1. Saboaria e Aromaterapia 3
Saboaria Natural e Aromaterapia 4
Tabela Óleos Essenciais e Essências Sintéticas 5
A diferença entre Saboaria Artesanal Natural e Saboaria Industrial 6
Cuidados gerais na Saboara 7
Cuidados gerais com os Óleos Essenciais 8
Gravidez e amamentação 10
Crianças 11
2. O que você precisa para fazer seu Sabonete Artesanal 12
Materiais e Matérias-Primas 13
Moldes 14
Óleos vegetais 15
3. Fazendo Sabonetes 19
Como funciona o Cold Process 20
A Química do sabão 21
Como calcular a lixívia 23
Sobregordura e desconto de soda 25
Calculando o PH 27
4. Passo a passo para Produção de Sabonetes no Cold Process 29
Óleos e manteigas para Saponificação 30
Preparando a Lixívia e misturar com os óleos 32
Verificando o traço 34
Aplicando aditivos, pigmentos naturais e conservantes 36
Molde e corte 39
Processo de cura 42
Receita Sabonete Cold Process de Lavanda 43
Receitas Sabonetes Cold Process com Argila 46
Informações gerais e lembretes 49
2
Saboaria e Aromaterapia
Saboaria Natural e Aromaterapia
Os sabonetes artesanais prezam por um conjunto de boas práticas, que auxiliam
não só a nossa pele mas também o meio em que vivemos. Por não poluírem o
ambiente, devido aos ingredientes naturais, também não causam danos à pele,
nutrindo e hidratando, além de serem muito eficientes para tratar problemas
dermatológicos.
A aromaterapia pode ser utilizada no dia a dia das mais diferentes formas: por
meio de difusores de ambiente, colares difusores, aromatizador pessoal, óleo
de massagem e na produção de produtos cosméticos naturais, como xampus
e sabonetes;
Isso significa que tanto uma acne (aspecto físico) quanto uma ansiedade
(aspecto mental) podem ser tratados a partir da aromaterapia.
4
No cold process (processo a frio) da produção de sabão, inclusive, é praticamente
indispensável o uso de óleos essenciais para formação da fragrância;
Vendidos em frascos de vidro (âmbar ou azul Geralmente vendidos em frascos plásticos e/ou
cobalto) transparentes
Seu aroma dura mais tempo na pele, quando Seu aroma não permanece mais do que poucas
utilizado como perfume ou em massagem horas na pele
5
A diferença entre Saboaria Artesanal
Natural e Saboaria industrial
É importante diferenciar o modo de produção da
saboaria artesanal natural da indústria saboeira. De
forma geral, a glicerina é o subproduto da reação de
saponificação. No entanto, na indústria saboeira, a
glicerina é retirada do processo e vendida como
matéria-prima da indústria química. Todo o maquinário
industrial de processamento do sabão é projetado a
partir dessa retirada da glicerina.
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Cuidados gerais na Saboaria
● Durante o procedimento de saponificação, mantenha as crianças e os
animais longe do local;
● É muito importante utilizar luvas de borracha, máscaras e recipientes
apropriados para a produção do sabão;
● A produção do sabão envolve lixívia/soda cáustica, que, em contato com a
pele, pode queimar; com os olhos, pode cegar, e se for ingerida, é fatal;
● Não se deve utilizar nenhum utensílio de metal durante todo o processo de
produção do sabão, pois o metal reage com a soda cáustica;
● Faça esses procedimentos em um local com alguma ventilação, mas não ao
ar livre, pois o vapor da soda cáustica também é altamente prejudicial à saúde;
● Quando misturar os ingredientes com a soda cáustica, faça com calma – a
soda reage à água quente, por exemplo, com rapidez. Portanto, sempre
coloque-a aos poucos;
● Ao fim do processo, elimine completamente todos os resíduos da
saponificação, com cuidado;
● No cold process, o sabão leva de 3 a 6 semanas para ser curado (o ideal é
esperar pelo menos 30 dias). Durante esse tempo, se precisar manuseá-lo,
utilize luvas de borracha;
● No hot process, o tempo de cura é menor: em apenas 1 dia, o sabão já está
pronto para ser usado;
● Cuidado extra ao lidar com a soda cáustica no hot process, devido ao perigo
de inalação do vapor da mistura;
● Havendo contato excessivo com a soda cáustica, lave a região com bastante
água, sem esfregar. Não desaparecendo sintomas como ardência e
vermelhidão, procure um médico.
