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CONCRETO PROTENDIDO

Introdução e Fundamentos

Prof. Dra. Tamiris Lanini


email: tlanini@unaerp.br
INTRODUÇÃO

O que você logo pensa quando alguém fala em concreto protendido?

É mais difícil de executar do que o concreto armado?

Porque protender se posso fazer em concreto armado?

É muito caro?

É seguro?

Existem programas de cálculo?

Como consigo aprender sobre esse tema?

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INTRODUÇÃO

CONCRETO

Cimento Agregado miúdo Agregado graúdo Água

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INTRODUÇÃO

CONCRETO

Boa resistência à compressão

Baixa resistência à tração

Comportamento frágil

O concreto é o material estrutural


mais utilizado no mundo. Seu
consumo anual é da ordem de uma
tonelada por habitante.

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INTRODUÇÃO

COMPRESSÃO

TRAÇÃO

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INTRODUÇÃO

CONCRETO ARMADO

ZONA COMPRIMIDA
ZONA TRACIONADA

AÇO

AÇOS PARA CONCRETO ARMADO:


Barras: CA-25 e CA-50.
Fios: CA-60.

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INTRODUÇÃO

Viga com apenas concreto simples Viga em concreto armado

CONCRETO PROTENDIDO?
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INTRODUÇÃO

CONCRETO PROTENDIDO / PRÉ-TENSÃO / PRESTRESSING

Artifício de introduzir em uma estrutura uma estado prévio de tensões de compressão permanentemente
aplicadas para combater as tensões de tração solicitantes limitando-as ou impedindo-as.

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INTRODUÇÃO

FORÇA DO MACACO HIDRÁULICO PUXANDO O CABO

CABO
BAINHA

REAÇÃO DO CABO COMPRIMINDO A VIGA

CABO
BAINHA
ANCORAGEM

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Viga com apenas concreto simples

Viga em concreto armado

REDUÇÃO OU AUSÊNCIA
DE FISSURAÇÃO
Viga em concreto protendido

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INTRODUÇÃO

HISTÓRICO: 1950

A primeira
1928
conferência sobre
Eugene Freyssinet
1924 concreto protendido.
(França)
Eugene Freyssinet + Surgimento da
1912 Publicou o primeiro
(França) cordoalha de fios.
Koenen e Möch trabalho consistente
1886 Empregou a
Evoluíram nas sobre concreto
P. H. Jackson (São protensão para
descobertas sobre as protendido
Francisco – EUA) reduzir o
perdas de protensão,
A primeira menção alongamento de
viabilizando a
em pré-tensionar o tirantes em galpões
continuação dos
concreto de grandes vãos.
estudos sobre o
assunto

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INTRODUÇÃO

HISTÓRICO:

1978

Comité Euro-
Década 1970
Internacional du Béton
Consolidou-se a (CEB/FIP) Publicou o
1953
preferência por cabos Código Modelo para
Publicada a norma protendidos internos, Estruturas de Concreto
alemã de concreto constituídos por Armado e Protendido.
protendido: DIN 4227 cordoalhas ancoradas
individualmente por
meio de cunhas.

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INTRODUÇÃO

1ª Ponte com Segmentos Pré-moldados Protendida: LUZANCY BRIDGE (1946, França)

Projeto de Eugène Freyssinet; Início da obra: 1941; Término da obra: 1946.

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INTRODUÇÃO

Nos Estados Unidos o uso da protensão se deu pela geometria circular, com aplicação em tanques de concreto
protendido.

Entre 1935 e 1963, a empresa Preload Company teria construído em torno de 1000 tanques de concreto protendido.

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INTRODUÇÃO

1ª Obra com Protensão Linear dos EUA: WALNUT LANE MEMORIAL BRIDGE (1951, Philadelphia).

Projeto de Gustave Magnel; Início da obra: 20 de Abril de 1949; Término da obra: 1º de Fevereiro de 1951.

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INTRODUÇÃO

Nos EUA, o uso da protensão não aderente foi iniciada em 1956, por T. Y. Lin, com a construção de lajes
lisas protendidas de escolas no estado de Nevada. Desde então, o uso da protensão se manteve crescente.

BREEN, John E. Prestressed concrete: The state of the art in North America. PCI Journal, 1990.
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INTRODUÇÃO
Typical Structural Floor Plan - Parklane Plaza Condominium, Houston, Texas.

