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As partes de um bico de Bunsen são mostradas na figura 2. O gás combustível entra no bico,
em C, através de um tubo de borracha ou de plástico ligado a uma torneira da mesa do laboratório; a
regulagem do fluxo de gás é feita na torneira da mesa do laboratório (alguns bicos de gás
apresentam um regulador de entrada de gás, na base do próprio bico). O ar necessário à combustão
entra através dos orifícios H existentes no anel giratório B e no corpo A, do bico de Bunsen;
girando o anel B, haverá maior ou menor coincidência entre os furos H, permitindo assim, maior ou
menor entrada de ar.
Figura 2 Figura 3
O primeiro passo para usar o bico é fechar a entrada de ar. A seguir abre-se a válvula de gás e
acende-se. A chama que se obtém é grande, amarela e luminosa. Abre-se em seguida a entrada de
ar, lentamente, até que a chama se torne azul, com o aspecto mostrado na figura 3. Podem ser
notadas duas regiões cônicas distintas: a interna, mais fria, chamada de zona redutora, e a externa,
quase invisível, chamada de zona oxidante. A parte mais quente da chama está situada logo acima
do cone interno. Este é o tipo de chama mais utilizado nas operações de laboratório.
2. PULVERIZAÇÃO DE UMA SUBSTÂNCIA
Para triturar um sólido usa-se o gral ou almofariz e o pistilo. Estes podem ser metálicos, de
porcelana, de vidro ou ágata. Cuidados devem ser tomados ao triturar um sólido desconhecido, pois
algumas substâncias explodem, quando trituradas ou submetidas à força. Por exemplo, os
percloratos em presença de substâncias orgânicas.
3. FILTRAÇÃO
A passagem do líquido através do material poroso pode ser efetuada pela ação da gravidade
(filtração simples) ou por redução da pressão (filtração por sucção).
Utiliza-se um funil simples em que foi adaptado um cone de papel de filtro. Inicialmente,
umedece-se o papel com uma pequena quantidade do solvente com que se está trabalhando. Efetua-
se a filtração como indicado na figura 4, tomando o cuidado de não encher o filtro até a borda. Os
últimos traços do sólido são transferidos para o papel de filtro com o auxílio de jatos de solvente,
utilizando uma pisseta. Lava-se o sólido com pequenas porções do solvente.
O cone simples de papel de filtro mostrado na figura 4 é utilizado nas filtrações em que se está
interessado no sólido. Quando se deseja efetuar uma filtração mais rápida e interessa o filtrado,
utiliza-se papel pregueado, que apresenta maior área filtrante.
Figura 4
Este tipo de filtração tem vantagens sobre a filtração simples, por ser mais rápida e por deixar
menor quantidade de impurezas e solvente no sólido.
4. SECAGEM DE SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS
- Secagem ao ar, à temperatura ambiente: expõe-se o sistema ao ar, até que sua massa não varie
mais.
- Secagem por aquecimento, em banhos ou em estufa: aquece-se o sistema a uma temperatura
apropriada (por exemplo, 5 a 10oC acima da temperatura de ebulição do líquido que impregna o
sólido). Após o aquecimento, a substância é geralmente colocada em um dessecador, para que
volte à temperatura ambiente, sem absorver umidade do ar.
A maneira correta de abrir um dessecador é indicada na figura 5. Para manter uma atmosfera
com baixo teor de umidade, o dessecador deve conter um agente desidratante na sua parte inferior e
só deve ser aberto quando houver necessidade. Os principais secantes usados em laboratório são
sílica-gel e cloreto de cálcio anidro.
Figura 5
TÉCNICAS DE VOLUMETRIA
Figura 6
Os aparelhos volumétricos devem estar perfeitamente limpos para que os resultados das
medidas possam ser reprodutíveis. Recomenda-se limpar o material com solução de detergente,
enxaguá-lo várias vezes com água de torneira e depois com jatos de água destilada. Verifica-se a
limpeza deixando escoar a água. Se a película líquida, inicialmente formada nas paredes, escorrer
uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície está limpa.Caso seja necessária uma
limpeza mais drástica, existem soluções especiais, como a mistura sulfocrômica (dicromato de
sódio em ácido sulfúrico concentrado), que é corrosiva e exige muito cuidado em seu emprego.
