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Isabella Cristina Diniz Costa

Experimento 09- DESTILAÇÃO POR ARRASTE DE VAPOR

Curso de Licenciatura em Química


Disciplina: Química Orgânica I (Prática)
Responsável: Profª Ma. Raíza Fonseca Xavier Lima

Uberaba
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................3

2. OBJETIVO ................................................................................................................3

3. MATERIAIS E METODOS. ....................................................................................4

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...........................................................................5

5. CONCLUSÃO .........................................................................................................7
6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 7

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1. INTRODUÇÃO

As essências ou aromas das plantas devem-se principalmente aos óleos essenciais. Os óleos
essenciais são usados, principalmente por seus aromas agradáveis, em perfumes, incenso,
temperos e como agentes flavorizantes em alimentos. Alguns óleos essenciais são também
conhecidos por sua ação antibacteriana e antifúngica. Outros são usados na medicina, como a
cânfora e o eucalipto. Além dos ésteres, os óleos essenciais são compostos por uma mistura
complexa de hidrocarbonetos, álcoois e compostos carbonílicos, geralmente pertencentes a um
grupo de produtos naturais chamados terpenos. Muitos componentes dos óleos essenciais são
substâncias de alto ponto de ebulição e podem ser isolados através de destilação por arraste a
vapor.

A destilação por arraste de vapor é uma destilação de misturas imiscíveis de compostos


orgânicos e água (vapor). Misturas imiscíveis não se comportam como soluções. Os componentes
de uma mistura imiscível "fervem" a temperaturas menores do que os pontos de ebulição dos
componentes individuais. Assim, uma mistura de compostos de alto ponto de ebulição e água
pode ser destilada à temperatura menor que 100C, que é o ponto de ebulição da água.
O princípio da destilação à vapor baseia-se no fato de que a pressão total de vapor de uma
mistura de líquidos imiscíveis é igual a soma da pressão de vapor dos componentes puros
individuais. A pressão total de vapor da mistura torna-se igual a pressão atmosférica (e a mistura
ferve) numa temperatura menor que o ponto de ebulição de qualquer um dos componentes.

A destilação por arraste a vapor pode ser utilizada nos seguintes casos:
Quando se deseja separar ou purificar uma substância cujo ponto de ebulição é alto e/ou apresente
risco de decomposição; para separar ou purificar substâncias contaminadas com impurezas
resinosas; Retirar solventes com elevado ponto de ebulição, quando em solução existe uma
substância não volátil; Separar substâncias pouco miscíveis em água cuja pressão de vapor seja
próxima a da água a 100C.

2. OBJETIVO

Aplicar a técnica na separação e purificação de substâncias químicas.


Compreender os conceitos envolvidos na técnica de destilação arraste de vapor.

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3. MATERIAIS E METODOS

• Água destilada
• 8g de cravo da índia
• 1 béquer de 250mL
• 01 Balão de destilação de 02 bocas de 250mL
• 01 cabeça de destilação
• 01 condensador de Liebig
• 01 termômetro
• 01 manta de aquecimento
• 01 funil de separação de 250mL
• 01 rolha furada
• Pérolas de vidro
• 01 Mangueira de látex
• 2 garrafas e 02 muflas
• Grade para fixação das garras
• 3 provetas de 100mL
• 01 Almofariz
• 01 pistilo
Inicialmente, procedeu-se a montagem do aparato experimental para destilação por arraste a
vapor. Em seguida, uma quantidade apreciável de cravo-da-Índia, aproximadamente 8,0868 g, foi
macerada utilizando almofariz e pistilo, ao trabalharmos com extração de substâncias a partir de
materiais sólidos, tais como folhas, raízes, cascas ou outras partes de um vegetal ou frutas,
recomenda-se que o material solido como o cravo utilizado no experimento, seja
cortado/macerado em pequenas partes, esse procedimento aumentará a superfície de arraste
extrair e carrear a sustância desejada. Posteriormente, transferida para um balão. O aquecimento
foi iniciado de forma a garantir uma velocidade de destilação lenta, porém constante, mantendo a
temperatura de 94ºC, ao decorrer da destilação adicionou-se água destilada e o destilado foi
coletado até atingir cerca de 80mL. Durante a destilação por arraste a vapor, a amostra foi
aquecida e o vapor resultante foi arrastado para um condensador, onde resfriou e condensou em
forma líquida. Devido a diferença nos pontos de ebulição do acetileugenol e do eugenol, esses
compostos foram separados durante a condensação e coletados de forma individualizada. Em
seguida, o destilado foi transferido para o funil de separação com duas porções de cloreto de
metileno, separou-se as camadas e desprezou-se a fazer aquosa.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante o processo de destilação por arraste de vapor do cravo da índia, observou-se a formação
de um líquido branco e turbo na proveta, sugerindo a presença de substâncias imiscíveis em
suspensão. Essa turbidez, em conjunto com a insolubilidade dos terpenos em água, indica a
extração efetiva dos compostos desejados. Além disso, o monitoramento da temperatura ao longo
do processo de destilação evidenciou a estabilidade da temperatura, o que sugere que a extração
ocorreu sem interrupções. Após a evaporação da maior parte do solvente (água), foi obtido um
óleo branco com odor característico de cravo-da-Índia. Nessa espécie vegetal, os compostos mais
voláteis responsáveis pelo aroma característico são o acetileugenol e o eugenol. Embora o
Eugenol possa ser extraído do cravo da índia por destilação por arraste de vapor, constatou-se que
o processo requer uma grande quantidade de matéria-prima para obter uma quantidade
relativamente pequena do produto final, o que aumenta os custos do processo. Não foi possível
calcular a porcentagem de eugenol obtida a partir da quantidade de cravo da índia pois não foi
possível isolar o Eugenol.

Figura 1- Se a montagem do aparato experimental para destilação por arraste a vapor.

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Figura 2- Monitoramento da temperatura ao longo do processo de destilação

Figura 3 - Óleo branco com odor característico de cravo-da-Índia

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Figura 4 - Funil de separação com duas porções de cloreto de metilenos e o destilado

5. CONCLUSÃO

A técnica de destilação por arraste a vapor é uma boa opção na extração de óleo essencial presente
no cravo. Foi possível determinar seu rendimento de formas simples, aplicando a técnica na
separação e purificação de substâncias, assim, compreendendo o conceito envolvido na técnica
da destilação arraste de vapor.

6. REFERÊNCIAS

Vista do Extração do eugenol a partir do cravo da índia para produção de perfume. Disponível
em: <https://anais.eventos.iff.edu.br/index.php/coninfitaperuna/article/view/1069/1182>. Acesso
em: 4 fev. 2024.

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