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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Rio de Janeiro

Disciplina: Química do Petróleo

Turma: PGM-251

Docente: Monique Kort-Kamp

Prática n° 1

Produção de Biodiesel

Discentes:

Pedro Henrique

Matheus Vianna

Samuel Bibiano

Data de realização da prática: 01 de


Outubro de 2022

Data de entrega: 15 de Outubro de 2022


1.INTRODUÇÃO

Para o entendimento desse relatório, é necessário certos conhecimentos a


cerca da matéria, como, o que é biodiesel, como foi obtido o óleo usado na
realização da prática, do que se trata viscosidade e ponto de fluidez.

1.1 Biodiesel
Biodiesel é um combustível renovável formado através de um processo
químico chamado de transesterificação. Processo que consiste na
utilização dos triglicerídeos provenientes dos óleos reagindo com álcool em
presença de um catalisador, como o etanol ou metanol, um combustível
que polui menos que os fósseis usados em larga escala pela sociedade.

1.2 Óleo de Amêndoa


Extraído direto da Amazônia e comercializado já como óleo, sendo da
responsabilidade do laboratório e dos técnicos responsáveis, a
transformação do óleo em biodiesel. Como o óleo de amêndoa de tucumã,
característico da região amazonense.

1.3 Viscosidade
Medidor usado para determinar se o fluído desloca-se com pouca ou muita
resistência, conhecido também como grau de aderência do fluido. Medidor
estabelecido como inversamente proporcional a temperatura, realizando o
cálculo da viscosidade cinética com o auxílio de um cronômetro e de um
equipamento, chamado de banho, para a verificação da viscosidade do
biodiesel.
1.4 Banho Cinemático Ultratermostatizado para Viscosímetros com
Unidade de Refrigeração:

1.5 Ponto de fluidez


Representa a temperatura mais baixa em que um fluído consegue escoar,
influenciado apenas pela gravidade. Garantindo uma segurança no
deslocamento do combustível e dos motores aos quais vão ser usados
esse combustível em baixa temperatura ambiente.
2. OBJETIVO
O objetivo desse estudo é produzir o biodiesel a partir do óleo de
amêndoa, determinando com base nele, sua viscosidade e o seu ponto
de fluidez.

3. LISTA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS


Tabela 1 - Lista de reagentes:
Reagentes Volume ou Massa
Óleo de Amêndoa 100 ml
Solução de ácido clorídrico 10% 25 ml
Fita de pH -
Água destilada -
Sulfato de sódio anidro -
Hidróxido de potássio 0,8032 g
Metanol 36 ml
Tabela 2 - Lista de Vidrarias:
Vidraria Unidades
Tubos de ensaio 2
Balão de 250 ml 1
Becker de 100 ml 1
Provetas de 100 ml 2
Provetas de 50 ml 2
Funil de separação 1
Funil de vidro 1
Erlenmeyer 1

Tabela 3 – Lista de Equipamentos:


Equipamentos Unidades
Cubo de Banho 1
Placa de agitação 1
Barra magnética 1

4. METODOLOGIA EXPERIMENTAL
Para iniciar o experimento, montamos o equipamento necessário para
realizarmos os procedimentos químicos, tendo a placa de agitação e o balão de
250 ml em seus devidos lugares, iniciamos o processo experimental da
seguinte forma:

1°) Aquecemos o balão na água que estava na placa de agitação e deixamos


balão ate que atingisse a temperatura necessária.

2°) Adicionamos 100 ml do óleo de amêndoas a uma proveta de 100 ml.

3°) Após o balão ter chegado à temperatura que precisávamos, passamos 100
ml do óleo para o balão.

4°) Feito o processo, conseguimos atingir uma temperatura de 50 °C, após


isso, levamos o óleo para ser pesado na balança.
5°) Preparamos a reação de transesterificação passando 36 ml de metanol
para uma proveta de 50 ml e pesando 0,8032 g de KOH na balança analítica.

6°) Dissolvemos o KOH no metanol até que o mesmo não tivesse resquícios
sólidos na solução.

7°) Deixamos a solução em repouso por 30 minutos para que pudéssemos


observar a mudança que ocorreria na sua coloração e a diminuição em sua
viscosidade, assim, conseguimos notar que em 3 minutos a solução já passou
a apresentar uma coloração levemente mais amarelada.

8°) Após ter passado 30 minutos, retiramos a solução da placa de agitação e


transferimos para um funil de separação de 250 ml, feito isso, aguardamos por
15 minutos para que a solução esfriasse e pudesse ocasionar a separação de
suas fases.

9°) Tendo passado 15 minutos, observamos que a parte menos densa, que era
o biodiesel, era a fase superior e o glicerol era a fase inferior.

10°) Transferimos o glicerol para um becker de 100 ml e descartamos o mesmo


em um frasco de álcool etílico.

11°) Levamos a solução de biodiesel para a capela a fim de que pudéssemos


adicionar 25 ml de HCl 5%, feito isso, aguardamos por 15 minutos para que
tivéssemos a separação de fases novamente.

12°) Após 15 minutos, tendo a separação de fases, transferimos a fase aquosa


que se originou para um Becker de 100 ml, essa era a fase de HCl 5%.

13°) Entramos no processo de lavagem do biodiesel novamente, onde


adicionamos 25 ml de HCl 5% e agitamos o funil de separação até que
ocasionasse novamente a separação das duas fases.

