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Curso de Pintura Industrial
Descritiva do Curso
Distância e presencial:
O curso é dividido em 2 módulos, conforme veremos a seguir. Modulo 1 de
60 horas presenciais ara pessoas que já tem experiência mínima de 01 ano
no setor de pintura; Modulo 1 para pessoas que não tem experiência no
setor de pintura onde curso e dividido em Presencial e a Distancia com
duração de 200 horas.
Entrega material
O material do curso e disponibilizado no ato da matricula, para matriculas
presenciais, para alunos a distancia, o material didático será disponibilizado
em arquivo divitas, PDF, e aulas e vídeo aulas via acesso exclusivo pelo site
da prestadora de serviço.
DOCUMENTO DE REFERÊNCIA
Norma ABNT NBR 16378- 2015- Critérios para Qualificação e Certificação de pintores
Industriais, Jatista e Hidrojatista.
DEFINIÇÕES
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Exame de Qualificação
Procedimento teórico e prático com 01 prova em cada modulo: Teórico; Prático.
Reexame
No caso de reprovação em qualquer dos módulos (teórico ou prático) o candidato poderá
solicitar até 02 provas em qualquer dos módulos, sem necessidade de refazer o modulo
aprovado, no caso de solicitar a terceira prova, precisará refazer as 02 provas
novamente, refazer o processo de qualificação.
Cancelamento de Certificação
Em caso de fraude em qualquer dos procedimentos ou documentação será cancelada o
procedimento de certificação do mesmo.
Pintores Nível 2
Contando com corpo técnico bem sólido e estruturado, ajudando a melhorar a qualidade
de serviços e na formação de prestadores de serviço em todo segmento nacional.
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Níveis de qualificação.
Nível 1
Nível 2
Nível 1:
Experiência de 01 ano comprovada em carteira de trabalho no setor Industrial como
pintor, ajudante de pintor ou pintor hidrojatista.
Ter concluído a 5ª serie do ensino fundamental, e comprovar por histórico ou certificado.
Ter feito curso de Pintura Industrial com carga horária de 60 horas, em uma unidade
aprovada pelo órgão qualificador.
Para pessoas sem experiência comprovada em carteira curso de pintores industriais será
de 200 horas sendo divididas em 140 horas EAD (ensino a distância) e 60 horas dentro
de uma unidade Invista.
Nível 2:
Experiência de 01 ano comprovada em carteira de trabalho no setor Industrial comopintor,
ajudante de pintor ou pintor hidrojatista.
Ter concluído a 5ª serie do ensino fundamental, e comprovar por histórico ou certificado.
Ter feito curso de Pintura Industrial com carga horária de 80 horas, em uma unidade
aprovada pelo órgão qualificador.
Ter certificação de pintor industrial nível 1 reconhecido pela norma ABNT 16.378-2015
Processo de Certificação:
Cronograma de Aulas
Corrosão
Fundamentos básicos de corrosão
Tipos de corrosão
Competência do Profissional
Orientação para organização e a limpeza no local de trabalho.
Utilização correta dos equipamentos; Clareza de comunicação; Assiduidade;
Comprometimento com prazo e resultado final do Trabalho em equipe
MODULO II
Tintas
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Cores de acabamentos
Películas
Processo de formação da película
Método de secagem ao toque, livre de pegajosidade e total; Cores
Esquemas de Pintura
Os principais tipos de esquemas de pintura (Epóxi, Alquídico, Acrílico)
MODULO III
MODULO IV
Pintores Industriais N2
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Preparação e seleção de bicos, regulagem e ajustes da pistola convencional e
airless
Aplicação/Preparo da Tinta
A aplicação e o preparo da tinta devem seguir os requisitos na N 13.
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INTRODUÇÃO
Hoje o curso invista tem o grande prazer de paralelizá-lo por estar ingressando no
curso que prioriza em qualidade e formação de cidadãos e futuros profissionais. Pois,
nossa grande missão é formar grandes profissionais e mão de obra extremamente
qualificada.
No livro a seguir você estará observando e participando no que há de mais atual
dentro do mercado da pintura industrial, desta forma destacamos um
material atualizado e completo com intuito de agregar ao máximo no seu conhecimento e
formação profissional.
Sempre consulte este material, ainda que esteja dentro do mercado de
trabalho, continue consultando e estudando, pois através deste esforço, estará se
aprimorando e aperfeiçoando o grande profissional que há em você, e que temos o
grande prazer de moldarmos.
Esse livro tem a finalidade de fornecer o melhor material didático para formação
de profissionais de pintura industrial, n processo de qualificação de pintores industriais
nível 1 e 2. Pelo Processo de qualificação pela norma vigente ABNR NBR 16.378.
1.0 - MODULO I
Adição: É uma das operações básicas da aritmética. Na sua forma mais simples, a
adição combina dois números em um único número, denominado soma, total ou
resultado. Adicionar mais números corresponde a repetir a operação. Por extensão, a
adição de zero, um ou uma quantidade infinita de números pode ser definida.
Pode também ser uma operação geométrica: a partir de dois segmentos de reta dados é
possível determinar um terceiro segmento cujo comprimento seja igual à soma dos dois
iniciais
Ex: 2 + 2 = 4
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Uma subtração é representada por: 4 – 2 = 2
Ex: 2 x 2 = 4
Na Pintura Industrial o cálculo sempre vem vinculado a proporção de área a ser pintura, a
proporção de tinta a ser utilizada, a proporção de solvente a ser utilizada na dissolução
de tintas e vernizes.
Rendimento
Há 3 tipos de rendimento: O Rendimento Teórico, o Rendimento Prático e o Rendimento
Real.
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Rendimento teórico
É como o próprio nome indica, teórico, ou seja, ideal e não inclui no seu cálculo as
perdas devidas ao método, às condições de aplicação e ao treinamento do pintor. Há
uma fórmula prática que leva em consideração o volume de sólidos e a espessura da
película seca:
Onde:
Rt = SV x 10 EPS
Rt = Rendimento teórico (em m2/^)
SV = Sólidos por volume (em %)
EPS = Espessura da película seca (em um)
10 = Constante de fórmula para que o resultado seja expresso em m2/^
Rendimento prático
RP = RT x Fa
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Onde:
RP = Rendimento prático (em m2/^)
RT= Rendimento teórico (em m2/^)
Fa = Fator de aproveitamento (função do método de aplicação)
Fa = 100 - Perdas 100
Nesta Tabela acima podemos observar o método aplicado durante a pintura, assim como
porcentagem de perda média e dentro desta média seu fator de aproveitamento.
• Do método de aplicação;
• Das condições de aplicação como: altura em relação ao solo; velocidade dos ventos; se
a pintura está sendo aplicada sobre andaimes ou no carrinho;
• Da geometria das peças; ( se são mais adequadas ou não ao processo escolhido)
• Do estado de corrosão da superfície;
• Do preparo da superfície (rugosidade);
• Da uniformidade da película (espessura);
• Do treinamento e conscientização do pintor;
• Do tipo de tinta (mono ou bicomponente).
Importante: é melhor sobrar um pouco de tinta no final da pintura do que faltar, por que
sempre há oportunidade de usar a tinta que sobrou em outra estrutura ou equipamento. A
falta acarreta problemas maiores por: atraso na entrega da obra, ociosidade da mão de
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obra até o recebimento da quantidade que faltou, dificuldade de conseguir pequenas
quantidades para complemento de obra, tonalidade diferente do restante, atraso no
recebimento do pagamento, etc.
RT = 47 x 10 / 25 = 18,8 m2^
Pistola convencional: estimam-se as perdas médias em torno de 40%, o fator fica 100 -
40 / 100 = 0,6
Portanto multiplicando-se o rendimento teórico (18,8) por 0,6 teremos o rendimento
prático = 11,28 m2/ l , que é um valor razoável.
Rendimento real
O rendimento real é aquele que é constatado no final da pintura, quando se
mede a área pintada e verifica-se o consumo total de tinta efetivamente realizado.
Cálculo da quantidade de tinta a ser comprada
Para a compra de tintas o cálculo é elaborado levando em conta: área a ser
pintada; o volume de sólidos da tinta; a espessura da película seca especificada;
o método de aplicação e o número de demãos.
QT = Área = m2 Rp m2
Exemplo:
Área a ser pintada: 2.000 m2
Tinta: sólidos por volume: 47 % (dado obtido na respectiva ficha técnica da tinta)
Espessura da película seca por demão: 25 [im (dado obtido na respectiva ficha
técnica da tinta)
Método de aplicação: pistola convencional
Número de demãos: 2 (dado obtido nas tabelas de sistemas de pintura)
Cálculo:
Rt = 47 x 10 / 25 = 18,8 m2tf
Rp = 18,8 x 0,6 = 11,28 m2/*
Qt = 2.000 / 11,28 = 177,3t : . 177,3 x 2 = 354,6i : . 354,6 / 3,6 = 98,5 galões
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Portanto, para pintar os 2.000 m2 à pistola em duas demãos com uma tinta com sólidos
por volume de 47% e espessura da película seca de 25um, serão necessários 354,6 litros
da tinta ou 98,5 galões.
Um exemplo de como a compra de tinta apenas levando em conta o preço por litro ou por
galão pode ser enganosa e resultar em prejuízos.
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Portanto é necessário determinar o custo da pintura em termos de custo por metro
quadrado, pois no exemplo acima, a tinta A parecia ser mais barata, porém, quando
calculamos o preço por área pintada (R$/m2) constatamos que é mais cara.
Estudando porcentagens:
Ex: Uma maça foi dividida em 5 partes, cada parte tem 20% de um total da maçã.
Um galão de 3,6 litros, onde precisamos para dissolver, 20% de adição de solvente do
total da medida existente dentro do galão, desta forma precisamos adicionar? 720ml de
solvente para obtermos a quantidade necessária para aplicação de pintura proposto pelo
esquema de pintura.
Estudando Frações.
Dessa forma, toda fração pode ser representada em uma reta numerada, por exemplo, 1/2
(um meio) significa que de um inteiro foi considerada apenas a sua metade, portanto,
podemos dizer que em uma reta numerada a fração 1/2 estará entre os números inteiros 0 e
1.
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Por ser uma forma diferente de representação numérica, a fração irá possui uma
nomenclatura específica e poderá ser escrita em forma de porcentagem, números decimais
(números com vírgula) e números mistos.
Múltiplos e Submúltiplos
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Observe a seguinte transformação:
kl hl dal l dl cl ml
Para transformar l para ml (três posições à direita) devemos multiplicar por 1.000
(10x10x10).
Transformação de unidades
kg hg dag g dg cg mg
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Para transformar kg em dag (duas posições à direita) devemos multiplicar por 100 (10
x 10).
Ou seja:
Certificação de EPI.
CA
Certificado de Provação, aprovado pelo Inmetro e pelo Ministério do Trabalho.
CE
Alguns EPI tem CE que significa Certificação Europeia, emitido por autoridades
Europeias para sua comercialização e aprovação por Ester órgãos.
Inmetro
Alguns EPI’s são como cinto paraquedista fita abs e trava-quedas são certificados pelo
Inmetro, instituto de metrologia,
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A utilização dos Equipamentos de Proteção Individual é estabelecida pela (Norma
Regulamentadora) NR6 e deve ser seguida com critério para garantir a segurança de
todos os trabalhadores da Indústria que estejam sujeitos a riscos, além de preservar a
empresa contra multas. Por isso mesmo, a utilização de EPIs é uma das principais
estratégias para redução de acidentes de trabalho.
Neste artigo, você vai entender melhor quais são os EPIs indispensáveis para a Indústria
e receber dicas para escolher os ideais para as suas necessidades.
As vestimentas NR10 são destinadas a profissionais que lidam com risco de incêndio e
descargas elétricas. Ideais para eletricistas, elas abrangem um leque amplo de itens,
como calças, macacão e camisas. Como muitas vezes utilizado junto a equipamentos
alimentados por eletricidade, como compressores e bombas airless elétricos.
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é toda ferramenta ou produto, que tem por
finalidade garantir a saúde e proteção do trabalhador, evitando assim consequências
graves caso este sofra algum tipo de acidente em seu posto de trabalho. Estes
equipamentos podem ser óculos, jalecos, luvas, sapatos de proteção, capacetes etc.
São diversas profissões que necessitam do uso do EPI, como mecânicos, ferramenteiros,
eletricistas, serralheiros, soldador, trabalhadores de laboratório, marceneiros, forneiros,
entre outros. Para que uma empresa possa oferecer os melhores equipamentos para
seus funcionários, é de extrema importância que seja elaborado um estudo de risco
ocupacional. Como explicam Nádia da Silva e Paulo Antonio da Silva, ambos diretores
comerciais da EPI Express, existem diversas outras situações em que o uso do EPI é
necessário. “Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra riscos, ou doenças causadas pela profissão”, explicam eles.
Trabalho, de 08 de junho de 1978. É ele quem faz todo o controle de uso e compra de
EPIs, além de todos os outros procedimentos de segurança como liberação de trabalhos
de risco como os feitos em altura, ou com produtos químicos”, conta Antonio da Silva,
que também é técnico em segurança do trabalho.
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Caso haja a danificação ou perda de um EPI, é de responsabilidade da empresa substituí-
lo imediatamente. Porém, é de responsabilidade do empregado zelar pelo bom estado do
equipamento, utilizando-o somente para o fim a que foi destinado, além de ser de sua
responsabilidade comunicar qualquer alteração em sua estrutura que o torne impróprio
para o uso.
Proteção respiratória
A proteção respiratória é importante em diversos cenários. A escolha do modelo ideal
precisa considerar as seguintes questões: Conforto, Proteção alcançada, Mobilidade,
Riscos de atmosfera utilizada.
As máscaras descartáveis também são conhecidas como Peças Faciais Filtrantes, PFF,
e são divididas entre:
Vestimenta
A proteção corporal precisa ser considerada em todas as etapas e processos da
Indústria. Esse cuidado precisa ser levado a sério desde a escolha dos uniformes à
proteção contra agentes químicos e físicos em trabalhos mais delicados.
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Vestimentas para proteção química
Disponíveis em modelos de macacão de tecido ou taivek ou ainda avental, esse tipo de
vestimenta protege contra diferentes materiais. Contudo, é preciso examinar a
especificação de cada item para identificar a quais agentes ele é resistente, além do
Vestimentas em raspa
Esse tipo de vestimenta é elementar para o trabalho com solda.O trabalhador precisa
utilizar diversos artigos,como blusão ou avental, mangotes, perneiras, touca árabe, entre
outros. Mas algumas vezes pode ser adotado quando utilizado junto ao uso de esmeril
manual ou de bancada.
Calçados de segurança
A inclusão ou não de biqueira depende do risco do trabalho para os pés em cenários com
possibilidade de queda de objetos pesados, por exemplo, ela é primordial. Com
numeração de CA.
Luvas de segurança
As luvas são proteção fundamental contra diversos fatores químicos e físicos e atuam,
especialmente, como proteção térmica e química. Luvas de malha pigmentada, Luvas de
raspa, Luvas de Malha coberta por material plástico, Luvas de couro ou com proteção de
aço para trabalhos próximos a jateamento.
Proteção em altura
A proteção em altura não diz respeito somente à manutenção em prédios. Ela é
obrigatória para qualquer atividade executada acima de dois metros de altura com risco
de queda. Na Indústria, situações como essa são comuns, como durante a manutenção
de maquinário, e exigem proteção completa. Como uso de talabartes, sistema de
restrição de quedas e Trava-quedas anexado ao cinto de proteção em altura, como
modelo de 5 pontos, modelo paraquedista.
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Proteção ocular e facial
Proteção ocular e facial é necessária em diversos ambientes e em várias funções. Ela é
obrigatória para trabalhadores que estejam expostos a partículas volantes, radiação —
ultravioleta ou infravermelha —, excesso de luminosidade e respingos químicos.
Em áreas de difícil acesso deve se utilizar EPI específico para cada grau de risco
existente em seu ambiente original, como em especo confinado ou com Trabalho em
altura sem uso de escadas ou andaimes, com utilização de Técnicas de IRATA, onde a
utilização do EPI é especifico a sua finalidade e aprovação por sua área.
