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Projeto estrutural básico de um decantador circular em concreto armado

apoiado no solo.
Lucas Gabriel Franco Laidens, Maylon Muhlstedk Martins, Rodrigo Cardoso Lentz
Orientador: Prof. Juliano Jorge Scremin

RESUMO
O presente trabalho apresenta a análise estrutural, dimensionamento básico e o detalhamento
de um decantador circular em concreto armado apoiado no solo. Este projeto acadêmico é
baseado em dados de diferentes projetos estruturais reais e seu conteúdo poderá somente ser
usado como referência para pesquisas futuras. A análise estrutural foi realizada pelo método
analítico, com o auxílio dos softwares Ftool e Smath, e os resultados obtidos foram
confrontados com os resultados gerados pelo método dos elementos finitos, através do software
SAP2000. O dimensionamento e detalhamento foram realizados em consonância com a
normatização brasileira. O produto final do trabalho é apresentado na forma de uma memória
de cálculo compreendendo a análise estrutural e os cálculos de determinação das áreas de
armaduras necessárias bem como também pranchas de desenho de forma e detalhamento de
armaduras.

Palavras-chave: Decantador circular. Estrutura de decantador. Decantador apoiado. Concreto


armado. Dimensionamento de decantador.

1 INTRODUÇÃO
Este trabalho propõe realizar o projeto estrutural básico de um decantador, com formato
circular, apoiado no solo, contemplando a análise estrutural comparativa entre métodos
clássicos e o método dos elementos finitos, dimensionamento básico e detalhamento. A
estrutura será executada em concreto armado de fck 40 MPa e armaduras em aço CA-50.
O processo de dimensionamento de um decantador trata-se de um exercício acadêmico
completo que abrange diversas matérias e conceitos compreendidos no decorrer da graduação.
Dentre eles, pode-se destacar: Teoria das Estruturas, Resistência dos Materiais, Estruturas de
Concreto Armado, Sistemas Estruturais, Fundações, Ciência e Tecnologia dos Materiais,
Mecânica dos Solos e Saneamento.
Serão abordados todos os aspectos referentes ao dimensionamento de um decantador, e sua
entrega será composta por dois itens principais: memória de cálculo e detalhamento estrutural.
Na memória de cálculo, será demonstrada a análise estrutural e o dimensionamento dos
elementos do decantador. Além disso, serão apresentados detalhadamente os procedimentos e
valores adotados para obtenção dos resultados.
O detalhamento contempla a representação gráfica do modelo, através dos desenhos técnicos
do projeto, formado por planta de formas e planta de armação, seguindo os resultados obtidos
conforme o dimensionamento realizado.
Por fim, serão expostas as conclusões e considerações, referentes a utilização do método
analítico através da técnica de Hangan Soare para análise e dimensionamento de reservatórios
desse modelo comparando-a com os resultados obtidos via modelagem em elementos finitos no
software SAP2000.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
A escolha do formato circular do reservatório é considerada que, segundo Guerrin (2003), esses
reservatórios necessitam de uma área menor em planta do que reservatórios quadrados ou
retangulares, e também apresentam um melhor equilíbrio quanto a pressão hidrostática do
líquido contido no interior, tendo um momento fletor menor nas paredes, o que resulta na
redução do dimensionamento de aço e concreto. Ainda, segundo Guerrin (2003), o reservatório
deverá atender as especificidades técnicas referentes ao equilíbrio dos esforços que agem na
estrutura e, a impermeabilização, a fim de garantir a estanqueidade assim como a durabilidade
da estrutura constituinte de concreto a fim de atender o tempo de utilização do reservatório.

3 MÉTODOLOGIA
3.1 Descrição da metodologia
A análise estrutural do decantador será realizada através de métodos analíticos, a partir da
representação do elemento em duas (2) partes:
Parede e laje de fundo, com sua superfície aberta. Para os cálculos serão utilizados ábacos e
fórmulas extraídos de Guerrin (2003), e também as expressões das normas NBR 6118 (ABNT,
2014), NBR 8800 (ABNT, 2008), NBR 6120 (ABNT, 2017).
Serão analisados os pontos críticos da estrutura a fim de dimensionar os seguintes esforços:
● Momento de engastamento da parede com a laje de fundo;
● Momento na face externa da parede do reservatório;
● Tração decorrente da força normal circunferencial da parede do decantador;
● Momento fletor na laje de fundo;
● Esforço de corte na laje de fundo.

3.2 Descrição dos parâmetros e critérios normativos adotados


Tabela 1 – Características
Características do concreto
Classe de agressividade IV
Classe C40
Peso Específico 25 kN/m³
Coeficiente de Poisson 0,2
Coeficiente de minoração de resistência 1,4
Características do Aço
Armadura radial Barras nervuradas CA-50
Armadura circunferencial Barras nervuradas CA-50
Coeficiente de minoração de resistência 1,15
Cobrimento 50 mm
Fonte: Autores (2021).

4 CARACTERIZAÇÃO E CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA DO SOLO


Para a determinação de capacidade de carga no solo de maneira eficaz será utilizada na previsão
da tensão admissível, as metodologias apresentadas por Terzaghi e os Métodos semi-empíricos
de Urbano Alonso, Teixeira e Mello a fim de comparar os valores e definir a situação mais
crítica para garantir um resultado conservador e seguro.

4.1 Método de Terzagui


Analisando a formulação de Terzaghi, podemos perceber que a fórmula é dividida em três
parcelas principais: primeira parcela associada à coesão do solo, em sequência à sobrecarga do
solo e a última relacionada ao atrito entre a fundação e o solo.
Considerando que não há sobrecarga lateral e nem coesão, utiliza-se apenas a última parcela da
seguinte expressão:
𝟏 Eq.1
𝝈𝒓 = (𝒄 × 𝑵𝒄 × 𝑺𝒄 ) + 𝒒 × 𝑵𝒒 × 𝑺𝒒 + 𝟐 × 𝜸 × 𝑩 × 𝑵𝜸 = 1205,64 kPa
Utilizando um fator de segurança de 3, nós temos que 𝝈𝒓 = 𝟒𝟎𝟏, 𝟖𝟖𝒌𝑷𝒂

4.2 Método semiempírico


A NBR 6122 (ABNT, 2010) conceitua tais métodos como métodos que relacionam resultados
de ensaios, como o SPT e CPT, com tensões admissíveis em que devem ser observados os
domínios de validade de suas aplicações, bem como dispersões dos dados e as limitações
regionais associadas a cada um dos métodos.
Não devem ser adotados valores para Nspt menores que 4 e maiores que 16. Para efeitos de
cálculo, foram utilizados ensaios de campo SPT que estão inseridos nos ANEXOS B, C e D
deste trabalho.
Deste modo, são apresentadas 3 correlações para a determinação da tensão admissível através
do Nspt:
𝑵𝒔𝒑𝒕𝒎𝒆𝒅 Eq.2
𝝈𝒂𝒅𝒎 = = 280 kPa (URBANO R. ALONSO)
𝟓𝟎

𝑵𝒔𝒑𝒕 Eq.3
𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟎𝟓 + (𝟏 + 𝟎, 𝟒 × 𝒃) × ( 𝟏𝟎𝟎 ) = 456 kPa (TEIXEIRA)

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟏 × (𝑵𝒔𝒑𝒕 − 𝟏) = 600 kPa (MELLO) Eq.4

Para um resultado conservador, foi adotado o valor mínimo para a tensão resistente do solo
igual a 280 kPa.

5 CARREGAMENTOS CONSIDERADOS
Peso próprio da estrutura: Serão considerados como pré-dimensionamento espessura de
parede e laje de fundo com 30 centímetros.
Carga de água atuante: Será considerada a altura para o transbordo do líquido e as alturas
variáveis devido a inclinação do fundo, a variação se dará a cada meio metro no eixo horizontal
a fim de utilizar a hipótese de Winkler.
Peso de impermeabilização: O peso de impermeabilização será considerado com uma
espessura de 15 centímetros conforme a tabela 5.4 da NBR 6120 (ABNT, 2017).
Ponte raspadora: conservadoramente será considerada uma carga acidental de 60 kN
representando o emprego de uma ponte raspadora na situação da mesma estar completamente
carregada com pessoas em sua passarela.

6 COMBINAÇÃO DE AÇÕES
6.1 Parâmetros
Para ações que atuam sobre a estrutura, é utilizada a tabela 11.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014)
que indica o coeficiente 𝜸𝒇 de majoração, a fim de garantir a segurança dos cálculos. Essa
tabela indica os valores para cargas permanentes e variáveis, no caso do decantador em estudo
são carga permanentes: o peso próprio do decantador, o peso do revestimento de
impermeabilização da estrutura e o peso do equipamento que rotaciona sobre o decantador para
mistura do fluido. Como ação variável teremos a altura líquida da água que estará contida no
interior do reservatório.
Seguindo uma postura conservadora, foram adotadas apenas combinações ELU com coeficiente
de majoração de 1,4 para ações permanentes e variáveis.
6.2 Combinações ELU
O ELU é o estado no qual a estrutura não pode ser utilizada por razão de esgotamento da
capacidade resistente e risco à segurança, logo, Estado Limite Último oferece um risco de ruína
da estrutura e deve ser reparado imediatamente.
Essas combinações estão presentes na tabela 11.3 da NBR 6118 (ABNT, 2014).

7 ANÁLISE ESTRUTURAL
7.1 Cálculos dos esforços na parede do reservatório
Para a determinação dos esforços, será empregado o Método Hangan-Soare (1959),
considerando que a parede possui engastamento elástico em relação a laje, ou seja, admite-se
que ocorre a interação entre os dois elementos. Guerrin (2003) e Guimarães (1995) resumiram
𝒆
o método, a utilização de ábacos que possuem os seguintes parâmetros de entrada: 𝒆′ - Relação
entre espessura da parede e a espessura da laje de fundo; 𝜷𝒉 - Relação entre o coeficiente de
amortecimento β e a altura da lâmina da água h, onde β é obtido por Guimarães (1995) pela
seguinte equação:
𝟏 Eq.5
[𝟑 × (𝟏 − 𝒗𝟐 )]𝟒
𝜷= = 𝟎, 𝟗𝟕𝟏
√𝒓 × 𝒆

𝜷𝒉 = 𝟒, 𝟎𝟑𝟗𝟑

Obtidos os parâmetros de entrada, pode-se utilizar os ábacos propostos por Guerin (2003) para
realização da análise estrutural. Apesar disso, o valor mínimo de 𝜷𝒉 para utilização dos ábacos
é de 5. No caso do reservatório em estudo o valor desse parâmetro se encontra abaixo desse
limite. Visto isso, serão utilizados os procedimentos de cálculo adotados para a criação deles.