7
Cuidados gerais com os óleos essenciais
● Mantenha os frascos dos óleos essenciais fora do alcance das crianças e
de animais;
● Armazene os óleos essenciais em locais escuros e com o vidro bem
fechado;
● Caso haja irritação da pele ou erupção cutânea após o uso de um óleo
essencial, suspenda o uso imediatamente; havendo algum processo
inflamatório, procure um médico;
● Não faça a ingestão de óleos essenciais
● Nunca ultrapasse as dosagens e formas de uso recomendadas;
● A aplicação de óleos essenciais puros não é recomendada, pois eles são
altamente concentrados. O ideal é usá-los dissolvidos;
● Se você tem alergias ou pele muito sensível, ou se está utilizando um óleo
essencial pela primeira vez, faça um teste aplicando 1 gota de óleo
essencial diluída em 1 colher de óleo vegetal em uma pequena área da
pele, como o antebraço;
● Caso utilize algum óleo essencial em excesso, havendo desconforto, como
falta de ar e alergia, recomenda-se interromper o uso, beber bastante água
para auxiliar na eliminação do óleo essencial. Se os sintomas persistirem,
procure um médico.
● Mantenha o óleo essencial longe da área dos olhos;
8
● Evite a exposição ao sol durante 24 horas após a aplicação de qualquer
óleo essencial fototóxico (ex: limão, bergamota, laranja) ou opte por
adquiri-los livres de furano cumarinas (LFC) para evitar este efeito;
● Evite aplicar óleos essenciais puros no rosto, área genital e axilas, pois
são áreas sensíveis que podem arder. A aplicação de óleos essenciais puros
diretamente na pele pode ocasionar ardência.
● Busque ter certeza que a aplicação do óleo puro é recomendável e
segura: em caso de dúvida, aplique de forma diluída;
● Não é recomendável o uso de óleos essenciais para mulheres grávidas
nos 3 primeiros meses de gestação ou que estejam amamentando sem
orientação de um profissional habilitado;
Após os 3 primeiros meses de gestação, caso utilizado, cortar a dosagem
mínima pela metade e diluir em óleo carreador para massagens e banhos
(diluição 0,5 a 1%), somente;
Nestes casos, não utilizar óleos essenciais que são estimulantes do SNC
(Sistema Nervoso Central), que têm a propriedade emenagoga (que facilita
contrações e o fluxo menstrual) ou toxicidade alta. Ex: canela, alecrim,
eucalipto, cedro, cânfora, sálvia dalmaciana, sálvia esclareia, funcho e
erva-doce;
9
Aula 8 Gravidez e amamentação
Grávidas e lactantes devem evitar os óleos essenciais das seguintes plantas: anis,
canela, manjericão, bétula, hissopo, artemísia, cipreste, gerânio, ylang ylang,
salsa, poejo, sálvia, tanaceto, estragão, tuia, alecrim e eucalipto. Os demais
óleos essenciais podem ser utilizados em concentração o,5% a 1% para tratamento
de aromaterapia.
Observações:
Ylang Ylang - pode ser um grande aliado para engravidar (afrodisíaco e regulador
hormonal), mas não é indicado na gravidez.
Gerânio - é um excelente aliado para engravidar (regulador hormonal e favorece a
consciência sobre a maternidade), não deve ser utilizado na gravidez
Hortelã - pode utilizar em dosagem baixíssima na gravidez (0,25%). 1 gota em um
lenço ou inalador pessoal.
Os óleos essenciais são extremamente concentrados - 1 gota equivale a até 25
xícaras de chá em concentração química. Na gravidez, principalmente nos 3
primeiros meses deve-se ter MUITO cuidado com qualquer substância. Começar
sempre com menores dosagens e perceber como o organismo reage.
IMPORTANTE!
