

Como essa argumentação é essencialmente textual, todo o empenho deve ser dedicado no sentido de
garantir a melhor adequação possível entre a mensagem que se deseja converter e o texto produzido. Um
trabalho científico de alta qualidade acaba então por exigir o uso adequado de um vocabulário técnico e
eventualmente de um vocabulário específico (SEVERINO, 2018).

Targino (2010) faz uma distinção interessante entre escrever e redigir. Escrever é jogar as ideias no papel ou
na tela, quase que automaticamente sem revisão ou releitura crítica. Redigir exige reflexão, tomada de
decisão, aprimoramento da produção textual, visando tornar o texto inteligível. Sendo assim, a autora destaca
alguns parâmetros mínimos que são necessários para a redação de um texto científico:

Impessoalidade: esse quesito diz respeito fundamentalmente à forma de abordagem do tema. Costuma-
se adotar a terceira pessoa do singular por entender que esta é a mais impessoal e menos subjetiva.

Modéstia e cortesia: refere-se ao “tom” do texto. Recomenda-se que o autor não assuma ares
presunçosos, como se estivesse comunicando verdades absolutas, deixando claro desde o início que os
resultados apresentados são provisórios e mutáveis (por serem datados), que se limitam as variáveis e os
objetos estudados dentro de circunstâncias espaciais e temporais definidas.

Função informativa: o texto científico tem como função informar e como tal algumas recomendações
são pertinentes: prefira dizer o que é, ao invés de enunciar o que não é (ex.: o pesquisador não lembra
das normas versus o pesquisador invariavelmente esquece das normas), abusa dos substantivos e verbos

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e usa os adjetivos e advérbios com moderação (este interessante capítulo visa... versus este capítulo
visa...).

Claro, preciso e simples: é necessário rompermos com o estereótipo de que um texto científico precisa
ser complexo, difícil e inacessível para ser valioso. Empenhe-se em fazer com que seu texto seja acessível.
O autor deve redigir o texto sem subjetividades e achismos, primando por informações fundamentadas e
consistentes.

Concisão: considerando que a produção científica quase sempre está atrelada a normas editoriais
rigorosas no que se refere ao número de páginas, palavras ou caracteres, esforce-se em desenvolver um
texto conciso.

Correção gramatical: em qualquer área, mas especialmente no campo da comunicação social, leitura e
redação são atividades básicas e, sendo assim, espera-se que seu texto seja gramaticalmente correto.

O processo da comunicação científica é eminentemente textual e a aderência às orientações anteriores é


entendida como o “mínimo necessário”. Dito de outra forma, atente-se ao seu texto, como diz o ditado: você
só tem uma chance de causar uma boa primeira impressão.

NORMAS TÉCNICAS

Como lembra Mattar (2017), as normas técnicas para produção de trabalhos científicos são definidas em nível
nacional e internacional, por diversas organizações. Mundialmente uma dessas organizações mais
importantes é a International Standardization Organization (ISO). No Brasil tem destaque a atuação da
Associação Brasileiro de Normas Técnicas (ABNT), entidade privada sem fins lucrativos, fundada em 1940, que
é o órgão responsável pela normatização técnica no país.

A normatização dos trabalhos científicos se faz necessária frente ao volume crescente de informações que
temos, imagine a confusão que seria se cada pesquisador apresentasse seu conteúdo da forma como
quisesse. Embora as normas técnicas sejam uma parte importante da Metodologia Científica, elas não são
sinônimas.

Gostaria que você entendesse que as normas técnicas são parte das “regras do jogo” por assim dizer. Do
mesmo modo que para ser um influenciador digital é necessário que se tenha conhecimento das técnicas de
edição de vídeo e efeitos especiais, bem como das regras de postagem de conteúdo no meio escolhido, parte
inerente do processo de divulgação científica é sua adequação às normas técnicas.

Do mesmo modo que diferentes mídias sociais possuem regras próprias sobre postagem de conteúdo, as
normas técnicas para desenvolvimento de trabalhos científicos não são universais, podendo variar
dependendo da universidade, da revista acadêmica ou do encontro científico, de acordo com a política
editorial do veículo ou da instituição de ensino à qual se veicula. Assim, certifique-se de verificar quais as
normas que devem ser utilizadas em seu projeto.