7.2 Momento fletor máximo de engastamento


O Momento de engastamento inferior é o momento que ocorre no engastamento entre a laje e
a parede do reservatório e possui valor positivo. Esse valor é obtido pela seguinte expressão:

𝑴𝒐 = 𝑲 × 𝜸 × 𝒉𝟑 = 𝟏𝟐, 𝟐𝟑𝟖𝟓 𝒌𝑵. 𝒎 Eq.6

Onde, K é uma variável que deveria ser obtida através do ábaco 3-134 de Guerrin (2003), mas
devido ao 𝜷𝒉 fora dos limites, será determinado pela equação:

𝒆 𝟑 𝟑 𝟑𝑲 𝟑 𝟏 Eq.7
( ) × 𝑲𝟐 + − × (𝟏 − )=𝟎
𝒆′ 𝟐𝜷𝒉 𝟒(𝜷𝒉)𝟑 𝜷𝒉

K= 0,017

Majora-se o valor característico utilizando o coeficiente ELU:

𝑴𝒐𝒅 = 𝟏, 𝟒 × 𝑴𝒐 = 𝟏𝟕, 𝟏𝟑𝟑𝟗 𝒌𝑵. 𝒎 Eq.8


7.3 Abscissa y0 do momento fletor nulo
A posição no eixo vertical da parede onde ocorre a inversão dos esforços é chamada de posição
vertical do momento fletor nulo. Exatamente nessa coordenada, o momento fletor deixa de
tracionar a face interna e passa a tracionar a face externa da parede. A Abscissa y0 do momento
fletor nulo é determinada através da equação:

𝒚𝟎 = 𝑲𝟎 × 𝒉 = 𝟎, 𝟓𝟐𝟏𝟔𝒎 Eq.9

𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈(𝟐 × 𝑲 × (𝜷𝒉)𝟐 ) Eq.10


𝑲𝟎 = = 𝟎, 𝟏𝟐𝟓𝟒
𝜷𝒉

Definido o 𝒚𝟎 , deve-se verificar se o valor se encontra dentro do limite máximo:

𝒚𝒐𝒎𝒂𝒙 = 𝟏, 𝟐 × √𝑹𝒆 = 𝟏, 𝟔𝟏𝒎 Eq.11

7.4 Abscissa y1 do momento fletor máximo na face externa


A Abscissa y1 do momento fletor máximo na face externa é a posição no eixo vertical, onde
ocorre o maior momento na face externa da parede. De acordo com Guerrin (2003), esse
momento tem valor negativo. Seu valor é determinado através da equação (18):

𝒚𝟏 = 𝑲𝟏 × 𝒉 = 𝟏, 𝟑𝟑𝟎𝟓𝒎 Eq.12

𝝅 Eq.13
𝑲𝟏 = + 𝑲𝟎 = 𝟎, 𝟑𝟏𝟗𝟖
𝟒 × 𝜷𝒉

Definido o 𝒚𝟏 , deve-se verificar se o valor se encontra dentro do limite máximo, dado por:
𝒚𝟏𝒎á𝒙 = 𝟏, 𝟖√𝑹𝒆 = 𝟐, 𝟒𝟏𝟓𝒎 Eq.14

7.5 Momento fletor máximo na face externa da parede


Definida a posição onde ocorre o máximo momento fletor 𝒚𝟏 , pode-se encontrar o valor do
momento fletor máximo característico propriamente dito. Esse valor é definido através da
expressão:
𝑴′𝑲 = −𝑲′ × 𝜸 × 𝒉𝟑 = −𝟒, 𝟗𝟎𝟏𝟓 𝒌𝑵. 𝒎 Eq.15

𝟏 Eq.16
𝑲′ = −𝑲 × 𝒆 × (−𝜷 × 𝒚𝟏 ) × [ 𝒄𝒐𝒔(𝜷 × 𝒚𝟏 ) − × 𝒔𝒆𝒏(𝜷 × 𝒚𝟏 )]
𝟐 × 𝑲 × (𝜷 × 𝒉)𝟐
𝑲′ = 𝟎, 𝟎𝟎𝟔𝟖

Majora-se o valor característico utilizando o coeficiente ELU:

𝑴′𝒅 = 𝟏, 𝟒 × 𝑴′𝑲 = −𝟔, 𝟖𝟔𝟐𝟏 𝒌𝑵. 𝒎 Eq.17

7.6 Abscissa y2 da força normal máximo


A abscissa 𝒚𝟐 é a posição no eixo vertical onde a força normal de tração é máxima. Seu valor
é dado pela expressão:
𝒚𝟐 = 𝑲𝟐 × 𝒉 = 𝟏, 𝟑𝟕𝟐𝟖𝒎 Eq.18

Onde, 𝑲𝟐 é o coeficiente obtido através do ábaco 11 de Guimarães (1995).


Definido o 𝒚𝟐 , deve-se verificar se o valor se encontra dentro do limite máximo, dado por:
𝒚𝟐𝒎𝒂𝒙 = 𝟎, 𝟔√𝑹𝒆 = 𝟎, 𝟖𝟎𝟓𝒎 Eq.19

7.7 Força normal circunferencial máxima


A força normal máxima de tração na parede é obtida pela fórmula:

𝑵𝒎á𝒙 = 𝑲′′ × 𝜸 × 𝑹 × 𝒉 = 𝟏𝟏𝟔, 𝟐𝟒𝟓 𝒌𝑵 Eq.20

Onde, K’’ – Coeficiente encontrado pela equação:


𝑲′′ = 𝟏 − 𝑲𝟐 − 𝒆−𝜳𝟐 ×𝒄𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒔 (𝜳𝟐 ) − 𝟐𝑲 × (𝜷𝒉)𝟐 × 𝒆−𝜳𝟐 × 𝒔𝒆𝒏(𝜳𝟐 ) Eq.21
K‘‘= 0,4657
𝜳𝟐 = 𝑲𝟐 × 𝜷𝒉 = 𝟏, 𝟑𝟑𝟑𝟑 Eq.22

Majora-se o valor característico utilizando o coeficiente ELU:

𝑵𝒅,𝒎á𝒙 = 𝟏, 𝟒 × 𝑵𝒎á𝒙 = 𝟏𝟔𝟐, 𝟕𝟒𝟑 𝒌𝑵 Eq.23

7.8 Força normal vertical máxima


A força normal vertical é obtida através dos pesos da estrutura, sendo eles: peso de concreto e
peso de impermeabilização, para isso utiliza-se as seguintes fórmulas:
𝑵𝒅,𝒗𝒆𝒓𝒕𝒊𝒄𝒂𝒍 = (𝜸𝒄 × 𝒉𝒄 × 𝒉𝟏𝟎𝟎 ) + (𝜸𝒊𝒎𝒑 × 𝒉𝒊𝒎𝒑 × 𝒉𝟏𝟎𝟎 ) = 𝟒𝟏, 𝟏𝟖𝟓 𝒌𝑵 Eq.24

8 DEFINIÇÃO DAS TENSÕES NA LAJE FUNDO – MÉTODO DE WINKLER


Para a verificação da tensão no solo, assim como os momentos na laje de fundo, será utilizada
a hipótese de Winkler que consiste em modelar a laje de fundo como um radier, aplicando um
conjunto de molas de coeficientes distribuídos uniformemente, a fim de estimar a influência
dos recalques nos apoios. Este modelo de Winkler admite que as pressões de contato são
proporcionais aos deslocamentos de qualquer ponto na superfície do solo carregado.
Para desenvolvimento do método de Winkler inicialmente, foi necessário obter a tensão
admissível através da fórmula :

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟐 × 𝑵𝒔𝒑𝒕 = 𝟏, 𝟒𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎𝟐 Eq.25

Utilizando a tabela de Beton-Kalender (1962), com o parâmetro de 𝝈𝒂𝒅𝒎 , é possível determinar


o coeficiente de reação vertical Kv.
Kv= 29200 kN/m³
Para o cálculo das áreas de influência foi adotado uma fração da circunferência com ângulo de
22º e espaçamento realizado a cada 0,50m do raio.
Com as áreas e o coeficiente vertical definido, é possível obter os valores de reação vertical
específico para cada ponto da estrutura (um coeficiente para cada 0,50m)

𝑹𝒗 = 𝑲𝒗 × 𝑨 Eq.26

Para a determinação das cargas atuantes na laje de fundo, é necessário considerar: o peso da
impermeabilização, o peso do concreto e o peso do fluido. Para o cálculo dessas cargas utiliza-
se:

𝒒= 𝜸×𝒉×𝑪 Eq.27
Todas essas cargas são analisadas a cada 0,50m visto que a altura de cada trecho varia devido
a inclinação da laje de fundo.
Após a obtenção dos parâmetros, utiliza-se o software Ftool para modelagem da estrutura e
análise do seu comportamento, obtendo-se as reações verticais e momentos atuantes na laje de
fundo, bem como os valores de esforço normal.
Para a determinação das reações verticais que ocorrem no centro da área de influência foram
realizadas as médias aritméticas das reações verticais nas extremidades. Em seguida foram
divididas as reações verticais pelas suas respectivas áreas de influência, encontrando os valores
de tensões de cada área.
O modelo de Winkler foi utilizado para obter os momentos e esforços que atuam na laje de
fundo. Para isso, uma fatia com 22º (6,11% da área total) foi adotada como fator de escala, onde
a cada 0,5 metros de raio, a fração do comprimento da borda da fatia varia. Visto isso, e sabendo
que os valores obtidos no software FTOOL são dados em unidade por metro, foi necessário
multiplicar os resultados obtidos no software, pelo seu respectivo comprimento de arco.

9 FISSURAÇÃO
Para cada barra de armadura que controla a fissuração, deve ser considerada uma área (Ac) do
concreto de envolvimento, constituída por um retângulo cujos lados não distam mais de 7,5
diâmetros do eixo da barra da armadura. Quando a barra estiver a uma distância inferior a 7,5
diâmetros da extremidade da largura efetiva ou de uma face (superior ou inferior) da laje, esta
distância deve prevalecer.

𝑨𝒄𝒓𝒊 = (𝟕, 𝟓𝝓 + 𝟕, 𝟓𝝓) × (𝟕, 𝟓𝝓 + 𝒂𝟏 )= 187,5cm² Eq.28

A verificação de abertura de fissuras tem uma grande importância nas estruturas realizadas em
concreto armado, em especial nos decantadores, pela sua função. Segundo a Tabela 13.4 da
NBR 6118 (ABNT, 2014), para a classe de agressividade IV, a abertura das fissuras é
restringida a Wk ≤ 0,2 mm. Segundo o item 17.3.3 da NBR 6118 (ABNT, 2014), a abertura de
fissuras é o menor valor entre os obtidos pelas expressões a seguir:

𝝓𝒊 × 𝝈𝒔𝒊 × 𝟑 × 𝝈𝒔𝒊 Eq.29


𝑾𝟏 = = 𝟎, 𝟏𝟖𝟕𝟔𝒎𝒎
𝟏𝟐, 𝟓 × 𝜼𝟏 × 𝑬𝒔𝒊 × 𝒇𝒄𝒕𝒎

𝝓𝒊 × 𝝈𝒔𝒊 × 𝟒 𝟒 Eq.30
𝑾𝟐 = × (𝝆𝒓𝒊 + 𝟒𝟓) = 𝟏, 𝟐𝟕𝟑𝟖𝒎𝒎
𝟏𝟐,𝟓× 𝜼𝟏×𝑬𝒔𝒊

𝒘𝒌 = 𝑾𝟏
𝒘𝒌 ≤ 𝟎, 𝟐 𝒍𝒐𝒈𝒐 𝑶𝑲!