1.3 - Corrosão
Desta forma a manutenção de pintura tem seu destaque muito acentuado, assim como a
inspeção de pintura determinado seu resultado final aceitável ou não.
Conceitos básicos
Corrosão pode ser definida como sendo a deterioração que ocorre quando um material
(normalmente um metal) reage com seu ambiente, levando à perda de suas
propriedades.
O processo de corrosão pode ser visto como sendo o inverso da metalurgia extrativa. No
processo siderúrgico, muita energia é gasta para transformar óxido de ferro em um
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produto final. O minério de ferro entra no alto-forno tanto na forma sinterizada quanto
bitolada, e em conjunto com o coque metalúrgico, fundentes e ar insuflado, forma uma
liga impura conhecida como ferro-gusa. O ferro-gusa é processado, em seguida, na
aciaria, onde os teores de certos elementos químicos são reduzidos (como carbono, o
silício, o fósforo e o enxofre) e outros elementos são adicionados, para conferir certas
propriedades ao aço. A liga é, em seguida, conformada em chapas, perfis, etc. A
corrosão é o processo inverso ao da siderurgia, ou seja, o ferro retorna de forma
espontânea aos óxidos que lhe deram origem. Reações: Siderurgia
Corrosão
O processo de corrosão por outro lado, leva o metal à sua forma oxidada:
Fe + 3 02 + 2 H20 -> 2 Fe203 . H20 (ferrugem)
Geralmente, quando se fala nesse assunto a primeira coisa que vem à nossa mente é a
corrosão de metais, principalmente a do ferro, gerando a ferrugem. No entanto, outros
materiais podem sofrer corrosão, tais como os polímeros e as estruturas feitas de
concreto armado.
Existem três formas do meio agir sobre o material, degradando-o; por isso, a corrosão é
classificada em: eletroquímica, química e eletrolítica.
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Corrosão eletroquímica:
Esse é o tipo de corrosão mais comum, pois é a que ocorre com os metais, geralmente
na presença de água. Ela pode se dar de duas formas principais:
Enquanto os cátions Fe2+ migram para o polo negativo (cátodo), os ânions OH- migram
para o polo positivo (Ânodo) e ocorre a formação do hidróxido ferroso (Fe(OH)2).
Na presença de oxigênio, esse composto é oxidado a hidróxido de ferro III (Fe(OH) 3), que
depois perde água e se transforma no óxido de ferro (III) mono-
hidratado (Fe2O3 . H2O), que é um composto que possui
coloração castanho-avermelhada, isto é, a ferrugem que
conhecemos:
Corrosão Química:
Exemplos:
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* O ácido sulfúrico corrói o zinco metálico;
* Concreto armado de construções pode sofrer corrosão com o passar do tempo por
agentes poluentes. Em sua constituição há silicatos, aluminatos de cálcio e óxido de ferro
que são decompostos por ácidos, como mostrado na reação a seguir:
Corrosão eletrolítica:
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Identificando Corrosão
Corrosão generalizada
Corrosão uniforme
Corrosão uniforme é aquela que ocorre quando o aço está exposto ao
ar atmosférico e sofre a ação da umidade e do oxigênio. A corrosão
desta maneira acontece em toda a extensão da superfície com perda
uniforme da espessura com formação de escamas de ferrugem. Pode
ser chamada também de corrosão generalizada, mas segundo o Prof.
Vicente Gentil este termo não é corretamente aplicado pois pode-se ter
também corrosão por pites ou alveolar de maneira generalizada por toda a superfície
metálica.
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Corrosão em frestas
Se há uma fresta na junção de duas peças de aço e o
eletrólito e o oxigênio conseguem penetrar, forma-se uma
célula de oxigenação diferenciada. A diferença de
concentração de oxigênio produz corrosão. Justamente
onde a quantidade de oxigênio é menor, isto é, no interior
da fresta, por causa da dificuldade de acesso para o
oxigênio, a área é anódica e o ferro passa para a solução
na forma de íons. Na área externa, há maior concentração de oxigênio e água e por isso
esta parte se comporta como catodo e não sofre corrosão. Já na área intermediária, entre
o anodo e o catodo há a formação da ferrugem.
Corrosão em Pites
Em torno da solda
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Influenciam diretas sobre o meio ambiente e aceleradores ou retardadores de
Corrosão
Temperatura
A temperatura influi na corrosividade, porque há menor possibilidade de condensação da
umidade do ar quando a temperatura ambiente é alta. Quando a temperatura é baixa há
maior possibilidade de condensação e de adsorção de gases ácidos e corrosivos. Sendo
desta forma cria-se uma película úmida sobre a superfície que interage diretamente na
estrutura, criando o que nós conhecemos como oxido ferroso. Que é o princípio da
ferrugem que avança e cria uma corrosão, dependendo do nível de comprometimento da
superfície.
Atmosferas agressivas
Vamos considerar atmosferas agressivas, as que contém poluentes e névoas salinas.
Como poluentes, podemos citar os vapores, os gases e as poeiras não naturais. Os
agentes agressivos mais importantes em cada ambiente são: Sol, chuva, umidade e
poeiras do solo são agentes naturais e mesmo em ambiente rural eles sempre estarão
presentes.
A fuligem é uma poeira originada na queima de combustíveis (um pó preto). Sua ação
corrosiva é devida à higroscopicidade das partículas e ao caráter ácido da poeira, que é
resultante da queima de compostos contendo enxofre. Na fuligem produzida pela queima
de óleo diesel e óleo combustível, é encontrado resíduo de ácido sulfúrico.
O SO2 (Dióxido de enxofre ou anidrido sulfuroso) é um gás produzido na
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queima de compostos de enxofre contido nos combustíveis como o diesel e o
óleo BPF.
RAMOS DA PINTURA
O termo genérico pintura pode ser estendido a três ramos da atividade humana;
A. Pintura artística
B. Pintura arquitetônica
C. Pintura industrial.
A pintura artística é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de
expressar uma arte. Esta pintura é, portanto, exercida pelos artistas, que usam na
execução de quadros, painéis, murais, etc.
A pintura arquitetônica é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de
tornar agradáveis os ambientes. É usada na construção civil, e não obstante possa ter
também finalidade protetora, visa fundamentalmente o embelezamento das superfícies
revestidas.
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1. Estética: torna a apresentação agradável;
2. Auxilio na segurança industrial;
3. Impermeabilização;
4. Diminuição da rugosidade;
5. Facilitar a identificação de fluidos em tubulações ou reservatórios;
6. Impedir a aderência de vida marinha no casco das embarcações e boias;
7. Permitir mais ou menos absorção de calor;
8. Identificação promocional.
Pintura industrial de fabricação em serie: É aquela cuja aplicação das tintas é feita por
meio de instalações fixas, tais como cabines de jateamento abrasivo ou banhos de
soluções químicas, para limpeza e condicionamento de superfície, cabines de aplicação e
estufas.
Pintura industrial de campo: É aquela cuja aplicação das tintas é feita por meio de
instalações moveis, tais como maquinas para jateamento abrasivo, pistolas ou outros
equipamentos para a aplicação das tintas.
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Pintura arquitetônica: É utilizada na construção civil para fins estéticos e
para tornar o ambiente agradável. Ninguém se sentiria feliz trabalhando num
ambiente em que as paredes fossem pintadas, por exemplo, nas cores preta
ou vermelha. Na construção civil, a pintura, além dos efeitos estéticos/ decorativos,
também exerce efeitos de proteção ao melhorar a resistência
do concreto à permeação de íons agressivos, o que reduz a possibilidade de
ocorrência de corrosão nas armaduras de aço.
Pintura industrial: Neste caso, uma das propriedades mais importantes da pintura é a
proteção anticorrosiva, Obviamente que, além do aspecto de proteção, a pintura;: pode
proporcionar outras propriedades em paralelo, como aquelas citadas no item anterior
(sinalização, estética. impermeabilização,etc.)
Como técnica de proteção anticorrosiva, a pintura possui uma série de características
importantes, tais como facilidade de aplicação e de manutenção, relação custo/benefício
atraente e ainda pode proporcionar, outras propriedades adicionais, como por exemplo:
Neste caso o objetivo é tornar o ambiente agradável; A sinalização de estruturas ou de
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Propriedades fundamentais dos revestimentos por pintura:
Neste item serão apresentadas, de forma resumida, algumas propriedades físico-
químicas importantes para a durabilidade dos revestimentos por pintura, principalmente
no que diz respeito ao aspecto da proteção anticorrosiva.
Aderência
Esta é uma das propriedades mais importantes para que um revestimento por
pintura apresente o desempenho esperado. Vale, contudo, ressaltar que a aderência não
é um ensaio de desempenho e sim uma propriedade desejável para os revestimentos por
pintura. O fato de um revestimento por pintura apresentar um valor inicial de aderência
alto não quer dizer que ele vai conferir uma boa proteção anticorrosiva ao substrato.
Existem outros fatores que interferem diretamente na durabilidade dos revestimentos.
Contudo, se a aderência inicial for baixa ou insatisfatória, uma série de problemas
poderão ocorrer1. Por exemplo, sobre condições de imersão ou de exposição à alta
umidade poderá ocorrer empolamento (aparecimento de bolhas) no revestimento. Se
este for exposto ao intemperismo natural, à ação da radiação solar e sujeito aos
(Azul) Ar comprimido.
(Branco) Vapor
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(Azul) Indica ação obrigatória como, por exemplo, determinar o uso de EPI
(Equipamento de Proteção Individual), ou impedir a movimentação ou energização de
equipamentos (“não acione”).
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Finalidade da pintura
Impermeabilização: Pode ser utilizado para evitar a migração de íons agressivos para o
interior do concreto, pela construção civil, por exemplo;
Permitir maior ou menor absorção de calor: através da seleção correta da cor da tinta,
como por exemplo, a cor branca é utilizada para reduzir a perda por evaporação em
tanque e a cor preta é utilizada para casos de necessidade de maior absorção de calor;
A B C
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Campos de aplicação da pintura.
A) pintura anti-incrustante em casco de navio; B) pintura em chaminé
para sinalização aérea; C) proteção anticorrosiva e identificação de
Linhas de fluidos; D) proteção anticorrosiva e finalidade estética.
Competência do profissional
Todos os empregados têm suas tarefas para fazer no dia-a-dia de trabalho, e arrumação,
limpeza e organização do local de trabalho é uma delas. A ordem, arrumação e limpeza
são fatores indispensáveis para a prevenção de acidentes e manutenção da saúde nos
locais de trabalho.
Por isso uma boa arrumação poderá prevenir vários acontecimentos indesejáveis com o
trabalhador. E mesmo significa ter livre acesso quando numa emergência de primeiros
socorros e a equipamentos de combate a incêndio venha a ocorrer, por isso as
passagens, corredores, plataformas e outros locais de saída devem estar sempre livres
de materiais que possam provocar tropeção e quedas. Para que esta arrumação
aconteça é necessário que todos se proponham a colaborar mantendo limpo e em ordem
o seu local de trabalho.
O bom resultado da arrumação, organização e limpeza, não são obtidos por mutirões de
limpeza, ela é o resultado de um esforço diário. Se cada empregado arrumasse pelo
menos uma coisa todos os dias, os resultados seriam surpreendentes.
Como Todos sabem é muito importante saber operar um equipamento antes de utilizar do
mesmo, por isso é imprescindível saber como manusear e operar um equipamento, como
exemplo:Imagine um operador de equipamento Airless, com potência de 110V sendo
instalado em uma tomada de 220V, causaria um prejuízo de queima e muitas vezes
atraso em andamento de trabalho.
Poderia citar diversos problemas causados por mau manuseio de operador, como usar a
pistola sem filtro ou usar o tanque de pressão sem um recipiente de tinta do mesmo.
Então antes de operar um equipamento leia o manual de instruções, assim como siga
todas as recomendações do fabricante, e caso ainda tenha duvida comunique ao seu
encarregado para que o mesmo possa prover treinamento adequado para manuseio do
mesmo.
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Pois desta forma saberemos como operar de forma plena organizada e otimizada,
diminuindo o prazo na execução dos trabalhos, assim como de forma segura na
execução de todas as tarefas passadas.
A clareza na comunicação de uma equipe deve ser inicia por um Briefing antes do inicio
de todos os trabalhos diários, comunicando na liberação da PT (permissão de trabalho)
nas condições climáticas atuais do ambiente de trabalho, nas condições de segurança no
ambiente de trabalho, e nas funções repassadas a cada membro do corpo operacional.
Caso tenha necessidade, podemos recorrer à sinalização complementar, para auxiliar a
distribuição da equipe e de tarefas.
Essa sinalização pode ser desde onde se encontrará em caso de crise ou de acidente, ou
mesmo onde serão divididos os trabalhos ainda poderá sinalizar rotas de saída em caso
de emergência.
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MODULO II
2.0 - Tintas
Definições de tinta e de verniz, segundo a norma ISO 4618: Tinta é um produto líquido ou
em pó que quando aplicado sobre um substrato, forma uma película opaca, com
características protetoras decorativas ou técnicas particulares. Verniz é um produto que
quando aplicado sobre um substrato, forma uma película sólida transparente com
características protetoras, decorativas ou técnicas particulares.
Uma outra definição clássica de tintas é: Tinta é uma composição líquida que depois de
aplicada sobre uma superfície, passa por um processo de secagem ou cura e se
transforma em um filme sólido, fino, aderente, impermeável e flexível. Para o aço, a tinta
é um produto que tem tanto a função protética como a decorativa.
Tintas que curam através de radiação: neste caso a secagem e cura das películas de
tinta ocorrem por meio de radiação ultravioleta (UV) e, em alguns casos, por feixe de
elétrons. Os foto-iniciador, presentes na tinta, ao receberem a incidência de radiação UV
geram radicais livres em quantidade suficiente para iniciar a cura dos oligômeros e
monômeros do sistema, fazendo com que, em questão de segundos, todo o filme esteja
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reticulado. As principais vantagens das tintas que curam por radiação, em comparação
com as convencionais, são:
• Baixa emissão de solventes; Baixo consumo de energia;
• Secagem rápida e elevada velocidade de produção e películas com melhores
propriedades técnicas.
Uma das limitações destas tintas reside no fato de sua aplicação ser restrita a
revestimentos aplicados sobre superfícies planas e, além disso, depende também da
geometria do material a ser revestido. O avanço tecnológico da pintura industrial, de uma
forma geral, não foi decorrente somente do desenvolvimento de novos tipos de tinta. No
campo da proteção anticorrosiva, novos equipamentos e métodos de preparação de
superfície foram desenvolvidos. O surgimento de equipamentos para limpeza de
superfícies metálicas por meio de hidrojateamento a hiperalta pressão [> 170 MPA (>
25000 PSI)] é um exemplo típico neste sentido. No que diz respeito aos processos de
aplicação, a cletrodeposição de tintas (utilizada no setor automotivo) e a pintura
eletrostática são também exemplos de desenvolvimentos marcantes nesta área. Soma-se
a tudo isto a automação dos processos envolvidos na aplicação da pintura, a qual não só
Contribui para melhorar a qualidade dos revestimentos como também para aumentar a
velocidade de produção.
Solventes
Os solventes utilizados nas diversas tintas para aplicação em aço são de diferentes
naturezas químicas: hidrocarbonetos alifáticos (aguarrás e naftas leves), hidrocarbonetos
aromáticos (xileno e tolueno), glicóis (etilglicol, butilglicol, acetato de etilglicol, acetato de
butilglicol, acetatos (acetato de etila, acetato de butila, acetato de isopropila), cetonas
(metiletil cetona-MEK, metilsobutil cetona-MIBK e ciclohexanona) e álcool (álcool
isopropílico e álcool butílico).
Todos são compostos orgânicos 100% voláteis, que têm a função de dissolver a resina.
São produzidos pela indústria química ou petroquímica mas a origem é o petróleo. Numa
tinta são utilizadas composições de solventes, onde são misturados solventes leves,
médios e pesados em proporções que permitam a evaporação rápida dos mais leves
para que a tinta fique mais viscosa e evite escorrimentos em superfície vertical e os mais
pesados deixem a película posteriormente para que a tinta possa ter melhor penetração
na superfície e melhor alastramento. O solvente tem a função de diminuir a viscosidade
das tintas para facilitar a aplicação, de homogeneizar a película, de melhorar a aderência
e atuar sobre a secagem.
