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TÉCNICAS DE VOLUMETRIA 

Introdução
De um modo geral, para medidas aproximadas de volumes de líquidos, usam-se cilindros graduados ou
provetas; para medidas precisas, usam-se pipetas, buretas e balões volumétricos, que constituem o chamado material
volumétrico. Aparelhos volumétricos são calibrados pelo fabricante a uma temperatura padrão de calibração de 20º C.

Em trabalhos de laboratório, as medidas de volume aproximadas são efetuadas, na quase totalidade dos casos,
com provetas graduadas, as de modo muito grosseiro, com béqueres com escala e as medidas volumétricas, chamadas
precisas, com aparelhos volumétricos (Figuras 4a e 4b).

Aparelhos volumétricos:

A prática de análise volumétrica requer a medida de volumes líquidos com elevada precisão. Para efetuar tais
medidas são empregados vários tipos de aparelhos, que podem ser classificados em duas categorias:

A - Aparelhos calibrados para dar escoamento a determinados volumes.

B - Aparelhos calibrados para conter um volume líquido.

Na classe A estão contidas as pipetas e as buretas e, na classe B, estão incluídos os balões volumétricos
(Figura 4b).

A medida de volumes líquidos com qualquer dos referidos aparelhos está sujeita a uma série de erros devido
às seguintes causas:

a) Ação da tensão superficial sobre as superfícies líquidas.

b) Dilatações e contrações provocadas pelas variações de temperatura.


   
 
c) Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos.

d) Erros de paralaxe.

A leitura de volume de líquidos claros deve ser feita pela parte inferior e a de líquidos escuros pela parte
superior, como mostra a Figura 4c, para que sejam evitados os erros de paralaxe.

1. Balões volumétricos: Os balões volumétricos são balões de fundo chato e gargalo comprido, calibrados para conter
determinados volumes líquidos (Figura 4d).

Os balões volumétricos são providos de rolhas esmerilhadas de vidro ou de polietileno. O traço de referência
marcando o volume pelo qual o balão volumétrico foi calibrado é gravado sobre a meia-altura do gargalo (bulbo). A
distância entre o traço de referência e a boca do gargalo deve ser relativamente grande para permitir a fácil agitação
do líquido ( a solução deve ser bem homogeneizada), depois de ser completado o volume até a marca. O traço de
referência é gravado sob a forma de uma linha circular, tal que, por ocasião da observação, o plano tangente à
superfície inferior do menisco tem que coincidir com o plano do círculo de referência. Os balões volumétricos são
construídos para conter volumes diversos; os mais usados são os de 50, 100, 200, 500, 1000, 2000 mL.
   
 
Os balões volumétricos são especialmente usados na preparação de soluções de

concentração conhecida. Para se preparar uma solução em um balão volumétrico, transfere-se ao mesmo, o soluto ou
a solução a ser diluída. Adiciona-se, a seguir, solvente até cerca de 3/4 da capacidade total do balão. Misturam-se os
componentes e deixa-se em repouso até atingir a temperatura ambiente, tendo-se o cuidado de não segurar o balão
pelo bulbo. Adiciona-se solvente até “acertar o menisco”, isto é, até o nível do líquido coincidir com a marca no gargalo.

As últimas porções do solvente devem ser adicionadas com um conta-gotas, lentamente, e não devem ficar
gotas presas no gargalo. O ajustamento do menisco ao traço de referência deverá ser feito com a maior precisão
possível. Fecha-se bem o balão e vira-se o mesmo de cabeça para baixo, várias vezes, agitando-o, para homogeneizar
o seu conteúdo.

2. Pipetas: Existem duas espécies de pipetas:

a) Pipetas volumétricas ou de transferência, construídas para dar escoamento, a um determinado volume


(Fig. 4e-1).

b) Pipetas graduadas ou cilíndricas que servem para escoar volumes variáveis de

líquidos (Fig. 4e-2).

· As pipetas volumétricas são constituídas por um tubo de vidro com um bulbo na parte central. O traço de
referência é gravado na parte do tubo acima do bulbo. A extremidade inferior é afilada e o orifício deve ser ajustado de
modo que o escoamento não se processe rápido demais, o que faria com que pequenas diferenças de tempo de
escoamento ocasionassem erros apreciáveis. As pipetas volumétricas são construídas com as capacidades de 1, 2, 5,
10, 20, 50, 100 e 200 mL, sendo de uso mais freqüente as de 25 e 50 mL.