9.1 Momento de fissuração


A formação de fissuras nos elementos fletidos da estrutura ocorre quando a máxima tensão de
tração no concreto atinge a resistência à tração na flexão.
Para verificar a ocorrência da formação de fissuras, é necessário verificar o momento de
fissuração. Segundo o item 17.3.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014) é calculado pela seguinte
expressão:

𝑴𝒓 = 𝜶 × 𝒇𝒄𝒕 × 𝑾 = 𝟓𝟓, 𝟐𝟔𝟑𝟗 𝒌𝑵𝒎 Eq.31


Tabela 2 – Momentos de fissuração
LAJE 𝑴𝒂𝒕 𝑴𝒂𝒕𝑺𝑨𝑷 = 𝟓, 𝟐𝟓 𝒌𝑵𝒎 𝑴𝒓
DE = 𝟔𝟖, 𝟑𝟑𝟔𝟗 𝒌𝑵𝒎 = 𝟓𝟓, 𝟐𝟔𝟑𝟗 𝒌𝑵𝒎
FUNDO
PAREDE 𝑴𝒂𝒕 𝑴𝒂𝒕𝑺𝑨𝑷 = 𝟏𝟐, 𝟔𝟐 𝒌𝑵𝒎 𝑴𝒓
= 𝟔, 𝟖𝟔𝟐𝟏 𝒌𝑵𝒎 = 𝟓𝟓, 𝟐𝟔𝟑𝟗 𝒌𝑵𝒎
Fonte: Autores (2021).

Nota-se que o momento atuante obtido pelo método analítico (𝑴𝒂𝒕 ) extrapola o limite permitido
para a fissuração. Isso ocorre pela limitação do método, que não permite analisar as tensões
confinantes. O método dos elementos finitos (SAP2000) utilizado para validação de resultados,
considera as tensões confinantes, e o momento atuante(𝑴𝒂𝒕𝑺𝑨𝑷 ) obtido comprova que não
ocorreram fissuras nos elementos estruturais.

10 ANÁLISE ESTRUTURAL - MÉTODO ELEMENTOS FINITOS


A análise estrutural pelo método dos elementos finitos, fornece através da resolução de
equações diferenciais, resultados de tensão, deformação e deslocamento da estrutura.
De acordo com características e materiais do reservatório, foi construído um modelo em
elementos finitos para a análise estrutural do reservatório utilizando a ferramenta SAP2000, a
fim de confrontar os resultados obtidos através do método analítico.
O software utilizado SAP2000, possui interface 3D e permite a criação de modelos estruturais
para realização de análise através do método dos elementos finitos. O modelo foi construído
com as seguintes características:

● Todos os elementos estão definidos como lajes do tipo “shell”;


● A divisão vertical da parede foi feita a cada 30cm por elemento ao longo da altura da
parede;
● A divisão radial da laje foi feita a cada 30cm ao longo do raio;
● A divisão angular foi feita em 64 partes
● A parede está engastada na laje de fundo
● A laje de fundo está apoiada sobre apoio elástico, representado pelo coeficiente de
reação vertical, definidas como “springs” de kv = 29.200 kN/m³

Baseado nas caracteristicas acima, o modelo foi construido conforme a figura 1:


Figura 1 – Vista 3D do modelo

Fonte: Autores (2021).


10.1 Tensões no solo
A máxima tensão no solo, de acordo com o SAP2000 é de 71,5kPa.
Figura 2 – Tensões no solo

Fonte: Autores (2021).

10.2 Momento de engastamento


O máximo momento fletor de engastamento, de acordo com o SAP2000 é de 46,13 kN.m/m.
Figura 3 – Momento máximo de engastamento

Fonte: Autores (2021).

10.3 Momento máximo na face externa da parede


O máximo momento fletor na face externa, de acordo com o SAP2000 é de 12,62 kN.m/m.
Figura 4 – Momento máximo na face externa da parede

Fonte: Autores (2021).


10.4 Força normal circunferêncial na parede
A força normal circunferêncial na parede, de acordo com o SAP2000 é de 239,23 kN/m.
Figura 5 – Força normal circunferêncial na parede

Fonte: Autores (2021).

10.5 Força normal vertical na parede


A força normal vertical na parede, de acordo com o SAP2000 é de 68,22 kN/m.
Figura 6 – Máxima força normal vertical na parede

Fonte: Autores (2021).

10.6 Momento na laje de fundo


O máximo momento fletor na laje de fundo, de acordo com o SAP2000 é de 12,2 kN.m/m.
Figura 7 – Momento máximo na laje de fundo

Fonte: Autores (2021).


11 COMPARATIVO MÉTODO ANALITICO X MÉTODO ELEMENTOS FINITOS
Tabela 3 – Comparativo entre Método Analítico x Método Elementos Finitos
ANALÍTICO ELEMENTOS FINITOS
(SAP)
Máxima tensão no solo 174,0161 kPA 71,5 kPA
Momento de engastamento 17,1339 kN.m/m 46,13 kN.m/m
Momento na face externa -6,8621 kN.m/m -12,62 kN.m/m
Força normal 162,743 kN/m 239,23 kN/m
circunferencial
Momento na laje de fundo 68,2341 kN.m/m 12,2 kN.m/m
Força normal vertical 41,185 kN/m 68,22 kN/m
Fonte: Autores (2021).
12 ARMADURAS
Considerando a análise comparativa realizada entre o método analítico e o método dos
elementos finitos, optou-se por realizar o dimensionamento das armaduras com os resultados
obtidos no método dos elementos finitos, visto que são mais confiáveis e representam melhor a
realidade do que os resultados obtidos através do método analítico.

12.1 Armadura mínima


As armaduras mínimas para a estrutura são diferenciadas pelo tipo de esforço de atuação na
barra, podendo ser tração simples ou flexão composta, descritas nos próximos itens:

12.1.1 Armadura mínima para tração circunferencial nas paredes


Para a armadura circunferencial da parede o principal dimensionamento é feito levando em
consideração o esforço normal de tração. O item 17.3.5.2.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014)
recomenda o cálculo da armadura mínima de tração pela relação:
Eq.32
𝟎,𝟓 𝒇𝒄𝒌𝟐/𝟑
𝝈𝒔 = 𝟖𝟏𝟎 × 𝒘𝒌 × √ ≤ 𝒇𝒚𝒔 = 𝟑𝟕𝟗, 𝟒𝟑 𝑴𝑷𝒂

𝒌 × 𝒌𝒄 × 𝒇𝒄𝒕𝒎 × 𝑨𝒄𝒕 Eq.33


𝑨𝒔, 𝒎𝒊𝒏 = = 𝟏𝟏, 𝟎𝟗𝟕𝟏 𝒄𝒎²
𝝈𝒔

𝑨𝒔, 𝒎𝒊𝒏 Eq.34


𝑨𝒔, 𝒎𝒊𝒏_𝒑𝒐𝒓_𝒇𝒂𝒄𝒆 = = 𝟓, 𝟓𝟒𝟖𝟔 𝒄𝒎²
𝟐

12.1.2 Armadura mínima para esforço normal de flexão simples na laje de fundo
O principal dimensionamento da armadura das lajes e da armadura vertical da parede é feito
levando em consideração o esforço de flexão. O item 17.3.5.2.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014)
nos mostra que a taxa de armadura mínima a ser respeitada em qualquer caso de tração é de 𝜌
= 0,15%. Para a estrutura em estudo o concreto usado é de classe C40, a taxa mínima de
armadura de flexão em lajes é de 𝜌min = 0,179% de acordo com a TABELA 17.3 da NBR 6118
(ABNT, 2014).

𝟎, 𝟏𝟕𝟗 Eq.35
𝑨𝒔,𝒎í𝒏 = × 𝑨𝒄 = 𝟓, 𝟑𝟕𝒄𝒎²
𝟏𝟎𝟎
𝑨𝒔,𝒎í𝒏 Eq.36
𝑨𝒔,𝒎í𝒏_𝒑𝒐𝒓_𝒇𝒂𝒄𝒆 = = 𝟐, 𝟔𝟖𝒄𝒎²
𝟐

12.1.3 Valores limites para a armadura de pilar na parede


Segundo o item 17.3.5.3 da NBR 6118 (ABNT, 2014), os valores limites mínimos e máximos
da armadura longitudinal de pilares são obtidos pelas expressões:

𝑵𝒅 Eq.37
𝑨𝒔,𝒎𝒊𝒏 = (𝟎, 𝟏𝟓 × 𝒇𝒚𝒅) ≥ 𝟎, 𝟎𝟎𝟒 × 𝑨𝒄 = 12 cm²

𝑨𝒔,𝒎𝒊𝒏 Eq.38
𝑨𝒔,𝒎𝒊𝒏_𝒑𝒐𝒓_𝒇𝒂𝒄𝒆 = = 6 cm²
𝟐

𝑨𝒔,𝒎𝒂𝒙 = 𝟎, 𝟎𝟖 × 𝑨𝒄 = 𝟐𝟒𝟎 𝒄𝒎² Eq.39

12.2 Armadura Efetiva


12.2.1 Armadura vertical da parede
Utilizando os ábacos de Venturini (1987) com os parâmetros 𝒗 e 𝝁 e os resultados da análise
estrutural, define-se as taxas de armadura vertical, considerando a parede como solicitada por
flexão composta.
Para definir qual dos ábacos deverá ser utilizado, será necessário conhecer a altura útil (d), a
relação d/h e a classificação de resistência do aço, que no caso é o CA50. Os parâmetros de
entrada do ábaco são determinados através das fórmulas:

𝑵𝒅 Eq.40
𝒗= = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖
𝑨𝒄 × 𝒇𝒄𝒅

𝑴𝟎 Eq.41
𝝁= = 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟗
𝑨𝒄 × 𝒇𝒄𝒅 × 𝒉

Quando lançados os parâmetros no ábaco, a taxa de armadura do ábaco é nula. Então, é adotada
a taxa mínima para armadura vertical de flexão.
Adotou-se para a armadura em questão o seguinte arranjo:
∅𝟏𝟎, 𝟎𝒎𝒎 c/13cm (𝑨𝒔 = 6,04cm²/m por face)
12.2.2 Armadura circunferencial da parede
Utilizada para resistir às forças de tração causadas pelo empuxo da água, a área de aço da
armadura longitudinal circunferencial é dimensionada através da equação:
𝑵𝒅𝒎𝒂𝒙 Eq.42
𝑨𝒔 = = 𝟕, 𝟐𝟓𝟎𝟕𝒄𝒎²
𝝈𝒔𝒅
Onde:
Eq.43
𝒇𝒄𝒌𝟐/𝟑
𝝈𝒔𝒕 = 𝟖𝟏𝟎 × 𝒘𝟎,𝟓
𝒌 ×√ ≤ 𝒇𝒚𝒔 = 𝟑𝟕𝟗, 𝟒𝟑 𝑴𝑷𝒂

𝝈𝒔𝒕 Eq.44
𝝈𝒔𝒅 = = 𝟑𝟐𝟗, 𝟗𝟑𝟗𝟏 𝑴𝑷𝒂
𝜸𝒔

Adotou-se para a armadura em questão a armadura mínima, com o seguinte arranjo:


