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SABOARIA DO BEM

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

Produzir sabonetes naturais é uma atividade muito


gratificante. Para algumas pessoas passa a ser uma
verdadeira terapia, uma forma de se expressar através de
cores, formas e aromas...

Além de você ter a sensação de estar criando algo


maravilhoso, alinhado com sua criatividade e seus
sentidos, você sabe exatamente quais ingredientes seu
sabonete contém e o quão bem tratada sua pele será.

A maioria dos sabonetes e géis de banho industrializados


não são obtidos por processos de saponificação natural e
contém uma série de substâncias sintéticas e
indesejáveis que permitem que os mesmos tenham baixo
custo.

Aqui, no Programa Saboaria Do Bem, você não só aprende


a fazer alguns tipos de sabonete, como também aprende
a formular suas próprias receitas para poder soltar sua
imaginação!
INTRODUÇÃO

Também conhecido pelo termo, em inglês, “handcrafted


soap”, os “sabonetes feitos à mão” são uma mistura de
arte e ciência.
Eles podem variar em cores, aromas, formas, tamanhos e
formulações. Produzi-los pode ser lúdico e divertido mas
também pode ser concebido para cuidados de pele
importantes.
Qualquer que seja a necessidade, o universo da produção
artesanal de sabonetes naturais é prazerosa, envolvente
e recompensadora.
E lembre-se, sabonetes artesanais não são
necessariamente naturais. O que é explorado aqui, no
Programa Saboaria Do Bem, são as processos, materiais
e soluções mais naturais possíveis de forma que você
alcance os melhores resultados e contribua com sua
saúde e com o meio ambiente.

5
INTRODUÇÃO

Você aprenderá a formular um lote de sabonete suave o


suficiente para usar em uma pele mais delicada ou um
com o poder de limpeza, condicionamento ou espuma
para atender a sua necessidade!
Aqui, vamos te ensinar também a economizar dinheiro
fazendo seu próprio sabão para limpeza da sua casa. Além
disso, ele vai tomar o lugar de muitos produtos químicos
de limpeza que você utiliza, tornando sua casa um
ambiente ambientalmente amigável.
Ao cursar esse programa, não vá direto para a produção
do seu sabonete sem antes estudar a lista de
ingredientes e todas as instruções aqui passadas.
Existem procedimentos muito importantes para a sua
segurança que devem ser seguidos.
Esteja preparado!
Este curso possui tudo que você precisa para fazer
produções lindas de sabonetes!
Usufrua de todo o potencial desse curso e adicione amor
em todas as suas formulações!

6
HISTÓRIA
DO SABÃO
HISTÓRIA DO SABÃO

O sabão é, sem dúvida, o produto mais antigo produzido


especificamente como um surfactante ou tensoativo, isto
é, um agente de limpeza que faz a ligação entre a água e
a sujeira oleosa. O sabão continua desempenhando um
papel importante nos dias de hoje e é apresentado no
mercado em uma infinidade de formas, tanto sólidas
como líquidas.
A evidência mais antiga da produção de materiais tipo
sabonetes remonta a cerca de 2800 aC na antiga
Babilônia. Os registros que foram descobertos indicam
que os habitantes ferviam gordura com cinzas. Não está
claro exatamente para que estes produtos foram
utilizados, embora seja provável que seu uso era restrito
a lavar roupa até os tempos romanos. Sugere-se que a
palavra “Sabão” foi obtido a partir de Mount Sapo, que era
um local para o sacrifício dos animais. Gorduras animais
derretidas e cinzas de madeira seriam lavados para baixo
da montanha e, ao longo das margens do Rio Tibre, um
sabão bruto era formado.
A partir dessas origens produto tornou-se
progressivamente mais refinado utilizando matérias-
primas de melhor qualidade. O uso geral de sabão, como
agente de limpeza, provavelmente remonta 1000 anos ou
mais, quando os países em torno do Mediterrâneo
estavam produzindo quantidades modestas de sabão,
utilizando uma variedade de matérias-primas disponíveis
localmente. Além de gorduras animais, óleos vegetais
como o azeite de oliva também eram utilizados. Essa
produção limitada continuou sem sofrer modificação
significativa até a descoberta, no século XIX, de uma
soda de baixo custo, o hidróxido de sódio. O químico
francês Leblanc é reconhecido pela invenção do processo
de conversão de sal comum em carbonato de sódio, o
mesmo material que é derivada de cinzas de madeira.
HISTÓRIA DO SABÃO

O desenvolvimento pelo químico belga, Solvay, do


processo de amônia reduziu ainda mais o custo da soda
e, ao mesmo tempo, melhorou a qualidade e quantidade
deste material, que era essencial para suportar o
crescimento da indústria de fabricação de sabão.
Ao longo do século XIX, a química de fabricação de sabão
tornou-se mais bem compreendida com a descoberta dos
diferentes ácidos graxos presentes em óleos e gorduras
neutras e este, por sua vez, levou ao estabelecimento
dos fundamentos do processo moderno envolvendo a
saponificação de gorduras neutras ou ácidos graxos com
o material cáustico apropriado. A soda cáustica (hidróxido
de sódio) produz um sabão de sódio mais duro, enquanto
que a potassa cáustica (hidróxido de potássio) produz os
sabões de potássio mais suaves e, a partir da seleção de
óleos e gorduras específicas, é possível produzir um
sabão líquido.

Embora os métodos e técnicas de produção possam ter


mudado drasticamente desde esses tempos, vale lembrar
que a química básica de sabão permanece praticamente
inalterada.

O crescente nicho de mercado de sabonetes artesanais


encontrou um ponto de apoio na última década devido à
popularidade renovada desses sabonetes como ótimos
artigos para presentes, aumentando sua procura e uso. O
que começou como um hobby para muitos, se
transformou em pequenas empresas saboaria natural.
SAPONIFICAÇÃO
SAPONIFICAÇÃO

O sabão pode ser facilmente produzido por pessoas


cuidadosas e atentas, mas por trás de toda a
simplicidade na sua execução encontramos uma reação
química complexa chamada de saponificação.
Simplificadamente para se produzir um sabão é
necessário que tais substâncias estejam em contato. A
mistura se altera de uma condição fluida para uma
condição mais espessa chamada de “trace” (famoso
“trace”!) que pode ser identificada quando é possível
fazer um “traço” na massa.
Explicando: quando você passa um garfo na superfície de
uma tigela com água forma-se um traço que desaparece
rapidamente, no entanto, quando você faz a mesma coisa
em um iogurte é possível visualizar o traço por um
período maior de tempo. Por analogia, pode-se dizer que o
“trace” corresponde a essa segunda situação.
A química da saponificação ocorre, basicamente, em dois
processos separadamente, mas que ocorrem
simultaneamente.
O primeiro processo é a quebra dos ingredientes em
partes úteis, ou seja, dos óleos e gorduras (triglicerídeos)
em ácidos graxos e glicerol, chamado de hidrólise. E da
ionização da base forte utilizada, os hidróxidos de sódio
ou potássio, que ocorre a partir da sua solubilização em
água.
O segundo processo é a reação dos produtos formados no
processo anterior, para que a reação de saponificação se
consolide. Ou seja, a reação dos ácidos graxos com o íons
de sódio ou potássio (a depender da base utilizada) que
forma o sabão propriamente dito e a reação do glicerol e o
íon hidróxido que forma a glicerina.
SAPONIFICAÇÃO

