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MÓDULO 02: Arquitetura do período colonial

SUMÁRIO

1. Introdução
2. Os materiais e sistemas construtivos do período colonial
2.1. Fundações
2.2. Paredes e Vedações
2.3. Cobertas
2.4. Vãos e Esquadrias
2.5. Acabamentos, Pisos e Forros
3. Arquitetura Residencial
3.1. Arquitetura rural
3.1.1. Casa grande
3.1.2. Senzala
3.2. Arquitetura urbana
3.2.1. Casas Térreas e Sobrados
4. Arquitetura Oficial e Militar
4.1. Forte
4.2. Casa de Câmara e Cadeia
5. Arquitetura Religiosa
5.1. Igrejas do século XVI e XVII
5.2. Igrejas do século XVIII
5.2.1. Difusão do Barroco
5.2.2. Exemplares
5.2.3. Barroco x Rococó
1. Introdução

No módulo anterior estudamos as cidades do Brasil colonial, abordando o processo de


formação dos primeiros assentamentos, seu traçado e os elementos morfológicos que
compõem o espaço urbano. Tratamos de um vasto intervalo de tempo, que inicia-se
por volta de 1500-1530, quando os portugueses passam a efetivamente se estabelecer
na costa brasileira, até 1822, quando da Independência do país.

Como vimos anteriormente, todo esse processo significou uma mistura cultural em que
podemos elencar três camadas mais relevantes: a cultura nativa existente dos
indígenas, a cultura dos africanos escravos e a cultura europeia, esta última, na
posição de colonizadora, sendo a hegemônica e impondo a subordinação das demais.

A partir de agora traremos um enfoque maior sobre a arquitetura em si: os métodos


construtivos tradicionais e as edificações que definiam a paisagem das cidades
coloniais. Nesse estudo é importante, portanto, considerar todas essas influências
culturais, o contexto de urbanização e o lento progresso econômico. Afinal, em termos
de arquitetura, as edificações realizadas no Brasil neste tempo resultam da adaptação
do repertório arquitetônico da Metrópole portuguesa às particularidades e recursos
materiais/geográficos (técnicas e materiais construtivos disponíveis na região) e
recursos humanos (mão de obra, fossem trabalhadores livres ou escravos) locais.

2. Os materiais e sistemas construtivos do período colonial

Madeira, água, areia, cal, barro, pedra: estas são algumas "substâncias" que
perpassaram por séculos sendo empregadas na construção civil, podendo ser
facilmente encontradas em obras de edifícios coloniais, perdurando até hoje, em obras
contemporâneas. Estes materiais podem assumir várias formas e constituir, por
exemplo, tijolos, telhas, pisos, portas, janelas, e muitos outros elementos construtivos
(CORONA & LEMOS, 1972).

Importante lembrar que nesta época os sistemas de medição utilizados não eram os
mesmos que estamos mais habituados atualmente; prevaleciam as referências do
corpo humano, listados abaixo:

• Braça 0,91m • Palmo 0,22 a 0,24m • Polegada 0,025m


• Passo 0,825m • Pé 0,305m

Agora vamos estudar os sistemas construtivos um a um!


2.1. FUNDAÇÕES

As fundações basicamente eram de pau a pique, um sistema simples, assimilado dos


nativos, que consiste em fincar varas de madeiras próximas umas as outras. As bases
das toras em incineradas para evitar que apodrecem devido à umidade do terreno.
Além disso, eram usadas as fundações corridas do tipo baldrame: valas com largura
variável preenchidas com pedras e que recebiam uma "calda" (espécie de argamassa
pouco consistente, composta de barro, cal e algum aglomerante).

2.2. PAREDES E VEDAÇÕES

Podiam ser de dois tipos: as paredes autoportantes, isto é, as que acumulam


função de vedação e sustentação; e as estruturas autônomas (gaiola) com
paredes de vedação.

Em relação às paredes autoportantes, identificam-se algumas técnicas distintas. Uma


dela é a utilizando a Alvenaria de Pedra (figuras 1, 2 e 3). Podia ser disposta bruta
ou aparelhada (pedra regularizadas), secas ou argamassadas; e podia ser trabalhadas
em forma de cantaria, geralmente em elementos estruturais ou decorativos.
Caracterizam-se pela resistência e durabilidade, pela grande largura (60cm a 1,5m),
pela necessidade de mão de obra especializada (mestre canteiro, para o corte da
pedra; e mestre pedreiro, para execução).

