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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de

Janeiro

Disciplina: Geologia do Petróleo

Turma: PGM-251

Docente: Fernanda Silva Soares

Prática n°1
Identificação Macroscópica dos Minerais

Discentes:

Samuel Bibiano

Marcos Hofacker

Data de realização da prática: 21 de novembro de 2022


Data de entrega: 11 de outubro de 2022
1. Introdução

Os minerais são elementos ou compostos encontrados na crosta terrestre,


sendo os principais constituintes das rochas e podendo ser caracterizados das
seguintes formas: substancia sólida de origem natural com arranjo atômico
altamente ordenado, composição química homogenia e definida, cristalina e
formado por processos inorgânicos.
Quando é dito que um mineral apresenta ocorrência natural, esta sendo
confirmado que o mesmo deve ter sido formado por processos naturais, tendo essa
característica como parâmetro para diferenciá-lo dos minerais criados em
laboratórios (sintéticos). O arranjo atômico ordenado indica uma estrutura interna de
átomos (ou íons) que ocorrem arranjados segundo um padrão geométrico regular,
assim, caracterizamos os minerais como sólidos cristalinos. Sua composição
química diz respeito quanto à identificação dos elementos químicos que os
compõem, com o tipo de retículo cristalino presente, também a sua homogeneidade,
onde o mineral mantém a mesma composição química por todo seu volume
independente da sua forma, tamanho e do local amostrado.
Os minerais são transformados por transferência de elétrons entre os átomos
(formando íons) ou por compartilhamento de elétrons entre eles, através de reações
e ligações químicas. Estas reações são interações entre átomos de dois ou mais
elementos químicos em certas proporções fixas, produzindo novas substancias
químicas.
Os minerais se formam pelo processo de cristalização, que é o crescimento
de um solido a partir de um gás ou liquido cujos átomos constituintes agrupam-se
segundo proporções químicas e arranjos cristalinos adequados.
A identificação dos minerais pode ser feita através da analise macroscópica
das propriedades ou características mecânicas óticas dos mesmos, onde se terá
características como sua forma externa, cristalina, a clivagem, etc.

1.2. Objetivo:

● Entender como é feito o processo de identificação dos minerais e suas


características.
● Identificar as principais características e propriedades físicas dos minerais.
● Classificar os minerais através da observação macroscópica.

Através destes pontos, verificamos cada característica dos minerais e


definimos seu nome e sua composição química.

1.3. Materiais e Equipamentos:

Duas amostras de minerais.


Placa de porcelana branca.
Becker de 250 ml com água.
Balança analítica.
Imã.
Estilete.
Uma caixa com outras amostras de minerais e a escala de dureza de Mohs.

1.4. Metodologia Experimental:

Para iniciar o experimento, decidimos analisar cada mineral dividindo suas


características em tópicos, logo, ficando da seguinte forma:

1°) Analise de sua forma externa (habito) – Nesse tópico, fizemos apenas uma analise
ocular para verificar se os minerais apresentavam brilho, cristalização, alguma parte
rochosa, dentre outras composições da forma externa.

2º) Forma Cristalina – Onde analisamos as formas geométricas dos cristais presentes
no mineral.

3º) Clivagem – Analisamos se os minerais possuíam tendência a uma possível quebra


em sua estrutura, para isso, tentamos forçar uma quebra usando a unha.

4º) Cor – Verificamos a coloração dos minerais do mesmo modo em que analisamos a
forma externa, ou seja, através da analise ocular.

5º) Diafaneidade – Onde analisamos se os minerais apresentavam transparência, ou


seja, se podíamos observar a estrutura interna dos mesmos, com isso, poderíamos
definir se os minerais absorviam ou não luz.

6º) Brilho – Também através da analise ocular, verificamos a qualidade e a


intensidade de luz refletida pelos minerais, ou seja, o seu brilho.

7º) Cor do Traço – Neste processo, utilizamos a placa de porcelana branca para que
pudéssemos definir a cor do traço dos minerais, para isso, riscamos a placa com a
ponta dos minerais.

8º) Propriedades Organolépticas – Onde averiguamos se, por exemplo, os minerais


eram gordurosos ou ásperos, se apresentavam algum odor, para isso eram
necessários apenas o tato e o olfato.

9º) Dureza – Verificamos a resistência que cada mineral tinha a um possível risco,
posteriormente, definindo o grau de dureza de cada, para isso, através de um estilete
e nossas unhas, tentamos forçar um risco nos minerais, feito isso, tivemos acesso a
escala de dureza de Mohs (estando numerada de 1 a 10).

10º) Peso Seco – Neste procedimento, apenas pesamos cada mineral na balança
analítica, para que soubéssemos o peso da amostra sem ter realizado a absorção de
água.

11º) Peso Úmido – Onde mergulhamos um mineral de cada vez em um becker de 250
ml com água, aguardamos por dois minutos para que as amostras pudessem absorver
a água, apos isso, retirarmos as mesmas do becker e pesássemos os minerais
novamente na balança analítica, afim de que observássemos a diferente massa que
teríamos apos o mergulho.

12º) Magnetismo – Para verificarmos se os minerais apresentavam propriedades


magnéticas, utilizamos um pequeno imã para averiguarmos se as amostras eram
atraídas ou não.
13º) Teste para saber se os minerais poderiam ser carbonatos – Neste procedimento,
levamos as amostras para a estufa, com auxilio da professora responsável colocamos
pequenas gotas de solução HCl 10% (Acido Clorídrico 10%) nos minerais para caso
houvesse enfervecimento nos mesmos, definíssemos se eram carbonatos.