· As pipetas graduadas consistem de um tubo de vidro estreito, geralmente graduado em 0,1mL. São usadas
para medir pequenos volumes líquidos. Encontram pouca aplicação sempre que se quer medir volumes líquidos com
elevada precisão. Têm a vantagem de se poder medir volumes variáveis.

· Para se encher uma pipeta, coloca-se a ponta da mesma no líquido e faz-se a sucção com a pêra de sucção
(evitar usar a boca para pipetagem em laboratórios). Deve-se ter o cuidado em manter a ponta da mesma sempre
abaixo do nível da solução do líquido. Caso contrário, ao se fazer a sucção, o líquido alcança a pêra de sucção ou a
boca. A sucção deve ser feita até o líquido ultrapassar o traço de referência. Feito isto, tapa-se a pipeta com o dedo
indicador (ligeiramente úmido), caso não se esteja usando a pêra de sucção, e deixa-se escoar o líquido lentamente
até o traço de referência (zero). O ajustamento deve ser feito de maneira a evitar erros de paralaxe.
   
 
· Os líquidos que desprendem vapores tóxicos e os líquidos corrosivos devem sempre serem introduzidos na
pipeta, através de pêras de sucção.

· Para escoar os líquidos, deve-se colocar a pipeta na posição vertical, com a ponta encostada na parede do
recipiente que vai receber o líquido; caso esteja usando a boca na pipetagem (técnica desaconselhável), levanta-se o
dedo indicador até que o líquido escoe totalmente. Esperam-se 15 ou 20 segundos e retira-se a gota aderida a ponta
da pipeta, encostando-a à parede do recipiente (Figura 4f).

Pipetas com escoamento total: contêm duas faixas na parte superior, indicando que as mesmas são
calibradas para - assoprando-se até a ultima gota - liberar sua capacidade total.

Pipetas com esgotamento parcial: contêm na parte superior uma faixa estreita que as diferencia das pipetas
de escoamento total. Não precisa ser assoprada (vide figura 4f- letra d).

Figura 4f - Procedimentos para uso de uma pipeta de transferência – A – sucção pelo bulbo ou aspirador; B – escoar até a
marca da graduação; C – tocar a ponta da pipeta na parede do frasco; D – o líquido restante na ponta da pipeta não será
assoprado – a pipeta foi calibrada para permanecer esta quantidade.

3-Buretas: As buretas servem para dar escoamento a volumes variáveis de líquidos. São constituídas de tubos
de vidro uniformemente calibrados, graduados em 1mL e 0,1 mL. São providas de dispositivos, torneiras de vidro ou
polietileno entre o tubo graduado e sua ponta afilada, que permitem o fácil controle de escoamento

· As buretas podem ser dispostas em suportes universais contendo mufas (Figura 4g).

· As buretas de uso mais constantes são as de 50 mL, graduadas em décimos de mL; também são muito
usadas as de 25 mL.

· Nos trabalhos de escala semimicro, são freqüentemente usadas as buretas de 5 e 10 mL, graduadas em 0,01
ou 0,02mL.

· Para o uso com soluções que possam sofrer o efeito da luz, são recomendadas buretas de vidro castanho.
   
 
· As torneiras das buretas, quando forem de vidro, devem ser levemente lubrificadas para que possam ser
manipuladas com mais facilidade. Serve para este fim uma mistura de partes iguais de vaselina e cera de abelhas;
misturas especiais são encontradas no comércio.

RECOMENDAÇÕES PARA USO DA BURETA


a) A bureta limpa e vazia deve ser fixada em um suporte na posição vertical.

b) Antes de se usar um reagente líquido, deve-se agitar o frasco que o contem, pois não é raro haver na parte
superior do mesmo, gotas de água condensada.

c) A bureta deve ser lavada, pelo menos uma vez, com uma porção de 5 mL do reagente em questão, o qual
deverá ser adicionado por meio de um funil, em buretas que não possuam gargalo especial; cada porção é deixada
escoar completamente antes da adição da seguinte.

d) Enche-se então a bureta até um pouco acima do zero da escala e remove-se o funil.

e) Abre-se a torneira para encher a ponta ou expulsar todo o ar e, deixa-se escoar o líquido, até que a parte
inferior do menisco coincida exatamente com a divisão zero (Figura 4g). Quando se calibra a bureta (acerto do zero)
deve se tomar o cuidado de eliminar todas as bolhas de ar que possam existir.