Figura 1 (esquerda). Alvenaria de pedra bruta


Fonte:<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i>
Figura 2 (centro). Alvenaria de pedra aparelhada em cantaria.
Fonte:<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i>
Figura 3 (direita). Exemplo de cantaria decorativa no frontispício da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, MG.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_do_Carmo_(Ouro_Preto)>

As alvenarias autoportantes também podiam ser de Adobe ou de Tijolo, os quais são


elementos compostos das mesmas substâncias (barro, fibras vegetais e água), sendo
que o tijolo é cozido, e o adobe é seco à sombra e ao sol, consecutivamente.
Configuram-se como soluções abundantes, que possibilitaram maiores aberturas de
vãos em relação às pedras (pois podiam ser feitos arcos). O adobe, no entanto, tem
pouca resistência às intempéries.

Por fim, a taipa de pilão, técnica que utiliza argamassa composta de barro, água,
fibras vegetais e um aglomerante – estrume ou sangue de animais. Esta argamassa é
apiloada em um taipal, ou fôrma de tábuas com cerca de 40cm de altura (figura 4),
dispostas sobre fundação corrida. Trata-se de uma técnica tradicional, porém não tem
boa resistência às intempéries, exige paredes de grande espessura (no geral, maiores
que 60 cm), e os vãos necessitam ser demarcados com antecedência (devido à
dificuldade de abri-los posteriormente).

Em relação às estruturas de elevação


autônomas, o sistema estrutural básico era
com peças de madeira: I. as peças verticais
(esteios); II. as peças horizontais (sendo
as mais importantes o frechal - peça
superior; e o baldrame - peça inferior);

Figura 4 (esquerda). Sistema com taipa de pilão. III. as peças diagonais (enxaimel ou cruz
Fonte:<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/201
0/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i> de Santo André). A fixação podia se dar por

cravos de ferros, mas usualmente com


► Complementando encaixes na própria carpintaria.

"Pau-a-pique, taipa de sebe, taipa de mão,


barro armado ou taipa de sopapo, são Já as vedações podiam se dar em tijolos
diversos nomes para um dos sistemas mais assentados entre as peças de madeira e
utilizados tanto nos tempos da colônia [...].
Conhecido dos indígenas e dos negros depois argamassados (sem que a madeira
africanos, utilizado no Nordeste,
nos Massapés e em Minas." (COLIN, S.) ficasse aparente), com taipa de mão
(técnica que uma trama era amarrada com
cordões, e depois o bairro jogado e
amassado com as mãos), ou ainda, com
estuque, técnica essa restrita às paredes
internas de vedação por ter pouca
resistência à umidade.
Fonte:<https://coisasdaarquitetura.wordpress
.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-
periodo-colonial-i/>
2.3. COBERTAS

Os sistemas de cobertura do período colonial basicamente são compostos pelo


madeiramento (função estrutural) e a vedação superior. Para esta vedação, a
princípio, o material mais usado foi a palha, a qual vinha assimilada da arquitetura
indígena. Posteriormente, com o surgimento de olarias, foram empregadas as telhas
cerâmicas do tipo capa-e-canal, formando os telhados cerâmicos que
reconhecidamente caracterizam a arquitetura desse tempo.

As cobertas apresentam beirais, prolongamentos fundamentais para proteger as


paredes, os quais podiam ser feitos de três maneiras: I. Cachorro (figura 5) –
estrutura de madeira que prolonga as cobertas afastando a queda das águas pluviais
das paredes. II. Cimalha ou sanca (figura 6) – estruturas contínuas de arremate dos
telhados, executadas em madeira, argamassa, pedra. III. Beira-sobeira (figura 7) –
resulta do engaste, nas paredes externas, de sucessivas camadas de telhas que
distanciam o término da coberta das paredes.

Figura 5 (esquerda). Exemplo de beiral com cachorros.


Fonte: <https://www.totalconstrucao.com.br/beiral/>
Figura 6 (centro). Exemplo de beiral com cimalha
Fonte:<https://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com/2014/10/sao-joao-del-rei-tem-eira-e-beira-tem.html>
Figura 7 (direita). Exemplo de beiral com beira-sobeira.
Fonte:<https://neinordin.com.br/de-onde-veio-a-expressao-sem-eira-nem-beira-2/>

2.4. VÃOS E ESQUADRIAS

Em relação às aberturas, a arquitetura colonial é conhecida pelo modo como os seus


vãos eram arrematados por cercaduras coloridas compostas de: soleiras, ombreiras,
vergas, peitoris. Quanto ao formato, as vergas eram os elementos na porção
superior do vão com maior variação, podiam ser retas e em arco abatido.

