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ARARAQUARA
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO…………………………………………………………..
2. DESCRIÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO……………………………………………
2.1 Teoria
2.2 Atividades e questões propostas
3. ANÁLISE DO MATERIAL DIDÁTICO………………………………………………….
4. CONCLUSÃO………………………….…………………………………………………...
5. PLANO DE AULA………………………………………………………………… ……….
6. EXERCÍCIO PROPOSTO…………………………………………………………………
7. REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………….
8. ANEXOS…………………………………………………………………………………….
1. Introdução e objetivo
O material utilizado foi escrito por Edimara Lisboa, Maria Emília Martins, Marina
Oliveira Felix de Mello Chaves e Renato Gomes de Carvalho, e tem como principais
propostas o aprendizado dos estudantes e sua preparação para os vestibulares, portanto, a
apostila possui um modelo prático e objetivo. Desta maneira, são apresentadas as naturezas
das disciplinas e exemplos das explicações, além da transmissão de exercícios de vestibulares
que condizem com o que foi visto anteriormente; contendo as resoluções para que o aluno
possa analisar suas dificuldades e revisar os temas anteriormente passados.
2.1 Teoria
Para realizar a análise dos exercícios propostos pelo material didático, foi feito um
recorte em que foram analisados os exercícios 14, 32, 33 e 34, apresentados na seção de
anexos do trabalho. A começar pelo exercício 14, vemos uma pequena diferença entre o
padrão apresentado, enquanto os outros exercícios buscam uma resposta de múltipla escolha,
este apresenta a proposta de uma resposta dissertativa, entretanto continua sendo uma questão
objetiva tirada de uma prova de vestibular, impossibilitando o aluno de ser criativo e dinâmico
na sua resposta. O exercício 32 trata da identificação de processos de produção de palavras,
que não exige do aluno nenhuma interpretação ou leitura do texto inteiro, exigindo somente a
análise das palavras destacadas entre as alternativas. Já no caso do exercício 33, é apresentado
um longo texto prévio à pergunta, mas que não é nem um pouco necessário para a resposta da
pergunta, fazendo com que o texto seja uma forma de distração do aluno, ao invés de uma
forma de integração da aprendizagem. No último caso, o exercício 34 exige certa
interpretação de texto por parte do aluno, resultando assim em um exercício no qual o aluno
precisa utilizar do seu conhecimento do processo previamente aprendido para obter a resposta
correta.
Através do estudo realizado por Fiscarelli (2007), é possível analisar que o material
didático selecionado, apesar de abordar de forma completa o assunto, preocupa-se pouco com
o dinamismo das explicações e principalmente dos exercícios propostos, visto que trabalha
através de tabelas e apenas com questões objetivas de múltipla-escolha. Isso faz parecer que o
material visa um aprendizado através da ação de decorar o assunto abordado, além de tornar
as tarefas e explicações monótonas, sem muita abertura para interações entre aluno e
professor.
Dessa forma, percebe-se que o material não quebra o excesso de verbalismo apontado
pela autora. Dentro dele não há espaço para a verificação do uso do aprendizado por parte do
aluno, o qual também não participa ativamente no aprendizado da matéria, novamente, por
haver um predomínio de exercícios de múltipla escolha. Além disso, por ser um material
direcionado à revisão de alunos do terceiro ano do ensino médio, um material pré-vestibular,
ele poderia explorar o conhecimento prévio do aluno, apresentando lacunas e propostas de
exercícios interativos para que os próprios estudantes compartilhassem seus exemplos de cada
tipo de formação de palavra. O material didático possui um papel muito importante na sala de
aula, assim como foi apontado por Fiscarelli (2007): “Os materiais didáticos dinamizam a
aula, facilitam a aprendizagem, atraem a atenção, mantêm os alunos ocupados, motiva-os,
despertando o interesse pela aula (...)”, em suma, deve ser dinâmico, fácil, atrativo e
motivador.
