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ETEC Prefeito Alberto Feres

ETIM Meio Ambiente

Felipe Theodoro Terrani

Daniel Castro

A arte como propagação ao ativismo ambiental

Araras
2020

Felipe Theodoro Terrani

Daniel Castro

A arte como propagação ao ativismo ambiental

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Técnico em ETIM
Meio Ambiente da ETEC Prefeito Alberto
Feres, orientado pelo Prof.ª Ana Cláudia
Simões, como requisito parcial para
obtenção do título de técnico em Meio
Ambiente.
ARARAS

2020

Agradecimentos
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RESUMO

O estudo que será desenvolvido pretende em menor escala, entender o impacto de


voltar à atenção das pessoas ao meio ambiente por meio de uma expressão
artística. Diversos nomes renomados no movimento conhecido como Arte
Ecológica, buscam chamar a atenção do público ao meio ambiente e a sua
degradação de diversas formas, buscando maneiras de se explorar e entender a
forma como as pessoas reagem quando colocado à sua frente aspectos do
ambiente ao seu redor que elas não costumam prestar atenção. O trabalho
desenvolvido busca voltar à atenção ao meio ambiente, apresentando formas
didáticas e mais leves.

Palavras-chave: Arte, ativismo, Aviva Rahmani.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fig. 01- obra Wheatfield – A confrontation.

Fig. 02- Protesto na Praça dos Três Poderes em favor da demarcação de


terras indígenas, 1996.

Fig. 03- Exposição de arte em manifestação na Praça da República na


cidade de Cuiabá, em 1988.

Fig. 04- Projeto Blue Rocks de Aviva Rahmani, 2002.


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................6

2. OBJETIVOS...................................................................................................................9

2.1 Objetivo Geral............................................................................................................................................................9

2.2 Objetivos Específicos...............................................................................................................................................9

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................10

3.1 Históricos em relação a “Consciência ambiental” no mundo..................................................................10

3.2 Ativismo ambiental: Conceitos, histórico e sua importância..................................................................11

3.3 Imagens e artes........................................................................................................................................................13

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................17

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................18
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1. INTRODUÇÃO

Seguindo os estudos e projetos desenvolvidos por Aviva Rahmani, mostrando


como a Arte pode ser usada para destacar e dar foco a situações que passam
despercebidas pelo cotidiano, o foco principal do estudo proposto, é entender e
apresentar reproduções em menor escala, do método de destacar algo que se
relaciona diretamente com o meio ambiente, e com o ecossistema local, dentro
de uma peça artística, sejam quadros, instalações, textos ou qualquer
representação física.

O projeto tem em sua raiz, ser exposto de alguma forma, trazendo à tona a
possibilidade de apresentar ao público por meio de um trabalho escrito, todo o
universo da arte ambiental e da preocupação com o meio ambiente, podendo
assim alcançar um bom público e demonstrar a importância do olhar atenta a
preservação do meio ambiente ao nosso redor.

No ano de 2002 com o projeto blue rocks, Aviva Rahmani usando tintas não
tóxicas ao meio ambiente fez a pintura de 40 rochas largas em um estuário
degradado e esquecido pela população local. Dessa forma, pode iniciar uma
campanha de limpeza e restauração após sua arte ter obtido um significado e
alcance considerável. Após tudo que foi organizado pela artista, o governo dos
Estados Unidos em união com instituições se dispusera a fazer a doação de
500.000,00 dólares destinados ao estudo e proteção do meio ambiente.

O ativismo ambiental vem da ideia de proteger e lutar pelo meio ambiente


com atividades e atitudes que possam tanto influenciar diretamente o planeta,
como difundir informação, ideias ou pensamentos que possam ajudar de alguma
forma. Seja como o Greenpeace (ONG de renome que atua na luta ambiental de
diversas formas) ou como um cidadão qualquer com acesso a internet que use
seu tempo para incentivar e conscientizar sobre o meio ambiente, o ativismo
ambiental deve estar presente no cotidiano das pessoas.

O mundo atual e conectado em que vivemos proporciona a oportunidade de


se envolver de diversas formas com essa prática.
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A ideia de um mundo conectado traz à tona a possibilidade de expor, enviar,


receber e apresentar informações de forma muito mais eficaz, sendo assim, o
impacto da cultura e da arte no geral diante de inúmeros veículos de
comunicação, tem um aumento exacerbado e se torna extremamente relevante
em matéria de divulgação e alcance. Com base nessa informação, e na
defasagem existente em relação à educação ambiental e conhecimento a
respeito da degradação do meio ambiente, a ideia de utilizar o interesse em
comum pela arte e o alcance disponibilizado pela conectividade para reforçar a
necessidade de preservação e luta pelo meio ambiente.

