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E-mail : cristiano_renato_28@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO
O sabão, de forma geral, é o resultado da reação química entre uma base (soda
cáustica ou potassa cáustica) e algum ácido graxo, sendo obtido a partir de gorduras (de boi,
de porco, de carneiro, etc) ou de óleos (de algodão, de vários tipos de palmei-ras, etc.). Na
primeira hipótese (soda cáustica), são obtidos sabões duros, apropriados para formarem barras
e pedaços; na segunda, sabões moles, ou mesmo líquidos.
O aparecimento do sabão se deu em data incerta, já que as informações sobre o
fato são tão variáveis que abrangem um período que se estende por quase dois milênios, a
partir de 2.500 antes de Cristo. Uma das versões a respeito dessa descoberta diz que cerca de
600 anos antes de Cristo os antigos fenícios ferveram gordura de cabra com água e cinzas de
madeira, produzindo dessa forma uma mistura pastosa com a qual limpavam o corpo.
Segundo esse relato, o produto sólido só foi criado no século 7, quando os árabes
inventaram o chamado processo de saponificação, que em linhas gerais significa a
transformação das substâncias gordas nesse tipo de produto solúvel em água. Mais adiante os
espanhóis adicionaram o azeite de oliva para perfumá-lo, mas até então, na Europa, ele só, era
conhecido pela nobreza de poucos países.
O sabão caseiro é uma alternativa mais inteligente de reciclagem que temos na
nossa sociedade atualmente. Reaproveitando o óleo usado, que viraria mais poluição nos
lixões ou nos esgotos, essa produção de sabão em pó, caseira, fazem com que possamos
economizar com produtos de limpeza, é mais econômico e evita o lançamento de óleo na rede
de esgoto, além do mais pode ser uma fonte de renda, se feito profissionalmente.
O óleo de cozinha é, apesar de não parecer uma das formas mais perigosas de
poluição nas águas. Por não ser mistura e ser extremamente complexo de se retirar da água,
além de afetar o nível de entrada de luz solar, o que fazia com que o plântoc, base da cadeia
alimentar marinha, não se desenvolva corretamente.
Sendo assim, o óleo de cozinha nunca deve ser jogado no esgoto doméstico, pois a
dificuldade de retirá-lo das águas depois que ele chega lá é enorme. Existem pontos de coleta
de óleo de cozinha usado, que acabam indo para as indústrias de sabão, sejam maiores ou
menores, ou seja, destino do elo usado acaba sendo, de uma certa ou de outra forma, virar
sabão.
Antes de tudo, o sabão caseiro é muito mais barato do que comprar o sabão de
forma tradicional, além de oferecer a vantagem de você ainda poder personalizar o seu sabão
com a sua essência favorita e dar a ele o aspecto e cor que você preferir. Além do mais, o
processo é simples, e não exige uma quantidade absurda de maquinário.
Baseado em todas essas informações, iremos produzir o sabão em pó, através do
óleo de cozinha usado, isso, além de reduzir a possível poluição ao meio ambiente que seria
causado pelo possível descarte irregular do mesmo, produzimos um sabão que seja menos
nocivo a saúde das pessoas, visto que o que são produzidos nas indústrias, levam grande
quantidade de produtos químicos, prejudiciais não só as pessoas, mas também ao meio
ambiente.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Atualmente, a reciclagem de resíduos vem ganhando espaço cada vez maior, não
simplesmente porque os resíduos representam matérias-primas de baixo custo, mas
principalmente, porque os efeitos da degradação ambiental decorrente de atividades
industriais e urbanas estão atingindo níveis cada vez mais alarmantes. Neste contexto, vários
projetos de reciclagem têm sido bem sucedidos no MERCUSUL e dentre eles destacam-se o
aproveitamento de papel, plásticos, metais, óleos lubrificantes automotivos e industriais, soro
de leite, bagaço de cana entre outros (ZANETI et al., 2009).
3. DESCRIÇÃO
O sabão em pó é um produto de limpeza que faz parte do dia a dia de uma grande
parcela da população, já que é utilizado para facilitar a lavagem das roupas das pessoas. Trata-
se de um produto que veio substituir o sabão em barra, já que, no processo de lavagem em
geral, as pessoas tinham o hábito de esfregá-lo nas roupas.
Materiais como tensoativos catiônicos, agentes sequestrantes, alvejantes e
bloqueadores ópticos fazem parte da composição química do sabão em pó.
Tensoativo aniônico (como alquil benzeno sulfonato de sódio e alquil éter
sulfonato de sódio). Eles se unem à molécula de gordura e também à da água, retirando,
assim, a gordura do tecido;
Enzimas: Lipases e proteases são utilizadas com o objetivo de auxiliar na
remoção de manchas. Isso acontece porque, quimicamente, as enzimas são catalizadores
bioquímicos que promovem a transformação de moléculas complexas em moléculas mais
simples. Assim, moléculas menores podem ser removidas de forma mais fácil das roupas;
Alvejante (Perborato de Sódio): Ele age por oxidação, redução ou ação
enzimática. Em água, produz o peróxido de hidrogênio, que é um poderoso agente oxidante.