A glicerina é um maravilhoso agente umectante, ou seja,


contribui para a hidratação da pele e é um grande
benefício do sabonete natural artesanal. Várias produções
industriais de sabonetes não contém glicerina, por ter
sido removida para ser vendida como um produto mais
valorizado no mercado ou por sequer terem sido obtidos
por processos de saponificação natural.
Vale destacar que a água é muito importante nessa
reação que, apesar de não reagir quimicamente, é o meio
onde os reagentes reagem, promovendo o contato,
mistura e reação.
De maneira simplificada, a reação de saponificação
ocorre entre um ácido (proveniente dos óleos e gorduras)
e uma base (solução de hidróxido de sódio ou hidróxido de
potássio) produzindo o sabão propriamente dito, que
possui propriedades tensoativas, e a glicerina, que possui
propriedade umectante.
A escolha dos óleos e gorduras, é feita de acordo com as
características que se deseja no produto final. Para
entender como isso funciona, é necessário aprofundar um
pouco sobre a composição e estrutura dos óleos e
gorduras.
Os óleos e gorduras consistem em ácidos graxos livres e
triglicérides que são compostos feitos pela condensação
de moléculas de ácidos graxos e glicerol. O processo de
hidrólise, conforme detalhado anteriormente, transforma
os triglicérides em ácidos graxos.
SAPONIFICAÇÃO

Existem mais de setenta ácidos graxos diferentes e cada


óleo ou gordura é constituído por uma combinação deles,
mas com a predominância de um deles o que determina
as características dos óleos ou gorduras, que será
detalhado no item “Ingredientes”.
O hidróxido de sódio e o hidróxido de potássio são
também chamados de álcalis e ambos são cáusticos, ou
seja, corrosivos e devem ser manuseados atentamente já
que podem ser perigosos se utilizados de maneira
imprópria. Todos os equipamentos e procedimentos de
segurança devem ser utilizados ao manuseá-los.
O sabão feito do processo de saponificação é um produto
"natural"?
Aos olhos de um químico, o sabão produzido pela
saponificação dos óleos de origem natural pode ser
considerado um produto "sintético" em um sentido
químico estrito. Mas há uma diferenciação muito clara em
relação aos detergentes sintéticos que podem inclusive
ter sua origem do petróleo e que não são sabão em sua
estrutura química fundamental.
Dessa forma, o sabão propriamente dito, formado a partir
de uma reação de saponificação conforme descrito
anteriormente, é o chamado “naturally derived” ou
“derivados do natural”.
SAPONIFICAÇÃO

O processo de saponificação é um processo químico


autorizado pelos os órgão certificadores de cosméticos
naturais, como o IBD e a Ecocert, desde que derivados de
óleos e gorduras vegetais e não animais.
SEGURANÇA
SEGURANÇA

É fácil se animar sobre todas as combinações possíveis


para se criar sabonetes maravilhosos e encantadores,
mas nunca se esqueça a importância da segurança.
Produzir sabonetes pode ser perigoso se você não prestar
atenção e respeitar os seus ingredientes.
A segurança é a primeira preocupação quando se trata da
produção de sabonetes. Com alguns poucos cuidados e
os equipamentos abaixo é possível se proteger. São eles:

Jaleco: respingos das misturas de hidróxido de sódio ou


de hidróxido de potássio são agressivos para a pele e
também para as roupas, podendo fazer buracos e
machucar. Dessa forma, utilizar um jaleco ou camisa de
manga comprida para proteger os braços é importante.
Além disso, é importante para proteger suas roupas.
SEGURANÇA

Óculos de Segurança: são muito úteis para proteção dos


olhos de vapores e respingos. Tenha cuidado com óculos
que possuem tendência a embaçar e impossibilitam que
você enxergue o que está fazendo.

Máscara de proteção do nariz e boca: são importantes


para evitar que o vapor proveniente da diluição da lixívia
(hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio) em água
seja aspirado. A adição da lixívia na água produz um vapor
visível que não deve ser inalado. Antes de promover a
misturar, certifique-se de que o ambiente está
devidamente arejado.

Luvas de borracha grossas: luvas de látex para proteger


as mãos que é a parte mais exposta no manuseio dos
ingredientes dos sabonetes. É um item de extrema
importância.
SEGURANÇA

Sapatos: nunca faça sabonetes com sandálias ou os pés


descalços. Qualquer respingo poderá causar um acidente,
ferindo sua pele.

O aspecto cáustico (ou corrosivo) da lixívia não é algo a


ser temido, mas ele precisa ser respeitado. Todos os
equipamentos e procedimentos de segurança devem ser
utilizados durante todo o processo de fabricação de
sabão. A negligência em tomar as devidas precauções de
segurança podem causar ferimentos.

É importante também se atentar para o movimento da


casa, crianças, familiares, animais de estimação que
devem estar em outra área que não a destinada à
produção de sabão.
EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS

A produção de sabonetes não exige muitos novos


equipamentos e utensílios. São itens de baixo custo e
vários deles podem estar na sua cozinha. Vale destacar
que nenhum equipamento ou material de alumínio pode
entrar em contato com o processo de produção de
sabonete já que ele reage com a lixívia. Os equipamentos
recomendados são:
Panela de aço inoxidável com uma tampa: pode-se
inicialmente utilizar a que você possui na sua cozinha
desde que seja devidamente higienizada. O
tamanho dependerá da quantidade de sabonete que se
deseja produzir por batelada.

Mixer: com este equipamento é possível reduzir o tempo


de agitação manual (e salvar o seu braço!).
EQUIPAMENTOS

Colher e batedor: recomenda-se de aço inoxidável ou


antiaderente. Não utilize colheres de madeira, que podem
liberar pequenos pedaços da madeira na produção de
sabão.

Espátula e faca: aço inoxidável ou antiaderente.

Bowls: de aço inoxidável ou de plástico são ideais para


pesar óleos, manteigas, água e soda cáustica. Deve-se
atentar especialmente para o recipiente utilizado para
diluir a lixívia na água. Recomenda-se utilizar um
recipiente fundo e com alça para facilitar as condições de
manuseio. Se ele for de vidro recomenda-se que seja
temperado já que essa diluição produz calor e pode
causar um choque e trincar o vidro.
EQUIPAMENTOS

Balança: para a produção é necessário pesar todos os


ingredientes envolvidos. Recomenda-se uma boa balança
de cozinha eletrônica com uma plataforma plana e grande
o suficiente para os bowls e jarros e que meça em
gramas e com precisão de, no mínimo, 0,1g.

Termômetro: é necessário para indicar a temperatura dos


óleos e da solução de lixívia para que você saiba quando
misturá-los. Recomenda-se de aço inoxidável ou
infravermelho.

.
EQUIPAMENTOS

Moldes/Formas: tem a finalidade de conter a massa ainda


líquida para dar forma e possibilitar uma reação de
saponificação estável e isolada do contato com a
atmosfera. Assim a massa de sabão é envasada para
produzir o sabonete no formato desejado. São possíveis
inúmeros tipos de formas e mais uma vez a criatividade
pode ajudar muito no desenvolvimento de uma forma.
Elas podem ser das mais simples às mais sofisticadas.
Pode ser improvisada com uma embalagem de suco
Tetrapak, de MDF com forro de acetato, de acrílico, de
PVC utilizando tubulações, isopor, silicone… Os moldes
necessitam de revestimento para que o sabonete não
grude. Os revestimentos podem ser de acetato, plástico
filme, papel manteiga. Além disso, lembre-se sempre de
cobrir a massa evitando seu contato com a atmosfera, o
que reduz uma possível carbonatação.
PROCESSO DE
PRODUÇÃO DE
SABONETES
PROCESSO DE PRODUÇÃO
DE SABONETES
Enquanto a reação química que cria sabão é sempre a
mesma, diferentes tipos de sabonetes podem ser feitos
por métodos diferentes. São abordados no Programa
Saboaria Do Bem o Cold Process ou Processo à Frio, e o
processo à quente (Hot Process). No entanto, a seguir
uma breve abordagem será dada a todos os métodos.