∅𝟏𝟎, 𝟎𝒎𝒎 c/14cm (𝑨𝒔 = 5,61cm²/m por face)

12.2.3 Armadura positiva e negativa para a laje de fundo


Utilizando os ábacos de Venturini (1987) com os parâmetros 𝒗 e 𝝁 e os resultados da análise
estrutural, define-se as taxas de armadura vertical, considerando a parede como solicitada por
flexão composta.
Para definir qual dos ábacos deverá ser utilizado, será necessário conhecer a altura útil (d), a
relação d/h e a classificação de resistência do aço, que no caso é o CA50. Os parâmetros de
entrada do ábaco são determinados através das fórmulas:

𝑵𝒅 Eq.45
𝒗= = 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟑
𝑨𝒄 × 𝒇𝒄𝒅

𝑴𝟎 Eq.46
𝝁= = 𝟎, 𝟎𝟎𝟒𝟕
𝑨𝒄 × 𝒇𝒄𝒅 × 𝒉

Quando lançados os parâmetros no ábaco, a taxa de armadura do ábaco é nula. Então, é adotada
a taxa mínima para armadura normal de flexão na laje de fundo.
Adotou-se para a armadura em questão o seguinte arranjo:
∅𝟏𝟎, 𝟎𝒎𝒎 c/20cm (𝑨𝒔 = 3,927cm²/m por face)

12.2.4 Armadura circular para laje de fundo


Para o dimensionamento da armadura circular da laje de fundo foi adotada a mesma taxa da
armadura circunferencial da parede, pois os métodos teóricos não consideram a laje de fundo
inclinada.
Adotou-se para a armadura em questão o seguinte arranjo:
∅𝟏𝟎, 𝟎𝒎𝒎 c/14cm (𝑨𝒔 = 5,61cm²/m por face)

12.2.5 Armadura de engastamento


Para a armadura de engastamento será utilizado o momento de engastamento que ocorre na laje
de fundo, pois o momento é maior que o atuante na parede, deste modo será utilizada a
expressão definida por Pinheiro (2007):
𝑴𝒅 × 𝑲𝒔 Eq.47
𝑨𝒔𝒆𝒏𝒈𝒂𝒔𝒕𝒆 = = 𝟒, 𝟕𝟎𝟕𝟏 𝒄𝒎𝟐 /𝒎
𝒅

𝒄𝒎𝟐 Eq.48
𝑨𝒔𝒆𝒏𝒈𝒂𝒔𝒕𝒆,𝒑𝒐𝒓,𝒇𝒂𝒄𝒆 = 𝟒, 𝟕𝟎𝟕𝟏
𝒎
Adotou-se para a armadura em questão o seguinte arranjo:
∅𝟏𝟎, 𝟎𝒎𝒎 c/10cm (𝑨𝒔 = 7,854cm²/m por face)
A fim de garantir a taxa de armadura mínima no encontro da parede com a laje de fundo, adotou-
se o espaçamento da armadura de engaste a cada 10cm, devido as barras intercaladas a cada
20cm vindas do dimensionamento da laje de fundo.

13 VERIFICAÇÃO DE CISALHAMENTO
É necessário verificar a necessidade da utilização da armadura de cisalhamento. Essa
verificação é obtida de acordo com o item 19.4.1 da NBR 6118(ABNT, 2014), onde:

𝑽𝒔𝒅,𝒎á𝒙 ≤ 𝑽𝑹𝒅𝟏 = [𝝉𝑹𝒅 × 𝒌 × (𝟏, 𝟐 + 𝟒𝟎 × 𝝆𝟏) + 𝟎, 𝟏𝟓 × 𝝈𝒄𝒑 ] × 𝒃𝒘 × 𝒅 Eq.49

𝑽𝑹𝒅𝟏 = 𝟐𝟎𝟏, 𝟏𝟎𝟔𝟓𝒌𝑵/𝒎

𝑽𝒔𝒅𝑭𝑻𝑶𝑶𝑳 = 𝟏𝟕𝟑, 𝟑𝒌𝑵/𝒎

𝑽𝒔𝒅𝑺𝑨𝑷 = 𝟓𝟓, 𝟒𝟖𝒌𝑵/𝒎

Após o cálculo, caso 𝑽𝒔𝒅 < 𝑽𝑹𝒅𝟏 , não será necessário a utilização da armadura de
cisalhamento na parede.

14 VERIFICAÇÃO DA PILASTRA CENTRAL DO DECANTADOR


Para o dimensionamento da pilastra central, foi utilizado o Software Pcalc, onde nele foram
inseridos os parâmetros referentes à estrutura em estudo. Para tal verificação, foram utilizados
os valores geométricos da estrutura, a resistência do concreto, o cobrimento adotado, diâmetro
das barras de aço (10mm, com intuito de manter a padronização das armaduras). Definiu-se a
quantidade de 12 barras verticais para manter o espaçamento de 10cm. Além disso, a pilastra
possui apoio tipo engaste, e dispõe de um motor apoiado que gera carga pontual, e os raspadores
de lodo que geram momento. Utilizando a carga de 60 kN , calculou-se o momento e a carga
pontuais que incidem na pilastra:

𝟑𝑷𝑳 Eq.50
𝑴𝒑𝒊𝒍𝒂𝒔𝒕𝒓𝒂 = = 𝟔𝟕, 𝟓 𝒌𝑵. 𝒎
𝟏𝟔
𝟏𝟏𝑷 Eq.51
𝑸𝒑𝒊𝒍𝒂𝒔𝒕𝒓𝒂 = = 41,25 kN
𝟏𝟔

Logo, com esses valores, o dimensionamento da pilastra utilizando o software PCalc, foi
verificado e está dentro com o dimensionamento adequado para aguentar os esforços que atuam.

15 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A maioria das etapas para realização do dimensionamento estrutural são executadas através de
normas, formulários, deduções empíricas e análises pontuais, que teoricamente, geram o
resultado do dimensionamento da parte estrutural do decantador. Porém, existem algumas
situações em que cabe ao projetista avaliar e tomar a melhor decisão de projeto. Abaixo serão
ressaltados alguns comentários e decisões importantes tomadas ao longo do desenvolvimento
deste projeto básico:
1. Os espaçamentos foram definidos sempre mantendo a taxa de armadura mínima, sempre
com distâncias com números inteiros, e mantendo espaçamentos não muito grandes para
evitar a fissuração, e nem muito pequenos para que o concreto não fique preso evitando
segregação no processo de concretagem.

2. A adoção de armadura com 10mm de diâmetro é justificada por conta de ser uma
armadura de fácil dobradura muito utilizada em estruturas desse porte.

3. Confrontando os resultados obtidos através da metodologia analítica utilizando as


técnicas de Hangan Soare et all, com os resultados obtidos através do método dos
elementos finitos utilizando o software SAP2000, fica evidente que o dimensionamento
de estruturas do tipo reservatório apoiado no solo, com laje de fundo inclinada e sem
tampa, não podem ser dimensionadas pelas técnicas analíticas utilizadas nesse trabalho.
Isso se explica, pois os métodos analíticos consideram além da laje tampa, que promove
um travamento não existente no decantador que é aberto no topo, a laje de fundo nestes
métodos é considerada como um radier sem inclinação, o que não condiz também com
o fundo do decantador que por ser inclinado acaba incorrendo em esforços diferentes
por conta da contribuição das tensões confinantes do solo.

4. Outra consideração significativa, é que para que os esforços encontrados seguindo o


método analítico se aproximem dos resultados obtidos através do método dos elementos
finitos, é necessário modelar a estrutura no SAP2000 considerando que a junção entre
a laje de fundo e a parede estão engastadas em relação a fundação, ideia essa que não
condiz com a característica de um reservatório apoiado no solo.

5. Analisando trabalhos correlatos e projetos similares, observou-se a unanimidade na


utilização da espessura de 30 cm nos elementos estruturais. Devido a adoção dessa
espessura, prevaleceu na maior parte dos dimensionamentos a utilização da armadura
mínima. Além disso, a espessura citada contribui para a não formação de fissuras, que
é um requisito de extrema importância nesse tipo de estrutura, devido a necessidade de
estanqueidade.
15 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Cargas para o cálculo
de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Projeto de estruturas
de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de estruturas
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e execução de
fundações. Rio de Janeiro, 2010.
CAMPOS, Arthur José Maio. Projeto de reservatório circular de concreto armado apoiado:
Análise estrutural, dimensionamento e detalhamento. Orientador: Prof. Dr. Rodrigo Barros.
2018. 113 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte – RN, 2018.
GUERRIN, A; LAVAUR, Roger, C.; LAUAND, Carlos Antônio. Tratado De Concreto
Armado, v.5: Reservatórios, caixas d'agua, piscinas. Editora Hemus. 2003.
GUIMARÃES, A.E.P.; Indicações para projeto e execução de reservatórios cilíndricos em
concreto armado. Universidade de São Paulo: Escola de Engenharia de São Carlos, 1995.
PINHEIRO, L.M.; Fundamentos do concreto e projeto de edifícios. São Carlos: Universidade
de São Paulo, 2007.
HUMMEL, Alfred.; Beton Kalender 1962. Ed. Verlag Von Wilhelm Ernest, Berlin 1962
CARVALHO, Roberto Chust; FILHO, Jasson Rodrigues de Figueiredo, Cálculo e
Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado segundo a NBR 6118:2014.
Universidade Federal de São Carlos, 2014
SILVA, Deividi Maurente Gomes da. Comparação entre diferentes modelos computacionais
para obtenção de esforços e deslocamentos em um radier de fundação com interação solo-
estrutura.Universidade Federal do Pampa, 2015.