Dentro do recorte analítico feito no tópico 2.2 dos exercícios, é possível concluir que a
falta de dinamismo dentro das atividades desse material, se torna algo muito claro uma vez
que percebemos que a maioria dos exercícios não exige nenhuma participação ativa do aluno
e isso acaba tornando a aprendizagem do aluno monótona, onde o aluno simplesmente precisa
decorar o que foi exposto, ao invés de entender o conceito e aprender a utilizar ele em
situações práticas e diárias da língua.
4. Conclusão
A partir das comparações realizadas com Kehdi (2005) e Correia e Almeida (2012) na
análise do material didático, foi possível definir algumas qualidades do material. Em relação
às derivações, principalmente, o material descreveu o assunto com concisão e maior
facilidade, visto que não seria necessária uma abordagem acadêmica, como a especificidade
dos Constituintes Imediatos, por exemplo. Além disso, a rapidez e simplicidade utilizadas
pelo sistema Poliedro a respeito dos demais tópicos, composição e outros processos de
formação de palavras, são de extrema importância para o aprendizado no Ensino Médio, e
para os vestibulandos no geral.
Entretanto, concisão, rapidez e simplicidade, quando juntadas ao dinamismo, fator
abordado através de Fiscarelli (2007), tornam-se ainda melhores para o aprendizado do aluno
mais velho, e o material em questão não possui a última, e talvez mais importante
característica. Assim, pode tornar o assunto monótono dentro de uma sala de aula,
principalmente quando os exercícios não realizam interações entre aluno e professor ou até
mesmo entre alunos. Ademais, percebeu-se que algumas descrições pontuais realizadas por
Kehdi (2005) foram deixadas de lado no material, descrições estas que poderiam auxiliar no
aprendizado do aluno, como exemplo a explicação sobre o uso do hífen na composição.
5. Plano de aula
PLANO DE AULA
DURAÇÃO: 2 horas
1. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
A “Gramática” de Faraco e Moura; A música “Sina”, do cantor Djavan; o texto “Formação de
palavras em português” de Kehdi; “Neologia em Português” de Almeida e Correia.
2. OBJETIVOS
Geral:
- Relembrar e compreender os processos de formação de palavras, suas diferenças entre si e
seus tipos mais específicos, de maneira dinâmica e interativa através de exercício com música.
Específicos:
- Apresentar conceitos introdutórios a respeito de palavras e suas formações
- Compreender os processos de formação separadamente: derivação, composição,
neologismo, abreviação, onomatopeia e hibridismo
- Esclarecer os diferentes tipos de derivação: prefixal, sufixal, parassintética, prefixal e
sufixal, regressiva e imprópria
- Esclarecer os diferentes tipos de composição: justaposição e aglutinação
- Esclarecer e exemplificar através de poema o processo de neologismo
- Explicar através de exemplos os processos de hibridismo, onomatopeia e abreviação
3. METODOLOGIA
Explicação dos conceitos através da “Gramática” de Faraco e Moura (2003), do texto
“Formação de palavras em português” de Kehdi (2005) e “Neologia em Português”, de
Almeida e Correia (2012), durante 1h e meia, depois aplicação do exercício.
4. MATERIAL NECESSÁRIO
- Equipamento de datashow para apresentação dos slides
- Equipamento de som e conexão com a internet para reprodução das músicas
5. PROPOSTA DE ATIVIDADE
Após a revisão do assunto formação de palavras, o aluno deve escutar e ler a letra da música
“Sina”, de Djavan, e encontrar palavras formadas através de neologismo, derivação e
composição.
*Os slides referentes ao plano de aula estão incluídos na seção de anexos do trabalho.
6. Exercício proposto
1. Após escutar a música “Sina”, do cantor Djavan e a partir da leitura da letra, encontre
palavras formadas através de neologismo, derivação e composição, e depois defina
qual tipo específico de derivação e composição foi encontrado.
Sina
Djavan
O luar, estrela-do-mar
O sol e o dom
Quiçá, um dia, a fúria desse front
Virá lapidar o sonho até gerar o som
Como querer caetanear o que há de bom.
7. Referências bibliográficas
CORREIA, M.; ALMEIDA, G.M.B. (2012) Neologia em Português. São Paulo: Parábola
Editorial.
KEHDI, V. (2005) Formação de palavras em português. 3 a edição. São Paulo: Ática. Série
Princípios.
8. Anexos