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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Santa Catarina Campus Jaraguá do Sul

Relatório das práticas laboratoriais envolvendo filtração e medições de


propriedades da água.

OBJETIVO
Caracterizar a água obtida na amostragem realizada na visita técnica ao
parque Malwee, aplicando diferentes tipos de filtração e realizando medições como:
teor de cloro, condutividade e turbidez

INTRODUÇÃO

É de saber mútuo que quimicos lidam com a realização de analises quimicas


diariamente, e a validade dos resultados depende dos devidos cuidados na
manipulação e execução da fase de amostragem. Na maioria das vezes a amostra
tem mais de um componente e exige uma etapa de separação que antecede as
análises químicas propriamente ditas (FERNANDES, 2013)
A vários métodos de separação para líquido-sólido, como: sedimentação,
decantação, centrifugação ou evaporação, entre elas a filtração, que a primeira
vista, se mostra um processo muito simples de separação de materiais, (líquido -
sólido), pode ser executado para quantidades distintas dos componentes, por
exemplo: com quantidades iguais de líquido e sólido, quantidade excedente de
líquido ou excedente de sólido, nesse caso, se a filtragem gerar uma baixíssima
quantidade de partículas retidas, podemos classificar a mesma como uma
purificação. Temos exemplos deste tipo de purificação em nosso cotidiano, por
exemplo os filtros de água, ou filtros de barro que possuímos em casa, os quais
otimizam nos fornecer uma opção mais saudável de aguá potavel.
Tratando-se das análises químicas e laboratoriais, podemos afirmar que as
medições atualmente assumiram um papel extremamente relevante, uma vez que
permitem saber ou informar características, propriedades, substâncias, ou a
quantidade de substâncias contidas em objetos de pesquisa ou amostras. Essa
confiabilidade de “quantidades” é ligada diretamente aos processos industriais, por
exemplo, uma pessoa não vai optar por comprar alimentos que contenham chumbo,
os quais irão prejudicar sua saúde, e como ela irá saber que este alimento em
questão realmente não possuirá chumbo? Bom basta a ela olhar seu rótulo, onde
estará registrado todas as substâncias contidas no alimento que deseja, com suas
respectivas quantidades. os quais são pesquisados e averiguados através de
métodos de medição (FERNANDES, 2013).
Em todas essas áreas estas quantidades são muito significativas, as
mesmas retém a identidade de cada ente, objeto ou amostra. As medições também
serão responsáveis por apontar se é necessário reparar ou corrigir quantidades, por
exemplo, em uma indústria têxtil, a água que é residuária do processo de
beneficiamento (tingimento) contém vários tipos de compostos tóxicos retidos (uma
vez que tal fase é a mais poluidora de todos os processos têxteis) esta água
residual não poderá ser despejada desta maneira em rios, pois há várias legislações
vigentes que estabelecem as verdadeiras condições as quais os resíduos devem se
encontrar para serem legalmente despejados ou devolvidos aos rios, os processos
de medição nesse caso serão fundamentais, para respeitar as quantidades
máximas permitidas de cada componente, podendo reparar ou corrigi-los, quando
os mesmos passam de seu limite. Esses tipos de padrões e legislações a serem
seguidos e respeitados garantem a redução de poluição ambiental. Sendo assim as
análises de medição são de notável valor na química e no mundo ( FERNANDES,
2013).