Bases Prontas
Em vez de fazer sabão a partir do zero, alguns fabricantes
escolhem comprar bases de sabão prontas que são
derretidas, adicionadas cor, fragrância e outros
ingredientes desejados e, em seguida, são derramados
em moldes.
O benefício em utilizar uma base de sabão pronta é que a
reação química que produz sabão já ocorreu, tornando
mais fácil o procedimento e direcionando a atenção para
a arte do sabonete, como cor e formatos.
Uma base de sabão pronta pode ser um "verdadeiro
sabão" (feita através da reação química de
saponificação) ou pode incluir detergentes sintéticos
como a totalidade ou uma parte dos seus ingredientes. O
principal ponto negativo é esse, você nunca terá controle
total do que a base contém.

Sabonetes Glicerinados
A glicerina é um subproduto da reação química do
processo de fabricação de sabão, ou seja, da
saponificação. Em muitos sabões comerciais, a glicerina
é tipicamente removida, purificada e depois vendida para
outros usos, incluindo alimentos, cosméticos e produção
industrial diversa. O método para remover a glicerina do
sabão é complexo e requer habilidades e equipamentos
específicos. Como resultado, todos os sabonetes
artesanais feitos a partir do zero contém glicerina (e
todas as suas propriedades benéficas) e por isso são
todos tecnicamente "sabonete de glicerina".
PROCESSO DE PRODUÇÃO
DE SABONETES
Os termos "sabonete de glicerina" ou “sabonete
glicerinado” são muito utilizados de maneira imprópria e a
maioria das pessoas que utilizam essas expressões
estão, de fato, referindo-se ao sabão transparente.

Cold Process – Processo a Frio


No Cold Process ocorre a reação de saponificação sem o
fornecimento de energia durante o processo. O calor
envolvido nesse processo está relacionado ao
aquecmento natural da solução de liix;ivia )quando
adicionado o hidróxido na água) e no derretimento das
manteigas e óleos quando sólidos à temperatura
ambiente.
Nesse caso, o sabonete passa por um período longo de
cura em torno de 30 a 45 dias para qu e a barra perca a
umidade
As características da barra como dureza, cor, espuma e
etc. possuem grande dependência com os óleos e
manteigas escolhidos.

Hot Process – Processo a Quente


Na fabricação de sabão pelo Hot Process ou “Processo a
Quente”, é aplicado calor adicional à mistura de sabão. A
reação química é a mesma, mas ocorre mais rapidamente
do que no Cold Process. Devido ao calor adicional, o
produto final tende a ser mais suave ao toque. A dureza
da barra novamente depende da seleção de óleos, da
quantidade de água utilizada no processo e do tempo
permitido para que a água se evapore da barra já
finalizada.
Tal como acontece com o sabão de “Processo a frio”, o
sabão de “Processo a quente” é opaco e varia de branco
ao creme dependendo dos óleos utilizados, embora
sabões claros podem ser produzidos (ver "Sabonete
Transparente" a seguir).
O tipo e a qualidade da espuma e outros benefícios do
sabão são determinados pelos óleos e outros
ingredientes selecionados.
PROCESSO DE PRODUÇÃO
DE SABONETES
Sabonetes Líquidos
O sabão líquido é geralmente feito por um método
específico. O sabão se torna líquido porque um tipo
diferente de lixívia é utilizada (hidróxido de potássio em
vez de hidróxido de sódio) e mais água é adicionada.
Sabonetes líquidos são tipicamente brancos a âmbar,
dependendo dos óleos usados. A maioria dos sabões
líquidos são claros ou quase totalmente transparentes.
Muitos sabonetes líquidos comerciais não são sabão
propriamente dito. Eles são feitos com detergentes
sintéticos, podendo inclusive ser derivados de petróleo.

Sabonetes Transparentes
Sabonetes transparentes são feitos pelo método de
processo quente (Hot Process), com alguns ingredientes
adicionados em etapas no processo para tornar o sabão
claro. Existem alguns fabricantes de sabão artesanal
altamente qualificados que produzem sabão transparente
a partir do zero, mas a maioria dos sabonetes
transparentes artesanais no mercado são produzidos a
partir de uma base de sabão pronta.
PARÂMETROS
PARÂMETROS

Alguns parâmetros e conceitos são importantes de se


conhecer quando se deseja fazer produções de sabonetes
com senso crítico e conhecimento. Preparar para ter a
capacidade de criar receitas e não apenas segui-las.
Com esse conhecimento sólido, é possível dar asas à
imaginação e usar a prazerosa criatividade a seu favor.
Alguns parâmetros são importantes para se avaliar
quando se cria formulações, dentre eles serão abordados
os seguintes:
1. Temperatura
2. pH
3. Índice de Saponificação
4. Índice de Iodo
5. Valor INS
6. Materiais Insaponificados e Insaponificáveis

A seguir são tratados cada parâmetro de maneira


individual.
TEMPERATURA

A temperatura é um parâmetro importante no processo de


produção de sabonetes, pois produz efeitos tanto no
processo quanto no produto final.
No entanto, é necessário se ter em mente que existem
várias peculiaridades a serem observadas para se decidir
sobre a temperatura.
A produção de sabonetes funciona em várias
temperaturas, o importante é entender como ela afeta o
processo e o produto final para que você possa escolher a
condição de temperatura mais adequada para a sua
produção, tanto em relação aos ingredientes, tolerância
dos aditivos, estabilidade dos componentes, tempo de
tracing, tempo de produção, tamanho da produção, etc.
Dessa forma, a tabela a seguir representa as
temperaturas em relação a algumas características da
etapa de produção de sabonetes ou do produto final que é
importante para que você seja capaz de decidir qual
temperatura adotar.
Para refletir: não sei se você já parou para pensar em uma
situação do seu cotidiano, mas é legal entender como as
coisas acontecem. Imagine uma situação de uma panela
que você lavou e sobrou aquele pouquinho de água dentro
dela quando você lava mas não seca com uma toalha. Se
você deixar a panela em cima da pia, uma bela hora ela
seca, certo?
Agora imagine a situação em que você liga o fogo e essa
água restante rapidamente evapora e a panela seca!
Esse é um bom exemplo de como a variação da
temperatura provoca alterações.
Outra situação...
Se você quer fazer um brigadeiro e somente misturar o
leite condensado e o achocolatado seu brigadeiro não fica
pronto. Mas quando você leva essa mistura ao fogo, ela
se transforma em um brigadeiro! Que delícia!
Dessa mesma forma acontece com o sabão!
TEMPERATURA

Temperaturas

Características
27-32°C 35-40,5°C 43-49°C 51,6-60°C

Trace rápido para bateladas de 2,3kg ou menos * x x x x

Trace rápido para bateladas de mais de 2,3kg * x x x x

Trace rápido com mixer x x x x

Saponificação mais completa até enformar x x


Batelada pequena
x
(menor que 2,3kg)
Sabonete de grão fino x x
Massa de sabão menos
x x
reativa à fragrância
Menos destrutiva para nutrientes x x

Menos vunerável a coagular x x

Processo mais tranquilo** x

Menos tempo esperando a solução de lixívia e óleos e


x x
gourduras resfriarem

Evitar pontos quentes x x

Sabonete mais fluido x

Evitar separação x

Incorporar ingredientes com alto ponto de fusão x x

*Com agitação rápida e manual


**Pode-se fazer adições de última hora sem pressa para evitar
uma mistura muito densa
OBS: Tabela aplicável para Cold Process
PH