14°) Tendo ocorrido a separação, descartamos a fase aquosa de HCl 5% no


becker de 100 ml.

15°) Verificamos qual era o pH da fase aquosa de HCl 5%, onde obtivemos um
índice entre 6 e 7.

16°) Adicionamos a água destilada na solução e agitamos ate que ocorresse a


separação de fases, feito isso, deixamos a solução em repouso por 15 minutos.

17°) Retiramos a fase aquosa e verificamos seu pH, onde tivemos um índice 4,
logo, sendo acida.
18°) Adicionamos água destilada novamente na solução, agitamos e deixamos
em repouso por 15 minutos.

19°) Retiramos a fase aquosa e verificamos seu pH, que variou entre 6 e 7.

20°) Passamos a solução do funil de separação para um erlenmeyer de 250 ml,


a fim de que levássemos novamente para aquecimento na balança,

21°) No aquecimento, era perceptível que a solução estava menos turva e que
o resquício que havia de água na solução evaporou.

22°) Preparamos um filtro com um filtro de papel, um funil de vidro e uma


proveta de 100 ml.

23°) Depois do aquecimento, adicionamos uma pequena quantidade de


Na2SO4 na solução e agitamos ate que tivéssemos a completa dissolução do
sal.

24°) Transferimos a solução para o filtro para conseguirmos a total limpidez da


solução.

5. DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE
Neste processo, nos definimos qual era a resistência oferecida ao
deslocamento do biodiesel que produzimos, ou seja, sua viscosidade. Para
isso, realizamos os seguintes processos:

1°) Feita a filtração, coletamos 8 ml da solução de biodiesel com uma pipeta


graduada.

2°) Utilizamos a solução no capilar de viscosidade e depois levamos para a


maquina que e nomeada de viscosímetro, para que pudéssemos fazer a
cronometragem de quanto tempo o biodiesel levaria para chegar de um
menisco ao outro, ou seja, de um ponto até outro ponto, fizemos esse processo
por três vezes.

3°) Feito o processo, calculamos sua viscosidade cinética através da seguinte

fórmula:
Como obtivemos três tempos, fizemos a seguinte média:

T1= 392,7 s

T2= 391,8 s

T3= 390,3 s

Dividimos esses três tempos por 3 e obtivemos sua média, que era de 391,6
s.

Com a média obtida e já tendo a constante do viscosímetro que era de


0,01226, apenas aplicamos o calculo:

T1 (s) 392,7

T2 (s) 391,8
Viscosidade à 40°C
4,8
T3 (s) 390,3 (mm²/s)

T. Médio 391,6

V= c x t

V= 0,01226 x 391,6

V= 4,8 mm²/s

Logo, temos a viscosidade do biodiesel sendo igual a 4,8 mm²/s.

6. PONTO DE FLUIDEZ
Neste processo, devíamos definir qual a menor temperatura em que a
solução ainda fluía quando submetida a um alto resfriamento, ou seja, seu
ponto de fluidez. Para isso, fizemos os seguintes procedimentos:

1°) Aproveitamos a solução restante de biodiesel filtrado, que era de 44 ml, e


transferimos para um tubo de ensaio.
2°) Mergulhamos a solução em um equipamento que e chamado de
ultratermoestato e verificamos o estado da solução por 3 vezes ate que
tivéssemos seu menor ponto de fluidez.

Com isso, quando a solução estava com temperatura de -0,4 °C foi possível
notar que estava completamente diferente de seu estado original, mas ainda
móvel, com uma temperatura de -0,6 °C a solução estava quase imóvel,
quando atingimos a temperatura de -0.8 °C o biodiesel estava totalmente
imóvel, então podemos definir como seu ponto de fluidez a temperatura de -
0,8 °C.

7. RENDIMENTO
Para finalizar o processo experimental, apenas realizamos o calculo para
sabermos qual foi o rendimento de biodiesel que tivemos, sendo assim,
fizemos o calculo:

34 ml + 44 ml = 78 ml de biodiesel

100 ml -------------------- 100%

78 ml -------------------- x %

100x = 7800

x = 7800 / 100

x = 78% de rendimento do biodiesel.

8. CONCLUSÃO

Concluimos então que após todos os processos necessários como:


Metodologia Experimental, Determinação da Viscosidade, Ponto de
Fluidez e Rendimento, nosso Biodisel esteve dentro dos padrões
necessários de Ponto de Fluidez, Determinação da Viscosidade, além
de obter um Rendimento expressivo.

9. Referências
BIOLUB (org.). O que é a análise de ponto de fluidez nos
lubrificantes? Sorocaba: Biolub Química, 2020.

PETRONAS (org.). Análise do ponto de fluidez: o que é e em


que interfere? Belo Horizonte, 2020.

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Biodiesel"; Brasil Escola.

Disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/biodiesel.htm.

ÊXODO CIENTIFICA (org.). Você conhece o conceito de


viscosidade? Sumaré: Êxodo Cientifica, 2017.

PROLAB (org.). O que é viscosidade de um fluido? São


Paulo: Prolab, 2014.

E. L. Silva Vaz, H. A. Acciari, A. Assis, E. N. Codaro. Uma experiência


didática sobre viscosidade e densidade. Química Nova na Escola 34 (3)
155-158. 2012.

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