Além disso, um detalhe: quando as paredes tinham grande espessura podiam ser
guarnecidas com conversadeiras em seu interior, no caso de janelas de peitoril.
Por fim, os vãos eram vedados com portas e janelas de diversos tipos: folha cega,
almofadas, treliça ou urupema, madeira e vidro, em particular as janelas de
guilhotina. Também merece destaque o muxarabi, um balcão fechado por treliças,
geralmente com janelas de rótula, dos quais restam poucos exemplares atualmente.

Figura 8. Exemplos de esquadrias do período colonial. A última à direta é um exemplar de muxarabi.


Fonte: <https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-iii/>

Figura 9. Casas em Paraty, Rio de Janeiro


Fonte: < https://www.lardeferias.com.br/paraty/>

2.5. ACABAMENTOS, PISOS E FORROS

Em geral, as paredes recebiam pintura em cal; já as esquadrias eram pintadas de


cores vivas: azul, vermelho, amarelo (corantes extraídos da natureza).

Os pisos, a princípio, eram em terra batida ou com pavimentos de pedra irregulares.


Com o aprimoramento das técnicas, foi-se difundindo uso de pedras aparelhadas
(cortadas, dispostas regularmente), de tijoleiras e, por fim, os assoalhos (pisos de
taboas corridas apoiadas sobre barrotes de madeira, muito utilizados em pavimentos
elevados).

Os forros de madeira foram os mais utilizados, sob diversas formas: liso, gamela,
caixotão, abóbada, etc. Nos forros de madeira lisa as peças eram assentadas com
encaixes em macho-e-fêmea, saia-e-camisa, podendo ter arremates com cimalhas
de madeira.
3. Arquitetura Residencial

A casa, enquanto reduto para


abrigar uma família, funciona como
um espelho das pessoas que nela
habitam. Portanto, também reflete,
de forma mais abrangente, a
sociedade em que se insere
(MENDES, VERÍSSIMO e BITTAR,
2009). Assim, identifica-se na
arquitetura residencial do período
colonial uma estrutura patriarcal,

Figura 10. Desenho de cidade colonial, destaque para as


onde existe a relação de mando e
residências e sua forma de implantação.
Fonte: MENDES, VERÍSSIMO e BITTAR, 2009, p.141. obediência; quanto ao papel da
mulher, reclusão e submissão, materializado em espaços com circulação restrita e
longe dos "olhos da rua"; a incorporação de hábitos indígenas, como cozinhar fora de
casa; e a mão de obra escrava, presente em vários serviços da moradia.

Além disso, a estrutura econômica colonial, em que se tem destaque a produção vinda
dos engenhos de açúcar, também acarretou uma diferenciação entre as edificações
rurais e urbanas, embora ambas demonstrem estes traços sociais apontados acima.

Diante dessas reflexões, a partir de agora estudaremos as edificações rurais e urbanas:

3.1. Arquitetura urbana

Como estudamos anteriormente, no módulo sobre a cidade colonial, as vilas e cidades


brasileiras apresentavam um aspecto uniforme, pois as casas eram construídas no
alinhamento das vias públicas e nos limites laterais dos lotes, ficando geminadas umas
com as outras e deixando a porção posterior dos terrenos para os quintais (REIS
FILHO, 2006). Tal esquema, não teve muitas variações ao longo de todo o período
colonial: a arquitetura residencial urbana era condicionada a um tipo de lote de
pequenas dimensões de frente (por volta de 10m) e grande profundidade:

A uniformidade dos terrenos correspondia à uniformidade dos


partidos arquitetônicos: as casas eram construídas de modo
uniforme e, em certos casos, tal padronização era fixada nas
Cartas Régias ou em posturas municipais. Dimensões e número
de aberturas, altura dos pavimentos e alinhamentos com as
edificações vizinhas foram exigências correntes no século XVIII
(REIS FILHO, 2006, p. 24).

Além disso, não havia a infraestrutura nos interiores das moradias, da forma como
conhecemos hoje. Assim, eram os próprios escravos quem abasteciam as casas com
água e retiravam os dejetos e lixo. O abastecimento urbano relativo aos gêneros
alimentícios era limitado, logo, havia um esforço em manter hortas e pomares nos
quintais. Os banheiros eram inexistentes (eram usados "banheiros portáteis", isto é,
com recipientes às vezes inseridos em cadeiras especiais, cujo conteúdo era
posteriormente armazenado em barris aos fundos do lote, para serem carregados
pelos escravos "tigres" para os vazadouros, rios e mares próximos). E as cozinhas
estavam situadas em uma extensão do corpo da casa, abrindo-se para o quintal
(MENDES, VERÍSSIMO e BITTAR, 2009).