16 LISTA DE SIMBOLOS

Para as equações (1),(2),(3),(4)

𝝈𝒓 = Tensão de ruptura
c = Coesão do solo
𝑵𝒄 - 𝑵𝒒 - 𝑵𝜸 - 𝑺𝒄 - 𝑺𝒒 - Parâmetros retirados da correlação com ângulo de atrito
B - Largura da base
𝑵𝒔𝒑𝒕𝒎𝒆𝒅 - Número de golpes médio por camada
Para as equações (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12), (13), (14), (15), (16), (17), (18), (19),
(20), (21), (22), (23), (24), (25), (26) e (27)

𝒌𝒗𝒔 - Módulo de reação vertical – Obtido a partir do através da tabela 3.1 de Béton-Kalender
(1962)
𝒘𝒊 – Deslocamento vertical (recalque).
𝒗 – Coeficiente de Poisson, estabelecido como 0,2 de acordo com a NBR 6118(ABNT, 2014);
R – Raio efetivo;
e – Espessura da parede vertical
Mo - Momento característico de engastamento inferior;
𝒉𝒄 − Altura da parede de concreto e calha para concreto
ℎ𝑖𝑚𝑝 – Altura da impermeabilização na parede e calha
ℎ100 − largura padrão para cálculo em uma largura de 1m
𝜸𝑖𝑚𝑝 – peso especifico da impermeabilização
𝛾 - Peso específico da água;
h - Altura da lâmina da água;
k – Variável obtida através do ábaco de Guerrin (2003),
Yo - Abcissa y0 do momento fletor nulo;
h - Altura da lâmina da água;
𝑲𝟐 - Coeficiente obtido através do ábaco 11 de Guimarães (1995).
𝑵𝒅,𝒎á𝒙 - Esforço normal de tração
𝑹𝒗 – Coeficiente de reação vertical

Para as equações (28) (29), (30) e (31)

𝝈𝒔𝒊 – Tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada;


𝝆𝒓𝒊 – Taxa de armadura passiva ou ativa aderente em relação à área da região de envolvimento;
𝒂𝟏 – Distância entre a barra até a extremidade da área de concreto
𝒇𝒄𝒕𝒎 – Resistência média do concreto à tração
𝝓 – Diâmetro da barra que protege a região de envolvimento considerada;
𝑬𝒔𝒊 – Módulo de elasticidade do aço da barra considerada;
𝜼𝟏 – Coeficiente de conformação superficial da armadura considerada.
𝜶 – é o fator que correlaciona aproximadamente a resistência à tração na flexão com a
resistência à tração direta;
𝒇𝒄𝒕 - resistência à tração direta do concreto
𝑾 – Módulo de resistencia da seção bruta do concreto

Para as equações (32), (33), (34), (35), (36), (37), (38) e (39)

𝑨𝒄𝒕 - Área de concreto na zona tracionada;


𝛔𝐬 - Tensão máxima permitida na armadura imediatamente após a
formação da fissura;
𝒇𝒄𝒕, 𝒎 - Resistência média à tração efetiva do concreto no instante
em que se formam as primeiras fissuras;
k - Coeficiente que considera os mecanismos de geração de tensões de
tração. Item 17.3.5.2.2a da NBR 6118(ABNT, 2014);
𝒌𝒄 - Coeficiente que considera a natureza da distribuição de tensões na
seção, antes da fissuração. Considerando o caso de tração pura, kc = 1,0.
𝒘𝒌 – Abertura máxima característica das fissuras dada pela tabela O.4, em função da
agressividade ambiental, expressa em milímetros.
𝒇𝒄𝒌 – Resistência característica do concreto a compressão, em Mpa.
𝐟𝐲𝐬 – Resistência ao escoamento do aço da armadura, em Mpa.
𝑵𝒅 – Força de tração
𝒇𝒚𝒅 –Tensão de escoamento da armadura
𝑨𝒄 – Área de concreto

Para as equações (40), (41), (42), (43), (44), (45) e (46)

𝑨𝒔 - Área da armadura;
𝑵𝒅 - Esforço normal de tração;
𝝈𝒔𝒅 - Tensão de tração máxima permitida imediatamente após a fissuração utilizando
coeficiente de minoração
𝑵𝒅 - Força normal vertical;
𝑨𝒄 - Área de concreto na zona tracionada;
𝒇𝒄𝒅 - Resistência de cálculo à compressão do concreto;
𝑴𝟎 - Momento fletor máximo;
h - Altura da seção;
𝝈𝒔𝒕 - Determinação da máxima tensão de tração permitida na armadura, imediatamente após
ocorrência de fissuração: O.5.2.4 da NBR8800 (ABNT,2008);
𝜸𝒔 – coeficiente de minoração do aço 1,15

Para as equações (47), (48), (49), (50) e (51)

𝑴𝒅 - Momento de engastamento
𝑲𝒔 – Retirado da Tabela A-2 (Pinheiro) conforme fck concreto C40
𝒅 – Altura útil
𝛕𝐑𝐝 - Tensão resistente de cálculo do concreto ao cisalhamento;
k - Coeficiente definido por 1,6 – d;
d - Altura útil;
𝑨𝒔𝟏
𝝆𝟏 – é 𝒃𝒘×𝒅 ;
𝑨𝒔𝟏 - Área da armadura de tração que se estende até 𝒅 + 𝒃,𝒏𝒆𝒄;
𝑵
𝝈𝒄𝒑 - Tensão inicial no concreto ao nível do baricentro da armadura de protensão dado por 𝑨𝒄𝒔𝒅 ;
bw - Largura da seção;
P – Carga permanente e acidental para o equipamento de raspagem
L – Comprimento do pá de raspagem
17 ANEXOS

ANEXO A – MODELO 3D

ANEXO B – ENSAIO NSPT 01


ANEXO C – ENSAIO NSPT 02

ANEXO D – ENSAIO NSPT 03


ANEXO E – MODELO DE WINKLER
1300 1376

20 30 600 600 30 20 20 48 20 20

L1 L4
h=30 h=20

280 280

21.5 21.5 21.5 21.5


23.5 57 20 40 20 57 23.5 23.5 57 20 40 20 57 23.5

21.5 21.5 21.5 21.5


23°

L2 L2
h=30 h=30

600

L3 L3
h=30 h=30

45°

B
20
80
20

L5
h=20

FORMA DO FUNDO "EM PLANTA" (EL. -300,00) FORMA VISTA SUPERIOR "EM PLANTA" (EL. -300,00)
escala 1:50 escala 1:50
1

B
unidade: cm unidade: cm

1376
1200

20 48 20 560 20 40 20 560 20 48 20 20 48 20
30 3 37 19

56

5
91

91

91
30 5

35

30
20

20

271
90
195
160

160
160
416

446
360

327
305

20

20
566
480

20 80 20
145

145

175
30
20 21.5 57 21.5 20
50 50 UNIVERSIDADE POSITIVO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
30

30

30
40

40
30

30

30
ENGENHARIA CIVIL
150
90

80

ASSUNTO:
51.9

PROJETO DE FORMA DECANTADOR


30

CIRCULAR EM CONCRETO ARMADO


VISTA 1-1 CORTE B-B NOMES:
PRANCHA:

121.5 22 486.5
escala 1:50 escala 1:50 LUCAS LAIDENS 01 / 02

unidade: cm unidade: cm MAYLON MARTINS ESCALA:

CORTE A-A INDICADA


283 RODRIGO LENTZ
escala 1:50 DATA:
ORIENTADOR:
unidade: cm
JULIANO SCREMIN NOV. / 2021
NOTAS GERAIS DO PROJETO ESTRUTURAL:

1) Projeto estrutural elaborado de acordo com a ABNT NBR


6118:2014;
2) A estrutura deve ser executada seguindo as orientações da
ABNT NBR 14931:2004;
3) Classe de agressividade ambietal (CAA): IV;
4) Características do concreto:
-fck: 400 kgf/cm² (40 MPa);
-Cimento: CPII F
-Abatimento do concreto: 12 cm;
-Agregado: granito;
285 N13 ø10.0 c/13 C=CORR
EXTERNO
-Diâmetro máximo do agregado: 19 mm;
-Módulo de elasticidade secante: 318758 kgf/cm² (31,87 GPa);
-Seguir as orientações da ABNT NBR 12655:2015;
5) Cobrimentos:
-Armaduras das parades: 5,00 cm;
-Armaduras das lajes em contato com o solo: 5,00 cm;
-Utilizar espaçadores para garantir os cobrimentos;
6) As passagens de tubulações devem ser feitas de acordo com o
projeto hidráulico;
7) Os furos para passagem de tubulações deverão ser reforçados

ALT
conforme o detalhe padrão;

N 21
8) Aço das armaduras: CA50;

ER
N2
AL
9) Os diâmetros de dobramento estão indicados na ABNT NBR

ø
NA
TE


6118:2014;

10. C/ 20 cm
R

DO
NA

10 S C/ 2

0C
S
DO

.0

/10
C/1 0 cm
0
N17 ø10.0 c/14 C=CORR
INFERIOR

N1
N17 ø10.0 c/14 C=CORR

7
ø1
SUPERIOR

0
Relação do aço

c/1
4
AÇO N DIAM QUANT C.UNIT C.TOTAL
(mm) (cm) (cm)
CA50 1 8.0 285 212 60420
2 8.0 285 246 70110
3 8.0 70 CORR 76000
4 8.0 8 286 2288
5 8.0 8 532 4256
6 10.0 290 440 127600
7 10.0 290 260 75400
DETALHE DAS ARMADURAS DA LAJE DE FUNDO - PLANTA DETALHE DA ARMADURA RADIAL DA LAJE DE FUNDO DETALHE DE ARMADURA CIRCUNFERENCIAL DA LAJE FUNDO 8 10.0 290 250 72500
9 10.0 290 221 64090
escala 1:50 escala 1:50 escala 1:50 10 10.0 290 449 130210
unidade: cm unidade: cm unidade: cm 11 10.0 12 485 8520
12 10.0 12 515 6180
13 10.0 8 280 2240
14 10.0 189 CORR 226800
15 10.0 11 CORR 12960
16 10.0 11 CORR 12960
2x10 N3 ø8.0 c/10 C=CORR

17 10.0 173 CORR 207344


285 N1 ø8.0 c/13 C=212

POSIÇÃO CIRCULAR

18 10.0 12 CORR 14074

CONTINUAÇÃO DE N14
19 10.0 15 CORR 17580

CONTINUAÇÃO DE N3
POSIÇÃO RADIAL

INTERNO E EXTERNO
POSIÇÃO CIRCULAR
11 20 10.0 189 270 51030
101
101

11
30

21 10.0 189 542 102438

8 N5 ø8.0 c/10 C=532


10 10
285 N9 ø10.0 c/13 C=221

22 10.0 189 548 103572

POSIÇÃO RADIAL
CONTINUAÇÃO DE N14

INTERNO E EXTERNO
POSIÇÃO CIRCULAR
20 10
23 10.0 189 270 51030

261
261
24 10.0 44 145 6380
180

POSIÇÃO RADIAL 25 10.0 44 145 6380

POSIÇÃO CIRCULAR EXTERNO

POSIÇÃO CIRCULAR INTERNO


40

285 N2 ø8.0 c/13 C=246


26 10.0 44 182 8008
POSIÇÃO CIRCULAR EXTERNO

48 N15 ø10.0 c/10 C=CORR


10

POSIÇÃO CIRCULAR INTERNO

48 N16 ø10.0 c/10 C=CORR


78
INTERNO-POSIÇÃO RADIAL

78
290 N10 ø10.0 c/13 C=449

10.0 182 8008


40

27 44
27 N14 ø10.0 c/14 C=CORR

27 N14 ø10.0 c/14 C=CORR


EXTERNO-POSIÇÃO RADIAL

ALTERNADOS C/ 6.5 cm
290 N6 ø10.0 c/13 C=440

28 10.0 12 236 2832


ALTERNADOS C/ 6.5 cm

60
EXTERNO-POSIÇÃO RADIAL
INTERNO-POSIÇÃO RADIAL

12 N12 ø10.0 c/13 C=515


12 N11 ø10.0 c/13 C=485

29 10.0 35 270 9450


378

10
78 20

30 10.0 35 140 4900


345

78 10
20 20

60
8 N4 ø8.0 c/10 C=286
465
EXTERNO-POSIÇÃO RADIAL

465
INTERNO-POSIÇÃO RADIAL

CONTINUAÇÃO DE N14
POSIÇÃO RADIAL

8 N13 ø10.0 c/13 C=280


290 N8 ø10.0 c/13 C=250
290 N7 ø10.0 c/13 C=260

ALTERNADOS C/ 6.5 cm

ALTERNADOS C/ 6.5 cm

185
170
170

55
55

50

20
20

20 20 40 40 20

SUPERIOR-PO POSIÇÃO CIRC


8 N1

SIÇÃO RADIAL CONTINUAÇÃO DE N17


POS 10.0 c/1

189 N20 ø10.0 ULAR


c/20 C=270 35 N17 ø10.0
c/14 C=CO

RR
IÇÃO
20

250
ALTERNADOS
C/10 cm Resumo do aço
CIRC C=COR
4
ULA

10 40 SUPERIOR-PO
SIÇÃO RADIAL AÇO DIAM C.TOTAL PESO + 10 %
R

189 N21 ø10.


0 c/20 C=542
20

ARMADURAS - CORTE B-B (mm) (m) (kg)