Cada análise ou medição tem um propósito específico, e todas tem suas


devidas importâncias. Alguns tipos de análises de medição que podemos citar , são,
medição de cloro, de condutibilidade, turbidez e pH, estes tipos de análises juntas
permitem uma caracterização da amostra.
Segundo Soares (2016) o cloro ( Cl2) é o agente químico mais utilizado para a
desinfecção, sendo empregado em larga escala nas estações de tratamento de
água. O mesmo tem sido utilizado comercialmente sob três formas: líquido, sólido
ou gasoso. Em contato com a água, o cloro gasoso se hidrolisa rapidamente para
formar os íons hidrogênio, cloreto e o ácido hipocloroso. Este ácido se dissocia
gerando íons hidrogênio e hipoclorito. O ácido hipocloroso e o íon hipoclorito são os
principais responsáveis pela oxidação da matéria orgânica indesejada e a soma de
suas concentrações é conhecida como cloro residual livre, que varia com a
temperatura e pH da água, sendo de importância vital na inibição do crescimento
bacteriano (SOARES, 2016, p.120). Sendo assim a medição da quantidade de cloro
presente na água permite estimar a presença de matéria orgânica.
Para Villas (2013) a condutividade elétrica da água representa a facilidade ou
dificuldade de passagem da eletricidade na água. Lembrando que os compostos
orgânicos e inorgânicos contribuem ou interferem na condutividade, de acordo com
sua concentração na amostra. Valores de condutividade elétrica da água são
utilizados há décadas como indicativos da qualidade da água, com sua
representação pelo Sistema Internacional em unidades miliSiemens por cm2
(mS/cm2) ou micro Siemens por cm2 (uS/cm2) (VILLAS, 2013, p.1)
Para Felter (1990) a turbidez representa a propriedade óptica de absorção e
reflexão da luz, e serve como um importante parâmetro das condições adequadas
para consumo da água. A turbidez propriamente dita é causada por partículas
sólidas em suspensão, como matéria orgânica, que formam colóides e interferem na
propagação da luz pela água. Sendo assim é possível reduzir a turbidez ao realizar
processos que retenham ou separe o líquido de partículas sólidas, um exemplo é
através de filtração. A unidade de medida para a medição de turbidez é em NTU.
Vale ressaltar que não se pode atribuir unicamente os níveis de turbidez à
qualidade da água. Entretanto, a turbidez pode estar diretamente relacionada à
presença de micro-organismos patogênicos à saúde alterando as propriedades
organolépticas da água para consumo. (FELTER, 1990)

PROCEDIMENTOS

Partindo da proposta da realização de 4 tipos de filtração diferentes, para a


compreensão dos métodos e 3 tipos de análises de medição de água, se deram os
seguintes procedimentos:

● Filtração
É um processo de separação entre líquido-sólido onde uma membrana
semipermeável ou um meio poroso irá impedir a passagem de algum resíduo sólido
indesejado, retendo-o e possibilitando a análise do mesmo após o processo, ou de
forma inversa, retendo os sólidos para que o líquido possa ser devidamente
analisado. A filtragem depende diretamente do tamanho dos poros do papel filtrante,
quanto menores, maior será a retenção de partículas, porém da mesma forma,
quanto menores, mais lento se fará o processo. A filtragem de líquidos pode ser
executada das seguintes maneiras.
Filtração simples com papel cone: Neste tipo de filtração, utiliza-se um funil
de vidro, onde o papel filtro, terá uma dobragem em forma de cone (Figura 1). Este
tipo de dobragem é a ideal ser utilizada quando o analista deseja obter a parte
sólida para análise, ou seja a parte retida pelo papel filtrante.

Figura 1- Dobragem do papel cone.

Fonte: casadaciencia.org

Filtração simples com papel pregueado: Neste tipo de filtração, utiliza-se um


funil de vidro, onde o papel filtro terá uma dobragem em forma pregueada
apresentada na Figura 2. A opção por este tipo de filtração se faz ideal quando o
desejado pelo analista é diretamente o líquido filtrado. A dobragem em forma
“pregueada” irá permitir uma maior superfície de contato, o que consequentemente
vai acelerar o processo. Vale ressaltar que o tipo de de papel filtro depende do que
o analista deseja obter, um papel filtro com poros maiores pode ser utilizado quando
se trata de uma filtração com particular maiores, da mesma forma, quando se
tratarem de pequenas partículas, o correto é optar por um papel com poros
menores. Dessa forma, o analista pode averiguar que não será possível a
passagem das partículas através do filtro, ou seja os dois componentes serão
realmente separados. Um adendo interessante: é capaz em uma filtração utilizando
um papel filtro com uma porosidade minúscula, ser capaz de reter até algumas
bactérias e colóides biológicos.

Figura 2 - Dobragem do papel pregueado.