10
Aula 8 Crianças
Muitos óleos essenciais são contra-indicados para crianças. Ideal dar
preferência aos calmantes leves, reguladores do Sistema Nervoso Central e
de propriedade de clareza mental, como os das seguintes ervas: Lavanda,
Camomila Romana, Laranja, Limão, Bergamota, Capim-limão( lemongrass),
Benjoim.
6 meses a 2 anos: Não recomendado. Óleo essencial para esta idade deve ser
utilizado apenas em uma situação urgente, como: uma picada de abelha ou picada
de inseto, devidamente diluído. Dar preferência a utilização das ervas
(infusão,decocção, tinturas, extratos) pela menor concentração química.
IMPORTANTE!
11
O que você precisa para fazer
seu Sabonete Artesanal
Materiais e Matérias-Primas
Materiais para produção Materiais para higiene e segurança
13
Moldes
Para os moldes e formatos do sabão, algumas formas são indispensáveis, tais como:
● Forma de madeira
● Forma de silicone
● Forma de acrílico
DICAS
● Forma de plástico não é
recomendada;
● A forma de silicone obtém vantagem
sob a de madeira porque não precisa
forrar: a massa pode ser despejada
diretamente;
● Recipientes para a massa: de
preferência que sejam de vidro, mas,
se não tiver, pode ser inox, cerâmica
ou plástico, desde que adequado
para aguentar altas temperaturas;
● Evite recipientes de alumínio, ferro
e panelas antiaderentes por conta
da liberação de metais;
14
Os óleos vegetais
Os óleos vegetais são um dos principais ingredientes utilizados na saboaria.
Também conhecidos como óleos de base ou, ainda, óleos carreadores (porque
“carregam” o óleo essencial, diluindo-o), os óleos vegetais são únicos e cada um
possui propriedades terapêuticas próprias.
Conheça mais de 5 óleos vegetais (rícino, palma, oliva, coco e palmiste) muito
utilizados na saboaria e seus benefícios a seguir.
15
5 ÓLEOS VEGETAIS MAIS USADOS NA SABOARIA
16
Óleo Vegetal de Oliva (Olea europaea)
17
Óleo Vegetal de Palmiste (Elaeis guineenses)
18
Fazendo Sabonetes
Como funciona o Cold Process
Os sabonetes naturais são elaborados a partir de óleos e manteigas vegetais e
preservam toda a sua glicerina. A glicerina proporciona limpeza sem agressão:
mantém a hidratação necessária para a nossa pele. A Saponificação é a reação entre
a gordura (óleos/manteigas) e a Lixívia (água mais Hidróxido de Sódio) que vai
resultar na formação de glicerina e sabão.
Esta mistura é levada aos moldes para o processo de cura, que pode durar entre 4
a 12 semanas. No final do processo, qualquer resquício de soda cáustica se
neutralizará, restando somente puro sabão natural. A glicerina é um subproduto do
sabão – um líquido viscoso de cor transparente e sabor adocicado. Quanto mais
glicerina houver na barra de sabão, mais hidratante será.
20
A Química do Sabão
Todo sabão é um sal. O sabão é formado por um processo químico que ocorre
quando se mistura uma gordura (ácidos) com uma base alcalina (álcalis ou
básicos), resultando em sais. Os sais podem ser de sódio ou sais de potássio,
dependendo do álcali utilizado no processo.
21
Os ácidos são soluções que queimam. Podem ser menos agressivos, como o sal
de cozinha e o ácido acético do vinagre, ou bastante agressivo como o ácido
sulfúrico, utilizado em baterias dos automóveis (um ácido extremamente forte e
perigoso). Os ácidos encontrados nos óleos e gorduras dos alimentos, são os
ácidos graxos.
Quando gorduras e óleos que contêm ácidos graxos encontram o álcali, ocorre
uma reação chamada saponificação. Neste processo da saponificação, o álcali
desloca a glicerina, e juntamente com os ácidos graxos formam os sais. Esses sais
(de sódio ou potássio), são os sabões. Quando a saponificação estiver completa,
uma molécula de glicerina estará presente para cada três moléculas de sabão.