R

POSIÇÃO CIRCULAR
502 10 N19 ø10.0 c/14 C=CORR
ALTERNADOS CA50 8.0 2130.7 896.09
c/10 cm
escala 1:50

50
20

ARMADURAS - CORTE A-A 20 20 10.0 13324.86 9043.58


20

EXT 24 ø10

ALTERNADOS
INTE 25 ø10.0

c/10 cm
unidade: cm
44 N
44 N

508
ERN

escala 1:50
RNO

PESO TOTAL
C=23 IAL
INFERIOR PO SUPERIOR-POSIÇÃO RADIAL
20

6
O-PO c/20 C

SIÇÃO RADIAL 44 N26 ø10.0 c/20 C=182 D


-POS /20 C=1

189 N22 ø10.0


10.0 IÇÃO RA
(kg)
105

unidade: cm c/20 C=548


105
.0
SIÇÃ

112
20

50
IÇÃO
c

c/13

ALTERNADOS
20

c/1 0 cm
O RA 45

146

4 N18 ø10.0 C=CORR


12 N NO-POS

250
RAD

CA50 9939.67
=1

INFERIOR-PO
DIAL

SIÇÃO RADIAL
POSIÇÃO CIRCULAR
50

28 ø
20
45

189 N23 ø10.0


IAL

c/20 C=270 20 20 112


R
INTE

INFERIOR-POSIÇÃO RADIAL
44 N27 ø10.0 c/20 C=182

40

2 N16 ø10.0 C=CORR


7x35 N31 ø6.3 c/10 C=21

POSIÇÃO CIRCULAR
POSIÇÃO CIRCULAR
4 N3 ø8.0 C=CORR UNIVERSIDADE POSITIVO
RECOMENDAÇÕES-EMENDAS POR TRANSPASSE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BARRAS CORRIDAS
ENGENHARIA CIVIL

1- UTILIZAR O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE BARRAS INTEIRAS (C=12,00m); ASSUNTO:

2- BARRAS ø8.0 E ø10.0 TRANSPASSE= 80cm; 4 N3 ø8.0 C=CORR PROJETO DE FORMA DECANTADOR
3- BARRAS ø12.5 E ø16.0 TRANSPASSE= 100cm;
35 N29 ø10.0 c/13 C=270 35 N30 ø10.0 c/13 C=140 4 N17 ø10.0 C=CORR
POSIÇÃO CIRCULAR CIRCULAR EM CONCRETO ARMADO
4- ALTERNAR A POSIÇÃO DA EMENDA A CADA CAMADA OU LINHA DE BARRA CORRIDA; POSIÇÃO CIRCULAR
4 N18 ø10.0 C=CORR
5- NO CASO DAS BARRAS CORRIDAS NOS ENCONTROS A EMENDA PODERÁ SER FEITA PRANCHA:
POSIÇÃO CIRCULAR NOMES:
NA MESMA SEÇÃO;
LUCAS LAIDENS 02 / 02
DETALHES DA COLUNA CENTRAL DETALHES DAS ARMADURAS DE ENCONTRO
escala 1:25 escala 1:25 MAYLON MARTINS ESCALA:

unidade: cm unidade: cm RODRIGO LENTZ INDICADA


DATA:
ORIENTADOR:

JULIANO SCREMIN NOV. / 2021


3 nov 2021 21:31:03 - Memorial de calculo Decantador R30.sm

Memorial de Cálculo de Decantador

Dados:

Resistência característica do concreto: fck 40 MPa

Máxima tensão normal na armadura: σsi 360 MPa

Módulo de elasticidade do aço: Esi 210 GPa

Cobrimento : cob 5 cm

Coeficiente de gereção de tensão de tração: k 0,5

Largura para 1 metro l_par 100 cm

Espessura da parede e_par 30 cm

Diâmetro da base do decantador diametro_base 12 m

Coeficiente minoração da resistencia do aço: γs 1,15

Coeficiente minoração da resistencia do aço: γc 1,4

Diâmetro das barras transversais φt 10 mm

Diâmetro das barras longitudinais φl 10 mm

Diâmetro das barras pilar ϕp 10 mm

Diâmetro de armadura padrão ϕ 10 mm

1. Capacidade de carga no solo


Utilizando como base os ensaios de campo NSPT, inseridos no ANEXOS B, C e D

Dados:

Nspt a 3 metros de profundidade: Nspt 7

Nspt médio: Nsptméd 14

Ângulo de atrito
Para a estimativa de ângulo de atrito, Godoy (1983) menciona a seguinte correlação empírica
com o índice de resistência à penetração (N) do SPT
ϕ_solo 28 0,4 Nspt 30,8

Definição dos Fatores de capacidade de carga:


Utilizando o ângulo de atrito, utiliza-se a tabela abaixo para obtenção dos coeficientes de capacidade de carga:

Nc 37,2 Nq 22,5 Ny 19,7


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Coesão
Para estimativa da coesão foram utilizados os métodos de Teixeira & Godoy (1996):
c 10 Nspt Kpa 70 Kpa

Fatores de forma
Utiliza-se a tabela abaixo para a obtenção dos fatores de forma, de acordo com a forma da "sapata":

Sc 1,3 Sq 1 Sy 0,6

1.1. Método de terzagui


Utilizando a formula proposta por Terzagui, e excluindo as duas primeiras parcelas considerando que não há sobrecarga
lateral e não há coesão, obtem-se a tensão resistente no solo:

kN
γ 17
3
m

1
σR γ diametro_base Ny Sy 1205,64 kPa
2

Utilizando o fator de segurança 3:


σR
σadm 401,88 kPa
3

1.2. Método semiempirico

Utilizando as 3 correlações (Urbano R. Alonso, Teixeira, Mello) para a determinação da tensão admissível através do Nspt:

Nsptméd
σadm_1 MPa 280 kPa
50

diametro_base Nspt
σadm_2 0,05 1 0,4 MPa 456 kPa
1m 100

σadm_3 0,1 Nspt 1 MPa 600 kPa

Para um resultado conservador, foi adotado o valor mínimo para a tensão resistente do solo igual a 280 kPa

2. Análise Estrutural

Raio da base: R 6m

Coef. de poison: v 0,2

Altura da estrutura: h_estrutura 4,16 m


kN
Peso especifico da água: γ_agua 10
3
m

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2.1. Cálculo dos esforços na parede do reservatório

Definição dos parametros de entrada nos ábacos de Guerrin (2003):


1
4
2
3 1 v 1
β 0,971
R e_par m

βh β h_estrutura 4,0393

O valor mínimo de βh para utilização dos ábacos é de 5. Visto isso, e


que o βh calculado é de 4,0393, serão utilizados os procedimentos de
cálculo adotados para a criação dos ábacos.
2.2. Momento fletor máximo de engastamento
K é uma variável que deveria ser obtida através do ábaco 3-134 de
Guerrin (2003), mas devido ao βh fora dos limites, será determinado
pela equação
3
2 3 3 1
solve K K 1 ;K 0,017
2 βh 3 βh
4 βh
K 0,017

Utiliza-se o K na expressão abaixo para a obtenção do momento fletor


máximo de engastamento
3
Mo K γ_agua h_estrutura m 12,2385 kN m

Majora-se o valor característico utilizando o coeficiente ELU:


Mod 1,4 Mo 17,1339 kN m

Modelo gerado no software de elementos finitos SAP2000 para obtençã do momento fletor máximo de engastamento:

M_engastamento_SAP 46,13 kN m

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2.3. Abcissa y0 do momento fletor nulo


Definindo o valor de K0:
2
atan 2 K βh
K0 0,1254
βh
Utilizando o K0, obtem-se a abscissa y0 do momento fletor nulo:
y0 K0 h_estrutura 0,5216 m

Define-se o limite máximo:

y0_max 1,2 R e_par 1,61 m

2.4. Abcissa y1 do momento fletor máximo na face externa


Definindo o valor de K1:
π
K1 K0 0,3198
4 βh
Utilizando o K1, obtem-se a abscissa y1 do momento máximo na face externa da parede:
y1 K1 h_estrutura 1,3305 m

Define-se o limite máximo:

y1_max 1,8 R e_par 2,415 m

2.5. Momento fletor máximo na face externa da parede:


K' é uma variável que deveria ser obtida através do ábaco 3-134 de Guerrin (2003), mas devido ao βh fora dos limites, será
determinado pela equação

β y1 1
K' K e cos β y1 sin β y1 0,00680850
2
2 K βh

Utiliza-se o K' na expressão abaixo para a obtenção do momento fletor máximo na face externa da parede:
3 1
M'k K' γ_agua h_estrutura 4,9015 kN m
m
Majora-se o valor característico utilizando o coeficiente ELU:
1
M'd 1,4 M'k 6,8621 kN m
m

Modelo gerado no software de elementos finitos SAP2000 para obtenção do momento fletor máximo na face externa da
parede:

M_face_externa_SAP 12,62 kN m

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2.6. Abcissa y2 da força normal máxima


Definindo o valor de K2:
K2 0,33

Utilizando o K2, obtem-se a abscissa y2 da força normal máxima da parede:


y2 K2 h_estrutura 1,3728 m

Define-se o limite máximo:

y2_max 0,6 R e_par 0,805 m

2.7. Força normal circunferencial máximo

K'' é uma variável que deveria ser obtida através do ábaco 3-134 de Guerrin (2003), mas devido ao βh fora dos limites,
será determinado pela equação

K2 0,33 e 2,7183 ψ2 K2 βh 1,333

ψ2 2 ψ2
K'' 1 K2 e1 cos ψ2 2 K βh e1 sen ψ2

1,333 2 1,333
K'' 1 0,33 e cos 1,333 2 0,017 4,0393 e sin 1,333 0,4657

Utiliza-se o K'' na expressão abaixo para a obtenção da força normal máxima de tração na parede:
K'' γ_agua R h_estrutura
Nmáx kN m 116,245 kN
kN

Majora-se o valor característico utilizando o coeficiente ELU:


Nd_max 1,4 Nmáx 162,743 kN

Modelo gerado no software de elementos finitos SAP2000 para obtenção da força normal máxima de tração na parede:

Nd_max_SAP 239,23 kN

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2.8. Momento máximo na laje de fundo

Valores obtidos através do modelo feito pelo método de Winkler descrito no item 3 dessa memória.