3.1.1. Casas térreas e sobrados

Seguindo o funcionamento sintetizado acima, a planta-baixa da casa térrea era


organizada da seguinte forma: as salas ou lojas de frente aproveitavam as aberturas
para a rua, havendo outra sala aos fundos que abria para o quintal. Um corredor
longitudinal conectava estas duas salas e com ele se comunicavam as alcovas,
aposentos raramente dotados de aberturas voltadas para os eventuais pátios internos
(nunca para a rua ou quintal).

Figura 12 (esquerda). Esquema de


planta baixa de casas térreas.
Fonte: REIS FILHO, 2006, p.31.
Figura 13 (direita). Centro de Goiás.
Fonte:<https://3em3.com/goias-velho-
brasil-3-atracoes-para-o-fim-de-
semana/>

Figura 14 (abaixo). Desenho


de casas térreas geminadas.
Fonte: REIS FILHO, 2006, p. 31.
Quanto aos sobrados, em muitos casos os pavimentos térreos foram usados para
atividades comerciais, mas quando eram exclusivamente residencial, o térreo era
ocupado por senzalas, depósitos ou cavalariça, nunca habitado pela família do
proprietário. A distribuição espacial das plantas não variava muito devido às limitações
dos lotes: sala na frente, na parte central as escadas, corredor central ou lateral,
alcovas, sala com janelas que abriam para o quintal, aos fundos.

Figura 15. Sobrados em Ouro Preto.


Fonte: <https://medium.com/ouro-
preto/casacolonialmineiraourorpreto-d9f98bbf1f72>.

Figura 16. Esquema de planta baixa


de casa assobrada.
Legenda: 1-loja; 2-corredor de
entrada para residência,
independente da loja; 3-salão; 4-
alcovas; 5-sala de viver ou varanda;
6-cozinha e serviços.
Fonte: REIS FILHO, 2006, p. 29.

Figura 17. Esquema de corte


perspectivado em casa assobrada.
Fonte: REIS FILHO, 2006, p. 29.

3.2. Arquitetura rural

A arquitetura rural do período colonial que iremos estudar está diretamente associada
ao engenho monocultor do Nordeste, embora existam outros tipos pelo país, tais
como: o engenho policultor do sudeste, no século XVIII; a fazenda de criação de gado
do nordeste; a casa bandeirista de São Paulo; dentre outros, que variam de região em
região e de acordo com a atividade econômica desempenhada.

De forma simplificada, o engenho monocultor canavieiro se caracteriza por um grande


núcleo populacional, composto principalmente pela casa grande, fábrica, capela e
senzala. Geralmente localizavam-se nas margens de rios situados nas várzeas na
Zona da Mata do Nordeste, no recôncavo baiano, etc.. Quanto à disposição destas
edificações no sítio, a casa grande e a capela eram assentadas em uma elevação; e na
meia encosta, entre o rio e a casa grande, ficava o complexo agroindustrial, composto
por fábrica, senzala, oficinas, estrebaria, casa de farinha, etc..

► Para observar com atenção

A estadia de Frans Post no Brasil, no atual estado de Pernambuco, correspondeu


ao período do governo de Maurício de Nassau, entre 1637 e 1644, durante a
ocupação holandesa (1630-1654). O pintor foi encarregado de retratar a
topografia, a arquitetura militar e civil, cenas de batalhas navais e terrestres.
Com suas obras temos alguns dos mais importantes documentos para entender a vida na
sociedade colonial, uma vez que retrata as cenas com realismo, podendo ser possível identificar
diversas construções, camadas sociais, cenas cotidianas; e como tudo isso se distribuía no ambiente
natural. Dê uma olhada com atenção nos elementos retratados na pintura abaixo.

Figura 18. Engenho de Açúcar. Pintura de Frans Post de 1664.


Fonte: <https://pt.m.wikibooks.org/wiki/Ficheiro:Frans_Post_-_Engenho_de_a%C3%A7%C3%BAcar,_c._1664.jpg>

3.2.1. Casa Grande e Senzala

Moradia do senhor de engenho, a casa grande caracterizava-se pela presença das


amplas varandas, que tinham a função de hall de entrada, espaço de convivência da
estratificada sociedade rural e proteção das intempéries. Internamente organizavam-se
de acordo com as regras sociais da época tendo salas, alcovas, quartos de hóspedes,
capela, cozinha, etc..

As senzalas, por outro lado, eram os alojamentos dos escravos, porém, atualmente,
temos poucos resquícios e informações sobre a organização dos mesmos. Em síntese,
sabe-se que podia estar instalada em rés do chão da casa grande (ou seja, no térreo)
ou na porção posterior desta. Porém, também se tem conhecimento de senzalas de
eito, isto é, quando configuravam uma edificação independente.