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INTRODUÇÃO

HISTÓRICO: Brasil
1997

Primeiro prédio em
1996
concreto protendido
Cia Siderúrgica
1974 não-aderente
Belgo Mineira lança
Ponte Rio-Niterói
1952 a cordoalha

CSBM inicia a engraxada


1948
produção de
Ponte do Galeão
protendido no Brasil
(Não-aderente
artesanal)

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INTRODUÇÃO

HISTÓRICO: Brasil

Concreto protendido não-aderente: Cordoalha Engraxada


Duplicou a capacidade de produção

1998
18.000 ton/ano
Maior construção em
protendido não aderente 1998 2010 2015
do Brasil

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INTRODUÇÃO
1ª Obra das Américas em 1948: PONTE DO GALEÃO (RJ)

Foi utilizado o sistema de Freyssinet. Todos os cabos, o maquinário necessário e o projeto foram importados da França.
O sistema foi não aderente de forma artesanal.

http://impactoprotensao.com.br/voce-sabia-3/voce-sabia-ponte-galeao/
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INTRODUÇÃO

Em 1952:
• A Cia Siderúrgica Belgo Mineira inicia a produção de protendido no país.
• A Ponte Presidente Dutra (PE) foi a segunda ponte protendida do Brasil e já foi utilizada protensão fabricada no
país.

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INTRODUÇÃO

1974: PONTE RIO-NITERÓI


• 1152 vigas em concreto protendido.
• 43000 cabos de aço.

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INTRODUÇÃO

1996: BELGO BEKAERT inicia a produção de cordoalhas engraxadas no Brasil.

https://www.belgobekaert.com.br/produtos/cordoalha-protendida/
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INTRODUÇÃO

1997: Engenheiros brasileiros aprendem técnicas de protensão nos técnicas nos Estados Unidos.

Os engenheiros Joaquim Caracas, Helder Martins e

Ricardo Brígido viajam aos EUA e fazem parceria

com a ADAPT Corporation.


Impacto

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INTRODUÇÃO
Primeiras obras do Brasil com cordoalha engraxada: Torre Santos Dumont, Fortaleza (1997)

Fonte: Joaquim Caracas.


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INTRODUÇÃO
Primeiras obras do Brasil com cordoalha engraxada: Edifício Iate Plaza , Fortaleza (1997)

Fonte: Sérgio Carvalho.


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INTRODUÇÃO
Primeiras obras do Brasil com cordoalha Vitória, ES (1998)

Fonte: Sérgio Carvalho.


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INTRODUÇÃO
1998: Hotel Blue Tree – Brasília, DF. Primeira grande obra do Brasil cordoalha engraxada

Fonte: Sérgio Carvalho.


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INTRODUÇÃO
Fortaleza:

98% dos empreendimentos lançados em Fortaleza utilizam protensão não-aderente

Fonte: Joaquim Caracas (Coopercon).


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INTRODUÇÃO
Sistema de
Por que utilizar protensão na estrutura? Peças mais
fôrmas
esbeltas
otimizado

Ausência Menor
ou redução peso
da próprio da
fissuração estrutura

Emprego
de aços de Menores
alta deformações
resistência
Menor
quantidade
de aço

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INTRODUÇÃO
Por que utilizar protensão na estrutura?

PEÇAS MAIS ESBELTAS

CONCRETO ARMADO CONCRETO PROTENDIDO

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INTRODUÇÃO
Por que utilizar protensão na estrutura?

MENOR O PESO PRÓPRIO DA ESTRUTURA

CONCRETO ARMADO CONCRETO PROTENDIDO

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INTRODUÇÃO
Por que utilizar protensão na estrutura?

MENORES DEFORMAÇÕES

CONCRETO ARMADO CONCRETO PROTENDIDO

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INTRODUÇÃO
Por que utilizar protensão na estrutura?

MENOR QUANTIDADE DE AÇO

CONCRETO ARMADO CONCRETO PROTENDIDO

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INTRODUÇÃO

Fonte: Joaquim Caracas (Coopercon).


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INTRODUÇÃO
Por que utilizar protensão na estrutura?

EMPREGO DE AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA

CONCRETO ARMADO CONCRETO PROTENDIDO

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INTRODUÇÃO
Por que utilizar protensão na estrutura?

AUSÊNCIA DE FISSURAÇÃO

CONCRETO ARMADO CONCRETO PROTENDIDO

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INTRODUÇÃO
Por que utilizar protensão na estrutura?

SISTEMA DE FORMA OTIMIZADO

CONCRETO ARMADO CONCRETO PROTENDIDO

O conjunto fôrmas e escoramentos chega a representar 45% dos custos da estrutura de obras predias (NAKAMURA, 2014).
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INTRODUÇÃO

Fonte: Joaquim Caracas.


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INTRODUÇÃO
Protender é mais caro?

Fonte: Joaquim Caracas.


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INTRODUÇÃO
Protender é mais caro?

A produtividade da mão de obra vai depender do sistema construtivo.


Fonte: Joaquim Caracas.
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INTRODUÇÃO

Fonte: Joaquim Caracas.