Eles reagem quimicamente com o pigmento da roupa, modificando a estrutura e resultando
em uma mudança de coloração;
Bloqueadores ópticos: são substâncias que absorvem a radiação ultravioleta
ou luz ultravioleta e, logo em seguida, emitem uma luz azul fluorescente, mascarando, por
exemplo, a coloração amarelada da roupa;
Fragrâncias: São essências utilizadas para deixar um odor agradável nas roupas após o
processo de lavagem. Vale ressaltar que as fragrâncias são essências (pertencem à função
éster);
Corantes: Substâncias utilizadas para dar cor ao produto;
Agentes sequestrantes e quelantes: O EDTA (ácido etilenodiamino tetra-
acético) é um exemplo de sequestrante. Eles interagem com os íons cálcio, magnésio e ferro
presentes principalmente na água dura, não permitindo a interação de nenhum componente de
ação de limpeza, como o tensoativo.
3.3. Processo
3.3.1. O local onde será implantado o processo e suas instalações será na casa de um
dos membros de nossa equipe, o Eduardo.
3.3.2. Os principais equipamentos a serem utilizados para a formação do nosso
produto são:
a. Uma panela grande de alumínio para a mistura de todos os insumos;
b. Fogão, que é o equipamento principal do processo;
c. Colher grande, para fazer a mistura dos insumos.
3.3.
3.3.1.
3.3.2.
3.3.3. Fluxograma do processo
Processo de
Definir qual produto Sabão em pó
produção do
a ser produzido produzido
produto
Criação de parcerias
Obtenção dos Distribuição e venda
para obtençao do
insumos nos comércios
insumos
840 mL de Óleo
114,24 g de NaOH
9 g de Anil
45 g de Sabão
1 Kg de Sabão em Pó
Processo
( produção )
OBJETIVO:
Esta normas tem por objetivo estabelecer as definições, classificações e
características de composição a serem atendidas pela sabão em pó e os demais produtos
adicionados, destinados a higienização e limpeza de superfície e preservação do meio
ambiente.
ALCANCE:
INGREDIENTES
* ÓLEO RESIDUAL;
* SODA CAÚSTICA;
*ANIL;
* AROMATIZANTE;
1.
2.
3.
3.1.
3.2.
3.3.
3.4.
3.4.1.
3.4.2. Requisitos de qualidade do produto
Análise realizada no processo de fabricação do sabão em pó a base do insumo de
óleo residual de cozinha, para verificar se foram produzidos em conformidade com os padrões
sanitários exigidos. A fiscalização é necessária já que fora dos padrões, esse produto pode
causar sérios danos à saúde, como queimaduras, problemas respiratórios, irritações e graves
intoxicações.
Entre os testes realizados, estão análise da rotulagem e do aspecto do produto e
sua identificação. Os testes determinam, ainda o PH do produto pra saber se está ácido,
neutro, ou básico e o teor de várias outras substâncias presentes nos aldeídos totais,
formaldeídos, glutarodeídos, tensoativos iônico e catiônico bactérias e fungicidas entre outros
para identificar a eficácia do produto. E pesquisas de patógenos, para detecta presença de
bactéria que transmite doenças.
A análise é realizada a pedido de órgão da vigilância sanitária através de
convênios com unidades de atendimento, exames de solicitação deve ser encaminhada para
vigilância sanitária a qual cabe acionar o serviço em caso do consumidor se sinta lesado, ligar
para vigilância sanitária, que solicitará o produto denunciado ou enviará um fiscal ao local
para coleta de amostra do produto.
Mas informações na unidade de atendimento pelo serviço ao cliente do Funed
(SAC) ou enviando mensagens através do fale conosco.
3.4.3. Análises físicas ou químicas necessárias para garantir a qualidade
do produto/processo
Densidade:
A densidade pode variar pelo acréscimo de matéria ativa, eletrólitos, presença de
álcool e éter em detergentes. Pode ser medida por um densímetro ou através da obtenção do
valor da massa em balança analítica ou semi-analítica e o volume. Utiliza-se a fórmula d=
m/V.