Como características, os solventes apresentam além da volatilidade e do poder de
solvência, a inflamabilidade e a toxicidade. O cheiro também é uma característica dos
41
solventes, embora tenham sido lançadas recentemente algumas tintas com solventes de
baixo odor (à base de hidrocarbonetos alifáticos desodorizados). O solvente, aguarrás de
baixo odor é um exemplo, que além de causar menor desconforto para quem pinta e para
as pessoas próximas à pintura, é mais seguro pois o ser humano tem maior tolerância a
este tipo de solvente.
Resinas
Das resinas dependem as propriedades de resistência das tintas e o comportamento
frente ao meio agressivo e as condições de uso. As resinas são conhecidas também
como ligante ou veículo fixo e são os componentes mais importantes das tintas, pois são
responsáveis pelas propriedades de aderência, impermeabilidade e flexibilidade. As
resinas hoje em dia são todas orgânicas, de natureza polimérica, exceto o silicato
inorgânico de zinco que se trata de um veículo inorgânico à base de silicatos de: sódio,
potássio ou de lítio. As resinas mais importantes das tintas para pintura de aço são:
Alquídicas, acrílicas, Epoxídicas, Poliuretânicas, Etil Silicato de Zinco e Silicone.
indústria de tintas, que não era natural, mas sintetizada em reatores. Para a obtenção de
uma resina com propriedades interessantes para tintas, foi necessário adicionar o óleo
vegetal na reação. No comércio existem tintas feitas com esta resina e são conhecidas
como esmalte e primer sintéticos. São as mais comuns, as mais permeáveis e as menos
resistentes do mercado. De acordo com o tipo de resina, o químico formulador deve
selecionar o solvente apropriado para dissolver a resina. Na tabela abaixo, são
apresentados alguns tipos de resinas e seus solventes mais comuns:
Resina alquídica
As resinas alquídicas são obtidas pela reação de um polialcool com um poliácido
modificadas com óleos vegetais e outras resinas. Esta reação resulta em um poliéster
modificado. A palavra alquídica não existe no dicionário. Foi adaptada da palavra ALKYD
em inglês, união do prefixo AL de álcool + o sufixo YD, derivado de acid. A reação de um
poliálcool com um poliácido produz um poliéster, um polímero muito duro e quebradiço.
42
A introdução de uma resina fenólica na reação de produção desta resina aumenta a sua
im-permeabilidade e com isto a sua resistência à umidade, porém seu desempenho ainda
assim é limitado. Estas resinas são chamadas de alquídicas fenoladas, são superiores as
alquídicas comuns, mas mesmo assim não suportam situações de extrema umidade,
imersão e exposição em ambientes químicos corrosivos.
A secagem das alquídicas se processa ao ar e é responsabilidade dos óleos que as
compõe. Podem ser de secagem lenta ou rápida, dependendo do tipo de álcool ou do
ácido empregado. Depende também do comprimento (teor de óleo) e do tipo de óleo. As
resinas alquídicas de secagem lenta são fabricadas com teores altos de óleo e as
alquídicas de secagem rápida são produzidas com resinas curtas ou médias em óleo.
Modernamente as resinas alquídicas são produzidas também à base de água. São
praticamente as mesmas resinas dissolvidas em solventes, porém emulsionadas em
água e sem solventes. Aditivos especiais foram desenvolvidos para possibilitar a emulsão
e para dispersar os pigmentos em água. A secagem destas resinas ocorre pelo mesmo
mecanismo daquelas à base de solventes e se inicia após a evaporação da água.
Resina acrílica
São resinas obtidas da reação de polimerização de monômeros acrílicos como o
metacrilato de metila e acrilato de butila. O metacrilato de metila é duro e quebradiço e o
acrilato de butila é mole e elástico. A combinação de ambos resulta em cor.
Tintas e vernizes
Polímeros com propriedades intermediárias, que são interessantes às tintas. Podem ser
produzidas ou dissolvidas com solventes orgânicos ou dispersadas em água (resina em
emulsão). São chamadas de termoplásticas por que amolecem com o calor e também
porque são dissolvidas com solventes. Ambas são muito resistentes ao intemperismo e
não amarelecem como as alquídicas.
Resina epoxídica
Estas resinas constituídas de Éter de Glicidil de Bisfenol A (EDGBA) são catalisadas com
poliaminas, poliamidas e com isocianato alifático.
Resina epóxi
A resina epóxi é obtida a partir da salmoura e do petróleo:
Os grupos C-C-O das extremidades são os grupos epóxi que dão nome à resina.
43
Tintas líquidas isentas de solventes
Em função do grande avanço tecnológico observado no desenvolvimento de novos tipos
de resina, já existem no mercado tintas líquidas isentas de solventes, ou seja, com 100%
de sólidos. Em geral, no campo dos revestimentos por pintura, estas tintas são
produzidas a partir de resinas epoxídicas.
Poliamina
Estas resinas produzem polímeros com excelente dureza, aderência, resistência química
e física e resistência a solventes, combustíveis e lubrificantes.
Poliamida
Estas resinas produzem polímeros com excelente dureza, flexibilidade, aderência e
excelente resistência à água e à umidade.
Isocianato
Estas resinas produzem polímeros com excelente aderência sobre metais não ferrosos.
O isocianato que propicia melhor resultado para tintas promotoras de aderência é o
alifático.
As resinas epoxídicas emulsionadas permitem a produção de tintas à base de água, para
alvenaria e para metais.
Resinas poliuretânicas
Estas resinas podem ser compostas por resinas de poliéster ou acrílicas polihidroxiladas
e são catalisadas com resinas isocianato alifático ou aromático.
Isocianato alifático
É o que oferece maior resistência ao intemperismo. O hexametileno disocianato é o
isocianato alifático mais usado.
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Isocianato aromático
Tem boas propriedades de aderência, de secagem rápida porém é usado apenas em
tintas poliuretânicas para interiores pois não resistem ao intemperismo. O tolueno
disocianato é o isocianato aromático mais usado.
O termo aromático é por que o composto possui grupos aromáticos (anel benzênico do
tolueno). No Brasil a resina poliuretânica à base de água não é utilizada em larga escala
por causa do alto preço que ela confere à tinta.
Pigmentos anticorrosivos
Nenhuma resina é totalmente impermeável. Por isso, quando o vapor de água
e os gases corrosivos, permeiam as camadas de tintas, os pigmentos anticorrosivos
produzem modificações no agente agressivo atenuando a sua agressividade. Como os
gases do meio industrial, na sua maioria, são ácidos, alguns pigmentos anticorrosivos
promovem uma neutralização e em alguns casos chegam até a alcalinizá-los. Em meio
alcalino o aço é apassivado e praticamente não há corrosão.
Outros pigmentos se dissolvem (se hidrolisam) e formam uma camada protetora que isola
o substrato metálico do meio agressivo que permeou.
Pigmentos anticorrosivos mais usados para superfícies de aço carbono:
É um pigmento amarelo que, por ser parcialmente solúvel em água, se dissolve
formando uma camada de íons cromato os quais isolam o aço do meio corrosivo. É tóxico
por que contém Cromo, um metal pesado.
Zarcão
Este é um dos mais antigos pigmentos usados na proteção do aço. É composto
de óxido de chumbo. O zarcão é alcalino, por isso neutraliza o meio agressivo
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ácido e tem capacidade de transformar íons solúveis, como o ferroso, em íons insolúveis
como o férrico. Quando o óxido ferroso passa para óxido férrico, ele forma uma camada
protetora quase impermeável sobre o aço, isolando-o do meio corrosivo. O zarcão tem
mais um mecanismo de proteção anticorrosiva, que só funciona se a resina for à base
óleos vegetais secativos, ou alquídicas modificadas com óleos. É a capacidade de formar
com estes óleos um sabão de chumbo, que também isola o aço do meio agressivo. O
zarcão é tóxico por que contém Chumbo, um metal pesado.
Fosfato de zinco
É um pigmento branco, não tóxico. Ao ser permeado pelo vapor de água, se dissolve
parcialmente formando na superfície do aço uma camada de fosfato, que isola este metal
do meio corrosivo. Por ter baixa cobertura (deixa ver o fundo), é usado em conjunto com
outros pigmentos, como por exemplo, o óxido de ferro (vermelho) que também não é
tóxico, para facilitar a visualização da uniformidade e o controle de espessura da camada.
Este foi o primeiro pigmento anticorrosivo usado em substituição ao zarcão.
Silicato de cálcio
Este pigmento ao ser permeado pelos agentes agressivos captura o Íon hidrogênio e
libera o íon cálcio, que se precipita sobre a interface metal/tinta, formando uma camada
impermeável e protetora, minimizando os problemas de corrosão. É um pigmento não
tóxico por que não contém metais pesados.
Zinco metálico
O pigmento de zinco é constituído de zinco metálico com alta pureza. As partículas de
zinco metálico têm uma cor cinza claro fosco. As resinas que funcionam bem com os
pigmentos de zinco são as epoxídicas e as de etil silicato de zinco. As tintas de zinco são
chamadas de "galvanização a frio" ou de "tintas ricas em zinco", por que para
funcionarem como uma galvanização, o teor de zinco na película seca deve ser alto.
Óxido de ferro
Óxido de ferro é um pigmento vermelho que ao contrário do que muitos pensam, não tem
nenhum mecanismo de proteção anticorrosiva. Ele atua como uma barreira dificultando a
passagem do meio agressivo. Suas partículas, embora minúsculas, não são
atravessadas, por serem sólidas e maciças. Para chegar ao aço, o vapor de água,
permeia a resina que será tanto mais difícil de ser atravessada quanto mais impermeável
for. É uma tradição no Brasil que a tinta de fundo (primer) seja vermelha, mas poderia ser
de outra cor, pois o que importa é o princípio ativo do pigmento. As funções do pigmento
de óxido de ferro podem ser exercidas por qualquer pigmento cujas partículas são
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insolúveis. As grandes características deste pigmento são: não ser tóxico, ter bom poder
de tingimento, boa cobertura e ter preço médio.
Pigmentos lamelares
O alumínio e outros pigmentos lamelares como mica, talco, óxido de ferro micáceo e
alguns caulins, funcionam pelo mecanismo de formação de uma camada com folhas
microscópicas superpostas, como se fossem chicanas, constituindo uma barreira que
dificulta a permeação do meio agressivo. Quanto melhor for a barreira, mais durável será
a tinta. Por isso, é necessário escolher resinas mais impermeáveis para compor com
pigmentos lamelares uma ótima barreira contra a penetração do meio agressivo.
Enquanto o eletrólito não atinge o metal, não há corrosão.
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Caulim: Pigmento muito parecido com o talco que também ajuda na formação de
barreira contra a corrosão. Um outro tipo de caulim é o agalmatolito que usado dentro de
certas proporções diminui o custo da tinta. É Silicato de Alumínio Hidratado.
Sílicas (Secantes): São usadas como agente fosqueante e para melhorar a
resistência ao desgaste. O tipo Sílica Piro gênica é usada como agente reológico, ou
espessante para aumentar a espessura por demão de tintas, em superfícies verticais sem
escorrimentos ou descaimentos.
Quartzo: É um tipo de sílica e também é usado para melhorar a resistência ao
desgaste.
Óxido de alumínio: É o pigmento de maior dureza usado em tintas e obviamente
é usado em tintas para máxima resistência à abrasão e ao desgaste.
Aditivos
São compostos adicionados em pequenas quantidades, da ordem de 0,1 a 1,0%, que são
utilizados para melhorar o processo de fabricação, de estocagem e de aplicação das
tintas. Existem vários tipos de aditivos, mas os principais são: Dispersantes ou
tensoativos ou umectantes.
Facilitam a introdução dos pigmentos durante a fabricação, ajudam a estabilidade da
suspensão de pigmentos durante a estocagem e melhoram a aplicação e a umectação da
superfície e consequentemente aumentam a aderência das tintas enquanto elas estão
líquidas. Depois de secas a responsabilidade é das resinas.
Antibolhas: São compostos à base de silicone, que não impedem a formação de bolhas
de ar, mas possibilitam a eliminação rápida destas que são introduzidas nas tintas
durante a agitação e principalmente durante a aplicação à rolo.
Antinata: São compostos voláteis que são adicionados às tintas durante a sua
fabricação e que impedem a reação do oxigênio do ar com os óleos das tintas
alquídicas, enquanto elas estão fechadas na embalagem. Tão logo as tintas são
aplicadas, os compostos deixam a película e liberam as resinas para reagirem com o
oxigênio da atmosfera e serem curadas.
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Espessura de películas recomendadas: Para que a película de tinta cumpra a sua
finalidade de proteção anticorrosiva, deve apresentar uma espessura mínima. Esta
espessura é função da natureza das tintas usadas e da agressividade do meio corrosivo,
e pressupõe a seleção adequada do esquema de pintura para o meio considerado.
Como primeira orientação, as espessuras usuais recomendáveis para os diversos
ambientes corrosivos são:
• Atmosfera altamente agressiva - 250 um
• Imersão permanente (imersão em água salgada) - 300 um
• Superfícies quentes - 75 a 120 um
• Atmosfera medianamente agressiva - 160 um
• Atmosfera pouco agressiva - 120 um
Tintas de fundo ou primárias ('Primers"): são aquelas que são aplicadas diretamente
ao substrato. Portanto, estão em contato direto com o mesmo e possuem as seguintes
características:
• São as que contêm na composição os pigmentos ditos anticorrosivos, pois estes para
exercerem o seu mecanismo de proteção química ou eletroquímica necessitam de estar
em contato direto com o substrato;
• Em geral, são foscas ou semifoscas, devido a serem formuladas com uma maior
concentração volumétrica de pigmento (CVP), em relação às tintas de acabamento
brilhantes. Isto de certa forma, torna a película mais rugosa, o que contribui, para
melhorar a aderência da demão de tinta subsequente.
• São as tintas responsáveis pela aderência dos esquemas de pintura aos substratos,
pois são elas que estão em contato direto com os aços e que criam a proteção de
superfície primaria
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Tinta intermediária
Tem a finalidade de aumentar a espessura do esquema. Não necessita de pigmentos
inibidores Tinta que dá acabamento ao sistema. Deve resistir ao meio ambiente e ser
compatível com as demais tintas do sistema.
Tintas intermediarias: São mantas protetoras nos esquemas de pintura com a função de
aumentar a espessura do revestimento, com um menor número de demãos, com o
objetivo de melhorar as características de proteção por barreira do mesmo. Para tal,
estas tintas são formuladas com alto teor de sólidos a fim de poderem proporcionar altas
espessuras por demão.
É importante ressaltar que existem tintas que atuam como intermediárias e não
necessariamente são de alta espessura, como é o caso das chamadas tintas seladoras.
Elas são utilizadas para selar uma película de tinta porosa, antes da aplicação da tinta de
acabamento. E o caso, por exemplo, dos esquemas de pintura com tintas de fundo ricas
em zinco a base de silicatos. Antes da aplicação da tinta de acabamento, é aconselhável
aplicar uma demão de tinta intermediária ("fie coar") epóxi sobre a tinta de fundo rica em
zinco para selar a superfície, com o objetivo de evitar a formação dê bolhas e o
descascamento do revestimento.
Tintas de acabamento: são as tintas que têm a função de conferir a resistência química
ao revestimento, pois são elas que estão em contato direto com o meio corrosivo. Além
disso, são as tintas que conferem a cor final aos revestimentos por pintura.
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Sistema simples, com primer e acabamento para ambientes
de pouca agressividade .
Acabamento Primer
Massa (Aplicação errada)
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O correto é a aplicação em primeiro lugar do primer, se necessário à aplicação da massa
sobre o primer e finalmente a aplicação do acabamento.
Correta aplicação, sendo iniciado com prime posteriormente vir as demais mãos.