22
Como calcular a Lixívia
O processo inicial para a confecção do sabonete em barra natural é chamado de
Lixívia – a solução formada pela mistura do Hidróxido de Sódio (soda cáustica)
com a Água. Vale informar que a soda cáustica líquida, vendida nos
supermercados, NÃO é a utilizada na produção de sabonetes. A que é a ideal, é
encontrada em lojas especializadas em produtos químicos, a “Soda 99%”, como é
mais conhecida.
ÁGUA
A água que deve ser usada é a deionizada ou destilada. NÃO utilizar águas de
torneiras, filtradas e, principalmente, as que são minerais. Elas contêm sais e
metais, especialmente ferro e cálcio que tornam o sabão ineficiente, inclusive
eliminando a espuma. Já as águas desmineralizadas e destiladas são águas que
passam por um processo que eliminam esses sais e cálcios, e possuem pH neutro.
Leva-se em conta os tipos de óleos utilizados na receita. Quanto mais óleos duros,
mais água; quanto mais óleos moles, menos água. Não existe uma porcentagem
“certa”, mas recomenda-se entre 30% a 36% de água em relação aos óleos da base.
As calculadoras online (indicamos mais adiante) podem te ajudar nestes
cálculos.
Por exemplo: Receita de 1kg de óleo base, e pretende-se trabalhar com 30% de
água, então a receita terá 300g de água. (30 x 1000 = 30.000 / 100 = 300)
23
SODA
Esse cálculo deve ser feito com cada óleo da base. Ao final, soma-se as
quantidades de soda de cada óleo para se obter a quantidade de soda total da
receita.
OBS: Sempre que modificar alguma quantidade de óleo, refaça o cálculo da soda
24
Sobregordura e desconto de Soda
Além daqueles óleos e gorduras da base que são calculados para saponificar com a
Lixívia, a sobregordura (“superfatting”) envolve a adição de uma quantidade extra
de óleos/gorduras na massa para a confecção do sabonete.
De uma maneira geral, o sabão artesanal – tanto produzido pelo Hot Process ou
Cold Process – envolve a adição de óleos e gorduras em um dos álcalis cáusticos,
hidróxido de sódio ou de potássio. Se o excesso de álcalis permanece no sabão
acabado, o produto vai ser “agressivo” e, talvez, até mesmo perigoso. Para evitar
esta possibilidade, os saboeiros, geralmente, adicionam mais óleo do que pode ser
saponificado pelo álcali disponível ou, ao contrário, eles acrescentam menos
álcali do que seria necessário para saponificar o óleo disponível.
25
Sobregordura
Desconto de Soda
Dica
Desconto de soda é a maneira mais fácil, já que todos os componentes serão
misturados de uma só vez (diferente do Hot Process).
26
Calculando o pH
A sigla pH significa Potencial Hidrogeniônico. É um índice que indica a acidez,
neutralidade ou alcalinidade do sabonete. O pH é uma característica de todas as
substâncias determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+). Para saber
se o sabonete que você fez está completamente seguro para ser usado na pele
é preciso medir o pH.
Testar, medir e checar o pH do sabonete é essencial para garantir que ele possa ser
utilizado na pele sem causar possíveis danos como irritações, alergias, coceiras ou
ressecamento, entre outros.
27
Para fazer este teste, o procedimento é bem simples: pegue 1g da barra de sabão,
coloque em um béquer com 10g de água desmineralizada morna ou quente.
Misture o sabão na água até dissolver por completo. Espere esfriar, faça um pouco
de espuma e molhe uma tira do papel de pH observando a cor indicada.
Compare a cor com o diagrama de cores que acompanha o papel para saber o
índice apresentado. Resultado acima de 10 indica soda cáustica no sabão. Os
resultados para sabão curado (já não contendo lixívia) podem variar de 8-10 pH. A
leitura da tira de teste de pH é dependente da interpretação do fabricante de sabão
e podem estar sujeitos a erros.
28
Passo a passo para Produção
de Sabonetes no Cold Process
Óleos e Manteigas para Saponificação
1 Pese as gorduras necessárias em suas determinadas proporções;
2 Coloque em um recipiente de inox para derretimento em banho-maria;
Ex de proporções:
Peso
+ 175g
25% óleo de Palmiste
+ 70g
10% óleo de Rícino
+ 105g
15% óleo de Girassol
+ 70g
10% óleo de Oliva
= 100% 700g
30
3 Após escolhida a forma como irá derreter, basta pesar a manteiga ou o óleo
saturado, levar num recipiente para derreter (em banho maria, no caso).
