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Reacções
Saponificação
O sabão, e seus derivados, são produtos comuns no dia-a-dia. Estes podem ser adquiridos em
superfícies comerciais e a sua fabricação é um processo industrial importante. No entanto, no
passado, muitas pessoas faziam o seu próprio sabonete. Nos últimos anos a produção de sabonete
artesanal tem ganho interesse por parte dos consumidores. O sabão é produzido quando uma
gordura, ou óleo, passa por um processo químico chamado saponificação.
Reza a lenda que a palavra sabão remonta à antiga Roma. No Monte Sapo, uma colina onde
decorria o sacrifício de animais, a gordura animal e as cinzas, com chuva, desciam a montanha
produzindo uma água que era usada para lavar roupas. Contudo, há pouco evidências que
sustentem esta lenda.
Plínio, o Velho, no século I d.C, na referência escrita mais antiga, descreveu a preparação do sapo
a partir de gordura de cabra e cinzas de madeira, atribuindo a invenção aos gauleses. Estes usavam
o produto para tratamento capilar e não para banho ou limpeza. Tal método era também utilizado
por tribos germânicas, contemporânea de César, onde ferviam sebo de cabra com lixívia potássica,
obtida a partir de cinzas de madeira. Desta forma não mais estavam que a fazer uso da mesma
reação que os fabricantes de sabão moderno, mas numa escala menor.
Existem ainda referências históricas que podem ser encontradas em antigos artefactos babilónicos
e egípcios que datam de 2500 a.C. A produção de sabão está também associada à América. O
sabão era produzido através da fervura de gordura com uma solução concentrada de potássio
(carbonato de potássio) extraído de cinzas de madeira com água quente. As soluções de carbonato
de potássio são cáusticas, fortemente básicas e irritantes para a pele e os olhos. O sabonete feito
desta forma era suscetível de conter carbonato de potássio em excesso (não reagido) e, portanto,
Por definição, saponificação, é a hidrolise básica de um ácido gordo. Neste caso, a saponificação
envolve a reação de triglicéridos – gorduras e óleos vegetais – com hidróxido de sódio ou potássio.
Os triglicéridos são ésteres contendo três grupos de ácidos gordos ligados através de ligações
ésteres a uma molécula de glicerol (Fig. 1). Da reação com um triglicérido e uma base forte,
resultam sais de sódio ou potássio de ácidos gordos e glicerol (Fig. 2).
Na sua maioria, as gorduras e óleos contêm na sua estrutura diferentes comprimentos de cadeias
de carbono dos ácidos gordos. Os ácidos gordos mais comuns apresentam 12 a 18 átomos de
carbono, podendo ter ou não ligações duplas (C=C). Os ácidos gordos insaturados e poli-
insaturados contêm uma ou mais ligações duplas C=C, respetivamente, nas suas estruturas,
enquanto os ácidos gordos saturados não contêm ligações duplas C=C.
Molécula de sabão
Grupo apolar
Solução aquosa
O sabão pode ser produzido a uma escala artesanal e reduzida. Com referido anteriormente, este
é baseado na saponificação direta da gordura, isto é, na reação da gordura com a base, formando
o sabão e glicerina. Industrialmente, o sabão pode ser produzido por saponificação alcalina
A parte central da instalação integrada Binacchi MPSD é o reactor Multiblade (Fig. 5). Um reator
vertical revestido com agitador multilâmina rotativo é alimentado com a emulsão formada no
turbomixer. A mistura intensa das matérias-primas é promovida pelo agitador multilâmina
combinado com recirculação de alto volume de sabão, garantindo uma saponificação completa de
todos os tipos de matérias-primas. O sabonete de base húmida, totalmente saponificado, é
descarregado pelo topo do reator [3].
Por outro lado, numa instalação de saponificação SAS (Fig. 6) com reatores JET e Three-Stage
(Fig. 7 e 8), todas as matérias-primas e vapor são alimentados ao reator JET, que alimenta a
emulsão formada à primeira câmara do reator atmosférico de três compartimentos. Um parafuso
de homogeneização mecânica alimenta a segunda câmara. O reator de três compartimentos
completa a saponificação no segundo e terceiro, enquanto a massa é misturada com um parafuso
homogeneizador e vapor. Se for necessária mais homogeneização, o sabão pode ser recirculado.
O sabão é alimentado a partir do fundo do terceiro compartimento e arrefecido num um rolo frio
ou seco por spray-dryer [3].
2. OBJETIVO
Neste trabalho, proceder-se-á à produção de sabão a partir de várias gorduras e óleos vegetais,
avaliando a influência do catalisador no processo, e a natureza da própria gordura e óleos vegetais,
entendendo as alterações químicas e estruturais que ocorrem nos óleos vegetais e gorduras durante
o processo de saponificação.
Homogeneizador
Termopar
Placa de aquecimento
MATERIAL E REAGENTES
- Proveta graduada de 50 mL
- Copo de precipitação de 100 mL
- Balaão volumétrico de 500 mL
- Balança
- Termômetro
- Placa de aquecimento com termopar
- Homogeneizador
- papel indicador universal de pH
- Molde
- Amostra de sabão comercial/detergente
- Gordura/óleos vegetais
2. Aqueça 50 g de gordura/óleo vegetal num copo de precipitação de 100 mL, numa placa
de aquecimento com termopar até 80-90 °C. (escolher uma gordura/óleo vegetal saturada,
uma insaturada, e usar óleo vegetal usado)
5. Continue a agitar a mistura por aproximadamente 25-30 minutos. A mistura deve espessar.
Caso não suceda, passados 30 minutos, deixe repousar por 3-5 minutos e, em seguida,
agite novamente por alguns minutos.
6. Deixe a mistura num molde, até à aula seguinte, para o sabão curar e endurecer.
8. Coloque uma gota de água na parte superior da mistura espessada, e teste o pH do sabão
com um pedaço de papel indicador de pH universal, se necessário use água para auxiliar
6. REGISTO DE LEITURAS
2. Ler a variação do valor de pH com uma fita de pH, qualitativamente, ao longo de uma
semana
Resumo
• Contextualização
• Objetivo do trabalho
• Identificação dos óleos vegetais e gorduras usadas, bem como dos catalisadores
• Principais resultados e conclusões
Parte Experimental
• Reagentes utilizados
• Descrição do procedimento e alterações ao mesmo
• Enumeração dos ensaios realizados
Resultados e Discussão
• Mecanismo reacional
Conclusões
8. REFERÊNCIAS
[1] Making Soap, in: Laboratory Experiments for General, Organic and Biological Chemistry,
1-8. 2015
[2] R. Morrisson, R.Boyd, Química Orgânica, 6th Ed., Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa,
1996.
[3] L. Spitz, Semi-Boiled and Integrated Saponification and Drying Systems, in: Soap Manuf.
Technol., Elsevier, 2016: pp. 117–132. https://doi.org/10.1016/B978-1-63067-065-8.50006-
2.