As tintas, devido à evolução da tecnologia, podem ser classificadas pelo seu conteúdo de
solventes nos seguintes tipos: Alto VOC e Baixo VOC. A palavra VOC é uma sigla em
Inglês que quer dizer: Conteúdo de Compostos Orgânicos Voláteis - Volatile Organic
Compounds. VOC significa: Quantidade em massa de solventes orgânicos presentes em
um volume de tinta ou resina, expresso em g/£ ou Lb/galão. VOC é definido pela EPA
(Environmental Protection Agency), um órgão do governo Americano, como todos os
compostos orgânicos produzidos pelo homem, com exceção do metano, que são
capazes de produzir oxidantes fotoquímicos por reação com óxidos de nitrogênio na
presença da luz do sol. As resinas normalmente possuem alta viscosidade e para serem
afinadas, ou seja, para diminuir a sua viscosidade são adicionados os solventes que tem
poder de solvência sobre a resina. Outra forma de afinar estas tintas é previamente
emulsionando-as em água. A água não é um solvente da resina, mas um meio de
dispersão. Quanto mais água é adicionada menos viscosa a tinta fica. As novas
tecnologias possibilitaram a fabricação de tintas com menor quantidade de solventes,
mas que podem ser aplicadas como tintas convencionais, que possuem altos teores de
solventes. São as tintas de altos sólidos (HS) e de baixo (low) VOC. Paralelamente, as
tintas à base de água (WB water based) também foram desenvolvidas e conquistaram o
mercado.
Hoje temos tintas WB, tão boas e em alguns casos até melhores do que as à base de
solventes, com inúmeras vantagens. São tintas com VOC baixíssimos. A tendência é a
produção de tintas com VOC zero chamadas de "No VOC".
As resinas à base de água são muito parecidas com as à base de solventes, porém, a
tecnologia para emulsionar ou dispersar estas resinas em água exigiu pesquisa e
desenvolvimento em aditivos e técnicas de fabricação. Não é uma substituição simples
de solventes orgânicos por água. É um novo conceito de matérias primas empregadas
para que as tintas pudessem conter menos solventes, ou até não conter solventes.
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As vantagens destas tintas, consideradas ecologicamente corretas, são enormes, a
começar pelo pintor, que fica menos exposto aos efeitos dos solventes, à empresa que
corre menos risco de explosões e incêndio e ao meio ambiente, que é menos
contaminado.
Tintas líquidas convencionais: veículo fixo ou veículo não volátil (constituinte que
contém a(s) resina(s), plastificantes,etc.), pigmento(s), solvente(s) e aditivo(s).
A seleção adequada das matérias primas, bem como a quantidade e qualidade das
mesmas, e o balanço estequiométrico de cada um dos constituintes, dentro da
composição das tintas, são fatores determinantes na qualidade e resistência de
pigmentos escolhidos.
Tintas alquídicas
Conhecidas como Esmaltes ou Primers sintéticos, são monocomponentes, ou seja,
apresentadas em uma única embalagem, de secagem ao ar. São usados em interiores
secos e abrigados, ou em exteriores normais, sem poluição. Na pintura predial
(construção civil), são usadas em portas, esquadrias, janelas de madeira ou de aço. As
características marcantes das resinas alquídicas em geral são:
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• Baixo custo inicial. Propiciam desempenho suficiente, desde que não fiquem expostas
à umidade intensa ou em um ambiente industrial corrosivo. Não resistem à imersão em
água, por serem muito permeáveis. Se destacam de concreto ou reboco novos que
sofram molhamentos, por serem saponificáveis. Também não são recomendadas para
pintura de galvanizados, pelo mesmo motivo. A saponificação ocorre por reação dos
ácidos graxos livres presentes na resina, com o hidróxido de cálcio presente no cimento e
na cal e o hidróxido de zinco presente nos produtos de corrosão do zinco. Há tintas
alquídicas modernas com baixo teor de solventes orgânicos, livres de pigmentos tóxicos,
de alta espessura (75 a 100 um), com alta resistência à corrosão e que podem ser
aplicadas sobre superfície metálica tratada com ferramentas mecânicas. Esta nova tinta é
um primer "universal" e funciona como barreira sobre tintas convencionais que
normalmente seriam atacadas pelos solventes fortes de epóxi e poliuretanos.
Tintas acrílicas
São tintas monocomponentes, a base de solventes orgânicos ou de água.
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Acrílicas à base de água
Antigamente este tipo de tinta servia apenas para paredes de alvenaria (os
famosos látex acrílicos). Hoje já existem acrílicas à base de água para superfícies de aço
carbono e são excelentes, pois resistem à corrosão e ao intemperismo. Por serem à base
de água, possibilitam o uso das tintas em locais onde a evaporação dos
solventes poderia ser um inconveniente por contaminar os processos em
indústrias de alimentos, bebidas, laticínios, produtos farmacêuticos e em
hospitais.
São de baixo odor e têm ótimo desempenho na pintura de estruturas,
equipamentos, bombas, tubulações e exteriores de tanques.
São tintas 100% acrílicas, hidrossolúveis e são indicadas para ambientes
de média agressividade e industrial moderado. Desenvolvidas para superfícies
metálicas, de madeira ou de concreto em obras novas ou para manutenção.
Podem ser aplicadas na espessura seca de 60 a 100 um.
Tintas Epoxídicas
São bicomponentes de secagem ao ar. Os componentes são chamados de parte A e
parte B. A cura se realiza por reação química entre as resinas dos dois componentes. O
componente A geralmente é à base de resina epóxi e o B, agente de cura, pode ser à
base de poliamida, poliamina ou isocianato alifático.
Tintas epóxis
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Tintas epóxi curadas com poliaminas
• São tintas de excelente resistência à imersão em soluções ou vapores de produtos
químicos. São encomendadas para a pintura interna de tanques, tubulações,
equipamentos e estruturas sujeitas à imersões, derrames ou respingos de produtos
químicos e/ou de solventes. Apesar de serem muito resistentes a diversos produtos
químicos e a solventes industriais, há necessidade de consultar o Departamento de
Assistência Técnica. Em casos específicos de pintura interna de tanques pois a
resistência depende muito do tipo de produto a ser armazenado, da sua concentração, da
temperatura e das condições de trabalho do tanque.
Antifungos: são empregados, em geral, nas tintas de base aquosa, para prevenir a
deterioração das mesmas por fungos e/ou bactérias
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Absorvedores de ultravioleta: melhoram a resistência da película à radiação solar, em
especial aos raios ultravioleta: Com isso, tem-se películas com melhores propriedades de
retenção de cor e de brilho quando expostas ao intemperismo natural.
Massas epóxi
• As massas epóxi são composições com alto teor de sólidos em volume, que devem ser
utilizadas apropriadamente para o nivelamento de superfícies pintadas ou a serem
pintadas com tintas epóxi ou poliuretanos.
• São recomendadas para o nivelamento de superfícies, para a proteção de porcas e
parafusos e no preenchimento de juntas em pisos de cerâmica antiácida ou no
preenchimento de frestas, em sobreposição de chapas ou vigas de aço carbono. Não
devem ser aplicadas em camadas maiores do que 50 mm. Devem ser aplicadas em
camadas únicas.
• Compõem com as poliuretânicas, esquemas de alto desempenho, sendo usadas como
primer e/ou como intermediárias.
Tintas epóxi betuminosas
• Betuminosas epoxídicas, alcatrão de hulha epóxi, (coal tar epoxy) são terminologias
diferentes para um mesmo produto, que são tintas fornecidas em duas embalagens, uma
contendo resina poliamida ou poliamina mais alcatrão de hulha, e a outra contendo resina
epóxi. São tintas que possuem a associação da alta inércia química do alcatrão de hulha
com a impermeabilidade da resina epóxi.
• Têm excelente resistência à diversos ambientes corrosivos, boa flexibilidade, boa
aderência e boa resistência à impactos. Quando formuladas com cargas de alta dureza,
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têm altíssima resistência à abrasão. Podem ser aplicadas com espessuras de 125 a 400
micrometros em uma única demão, dependendo do tipo.
• São recomendadas para a pintura de reservatórios de água industrial, bases de
equipamentos e estruturas, peças imersas, submersas ou enterradas e para a pintura
interna de tubulações e tanques das estações de tratamento de efluentes, em diversos
tipos de indústrias.
• Não são recomendadas para a pintura interna de reservatórios de água potável.
• Estas tintas podem ser apresentadas apenas nas cores marrom ou preta, sendo esta a
impossibilidade de ser formulada em cores, uma limitação. Como são em geral,
recomendadas para serviços de imersão em três demãos, é conveniente que a primeira
seja preta, a segunda marrom e a terceira preta, para melhor controle da aplicação por
parte do pintor e do inspetor da qualidade da pintura.
Tintas poliuretânicas
São bicomponentes de secagem ao ar e por enquanto no Brasil são encontradas apenas
na versão à base de solventes orgânicos. Os dois componentes são:
SOLVENTE + RESINA PIGMENTO / SOLVENTE + AGENTE DE CURA
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Este tipo de tinta pode ser limpo com solventes orgânicos do tipo do xilol sem sofrer
danos. Com isto é possível remover marcas de grafitagem ou pichações.
Poliuretanos aromáticos
• As tintas poliuretânicas formadas por poliés-ter com isocianato aromático apresentam
boas propriedades de resistência química, rápida secagem e facilidade de lixamento. No
entanto fracassam em exposições ao intemperismo.
Por isso são usadas apenas em tintas para equipamento ou estruturas para interiores ou
em "primers". Têm alto teor de sólidos e excelente propriedade niveladora. É usada
principalmente em superfície de poliéster reforçado com fibra de vidro (fiberglass) ou
sobre aço carbono. É indicado como acabamento para superfícies que não ficam
expostas ao intemperismo.
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interna de tanques de solventes;
• Para a proteção anticorrosiva de aço carbono jateado;
• Primer de alto desempenho em ambientes de alta agressividade e em ambientes
marítimos;
• Ideal para dutos, e superfícies aquecidas e que trabalhem em altas temperaturas;
• A cor cinza do aço jateado pode ser confundida com a cor natural do zinco, por isso elas
podem ser pigmentadas na cor avermelhada ou cinza esverdeada permitindo melhor
visualização durante a aplicação, minimizando as falhas.
Precauções:
• Para receber tintas epóxi de alta espessura é necessário a aplicação de um
"mist-coat" (camada fina aplicada com a tinta intermediária ou a de acabamento, mais
diluída);
• Acabamentos poliuretanos necessitam de um "tie coat" epóxi;
• Não devem ser aplicados com umidade relativa do ar abaixo de 50 % (a cura não é
adequada e o filme resulta mal formado e por vezes fica esfarelando);
• A película é muito porosa e quebradiça. A espessura é limitada (75 um);
• Demão única (não aceita retoque com a mesma tinta. Para retoque, deve-se usar uma
tinta epóxi rica em zinco);
• Ultrapassado o prazo para repintura deve ser lavada com água limpa e escova de nylon
(não deve ser lixada);
• Não podem receber, diretamente, produtos à base de resinas saponificáveis, tais como
tintas à base de óleo ou alquídicas. Não recomendados para exposição direta a ácidos ou
álcalis, sem acabamento.
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Tintas de silicone
• São tintas indicadas para substratos sujeitos a temperaturas superiores a 180 °C. Por
este motivo são utilizadas na pintura de chaminés, caldeiras, tubulações quentes ou
outras superfícies que trabalhem com temperatura entre 180 e 550 °C.
• Para se obter bom desempenho de pinturas que trabalham com altas temperaturas, é
necessário o jateamento da superfície e a aplicação de um primer à base de etil silicato
de zinco.
• Para temperaturas na faixa da ambiente até 240 °C, estas tintas não necessitam de pré
cura.
Tintas de silicato
• São tintas para alta temperatura que não necessitam de pré-cura a 150 - 180 °C
• Podem ser pigmentadas com alumínio ou alumínio e zinco.
Aderência
O revestimento por pintura com baixa aderência acarreta em uma série de problemas,
entre eles: se o mesmo estiver imerso ou exposto a alta umidade, pode ocorrer o
aparecimento de bolhas (empolamento) no revestimento; se ficar exposto ao
intemperismo natural, sob ação de raios solares e sujeito aos processos naturais de
dilatação e contração, poderá ocorrer o descascamento.
Para se obter boa aderência dos revestimentos por pintura aos substratos, a preparação
de superfície deve ser bem executada. A preparação de superfície é a etapa anterior à
aplicação das tintas, onde há a remoção dos contaminantes da superfície (óleos, graxas,
sais, produtos de corrosão e pintura envelhecida, por exemplo) e criação de condições
adequadas para essa aderência ao substrato.
61
muitas vezes, não é suficiente para garantir uma boa durabilidade aos revestimentos
por pintura, pois são forças fracas;
Aderência mecânica: ocorre baseada na rugosidade da superfície do substrato e
por isso a preparação prévia é importante.
Ao se executar o teste de aderência, por métodos que utilize esforço por tração, o ideal é
que o rompimento seja na própria camada, pois esse resultado mostra apenas
(dependendo do valor obtido) que as forças de adesão são superiores às forças de
coesão. Caso o rompimento se dê entre demãos ou diretamente do substrato, este
resultado significa que o revestimento está comprometido em relação a durabilidade
Flexibilidade
O revestimento deve ter flexibilidade adequada para que não ocorra fissuras na película
devido a sua dilatação e contração, gerada pelas variações térmicas do meio.
Resistência à água
Propriedade importante independente do meio que o equipamento ou estrutura esteja, já
que estarão em contato com água de qualquer forma, seja sob condições de imersão ou
de exposição à umidade atmosférica.
62
Armazenamento de Tintas/ Solventes e Equipamentos
Armazenamento de tintas
Com exceção das tintas à base de água, a maioria das tintas utilizadas na indústria
contém solventes orgânicos inflamáveis. Defeitos na embalagem, danificações sofridas
durante o transporte, manuseio incorreto na estocagem ou ainda, aquecimento
excessivo, podem causar vazamentos de solventes e acúmulo de seus vapores no
ambiente. Se houver uma faísca elétrica ou uma chama aberta, poderá ocorrer um
acidente. A utilização de locais improvisados para o armazenamento de embalagens
contendo tintas ou diluentes, pode resultar em perdas na qualidade e na quantidade dos
materiais.
Local de armazenamento
Piso: O piso do local deve ser preferencialmente de concreto ou de cerâmica, para que
não haja saturação do ambiente por umidade emanada do solo. A umidade provoca o
enferrujamento das embalagens metálicas que com o tempo podem apresentar
perfurações.
63
comunicar com o exterior por meio de uma porta de emergência, que possibilite a fuga
em caso de incêndio. Vizinhança com salas aquecidas: O local de armazenamento de
tintas e diluentes não deve ter paredes comuns com áreas aquecidas, como salas de
fornos ou estufas, a menos que haja perfeito isolamento térmico.
Local Apropriado: Tintas e diluentes não devem ser armazenados sobre escadas ou
nas proximidades de áreas usadas para a saída ou passagem de pessoas, para evitar
confinamento em caso de incêndio. Devem ser evitados, nestes locais, aparelhos ou
equipamentos com escovas ou carvões que produzam faíscas ao funcionarem. Também
devem ser evitados os que trabalham aquecidos, para não aumentarem a temperatura do
ambiente.
Local Exclusivo: As tintas e diluentes não devem ser armazenados juntos com outros
tipos de materiais, principalmente os sólidos. As caixas de papelão devem ser retiradas,
ficando estocadas somente as latas. Estopas, caixas de madeira, papéis ou roupas
devem ser removidos do local de armazenamento.
Extintores de incêndio: A área deverá ser sinalizada intensivamente com cartazes ou
sinais bem visíveis de: “É PROIBIDO FUMAR” O fogo em tintas e diluentes é classificado
como CLASSE B. O extintor mais apropriado é o de pó químico seco, que é eficiente
tanto em locais fechados quanto em locais abertos. Já os extintores com carga de CO2
são eficientes apenas em locais fechados. É importante que existam extintores também
do lado de fora do local, para que no caso de incêndio no estoque, possam ser utilizados
os extintores externos por pessoas que venham a ajudar na sua extinção.
64
Hidrantes: O combate a incêndios em tintas e diluentes por meio de jatos de água não é
aconselhável por causa do transbordamento e espalhamento do líquido inflamado. No
início de incêndios, é recomendável a utilização de extintores portáteis de pó químico
seco, porém se o fogo já está avançado, é necessário ter disponíveis hidrantes nas
imediações, pois a água é indispensável para o resfriamento do local para permitir o
acesso do pessoal de combate ao incêndio. A água deve ser aspergida na forma de
neblina sobre o material incendiado, evitando-se jatos que poderiam espalhar o fogo. Os
sistemas de hidrantes devem possuir reservatórios apropriados e bem dimensionados,
bombas de recalque potentes e mangueiras permanentemente revisadas e conservadas.