A escala do pH mede quão ácida ou básica é uma


substância. A escala varia de 0 a 14. Um nível de pH de 7
é considerado neutro. Um pH superior a 7 é considerado
básico ou alcalino e um valor de pH abaixo de 7 é ácido.
Os sabonetes naturais produzidos artesanalmente são
naturalmente alcalinos com um pH entre 9 e 10. Este pH
ajuda a limpar suavemente a pele e por não ser um
produto que permanece na pele, ou seja, é um produto de
enxágue, costuma não haver problemas associados a
isso.
A lixívia (hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio) tem
um pH de cerca de 14, colocando-o no topo da escala de
pH. Quando muita lixívia é usada no sabão, o nível de pH
subirá além do nível normal de 9-10, e pode se tornar
mais próximo de 11-14.
Produzir sabonetes com êxito requer medições precisas
de lixívia e óleo. Um sabão com excesso de lixívia terá um
pH maior do que o pH equilibrado de um sabão feito não
condições corretas.
Para saber se o sabonete que você produziu não está
com excesso de lixívia, deve-se medir o pH para inclusive
saber se ele está seguro para ser utilizado na pele.
Simplificando, quando muita lixívia é utilizada não há óleo
suficiente para transformá-lo em sabão. Esta lixívia
"sobra" no sabão, o que aumenta seu pH e o sabonete
produzido poderá irritar ou até mesmo queimar a pele.
ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO

O índice de saponificação ou SAP é um valor que indica a


quantidade de lixívia (hidróxido de sódio ou hidróxido de
potássio) para saponificar completamente a gordura ou
óleo de acordo com a estequiometria da reação de
saponificação. Cada óleo ou gordura possui índice de
saponificação e o valor de lixívia a ser utilizado para a
reação é a soma individual do necessário para saponificar
cada óleo ou gordura.
Esse valor pode ser representado em gramas de lixívia por
gramas dos óleos ou manteigas. O hidróxido de potássio
(KOH) é utilizado para formulações de sabonetes líquidos
e o hidróxido de sódio (NaOH) para sabonetes em barra.
Os valores do índice de saponificação são diferentes para
cada base/lixívia utilizada devido ao diferente peso
molecular de cada hidróxido.
Misturas de óleos e manteigas com altos e baixos valores
de SAP fornecem níveis muito desejáveis de espuma e
limpeza.
Além de saber a quantidade de lixívia que deve ser
utilizada em uma produção de sabonetes, a atenção ao
índice de saponificação e seu entendimento é importante
para fazer substituições de óleos e manteigas e ajustar a
quantidade de base a ser utilizada.
Muitas produções de sabonetes utilizam menos lixívia
que o necessário para saponificar por completo os óleos e
manteigas. Dessa forma, há um excesso de óleos e
manteigas não saponificados que conferem mais
suavidade, emoliência e hidratação ao sabonete final.
Isso é o que se chama de uma fórmula supperfated e será
melhor detalhada no item “Cálculo”.
ÍNDICE DE IODO

O índice de iodo ou IV é uma medida da insaturação dos


óleos e gorduras. Quanto maior o IV maior o grau de
insaturação e maior a vulnerabilidade para rancificação.
Ou seja, gorduras saturadas possuem um baixo índice de
iodo enquanto os óleos insaturados possuem um alto
índice de iodo.
Com o aumento do índice de iodo, o sabonete se torna
mais macio e pegajoso. Gorduras com baixo índice de iodo
produzem sabonetes mais duros, como o óleo de coco,
palma, palmiste e babaçu.
De maneira prática, esse valor é obtido por um teste
realizado com o óleo ou gordura e o cloreto de iodo,
medindo-se quanto de cloreto de iodo é absorvido pelos
óleos ou gorduras. Este valor permite prever a
possibilidade de rancificação do sabão.
Os antioxidantes previnem ou retardam a rancificação
dos óleos e gorduras. A óleoresina de alecrim é uma
opção para prolongar a validade evitando a rancificação
de sabonetes com alto índice de iodo.
VALOR INS

O valor INS é uma medida das qualidades físicas do


sabão. Este valor foi introduzido em torno de 1930 pelo
Dr. Robert S. McDaniel em seu livro "Essentially Soap".
A origem exata do valor não é clara, mas INS é derivado do
índice de iodo e do valor de SAP. A experiência provou que
um intervalo de cerca de 136-170 será geralmente
aceitável, sendo o ideal 160.
Se o óleo ou a gordura tem um valor muito abaixo ou
acima do desejado, deve ser combinada com outra tendo
oposto aos valores médios. Esse parâmetro é um pouco
questionável, mas é interessante conhecê-lo e tê-lo em
mente.
MATERIAIS INSAPONIFICADOS
E INSAPONIFICÁVEIS
Os Materiais Insaponificados e Insaponificáveis
compreendem a quantidade de substâncias solúveis
presentes na massa de sabão produzida (que não seja
sabão, água nem glicerina) e é expressa em percentagem
de peso.
A matéria não saponificada consiste em óleos e gorduras
não reagidas que não foram saponificadas, ou seja, não
se transformaram em sabão e glicerina conforme a
reação de saponificação. O conteúdo altamente
insaponificável torna o sabão pegajoso e pode levar à
descoloração. Apesar disso, eles contribuem para a
emoliência e suavidade. Eles são basicamente
proveniente do "superfatting" (excesso de gordura).
A matéria insaponificável inclui substâncias
frequentemente encontradas dissolvidas em óleos e
gorduras que não podem ser saponificados com álcalis
cáusticos (hidróxido de sódio ou hidróxido de potássio,
por exemplo) mas são solúveis e estão presentes na
massa de sabão produzida. Os insaponificáveis podem
trazer características maravilhosas aos sabonetes, como
os carotenóides, fitoesteróis e tocoferóis.
INGREDIENTES
INGREDIENTES

Não são necessários ingredientes caros e difíceis de


encontrar para produzir sabonetes. A beleza da produção
de sabonetes é que poucos ingredientes fazem um
simples sabão. Óleos essenciais (fragrância natural), cor
e pedaços de ervas são aditivos interessantes, mas os
itens essenciais para produzir uma barra de sabonete
básica, ou seja, o vital para se promover a reação de
saponificação são:

Óleos e manteigas: são a base do sabonete. Cada óleo ou


manteiga possui propriedades diferentes e usos
distintos. Por exemplo, o óleo de coco confere
propriedade de limpeza, enquanto o óleo de rícino
promove mais espuma e hidratação ao sabonete.
Inúmeros óleos e manteigas podem ser utilizados para
adicionar mais condicionamento ao sabonete.
INGREDIENTES

Lixívia: é a base forte que promove a reação de


saponificação. Em geral, utiliza-se o hidróxido de sódio
para sabonete em barra e o hidróxido de potássio para
sabonete líquido.

Água Destilada/Deionizada: é essencial para formar a


solução com a lixívia e o meio necessário para que a
reação ocorra.

Vinagre: apesar de não ser incorporado na produção de


sabonete, ele é muito importante de se ter por perto
durante uma produção uma vez que ele neutraliza a lixívia.
Caso ocorra algum acidente, um respingo de lixívia na sua
pele, lave com água abundante e passe o vinagre para
neutralizar e remover a lixívia. Por ser um item de
segurança, decidimos deixá-lo como ingrediente
essencial.
ÓLEOS E GORDURAS

Os óleos e manteigas escolhidos para o seu sabão podem


fazer muito mais do que apenas fornecer parte da reação
química necessária para a saponificação. Eles também
têm maravilhosas propriedades para a pele. Muitos têm
propriedades curativas para certos problemas e
benefícios específicos.
As opções de óleos e manteigas disponíveis para utilizar
nos sabonetes são inúmeros e devem inspirar a sua
criatividade. As preocupações com a causa animal e seu
bem estar criam um grande interesse em sabonetes que
não têm conteúdo animal e, por isso, os óleos e
manteigas vegetais tem sido cada vez mais procurados.
Os óleos e gorduras, além de conter ácidos graxos
livres, liberam ácidos graxos no processo de hidrólise,
como detalhado no item “Saponificação”.
ÓLEOS E GORDURAS

Os ácidos graxos podem ser saturados ou insaturados.