Fonte: Casadaciencia.org

Filtração a vácuo: Nela utiliza-se um funil de Buchner onde o papel filtro não
terá uma dobragem, apenas o formato interno do funil. além disso o princípio da
filtração não é usar a gravidade como na filtração simples e sim o abaixamento da
pressão dentro do kitassato, utilizando uma bomba de vácuo, como apresentado na
Figura 3, fazendo com que a pressão atmosférica fora do kitassato empurre o
líquido a ser filtrado, para baixo, isso acontece por que a pressão ambiente será
mais alta que a pressão dentro do kitassato. Sendo assim a filtração será forçada e
mais rápida. Esse tipo de filtração é preferivelmente aplicada em casos onde o sódio
tem maior tendência de reter o líquido, ou quando é necessária a utilização de um
papel filtro com poros pequenos, que teria um desempenho longo e lento se
realizado da forma simples, apenas com a gravidade. Porém vale lembrar que por
ser uma filtragem que tem uma força de sucção ou seja é como se o líquido a ser
filtrado estivesse sendo puxado para passar no filtro, é de maior facilidade que
partículas passam através dos poros.

Figura 3- Sistema de filtração a vácuo.


Fonte: FERNANDES, 2013.

Pipeta filtrante: Ao realizar uma filtragem é de consciência que o papel que


será responsável por reter a parte sólida, vai inevitavelmente absorver uma certa
quantidade do líquido que está passando por ele, nesse caso, como realizar a
filtração de quantidades muito pequenas de mistura? Métodos de adaptação são
necessários, para resolver esse tipo de problema. usa-se a chamada pipeta
filtrante, nesta utiliza-se de um pipeta de Pasteur com um corte na parte superior
para inserir um pequeno corte de algodão que será utilizado como filtro,
desempenhando a mesma função que o papel filtro em uma filtração simples. Este
método é recomendado para quantidades inferiores a 10 mL, pois dessa forma, a
perda de rendimento não será tão alta, pois um pedaço do algodão irá absorver
consideravelmente muito menos líquido que um papel filtro.

É pontual ressaltar que deve-se tomar cuidado ao inserir o algodão na pipeta,


pois o mesmo não pode ser compactado na execução desse processo, pois caso
contrario não ira conseguir filtrar o liquido, pois o algodão estara empacotado.

Figura 4 - Pipeta.
Fonte: metaquimica.com

● Teor de cloro
Para a medição do teor de cloro livre e combinado foi utilizado o clorímetro
digital ( a Figura 5 apresenta o clorímetro digital disponibilizado pelo laboratório do
IFSC Campus Jaraguá do Sul), esse equipamento consiste em um instrumento o
qual se tem aplicada a metodologia DPD, a qual foi aprovada pela USEPA, a
Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. O cloro livre reage com o
reagente DPD (o qual consiste na substância N,N-dietil-p-fenilenediamina) que irá
reagir com a amostra por cerca de um minuto e indicar no visor a quantidade de
cloro livre.
Em muitos casos parte do cloro pode existir como cloro combinado. O cloro
combinado não irá interferir nos resultados de cloro livre, desde que as leituras dos
resultados sejam feitas no tempo determinado de um minuto. Para determinar o
cloro total (a soma de livre e combinado), é utilizada uma solução assessoria de
iodeto de potássio.

Figura 5 - Clorímetro digital


Fonte: Registro do grupo.

● Condutibilidade
Para o teste condutibilidade foi utilizado um condutivímetro digital, o teste foi
realizado com três diferentes amostras: água deionizada, água da torneira e a água
da amostra filtrada. A condutividade elétrica em água é representada em sua
maioria por sólidos dissolvidos em água, dos quais se destacam dois tipos:
compostos iônicos e compostos catiônicos. Os compostos iônicos (cargas
negativas, que possuem elétrons livres na camada de valência) são sólidos que se
dissolvem em água e caracterizados como sendo cloretos, sulfatos, nitratos e
fosfatos. Os compostos catiônicos (cargas positivas, que perderam elétrons na
camada de valência) também interferem na condutividade elétrica da água e
possuem cátions de sódio, magnésio, cálcio, ferro, alumínio e amônio. Desta forma,
quando mensuramos a condutividade elétrica de uma amostra, estamos na
realidade quantificando uma grande quantidade de compostos nela contidos - uns
positivos, outros negativos - e que, em solução, permitem a passagem da
eletricidade.
Mas o que indica a condutividade elétrica da água? Bom Basicamente Seus
valores representam a carga mineral presente na água, sendo assim o equipamento
vai basicamente medir essa carga, sua unidade de medida é representada por
uS/cm2 ( uS - microSiemens).