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INTRODUÇÃO

Fonte: Joaquim Caracas.


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INTRODUÇÃO

Sistema PAVPLUS.

Fonte: Joaquim Caracas.


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INTRODUÇÃO

Fonte: Joaquim Caracas.


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INTRODUÇÃO
Protender é mais caro?

Fonte: Joaquim Caracas.

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INTRODUÇÃO
Protender é mais caro?

Fonte: Joaquim Caracas.


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E comparando concreto armado e protendido? Protender é mais caro?
RESIDENCIAL VERSATILE: Planta de Fôrmas em Concreto Armado

Lajes maciças de
13 e 18 cm
apoiadas em vigas
altas em concreto
armado.

Fonte: Sérgio Carvalho.


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E comparando concreto armado e protendido? Protender é mais caro?
RESIDENCIAL VERSATILE: Planta de Fôrmas em Concreto Protendido

Laje treliçada
protendida h = 28
cm (20+8) com
inter-eixo de 50
cm e EPS de 40
cm x 20 cm. Obs:
Retiradas algumas
vigas altas.

Fonte: Sérgio Carvalho.


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E comparando concreto armado e protendido? Protender é mais caro?
RESIDENCIAL VERSATILE

Fonte: Sérgio Carvalho.


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E comparando concreto armado e protendido? Protender é mais caro?
DB HIPERMERCADO

Fonte: Sérgio Carvalho.


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E comparando concreto armado e protendido? Protender é mais caro?
ICON JARDINS

Fonte: Sérgio Carvalho.


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INTRODUÇÃO

E então... Protender é mais caro?

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INTRODUÇÃO
Quais as desvantagens do emprego do concreto protendido?

• Controle rigoroso e necessidade de mão de obra especializada;


• Uso de elementos específicos: bainhas, cabos, entre outros;
• Maior condutibilidade de calor e som;
• Peso final relativamente alto se comparado à madeira e aço;
• Necessidade de escoras e tempo de cura para peças moldadas in loco.

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FUNDAMENTOS

PRÉ-
Concreto pré-
TRACIONADO moldado
(fios aderentes)

MODALIDES DO CP
Com aderência
Pontes, viadutos
posterior
PÓS-
TRACIONADO
Edificações
Sem aderência comerciais e
residenciais

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FUNDAMENTOS
CONCRETO PROTENDIDO PRÉ-TRACIONADO

PROCESSO:

1. Fios previamente esticados na pista de protensão;


2. Aço ancorado nas pontas em anteparos rígidos;
3. Lançamento do concreto;
4. Retirada do sistema provisório de ancoragem, após o concreto ter
atingido resistência satisfatória.

Vantagens: Dispensa bainhas, ancoragens e injeção;


Não há perda por atrito.
Desvantagens: Os cabos são retos ou poligonais.
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10023146.pdf
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Pista de protensão em fábrica de pré-moldados.
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Sistema de ancoragem provisória.
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Confecção dos alvéolos das lajes.
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FUNDAMENTOS
CONCRETO PROTENDIDO PÓS-TRACIONADO COM ADERÊNCIA POSTERIOR

http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10023146.pdf
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Montagem dos cabos aderentes em vigas de ponte.
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Ancoragens ativas e colocação das cunhas.
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Cunha tripartida.

Ancoragens ativas e colocação das cunhas.


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Macaco para protensão com aderência posterior.
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Efetuando a protensão.
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Suporte para apoio do macaco.
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Protensão.
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Tubo para injeção da nata de cimento.
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Tubo para injeção da nata de cimento.
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Tubo para injeção da nata de cimento e macaco hidráulico.
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Laje protendida aderente.
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Laje protendida aderente.
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FUNDAMENTOS
CONCRETO PROTENDIDO PÓS-TRACIONADO SEM ADERÊNCIA

http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10023146.pdf

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FUNDAMENTOS
CONCRETO PROTENDIDO PÓS-TRACIONADO SEM ADERÊNCIA
Tipos e propriedades das cordoalhas engraxadas

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Cordoalha engraxada e acessórios.
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Ancoragem, capa, cunha e pocket former.
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Preparação da forma para colocação dos cabos.
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Posicionamento das placas.
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Ancoragens passivas.
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Posicionamento das cordoalhas em laje plana.
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Marcação.
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Protensão.
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Conferência do alongamento.
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Inovações.
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FUNDAMENTOS
NÍVEIS DE PROTENSÃO

1. Protensão Completa;
TIPO DE CONSTRUÇÃO
2. Protensão Limitada;
CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL
3. Protensão Parcial.

