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Relatório CC1

Prof.º Ivam Salomao Liboni

Aluno: Olavo Tenório de Farias


R.A.: 511222-51
1. Execução de lajes

Lajes são estruturas que realizam a interface entre pavimentos de uma


edificação, podendo dar suporte a contrapisos ou funcionar como teto.
Geralmente, apoiam-se em vigas, que por sua vez, apoiam-se em pilares e
realizam a distribuição adequada da carga da edificação.
Sua concepção estrutural é de uma placa em que duas dimensões (comprimento e
largura) são muito superiores à terceira, que é a espessura, com cargas
transversais a ela e submetida à flexão.

Os critérios de projeto são a resistência à ruptura e a espessura em si. Lajes mais


esbeltas podem ser seguras à ruptura, mas causam insegurança ao usuário por
conta de flechas muito grandes ou vibrações excessivas.

Quando não são apoiadas sobre vigas, mas apenas sobre pilares, ainda deve-se
contar com o efeito de puncionamento. Para isso, dimensiona-se e constrói-se
capitéis na interface pilar/laje.

Tipos de lajes

Os principais tipos de lajes utilizados são a laje maciça, laje cogumelo, laje
nervurada, laje treliçada e laje alveolar.

Laje maciça
Laje maciça de concreto sendo armada

A solução clássica em lajes é o tipo maciça. É uma placa formada por concreto
armado, responsável por resistir esforços à tração e à compressão. Utiliza-se em
pequenos vãos, onde a espessura de concreto armado em compressão é pequena,
como residências.
Nada impede seu uso em vãos maiores, mas há o inconveniente de aumentar
muito o peso próprio da estrutura e desperdiçar material sem ganho expressivo de
resistência. Por isso, avalia-se outras soluções para edifícios comerciais, grandes
vãos e outros casos.

Para edifícios de estacionamento, por exemplo, valores normativos apontam


espessuras mínimas de 15 cm, o que leva a altos volumes de concreto e
necessidade de reforço no resto da estrutura.

Laje cogumelo
Laje cogumelo

Lajes cogumelo ou lisas são aquelas que possuem um sistema estrutural


diferente. Enquanto que as tradicionais lajes maciças formam um conjunto com
pilares e vigas, as lajes cogumelo possuem apenas pilares e capitéis. A presença
do capitel, que pode possuir diferentes formatos, e sua semelhança com os
cogumelos justificam o nome.
Um sistema estrutural com lajes cogumelo apresenta a vantagem de trazer maior
liberdade de iluminação e ventilação ao pavimento, pois é eliminado o elemento
viga no perímetro do edifício, o que pode permitir que a luz que atravessa a
vedação vertical com vidro alcance mais o interior. Ou ainda, no caso de
estacionamentos (em subsolos ou não), aumentar o limite de altura dos veículos.
O inconveniente está no trabalho maior de execução destes elementos se
comparados ao sistema tradicional com vigas.

Laje nervurada
Laje nervurada

As lajes nervuradas são conjuntos de vigas “T”, podendo haver nervuras em uma
ou duas direções. São fortemente recomendadas quando se deseja vencer grandes
vãos sem pilares e vigas intermediários, dando maior flexibilidade aos ambientes.
Um espaço para escritórios ou várias salas pode ser facilmente remodelado com o
conjunto de laje nervurada e paredes em gesso acartonado.

Podem ser produzidas por meio de formas especiais, ou ainda pelo uso de chapas
de madeirite ou compensado associadas a blocos de EPS (poliestireno
expandido). No caso da forma especial, esta é produzida em material plástico,
com fundo curvo, refletindo, inclusive, em beleza estética do produto final,
agregando valor.

Laje treliçada
Laje treliçada preenchida com blocos cerâmicos

As lajes treliçadas são um dos tipos de lajes pré moldadas. É uma solução que
envolve vigotes em concreto com armaduras no formato de treliça. Sobre eles,
são colocadas tavelas cerâmicas ou EPS. Por fim, recobre-se com uma camada de
concreto.

Quando utilizado EPS, recebem o nome de laje de isopor.

Esse tipo de laje oferece menor peso próprio do que as maciças, além de reduzir a
demanda por formas e, por conseguinte, a geração de resíduos no canteiro de
obras. Também são bastante utilizadas em edificações uni e multifamiliares, por
sua praticidade e economia.

Laje alveolar
Laje alveolar

Assim como as lajes treliçadas, outra solução que envolve pré-fabricados é a laje
alveolar. Seu nome se justifica pela presença de dutos ou alvéolos no interior das
placas pré-moldadas que são utilizadas em sua produção.

Diferentemente de todos os outros modelos, apresenta a vantagem de tornar mais


enxuto o cronograma de execução, melhorando a gestão do empreendimento de
construção.

Grandes edifícios como depósitos e estacionamentos podem ser concebidos com


lajes alveolares. Por um lado, elimina-se a necessidade de cimbramento e, por
outro, é preciso utilizar equipamentos para içar as peças. Caso for ser utilizada
como laje de piso, assim como as treliçadas, é importante fazer contrapiso de
regularização.
2. Execução de contrapiso

Contrapiso é uma camada intermediária, de argamassa ou concreto, entre a


estrutura de uma edificação e o revestimento do piso ou acabamento.
A principal função do contrapiso é regularizar o solo ou a laje de concreto para
que estes recebam o acabamento ou revestimento que o cliente deseja.
Documentos necessários

 Projeto arquitetônico da obra


 NBR 13753 – Revestimento de piso interno ou externo com placas
cerâmicas e com utilização de argamassa colante.