● Turbidez
A medida da dificuldade de um feixe de luz atravessar certa quantidade de
água é chamada de Turbidez. Que é causada por matérias sólidas em suspensão
como: argila, colóides, matéria orgânica. A turbidez é medida através do
turbidímetro (Figura 6 apresenta o turbidímetro disponibilizado pelo laboratório do
IFSC Campus Jaraguá do Sul) , comparando-se o espalhamento de um feixe de luz
ao passar pela amostra com o espalhamento de um feixe de igual intensidade ao
passar por uma suspensão padrão. Quanto maior o espalhamento maior será a
turbidez. Os valores são expressos em Unidade Nefelométrica de Turbidez (UNT). A
cor da água interfere negativamente na medida da turbidez devido à sua
propriedade de absorver luz .
Figura 6 - Turbidímetro

Fonte: Registro do grupo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A primeira prática proposta pelo professor consistiu em realizar diferentes


métodos de filtração, a fim de compreender como são realizados os mesmos e fixar
assuntos discutidos em sala, e através do experimento explicar com a carga de
sabedoria adquirida teoricamente, qual a diferença entre esses métodos e o que
leva essas diferença na prática.
Inicialmente o grupo se deparou com uma dificuldade, que impedia a
realização da prática. O frasco o qual era responsável por armazenar a amostra
recolhida da lagoa do parque Malwee se tratava de um frasco de vidro com uma
tampa de vidro, com um partes ásperas para a isolação (já que as duas peças eram
de vidro), o que ocorreu é que ao tentar abrir o frasco, percebeu-se que o permo
estava emperrado. como justificativa, consideramos que no dia da coleta a
temperatura da água se encontrava a 28ºC e no dia em questão o ambiente estava
com uma temperatura aproximada de 24ºC a 23ºC pois o ar condicionado se
encontrava ativo. Sendo assim a teoria era que o frasco ao resfriar teria comprimido
prendendo a tampa ao frasco, levando esse raciocínio em conta, nos propusemos a
esquentar a área presa na esperança que a mesma dilata-se e soltasse. O que de
fato não ocorreu, visto que já não haviam muitas opções a única solução foi
efetivamente quebrar o vidro. O que possibilitou finalmente o acesso a amostra.
Após tal, foram realizadas duas filtrações simples com papéis filtros, com
poros médios, uma com dobradura em forma de cone e outra com dobradura em
forma pregueada apresentadas respectivamentes na Figura 7.

Figura 7 - Filtração com diferentes tipos de dobradura para o filtro


.
Fonte: Registro do grupo.
Ambas as filtrações foram realizadas com 20 mL da amostra, medidas com o
auxílio de uma proveta de 50 mL, porém o tempo e o filtrado apresentaram
resultados distintos, os quais podem ser conferidos na Tabela 1.

Tabela 1 - Comparativo de rendimento, para diferentes dobragens de papel filtro


(meio poroso).

Filtração com Filtração com Pipeta filtrante Filtração a


papel funil papel vácuo
Pregueado

Volume Inicial 20 20 20 20
(mL)

Volume Final 17,6 18,0 19,0 19,5


(mL)

Tempo 294 159 35 25


(segundos)
Fonte: Grupo.