No Brasil, o formato mais comumente adotado é o da ABNT, sendo que a versão mais recente da
normatização é a NBR 14724, que especifica os princípios gerais para a elaboração de trabalhos acadêmicos
visando sua apresentação. De forma bastante sintética, a normatização refere-se aos seguintes elementos
(MICHEL, 2015):

Elementos pré-textuais: são os elementos que antecedem o texto com informação que ajuda na
identificação e utilização do trabalho. Estes são itens introdutórios e apresentam de forma sintética e
resumida seus elementos identificadores: Como o trabalho será feito? Por quem? Quando? Por quê?
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Elementos textuais: é a principal parte do trabalho, a normatização trata sobre a descrição, o


desenvolvimento, o tratamento dos dados e a conclusão. Esta é a parte do trabalho na qual o autor
demonstra suas ideias, seus propósitos, desenvolve a pesquisa e relata os resultados. Ela segue uma
sequência lógica de introdução, desenvolvimento e conclusão, que pode ser dividida em capítulos ou
seções. Na introdução apresentamos o trabalho e informamos ao leitor sobre o quê, como e porque ele
foi feito. O desenvolvimento compreende a realização da pesquisa, com a indicação da base teórica
necessária, a informação dos procedimentos metodológicos e análise dos dados coletados. Finalmente, a
conclusão busca sintetizar as principais observações feitas, responder as questões e os objetivos e refletir
sobre todo o processo, verificando o ganho de conhecimento obtido.

Elementos pós-textuais: compreende as referências citadas no trabalho e os documentos que foram


acrescentados nele.

Não faz parte do escopo desta disciplina apresentar as normas vigentes, em especial devido a seu constante
processo de atualização, sendo assim sugerimos enfaticamente que você se familiarize com as normas mais
atuais.

Também é importante reforçarmos que as normas técnicas não são universais, assim, antes de iniciar a
redação de seu trabalho, certifique-se de que tem conhecimento de quais as normas que deverá utilizar.

VIDEO RESUMO

Grande parte dos alunos costuma ter uma relação de amor e ódio no que se refere às normas técnicas para
formatação de trabalhos acadêmicos. Eles são parte das “regras do jogo” e, como tal, quanto mais cedo você
se familiarizar com eles e incorporá-los em sua prática produtiva, menos doloroso será o processo. Confira o
vídeo que preparamos recapitulando os principais pontos desta aula.

 Saiba mais
Normas Técnicas ABNT NBR 14724

Estudante, para acessar na íntegra o texto de normatização de trabalhos acadêmicos da ABNT, acesse a
página do Getweb na sua Biblioteca Virtual, e busque a norma NBR 14724, sobre Informação e
documentação – Trabalhos acadêmicos - Apresentação.

Nesse documento você encontrará todas as informações necessárias para aprofundar seus
conhecimentos sobre as normas de padronização de textos científicos. Ele deve ser seguido à risca caso
seja o padrão para a realização de seu trabalho.

Aula 5

REVISÃO DA UNIDADE

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PREPARANDO E EXECUTANDO UM PROJETO DE PESQUISA

Nesta unidade abordamos a questão da produção de projetos científicos. Desde sua concepção, escolha de
metodologia e métodos de coleta de dados, passando para a elaboração do projeto, sua execução e a
divulgação dos resultados obtidos.

Considerando-se que trata de um processo, os erros cometidos em uma etapa são carregados para a etapa
posterior e, sendo assim, de modo a otimizar os resultados e minimizar os erros, lembramos que é muito
importante a elaboração de um projeto, uma vez que ele irá determinar como será todo o processo da
pesquisa.

A etapa mais importante, dado seu caráter germinal e orientação de todo o processo restante, é obviamente a
elaboração do projeto. Sendo assim, orientamos que você não meça esforços enquanto estiver elaborando o
tema de sua pesquisa e o objeto de seu estudo. Após a determinação, recomendamos que você se empenhe
em delimitar o máximo possível o tema.

Feito isso, é hora de terminar qual o problema da pesquisa e seus objetivos, pois eles serão nossos
norteadores na hora de escolhermos a metodologia e o método de coleta de dados. Finalmente concluímos o
processo de elaboração do projeto com sua justificativa e referencial teórico. Sendo que muitas vezes também
é necessário elaborarmos um esboço de cronograma para execução do projeto e sua bibliografia básica.