31
Preparar a Lixívia e misturar com os
óleos para saponificação
Lixívia = Água + Soda
Indice de
Peso NaOH
Saponificação (IS)
32
● Também precisamos calcular a quantidade de água para adicionar à lixívia;
● É natural que a solução fique turva num primeiro momento, e depois, límpida;
● Enquanto isso, prepare os óleos vegetais para serem misturados com a lixívia
33
Verificando o traço (trace)
● Conhecido como o início do endurecimento da massa, o trace (ou traço) indica
que pelo menos 10% da saponificação já ocorreu;
● O trace pode ser classificado em três velocidades: leve, médio ou forte (sendo
a mais leve sinônimo de uma massa mais líquida ("pudim antes de ir para o
fogo") e o forte uma massa em pedaços, que lembra polenta);
IMPORTANTE
Por exemplo: se desejar dividir a massa e colorir com várias cores diferentes, o traço
leve é o mais indicado. Se desejar fazer efeitos especiais (marmorização, técnicas
com funil, linha do horizonte, coluna etc), traço médio. Se a ideia é fazer apenas um
bloco de sabão, com uma única cor e sem adição de óleos essenciais, traço forte;
34
Existem três fatores que podem afetar e influenciar nesse tempo que a massa de
sabão leva para atingir o TRACE, que são:
35
Aplicando aditivos, pigmentos
naturais e conservantes
Os aditivos e pigmentos naturais serão responsáveis por dar cor ao sabão. Alguns
tem até função extra: além de cor, também podem oferecer benefícios como
propriedades esfoliantes, curativas e antioxidantes;
Assim, quando você notar cores muito intensas e brilhantes (roxo, verde-limão,
azul-turquesa) no sabão, isso indica que provavelmente são de origem sintética –
o que não significa que são tóxicos, apenas que não são realmente naturais;
O modo de usar também varia: os pigmentos escolhidos podem ser em pó, secos,
granulados, frescos, líquidos, por infusão, trituração, ralados etc.
36
COMO APLICAR?
37
ADITIVOS - ÓLEOS ESSENCIAIS
● Devem ser colocados com uma temperatura entre 30 e 40 graus, eles ficam
preservados.
Óleos essenciais
○ Blends para melhorar a fixação – 1 de cada nota: Base, Média e Alta
ADICIONANDO CONSERVANTES
● Após acrescentar os aditivos da sua escolha, misture bem todos com a massa
38
Molde e corte
Após misturar os óleos vegetais, lixívia,, óleos essenciais e outros aditivos, chega
o momento de moldar o seu sabonete em barra. Podemos então despejar da
própria panela ou vasilha em que foi feito o sabonete.
Importante:
Separe pelo menos uma lasquinha do sabão, para realizar testes de medição do pH!
Se estiver tudo certo com o sabão desenformado e cortado, leve-o para uma
prateleira (não coloque um em cima do outro – é melhor que sejam colocados de
pé, em fila) e aguarde por no mínimo 4 semanas, tempo estimado para a cura;
39
Após 72h, é preciso que se meça o PH.
Para fazer este teste, o procedimento é bem simples: corte a barra de sabão ao
meio e pegue 1g para colocar em um copo com 10g de água deionizada morna.
Espere esfriar e o sabão derreter, faça um pouco de espuma e molhe uma tira do
papel de pH, observando a cor indicada.
Compare a cor com o diagrama de cores que acompanha o papel para saber o
índice apresentado.
Os valores ideais para produtos para uso na pele estão entre 5,5 e 8.
Após o prazo correto de 4 a 12 semanas e se estiver tudo certo com o PH, seu
sabonete está pronto para ser utilizado
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POSSÍVEIS PROBLEMAS NA HORA DO CORTE
A correção para ambos os casos (e se nem mesmo após 48 horas o sabão ficar
mais fácil de cortar) é o método rebatching (reaproveitamento).