Próximas aulas

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS : AÇOS DE PROTENSÃO

• São identificados pela sigla CP (concreto protendido) seguida do valor, em kN/cm2, da tensão aproximada
de ruptura do aço que compõem cordoalha, cordões ou fio.
• Adiciona-se à denominação as siglas RN ou RB indicando se o aço é de relaxação normal ou baixa.

Relaxação do aço Perda de tensão (∆σpr ) sob deformação constante

Relaxação normal (RN): ∆σpr pode atingir cerca de 12% da tensão inicial (∆σpi );
Relaxação baixa (RB): ∆σpr ≤ 3,5% ∆σpi .

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS : AÇOS DE PROTENSÃO

Módulo de elasticidade na ordem de 200000 MPa, identificado pelo fabricante.

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS : AÇOS DE PROTENSÃO

As categorias de aço produzidas no Brasil são: CP145RB, CP150RB, CP170RN, CP175RB, CP175RN, CP190RB e
CP210 RB. . Podem ser fornecidos em barras, fios, cordões e cordas (cordoalhas). A classificação de cada um pode ser
dada por:

BARRAS: elementos fornecidos em segmentos retos com comprimento normalmente compreendido entre 10 e 12 m.

FIOS: elementos de diâmetro nominal não maior que 12 mm cujo processo de fabricação permita o fornecimento em
rolo, com grande comprimento, devendo o diâmetro do rolo ser pelo menos igual a 250 vezes o diâmetro do fio.

CORDÕES: Os grupamentos de 2 ou 3 fios enrolados em hélice com passo constante e com eixo longitudinal comum.

CORDOALHAS: Grupamento de pelo menos 6 fios enrolados em uma ou mais camadas, em torno de um fio cujo
eixo coincida com o eixo longitudinal do conjunto. Na prática costuma-se designar as cordas por cordoalhas.

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS : AÇOS DE PROTENSÃO

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS : AÇOS DE PROTENSÃO

NBR 6118:2014: o diagrama tensão-deformação deve ser fornecido pelo fabricante ou obtido através de ensaios
realizados segundo a NBR 6349.
fpyk : resistência característica de escoamento;
fptk: resistência característica de ruptura;
uk :alongamento após ruptura das cordoalhas
Os três devem satisfazer os valores mínimos estabelecidos na NBR 7483.
Os valores de fpyk, fptk e do alongamento após ruptura uk dos fios devem
atender ao que é especificado na NBR 7482.

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS: SISTEMAS DE PROTENSÃO

Os sistemas ou processos de protensão são patentes desenvolvidas ou de posse de empresas que fornecem peças
básicas para a construção de elementos em concreto protendido e referem-se normalmente à protensão com aderência
posterior.

• Entende-se por peças básicas os dispositivos de ancoragem da armadura ativa, bainhas (quando for o caso),
macacos para a distensão da armadura e bombas para a injeção de calda de cimento e, portanto necessários para o
uso da protensão posterior a concretagem com ou sem aderência.

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS: BAINHAS

Fabricadas em aço e costuradas em hélice. *pós-tração com aderência

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS: MACACO HIDRÁULICO

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS: NATA DE CIMENTO

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS: SISTEMAS DE ANCORAGEM

Cunhas de aço (elementos do gênero macho) bi ou tri-partidas e blocos e placas de aço (elementos do gênero fêmea).

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FUNDAMENTOS

MATERIAIS EMPREGADOS: SISTEMAS DE PROTENSÃO

o Uniões para emenda de cabos, purgadores e outros materiais constituem


os chamados sistemas de protensão (protegidos por patente), como
Freyssinet, Dywidag, VSL, BBRV, Rudloff, Tensacciai, entre outros.

Ancoragens ativas da Rudloff


em uma extremidade da viga.
(Bastos, 2018)

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INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS

BASTOS, P. S. S. FLEXÃO NORMAL SIMPLES – VIGAS. 2019. 79 p. Notas de aula. Universidade Estadual
Paulista.

CARVALHO, R. C.; FIGUEIREDO FILHO, J. R. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto


armado: segundo a NBR-6118:2004. 4. ed. São Carlos: EdUFSCar, 2015. 415 p.

FUSCO, P. B. Técnica de armar as estruturas de concreto. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Pini, 2013. 395 p.

Pinheiro, Libânio M. FUNDAMENTOS DO CONCRETO E PROJETO DE EDIFÍCIOS. 2007. Notas de


Aula. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, Escola De Engenharia De São Carlos.

LEONHARDT, F.; MONNIG, E. Construções de concreto. Rio de Janeiro, RJ: Interciência, 2007-2013. 6 v.

REBELLO, Y. C. P. Estruturas de aço, concreto e madeira: atendimento da expectativa dimensional. 7. ed.


São Paulo, SP: Zigurate, 2005. 373p.

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CONCRETO PROTENDIDO
Introdução e Fundamentos

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