Figura 4g – O uso de uma bureta.

f) Coloca-se o frasco que vai receber o líquido sob a bureta e deixa-se o líquido escoar, gota a gota, geralmente
a uma velocidade não superior a 10 mL por minuto. Controla-se a torneira da bureta com a mão esquerda (Figura 4h).
Após o escoamento da quantidade necessária de líquido, espera-se de 10 a 20 segundos e lê-se o volume retirado.

Figura 4h – Técnica do uso de uma bureta.

 
   
 
Prática 1 - Calibração de Instrumentos de Medidas
1. Objetivo

Introduzir o manuseio de instrumentos de medida e comparar suas precisões; Calibrar

2. Introdução
A escolha da vidraria volumétrica é determinante para a garantia da exatidão da medição de volumes. Se os instrumentos
não cumprirem uma série de regras e normas de construção (International Organization for Standardization ISO384 Princípios de
construção e concepção de vidraria volumétrica) que porventura escapam aos utilizadores, mas que os bons fabricantes cumprem
escrupulosamente, não é possível obter resultados com uma boa exatidão e repetibilidade. Hoje em dia, os laboratórios necessitam
adquirir produtos fabricados por empresas com sistemas de gestão qualidade certificados e, não raramente, exigem que os
seus produtos sejam acompanhados de um certificado de série(onde figuram a média e o desvio-padrão para a capacidade relativa
a cada série de fabrico) ou mesmo de um certificado de calibração. Contudo, verifica-se freqüentemente que, apesar do cuidado na
seleção da vidraria na fase de aquisição, os laboratórios, mesmo com sistemas de gestão da qualidade implementados, não dão a
devida importância à correta manipulação e manutenção da vidraria volumétrica.

Apesar dos instrumentos de boa qualidade serem fabricados em vidros borosilicatados de grande resistência química, a
sua superfície é degradada em contacto com bases fortes e compostos contendo fluoretos, pelo que se deve evitar o contacto
prolongado destes compostos com o vidro. É importante lembrar que muitos detergentes utilizados nos laboratórios são fortemente
alcalinos e, portanto não devem ser deixados em contato prolongado com os instrumentos volumétricos de vidro. Como é evidente
devem também ser evitados os choques térmicos e mecânicos.

A vidraria volumétrica deve ser periodicamente sujeita a uma inspeção visual para detectar sinais de degradação, como
por exemplo: riscos profundos provocados, pontas lascadas em buretas e pipetas, superfície fosca revelando abrasão. A
periodicidade desta inspeção deverá ser estabelecida em função da freqüência e tipo de utilização dos instrumentos, mas o período
entre inspeções não deverá ser superior a um ano. Do mesmo modo, a periodicidade de calibração dos instrumentos deve ser
estabelecida em função da respectiva utilização. No caso de instrumentos que sejam utilizados com soluções pouco agressivas,
regularmente inspecionados, são geralmente aceitos períodos de calibração até cinco anos . Os laboratórios nos quais as medições
de volumes são relevantes para a exatidão e repetibilidade dos resultados dos ensaios deverão estabelecer programas de formação
específicos para a área da utilização de técnicas de medição de volumes, bem como planos de manutenção, inspeção e calibração
dos instrumentos segundo o tipo de utilização a que estão associados.

3. Materiais necessários

- Balança semi-analítica.
- Balão volumétrico de 50 mL;
- Pisseta com água;
- Proveta de 50 mL;
- Béquer 50mL
- Erlenmeyer
- Pipeta graduada
- pipetador
- Bureta
- Tubos de ensaio

4. Parte experimental

Nesta atividade serão utilizados na calibração: uma proveta de 50 mL e um balão volumétrico de 50 mL.