Nos dias de hoje, as ações das pessoas, e em consequência seus impactos


têm tomado dimensões cada vez maiores. Como resposta a tudo isso, houve o
inicio de diversos movimentos que vão à missão desses impactos diminuírem de
forma geral. Entre eles está o ativismo ambiental, uma ideologia que procura
mudar a realidade para um maior equilíbrio ecológico no planeta.

(WALKER, 2010)

O ativismo é representado de diversas formas de diversos locais, e vem se


popularizando com o passar dos anos. Diversas instituições de diversos ramos
têm dado mais atenção a esse tema, e desse modo, inúmeros projetos estão
sendo realizados.

Entre esses projetos, está o Blue Rocks, cujo sua repercussão foi tanta que o
departamento de agricultura nos Estados Unidos (USDA) decidiu investir 500 mil
dólares para restaurar a região.

(Ghostnets, 2002)

É de extrema importância trazer a cultura para o cotidiano, principalmente


quando ela pode fazer com que se tenha um olhar mais ecológico em meio a
tempos dos quais a humanidade cada vez mais parece ter esquecido de que
fazemos parte daquilo que ela está prejudicando, a natureza.
A escolha da metodologia para o desenvolvimento do trabalho é baseada em
uma revisão bibliográfica, com o intuito de apresentar as ideias e obras de
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diversos artistas de segmentos alternativos da arte, que muitas vezes não são os
mais conhecidos, mas carregam influência notável em situações históricas ou
momentos de necessidade com relação ao meio ambiente no geral, como no
caso já citado de Aviva Rahmani, que em 2009 contribuiu de forma fundamental
em nome do ativismo ambiental.
A escolha pela revisão bibliográfica se concretiza para ressaltar obras de fácil
acesso ao público em geral por meio da internet e de meios de comunicação
atuais. Levando em conta a grande dinâmica na faixa de público alvo dessas
informações, é importante citar a existência de artigos e documentos com
extensão a diferentes idades e interesses na internet, sendo assim possível a um
jovem se entreter com um texto mais simples e com um formato mais aplicável
aos dias atuais, podendo ser esse texto, algo rápido e com conteúdo direto,
como também artigos acadêmicos explicando as teses e bases por trás de cada
obra para um público mais maduro que busque referências com maior extensão
de detalhes e mais bem elaboradas.
A pesquisa é feita a partir de trabalhos acadêmicos como trabalho de
mestrado em Artes Visuais na UFG, escrito pela Lucia Bertazzo, que traz todo
um contexto histórico da arte como forma de expressão de forma geral com
ênfase no ativismo ambiental que ocorre no país ou mundo a fora, citando
artistas que por mais importantes tenham sido, poucos sabem de seus feitos
para a sociedade.
Também foi feita revisão de um artigo escrito por Walter e Alisson Earl na
Universidade de British Columbia, no Canadá, que diz como a arte pode ser uma
linguagem pública e pedagógica que ensina e inspira as pessoas de todas as
idades a se expandirem quando se trata de criatividade.
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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Difundir a ideia de que o meio ambiente ao redor dos seres humanos


tem sua importância e deve ser cuidado e preservado pelos que vivem a
sua volta.

2.2 Objetivos Específicos

Abordar um conteúdo relevante sobre o ativismo ambiental e o meio


ambiente.

Apresentar imagens que demonstram como obras do ativismo


ambiental e arte ecológica podem alterar o ambiente e a paisagem.
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Históricos em relação a “Consciência ambiental” no mundo

Segundo a ONU, a humanidade estava direcionando a atenção para a


preservação do meio ambiente nas décadas de 60 e 70. Entre esses períodos foi
publicado o livro “A Primavera Silenciosa”, escrito por Rachel Carson, a obra
abordou assuntos como uso agrícola de pesticidas químicos sintéticos e a
necessidade de respeitar o ecossistema em que vivemos para proteger a saúde
humana e o meio ambiente.

(CARSON, 1962)

Diante da preocupação com o meio ambiente, em 1972 a ONU convocou em


Estocolmo a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, esse
evento foi à primeira iniciativa que levantava essas questões. Esses acontecimentos
resultaram na grande mobilização de órgãos e de pessoas para levarem o ativismo
ambiental adiante.

O que leva alguém a protestar dificilmente é simples questão pessoal. As


pessoas que protestam tendem a se organizarem em grupos formando movimentos
sociais, ONGs e associações. As formas dos protestos variam muito. A produção de
uma obra de arte, a partir da indignação, é por si mesma uma forma de protestar. A
atitude pode até não ser bem vista por alguma corrente da crítica de arte, embora
tenha o respaldo de outros críticos que veem nela o caminho correto das artes.