131
M'd_laje kN m 68,2327 kN m
1,9199

Modelo gerado no software de elementos finitos SAP2000 para obtenção do momento máximo na laje de fundo:

M_laje_SAP 12,2 kN m

2.9. Força normal vertical


kN
h_estrutura_calha 5,21 m e_imperm 0,15 m γimp 2,7
kN 3
γconc 25 m
3 h_imperm 5,21 m
m
N_vertconc γconc e_par h_estrutura_calha 100 cm 39,075 kN

N_vertimp γimp e_imperm h_imperm 100 cm 2,1101 kN


N_verttot N_vertimp N_vertconc 41,185 kN

Modelo gerado no software de elementos finitos SAP2000 para obtenção da força normal vertical:

N_vert_SAP2000 68,22 kN
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Tabela resumo das forças atuantes na estrutura:

3. Tensão no Solo - modelo Winkler :


Tabela Beton Kalender
Tensão admissível:
Define-se a tensão admissível para entrada na tabela Beton Kalender:
kgf kgf
σadm_1 0,2 Nspt 1,4
2 2
cm cm

Coeficiente de reação vertical Kv


kgf
Utilizando a tabela com σ.adm = 1,4 temos : Kv 2,92
3
m
kN
kv 29200
3
m

Esboço das Áreas de influência, adotando uma fração da circunferência com ângulo de 22º e espaçamento realizado a cada
0,50m do raio.

Definição da Razão angular,


utlizando o ângulo de 22º,
sobre o ângulo total de uma
circunferencia 360º:
22
r_a 0,0611
360

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Raios de cada área (Fatias)


r1 0,5 m r4 2,0 m r7 3,5 m r10 5,0 m
r2 1,0 m r5 2,5 m r8 4,0 m r11 5,5 m
r3 1,5 m r6 3,0 m r9 4,5 m r12 6,0 m

Definição do Comprimento de Arco (Base) de cada área (Fatias)


π
c01 22 r1 0,192 m
180
π
c02 22 r2 0,384 m
180
π
c03 22 r3 0,576 m
180
π
c04 22 r4 0,7679 m
180
π
c05 22 r5 0,9599 m
180
π
c06 22 r6 1,1519 m
180
π
c07 22 r7 1,3439 m
180
π
c08 22 r8 1,5359 m
180
π
c09 22 r9 1,7279 m
180
π
c10 22 r10 1,9199 m
180
π
c11 22 r11 2,1118 m
180
π
c12 22 r12 2,3038 m
180 Utilizando as áreas de influência e o coeficiente de reação
kN
Utilizando a razão angular, obten-se a área de cada fatia: vertical kv 29200 , obtem-se o coeficiente de reação
3
m
vertical em cada ponto:
2 2 kN
A01 π r1 r_a 0,048 m K01 kv A01 1401,5
m
2 2 2 kN
A02 π r2 r_a π r1 r_a 0,144 m K02 kv A02 4204,5
m

2 2 2 kN
A03 π r3 r_a π r2 r_a 0,2400 m K03 kv A03 7007,5
m

2 2 2 kN
A04 π r4 r_a π r3 r_a 0,336 m K04 kv A04 9810,5
m

2 2 2 kN
A05 π r5 r_a π r4 r_a 0,432 m K05 kv A05 12613
m

2 2 2 kN
A06 π r6 r_a π r5 r_a 0,528 m K06 kv A06 15416
m
2 2 2 kN
A07 π r7 r_a π r6 r_a 0,624 m K07 kv A07 18219
m

2 2 2 kN
A08 π r8 r_a π r7 r_a 0,7199 m K08 kv A08 21022
m

2 2 2 kN
A09 π r9 r_a π r8 r_a 0,8159 m K09 kv A09 23825
m

2 2 2 kN
A10 π r10 r_a π r9 r_a 0,9119 m K10 kv A10 26628
m

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2 2 2 kN
A11 π r11 r_a π r10 r_a 1,0079 m K11 kv A11 29431
m

2 2 2 kN
A12 π r12 r_a π r11 r_a 1,1039 m K12 kv A12 32234
m

3.1 Peso próprio na laje de fundo


Determinação do peso de concreto para cada comprimento de arco:
kN
Peso do concreto: γ_conc 25
3
m
kN
q_conc01 γ_conc e_par c01 1,440
m

kN
q_conc02 γ_conc e_par c02 2,880
m

kN
q_conc03 γ_conc e_par c03 4,320
m

kN
q_conc04 γ_conc e_par c04 5,760
m

kN
q_conc05 γ_conc e_par c05 7,199
m
kN
q_conc06 γ_conc e_par c06 8,639
m
kN
q_conc07 γ_conc e_par c07 10,08
m

kN
q_conc08 γ_conc e_par c08 11,52
m

kN
q_conc09 γ_conc e_par c09 12,96
m

kN
q_conc10 γ_conc e_par c10 14,40
m

kN
q_conc11 γ_conc e_par c11 15,84
m

kN
q_conc12 γ_conc e_par c12 17,28
m

Determinação do peso de impermeabilização para cada comprimento de arco:


kN
Peso impermeabilização: γ_imp 2,7
3
m

Espessura impermeabilização: e_imp 0,15 m

kN
q_rev01 γ_imp e_imp c01 0,0778
m

kN
q_rev02 γ_imp e_imp c02 0,1555
m

kN
q_rev03 γ_imp e_imp c03 0,2333
m

kN
q_rev04 γ_imp e_imp c04 0,311
m

kN
q_rev05 γ_imp e_imp c05 0,3888
m

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kN
q_rev06 γ_imp e_imp c06 0,4665
m

kN
q_rev07 γ_imp e_imp c07 0,5443
m

kN
q_rev08 γ_imp e_imp c08 0,622
m

kN
q_rev09 γ_imp e_imp c09 0,6998
m

kN
q_rev10 γ_imp e_imp c10 0,7775
m

kN
q_rev11 γ_imp e_imp c11 0,8553
m

kN
q_rev12 γ_imp e_imp c12 0,9331
m

3.2. Peso do Fluido


Determinação da altura para cada ponto analisado a cada 0,5m do raio, considerando a inclinação da laje de fundo:
h01 4,80 m kN
γ_agua 10 h12 4,16 m
3
h02 4,80 m m

1
h03 h12 9 0,5 m 4,551 m
11,5
1
h04 h12 8 0,5 m 4,508 m
11,5

1
h05 h12 7 0,5 m 4,464 m
11,5

1
h06 h12 6 0,5 m 4,421 m
11,5
1
h07 h12 5 0,5 m 4,377 m
11,5
1
h08 h12 4 0,5 m 4,334 m
11,5
1
h09 h12 3 0,5 m 4,290 m
11,5
1
h10 h12 2 0,5 m 4,247 m
11,5
1
h11 h12 1 0,5 m 4,203 m
11,5

h12 4,16 m

Determinação do peso do fluído para cada altura:


kN
q_h01 γ_agua h01 c01 9,2153
m

kN
q_h02 γ_agua h02 c02 18,4307
m
kN
q_h03 γ_agua h03 c03 26,2136
m

kN
q_h04 γ_agua h04 c04 34,6176
m

kN
q_h05 γ_agua h05 c05 42,8547
m

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kN
q_h06 γ_agua h06 c06 50,9248
m

kN
q_h07 γ_agua h07 c07 58,8279
m

kN
q_h08 γ_agua h08 c08 66,5641
m

kN
q_h09 γ_agua h09 c09 74,1334
m

kN
q_h10 γ_agua h10 c10 81,5357
m

kN
q_h11 γ_agua h11 c11 88,7711
m

kN
q_h12 γ_agua h12 c12 95,8395
m

3.3. Carga total:


Somando o peso do concreto, peso da impermeabilização e o peso do fluido, obtem-se a carga total:
kN
q_tot01 q_h01 q_rev01 q_conc01 10,733
m

kN
q_tot02 q_h02 q_rev02 q_conc02 21,466
m

kN
q_tot03 q_h03 q_rev03 q_conc03 30,7666
m

kN
q_tot04 q_h04 q_rev04 q_conc04 40,6882
m

kN
q_tot05 q_h05 q_rev05 q_conc05 50,4429
m

kN
q_tot06 q_h06 q_rev06 q_conc06 60,0307
m

kN
q_tot07 q_h07 q_rev07 q_conc07 69,4515
m

kN
q_tot08 q_h08 q_rev08 q_conc08 78,7053
m

kN
q_tot09 q_h09 q_rev09 q_conc09 87,7923
m

kN
q_tot10 q_h10 q_rev10 q_conc10 96,7122
m

kN
q_tot11 q_h11 q_rev11 q_conc11 105,4652
m

kN
q_tot12 q_h12 q_rev12 q_conc12 114,0513
m

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Modelo gerado no software Ftool, utilizando os coeficientes de mola (Kv), e as cargas atuantes:

Reações e Momentos da laje de fundo, através do software Ftool:

Para a determinação das reações verticais que ocorrem no centro da área de influência foram realizadas as médias
aritméticas das reações verticais nas extremidades. Em seguida foram divididas as reações verticais pelas suas respectivas
áreas de influência, encontrando os valores de tensões de cada área.
12,1 0,3
kN
2
σ_tot01 129,1759 kPa
A01
0,3 1,6
kN
2
σ_tot02 6,5977 kPa
A02

1,6 3,3
kN
2
σ_tot03 10,2091 kPa
A03
3,3 5,5
kN
2
σ_tot04 13,0962 kPa
A04

5,5 8,9
kN
2
σ_tot05 16,6679 kPa
A05

8,9 14,7
kN
2
σ_tot06 22,3501 kPa
A06

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14,7 24,6
kN
2
σ_tot07 31,4926 kPa
A07

24,6 41,4
kN
2
σ_tot08 45,8366 kPa
A08

41,4 67
kN
2
σ_tot09 66,4263 kPa
A09

67 105,5
kN
2
σ_tot10 94,5792 kPa
A10

105,5 158,5
kN
2
σ_tot11 130,9618 kPa
A11

158,5 225,7
kN
2
σ_tot12 174,0161 kPa
A12

Representação gráfica simplificada das tensões atuantes em cada área

Modelo gerado no software de elementos finitos SAP2000 para obtenção das tensões no solo:

σ_soloSAP 71,5 kN

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4. Fissuração

Determinação a Área critica:


ϕ 10 mm
2
Acri 7,5 ϕ 7,5 ϕ 7,5 ϕ cob 187,5 cm

7,5 ϕ 7,5 ϕ 15 cm

Assumindo duas barras de ϕ = 10 mm na largura da área crítica:


2 2
π ϕ
2 3
4 fck
ρri 0,0084 fctm 0,3 MPa 3,5088 MPa η1 2,25
Acri MPa

Verificação da abertura de fissuras:


ϕ σsi 3 σsi
w1 0,1876 mm
12,5 η1 Esi fctm

ϕ σsi 4
4
w2 45 1,2738 mm
12,5 η1 Esi ρri

Adontando W1 como o W efetivo, pois é o menor entre os dois:

w1
W_final min 0,1876 mm < 0,2 mm OK! Verifica
w2

4.1 Momento de Fissuração

α = 1,5 para seções retangulares W = Módulo de resistencia da seção bruta do concreto

α 1,5 fctk_inf 0,7 fctm 2,4562 MPa h_estrutura 100 cm e_par 0,3 m

2
h_estrutura e_par 3
W 0,015 m
6

Calculo do momento de fissuração:


Mf α fctk_inf W 55,2639 kN m

5. Armaduras mínimas:
Considerando a análise comparativa realizada entre o método analítico e o método dos elementos finitos, optou-se por
realizar o dimensionamento das armaduras com os resultados obtidos no método dos elementos finitos, visto que são mais
confiáveis e representam melhor a realidade do que os resultados obtidos através do método analítico.