Para a secagem de material volumétrico, pode-se utilizar:
- Secagem comum, por evaporação à temperatura ambiente.
- Secagem em corrente de ar, por exemplo, ar aspirado por meio de uma trompa de água e filtrado
em algodão ou papel de filtro.
Uma secagem mais rápida pode ser obtida após enxaguar o material com álcool ou acetona.
Caso não se disponha de tempo para secar pipetas ou buretas, deve-se enxaguá-las repetidas vezes
com pequenas porções do líquido que será usado para enchê-las (escorvar). Material volumétrico
não deve ser seco em estufa, nem deve ser aquecido.
3. APARELHOS E TÉCNICAS DE USO DE MATERIAL VOLUMÉTRICO
3.3 - Pipetas
São instrumentos volumétricos utilizados para a transferência de certos volumes, de modo
preciso, a determinadas temperaturas. Existem basicamente dois tipos de pipetas, as volumétricas
ou de transferência e as graduadas.
As pipetas de transferência são tubos de vidro expandidos cilindricamente na parte central,
possuem a extremidade inferior estreita e têm a marca de calibração do seu volume gravada na sua
parte superior, acima do bulbo. São construídas com capacidades variando entre 1 e 200 mL.
As pipetas graduadas são tubos cilíndricos com uma escala numerada de cima para baixo, até
a sua capacidade máxima. Podem ser também usadas para transferir frações do seu volume total, se
bem que com uma precisão um pouco menor.
As pipetas são calibradas de modo a levar em conta o filme líquido que fica retido na sua
parede interna. A grandeza deste filme líquido varia com o tempo de drenagem e por esta razão é
preciso adotar um tempo de escoamento uniforme. Geralmente, o líquido é escoado pela ação da
gravidade e a pipeta é removida do frasco para onde o líquido foi transferido cerca de 15 segundos
após o escoamento total. As pipetas volumétricas ao final de uma transferência retêm sempre uma
pequena quantidade de líquido na sua extremidade inferior, a qual deverá ser sempre desprezada.
Para o uso de pipetas, recomenda-se proceder da seguinte maneira: mergulha-se a pipeta,
limpa e seca, no líquido a ser medido. Aplica-se sucção na parte superior da pipeta, aspirando
líquido até um pouco acima da marca. Nesta operação, a ponta da pipeta deve ser mantida sempre
mergulhada no líquido, caso contrário, será aspirado ar. Fecha-se a extremidade superior da pipeta
com o dedo indicador como mostrado na figura 7. Relaxando levemente a pressão do dedo, deixa-se
escoar o líquido excedente, até que a parte inferior do menisco coincida com a marca. Remove-se a
gota aderente à pipeta, tocando a ponta desta na parede do frasco utilizado para receber o líquido
excedente. A seguir, encosta-se a ponta da pipeta na parede interna do recipiente destinado a
receber o líquido e deixa-se escoar como na figura 7. Espera-se mais 15 segundos e afasta-se a
pipeta, sem tentar remover o líquido remanescente na ponta.
Figura 7
Líquidos voláteis, tóxicos ou corrosivos não devem ser aspirados, em uma pipeta, com a boca.
Nestes casos a sucção deve ser feita usando-se um pedaço de tubo de borracha ligado a uma pêra de
sucção.
3.4 - Buretas
Consistem de um tubo cilíndrico uniformemente calibrado em toda a extensão da sua escala e
possuem uma torneira na sua extremidade inferior, para o controle de fluxo do líquido nela contido.
Basicamente, são pipetas graduadas com controle de fluxo.
As buretas são frascos volumétricos usados para escoar volumes variáveis de líquido e
empregados geralmente em titulações.
São encontradas no comércio buretas com capacidades que variam de 5 mL até 100 mL e
microburetas com capacidade de até 0,1 mL, graduadas em intervalos de 0,001 mL.
Figura
8