Índice de espuma:
A espuma como a viscosidade não tem influência no poder de limpeza, porém,
comercialmente é importante e dependendo da aplicação do detergente pode tornar-se fator
decisivo. Detergentes para máquinas de lavar louça e roupa, normalmente não devem fazer
muita espuma. O índice de espuma pode ser medido através de métodos que façam o meio
contendo uma determinada quantidade de detergente ser submetido a uma determinada e
controlada agitação num determinado tempo, sendo medido na sequência, o volume de
espuma formada. A altura de espuma pode também ser medida em condição dinâmica, como
por exemplo, em SANCTIS, onde foi determinada a espuma, utilizando-se um equipamento
onde uma solução aquosa de 0,2 g/l, na temperatura de 25° C, foi recirculada de um recipiente
e forçada a passar através de um tubo de pequeno diâmetro (0,6 cm) para gerar um jato que
cai sobre a superfície da solução formando a espuma. A altura da coluna de espuma é medida
até atingir o topo do recipiente (100 mm). São medidas as alturas de espuma inicial (tempo 0)
e nos tempos de 15, 30, 60, 120 e 300 segundos.
Outros índices analíticos:
SANCTIS ainda descreve outros índices analíticos utilizados em seus estudos, tais
como: detergência - avaliada em tergotômetro utilizando-se o método ASTM D 3050 - 75,
que compreende a lavagem de tecidos sujos padrões EMPA 101 (tecido de algodão
impregnado com sujeira de óleo de oliva e negro de fumo) em solução de concentração de 0,2
g/l e temperatura de 25° C, com determinação da quantidade e de sujeira removida através de
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http://www.respostatecnica.org.br 19 medidas de refletância feitas antes e depois da lavagem
dos tecidos utilizando-se um refratômetro. O ponto de turvação dos tensoativos, determinado,
por exemplo, pela temperatura de turvação de uma solução aquosa a 1% e de uma solução a
20% em solução de Butildiglicol (EBDG) a 25%. Tensão superficial dos tensoativos -
avaliada em diferentes concentrações da solução aquosa a 25° C. Foi utilizado no estudo de
SANCTIS, o método do anel (DU NOÜY), ASTM D 1331 – 56 e equipamento Dynometer, o
qual proporciona a medida da força necessária para desprender o anel da superfície do líquido.
BALANÇO HIDROFÍLICO – LIPOFÍLICO – HLB
Os tensoativos também podem ser classificados conforme seu HLB (Balanço
hidrofílico lipofílico), numa escala de 0 (totalmente lipofílico) a 20 (totalmente hidrofílico). O
HLB é calculado a partir da estrutura da molécula, sendo este, um número que expressa a
relação entre os grupos polares e apolares existentes na molécula do tensoativo. A função do
HLB é auxiliar a selecionar o tensoativo conforme a aplicação requerida
Valor HLB x Aplicabilidade
3 ___ 6 Emulcionante
Água e Óleo A/O
7 ___ 9 Umectantes
8 __ 18 Emulcionantes
Óleo e Água O/A
11 __ 15 Detergentes
15 __ Solventes
18
TESTE DE ACEITAÇÃO:
FORMULAÇÕES DE DETERGENTES
A produção de saneantes é regulamentada, devendo os mesmos serem produzidos e
disponibilizados ao mercado consumidor dentro de padrões pré-estabelecidos, estando eles
listados no item legislação deste dossiê. A título ilustrativo, apresenta-se a seguir, algumas
formulações encontradas na bibliografia estudada. Atenção: as formulações listadas são só
orientativas e dependem de testes e de registro no Ministério da Saúde por conta do produtor.
Sugere-se que a empresa e ou empreendedor iniciante procure um fornecedor de matéria-
prima que lhe auxiliará na formulação, bem como um técnico químico da área.
Detergente em pó 1 - Ácido sulfônico 22% 2 - Sulfato de sódio 20 Kg 3 -
Tripolifosfato de sódio 12 Kg 4 - Silicato de sódio 13,5 Kg 5 - Carboximetilcelulose 2 Kg 6 -
Alvejante óptico 100 g 7 - Aromatizante 200 g 8 - Formol em lentilhas 100 g Proceder a uma
simples mistura, obedecendo a ordem dos constituintes, homogeneizando bem.
APLICAÇÃO DO FEEDBACK:
Após a finalização dos testes e resultados, devem ser tabuados de forma a comprar
as informações que farão parte do relatório.
RELATÓRIO FINAL:
CONCLUSÃO:
Processamentos que proporcionará identificar problemas, melhorias, sugestões,
esperando sempre atingir os objetivos dos usuários, possibilitando melhores resultados e
contribuir efetivamente para melhoria do produto, garantindo assim um bom nível de
qualidade de nossos produtos.
REFERÊNCIAS
eCycle: sua pegada mais leve, Sabão em pó tem muitos aditivos e é o tipo mais poluente.
Disponível em:
< https://www.ecycle.com.br/component/content/article/63-meio-ambiente/2309-sabao-em-
po-lavar-roupa-lavagem-o-que-e-constituicao-tensoativo-compostos-fosfato-apolares-
gordura-riscos-eutrofizacao-enzimas-clarificantes-espuma-cloro-consequencias-alternativas-
caseiro.html>. Acesso em 30 de março de 2018.