No processo de elaboração do projeto de pesquisa, uma das definições mais importantes que devemos fazer
é a determinação do tipo de pesquisa que iremos realizar. Fundamentalmente existem três tipos de pesquisa
possíveis de serem realizados, a escolha irá depender do quanto conhecimento dispomos.

A pesquisa exploratória é indicada quando temos pouco conhecimento sobre o tema de pesquisa, tanto que
estamos tendo dificuldades de estabelecer os objetivos de pesquisa e os procedimentos, assim, uma consulta
a dados secundários e a projetos semelhantes pode nos ajudar a clarear as ideias.

Quando estamos no nível intermediário de conhecimento, o tipo de pesquisa mais indicado é a pesquisa
descritiva, usada principalmente para descrever o fenômeno em questão. A pesquisa descritiva pode ser de
natureza qualitativa ou quantitativa, dependendo da natureza dos dados que você precisa. Finalmente,
quando temos bastante conhecimento sobre o objeto em questão, a ponto de nos permitir tentar estabelecer
relações de causa e efeito, o ideal é que façamos uma pesquisa causal.

Uma vez que a estrutura lógica de nosso projeto se fundamenta na obtenção de dados, devemos dar especial
atenção ao método de coleta de dados que iremos utilizar. Apresentamos os três mais comuns: a desk
research, o questionário e a observação. É importante notar que no tocante à coleta de dados não existe
modo “certo” ou “errado” de proceder, o que devemos considerar é qual das metodologias se adequa melhor
ao nosso projeto.

Uma vez que executamos o projeto, é hora de cristalizarmos o conhecimento obtido fazendo a redação,
momento em que apresentamos orientações no que se refere ao estilo e às normas textuais. Finalmente,
dependendo da natureza de nosso trabalho, existem diferentes formas de relatá-lo a apresentá-lo e, para
isso, mostramos quais os tipos mais prováveis de serem realizados por um pesquisador na esfera da
graduação.

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REVISÃO DA UNIDADE

Uma vez que você tenha entendido e adquirido familiaridade com o processo de produção de um projeto de
pesquisa científica, verá que ele segue uma lógica ordenada e é relativamente simples de ser feito, embora
trabalhoso. A ideia de estabelecermos um projeto é justamente tornar o processo produtivo mais fluido,
considerando o que deve ser feito, como deve ser feito e quando deve ser feito, considerando em especial o
tempo e orçamento de que dispomos. Tempo investido no planejamento é tempo que não será perdido na
produção. Confira o vídeo que preparamos relembrando o processo.

ESTUDO DE CASO

Durante o correr de seus estudos de graduação você se destacou como aluno, em especial pelo seu esmero,
clareza de objetivos e dedicação. Esse esforço lhe rendeu uma oportunidade de receber uma prestigiosa bolsa
de estudos internacional que irá lhe render uma bolsa-auxílio permitindo que você se dedique integralmente
à sua pesquisa por um ano.

Você recebeu grande incentivo e apoio de todos os seus professores e colocou a mão na massa elaborando
seu projeto de pesquisa. Como as restrições impostas pela pandemia de Covid-19 ainda estão claras em sua
mente, você decidiu que desejava investigar as consequências e mudanças decorrentes da pandemia em sua
área de atuação.

Seu projeto inicial versa sobre as mudanças decorrentes da pandemia e em especial seu impacto nas
modalidades de consumo. Você acredita que por conta do processo de ficar trancado em casa, os
consumidores de todas as áreas tiveram de adquirir novos comportamentos e você gostaria de entender
quais foram eles para poder teorizar sobre seu impacto e sua consequência, bem como sobre os ajustes
necessários que tiveram de ser executados por profissionais da área.

Lembrando-se de sua disciplina de elaboração de projetos científicos, você concluiu que não tem
conhecimentos suficientes sobre o assunto para elaborar seu projeto e decidiu fazer uma pesquisa
exploratória. Contudo, dado o caráter recente do fenômeno sua desk research não lhe deu informações
suficientes.

Você decide então aplicar um questionário como forma de coletar dados complementares, investigando com
todos os profissionais de sua área de atuação e/ou comerciantes e empreendedores desta quais foram os
impactos da pandemia no seu campo profissional como forma de validar sua proposta de pesquisa (Figura 1).