Não é algo preocupante, pois não altera as propriedades do sabão, mas, por
razões estéticas, você pode corrigir com o método rebatching (reaproveitamento)
ou ou apenas cortar a parte de cima
41
Processo de cura
Após o desmolde e corte da massa, o sabão feito por cold process deverá passar
para a secagem com um tempo de cura que pode ir de 4 até 12 semanas;
42
Receita de Sabonete Cold
Process de Lavanda
SABÃO DE LAVANDA
COLD PROCESS
Propriedades
Sabonetes com óleo essencial de Lavanda é maravilhosamente versátil,
amplamente utilizado por suas variadas propriedades antissépticas, antibióticas,
sedativas, calmantes e desintoxicantes.
Lixívia:
● 96 g Soda (desconto de 7%)
● 224 g Água
Conservantes:
● 5 g óleo resina de Alecrim
Aditivo/Óleo essencial:
● 25 g óleo essencial de Lavanda
● 10 g de flores de lavanda misturadas na massa
Receitas de Sabonete Cold
Process com Argila
Os sabonetes com argila absorvem o excesso de oleosidade e impurezas da pele
sem remover os óleos naturais da pele, juntamente com um efeito esfoliante e de
limpeza, melhorando a circulação e criando um brilho suave e saudável, bem como
uma pele tonificada e mais firme.
Saponificação:
● 280 g O.V. Palma
● 175 g O.V. Palmiste
● 70 g O.V. Rícino
● 105 g O.V. Girassol
● 70 g O.V. Oliva
Lixívia:
● 96 g Soda (desconto de 7%)
● 224 g Água
Conservantes:
● 5 g óleo resina de Alecrim
Aditivo/Óleo essencial:
● 25 g OE Copaíba
● 30g argila roxa
Argila Verde c/ O.E. de Tea Tree
COLD PROCESS
Saponificação:
● 280 g O.V. Palma
● 175 g O.V. Palmiste
● 70 g O.V. Rícino
● 105 g O.V. Girassol
● 70 g O.V. Oliva
Lixívia:
● 96 g Soda (desconto de 7%)
● 224 g Água
Conservantes:
● 5 g óleo resina de Alecrim
Aditivo/Óleo essencial:
● 25 g OE tea tree
● 30g argila verde
Informações Gerais
e Lembretes
Proporção padrão para iniciantes
Base de Saponificação deve conter:
● Palma - 30%
● Palmiste/Coco/Babaçu - 30%
● Rícino - até 10%
● Oliva/Girassol/Semente de Uva/Abacate - 30%
Para um sabonete com uma boa capacidade de limpar, de fazer espuma e ter
dureza necessária para não despedaçar ou quebrar, o ideal é manter a proporção
de 60% de óleos duros e 40% de óleos moles
CÁLCULOS:
A quantidade de água da lixívia pode ser calculada de 30% a 36% sobre os óleos
da base. E a quantidade de Soda é calculada multiplicando o índice de
saponificação (IS) pela quantidade em gramas de cada óleo (IS x g). Após, soma-se
o resultado para cada óleo vegetal e saberá a quantidade de soda total para a
receita.
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Sabonetes com 1 tipo de óleo vegetal, ou 70% do mesmo, os cálculos são
diferenciados para sobregordura ou desconto de soda.
● No sabão 100% coco, a sobregordura ou desconto de soda no Cold será de
27%.
● Já no sabão 100% oliva, a sobregordura ou desconto de soda no Cold será
7%.
Isso porque o óleo vegetal de coco tem propriedade de limpeza profunda e pode
ressecar a pele e cabelo, se não houver esta quantidade de sobregordura. E o óleo
vegetal de oliva é muito mole e precisará de um tempo maior de cura.
CONSERVANTES:
0,5% a 4%sobre o total da massa de sabão. Mais indicado: óleo resina de alecrim
0,5% a 1% sobre o total da massa de sabão. Os óleos insaturados ou moles possuem
maior o índice de iodo, portanto mais fácil oxidar. É necessário acrescentar mais
conservante (0,5%).
PIGMENTOS:
1,5% até 3%, sobre o total da massa de sabão
51
Anexos
53
54
55
QUER DOMINAR TANTO O COLD
QUANTO O HOT PROCESS?