Essa diferença no tempo está ligada a dobradura empregada no papel filtro,


tornando assim o processo mais demorado para o papel filtro em forma de funil, pois
o mesmo não possui uma superfície de contato tão abrangente como a do papel
filtro pregueado. Sendo assim é possível averiguar o que é expresso na literatura,
que a filtragem com papel filtro pregueado se faz de fato mais rapidamente. Outra
questão a ser apontada é o rendimento do líquido após a realização da filtragem,
pois o papel pregueado apresentou uma melhor eficácia quanto a quantidade final
de filtrado (mesmo levando em conta as quantidade perdidas ao passar de um
recipiente ao outro).
Também foi realizada uma filtração a vácuo, onde o papel filtro foi recortado
para compreender o tamanho do funil de buchner e uma filtragem utilizando uma
pipeta filtrante, onde o algodão foi depositado dentro da mesma com o auxílio de
uma pinça, com o devido cuidado para não pressionar e acabar por empacotar o
mesmo, em ambas foi utilizada a mesma quantidade das filtragens simples, 20 mL.
Ao analisar a Tabela 1 novamente é possível examinar que a filtragem utilizando a
pipeta de pasteur se fez muito mais rápida que as anteriores, porém a filtração a
vácuo aferiu uma maior velocidade que a pipeta de pasteur. Sendo assim ao reparar
sistematicamente na ordem da realização das filtragens é possível afirmar que as
mesmas conferiram gradualmente e sucessivamente maiores números de
rendimento e de rapidez do processo. Classificando assim dentre as quatro
filtrações a primeira, realizada com o papel filtro dobrado em forma funil a mais lenta
e com menor rendimento, e a última, sendo a filtração a vácuo, com o maior
rendimento e o processo de filtragem mais rápido.
Ressaltamos que os papéis filtro foram, pesados antes da filtração e secos
após a mesma, assim que secos foram pesados novamente o objetivo de tal
procedimento consistia em determinar a quantidade de impurezas retidas com cada
filtragem. Porém como podemos observar na Tabela 2, a seguir, não houve
diferença no peso de qualquer um dos papéis filtro ou algodão. Ou seja
constatamos que a nossa amostra não continha impurezas sólidas significativas.
Vale lembrar que o mesmo tipo de papel filtro com poros médios, foi utilizado para
as filtrações.

Tabela 2 - Análise da quantidade de impurezas retido nos papéis filtros.

Papel filtro Papel filtro Algodão Papel filtro a


funil Pregueado vácuo

Massa antes 1,01 0,99 0,15 0,23


da filtração.(g)
Massa depois 1,01 0,99 0,15 0,23
da filtração
seco. (g)

Impurezas (g) 0,00 0,00 0,00 0,00


Fonte: Grupo.

Após realizar as filtrações analisamos medições de cloro, condutividade e


turbidez da amostra. No teste com o colorímetro digital, realizado com uma 10 mL
provenientes das filtrações anteriores, o qual foram adicionadas os 6 gotas de DPD
e 3 de provável coagulante, deixou-se que a solução reagisse por cerca de um
minuto, após o equipamento verificou presente na amostra 0,13 mg/L de cloro livre,
essa medição foi realizada com uma única amostra.
Após realizado o teste com o teor de cloro foi realizado o teste com o
condutivímetro, com este teste foram repetidas com 3 amostras diferentes, a
primeira continha água deionizada, logo, teve-se como resultado 0,00 mS/cm, pois
esta água não contém íons para que possa conduzir algum tipo de eletricidade. Em
seguida o teste foi realizado com a água coletada no parque da Malwee e filtrada,
foi verificado 0,11 mS/cm, como comparação para se ter uma noção de quanto seria
esses 0,11 mS/cm, também verificou-se a condutibilidade da água da torneira da pia
do laboratório do campus e foi encontrado o mesmo valor de condutibilidade para
esta, sendo então de 0,11 mS/cm . Para explicar esta igualdade de valores,
podesse levar em conta que a água potável, disponibilizada pela torneira, em algum
momento na estação de tratamento passa pela fase de cloração, e fluoretação,
sendo assim podem facilmente ter íons gerados com o cloro e flúor livre. Sendo
assim se deduz que a água do parque, a qual também mostrou possuir cloro livre
não está fora dos padrões de condutibilidade ideal.
A análises de turbidez, realizada com o turbidímetro, foi empregada em 4
tipos diferentes de amostra, sendo elas a amostra do parque Malwee, filtrada, a
água da torneira do campus, a água deionizada e uma amostra de suco de morango
vigor, comprado na cantina da escola. Esta última medição foi proposta para que
fosse possível visualizarmos a diferença de outras substâncias quando comparadas
a água. Os dados obtidos com a medição da turbidez se encontram na Tabela 3.