Treinamento da brigada de incêndio: O pessoal da brigada de incêndio que é treinado
para o primeiro combate ao foco de incêndio deve receber noções sobre o que é tinta,
diluente e como combater incêndios nestes materiais. Sistema elétrico: As tomadas e
interruptores devem ser blindados e à prova de explosão. Os fios devem ser instalados
dentro de conduítes apropriados e corretamente dimensionados.
Cuidados no Armazenamento
PETROBRAS N 1288 - Inspeção de Recebimento de Recipientes Fechados.
65
conteúdo de embalagens de tintas consumidas parcialmente em outras embalagens
menores, de maneira que elas fiquem armazenadas cheias. A presença de ar e umidade
no interior das embalagens prejudica especialmente os primers e esmaltes sintéticos e
alguns poliuretanos por causa da formação de nata irreversível na superfície da tinta. Não
adianta bater vigorosamente a tinta, pois não há possibilidade dela ser redissolvida e
pedaços poderão entupir pistolas e prejudicar a pintura.
Rotatividade na prateleira: O armazenamento deve ser feito de tal forma que possibilite a
retirada em primeiro lugar das latas de lotes mais antigos. Este procedimento evita que
tintas recebidas mais recentemente sejam colocadas na frente e as mais antigas
permaneçam no fundo da prateleira, ultrapassando o prazo de validade do lote.
66
2.1 - Película
SECAGEM FÍSICA Neste tipo de mecanismo podem ser inseridos dois tipos de tintas, as
baseadas em solventes orgânicos e as de base aquosa. Esses tipos de tinta não
requerem reação química para formação do filme, apenas a evaporação de solventes é
necessária. Tem por base resinas prontas para uso que consistem principalmente de
grandes moléculas (polímeros) formadas em cadeias. As moléculas das resinas são tão
grandes que a atração entre elas é suficiente para formar um filme forte sem reação
química posterior. Normalmente, grandes quantidades de solvente são necessárias para
manter as moléculas de polímero líquidas e produzir tinta com viscosidade adequada
para aplicação. Quando uma tinta desse tipo é aplicada, o solvente começa a evaporar
imediatamente. As moléculas de resina começam a se agrupar, juntando-se de tal forma
que se tornam imóveis. Um produto sólido é, então, obtido. Com exceção das tintas de
base aquosa, a tinta pode ser dissolvida no seu solvente original, o que torna o processo
reversível, acarretando certas vantagens, principalmente para repintura.
Secagem física nas tintas dispersas em água, como por exemplo as vinílicas (PVA) e
alguns tipos de acrílicas, esse mecanismo é particularmente conhecido como
COALESCÊNCIA. Algumas resinas que formam película por cura química como os
epóxis e poliuretanos também podem ser dispersas em água havendo, por conseguinte,
para a formação de película, uma combinação desses mecanismos. Em virtude do
crescimento da conscientização para problemas de proteção ambiental, redução de
solventes nas tintas, é crescente a utilização das tintas de base aquosa. A industria
automobilística vem substituindo gradativamente as tintas a base de solventes orgânicos.
Na área industrial, muitos estudos tem sido conduzidos no sentido de se obter tintas de
base aquosa com desempenhos semelhantes às de base solvente tradicionalmente
usadas.
67
OXIDAÇÃO Esse mecanismo representa o mais antigo tipo de tinta que se tem notícia.
Resinas de óleos naturais como por exemplo o óleo de linhaça, são constituídas de
moléculas de tamanho médio com pontos reativos representados por duplas ligações (C
= C). Quando em contato com o oxigênio do ar, uma reação química acontece nestes
pontos, unindo as moléculas de óleo. Um grande número de ligações ocorre aumentando
o tamanho da molécula de modo a formar um filme forte e duro. Esse processo de
secagem é, normalmente, bastante lento. O óleo natural é então modificado com
produtos químicos, resultando em produtos de moléculas maiores, as resinas
modificadas com óleos. As resinas ALQUÍDICAS são os exemplos mais conhecidos óleos
quimicamente modificados.
68
tornar uma vantagem ou desvantagem. Quando uma tinta desse tipo é repintada após a
cura completa, os solventes da nova tinta não podem penetrar e dissolver a anterior
resultando em falha de aderência entre demãos. A temperatura influencia a reação de
cura, geralmente exotérmica. Um aumento de temperatura acelera a reação diminuindo o
potlife, ao passo que, temperaturas muito baixas podem acarretar problemas de cura.
ANÁLISE DE ESQUEMA DE PINTURA Muitas vezes nos deparamos com casos onde
nenhuma informação ou documentação sobre o esquema de pintura aplicado está
disponível, ou seja, desconhece-se o número de demãos, espessura de cada demão e
o(s) tipo(s) de tinta utilizado(s). A identificação do tipo de tinta genérico já pode ser
bastante útil. Evidentemente que isso pode ser feito com métodos sofisticados de
laboratório porém, do ponto de vista prático um simples teste com solventes pode
fornecer boas informações sobre o sistema. Basta colocar um chumaço de algodão
embebido em um solvente forte sobre a superfície pintada e observar o comportamento
do revestimento. Se a tinta dissolve no solvente, ela forma película por secagem física.
Caso não haja uma dissolução direta, mas um amolecimento significativo ou
empolamento, presume-se que a tinta age pelo mecanismo de oxidação Não havendo
qualquer anomalia é uma indicação de tinta quimicamente curada.
Uma das perguntas mais frequentes que o pintor faz: Qual é o intervalo entre as
demãos? ou Qual é o tempo para a aplicação da demão subsequente? ou ainda, Qual é
o tempo para repintura desta tinta?
Esta informação é importante para estes profissionais, por que depois de aplicada a
primeira demão, o solvente da tinta começa a evaporar e há um tempo certo para aplicar
a próxima demão. As fichas técnicas informam qual é esse tempo e também a
temperatura, já que o tempo de secagem depende diretamente da temperatura do
ambiente. Para o projetista a informação permite calcular o tempo para liberar a obra. O
pintor não deve aplicar outra demão fora do prazo, pois poderá haver problema.
Por exemplo, na ficha técnica há a seguinte informação sobre o tempo entre as demãos:
A 25 °C mínimo 4 h e máximo 48 h
69
Antes do intervalo: Nunca deve ser aplicada antes do intervalo mínimo especificado,
pois o solvente da demão anterior não evaporou totalmente ainda e aplicando outra
demão, a tinta fica como se estivesse com espessura exagerada. Poderá haver
escorrimentos em superfícies verticais, demora para secar, enrugamento ou até fissuras
ou trincas durante a secagem da tinta.
Durante o intervalo: Haverá tempo suficiente para a evaporação do solvente da demão
anterior e a secagem será adequada. A aderência será máxima, pois ocorre a
interpenetração das camadas (uma demão se funde com a outra).
Após o intervalo: Nem sempre é possível evitar a aplicação fora do prazo, mas se isto
ocorrer, e nenhuma providencia for tomada, a fusão das camadas pode não ocorrer.
Neste caso, a aderência é prejudicada e poderá haver destacamentos entre as demãos.
Após o intervalo, mas com lixamento: O lixamento superficial da camada é suficiente para
produzir sulcos cuja rugosidade, possibilita maior superfície de contato entre as demãos.
O pintor chama este lixamento de "quebra de brilho". Há necessidade de remover o pó do
lixamento com um pano seco ou embebido em diluente para que a aderência seja
satisfatória.
Somente as tintas que secam por evaporação dos solventes, as lacas, podem ser
aplicadas sem o lixamento, pois o solvente da nova demão dissolve superficialmente a
demão anterior ou a mais antiga. Mesmo assim, há necessidade de limpar a superfície
removendo poeiras e oleosidades.
70
2.3 - Esquemas de Pintura Industrial
ESQUEMAS DE PINTURA
Acabamento epóxi
71
comparados com a tinta de fundo. Auxilia na proteção. Conhecida como TIE COAT.
Acabamento
Intermediária
Primer
Aço
72
Tipo de limpeza superficial possível: St2, St3, Sa 2 ½ ou Sa 3, etc;
Após a análise dos fatores acima que fundamentam a definição das tintas, estabelece o
esquema de pintura que deve incluir:
Industrial Peças
Ambiente Rural Urbano Imersão
/Marítimo Enterradas
Preparo de
superfície SA 2 1/2 SA 2 1/2 SA 2 1/2 SA 2 1/2 AS 3
mínimo
Faixa de
espessura de
80 a 125 100 a 200 240 a 300 400 a 500 375 a 500
(μm)
73
Industrial Peças
Ambiente Rural Urbano Imersão
/Marítimo Enterradas
Preparo de
superfície ST 3 ST 3 ST 3 - -
mínimo
Faixa de -
espessura de
125 a 175 150 a 250 350 a 275 -
(μm)
Um estudo do SSPC, realizado com tinta epóxi, fundo e acabamento, em três ambientes
industriais com diferentes agressividades, variando apenas o grau de preparação de
superfície, limpeza mecânica St 3 versus jato comercial Sa 2, mostrada na tabela abaixo,
evidencia a necessidade de melhores preparos de superfície para ambientes agressivos,
e que quanto melhor é o preparo, em quaisquer situação, maior será a durabilidade da
pintura.
74
Tinta a ser utilizada
Segue abaixo alguns esquemas de pintura supostos, para pintura sobre aço
carbono para ambientes: urbanos, industriais e marítimos.
Por/demão (µm)
D
Total (µm)
Esquema
e
Tinta
EPS
EPS
Tipo
m
ão
s
Fundo Primer alquídico 2 40 Esquema baixo custo
Tip
01
160
o
galão
1 120 120
(com
calcinação)
D
Total (µm)
Esquema
e
Tinta
EPS
EPS
Tipo
m
ão
s
Esquema médio
Epoximastic
Fundo/A
Tipo 01
cabto
75
Para Ambientes Marítimos:
N
Obs:
º
Por/demão (µm)
D
Total (µm)
Esquema
EPS
EPS
Tipo
Tinta m
ã
o
s
Esquema alto
Fundo Etil silicato de zinco 1 75
custo por galão
Intermediário Epóxi poliamida 1 40
(sem calcinação).
Tipo 01
Acabamento
Excelente
265 resistência ao
Esmalte poliuretano 2 75
ambiente
marítimo
76
2.3 - Inspeção visual da superfície antes e após o seu preparo da superfície
Executar inspeção visual de acordo com a ABNT NBR 15185 com a finalidade de se
averiguar a existência de óleo, graxa, gordura, tintas ou argamassa, em 100 % da área a
ser jateada ou Hidrojateada.
Deverá ser efetuada inspeção visual em 100% das peças e em 100% da superfície a
serem pintada s antes e após cada etapa do processo a fim de detectar qualquer tipo de
contaminante, o qual devera ser identificado, marcado e removido totalmente.
Deverá também ser verificada a presença de cantos vivos antes do jateamento
Abrasivo.
77
revestimento anticorrosivo está diretamente ligado a escolha adequada do tipo de tinta e
do adequado preparo de superfície. Uma superfície limpa, seca, isenta de contaminantes
e ferrugem, é uma base perfeita para um bom desempenho de um sistema de pintura.
Graus de Intemperismo
78
Grau 8 - pintura existente quase intacta, em área com corrosão menor que 0,1% da superfície;
Grau 6 - pintura de acabamento “calcinada”, podendo apresentar tinta de fundo exposta; é admissível
leve manchamento ou empolamento após o tratamento das manchas, menos de 1 % da área pode se
encontrar afetada por corrosão, esfolheamento ou tinta solta;
Grau 4 - pintura totalmente “calcinada”, empolada ou com manchas de oxidação, podendo ter até 10
% de sua superfície com corrosão, bolhas de oxidação, tinta solta e pequena incidência
de pites (corrosão puntiforme);
Grau 2 - pintura totalmente “calcinada”, empolada ou com manchas de oxidação, podendo ter até 33
% de sua superfície com corrosão, bolhas, tinta solta e pequena incidência de pites (corrosão
puntiforme);
Grau 0 - presença intensa de corrosão, tinta sem aderência e formação severa de corrosão por pites
e alvéolos.
O preparo de superfície deve ser feito de acordo com o conjunto de normas Petrobrás
N5, N6, N7, N9 e N11 e conforme as exigências contidas na presente especificação.
79
Contaminantes
O aço é uma liga ferro-carbono contendo outros elementos tais como Manganês, Silício,
Fósforo e Enxofre, seja porque estes integravam as matérias primas (minérios e coque)
com que foram fabricados, seja porque lhes foram deliberadamente adicionados, para
lhes conferirem determinadas propriedades.
Qualquer material diferente destes, mesmo se tratando de óxidos ou sais do Ferro sobre
a superfície do aço é considerado um contaminante.
Suor - Líquido produzido pelas glândulas sudoríparas, com pH entre 4,5 e 7,5 eliminado
através dos poros da pele. Contém água, gorduras, ácidos e sais. O ser humano chega a
perder alguns litros por hora de suor visível e até 3 g por hora de Cloreto de Sódio (NaCl)
em condições de exercícios físicos intensos e sob calor. As gorduras e oleosidades são
produzidas pelas glândulas sebáceas.
O toque das mãos em superfícies a serem pintadas produz manchas que causam bolhas
nas tintas e aceleram a corrosão. O manuseio das peças prontas para serem pintadas
deve ser feito sempre com as mãos protegidas por luvas limpas.
Mesmo quando as peças já estiverem pintadas, aguardando aplicações de demãos
subseqüentes, não se deve tocá-las com as mãos desprotegidas, por que há o risco de
contaminação entre as de-mãos.
OSMOSE E ELETROSMOSE
80
Osmose consiste na passagem de umidade através da película de tinta, considerada uma
membrana semipermeável. A migração da umidade se dá sob o efeito de uma pressão
osmótica que força a passagem de água da região menos concentrada em sais, para a
interface da película com o metal, onde exista uma concentração maior. A quantidade de
líquido que atravessa a película está diretamente relacionada com a permeabilidade e
adesão, podendo ser fortemente acelerada pela presença de sais na interface
película/metal
Carepa de laminação
81
não possui flexibilidade e não acompanha os movimentos do aço sobre a qual foi
formada. Por possuir coeficiente de dilatação diferente do aço e com os movimentos
diários de dilatação por causa do calor do sol e com a contração devido a temperaturas
serem mais frias durante as noites, a carepa acaba se trincando e se destacando levando
a tinta junto consigo.
Preparação Química
82
LIMPEZA POR FERRAMENTAS MANUAIS
Lixamento manual
Deve ser feito com lixas à prova de água (que não se desmancham quando molhadas).
Os movimentos de lixamento devem ser circulares, cobrir toda a superfície a ser limpa e
a lixa trocada assim que se perceber que foi desgastada na operação. As folhas de lixas
são normalmente de tamanho 27,5 cm por 22,5 cm e trazem impresso no verso o tipo de
lixa e a grana (o número que define a granulometria do abrasivo usado para fabricar a
lixa). As lixas mais usadas na pintura industrial são as de número 40, 60, 80, 100, 120,
180, 220 e 400. As de número mais baixo, como as 40 e 60, são lixas grossas e servem
para arrancar ferrugem e remover carepas desde que o abrasivo seja de carbureto de
silício ou de óxido de alumínio. As de número mais altos, como 120 ou 180 servem para
dar uma boa limpeza
e produzem uma rugosidade ideal para a aderência das tintas. Já as de número 180 ou
220 são usadas depois das 100 ou 120, para conseguir um acabamento perfeito, em que
as marcas de lixa não aparecem. As de número 400 servem para possibilitar a aderência
entre as demãos das tintas.
Escovamento manual
Para um bom acabamento em aço lixado, deve ser seguida uma sequência ideal de uso
de cada número de lixa. A grana seguinte não deve exceder mais que 50% do grão
83
usado anteriormente. Se você iniciou o trabalho usando uma determinada grana, a
próxima lixa deverá ter 50% a mais do que a inicial, para que o grão mais fino possa
minimizar os riscos deixados pelo grão mais grosso.