1.5. Resultados e Discussão:

Apos realizarmos todos os procedimentos necessários para que pudéssemos ter a noção das
características das amostras, pudéssemos definir quais minerais que estávamos
analisando, chegamos a seguinte conclusão quanto as suas características:

AMOSTRA 1

ITEM DESCRIÇÃO
Forma externa Brilhoso e Cristalizado
Forma cristalina Cúbica
Clivagem Não apresenta quebra
Cor Prateado
Diafaneidade Não apresenta transparência
Brilho Apresenta um brilho forte
Cor do traço Preto
Propriedades organolépticas Bastante áspera e apresenta odor
Dureza Grau de dureza acima de 6
Seco: 31,4050 g
Peso específico
Úmido: 31,8957 g
Magnetismo Não apresenta propriedades magnéticas

AMOSTRA 2

ITEM DESCRIÇÃO
Cristalizado em sua maioria e pequena parte rochosa na
Forma externa
ponta de baixo
Forma cristalina Prismática
Clivagem Não apresenta quebra
Coloração mista (cristais laranja, branco e parte rochosa
Cor
marrom)
Diafaneidade Apresenta transparência
Brilho Apresenta brilho
Cor do traço Não apresenta cor
Propriedades organolépticas Não apresenta odor e nem oleosidade
Dureza Grau de dureza acima de 7
Seco: 54,7519 g
Peso específico
Úmido: 55,3297 g
Magnetismo Não apresenta propriedades magnéticas
1º mineral – Identificamos e concluímos que a amostra era uma pirita, tendo como
base os seguintes pontos:

● Fortemente brilhoso e com sua estrutura sendo completamente compostas por


cristais.
● Forma geométrica de seus cristais ser predominantemente cúbica.
● Não apresentou uma mínima quebra quando verificamos a clivagem.
● Apresenta uma coloração exclusivamente prateada.
● Não apresentou transparência (Diafaneidade).
● Forte brilho que era refletido pela amostra.
● A cor de seu traço seco idêntico ao de um grafite, sendo uma cor preta.
● Verificamos suas propriedades organolépticas e percebemos que sua estrutura
era bastante áspera e antes de mergulharmos o mineral não havia um odor
especifico, depois do mergulho já havia a presença de um odor.
● O mineral possui um grau de dureza acima de 6, porque tentamos riscar a
amostra com a unha e um estilete, e mesmo assim, nada aconteceu com a
mesma.
● O fato de um mineral não ter realizado uma grande absorção de água, visto
que, seu piso seco se da em 31,4050 g, já o peso úmido, sendo 31,8957 g,
assim, não representando uma grande diferença em suas pesagens.
● Utilizamos o imã para verificarmos se o mineral sofreria atração, mas não
ocorreu uma mínima atração, comprovando que a amostra não apresentava
propriedades magnéticas.
● A amostra não ter enfervecido quando gotejamos HCl 10%, caso tivesse
enfervecido, poderíamos definir que o mineral pertencia à família dos
carbonatos, com a pirita sendo pertencente aos sulfetos, podemos tirar as
conclusões.
Todas essas informações estavam de acordo com as características que uma
pirita apresenta, com a sua formula química, sendo FeS2.

2º mineral – Feita a analise, concluímos que o mineral observado era um quartzo,


tendo como base os seguintes pontos:
● Os cristais presentes na maioria de sua estrutura, a pequena parte rochosa
presente em sua ponta de baixo e o brilho que apresenta.
● A forma geométrica de seus cristais ser prismática.
● Não ter apresentado quebra quando averiguamos sua clivagem.
● Apresentação de uma coloração mista, com sua parte de cima tendo seus
cristais laranja, a metade com seus cristais sendo branco transparente e a parte
rochosa sendo marrom.
● O fato de termos conseguido observar a estrutura interna do mineral, ou seja,
apresentar transparência.
● Reflexão de brilho apresentado pela amostra, mesmo que não fosse tão forte
como a da primeira amostra.
● Não ter apresentado um tracejado quando riscamos suas pontas na placa de
porcelana.
● Não ter apresentado oleosidade nem odor, seja antes ou depois de termos
mergulhado o mineral em água.
● O mineral possuir um grau de dureza acima de 7, por termos tentado causar
uma quebra com estilete e unha, e mesmo assim não ter apresentado sequer
um risco.
● Não ter absorvido tanta água, onde nós conseguimos definir isso através do
fato de que, seu peso seco era 54,7519 g e o peso úmido ser 55,3297 g, ou
seja, não apresentar uma grande diferença na pesagem.
● O fato de termos utilizado um imã e o mineral não ter sido atraído, logo, não
apresentando propriedades magnéticas.
● A amostra não enferveceu quando pingamos o HCl 10%, portanto, não sendo
um carbonato, e sim silicato, que é a família a qual o quartzo pertence.

Todas essas informações estavam de acordo com as características que um


quartzo apresenta, com sua formula química sendo SiO2.
1.6. Referências Bibliográficas:

BELL, F. G.; DONNELY, L. J. Mining and its Impact on the Environment. London:
CRC Press, 2006.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Sistema
brasileiro de classificação de solos. 2. ed. – Rio de Janeiro: EMBRAPA-SPI, 20061.
306 p.: il. ISBN 85-85864-19-2
GROTZINGER, J.; JORDAN, TOM. Para entender a Terra. 6. Ed. – Porto Alegre:
Bookman, 2013.
PRESS, F; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T. H. Para entender a Terra. 4.
ed. Tradução Rualdo Menegat. Porto Alegre: Artmed, 2006. 656 p. il.
SDE, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia. Revista
Desempenho do Setor Mineral: resultados, oportunidades e perspectivas. 2015.
SOIL SURVEY STAFF. Keys to soil taxonomy. 11 th ed. United States Department of
Agriculture-Natural Resources Conservation Service. Washington: U.S. Gov. Print
Office, 2010.
TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. 2. Ed. – São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2009.

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