Figura 19. Casa grande do engenho Morenos, século XIX, Pernambuco.


Fonte: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/para-colorir-fazenda-de-cana-do-brasil-colonia/>

Figura 20. Engenho Monjope e capela, Igarassu, Pernambuco.


Fonte: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/para-colorir-fazenda-de-cana-do-brasil-colonia/>

Figura 21. Senzala do Engenho Uruaê, Condado, Pernambuco.


Fonte: <https://ensinarhistoriajoelza.com.br/para-colorir-fazenda-de-cana-do-brasil-colonia/>
4. Arquitetura Militar e Oficial
4.1. Forte
Nos séculos XVI e XVII, as fortificações eram situadas no litoral, uma vez que a região
costeira era a única realmente ocupada durante este período. As primeiras estratégias
de defesa eram mais frágeis e improvisadas: paliçadas, cercas pontiagudas de pau a
pique protegendo povoados pequenos, trincheiras, ou até mesmo seteiras instaladas
em igrejas. Somente no século XVIII surgiram fortes no interior no país, para garantir
as fronteiras conquistadas em desobediência aos limites do Tratado de Tordesilhas.

Em regra, as fortificações eram construídas em locais próximos às povoações ou onde


pudessem inibir o desembarque de possíveis invasores. Tendo por principal
característica a função defensiva, os fortes possuíam muros baixos, para oferecer
menor alvo possível, e de grande espessura, para absorver o impacto dos projéteis.
Também se desenvolve o baluarte, possivelmente o elemento mais importante da
edificação. Trata-se de uma estrutura mais robusta e protuberante localizada
geralmente nas esquinas, que propicia o flanqueamento das defesas, isto é, a proteção
das laterais.

► Você sabia?

No século XVII, nasce em Portugal a


especialidade da "Engenharia
Militar", ocorrendo a preparação de
profissionais nas academias ou aulas.
No Brasil, foram criadas as aulas de
arquitetura militar na Bahia (1696), Rio
de Janeiro (1698) e Pernambuco
(1701), que se tornaram os principais
centros de conhecimento arquitetônico
e urbanístico formal/erudito no Brasil
colônia. No entanto, a organização de
um corpo de engenheiros só se fará na
segunda metade do século XVIII. Figura 22. Forte dos Reis Magos, Natal (RN) – O nome remete
à data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598.
Para ler mais na biblioteca da disciplina Fonte:<http://www.qualviagem.com.br/10-fortes-militares-que-
há um texto sobre as Fortificações do contam-um-pedaco-da-historia-do-brasil/)
Período Colonial, de Carlos Lemos.

4.2. Casa de Câmara e Cadeia


Como vimos no módulo anterior, era comum que os povoados surgissem a partir dos
arredores de uma capela, e depois, por motivos diversos, podiam ser elevados ao
status de vila e cidade, quando então se exigia a instalação da sede do poder
municipal. Assim, no processo de constituição dessas cidades, uma das principais
preocupações era a localização e instalação da Casa de Câmara e Cadeia, do
pelourinho e da igreja.

As Casas de Câmara e Cadeia no período colonial representavam a importância e a


subordinação dos povoados à Coroa portuguesa. A edificação em si era constituída
pela cadeia, arsenal de milícias, salas de reuniões e uma capela. Além disso,
normalmente eram sobrados: no térreo ficava a cadeia e, por vezes, o açougue e o
corpo-da-guarda; no andar superior ficava a casa de câmara e a casa de audiência. Em
geral, o pelourinho1 situava-se no largo a sua frente, ou nas proximidades.

Figura 23 (esquerda). Casa de Câmara e Cadeia de Ouro Preto (MG).


Fonte: 11ª edição da Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, disponível
em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat11_m.pdf>
Figura 24 (direita). Casa de Câmara e Cadeia de Mariana (MG).
Fonte: 11ª edição da Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, disponível
em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/RevPat11_m.pdf>

1
Basicamente uma coluna de pedra colocada num lugar público de uma cidade ou vila onde eram punidos
e expostos os criminosos.
5. Arquitetura Religiosa

A arquitetura religiosa difundida no Brasil colônia refere-se quase que exclusivamente


àquela produzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, única manifestação
oficialmente permitida pela Coroa Portuguesa.

Como vimos anteriormente, os portugueses passaram por algumas dificuldades para


ocupar o território brasileiro no início do século XVI, pois além dos conflitos com os
povos nativos e outras metrópoles que tentavam adentrar no país, tratava-se se uma
área muito vasta para se controlar, havendo recursos limitados e pouca estabilidade
econômica, afetando o processo de colonização e evangelização do gentio.