Em geral, as gorduras/manteigas contêm um maior teor
de ácidos graxos saturados em relação aos insaturados e
são sólidas à temperatura ambiente. Enquanto os óleos
contém um maior teor de ácidos graxos insaturados em
relação aos saturados e são líquidos à temperatura
ambiente.
Existem mais de setenta ácidos graxos diferentes e cada
óleo ou gordura são constituídos por uma combinação
deles, mas com a predominância de um deles o
que determina as características dos óleo ou gordura.
Dessa forma, cada óleo e manteiga possui propriedades e
qualidades típicas e você pode escolher o melhor para a
sua necessidade e condições desejadas do sabonete.
ÓLEOS E GORDURAS

É possível então manipular as características de um


sabonete avaliando a composição de ácidos graxos de
cada óleo ou manteiga.
Por exemplo, a dureza do sabonete e a qualidade da
espuma estão intimamente relacionadas com os ácidos
graxos predominantes nas matérias-primas que
produziram tal sabonete. O óleo de Palma, por exemplo,
possui aproximadamente 40% de ácido palmítico, que
confere dureza à barra de sabão e, por isso, contribui para
um sabonete mais duro.
Sabendo a composição de ácidos graxos é possível
predizer sobre as características do sabonete. Vale
ressaltar que nenhum óleo ou manteiga possui todas as
características desejáveis e, por isso, para produzir um
sabonete desejável é necessário combinar diferentes
matérias-primas oleosas. Esta é uma habilidade
maravilhosa desenvolvida por um produtor de sabonetes
artesanais naturais.
A tabela a seguir, indica as características principais
fornecidas aos sabonetes por alguns óleos e manteigas. A
composições de ácidos graxos de cada óleo e manteiga
que vai conferir tais propriedades.
Além disso, a seleção de matérias-primas de boa
qualidade é essencial para a produção de uma base de
sabão com boa cor e odor.
ÓLEOS E GORDURAS

Bolhas Bolhas
Óleos Dureza Limpeza Condicionamento "Trace" rápido
macias Estáveis
Amêndoa Doce,
x x
óleo

Babaçu, óleo x x x x

Canola, óleo x x

Rícino (mamona),
x x x
óleo

Cacau, manteiga x x x x

Coco, óleo x x x x
Milho, óleo x x

Macadâmia, óleo x x

Neem, óleo x x
Oliva, óleo x x

Palmiste, óleo x x x x

Palma, óleo x x

Gergelim, óleo x x

Karité, manteiga x x x x

Soja, óleo x x

Girassol, óleo x x

Germe de Trigo,
x x
óleo
ADITIVOS

Você pode ser criativo e adicionar aditivos a uma barra


básica de sabão como ervas, mel, leite, cores, fragrâncias
e etc. Qualquer ingrediente diferente de óleo, água e
lixívia são considerados aditivos.
Fragrância é uma importante característica para
sabonetes e a maneira de aromatizar sua produção de
forma natural é a partir dos óleos essenciais. Você pode
usá-los não apenas para adicionar fragrância como
também para adicionar fins terapêuticos aos sabonetes.
Os óleos essenciais foram nossa primeira "medicina",
então porque não adicioná-los ao sabonetes para ajudar
com diferentes problemas de pele ou cabelo?
É importante se atentar para a quantidade utilizada, pois
eles são muito potentes e podem ser irritantes se muito
concentrado. A planilha de cálculo de formulações de
sabonetes contém um valor recomendado, no entanto, é
necessário buscar maiores detalhes sobre os óleos
essenciais específicos que você queira testar.
Recomenda-se fazer pequenas produções para testar
possíveis combinações, blends ou sinergia de óleos
essenciais e, dessa forma, não correr o risco de perder
matéria-prima e trabalho em testes mal sucedidos.
Inúmeras sinergias de óleos essenciais são possíveis e
essas combinações você podem ser criadas por você com
atenção sempre à segurança da utilização do blend
escolhido para a pele.
Por fim, cabe destacar que os óleos essenciais são
adicionados no final da produção de sabonetes e, por
serem voláteis, ou seja, passam para o estado gasoso em
temperaturas mais baixas ,devem ser adicionados quando
a massa de sabonete está abaixo de aproximadamente
40oC.
ADITIVOS

Adicionar cores aos sabonetes pode produzir resultados


maravilhosos, no entanto, apesar de simples, é
recomendado após o domínio das condições básicas de
uma produção de sabonetes. A sugestão é sempre colorir
os sabonetes com matérias-primas naturais uma vez que
pigmentos ou corantes artificiais podem conter
impurezas ou contaminantes e serem tóxicos. Além
disso, vale ressaltar que nem toda opção natural é
recomendada.
A obtenção de cores naturais para os sabonetes é uma
experimentação sem fim. Cada combinação de colorantes
com o conjunto de óleos e manteigas que irão produzir os
sabonetes podem formar cores diferentes e é uma grande
possibilidade de testes. Tenha em mente que os
colorantes podem ser afetados pela temperatura, pH,
luz… Divirta-se aproveitando uma grande variedade de
possibilidades naturais.
Além de fragrâncias e corantes, existem outras opções de
aditivos como ervas, esfoliantes naturais, antioxidantes
para prolongar a validade principalmente de sabonetes
com alto teor de óleos insaturados, que rancificam com
maior facilidade e nutrientes como o mel, própolis, leite…
Em resumo, segue uma itemização dos aditivos para
sabonetes, não se limitando a essa lista. Quando se trata
de produção de sabonetes, a criatividade e
experimentações são muitas! Mas lembre-se sempre de
avaliar a segurança e compatibilidade com a pele do
ingrediente que você deseja adicionar.

Fragrâncias → óleos essenciais diversos


Colorantes → canela, beterraba, clorofila
Esfoliantes → amêndoa, aveia, tapioca, fubá
Nutrientes → mel, própolis, leite
Antioxidantes → vitamina E, óleo resina de alecrim,
COLD PROCESS
(PROCESSO A FRIO)
COLD PROCESS

O método de produção de sabonetes chamado Cold


process é o método mais utilizado por pessoas que fazem
sabão a partir do zero. É chamado processo a "frio”,
porque não há nenhuma fonte de calor adicional ao longo
do processo de fabricação de sabão, no entanto, o
processo em si gera calor.
Handcrafted soapmakers geralmente se orgulham de
suas receitas exclusivas, desenvolvidas para criar seus
sabonetes de assinatura. Os ingredientes são geralmente
naturais de alta qualidade (grau alimentício), com uma
variedade de óleos vegetais, como azeite, coco ou palma.
Além disso, são adicionados óleos e manteigas especiais
e extratos vegetais para alcançar a qualidade e
propriedades desejadas para o produto final.
Sabonetes produzidos através do Cold Process são
opacos e geralmente possuem uma textura cremosa. Se
não possuírem aditivos que alterem a cor, o sabão varia
de branco a creme, dependendo dos óleos utilizados.
A sensação da espuma varia, também, em relação aos
óleos usados na receita. Ela pode variar de pequenas,
escorregadias e de longa duração (como em um sabonete
de oliva) a bolhas grandes, fofas, de curta duração (como
em um sabonete de óleo de coco puro).
A dureza da barra é determinada pela seleção de óleos, a
quantidade de água utilizada e por quanto tempo o sabão
foi seco (tempo de cura). Sabões de processo frio
continuarão a ficar mais duros à medida que ficam
curando, pois a água adicional evapora do sabão.
A maioria dos sabões Cold Process são feitos com uma
combinação de óleos, em uma receita desenvolvida para
criar uma boa espuma e barra dura, bem como para
fornecer benefícios com ingredientes adicionais.
COLD PROCESS

Como já mencionado, o Cold Process ou “Processo à Frio”


é um método de produção de sabonetes em que não é
necessário aquecimento externo para que ocorra o
processo de saponificação. A temperatura dos
ingredientes é suficiente para promover a reação. Não
significa que o processo seja feito em baixas
temperaturas, mas que ocorre em temperaturas inferiores
ao “Processo à Quente” ou Hot Process.
Além disso, o Cold Process necessita um tempo de cura
para os sabonetes. A cura é uma etapa que serve para
que a barra de sabonete seque, ou seja, diminua sua
umidade e, por consequência, endureça.
Esse método conserva as propriedades dos óleos e
manteigas sensíveis à temperatura e deixa o sabonete
com uma textura mais cremosa.