Nesses movimentos, as fronteiras da arte se esvaem e se misturam com os


movimentos sociais. Os movimentos vanguardistas se ocuparam não só em
questionar o fazer artístico e a instituição “arte”, como também questionaram a
sociedade em si, tendo características muito próximas às dos grupos de
contracultura, que rejeita e questiona valores e práticas da cultura dominante da
qual fazem parte.

(BANKSY, 2017)

No século XX, tanto as vanguardas artísticas como as contraculturas tiveram um


papel decisivo na reconstrução do pensar da sociedade. O modernismo serviu de
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alicerce para a sociedade contemporânea industrial, assim como as contraculturas


fizeram com que as vozes das chamadas “minorias” fossem ouvidas.

(BERTAZZO, 2009)

3.2 Ativismo ambiental: Conceitos, histórico e sua importância

Relatando-se sobre ativismo ambiental, uma das artistas pioneiras que tomou
ações voltadas ao meio ambiente é a Agnes Denes, nascida na Hungria, mudou-se
com a família para terras estadunidenses na adolescência, tendo passado aos anos
mais agitados de sua vida na cidade de Nova Iorque. Antes, haviam morado na
Suécia.

As mudanças não foram por acaso: a família buscava refúgio longe do


regime nazista. Seu período de maior atividade foi entre os anos 60 e 70. Seu
trabalho mais famoso se chama A confrontation, feita em 1982, é um marco na
história de quando artistas começaram a usar a natureza como um lar para seus
trabalhos. Mas essa não foi a primeira obra que fez Denes ser considerada como
pioneira. Como pode ser observar na figura 1, o projeto é formado por um enorme
campo de trigo, esse trabalho foi também registro essencial no que diz respeito à
arte pública, além de um símbolo poderoso do ativismo ambiental na época. Após o
plantio, mais de mil quilos de trigo foram colhidos e distribuídos para 28 cidades ao
redor mundo.

(RKAIN, 2020)

Desde então, o ideal de sustentabilidade se manifestou de diferentes


maneiras e formas, inclusive na arte. Ela tem se mostrado presente a décadas junto
com o ativismo ambiental. Um artigo escrito por Lucia Bertazzo, como Programa de
Pós-graduação em Cultura Visual na UFG, mostra como essas duas coisas estão
ligadas no nosso país.

No Brasil, vários se movimentaram em prol a causa. Um ativista bem


influente é o Bené Fonteles, artista plástico e compositor que iniciou seu trabalho no
começo da década de 70 em Fortaleza, onde também se torna jornalista e editor de
arte. Seu marco inicial de suas ações voltadas para o meio ambiente foi a mostra
“Meio ambiente / situação do espaço urbano da cidade de Salvador”, em 1977, onde
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é apresentado a primeira versão do manifesto, “Antes Arte do que tarde”. Algumas


ações e campanhas promovidas pelo movimento, tendo sempre como coordenador
e “artivista” a “Campanha Nacional contra as Queimadas”, em 1988; a “Campanha
Nacional pela Preservação do Cerrado” e 1993; a “Campanha Quem Mata a Mata
se Mata” e a vigília “Ativo para não ser radioativo”, em 1992. Além disso, fundou
projeto chamado Movimento Artistas pela Natureza (MAPN).

Enciclopédia Itaú Cultural. Movimento Artistas pela Natureza. 1996.

O trabalho do MAPN busca sensibilizar e despertar a necessidade de agir de


forma criativa a inter-relação com o ambiente na busca de ações de integrar uma
ética a fim de promover o encontro e junção de Artistas e Ativistas, sendo chamados
de artivistas. Como fundador do movimento, Bené se empenha em várias atividades
em que artistas abraçam a causa ecológica. Em 1981, o MAPN lança a Campanha
Pelo Respeito aos Direitos Indígenas que auxiliou as conquistas dos povos
indígenas nos progressos da nova lei ambiental e atual Constituição Brasileira,
como se pode ver na figura 2, o protesto foi feito na praça dos três poderes. Essas
ações promoveram manifestações das quais tem como resultado consequências
que permeiam na atualidade. Os artistas do MAPN também recolheram o lixo da
Chapada do Guimarães (ponto turístico de Cuiabá) durante o primeiro Encontro de
Artistas do Centro-Oeste no ano de 1988 como forma de manifestação contra a
poluição na natureza, na figura 3 é possível notar cartazes e uma parcela do lixo
que foi retirada.