Figura 1 | Impactos da pandemia no negócio

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Fonte: Pexels .

O “mão na massa” desta unidade coloca você no papel de um pesquisador em processo de elaboração de um
projeto de pesquisa que está aplicando um questionário para obtenção de dados. Você deverá elaborar um
questionário com cerca de cinco ou seis questões acerca das mudanças de comportamento dos consumidores
(ou profissionais) em decorrência da pandemia.

Para isso, você deverá:

1. Determinar quem será o público-alvo de seu questionário e como ele será contatado.

2. Determinar quais são as principais informações que deseja obter.

3. Elaborar a ordenação lógica do questionário.

4. Redigir as questões determinadas, se serão abertas ou fechadas.

 Reflita
Que tipo de pessoa detém a informação que preciso obter? Como é a melhor forma de abordá-la para o
questionário? Consigo encontrá-la pessoalmente ou tenho de usar outro meio como e-mail, telefone ou
carta? Que tipo de formação específica preciso? Que uso darei para os dados obtidos? Quantas questões
preciso formular para obter essa informação? A redação da questão está clara? Estou exigindo pouco
esforço do respondente ou meu questionário é longo e complexo? Como consigo torná-lo mais
“palatável” para meu respondente?

RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO

Da mesma forma que você mobilizou seus conhecimentos analíticos e lógicos no desenvolvimento de projetos
de pesquisa, a elaboração de questionários também demanda um raciocínio semelhante. O maior problema
apresentado pelos alunos na hora de elaborarem questionários é não terem clareza acerca do que desejam
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saber, criando questionários que não atendem suas necessidades de dados. O segundo erro mais comum é a
inserção de perguntas que pouco contribuem, colocando questões apenas “porque todo mundo coloca”
(Figura 2).

Figura 2 | Aplicação de questionário

Fonte: Pixabay .

Segue um exemplo do padrão de resposta deste “mão na massa”.

1. Você é da área de publicidade e propaganda e deseja compreender o impacto que a Covid-19 teve no
comércio, em específico nas padarias, e deseja compreender que ajustes tiveram de ser feitos e se eles se
manterão agora que voltamos à vida presencial. Você compreende que contatar um número de
donos/gerentes de padarias pessoalmente irá inviabilizar o seu projeto, sendo assim, você crê que a
melhor forma de os contactar é via e-mail, devido à sua rapidez e praticidade, sendo que seu maior
desafio será conseguir os e-mails desse público. Você já está considerando entrar em contato com a
entidade de classe a apresentar seu projeto a ela, vendo se eles têm um banco de dados que possam
compartilhar ou um newsletter que você possa ser incluído.

2. Você entende que as principais informações que deve obter são: o que mudou na forma como prestam o
serviço durante a pandemia, qual o impacto disso nos consumidores e se no fim da pandemia o
consumidor voltou ao seu comportamento anterior ou adquiriu novos.

3. Para ordenação lógica de seu questionário, você entende que o ponto crucial é a determinação de se o
estabelecimento foi impactado pela Covid-19 e, sendo assim, que deve iniciar com uma pergunta filtro
sobre esse assunto. Agora que você se certificou de que só estabelecimentos impactados pela pandemia
irão responder, você entende ser importante estabelecer algum tipo de classificação dos respondentes,
assim você estabelece uma pergunta que irá determinar o tamanho da empresa/padaria, se é uma
microempresa, pequena, média ou grande. E a partir daí irá tratar dos assuntos especificados no item 2.

4. A grande questão com relação a perguntas abertas ou fechadas é uma avaliação do custo-benefício.
Perguntas fechadas são mais fáceis de analisar e elaborar, perguntas abertas podem gerar informações
mais ricas, mas são difíceis de tabular. Você decide que primeira e segunda questões (sobre o impacto da
pandemia e tamanho da empresa) podem ser fechadas. Contudo, as questões sobre o que mudou na
forma de prestar o serviço e o impacto no comportamento do consumidor devem ser abertas. Pelo
caráter especulativo da última questão: se os consumidores estão voltando ao comportamento antigo ou
mantendo novos comportamentos, você entende que uma pergunta fechada é suficiente.

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RESUMO VISUAL

REFERÊNCIAS

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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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