O Cold Process consiste então em 4 etapas:


1. Cálculo e Pesagem
2. Mistura
3. Moldagem
4. Corte
5. Cura

A primeira etapa consiste no cálculo e pesagem dos


ingredientes envolvidos na produção do sabonete.
A segunda etapa é a mistura entre os óleos e manteigas
e solução de lixívia, sob agitação, até atingir o trace. Este
é um importante parâmetro em que a consistência da
massa de sabão aumenta e é o momento de adicionar os
aditivos, como os óleos essenciais. É importante atentar
para que não se atinja o trace pesado o que dificulta o
processo de moldagem. A lixívia é o hidróxido de sódio ou
hidróxido de potássio sendo o primeiro utilizado para
sabonetes em barra e o segundo para sabonetes líquidos.
COLD PROCESS

Recomenda-se que a mistura seja feita com o mixer,


inicialmente na velocidade mais baixa e aumentando na
sequência. Deve-se ter cuidado com essa etapa para que
não espirre a massa e também não incorpore bolhas de ar.
Para evitar tais situações, é importante não aumentar
muito a velocidade do mixer.
Caso a mistura seja feita a mão, o tempo para atingir o
trace pode aumentar significativamente. A mistura
inadequada, seja por ser muito devagar ou inconsistente,
pode gerar pontos de lixívia não reagida na barra final e,
nesse caso, a agitação com o mixer auxilia para não
ocorrer esse tipo de problema.
Vale destacar o conceito envolvido no trace. Ele é o
estado em que a massa de sabão muda de consistência e
indica a reação dos óleos com a lixívia. Nesse ponto são
adicionados os aditivos como óleos essenciais, agentes
esfoliantes, e qualquer outro ingrediente que não faça
parte da reação de saponificação, com exceção de alguns
colorantes que devem ser adicionados na solução de
lixívia ou na mistura dos óleos para liberar a cor.
O trace pode ser leve ou completo e você irá descobrir em
quais condições prefere trabalhar. No entanto, em geral, o
trace completo dificulta a mistura e o envase da massa
no molde.
A moldagem consiste na alimentação do molde pela
massa produzida com a mistura dos óleos e manteigas,
lixívia e aditivos no ponto do trace.
O molde fica por um período de aproximadamente 24
horas, chamado “período de isolamento”, para completar
a reação. Esse período pode variar para mais caso a
fórmula tenha muitos óleos insaturados que a torna mais
macia. Como a temperatura acelera qualquer reação
química, não é diferente com a reação de saponificação e,
durante o período de isolamento, é interessante manter
os moldes com cobertores.
COLD PROCESS

O corte ocorre após a desmoldagem e, em seguida, o


sabonete fica, no mínimo, por 3 semanas em processo de
cura.
Algumas referências dizem que nesse período ainda
ocorre a reação de saponificação e outras mencionam
que esse período é apenas para endurecer a barra pela
perda de umidade. Após esses processos o sabonete está
pronto para ser embalado ou utilizado!
HOT PROCESS
(PROCESSO A QUENTE)
HOT PROCESS

O Hot Process ou Processo a Quente o método em que o


processo de saponificação é acelerado adicionando calor
ao trace e, dessa forma, temos o sabonete para uso em
apenas 24 horas.
Até o momento do trace, o processo se dá igualmente ao
Cold Process, sendo que aqui sempre buscaremos pelo
hard trace, o trace mais pesado.
O processo, apesar de semelhante ao Cold Process,
possui algumas diferenças principais:
 O trace é sempre realizado com zero de superfatting
(0%) de forma que não há sobra de gordura após a
reação de saponificação ser finalizada utilizando-se
a fonte de calor.

 Somente após esse processo é que se acrescenta o


óleo de superfatting e em seguida os óleos
essenciais. NOTA: o seusuperfattingpode ser um óleo
macerado com as propriedades que você desejar, um
extrato feito com álcool e glicerina vegetal (pode
fazer o sabonete suar), ou uma tintura alcóollica
feita de ervas, sementes ou raízes (deixa a massa
um pouco mole, borrachuda).
HOT PROCESS

Como a proporção lixivia:óleos é ligeiramente diferente


são disponibilizadas calculadoras exclusivas para cada
método.
As principais vantagens desse método são que o
sabonete fica pronto em 24 horas e mais 5 dias para
embrulhar, aproximadamente. Além disso, a maioria dos
aditivos não participam do processo de saponificação,
sendo ideal para sabonetes medicinais. E é possível
saber exatamente qual óleo sobra no superfatting,
podendo decidir o óleo para permanecer no sabonete sem
reagir.
Em compensação, como desvantagens pode-se citar que
a massa final mais difícil de nivelar na fôrma quando
comparado ao Cold Process, e isso confere sempre uma
aspecto mais rústico ao sabonete. Além disso, o tempo
de preparo e o custo de produção são maiores.
HOT PROCESS

Quando os aditivos devem ser adicionados?


A maioria dos aditivos são adicionados após a adição do
superfatting, como:
 Ervas
 Flores
 Agentes esfoliantes (aveia, quinoa, castanhas
trituradas)
 Mel (em torno de 3% do total de óleos).

Exceção: Argila!
Para adicionar a argila, deve-se dissolver a quantidade a
ser utilizada nos óleos antes de misturar a lixivia.
Quantidade: em torno de 8% do total de óleos para este
processo;
HOT PROCESS

Pontos Importantes
É possível realizar o processo em banho-maria, mas
recomendamos fortemente a aquisição de uma slow
cooker para que o processo ocorra de forma mais
assertiva e segura!

A temperatura da massa em cozimento não deve


ultrapassar 82ºC;

Durante o processo de cozimento, a massa começa a ter


uma aparência mais de gel e quando todo o produto
estiver nessa consistência é hora de medir o pH e
certificar se a reação já se completou;
SABONETE
TRANSPARENTE
(PROCESSO A QUENTE)
SABONETE TRANSPARENTE

Sobre o Sabonete Transparente


A Saboaria transparente faz parte do método Hot Process
ou processo à quente.
Os passos para a produção do sabonete transparente
seguem exatamente os mesmos passos para se fazer um
sabonete opaco pelo Hot Process.
A diferença é que após a etapa de gelificação ou
neutralização da massa, é incluída a etapa de adição dos
solventes que vão conferir transparência à massa.
SABONETE TRANSPARENTE

O que ocorre na reação para termos um sabonete


transparente?
Os solventes são adicionados na fase gel da massa, ou
seja, antes que os longos cristais do sabonete opaco
tenham se formado.
Os solventes impedem a formação desses grandes
cristais e faz com que o sabonete solidifique formando
muitos pequeninos cristais que permitem que a luz passe
através da barra.
O sabonete transparente contém de 50% a 60% da fase
de sabonete e isso explica porque ele é consumido mais
rapidamente durante o uso.