Em suma, a política portuguesa de ocupação do território gerou um cenário de


arquitetura religiosa composto por duas realidades: "enquanto o litoral abrigou
predominantemente as ordens religiosas, durante os dois primeiros séculos, o interior
recebeu capelas e igrejas laicas, irmandades e confrarias, que não necessitavam as
construções monásticas ou conventuais litorâneas" (MENDES, VERÍSSIMO e BITTAR,
2009, p. 154).

Nesse sentido, em relação às ordens religiosas podemos destacar a presença dos


jesuítas, franciscanos, carmelitas e beneditinos, os quais geralmente dividiam-se
em Ordem Primeira (masculinas) e Ordem Segunda (femininas). De modo geral, as
construções referentes a essa ordens, correspondem a uma primeira fase de ocupação,
nos século XVI e XVII.

Já em relação às ordens leigas, as quais são mais acentuadas a partir do século


XVIII, vemos a presença das ordens terceiras, irmandades e confrarias – tais como a
Ordem Terceira de São Francisco, Ordem Terceira do Carmo, a Santa Casa da
Misericórdia, dentre outras. Estas se tratavam de congregações de fiéis com maior
autonomia, que assumiam o compromisso com trabalhos beneficentes e caridades,
difundindo-se pelo território brasileiro no que convencionalmente considera-se uma
segunda fase do processo de produção de arquitetura religiosa colonial.

Em termos de estilo arquitônico, a arquitetura religiosa colonial brasileira apresenta


uma mistura de diversos estilos. Numa primeira fase podemos apontar o denominado
"estilo-chão" ou "arquitetura-chã", uma fusão de influências tardias
renascentistas com o maneirismo em difusão em Portugal. Essas igrejas
geralmente possuíam um frontão triangular e as fachadas planas e sem ornamentos,
com aberturas e alvenarias de aspecto simples/rudimentar, geralmente marcando os
cunhais (elemento saliente nos cantos das paredes, geralmente com função
estrutural), podendo ter uma ou duas torres laterais; no interior apresentava nave
única de plana retangular, também com poucos elementos decorativos. Possivelmente,
a principal inspiração desse estilo era a Igreja de São Roque em Portugal, de 1553,
pertencente à Companhia de Jesus, ilustrada abaixo:

Figuras 25 e 26. Planta Baixa e Fachada da Igreja de São Roque, em Lisboa (Portugal).
Fonte: <https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/09/22/morfologia-da-igreja-barroca-no-brasil-i/> e
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Roque_(Lisboa)>

Entretanto, muitas das edificações religiosas no estilo-chão foram demolidas


posteriormente e substituídas por outras de maiores dimensões e mais imponentes, de
modo que atualmente restam poucos exemplares das igrejas quinhentistas no país.
Diante de tal lacuna, as pinturas de Frans Post configuram-se como importantes fontes
documentais, sendo uns dos primeiros registros desta tipologia.

Figura 27. Vista de Olinda. Óleo sobre tela de Frans Post.


Fonte: <http://maturicomunicacao.com/testes/job/brasil-holandes/seminario-de-olinda-convento-dos-jesuitas/>
5.1. Igrejas do século XVI e XVII
Durante a primeira fase de ocupação do território brasileiro, a Coroa portuguesa atuou
em parceria com a Igreja Católica. Diante da crise institucional e perda de fiéis graças
à Reforma Protestante, a ordem religiosa da Companhia de Jesus (fundada em
1534) pode ser considerada uma das principais ferramentas da Contra-Reforma para
disciplinar os novos seguidores, implementando seminários e escolas em diversas
localidades. Nesse sentido, o Convento Jesuítico foi um dos conjuntos edificados mais
relevantes, a partir do qual gerou diversos núcleos urbanos relevantes para o processo
de colonização e evangelização no Brasil. Os colégios jesuíticos eram compostos por
uma planta quadrangular com pátio descoberto ao centro, e a igreja para os cultos, em
uma das laterais – nas demais se desenvolvia o colégio em si.

Figuras 28 e 29. Aldeia dos Reis Magos, Espírito Santo.


Fonte: <http://igrejareismagos-serra.blogspot.com/> e (MENDES, VERÍSSIMO e BITTAR, 2009, p. 163).