Ex: Usou-se a grana 80, a próxima grana deverá ser a 100. "Pulamos" a próxima e
teremos então a grana 120, como sequência ótima de acabamento. Exemplos de
sequencias de lixamento ideais:
(mais grossa) 80 + 120 + 180 + 240 (mais fina) ou (mais grossa) 60 + 100 + 150+ 220
(mais fina).
Este material tem poder abrasivo, porém mais brando que as lixas tradicionais.
São resistentes aos solventes e a água e podem ser empregados em atividades onde
não se deseja poeira no ambiente. Dão um acabamento mais fino, não apresentando
marcas típicas de lixas. São mais duráveis do que as lixas.
desta lixa determinados a partir da numeração encontrada na lixa, e existem uma gama
diversa na formações desta granalha, podendo ser de: Aço; Alumínio; Areia; Vidro e etc..
84
Limpeza por ferramentas mecânicas (elétricas ou a ar comprimido)
Escovas rotativas
São utilizadas, sobre aço novo ou enferrujado ao grau C da norma sueca.
Não são recomendadas para aço com carepa intacta, pois a carepa é mais dura dos que
as cerdas de aço das escovas.
Lixadeiras rotativas
Promovem uma limpeza de superfície razoável e conseguem remover carepa, porém
este processo, é antieconômico e inviável porque o seu rendimento é muito baixo. No
entanto, para a remoção de ferrugem e tintas velhas e criar uma rugosidade razoável, a
lixa pode ser empregada e deve ser mantida em um ângulo de 15° sobre a peça a ser
trabalhada, pressionando ligeiramente. Uma pressão excessiva provocará um rendimento
baixo, além de desgastar rapidamente o disco de lixa.
85
Tratamento Pontual (cordão de solda e cantos)
A seleção do abrasivo vai depender de uma série de fatores, como: tipo e local do serviço
a ser executado, condições operacionais, tipo do equipamento de jateamento, grau de
limpeza a ser obtido e legislação ambiental. Dos abrasivos citados, é importante destacar
que o jateamento com areia seca tem sofrido, em nível mundial, severas restrições,
sendo inclusive proibido em muitos países.
86
Qualidade e características técnicas dos abrasivos: a qualidade dos abrasivos é um
fator extremamente importante para se obter o grau de limpeza e o perfil de rugosidade
desejados.
Salinidade: os abrasivos devem estar isentos de sais ou em níveis que atendam às
normas vigentes. A presença de sais no abrasivo contaminará a superfície, o que
reduzirá substancialmente a vida útil dos revestimentos por pintura, bem como contribuirá
para o aparecimento prematuro de corrosão do substrato;
PH: abrasivos com pH ácido ou alcalino devem ser rejeitados, pois contaminarão
a superfície metálica e contribuirão para a degradação do revestimento por pintura.
Dureza: formato das partículas e pureza dos abrasivos: são propriedades técnicas que
influenciam diretamente no grau de limpeza e na altura do perfil de rugosidade da
superfície.
Esferas de aço, ferro fundido ou vidro: usados apenas para pequenos trabalhos
de limpeza e para tratamento mecânico de endurecimento superficial, sendo, portanto,
pouco comum na pintura industrial, de modo geral;
87
Granalhas de aço
Existem sistemas de recuperação automáticos das granalhas, com piso gradeado,
elevadores de canecas e sistema de purificação das granalhas. O sistema
mais simples, de recuperação manual, é muito penoso para o operador, pois uma
pá de granalhas pesa quase 15 kg. As granalhas são feitas com um tipo especial
de aço, de alta dureza e são apresentadas em dois formatos, esféricas.
(shot) e angulares (grit).
As shot tem dureza Rockwell C de 40 a 50 e as grit de 55 a 60.
Perfil Arredondado
Sinterball
Obtido da bauxita sinterizada, não contém sílica (mais de 80 % de óxido de alumínio). É
um material duro, leve e não enferruja. É apresentado nas formas esférica e angular.
Pode ser usada com pressões mais baixas (60 a 70 lb/pol2). Produz pó preto quando
usada com pressões altas. Pequena porção do material fica encrustada no aço o que
torna a coloração da superfície pouco mais escura do que em uma jateada com areia ou
granalha. No entanto este material encrustado não prejudica a aderência das tintas nem
causa problemas de corrosão por que não é metálico e por isso não causa corrosão
galvânica.
Perfil de rugosidade
No impacto das partículas do abrasivo contra a superfície, a carepa de laminação é
arrancada e parte do metal também. Este impacto provoca uma aspereza na superfície.
Quando se executa o processo completo de jateamento da superfície (incluindo a
lavagem inicial com água e detergente), consegue-se limpeza e rugosidade. A
rugosidade provocada pelo abrasivo na superfície pode ser medida e é chamada de perfil
de rugosidade ou perfil de ancoragem.O perfil deve ser controlado, porque se for muito
alto podem ficar picos fora da camada de tinta e por este motivo, a corrosão se iniciará a
partir destas áreas e se for muito baixo a tinta pode não aderir satisfatoriamente.
88
Normas Tecnicas e Niveis de Tratamento de Superficie
Tipos d SIS VIS 1 SSPC NACE 0170 NBR ISO 8501- BS 4232 PETROBRAS
Preparação 055900
Ferramenta
mecanica
Limpeza ST 2 SP 2 7346 ST 2 N6
manual
Limpeza ST 3 SP3 7347 ST3 N7
Motorizada
Jato Abrasivo N9
Jato Brush SA 1 SP 7 NACE 4 7348 SA1 BRUSH OF SA 1
Comercial SA 2 SP 06 NACE 3 7348 SA 2 3 rd quality SA 2
Metal Quase SA 2 ½ SP 10 NACE 2 7348 SA 2 ½ 2nd quality SA 2 1/2
Branco
Metal Branco SA 3 SP 05 NACE 1 7348 SA 3 1nd quality SA 3
Outro Tipos
Limpaza co SP 1 N5
Solventes
Limpeza a SP 4
Fogo
Decapagem SP 8
Quimica
Intemperismo SP 9 N11
Jato Abrasivo
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Nomenclatura
Descrição
SIS 055900-1967 ISO 8501 SSPC
Jateamento ligeiro Sa 1 Sa 1 SP-7
Jateamento comercial Sa 2 Sa 2 SP-6
Jateamento ao metal quase branco Sa 2 ½ Sa 2 ½ SP-10
Jateamento ao metal branco Sa 3 Sa 3 SP-5
Padrões de limpeza de superfície de aço preparadas por jateamento abrasivo
Jato ligeiro: prevê a remoção de carepa de laminação solta, ou não aderente, óxidos e
possíveis partículas estranhas não aderentes. A retirada do produto de corrosão situa-se
em torno de 5 % e corresponde ao padrão Sa 1. Este padrão não se aplica às superfícies
com grau de oxidação inicial A. Para os demais graus de intemperismo os padrões de
limpeza são B Sa 1, C Sa 1 e D Sa 1;
Jato comercial: prevê a remoção de, praticamente, toda a carepa de laminação, óxidos e
partículas estranhas, em cerca de 50 % da superfície a ser pintada e corresponde ao
padrão Sa 2. Após o tratamento a superfície deverá apresentar uma coloração
acinzentada. Este padrão não se aplica às superfícies de grau A. Para os demais graus de
intemperismo os padrões de limpeza são B Sa 2, C Sa 2 e D Sa 2;
Jato ao metal quase branco: o jato é mantido por tempo suficiente para assegurar a
remoção da laminação, ferrugem e partículas estranhas, de tal modo que apenas possam
aparecer leves sombras, listras ou descoloração na superfície. Os resíduos são removidos
com aspirador de pó, ar comprimido seco e limpo ou escova limpa. Ao final da limpeza 95
% de uma polegada quadrada de área deverão estar livres de resíduos e a superfície
deverá apresentar uma tonalidade cinza clara. Para os diversos graus de intemperismo os
padrões de limpeza são A Sa 2 ½, B Sa 2 ½, C Sa 2 ½ e D Sa 2 ½;
Jato ao metal branco: é o jateamento abrasivo perfeito, com remoção total de laminação,
óxidos e partículas estranhas. Finalmente se faz a remoção dos resíduos com aspirador de
pó, ar comprimido seco e limpo ou escova limpa. Após a limpeza a superfície deverá
apresentar uma cor cinza de tonalidade muito clara e uniforme, sem listras ou sombras.
Para os diversos graus de intemperismo os padrões de limpeza são A Sa 3, B Sa 3, C Sa 3
e D Sa 3.
OBS: A cor do abrasivo influencia na coloração final da superfície. Assim, para um mesmo
grau de limpeza, a superfície pode apresentar diferenças na coloração final, em função do
90
abrasivo escolhido. Por esse motivo, é recomendado que se use, na avaliação do grau de
limpeza, sempre que possível, os padrões referentes ao abrasivo em questão.
Sa 1 - Jato ligeiro "brush-off" - executado de forma rápida, quase uma "escovada"com o jato.
O rendimento aproximado desta operação, considerando o grau C de corrosão é entre 30 a
45 m2/h por bico;
Sa 2 - Jato comercial - executado de forma um pouco mais minuciosa do que no Jato ligeiro.
Cerca de 65% das carepas e ferrugem são eliminadas. O rendimento aproximado é de 15 a
20 m2/h por bico;
Sa 21/2 - Jato ao metal quase branco - mais minucioso que o anterior, sendo 95% de carepas
e ferrugens removidas. A coloração da superfície é cinza clara, sendo toleradas pequenas
manchas. O rendimento aproximado é de 10 a 15 m2/h por bico;
Sa 3 - Jato ao metal branco - 100% das carepas e ferrugens removidas. É o grau máximo de
limpeza. A coloração da superfície é cinza clara e uniforme. O rendimento aproximado é de
6 a 12 m2/h por bico. Determinado o estado inicial da superfície (A, B, C ou D), definido o
tipo de limpeza (designada pelas letras: St ou Sa) e o grau de limpeza (designado por
números) é então estabelecida a notação alfanumérica que define a especificação da
limpeza de superfície, por exemplo: B Sa 2 1/2. Obs.: É possível obter o grau St 2 de
limpeza com ferramentas mecânicas
basta para isto gastar menos tempo na operação e também é possível obter St 3 com
ferramentas manuais. Logicamente este último grau é mais difícil, de se conseguir por
envolver maior tempo do operador na limpeza, mas é possível.
91
Pressão Utilizada no Processo de hidrojateamento
Processo em que a limpeza da superfície é obtida por meio de água a altas pressões. De
acordo com a Norma SSPC-SP12 / NACE No 5.
hidrojateamento a alta pressão: a pressão varia de 34 Mpa a 170 Mpa (10000 psi a
25000 psi);
hidrojateamento a hiperalta pressão: usada para pressões acima de 170 Mpa (25000
psi). Atualmente, existe equipamentos capazes de operar com pressões ate 276 Mpa
(40000 psi).
92
Modulo III
• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta quando a temperatura ambiente for
inferior a 5 °C, exceto quando se tratar de tinta cujo mecanismo de formação de película
seja por evaporação do solvente. Tais tintas podem ser aplicadas desde que a
temperatura ambiente seja igual ou superior a 2°C.
• Não deve ser aplicada tinta a superfícies metálicas cuja temperatura seja inferior à
temperatura de ponto de orvalho + 3, ou em superfícies com temperatura superior a 52
°C. No caso de tintas a base de silicatos inorgânicos ricos em zinco, a temperatura da
superfície metálica não deve exceder a 40 °C.
• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma,
ou quando a umidade relativa for superior a 85 %, nem quando haja expectativa deste
valor de umidade ser alcançado.
• Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro ou bruma
ou quando a umidade relativa do ar for superior a 85 %, nem quando haja expectativa
deste valor ser alcançado.
93
As condições que podem influir no desempenho das tintas e, por tanto devem ser
respeitadas pelo pintor são:
Temperatura da tinta
A temperatura da tinta, medida na lata, se for monocomponente ou na mistura se for
bicomponente, deverá estar entre 16 e 30 °C. Lembrar que na mistura de A com B das
tintas bicomponentes, a temperatura aumenta.
A temperatura da tinta pode ser medida com um termômetro comum.
Temperatura do ambiente
A temperatura do ar no ambiente onde a pintura será executada deverá estar entre 16
°C e 30 °C. Em temperaturas abaixo de 16 °C, até no mínimo 10 °C e acima de 30 °C,
até no máximo 40 °C, poderão ser necessárias técnicas especiais de diluição e de
aplicação.
A temperatura do ambiente poderá ser medida com um termômetro comum.
Temperatura da superfície
A temperatura da superfície a ser pintada deverá estar entre 16 °C e 30 °C.
Em temperaturas abaixo de 16 °C até no mínimo 10 °C e acima de 30, até no máximo 55
°C, poderão ser necessárias técnicas especiais de diluição e aplicação.
A temperatura da superfície pode ser medida com um termômetro de contato.
94
A umidade do ar pode ser medida com um higrômetro ou com um psicrômetro
(termômetros de bulbos seco e úmido)
Ponto de orvalho
É a temperatura na qual a umidade do ar que está na forma de vapor de água, se
condensa, passando para o estado líquido.
De manhã são notadas gotas, chamadas de orvalho, nas plantas. O que aconteceu na
madrugada foi a condensação do vapor de água da atmosfera (umidade relativa do ar -
UR) na superfície das folhas. Durante a madrugada, a umidade do ar costuma ser mais
alta do que em outros períodos do dia e como as folhas perdem calor mais rapidamente
do que o ar e ficam com temperatura abaixo da do ambiente, ocorre a condensação.
Ponto de orvalho + 3°
Aplicação de tintas
UR % Temperatura Ambiente ºC
10 15 20 25 30 35 40
90 8,2 3,3 8,3 23,2 28,0 33,0 38,2
85 7,3 2,5 7,4 22,1 27,0 32,0 37,1
80 6,5 1,6 6,5 21,0 25,9 31,0 36,2
75 5,6 0,4 5,4 19,9 24,7 29,6 35,0
70 4,5 9,1 4,2 18,6 23,3 28,1 33,5
65 3,3 8,0 3,0 17,4 22,0 26,8 32,0
60 2,3 6,7 1,9 16,2 20,6 25,3 30,5
55 1,0 5,6 0,4 14,8 19,1 23,9 28,9
50 - 0,3 4,1 8,6 13,3 17,5 22,2 27,1
45 - 1,5 2,6 7,0 11,7 16,0 20,2 25,2
40 - 3,1 0,9 5,4 9,5 14,0 18,2 23,0
35 - 4,7 - 0,8 3,4 7,4 12,0 16,1 20,6
30 - 6,9 - 2,9 1,3 5,2 9,2 13,7 18,0
As técnicas de boa pintura recomendam que as tintas não devem ser aplicadas se a
temperatura da superfície não estiver no mínimo 3 °C acima do ponto de orvalho.
95
No exemplo acima, se a temperatura da superfície não estiver acima de 21,6 °C (18,6 °C
+ 3 °C), a pintura não deverá ser executada. Estes 3,0 °C são considerados margem de
segurança, pois os solventes ao se evaporarem resfriam a superfície da tinta e poderá
haver condensação da umidade do ar ambiente. Se for possível aquecer a superfície a
ser pintada, dentro dos limites normais de aplicação, esta regra (ponto de orvalho + 3),
prevalece sobre outras, inclusive sobre a restrição de no máximo 85 % para a umidade
relativa do ar.
Inspeção e Limpeza de Superfície, toda a superfície a ser pintada deve ser inspecionada
e limpa com solvente ou outros produtos adequados, de acordo com a necessidade e
em conformidade com a ABNT NBR 15158.
A preparação de superfícies deve ser executada de acordo com a ABNT NBR 7348 para
tintas líquidas e de acordo com as recomendações do Fabricante para tintas em pó.
De acordo com a exigência das tintas, o preparo da superfície pode ser realizado por
meio de tratamento manual ou mecânico, utilizando as normas ABNT NBR 15239 ou
SSPC-SP 11.
96
As superfícies a serem pintadas devem estar livres de poeira, umidade óleo, graxa ou
gordura e também contaminantes não visíveis, conforme descrito na ABNT NBR 7348.