Sabonete
Opaco

Sabonete
Transparente

Solventes
SABONETE TRANSPARENTE

O sabonete transparente consiste em uma reação entre


um sabão e um grupo de polióis.
(*) Poliol é um álcool contendo múltiplos grupos
de hidroxila. Ex: álcool, açúcar, glicerina.
Essa reação contém 55% de sabão e 45% da mistura de
polióis.
A mistura de polióis é composta por: 46% de álcool de
cereais; 35,4% de “calda de açúcar” (açúcar refinado
56,5% + água destilada 43,5%) e 18,6% de glicerina.
A parte do sabão corresponde à reação da lixívia + óleos.
O controle de temperatura é fundamental para o sucesso
da formulação!
Não é recomendada outra fonte de calor que não elétrica
(preferencialmente uma panela elétrica com controle de
temperatura) uma vez que há a utilização de álcool que é
altamente inflamável.
A substituição dos óleos vegetais nesse processo é mais
restrita e só recomendamos as variações da formulação
fornecida quando o processo já estiver muito bem
assimilado na prática.

59
SABONETE TRANSPARENTE

Três etapas inseridas no método


 Etapa 1: Etapa de gelificação para teste do pH

 Etapa 2: Teste de transparência

 Etapa 3: Resfriamento

Etapa 1: Etapa de Gelificação


Cozinhar o sabonete (concluir o Hot Process) faz ter a
certeza que o sabão foi corretamente neutralizado o que
garante o pH correto no final, evita desperdício de
solvente caso a saponificação não tenha ocorrido bem.
Fazer o teste de pH antes de passar para a etapa de
solventes.
Etapa 2: Teste de Transparência
Cozinhar o sabonete (concluir o Hot Process) faz ter a
certeza que o sabão foi corretamente neutralizado o que
garante o pH correto no final, evita desperdício de
solvente caso a saponificação não tenha ocorrido bem.
Fazer o teste de pH antes de passar para a etapa de
solventes.
Após a adição do açúcar retira-se uma pequena
quantidade e leva ao congelador
Ficou transparente?

SIM Adicionar a massa na forma

Correção antes de virar o sabão no molde:


NÃO adicionar um pouco mais de solvente
SABONETE TRANSPARENTE

OBS: Essa falta de solvente pode ser devido à evaporação


do álcool calculado durante o processo de dissolução da
massa. Por isso é muito importante tampar o recipiente
para evitar essa perda.
Opções de solventes:
 Álcool
 Glicerina
 Solução com açúcar

Você pode escolher qual dos três solventes adicionar,


mas a nossa sugestão é que seja o álcool pois, apesar de
ser mais caro, o excesso de glicerina ou de açúcar pode
também prejudicar a transparência da sua barra formando
partes brancas, como se fossem nuvens dentro da barra.

Já um excesso de álcool, caso ocorra, pode ser eliminado


com o passar dos dias deixando a sua barra “curando” e
evaporando o restante do álcool.
Um excesso dos solventes glicerina e açúcar fará com
que sua barra fique mais turva, mole e melada.
Após adicionar mais solvente, refaça o teste da
transparência.
OBS: Uma sugestão para saber qual quantidade a mais de
solvente utilizar é aumentar o % de solvente na
calculadora e fazer a diferença com o total já utilizado.
SABONETE TRANSPARENTE

Etapa 3: Resfriamento
Levar a massa para endurecer no congelador
O maior objetivo é dissolver os grandes cristais formados
na reação de saponificação para se cristalizarem
novamente em cristais bem menores permitindo que a luz
passe entre eles.
O processo de resfriamento interfere bastante na
formação desses cristais.
Quanto mais rápido se der a cristalização, menores serão
os cristais e mais transparente a barra fica.
OBS: Isso também vale para os óleos. Quando resfriamos
um lip balm no congelador para que ele fique mais
uniforme e forme menos “areinhas”.
Pode ocorrer, por exemplo, após o teste de transparência
ter dado certo (que foi feita com uma amostra bem
pequena e, portanto, resfriou muito rápido), essa mesma
massa é colocada em uma fôrma e deixada para resfriar a
temperatura ambiente. Se a proporção de sabão e
solventes estiverem exatos, essa massa ficará
transparente.
Mas pode ocorrer de ela ficar ligeiramente menos
transparente que a mesma massa levada ao congelador
ou ainda a mesma massa disposta em fôrmas menores
que resfriarão mais rápido e poderão ficar mais
transparentes.
Um outro problema que pode ocorrer, é que essa massa
colocada em uma fôrma maior e deixada para resfriar em
temperatura ambiente, não fique transparente apesar do
teste de transparência ter dado um resultado
satisfatório!
Isso ocorre porque houve um excesso de solventes. Esse
excesso faz com que a massa desacelere o seu processo
de resfriamento permitindo a formação de partes brancas
(como se fossem nuvens) na barra de sabão.
SABONETE TRANSPARENTE

Se isso ocorreu com você não se preocupe! Você pode


facilmente derreter essa barra novamente em banho-
maria ou ainda na slow cooker, colocar na fôrma
novamente e levar para resfriar no congelador!
Essa situação nos leva à abordagem sobre base
glicerinada.

Substituições
Uma vez que você estiver bem familiarizado com o
processo através da formulação que passamos aqui, você
pode começar realizar algumas substituições obedecendo
sempre às seguintes regras:

 A proporção entre o sabão e polióis deve ser se


manter:
• 55% “sabão” (oléos + lixivia)
• 45% polióis

 A proporção entre os polióis também devem ser


mantidas:
• 46% de álcool de cereais
• 35,4% de “calda de açúcar” (açúcar refinado
56,5% + água destilada 43,5%)
• 18,6% de glicerina
Uma vez que você estiver bem familiarizado com o
processo através da formulação que passamos aqui, você
pode começar realizar algumas substituições obedecendo
sempre às seguintes regras:

O % de óleo de rícino também não deve ser


alterado na proporção dos óleos;

Você pode adicionar os óleos da sua escolha


sabendo que óleos menos claros não entregarão o
mesmo grau de transparência;
SABONETE TRANSPARENTE

Não trocar os óleos é necessário recalcular a quantidade


de hidróxido de sódio de forma que não haja nenhum óleo
que sobre na reação de saponificação.
Superfatting aqui não é bem vindo pois prejudica a
transparência.
Escolher óleos essenciais que sejam transparentes
também impedem a alteração de cor.
BASE GLICERINA

Para se fazer uma barra em que se deseja utilizá-la como


base, ou seja, reutilizá-la depois, é necessário que haja
um excesso de solvente na fórmula.
Quanto mais tempo a barra demorar para ser derretida e
reaproveitada menor será a chance de ela manter a sua
transparência. Isso porque com o passar dos dias os
solventes continuam reagindo e também evaporando (no
caso do álcool) e o resultado será uma massa branca e
pegajosa.
Se você tiver derretido a sua barra e, ao fazer o teste de
transparência, a pequena amostra ficou opaca, insira
mais solventes.
** A quantidade a mais de solventes a serem inseridos
não é exata e calculadora poderá te ajudar nessa
estimativa!
CALCULADORAS
DE SABÃO
CALCULADORA DE SABÃO