Materiais ou equipamentos que serão utilizados

 Argamassa para contrapiso;


 Cimento;
 Mangueira de nível ou nível a laser;
 Pedaços de cerâmica ou tijolo para fazer as marcações de nível;
 Colher de pedreiro;
 Trena;
 Balde ou lata para colocar água;
 Brocha;
 Desempenadeira;
 Régua metálica;
 Socador manual para compactação do contrapiso;
 Pá;
 Enxada;
 Alavanca;
 Vassoura;
 EPI – Equipamentos de Segurança Individuais.

Método Executivo

Condições para o início do serviço de contrapiso


 Áreas molhadas como banheiros, áreas de serviço, cozinhas e varandas
devem estar impermeabilizadas e prontas para o recebimento
do contrapiso;
 Se existirem pontos de esgotos como ralos, saída de esgoto de vasos
sanitários e lavatórios os mesmos devem estar prontos.

Etapas para execução de contrapiso

 Retirar restos de entulhos, restos de argamassa ou outros materiais


aderidos à base com a alavanca ou outra ferramenta ou equipamento que
possibilite essa ação;
 Realizar o apiloamento da superfície para a regularização de sua base;
 Varrer bem a superfície onde será aplicada o contrapiso eliminando o pó e
outras partículas;
 A partir do nível de referência, transferir os pontos de níveis para todos os
cômodos utilizando-se a mangueira de nível ou o nível a laser. Nesta
etapa, observar os pontos em que o contrapiso será mais alto ou mais
baixo dependendo do cômodo;
 Assentar as taliscas (pedaços de cerâmica ou tijolo) utilizando-se a mesma
argamassa que será utilizada no contrapiso. As taliscas deverão ser
assentadas com distanciamento máximo de 2m, e respeitando os
caimentos nas áreas frias;
 Executar as mestras espalhando com a enxada entre duas taliscas
a argamassa para contrapiso numa quantidade para sobrepor a altura das
taliscas. Em seguida, compactar com o socador manual;
 Com o auxílio da régua de alumínio, nivelar a argamassa excedente até
que a mestra fique no mesmo nível das taliscas. Com a mestra executada
deve-se retirar as taliscas.
 Realizar o procedimento utilizado para as mestras em todo o cômodo e
executar o contrapiso;
 Sarrafear toda a superfície, utilizando régua metálica apoiada sobre as
mestras em movimentos de vaivém, “cortando” a superfície da argamassa
até que seja atingido o nível das mestras;
 Preencher os espaços vazios com argamassa, não se esquecendo de
compactá-las;
 Iniciar o acabamento logo após terminar o sarrafeamento, umedecendo a
superfície com água, utilizando brocha para borrifar por cima do piso.
 Com o auxílio de uma desempenadeira, deixar o contrapiso bem uniforme;
 Em locais onde haja ralos e esgotamento, executar o acabamento da
mesma maneira que o realizado no restante da superfície;
 Terminado o serviço, a área em que foi aplicado o contrapiso deverá ser
isolada e proibido o trânsito de pessoas até que o contrapiso esteja
totalmente curado.

Execução de contrapiso
3. Escoramentos

Durante a construção de um empreendimento, certos vícios e anomalias podem


ocorrer devido à falta de planejamento em relação à interação da estrutura e as
propriedades físicas de seus materiais com os equipamentos e técnicas utilizados
na fase de edificação. Por isso, realizar processos de escoramento e
reescoramento de forma correta é tão importante para a segurança das estruturas.

Lajes e vigas de concreto, por exemplo, podem ser afetadas pelo peso excessivo
dos equipamentos utilizados, bem como pelo rearranjo estrutural das cargas
exclusivas da fase construtiva.

Nesse sentido, é necessário realizar uma série de processos, que abrangem desde
o compartilhamento de informações até a interação entre especialidades de
cálculo estrutural, plano de execução e projeto de escoramento e/ou
reescoramento.

Estas medidas são fundamentais para garantir uma boa performance da estrutura
sem abrir mão da segurança da obra e dos colaboradores, que atuam no canteiro.

ESCORAMENTO E REESCORAMENTO: O QUE SÃO?

Antes de abordarmos mais sobre o papel do escoramento e do reescoramento


para a segurança das estruturas, é importante apresentar os conceitos de cada
termo:

 Escoramento
Conforme a norma ABNT NBR 15.696, escoramento é uma estrutura
provisória auxiliar capaz de suportar e transmitir às bases de apoio da
estrutura do escoramento todas as ações provenientes de cargas
permanentes e/ou variáveis resultantes da aplicação de concreto fresco
sobre as fôrmas horizontais e verticais, até que o concreto se torne
autoportante.
 Reescoramento
De acordo com a NBR 15.696, o reescoramento ou escoramento
remanescente é uma estrutura de caráter provisório, instalada sob uma
estrutura de concreto que ainda não é capaz de resistir às ações resultantes
de cargas permanentes e/ou variáveis.

O reescoramento transmite as cargas para bases de apoio rígidas ou


flexíveis, permitindo que o cimbramento ou o escoramento sejam retirados
com segurança.

A IMPORTÂNCIA DO ESCORAMENTO E DO REESCORAMENTO


A partir do plano de escoramento, são definidas questões essenciais para o
projeto, como a logística de equipamentos necessários, em quais pontos os
equipamentos podem ter apoio, a partir de quais critérios a desforma pode ser
realizada, quais as cargas que o escoramento deve transmitir, entre outras.

Já o projeto de escoramento determina o melhor equipamento para atender aos


requisitos delimitados no plano de escoramento, além de definir se será
necessário executar um reescoramento (escoramento remanescente).

O concreto precisa do tempo necessário para adquirir a resistência ideal. E com o


planejamento correto de escoramento e reescoramento, respeitando todas as
etapas necessárias, é possível assegurar a saúde das estruturas e do
empreendimento como um todo.

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