97
Na abertura do recipiente da tinta, esta deve apresentar-se homogênea, sem nata, sem
grumos e sem espessamento.
Quanto à preparação das tintas a serem aplicadas, elas deverão ser homogeneizadas
antes e durante a aplicação, a fim de manter o pigmento em suspensão. Nas tintas de
dois ou mais componentes estes devem ser homogeneizados separadamente antes de
se fazer a mistura.
Após a mistura, não devem ser observados veios ou faixas de cores diferentes e a
aparência deve ser uniforme. A homogeneização deve processar-se no recipiente
original, não devendo a tinta ser retirada do recipiente enquanto todo o pigmento
sedimentado não for incorporado ao veículo. Entretanto, admite-se que uma fração não
sedimentada da tinta possa ser retirada temporariamente para facilitar o processo de
homogeneização. Caso haja dificuldade na dispersão do pigmento sedimentado, a tinta
não deve ser utilizada O misturador mecânico deve ser utilizado no processo de mistura e
homogeneização de tintas, exceto para as tintas pigmentadas com alumínio. É vedado o
fluxo de ar nesse processo.
As tintas a serem pulverizadas podem requerer diluição quando não for possível, por
meio de ajustagem ou regulagem do equipamento de pulverização e de pressão de ar, se
obter uma aplicação satisfatória.
Quando houver real necessidade de diluição das tintas, deve ser usado o diluente
especificado pelo fabricante da tinta e realizado sob a orientação do mesmo.
98
vedação com solda deve ser antes da pintura. Quando for necessário, a superfície, antes
da aplicação de cada demão de tinta, deve passar porum processo de limpeza a ser
definido em função das condições específicas de cada trabalho.
As tintas devem ser aplicadas por meio de trinchas, rolos, pistolas (convencional, airless,
pistola eletrostática, etc.) ou combinação de métodos a depender da tinta, do tipo de
superfície, geometria da área e/ou equipamento e das condições ambientais.
O contratante, o aplicador e o fabricante da tinta deverão acordar os métodos mais
adequados, informando no procedimento de execução.
A pintura de reforço (Stripe coat), em áreas críticas, tais como regiões Soldadas , cantos
vivos, cavidades e fendas, alvéolos e pites , deve ser executada preferencialmente com
trincha em todas as demão salpicadas, exceto para tintas à base de etil-silicato de zinco.
99
Recomendações Específicas para Aplicação
As superfícies usinadas e outras que não devem ser pintadas, mas que exijam proteção,
devem ser recobertas com uma camada de verniz destacável , ou outro revestimento que
seja de fácil remoção.
Durante o processo de aplicação e secagem da demão, deve-se evitar qualquer
contaminação da película (Ex: sal, poeira, etc.).
O fabricante da tinta deve informar os intervalos de tempo (máximo e mínimo) entre
demãos para cada tinta utilizada no esquema de pintura.
Para aplicação de demãos de tinta do tipo sem solvente, quando for operacionalmente
viável e devidamente autorizado pelo fabricante, aplicar a demão subsequente quando a
anterior estiver seca ao toque. Se isso ocorrer, não é necessário medir a espessura de
película da demão anterior. Caso não ocorra, devem ser respeitados os intervalos
recomendados (mínimo e máximo), para aplicação de cada demão.Caso os intervalos
para aplicação da demão subsequente ou repintura tenham sido ultrapassados, o
fabricante da tinta deverá recomendar o procedimento a ser executado quando isso
ocorrer.
100
Recomendações para Pintura de Manutenção e Retoques
Quando não for determinada a repintura total, em face de uma análise técnico-
econômica, a pintura de manutenção deve ser executada somente nos locais onde se
identifiquem defeitos, falhas ou apresentem aderência não satisfatória.
Nas áreas adjacentes ao retoque, todas as bordas devem ser chanfradasou desbastadas
por meio de lixamento, para recomposição uniforme do sistema de pintura especificado.
A repintura parcial deve ser feita de modo a minimizar qualquer dano à parte da pintura
que se encontre em boas condições. As tintas utilizadas devem ser aquelas
especificadas ou compatíveis com o esquema original.
Homogeneização de Tintas
A homogeneização das tintas antes do seu uso é fundamental, pois as tintas são
constituídas de produtos em suspensão e que pela força da gravidade se sedimentam
formando duas fases distintas. Uma parte líquida superior com o veículo (solvente +
resina + aditivos líquidos) e a outra inferior, a sedimentação, (pigmento sedimentado +
cargas e aditivos sólidos). Os pigmentos das tintas são partículas muito pequenas, da
ordem de 0,1 a 1,0 micrometros, mas possuem massa e acabam se depositando no
fundo da lata. Por isso, é necessário mexer bem a tinta, com cuidado para que todo o
pigmento seja redisperso. A homogeneização é fundamental para que a tinta fique em
condições de aplicação aceitáveis e de resistência e aderências favoráveis.
Quando a tinta está no estoque por muito tempo e os pigmentos estão sedimentados no
fundo da lata e há uma certa dificuldade de dispersá-los, o procedimento é o seguinte:
Abrir a lata (1) e verificar com uma espátula se há presença de sedimentação Caso
positivo, transferir a parte líquida para uma segunda lata limpa (2).
Mexer a sedimentação com espátula na lata (1) e retornar lentamente a parte líquida que
está separada na outra lata (2) Continuar mexendo a sedimentação na lata (1) até que
toda a parte líquida que estava na outra lata (2) seja reincorporada e bem
homogeneizada.
101
A homogeneização da tinta é muito importante para que todos os seus componentes
fiquem uniformes e em condições de uso. Deve ser feita em seu recipiente original,
admitindo-se que parte pode ser retirada temporariamente para facilitar a
homogeneização.
No caso de tintas a base de pigmentação alumínio, a homogeneização tem que ser feita
com cuidado, em velocidade baixa para não amassar as partículas do pigmento e não
deixar a tinta ficar com uma aparência mais escura (chumbada).
A sedimentação ocorre devido a tintas serem constituídas de compostos em suspensão
(Pigmentos) e que pela força da gravidade se sedimentam formando uma pasta no fundo
das embalagens.
Não devem ser usadas tintas cujo tempo de estocagem (shelf life) tenha sido
ultrapassado. O tempo de estocagem varia para cada tipo de tinta.
O tempo de estocagem deve ser informado pelo fabricante da tinta. A depender das
condições de armazenamento, uma tinta pode ter seu tempo de estocagem vencido sem
que, entretanto, tenha se degradado.
A realização de alguns testes de laboratório é a forma ideal de analisar se a tinta está em
condições de uso ou não, particularmente a viscosidade e os tempos de secagem.
Inspeções visuais de campo também podem indicar a degradação ou não da tinta.
Por exemplo, as tintas a base de silicato de etila formam nódulos gomosos (grumos).
As tintas a óleo ou óleo modificadas oxidam–se superficialmente, formando uma nata ou
mesmo endurecendo. Algumas pigmentadas com pigmentos pesados, tintas de fundo,
formam sedimentações duras impossíveis de serem dispersos mesmo por diluição. Para
as tintas de base epóxi, o aumento dos tempos de secagem é uma indicação evidente de
sua degradação. Esta dispersão deve ser feita preferencialmente por meio de agitadores
pneumáticos (exceto para tintas pigmentadas com alumínio, que podem ter as partículas
de pigmento quebradas)
ou alternativamente por meio de ferramentas manuais.
Em algumas situações, a depender das características da tinta e do processo de
aplicação, torna-se necessário efetuar uma diluição da tinta imediatamente antes da
aplicação, para efeito de ajustar sua viscosidade e, consequentemente, aperfeiçoar a
aplicação.
102
2) Se houver sedimento, mexer a sedimentação com a espátula buscando a sua
dispersão.
3) Caso não consiga uma boa homogeneização e a tinta estiver dentro do seu prazo
de validade, informar ao fabricante.
são válidas as mesmas observações quanto à diluição requeridas para as tintas mono
componentes. Entretanto, requerem cuidados especiais em termos de proporção de
mistura.
Nota:
Pode ser usado agitador pneumático ou elétrico.
Os erros mais comuns são: utilização da base de uma tinta com "catalisador" de outra,
ou esquecimento de que a tinta é bicomponente e aplicação somente da base. De um
jeito ou de outro, a tinta não irá curar satisfatoriamente e terá que ser totalmente
removida da superfície.
Rótulos das tintas: As embalagens das tintas normalmente são litografadas, isto é, a
impressão é feita na própria lata, com dados que são comuns a todos os produtos de
uma linha e com as precauções de manuseio das tintas. O que é diferenciado para cada
103
tinta é o rótulo ou também conhecido como etiqueta ou "Peel-off". Estes trazem as
informações específicas de cada produto.
O rótulo contém muitas informações úteis para o pintor, como o nome do produto, o
código do produto, o número do lote, a data de fabricação e o prazo de validade, a
proporção de mistura e o diluente a ser utilizado. Toda vez que o pintor for retirar a tinta
da lata deve entornar a embalagem no lado contrário ao do rótulo, para evitar que se
houver escorrimento, a tinta suje
ou impeça a leitura dos rótulos.
homogeneização deve ser feita com agitadores mecânicos, como por exemplo, furadeiras
elétricas adaptadas, com motor blindado à prova de explosão. Durante a agitação a
tampa deve ficar fechada. Para isto pode-se confeccionar uma tampa de madeira com
uma abertura para a haste de agitação entrar. A proporção em peso também é fornecida
pelos fabricantes e facilita a preparação das tintas, por que pode ser usada uma balança.
Uma lata vazia é pesada. Coloca-se o componente A e anota-se a massa. Calcula-se a
quantidade de componente B que deve ser adicionada em função da proporção de
mistura em peso e com uma colher coloca-se o componente B sobre o A, até atingir o
peso calculado. A mistura em peso é mais prática e mais precisa, no entanto exige uma
balança eletrônica. Quando o pintor vai utilizar a tinta toda, não deve se preocupar com a
proporção de mistura, pois o fabricante já coloca a quantidade exata nas duas
embalagens e assim a mistura já estará na proporção correta. Porém, quando vai usar
apenas pequenas quantidades de tinta, é necessário seguir a proporção de mistura
indicada na ficha técnica ou no rótulo das embalagens.
A mistura fora da proporção ou a aplicação de somente um dos componentes acarreta
prejuízos, pois a película pode ficar mole e grudenta ou endurecer demais e ficar toda
rachada e quebradiça. Uma vez que foi aplicada errada não há como recuperar uma tinta
104
fora de proporção. Só resta remover toda a tinta e aplicar novamente, só que desta vez
na proporção correta.
Vida útil da mistura ou "pot-life" é o tempo que o pintor tem para usar a tinta
bicomponente depois que as duas partes, A e B foram misturadas. Feita a mistura, as
resinas dos dois componentes começam a reagir e após este tempo à tinta gelatiniza ou
endurece e não é mais possível a sua utilização.
A adição do diluente, se necessária, deve ser feita após a mistura dos dois componentes.
No caso de tintas com proporção 1:1, é necessário providenciar uma terceira lata com
capacidade maior.
Após a mistura, e diluição, o pintor deve fechar a lata onde a mistura foi feita e aguardar
de 10 a 15 minutos. Este tempo chama-se indução ou espera, e serve para que as
105
resinas comecem a reagir e quando forem aplicadas estejam mais homogêneas e
prontas para aderirem à superfície.
Diluição
As tintas em geral são fornecidas mais grossas (alta viscosidade) e devem ser diluídas ou
afinadas no momento do uso. A viscosidade mais alta serve para manter os pigmentos
em suspensão. Quando a tinta é muito rala (diluída), os pigmentos se sedimentam
rapidamente formando um bolo duro e compacto no fundo da lata. Para a dispersão desta
sedimentação é necessário um agitador mecânico, nem sempre disponível na obra ou na
oficina. A ficha técnica indica a proporção de diluição em volume e informa qual é o
diluente que deve ser usado para afinar a tinta. A proporção de diluição depende das
condições e do tipo de aplicação. Muitas tintas podem ser aplicadas a pincel ou a rolo
sem necessidade de diluição. Já a pistola não consegue pulverizar a tinta se ela estiver
muito grossa. A diluição afina a tinta permitindo que o ar comprimido transforme o líquido
em micro gotas (spray) que são jogadas contra a superfície.
O diluente é encontrado com outros nomes, como redutor, tíner (thinner), dissolvente, etc.
Os nomes são diferentes, mas a finalidade é a mesma, pois o diluente serve para diluir a
tinta, ou seja, afinar; o redutor serve para reduzir a viscosidade da tinta, ou seja, afinar a
tinta e o thinner, como o nome indica em inglês, quer dizer afinador, ou seja, serve para
afinar.
O uso de diluente diferente do recomendado na ficha técnica pode causar defeitos na
tinta e na pintura. É conveniente que o diluente seja o indicado e fornecido pelo mesmo
fabricante da tinta, para evitar incompatibilidades com os solventes da tinta ou com a sua
resina. Podem ocorrer os seguintes problemas":
106
Se o diluente contiver solventes muito leves: Fervura (aparecem bolhas como se a tinta
estivesse fervendo. Algumas não chegam a se romper e outras se transformam em
crateras ou furos);
Solventes
Os solventes utilizados nas diversas tintas para aplicação em aço são de diferentes
naturezas químicas: hidrocarbonetos alifáticos (aguarrás e naftas leves), hidrocarbonetos
aromáticos (xileno e tolueno), glicóis (etilglicol, butilglicol, acetato de etilglicol, acetato de
butilglicol, acetatos (acetato de etila, acetato de butila, acetato de isopropila), cetonas
(metiletil cetona-MEK, metilsobutil cetona-MIBK e ciclohexanona) e álcool (álcool
isopropílico e álcool butílico).
Todos são compostos orgânicos 100% voláteis, que têm a função de dissolver a resina.
São produzidos pela indústria química ou petroquímica mas a origem é o petróleo. Numa
tinta são utilizadas composições de solventes, onde são misturados solventes leves,
médios e pesados em proporções que permitam a evaporação rápida dos mais leves
para que a tinta fique mais viscosa e evite escorrimentos em superfície vertical e os mais
pesados deixem a película posteriormente para que a tinta possa ter melhor penetração
na superfície e melhor alastramento. O solvente tem a função de diminuir a viscosidade
das tintas para facilitar a aplicação, de homogeneizar a película, de melhorar a aderência
e atuar sobre a secagem.
Como características, os solventes apresentam além da volatilidade e do poder de
solvência, a inflamabilidade e a toxicidade. O cheiro também é uma característica dos
solventes, embora tenham sido lançadas recentemente algumas tintas com solventes de
baixo odor (à base de hidrocarbonetos alifáticos desodorizados). O solvente, aguarrás de
baixo odor é um exemplo, que além de causar menor desconforto para quem pinta e para
as pessoas próximas à pintura, é mais seguro pois o ser humano tem maior tolerância a
este tipo de solvente.
107
Se o diluente contiver solventes pesados:
Para a diluição na proporção correta, o pintor deve usar sempre um copo graduado, que
pode ser de plástico resistente a solventes (por exemplo, de polipropileno).
Na tabela abaixo podem ser encontradas as quantidades de diluente que devem ser
adicionadas às quantidades de tinta nas proporções de diluição de 10, 15, 20 e 25 % em
volume.
Quantidade
Tinta Diluente (ml)
gl (i) 10% 15% 20% 25%
1/32 0,112 11 17 22 28
1/16 0,225 22 34 45 56
1/8 0,375 38 56 75 94
¼ 0,900 90 135 180 225
1 3,600 360 540 700 900
5 8.000 800 2.700 3,600 4500
ESQUEMAS DE PINTURA
As tintas de manutenção são formuladas para permitirem que as estruturas e
equipamentos permaneçam por grandes períodos sem corrosão, e periodicamente
sofram uma manutenção que pode ser desde um simples retoque até substituição de
toda tinta velha por outra nova. As pinturas podem ter um desempenho que em
condições favoráveis, chega a uma vida útil de 5 anos ou mais.
Em condições adversas, a mesma pintura poderia durar cerca de 1 ou 2 anos.
Tudo vai depender do meio ambiente e do esquema de pintura empregado.