Antigamente, quando se fazia sabão, a quantidade


utilizada dos reagentes era um “chute”, o que significa
que poderia ocorrer de se utilizar muita quantidade de
lixívia e produzir um sabonete muito agressivo.
Uma compreensão coerente da estrutura e do
comportamento da fase do sabão emergiu sobre o último
século, alterando o conceito sobre a produção do sabão
de uma arte para uma ciência. O comportamento
complexo dos sistemas de sabão pode agora ser
totalmente explicado em termos dos fenômenos
moleculares comuns aos sistemas surfactantes.
Agora temos calculadoras de sabão que calculam a
quantidade de lixívia necessária, sendo hidróxido de sódio
para sabonetes em barra e hidróxido de potássio para
sabonetes líquidos. Isto significa que não é necessário
fazer “chutes”, adivinhar e ter preocupações com o
resultado final.
Com a utilização adequada de uma calculadora de sabão,
como a que fornecemos, você terá a certeza de que seu
sabão não terá excesso de lixívia. Fornecemos aqui três
calculadoras, as Calculadoras de Sabão Cosmetologia Do
Bem, sendo uma para Cold Process, a outra para Hot
Process e a terceira para Sabonetes Transparentes. Com
elas você aprende a formular uma barra de sabão para ter
exatamente as características que você deseja.
A seguir são listados os passos para preenchimento das
Calculadoras de Sabão Cosmetologia Do Bem para que
não ocorra nenhum erro.
CALCULADORA DE SABÃO

As células em “verde pastel” são inputs, ou seja, onde


você deverá inserir os valores desejados. As células em
vermelho não devem ser alteradas, elas contém fórmulas
que, se alteradas, podem prejudicar todos os cálculos da
sua produção de sabonetes.
Fique atento para não alterá-las!

Antes de listar o passo a passo para trabalhar com as


Calculadoras de Sabão Cosmetologia Do Bem, vale
destacar que a definição dos valores finais deve ser
dinâmica, isto é, valores iniciais são preenchidos e deve-
se avaliar o resultado produzido por tais valores. Caso não
tenha chegado a um resultado satisfatório, deve-se
ajustar novamente os valores até obter a condição ótima
desejada.

Calculadora de Sabão – Cold Process


O primeiro passo deverá ser o preenchimento da
quantidade total de óleos, em gramas, que você deseja
utilizar e com isso será calculado o tamanho da sua
produção assim que for fornecido os óleos.
Em seguida, informe se deseja produzir um sabão líquido
ou em barra. Para sabões líquidos utiliza-se hidróxido de
potássio e sabões em barra utiliza-se hidróxido de sódio.
O próximo passo é informar o valor de superfatting
(“sobreengorduramento”).
Superfatting é a adição de óleos e gorduras acima da
capacidade de reação da lixívia, ou seja, a reação de
saponificação produzirá o sabão e a glicerina e ainda
sobrará o valor correspondente ao superfatting de óleos e
manteigas.
CALCULADORA DE SABÃO

O tipo e a quantidade do agente de superfatting utilizado


determinam as propriedades desejadas do produto final.
Na maioria dos casos, a quantidade adicionada varia, em
geral, de 5 a 10%. O principal motivo para produzir um
sabão superfatted é que esta pequena quantidade de
ácidos graxos conferem efeitos hidratantes, boa
sensação na pele, suavidade, melhor volume de espuma e
maciez ao sabão.
Em seguida, deve-se informar a concentração de
lixívia. Em geral, a concentração é uma função da dureza
da mistura. Se a mistura de óleos e gordura tem um alto
valor de dureza, a concentração deve ser menor e,
portanto, a quantidade de água será maior e vice-versa.
Em resumo:
Coco → maior quantidade de água → baixa concentração
Oliva → menor quantidade de água → alta concentração
Se a mistura é balanceada (dureza 50), o valor ideal é de
28%.
Por fim, deve-se adicionar os percentuais dos óleos que
você deseja trabalhar., de forma que o percentual dê
100%.
Assim, as quantidades em gramas de água, lixívia e óleos
essenciais e tamanho total da produção são
automaticamente calculados.
Esta calculadora também prevê o resultado da mistura,
“Qualidade do Sabão”, e você deve sempre verificá-lo para
ver se é necessário algum ajuste na formulação.
O valor de referência dos parâmetros é indicada na coluna
“Faixa Recomendada”. Mas lembre-se: os valores ideais
são o resultado de experimentação. Isso significa que
você pode fazer suas experimentações.
Ao final, há as instruções gerais com o passo a passo do
processo de produção.
CALCULADORA DE SABÃO

Calculadora de Sabão – Hot Process


O primeiro passo deverá ser o preenchimento da
quantidade total de óleos, em gramas, que você deseja
utilizar e com isso será calculado o tamanho da sua
produção assim que for fornecido os óleos.
O próximo passo é informar o valor de superfatting
(“sobreengorduramento”).
Superfatting é a adição de óleos e gorduras acima da
capacidade de reação da lixívia, ou seja, a reação de
saponificação produzirá o sabão e a glicerina e ainda
sobrará o valor correspondente ao superfatting de óleos e
manteigas.
Vale destacar que, para o caso do Hot Process, o
superfatting é adicionado ao final do processo.
O tipo e a quantidade do agente de superfatting utilizado
determinam as propriedades desejadas do produto final.
Na maioria dos casos, a quantidade adicionada varia, em
geral, de 1 a 8%. O principal motivo para produzir um
sabão superfatted é que esta pequena quantidade de
ácidos graxos conferem efeitos hidratantes, boa
sensação na pele, suavidade, melhor volume de espuma e
maciez ao sabão.
Na sequência, deve-se preencher os percentuais dos
óleos desejados para a produção do sabonete de forma
que o somatório dê 100%.
Assim, as quantidades em gramas de água, lixívia e óleos
essenciais e tamanho total da produção são
automaticamente calculados.
Esta calculadora também prevê o resultado da mistura,
“Qualidade do Sabão”, e você deve sempre verificá-lo para
ver se é necessário algum ajuste na formulação.
O valor de referência dos parâmetros é indicada na coluna
“Faixa Recomendada”. Mas lembre-se: os valores ideais
são o resultado de experimentação. Isso significa que
você pode fazer suas experimentações.
Ao final, há as instruções gerais com o passo a passo do
processo de produção.
CALCULADORA DE SABÃO

Calculadora de Sabão – Transparente


O primeiro passo deverá ser o preenchimento da
quantidade total de óleos, em gramas, que você deseja
utilizar e com isso será calculado o tamanho da sua
produção assim que for fornecido os óleos.
O próximo passo é informar o valor do % de solventes.
Sendo sugerido iniciar com 40%.
Vale ressaltar que o superfatting para esse processo deve
ser igual a ZERO e a célula correspondente a isso não
deve ser alterada.
Na sequência, deve-se preencher os percentuais dos
óleos desejados para a produção do sabonete de forma
que o somatório dê 100%.
Assim, as quantidades em gramas de água, lixívia e óleos
essenciais, tamanho total da produção e quantidade dos
polióis/solventes são automaticamente calculados.
Esta calculadora também prevê o resultado da mistura,
“Qualidade do Sabão”, e você deve sempre verificá-lo para
ver se é necessário algum ajuste na formulação. O valor
de referência dos parâmetros é indicada na coluna “Faixa
Recomendada”. Mas lembre-se: os valores ideais são o
resultado de experimentação. Isso significa que você
pode fazer suas experimentações.
Ao final, há as instruções gerais com o passo a passo do
processo de produção.
OBS:
** Óleos líquidos como Canola, Algodão, Oliva podem
substituir o óleo de Rícino na formulação.
**O óleo de rícino tem uma particularidade de atuar como
solvente por si próprio e isso faz com que nenhuma
formulação em que a troca desse óleo por outros óleos
vegetais tenha o mesmo grau de transparência. No
entanto, um excesso de óleo de rícino na formulação
resulta em um sabonete muito macio, quase mole e com
baixa formação de espuma..

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