Figuras 30 e 31. Fachada e Planta da Igreja de Nossa Senhora da Graça, Olinda (PE), antigo Colégio Jesuíta de
Olinda. Nave única, capela-mor e duas colaterais dominando a composição interna – esquema em planta semelhante à
Igreja de São Roque, em Portugal.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_Nossa_Senhora_da_Gra%C3%A7a_(Olinda)> e
<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/09/22/morfologia-da-igreja-barroca-no-brasil-i/>
Figura 32 (esquerda). Igreja dos Santos Cosme e Damião, Igarassu (PE) – considerada a primeira igreja do Brasil.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_dos_Santos_Cosme_e_Dami%C3%A3o>

Figura 33 (direita). Capela Nossa Senhora da Ajuda: o alpendre adjacente à fachada frontal possibilitando a
amenização entre interior e exterior é uma característica identificada nas igrejas do século XVI e XVII, registradas em
pinturas de Frans Post, mas restam poucos exemplares que preservam essa configuração.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_Nossa_Senhora_da_Ajuda>

Por sua vez, no século XVII a difusão da arquitetura religiosa no Brasil colônia
correspondeu a um momento de maior prosperidade econômica, devido à cultura da
cana-de-açúcar. O cenário positivo possibilitou as condições para que as ordens
religiosas continuassem o processo de expansão, também colaborando para isso o
consequente maior interesse da Coroa portuguesa no Brasil.

Nessa fase, portanto, as pequenas igrejas iniciais começaram a ser ampliadas,


remodeladas ou totalmente substituídas por construções mais grandiosas, com
fachadas e interiores mais decorados. A composição das igrejas continuava com sua
clara geometrização, frontões triangulares, austeridade – "sem ornamentação adicional
senão uma marcação da modenatura com pilastra e cimalhas" em cantaria de pedra
(MENDES, VERÍSSIMO e BITTAR, 2009, p. 177).

Figura 34. Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro (RJ, 1633-1798).


Fonte: <hisour.com/pt/monastery-of-st-benedict-rio-de-janeiro-brazil-53424/>
5.1. Igrejas do século XVIII

Durante o século XVIII a Igreja Católica continuou o processo de expansão verificado


anteriormente, mas ao invés da construção de novas edificações, tornou-se cada vez
mais recorrente a reforma e adaptação das edificações religiosas às novas demandas,
ao aumento do número de congregados e às tendências estilísticas que se difundiam
na Europa.

Como vimos no módulo anterior, o século XVIII também é marcado por um momento
de mudança na estratégia de ocupação do território, que passou a se enfocar nos
territórios distantes da costa – especialmente nas regiões de Minas Gerais, graças à
exploração da atividade mineradora. Dessa forma, a riqueza e a opulência passaram a
fazer parte da linguagem de muitas das igrejas, tanto nas capitais litorâneas quanto
nas cidades recentes fundadas a partir dos arraiais; abandonando a simplicidade que
caracterizava a produção religiosa anterior e dando lugar a obras grandiosas.

5.1.1. Difusão do Barroco

Esse contexto brevemente apresentado foi propício para a difusão do Barroco,


iniciado na Europa durante o século XVII. Embora o maneirismo marcasse o momento
inicial da Contra-Reforma caracterizando as missões jesuíticas na segunda metade do
século XVI, posteriormente a arte barroca foi considerada a principal e verdadeira "arte
da Contra-Reforma". Podemos elencar algumas de suas características mais gerais:

• Grandiosidade das formas das construções, • Revestimento integral das superfícies com
com ornamentação abundante – materiais nobres (horror vacui – horror ao
monumentalidade; vazio).
• Desenho variado das plantas-baixas, com • Harmonização de diversas artes e ênfase na
emprego de paredes curvilíneas – representação de personagens bíblicos;
movimento das formas; • Articulação dos espaços criando pontos em
• Formação de espaços cenográficos; perspectiva;

Quadro 1. Características gerais da arquitetura Barroca.


Fonte: Elaborado no autor com base em Oliveira (2014).

Como pode-se notar, muitas dessas características relacionadas à teatralidade, à


opulência da decoração e aos temas representados nas mais diversas formas
de expressão (pintura, talha, azulejos) demonstravam a necessidade da Igreja de
atrair a atenção do espectador, deixando-o num estado de constante alerta e em
contato integral com símbolos da arte cristã que haviam sido negados pelos
protestantes (OLIVEIRA, 2014).
5.1.2. Exemplares

Figuras 35 e 36. Imagem da Capela Dourada, pertencente à ordem franciscana, integrante do complex odo Convento
e Igreja de Santo Antônio, em Recife (PE). Construída em 1696, é apontada como a primeira capela revestida
totalmente com decoração barroca. Sua fachada, no entanto, foi reformada posteriormente adquirindo uma linguagem
própria do estilo Rococó.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Capela_Dourada>