(BANKSY, 2017)

Há projetos que ganham atenção de órgãos governamentais e os influenciam


a tomar atitudes a respeito, como por exemplo, o da artista Aviva Rahmani que, em
2002 chamou a atenção de diversos cidadãos por espalhar pedras pintadas com
lama de pigmento Ultramarino, leitelho e musgos nativos que influencia a criação de
outros musgos na cidade de Vinalhaven. O projeto foi chamado de Blue Rocks (o
nome se da pela coloração das rochas, como mostra a imagem 4) , sua repercussão
foi tanta que o departamento de agricultura nos Estados Unidos (USDA) decidiu
investir 500 mil dólares para restaurar a região.
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Vale ressaltar também o manifesto feito pelo artista plástico brasileiro Siron
Franco, que realizou esculturas de antas feitas a partir de gesso e pedra sendo elas
de 70 cm de altura e 80 cm de largura. Foram produzidas em Goiânia e
transportadas para Brasília para serem expostas em frente ao Congresso Nacional.
Elas tinham as cores e o formato da bandeira do Brasil (figura 5), a intenção
primordial do artista foi protestar contra o perigo da extinção dos animais, que eram
e são constantemente caçados. Porém a simbologia não foi bem interpretada pelos
deputados que pensaram que as antas seriam uma forma de crítica a eles, e assim,
elas foram retiradas.

Usar a imprensa e a arte como forma de protesto se tornou comum ao passar


dos anos, pois só assim ganham espaço e voz para a causa. Com a intenção de
ganhar público, o artista faz uso de um conjunto de práticas que anseiam a
sociedade e isso faz com que as pessoas se sintam representadas pela insatisfação
da situação atual e pela vontade de mudança, isso promove movimentos de uma
maneira da qual eles se tornem presentes na sociedade e, consequentemente, na
política. Torna-se uma maneira de representação daquilo que muitas vezes não está
de acordo, a insatisfação faz com que as pessoas se unam para transformar uma
ideia em realidade aquilo que elas acreditam afim de um bem coletivo, no caso
deste trabalho, se trata do bem das pessoas e do mundo, isso é o ativismo
ambiental.
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3.3 Imagens e artes.

Figura 1

Registro da obra Wheatfield – A Confrontation, 1982, feito no Battery Park Landfill, Downtown
Manhattan, foto: John McGrall
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Figura 2

Interferência na escultura da Justiça na Praça dos Três Poderes em favor da demarcação de


terras indígenas junto a índios. Brasília, 1996. Foto: Ieda Cavalcante.
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Figura 3

Movimento Artistas pela Natureza. Mostra de arte em manifestação na Praça da República,


Cuiabá/MT, 1988, durante o I Encontro de Artistas do Centro-Oeste. O lixo foi recolhido da Chapada
do Guimarães e devolvido à cidade de Cuiabá pelos artistas do MAPN. A ilustração do cartaz do
MAPN é uma xilogravura de Rubem Grillo. Foto de Mário Friedlander.
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Figura 4

Registro do projeto Blue Rocks (2002), de Aviva Rahmani. Feito no rio Pleasant na cidade
Vinalhaven Island, no estado de Maine.
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Figura 5

Antas na Esplanada dos Ministérios, 1986. Fonte: Arquivo do artista.

4. Considerações finais

Levando em conta os dias atuais e as experiências relatadas no trabalho de


pesquisa, pode se ver a necessidade da educação em relação ao meio ambiente, e
pensando na juventude e na mudança na forma como as informações são passadas
atualmente, a rapidez e a objetividade do mundo requer uma maneira de se
alcançar um maior número de pessoas.

A arte ecológica, unida ao ativismo verde, geram obras e eventos com um


potencial extenso, em relação a alcance e significado, assim fica claro a
necessidade do aumento na dispersão desses fatos, atraindo cada vez mais
pessoas a se conectar ao meio ambiente e contribuir, a sua forma para o benefício
do planeta terra.

Pode-se concluir que o ativismo ambiental é de extrema importância para a


nossa sobrevivência e a de outros seres, e a arte como sua forma de propagação
deixa a mostra o valor que pode ser agregado em uma cultura, nos mostrando de
uma forma didática que nossas ações podem ser moldadas para a formação de um
país ecológico e responsável.
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5. Referencias bibliográficas

BANKSY. Guerra e Spray. 2017

CARSON, Rachel. Silent Spring. 27 de Setembro de 1962

Enciclopedia Itaú Cultural. Movimento Artistas pela Natureza. 1996.

Ghostnets. Aviva Rahmani Blue Rocks. USA. 2002

RKAIN, Jamyle. A natureza como filosofia em Agnes Denes. 2020

WALKER, Lucy. Lixo Extraordinário. Brasil-Inglaterra. 2010

Bertazzo, O Ativismo Ambiental nas ações e Instalações de Siron Franco. 2009

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