108
Num esquema de pintura podem ser classificadas da seguinte forma;
109
Aplicação possíveis com: pincel, rolos, pistola, pistola Airless, etc;
Após a análise dos fatores acima que fundamentam a definição das tintas, estabelece o
esquema de pintura que deve incluir:
Um estudo do SSPC, realizado com tinta epóxi, fundo e acabamento, em três ambientes
industriais com diferentes agressividades, variando apenas o grau de preparação de
110
superfície, limpeza mecânica St 3 versus jato comercial Sa 2, mostrada na tabela abaixo,
evidencia a necessidade de melhores preparos de superfície para ambientes agressivos,
e que quanto melhor é o preparo, em quaisquer situação, maior será a durabilidade da
pintura.
Segue abaixo alguns esquemas de pintura supostos, para pintura sobre aço
carbono para ambientes: urbanos, industriais e marítimos.
111
Para Ambientes Marítimos:
Nº EPS EPS
Esquem Tip Tint Observações
Demã Por/demão Total
a o a
os (µm) (µm)
112
Tipo de Pincel Tipo de Trabalho Observações
Trincha 75mm a 100mm Superficie Grandes e Carrega mais
(3 a 4 polegadas) Planas tinta e rende
mais
Trincha 25mm a 50mm Superficie Pequenas e Evita desperdício
(1 a 2 Polegadas) Planas de tinta
Pincel redondo ou Parafuso, Porcas, Para bater a tinta
Trincha 25mm a 38mm Cordões de Solda, e fazer penetrar
(1 a ¼ de polegadas) Frestas, Arestas nas frestas e
saliências
Mergulhar cerca de 2/3 do comprimento dos pelos na tinta e levar o pincel à superfície,
virado para baixo, meio inclinado. As pinceladas iniciais devem ser curtas, procurando
espalhar uma quantidade uniforme de tinta, esfregando os pelos na superfície para cobrir
todas as irregularidades. O nivelamento e o alisamento das camadas se fazem com
longas pinceladas cruzadas sobre as iniciais, sem apertar muito para evitar marcas
profundas. As pinceladas devem ser dadas com uma pequena inclinação no pincel, para
facilitar o deslizamento. A
inclinação deve ser ao contrário na volta. Ao terminar o trabalho diário, o pintor deve lavar
o pincel com solvente e em seguida com água e sabão. Esta simples providência faz com
que os pincéis durem
mais.
113
O grande uso dos pincéis na pintura de estruturas metálicas
é para reforçar cordões de solda, arestas vivas, quinas,
cantos e frestas. No entanto, o reforço nestas áreas deve ser
feito com a tinta diluída. A diluição é necessária para
possibilitar a penetração da tinta e evitar camadas muito
espessas, que acabam sofrendo retração e destacamento. É
importante fazer o reforço nestas áreas que são consideradas críticas e isto deve ser feito
antes de cada demão normal.
O ideal é optar por trinchas com cerdas bem agrupadas, em maior volume e fios com
comprimentos longos, uniformes e proporcionais.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é a maciez das cerdas, fundamentais
para que o acabamento e a qualidade da pintura estejam asseguradas. Um produto cujas
cerdas são “duras”, por exemplo, pode dificultar, atrasar e prejudicar o resultado final da
obra.
114
Perda de tinta menor que outros métodos;
Não ocasiona overspray;
Para não ocorrer o defeito sangramento, deve-se evitar o repasse excessivo da
trincha para aplicação de tintas que secam e formam película somente pelo
processo de evaporação de solventes;
Não indicado para tintas ricas em zinco a base de silicatos;
Utiliza-se trinchas de até 125 mm de largura para pintura de grandes áreas. As
cerdas são, normalmente, de pelos de animais, fibras sintéticas ou vegetais.
Rolo
É um método tradicional e bastante utilizado para proteção anticorrosiva e possui as
seguintes características:
Pintura a rolo
Os rolos podem ser fabricados com pele de carneiro ou lã sintética (acrílica) para tintas a
base de água ou de solventes e de espuma de poliuretano somente para tintas a base de
água (incham e se desmancham quando usados com tintas à base de solventes
orgânicos).
Os rolos são fornecidos com comprimento de pelos de 6 mm até 23 mm. Os de pelos
longos carregam mais tinta e são adequados para superfícies irregulares, porém deixam
115
marcas em relevo como casca de laranja. Os de pelos curtos evitam formação de
espuma e dão acabamento mais liso e uniforme, porém a espessura da camada de tinta
fica mais baixa. Se não for possível comprar rolos com pelos mais curtos, pode-se
queimar "sapecando-os" em uma chama. O miolo dos rolos pode ser um tubo de resina
fenólica ou de polipropileno, ambos resistentes aos solventes. As larguras dos rolos
variam de 75 mm até 230 mm. Para pintura
cantoneiras e perfis estreitos, são usados os de 100 mm.
Rolo de Lã
Rolo de Espuma
Pinceis e Trinchas
116
solventes, mergulhe em aguarrás ou no diluente presente na composição da tinta, até
que os pelos descolem uns dos outros. Caso seja necessário, escove os pelos do pincel
com uma escova de arame, a fim de eliminar os restos de tinta endurecidos. Em seguida,
lave com um pouco de água morna e detergente com pH neutro. Em seguida, esprema e
alise os pelos e deixe secar à sombra. Guarde os pincéis em posição horizontal e nunca
deixe nenhum peso sobre os pelos
Rolos de pintura
Utilize uma espátula para tirar o restante de tinta que esteja em abundância sobre esse
material de pintura. Após esse processo, passe o rolo sobre um jornal para retirar o
restante da tinta. Retire o cilindro de suporte e, assim como os pincéis, mergulhe em
água ou aguarrás, dependendo da composição da tinta utilizada. Esfregue os pelos com
um detergente de pH neutro e água quente e, em seguida, seque-o com ajuda de um
pano limpo e volte a colocá-lo no suporte. Deixe que seque completamente à sombra
para, em seguida, guardá-lo pendurado pelo cabo
Caso ainda haja restos de tintas que podem ser utilizados posteriormente, guarde as
latas em local arejado, seco e longe do alcance das crianças e animais de estimação. A
lata deve ser hermeticamente fechada, para que a tinta seja apta para uso e não forme
uma película. Assim, quando a lata é reaberta, haverá apenas uma fina camada
endurecida por cima, que poderá ser retirada e a tinta permanecerá fresca por baixo.
O material de pintura que recebeu a tinta, como baldes e tabuleiros, devem ser lavados
com água ou diluente, de acordo com a composição da tinta utilizada e, depois da
lavagem, pode ser seco com um pano que não solte pêlos ou papel absorvente, para que
possam ser utilizados novamente.
Pistola de pintura
A pistola de pintura é uma das ferramentas de precisão que permite obter ótimos
resultados gastando menos tempo. Mas para garantir que você tenha seu equipamento
funcionando por muito mais tempo ele precisa passar por manutenção, e ser limpo após
o uso, ao final de cada dia de trabalho.
Tanto para tintas à base de água ou solvente o procedimento de limpeza será o mesmo,
a única diferença será o uso de solvente, em vez de água e detergente, de acordo com a
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composição da tinta. Procure sempre utilizar solventes não inflamáveis, pois sua
segurança deve estar sempre em primeiro lugar.
Para fazer a limpeza da pistola de pintura serão necessários panos, pinceis, água ou
solvente, recipiente para descartar os produtos utilizados, e em alguns casos, chave para
desmontagem. Não utilize objetos ásperos, pontiagudos ou afiados, eles poderão
danificar a pistola de pintura. Tenha todas as ferramentas necessárias à mão, se
necessário faça um check list antes de começar o trabalho, isso evita que você perca
tempo e tenha que parar a higienização da pistola para pegar algum instrumento que
esteja faltando.
Limpeza do equipamento:
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tinta que resta na mangueira de 8 mm (5/16") de diâmetro por 3 metros de comprimento,
chega a 150 cm3 . 01 litro de solvente é suficiente para limpar até 3 metros de
mangueira.
O corpo da pistola nunca deve ser mergulhado no diluente, pois este retira a lubrificação
e pode ressecar as guarnições. Além disto, o solvente sujo pode entupir as passagens de
ar no interior da pistola.
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Pente
Medidor de espessura úmida (pente)
O pintor apoia o pente sobre a superfície pintada e verifica qual foi o dente de maior valor
que molhou e o primeiro após que não molhou.
No exemplo acima, 20 um foi o maior valor que molhou e 30 um foi o primeiro que não
molhou. O valor da espessura é: (20+30) / 2 = 25 um. Na prática, o pintor lê o valor do
maior dente molhado, (20 um).
Como a espessura seca (EPS) é especificada, os sólidos por volume (SV) são dados na
ficha técnica e a % de diluição (% Dil) efetivamente realizada, é anotada, podemos
calcular a espessura úmida usando a seguinte fórmula:
Por outro lado, tendo a espessura úmida, o pintor pode calcular a espessura seca que
será obtida usando a seguinte fórmula: EPS = EPU x SV.
A evaporação dos solventes e da cura das tintas, a película seca, já endurecida, pode ser
medida com diversos tipos de aparelhos. Os magnéticos são os mais comuns, e os mais
usados destes medidores são: o Magnético (jacaré, pica-pau ou Mikrotest) e o Eletrônico.
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Desenho esquemático do aparelho magnético
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Mas, este pequeno percentual é o suficiente para a "delaminação" ou o início de um
desastre.
Obviamente, muitos casos que temos de tratar são áreas maiores que as citadas. Toda a
tinta ou componente deve ser homogeneizado em seus recipientes antes e durante a
mistura, e na aplicação deve ser agitado frequentemente. A mistura e homogeneização
devem ser feitas por misturadores mecânicos; admite-se a mistura manual para
recipientes de até 3,6L, sendo que as tintas pigmentadas com alumínio, devem ser
misturadas manualmente.
No caso das tintas ricas em zinco (PETROBRAS N-1277, N-1661, N1841 e N-2231)
a mistura deve ser sempre mecânica.
EXECUÇAO E APARELHAGEM
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Marcar locais onde exista vestígios de óleo, graxa, gordura, cimento, pontos de
corrosão ou outros materiais;
Anotar o grau de corrosão em que se encontra a superfÍcie : (A,B,C e D,
conforme ISO- 8501-1), assim como os defeitos de pintura no caso de películas
de tinta antiga;
Após a preparação da superfície e imediatamente antes de iniciar a pintura
procede-se a
Inspeção que objetiva verificar se foi alcançado o grau mínimo de limpeza recomendado
ou especificado. No caso de limpeza por jato abrasivo, deve-se medir o perfil de
rugosidade alcançado.
Avalia-se o grau usando normas que padronizam procedimentos e aspecto da superfície.
É muito importante que esta inspeção seja realizada imediatamente antes da pintura, pois
a superfície limpa fica ativada e rapidamente começa a enferrujar. Usa-se padrões
fotográficos da norma 8501-1.
Muitas vezes toma-se difícil definir exatamente o grau de limpeza comparado com estas
normas, por várias razões de ordem prática, como sombreamento causado pelo abrasivo,
tipo de contaminante existente antes da limpeza, além de fatores próprios de cada obra.
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Controle de Qualidade Antes e Depois da Aplicação
A seguir, serão destacadas algumas ações para prevenção de defeitos, que devem ser
implementadas antes da aplicação de um esquema de pintura a fim de evitar o
aparecimento de defeitos durante o controle da qualidade ao final da
aplicação.explicitação do esquema de pintura;
Qualidade das tintas utilizadas
Treinamento de capacitação do pessoal
Elaboração de procedimentos de aplicação
Atenção em quais serão os padrões de inspeção
Atenção na qualidade da pintura, pois poderão passar por testes de qualidade
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A seguir, será mostrada uma sequência de ações de controle de qualidade que deve
nortear a aplicação de um esquema de pintura.
FALHAS E DEFEITOS
A seguir são apresentadas as falhas que ocorrem com mais frequência, de acordo com
Qualificação
Escorrimento ou descaimento
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Espessura irregular (falta ou excesso)
Manchas ou manchamento
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Over spray (pulverização deficiente) ou atomização seca
Observações: mais comum em tintas de secagem rápida. Também pode ser a causa da
porosidade (defeito que será descrito posteriormente).
Porosidade ou poros
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Sangramento ou ressolubilização
Cratera ou craterização
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Impregnação de abrasivos e/ou materiais estranhos ou lixa
Inclusão de pelos
Descrição: a pintura fica impregnada por pelos ou fiapos que podem aflorar, tornando-se
visíveis ou ocluídos no seio da pintura, marcando a superfície.
Causas: contaminação da superfície a ser pintada ou ainda com tinta fresca por pelos
(fios, fiapos, cabelos, etc.), originados de trinchas, rolos, trapos, panos, etc; pelos levados
pelo vento que caem sobre a tinta fresca; tinta contaminada por estes tipos de impurezas.
Empolamento ou bolhas
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Causas: empolamento seco, ocorre em condições secas; oclusão de solvente ou ar no
filme; tintas incompatíveis; superfícies muito quentes. Empolamento com líquido no interior,
ocorre em condições de imersão; incompatibilidade com proteção catódica ou excesso de
proteção catódica; pintura sobre sal solúvel.
Correções: antes da secagem, remover a pintura com pano e solvente. Após a secagem,
dependendo da intensidade, lixar ou remover toda a pintura e aplicar outra demão; drenar
e limpar os equipamentos e a superfície contaminados com água; não aplicar tintas
incompatíveis entre si nem as que sejam inadequadas para proteção catódica; evitar pintar
sobre superfícies muito quentes.
Soluções:
Conferir distância entre a pistola e manter na média de 25 cm;Utilizar
diluentes recomendados e utilizar tintas segundo boletim técnico;Depois
da tinta seca deve-se lixar a superfície e retirar as imperfeições
nivelando;A superfície e depois repintar conforma especificação
técnica;Treinamento ao aplicador;Se necessário remover totalmente a tinta aplicada.
6) Respeitar intervalos de tempo e secagem conforme boletim técnico; Acertar a
viscosidade da tinta a ser aplicada.
Enrrugamento
Causas: Utilização de tintas epóxis ou PU sobre tintas sintéticas; Não
respeitar os intervalos entre demãos; Secagem superficial muito rápida
;Utilizar diluentes não recomendados ;Aplicações de películas muito
espessas
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Soluções:Não aplicar tintas epóxis e PU sobre tintas sintéticas;Utilizar o diluente
recomendado conforme boletim técnico;Remover toda película;Aplicar espessura
recomendada conforme boletim técnico;Fazer a diluição corretamente;Depois da tinta
seca, deve-se lixar removendo as imperfeições, nivelando a superfície. Após respingar
conforma especificação técnica. Pequenas rugas na superfície ou encolhimento da
pelicula aplicada.
Fervura
Aparecimento de uma grande quantidade de pequenas bolhas em toda
superfície ou parte dela.
Causas:
Temperatura do ambiente alta;Utilização de diluentes não
recomendados;Tinta não recomendada para aplicação; Aplicação em
superfícies quentes; Espessura muito alta na aplicação; Solvente com
rápida evaporação; Necessidade de Flash Off (espera ao ar livre antes de
colocar na estufa).
Soluções:
Depois da tinta seca, deve-se lixar as partes afetadas fazendo uma melhor preparação de
superfície. Após repintar conforme especificação; Utilização de diluentes não
recomendados, conforme boletim técnico; Conferir com o departamento técnico se a tinta
é recomendada para aplicação; Controle a temperatura da superfície: Etil-Silicato:
temperatura máxima de 40ºC.
Todas tintas: temperatura máxima de 52ºC; Aplicar espessura recomendada conforme
boletim técnico;Elevar o tempo de cura em estufa;
Descascamento
Falta de aderência entre a película da tinta e o substrato. Ocorre o
descascamento da tinta em uma pequena parte ou na totalidade da
superfície.
Causas:
Superfície contaminada com óleos, graxas, cal ou partículas sólidas;
Substrato com alto índice de umidade; Pintura sobre superfície quente;
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Reação da tinta com o substrato em compostos solúveis em água; Superfície
contaminada após a limpeza; Baixa rugosidade; Incompatibilidade entre tintas; Não
respeitar os intervalos entre demãos; Resíduos de sujeira na superfície entre as demãos;
Indicação de tintas inadequadas para determinados tipos de substratos (ferro, alumínio,
etc.)
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