Tabela 3 - Turbidez das amostras analisadas.


Amostra Turbidez (NTU)

Água coletada no parque Malwee 10,7

Água da torneira do campus 1,97

Água deionizada 1,61

Suco de morango 86,0

Fonte: Grupo.

Ao analisarmos os valores expressos, podesse confirmar que os valores das


medições para a água deionizada e a água da torneira do campus se encontram
próximas, o que é considerável uma vez que, a existência de turbidez depende
diretamente de partículas sólidas em suspensão, portanto ambas apresentam tal
turbidez baixa, a água deionizada que se trata de uma água desmineralizada tem
sua turbidez sendo ainda mais baixa que a de torneira que possui minerais.
Ao analisar a turbidez da água amostrada no parque, é notório que esta se
faz mais alta que a da água potável e da água deionizada. Como justificativa temos
que esta água coletada não recebe o mesmo tratamento que as anteriores, e até
então também atribui tem o fato de se encontrar ao ar livre e em contato com, terra,
lama, argila, micro organismos, sujeiras, dentre as outras diversas possibilidades,
contendo vários tipos de substâncias dissolvidas em si, sendo assim, mesmo
levando em conta que a mesma passou por uma filtragem, é aceitável que sua
turbidez seja mais alta que de uma água potável.
Já ao que se refere a turbidez do suco de morango, o qual havia coloração
vermelha, que dificulta a medição pois as cores absorvem luz, obteve se um
altíssimo resultado, o que pode ser muito bem justificado, pois este tem várias
substâncias em sua composição, corantes, acidulantes, adoçantes, sódio, ésteres
entre outros, ou seja é cnsideravelmente esperado e portanto aceitável que seu
valor seja superior aos outros.
Portanto ao analisar as quatro amostras em questão (Tabela 3), a água
deionizada é a amostra que apresenta menos partículas e portanto maior facilidade
de passagem de luz e a amostra de suco de morango com mais partículas
solubilizadas e maior dificuldade de passagem de luz.
Vale também apontar que a turbidez por estar diretamente ligada a matéria
orgânica, justifica por que uma amostra de água potável ou deionizada não degrada
e um suco ou bebida sim.

CONCLUSÃO

Com a realização desta atividade foi possível executar diferentes métodos de


filtragem filtração simples e a filtração a vácuo também podemos observar as
diferenças entre os resultados obtidos ao realizar cada uma destas filtragens.
Também foi possível fazer uma caracterização da água obtida na
amostragem do parque Malwee, que por sua vez, se apresentou sem partículas
sólidas e impurezas consideráveis, com uma condutividade igual a da água potável,
com presença de cloro, o que pode considerar que a água está parcialmente
desinfectada, e apresenta uma turbidez um pouco elevada, porém aceitável uma
vez que a mesma possuía a possibilidade de se encontrar em contato com
quaisquer tipo de substância.
Tal prática foi de fundamental aprendizagem, contribuindo para com os
conceitos apresentados em sala, esclarecendo dúvidas e habituando-nos ao
ambiente de químicos analistas.

REFERÊNCIAS

FERNANDES, Diamantino - Química básica experimental - 4ª edição São Paulo-


2013. Acesso em 27 e 28 de março de 2018

VILLAS, André - Condutividade de soluções - 2013 - Acesso em 27 e 28 de março


de 2018. Acesso em: <https://www.agsolve.com.br/noticias/como-e-porque-medir-a-
condutividade-eletrica-ce-com-sondas-muiltiparametros>
SOARES, Bruno - Desinfecção com base na cloração da água - 2016 2013. Acesso
em 27 e 28 de março de 2018. Acesso
em:<http://www.tecnopon.com.br/produtos/manuais/Manual-Clorimetro-CL800-
Tecnopon.pdf>

FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São


Paulo/SP – 1990. Acesso 27 e 28 de março de 2018. Acesso em <
https://www.infoescola.com/quimica/turbidez-da-agua/ >

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