Figuras 37 e 38. Fachada e interior da Igreja e Convento de São Francisco (Salvador, BA), revestida com talha
dourada o que lhe conferiu o título de "igreja mais dourada do Brasil".
Fonte: <https://cronicasmacaenses.com/2019/09/20/igreja-e-convento-de-sao-francisco-a-igreja-dourada-de-salvador-
bahia-parte-1/>

Saiba mais!
"Recebe o nome de TALHA os ornamentos esculpidos por
entalhe numa superfície de madeira, mármore, marfim ou
pedra e muito usados como revestimento da arquitetura".
No Brasil, a talha foi usada principalmente na decoração de
Igrejas Barrocas do século XVIII. Aparece tanto nos altares como
em arcos, cruzeiros, tetos e janelas, recobrindo praticamente
todo o interior da igreja.
[...]
Por vezes, o trabalho de talhe é feito em madeira, que depois
recebe várias cores. É a talha policromada. As talhas mais
exuberantes, porém, são as douradas, isto é, aquelas em que a
madeira é revestida de fina película de ouro [...]".
(PROENÇA. 2000, p. 208)

Figura 39 e 40. Fachada e detalhe da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (Salvador, BA). A Igreja da Ordem
Terceira junto com a Igreja e Convento de São Francisco configuram-se um dos complexos religiosos barrocos mais
significativos do país.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Ordem_Terceira_de_S%C3%A3o_Francisco_(Salvador)>
Dê uma boa olhada nesses exemplares!

Figuras 41 e 42 Planta baixa e fachada da Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar (Ouro Preto, MG). Um ponto também
se notar nas obras barrocos mineiras é a confecção dos elementos decorativos através da PEDRA-SABÃO, um
material abundante na região bem manuseado pelos artesãos e artífices locais.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%ADlica_Menor_de_Nossa_Senhora_do_Pilar_(Ouro_Preto)> e
<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2012/05/09/morfologia-das-igrejas-barrocas-ii/#comments>

Figuras 43 e 44. Planta baixa e fachada da Igreja de São Francisco de Assis (Ouro Preto, MG), é considerada como a
obra prima de Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde, artistas brasileiros que assinam a maioria das obras de talha
e pintura.
Fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Francisco_de_Assis_(Ouro_Preto)> e
<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2012/05/09/morfologia-das-igrejas-barrocas-ii/#comments>

5.1.3. Barroco X Rococó

Apesar de muitos pesquisadores verem o Rococó como uma variante do Barroco, na


realidade eles possuem algumas diferenças básicas. Diferentemente do Barroco,
atrelado em sua origem ao processo de Contra-Reforma; o Rococó religioso não surgiu
com uma ideologia necessariamente vinculada à Igreja, e sim, no âmbito da decoração
de obras civis, sendo uma reação ao excesso ornamental do barroco. O termo rococó
vem do francês rocaille, que quer dizer, "concha", com efeito, um dos elementos mais
distintos do seu repertório é a rocalha (conchas de desenho assimétrico e formas
livres usadas na decoração).
Enquanto o barroco religioso traz uma maior
dramaticidade, o Rococó religioso expressa uma
visão mais serena da fé. Por consequência, a
escala monumental e opulência da decoração (a
qual criava ambientes visualmente pesados) são
atenuadas. A talha dourada fica restrita a alguns
elementos decorativos, destacando-se de fundos
de alvenaria pintada em branco ou em tons
pastéis/claros (azul, amarelo, rosa, bege). As
linhas de curvatura mais bruscas do barroco
tornam-se mais suaves e leves (OLIVEIRA, 2014).

Figura 45. Pintura de Manuel da Costa Ataíde no teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto/MG
(mostrada anteriormente). Barroco e rococó em Minas Gerais eram estilos que coexistiam.
Fonte: <https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/barroco-mineiro.htm>

REFERÊNCIAS

LEMOS, Carlos A. C. História da Casa Brasileira. 2 ed. São Paulo: Contexto, 1996.

MENDES, Chico; VERÍSSIMO, Chico; BITTAR, William. Arquitetura no Brasil: de


Cabral a Dom João VI. Rio de Janeiro: imperial Novo Milênio, 2009.

MOURA FILHA, Maria Berthilde. De Filipéia à Paraíba: uma cidade na estratégia de


colonização do Brasil. Séculos XVI – XVIII. João Pessoa: Superintendência do Iphan na
Paraíba, 2010.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2000.

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. Barroco e Rococó no Brasil. Belo Horizonte:
C/Arte, 2014.

REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo:


Perspectiva, 2006.

VASCONCELLOS, Sylvio de. Arquitetura no Brasil: sistemas construtivos. Belo


Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 1979.

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