1 – Para calibração da proveta de 50 mL, previamente zere (tare) a balança com precisão de 0,01 g, e pese na mesma, a proveta
vazia e seca. Anote este peso. Com a pisseta complete com água o volume até a marca de 50 mL e meça a massa total. Subtraia
esta massa da massa da proveta vazia e determine a massa da água.
2 – Descarte a água da proveta e complete outra vez com 50 mL de água. Subtraia a massa total da massa da proveta vazia, obtida
anteriormente. Repetir este procedimento mais uma vez, e calcule a média das três medidas de massa.
3 – Para calibração do balão volumétrico de 50 mL, certifique que o mesmo esteja limpo e seco. Zere a balança e pese o balão
vazio. Anote este peso. Complete o balão com água até a marca, evitando molhar a parte interna do balão acima da marca. Pese o
balão cheio, e determine a massa de água contida no balão.
4 – Faça mais duas medidas de massa, descartando a água do balão e completando novamente até a marca. Evite molhar a parte
superior. Subtraia a massa total da massa do balão vazio, determinada no item anterior, e calcule a média das três medidas.
5 – Determinar a temperatura da água utilizada nas calibrações. Para isto, transfira um pouco da água para um béquer, inserir um
termômetro na mesma, e espere alguns minutos para a leitura.
6 – Consulte a tabela de densidade da água em anexo e determine o volume médio dos instrumentos:

Volume médio = massa média / densidade

7 – Comparar os valores experimentais de volume calculado com aquele especificado pelo fabricante (50 mL), para a temperatura
recomendada. Calcular o erro relativo de sua medida:
   
 

Vexp. − V fab.
% de erro =  100
V fab.
8– Medir 50 ml de água em um béquer e transferir para a proveta. Verificar medida na escala.
9– Medir 50 ml de água em um erlenmeyer e transferir para a proveta. Verificar medida na escala.
10– Encher uma bureta com água (acertando o menisco e verificando se não há bolhas de ar no interior do instrumento). Transferir
o volume da bureta para uma proveta. Comparar as escalas.
11– Pipetar 25 ml de água usando a pipeta volumétrica. Transferir para a proveta. Comparar a medida na escala.
12–Pipetar, com uma pipeta graduada, 1 ml, 2 ml, 5 ml, 1,5 ml, 2,7 ml, 3,8 ml e transferir os volumes para diferentes tubos de ensaio.

A tabela de densidade da água em função da temperatura foi obtida de Baccan, Andrade, Godinho e Barone, Química Analítica
Quantitativa Elementar, 3ª ed. , Ed. Edgard Blücher, p. 292

T(°C) d(g/cm3) T(°C) d(g/cm3) T (°C) d(g/cm3)


0 0,999841 11 0,999605 22 0,997770
1 0,999900 12 0,999498 23 0,997538
2 0,999941 13 0,999377 24 0,997296
3 0,999965 14 0,999244 25 0,997044
4 0,999973 15 0,999099 26 0,996783
5 0,999965 16 0,998943 27 0,996512
6 0,999941 17 0,998774 28 0,996232
7 0,999902 18 0,998595 29 0,995944
8 0,999849 19 0,998405 30 0,995645
9 0,999781 20 0,998203
10 0,999700 21 0,997992

 PIPETAS
1. Lavar e secar dois erlenmeyers de 50 mL, e colocá-los próximos à balança.
2. Colocar um béquer com água destilada próximo à balança.
3. Lavar uma pipeta de 5 mL adequadamente até observar-se um filme contínuo de água em sua parede interna.
4. Verificar o tempo de escoamento.
5. Colocar a pipeta próxima à balança.
6. Pipetar cuidadosamente 5 mL de água no erlenmeyer, enxugar a parte interna da ponta da pipeta, acertando o menisco.
7. Deixar escoar lentamente a água no béquer e medir a massa da água em balança analítica e a temperatura da água.
8. Repetir o item anterior pelo menos mais uma vez.
9. Calcular os volumes, o erro relativo entre os dois volumes e o volume médio da pipeta. O volume é determinado a partir da
equação:
d = m/V
9. A calibração deve ser realizada, no mínimo em duplicata, sendo que o erro relativo (E r) entre as duas medidas não deve
ultrapassar 1‰.
Er = (V1 - V2).1000/Vm