5.1. Armadura mínima para tração (Esforço circunferencial das paredes e laje de fundo):

wk min w1 w2 0,1876 mm
Calculo o kc seguindo a NBR 8800 (ABNT, 2008): Cálculo da área de concreto tracionada em uma faixa de 100cm:

1 2
kc 0,3 0,8 Act l_par e_par 3000 cm
e_par
1
e_par
2
2

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Determinação da tensão máxima permitida na armadura imediatamente após a formação da fissura:


2
3
fck
0,5 MPa
σs 810 wk MPa 379,4299 MPa
ϕ

Determinação da área de aço miníma para a armadura circunferêncial:


k kc fctm Act 2
As_min_circ 11,0971 cm
σs

5.2. Armadura mínima para esforço normal de flexão (Laje de fundo):


Para a estrutura em estudo o concreto usado é de classe C40, a taxa mínima de armadura de flexão em lajes é de min =
0,179% de acordo com a TABELA 17.3 da NBR 6118

0,179 2
As_min_flex l_par e_par 5,37 cm
100

As_min_flex 2
As_min_flex_face 2,685 cm (por face de armadura)
2

5.3. Valores limites para a armadura de pilar - aplicados na parede do decantador (Radial)

N_vert_SAP2000 68,22 kN

2 50
Ac e_par 100 cm 3000 cm fyd MPa 43,4783 MPa
1,15

Segundo o item 17.3.5.3 da NBR 6118 (ABNT, 2014), os valores limites mínimos e máximos da armadura longitudinal de
pilares são obtidos pelas expressões

N_vert_SAP2000 2
As_min_Pilar if 0,15 0,004 Ac 12 cm
fyd
N_vert_SAP2000
0,15
fyd
else
0,004 Ac

2
As_max_pilar 0,08 Ac 240 cm

ϕp 10 mm

Cálculo da área de seção transversal da barra de 10mm:


2
π ϕp 2
A_barra 0,7854 cm
4

Determinação da área de aço por face, visto que no decantador serão empregadas duas faces:
As_min_Pilar 2
A_por_face 6 cm
2

Determinação da quantidade de barras de aço por face a cada metro:


A_por_face
qtd_barras_nec_por_face_por_m 7,6394
A_barra

Determinação do espaçamento:
100
s cm 13,09 cm
qtd_barras_nec_por_face_por_m

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s_adot 13 cm

Área efetiva por face, seguindo o espaçamento adotado:


2
π ϕp 100 2
Apilar_por_face cm 6,0415 cm
4 s_adot

6. Armaduras:
Considerando a análise comparativa realizada entre o método analítico e o método dos elementos finitos, optou-se por
realizar o dimensionamento das armaduras com os resultados obtidos no método dos elementos finitos, visto que são mais
confiáveis e representam melhor a realidade do que os resultados obtidos através do método analítico.
6.1 Armadura vertical parede ( Radial)

Força normal vertical SAP200

N_vert_SAP2000 68,22 kN

Momento máximo na face externa:


M_face_externa_SAP 12,62 kN m

Determinalção da altura útil:


φl
d' cob 5,5 cm
2
h_1 0,30 m
d h_1 d' 24,5 cm

d
Cálculo da relação
h
d'
0,1833
h_1

Definição dos parametros μ e ν para entrada no ábaco de Venturini:


fck
fcd 28,5714 MPa
1,4

N_vert_SAP2000
ν 0,008
Ac fcd

M_face_externa_SAP
μ 0,0049
Ac fcd h_1

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ÁBACO A-4 DE VENTURINI:

Quando lançados os parâmetros no ábaco, a taxa de armadura do ábaco é nula. Então, é adotado a taxa mínima para a
armadura radial da parede.

ϕp 10 mm s_adot 13 cm

Área da seção transversal da barra de 10mm:


2
π ϕp 2 As_min_Pilar 2
A_barra 0,7854 cm A_por_face 6 cm
4 2

Verificação da As efetiva:
2
π ϕp 100 2
As_vert cm 6,0415 cm
4 s_adot

6.2 Armadura circunferencial parede


fck 40 MPa

Tabela O.4 NBR8800, para determinação do wk:


wk 0,2 mm

φl 10 mm

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Determinação da máxima tensão de tração permitida na armadura, imediatamente após a ocorrência de fissuração:
2
3
fck
0,5 MPa
σst 810 wk MPa 379,4299 MPa
φl

Minorando o valor com o coeficiente de minoração da resistencia do aço:


σst
σsd 329,9391 MPa
γs

Determinação da área de aço:


Nd_max_SAP 2
As_circ 7,2507 cm
σsd

Confrontando a área de aço calculada com a área de aço mínima, utilizou-se a mínima:
2
As_min_circ 11,0971 cm

Área de aço por face:


As_min_circ 2
As_min_face 5,5486 cm
2

Determinação da quantidade de barras de aço por face a cada metro:


As_min_face
qtd_barras_nec_por_face_por_m_1 7,0647
A_barra
Determinação do espaçamento:
100
s1 cm 14,155 cm
qtd_barras_nec_por_face_por_m_1

s1_adot 14 cm

Área efetiva por face, seguindo o espaçamento adotado:


2
π φl 100 2
A1ef cm 5,61 cm φl 10 mm
4 s1_adot

6.3 Armadura Positiva para laje de fundo

Tensão máxima no solo SAP200 Momento máximo na laje de fundo SAP2000


σ_soloSAP 71,5 kN M_laje_SAP 12,2 kN m

Determinação da altura útil


φl
d' cob 5,5 cm
2
h_1 0,30 m
d h_1 d' 24,5 cm

d
Determinação da relação
h
d'
0,1833
h_1

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Definição dos parametros μ e ν para entrada no ábaco de Venturini:


fck
fcd 28,5714 MPa
1,4

σ_soloSAP
ν 0,0083
Ac fcd

M_laje_SAP
μ 0,0047
Ac fcd h_1

ÁBACO A-4 DE VENTURINI:

Quando lançados os parâmetros no ábaco, a taxa de armadura do ábaco é nula. Então, é adotado a taxa mínima para a
armadura radial da laje de fundo.
2
As_min_flex_face 2,685 cm

Determinação da quantidade de barras de aço por face a cada metro:


As_min_flex_face
qtd_barras_nec_por_face_por_m_2 3,4186
A_barra

Determinação do espaçamento:
100
s2 cm 29,2513 cm
qtd_barras_nec_por_face_por_m_2

s2_adot 20 cm
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Área efetiva por face, seguindo o espaçamento adotado:


2
π φl 100 2
A1ef cm 3,927 cm φl 10 mm
4 s2_adot

6.4 Armadura negativa para laje de fundo


A fim de manter um dimensionamento conservador, adotamos para a armadura negativa da laje de fundo a mesma armadura
para o maior momento que está ocorrendo na laje de fundo.

2
As_min_flex_face 2,685 cm

Determinação da quantidade de barras de aço por face a cada metro:


As_min_flex_face
qtd_barras_nec_por_face_por_m_2 3,4186
A_barra

Determinação do espaçamento:
100
s2 cm 29,2513 cm
qtd_barras_nec_por_face_por_m_2

s2_adot 20 cm

Área efetiva por face, seguindo o espaçamento adotado:


2
π φl 100 2
A1ef cm 3,927 cm φl 10 mm
4 s2_adot

6.5 Armadura circular para laje de fundo


Para dimensionamento conservador da armadura circular da laje de fundo foi adotado a mesma armadura circunferencial da
parede (item 6.2).
Área de aço por face:
As_min_circ 2
As_min_face 5,5486 cm
2

Determinação da quantidade de barras de aço por face a cada metro:


As_min_face
qtd_barras_nec_por_face_por_m_1 7,0647
A_barra
Determinação do espaçamento:
100
s1 cm 14,155 cm
qtd_barras_nec_por_face_por_m_1

s1_adot 14 cm

Área efetiva por face, seguindo o espaçamento adotado:


2
π φl 100 2
A1ef cm 5,61 cm φl 10 mm Correlação de βx com Ks
4 s1_adot
6.6 Armadura de engastamento
Momento de engastamento SAP200
M_engastamento_SAP 46,13 kN m

Determinação do KS
d'
βX 0,1833
e_par

Através da tabela, define-se KS:


2
cm
Ks 0,025
kN

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Determinação da área de aço para armadura de engastamento:


M_engastamento_SAP Ks 2
As_engaste 4,7071 cm
d

Determinação da quantidade de barras de aço por face a cada metro:


As_engaste
qtd_barras_nec_por_face_por_m_engaste 5,9933
A_barra
Determinação do espaçamento:
100
s_engaste cm 16,6852 cm
qtd_barras_nec_por_face_por_m_engaste

s_engaste_adot 10 cm

Área efetiva por face, seguindo o espaçamento adotado:


2
π φl 100 2 φl 10 mm
A1ef cm 7,854 cm
4 s_engaste_adot

2
π φl 100 2
A1ef_engaste_por_face cm 7,854 cm
4 s_engaste_adot

7. Verificação de cortante
Determinação do coeficiênte K
d
k_c 1,6 1,355
m

Tensão resistente de cálculo do concreto ao cisalhamento:


2
3
fck
τRd MPa 0,0375 0,4386 MPa
MPa

Cálculo do parâmetro ρ1:


As_min_circ
ρ1 0,0045 ρ1 0,02 ok
l_par d

l_par d kN
Vrd1 τRd k_c 1,2 40 ρ1 201,1065
m m

Cortantes obtidas pelo FTOOL

Valores encontrado no software Ftool : 173,3 kN/m


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Cortantes obtidas pelo SAP2000

Valores encontrados no SAP2000: 55,48 kN/m

kN
VrdFTOOL 173,3
m
kN
VrdSAP 55,48
m VrdFTOOL
Vrd1
VrdSAP
kN
Vrd1 201,1065
m OK, VERIFICA

8. Verificação da pilastra central do decantador


DADOS INSERIDOS NO SOFTWARE P.CALC

Tipo seção: circular vazada Cobrimento:


D_int 40 cm cob 5 cm
D_ext 80 cm
Quantidade de barras:
Diâmetro de armadura:
b_pilastra2 12
ϕ 10 mm

Resistência característica do concreto: Altura pilastra:


fck 40 MPa LP 6m

Utilizando a carga de 60 kN , calculou-se o momento e a carga pontuais que incidem na pilastra:

Utilizando a tabela de coeficientes de carga: carga 60 kN

carga
Carga_pontual_pilastra 11 41,25 kN
16

carga
Momento_pilastra 3 LP 67,5 kN m
16

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