10. Analisar todas as possíveis fontes de erros.


11. Discutir os resultados baseado, pelo menos, no questionário da prática.
12.
BALÃO VOLUMÉTRICO

1. PESAR O BALÃO VOLUMÉTRICO LIMPO E SECO E ANOTAR;


2. Encher o balão volumétrico com água exatamente até o menisco;
3. Pesar o balão com água e anotar a massa;
4. Calcular a massa da água (balão com água - balão sem água sem água)
5. Calcular o volume do balão a partir da massa obtida no item acima e consultar em tabela o valor da massa da água a
temperatura ambiente
6. Repetir o procedimento mais 2 vezes e anotar os dados;
7. Calcular os volumes e o erro relativo entre os três volumes
8. Calcular o volume médio do balão volumétrico
   
 
5. Instruções para a elaboração do relatório

1. Como deve ser realizada a limpeza de vidraria utilizada em análise quantitativa? Quais os erros que podem resultar de uma
limpeza inadequada?
2. Qual a diferença entre um material volumétrico TD e TC? O que significam essas siglas?
3. A pipeta é um material volumétrico TD ou TC? e o balão volumétrico?
4. Por que não se deve remover o líquido que fica mantido na ponta da pipeta?
5. O que é menisco? Como deve ser observado para evitar erro em análise quantitativa?
6. Por que é necessário calibrar material volumétrico em análise quantitativa?
7. Qual o tempo mínimo de escoamento indicado para a pipeta calibrada? E o tempo máximo? Qual a importância do acerto desses
tempos?
8. Por que é necessário empregar o mesmo procedimento utilizado na calibração toda vez que a pipeta for utilizada?
9. Por que é preciso esperar alguns segundos após o escoamento do líquido antes de terminar a medida do volume com uma
pipeta?
10. Por que é necessário que os erlenmeyers, a pipeta e a água fiquem algum tempo próximas à balança quando é realizada sua
calibração?

6. Referências bibliográficas:

LENZI, E.; FAVERO, L. O. B.; TANAKA, A. S.; VIANNA, E. A. F.; SILVA, M. B. Química geral experimental. Freitas Bastos Editora,
Rio de Janeiro, 2004, p. 169-176.

Prática 2 – Gravimetria por precipitação química: Determinação da pureza do NaCl

Método de análise química quantitativa onde o constituinte (analito) a ser determinado é “isolado” mediante a
adição de um reagente precipitante, capaz de formar um composto insolúvel.

Através deste método pode-se determinar apenas um elemento (analito) na amostra, porém frequentemente
determina-se na amostra um composto na forma de analito.

FORMAS DE PESAGEM
- PESAGEM NA MESMA FORMA QUÍMICA DE PRECIPITAÇÃO.

É o caso, por exemplo, na determinação do NaCl no sal gema. A solução contendo o analito NaCl é tratada
com solução de reagente precipitante o AgNO3 em excesso, para assegurar a completa precipitação do cloreto
na forma de AgCl o qual é tratado, dessecado e finalmente pesado como AgCl pois a temperatura usada para
secar (tornar anidro) o precipitado não o transforma em outro composto químico.

- PESAGEM NUMA FORMA QUÍMICA DIFERENTE DA FORMA DE PRECIPITAÇÃO.

Isso acontece quando a forma química de precipitação não é adequada para a pesagem, ou por não possuir
uma forma química definida, ou por não suportar o processo de secagem que deve anteceder a pesagem.
1- Introdução
Em uma análise gravimétrica utiliza-se uma série de operações para se determinar a quantidade de um
constituinte de uma amostra, tanto por pesagem direta do elemento puro, quanto por um de seu derivado, cuja
composição é conhecida e bem definida. Esse procedimento analítico constitui-se em método de extensa aplicação
na determinação de macro constituintes de uma amostra.
As principais vantagens da análise gravimétrica constituem-se em operações unitárias de fácil execução e
utiliza-se equipamentos simples; entretanto, as desvantagens são: tempo muito longo para sua execução e sujeito
a uma série de erros acumulativos. No procedimento de uma análise gravimétrica deve-se observar as etapas
sucessivas que compõem esse tipo de análise, a saber:
1 - Preparação da Amostra; 2 - Preparação da Solução - Ataque da Amostra;
3 - Precipitação e Digestão; 4 - Filtração;

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