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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE TECNOLOGIA – CT
ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: ENGENHARIA DAS CIÊNCIAS DOS MATERIAIS II

ENSAIO DE DUREZA CARACTERIZAÇÃO DE MICROESTRUTURA

HUGO IVIS PEREIRA DE CASTRO AMORIM

TERESINA

2023

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RESUMO
Os aços podem ser submetidos a
diversos tipos de tratamentos térmicos que
podem mudar suas propriedades e
microestrutura. Neste trabalho vamos
observar um material e fazer os
procedimentos corretos para o ensaio de
dureza obtendo a micrografia do metal para
definir suas características e como os
tratamentos influenciam, afim de
caracterizar a microestrutura.

ABSTRACT
Steels can be submitted to several
types of thermal treatments that can change
their properties and microstructure. In this
work we are going to observe a material and
carry out the correct procedures for the
hardness test, obtaining a micrograph of the
metal to define its characteristics, how the
treatments influence it, in order to
characterize the microstructure.

Palavras-chave: microestrutura,
aço, tratamentos térmicos, propriedades,
dureza, micrografia

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microestrutura obtida por meios


INTRODUÇÃO. metalográficos, foi analisada a dureza pelo
ensaio de micro dureza Vickers, visto a
Durante todo o percurso da
influencia de tratamentos térmicos e sua
humanidade foram essenciais o uso dos
dureza no componente.
metais, e após seu descobrimento pelos
povos primitivos as várias formas de
aplicação foram evoluindo. Cresce a
necessidade da caracterização dos metais de
acordo com que uso terá, a caracterização
envolve diversos processos sejam elas as
propriedades mecânicas, químicas, ópticas,
eletrônicas, magnéticas, elétricas e
térmicas.
Atualmente existem meios de
modificar um metal utilizando os
tratamentos, sendo mais comum os térmicos
e termoquímicos. Tratar um aço
termicamente requer o controle desejado de
alguns processos que vão influenciar na
microestrutura a saber o tempo,
aquecimento, temperatura, atmosfera e
velocidade de resfriamento são alguns dos
elementos necessários que modificam as
propriedades do aço. (CHIAVERINI,
2018).
O principal objetivo é analisar a
microestrutura do material e caracteriza-lo
de acordo com suas propriedades, nesse
método são realizados ensaio de dureza para
analisar a dureza do material. Este trabalho
visa a identificação do aço através da

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processo dá início, sendo necessário o

METODOLOGIA. controle da pressão da embutidora. Manter


a pressão durante o processo entre 125 e 150
Nesse quesito vamos analisar como
(KgF/mm2) quando a mesma diminui, não
foi feito o processo de ensaio de micro
podendo passar dos 150. Logo após temos o
dureza em todas as suas partes até a chegada
aquecimento automático por alguns
dos valores e da evidência da
minutos do conjunto na embutidora até os
microestrutura. Com o intuito de observar a
150 graus celsius, com isso a temperatura
micrografia no microscópio ótico e de
diminui gradativamente por meio do
varredura foi feita a escolha da matéria já
resfriamento com água, após esse processo
cortada, embutimento, lixamento,
temos a amostra embutida.
polimento, ataque com nital 3% e a
micrografia.

EMBUTIMENTO

Depois da escolha do material


desejado foi feita o processo chamado
embutimento, é colocada a amostra da peça
dentro da embutidora metalográfica
juntamente com o baguelite que é uma
enzima fenólica preta, fechado a
embutidora e apertado a tecla partida o
processo dá início, sendo necessário o
controle da pressão da embutidora. Manter

Depois da escolha do material Imagem 1: máquina de embutimento.


desejado foi feita o processo chamado
embutimento, é colocada a amostra da peça
dentro da embutidora metalográfica
juntamente com o baguelite que é uma
enzima fenólica preta, fechado a
embutidora e apertado a tecla partida o

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LIXAMENTO: ATAQUE

São utilizadas do tipo “Lixa


d’água”, fixadas em discos rotativos.
Normalmente inicia-se o lixamento com a
lixa de granulometria 220, seguida pelas
lixas 320, 400 e 600. Em alguns casos usa-
se lixas mais finas que a lixa 600, chegando-
se a 1000 ou 1200. Todo o processo de
lixamento é feito sob refrigeração com
água. No procedimento foi usado a lixa 200, Imagem 3: pratos de polimento.
400, 600 e 1020. O objetivo é desenvolver
A solução foi banhada com nital 3%
uniformidade na peça
por um curto período de tempo, sendo
necessário tempo mínimo pra que não haja
danos a peça, esse procedimento é
necessário para que tenha a revelação da
micrografia.

MICROGRAFIA
Nessa etapa utilizou se o
Imagem 2: lixas microscópio para analisar a microestrutura
POLIMENTO do material em várias escalas.
Nesta etapa foi utilizado os pratos Imagem 4: dureza Vickers.
giratórios para polir a peça, adicionado um
abrasivo para o polimento, em geral o oxido
de alumínio, posto a peça segura de forma
firme pelas mãos com o movimento
giratório do prato e girado ela em
movimentos leves e contrários ao do prato.
O objetivo é remover todos os riscos e
imperfeições superficiais do lixamento.

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ENSAIO DE DUREZA. a imagem 6 e 7 abaixo mostram qual foi a

Foi realizada o ensaio de micro dureza encontrada pelo ensaio de micro

dureza Vickers em cinco partes da peça, dureza, com dureza de média de 850HV

com uma carga de força mensurada em


50gf durante um período de 15 segundos
e retirados os valores das durezas
juntamente com a média.

RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Imagem 6: imagem do resultado do teste de dureza
A imagem 5 mostra a microestrutura
encontrada, fielmente com presença de
martensita.

Imagem 7: imagem do tipo de dureza aplicada e


força.

TAMANHO DE GRÃO.
O tamanho de grão do material não é tão

Imagem 5: micrografia do material selecionado com identificável, pois não se sabe ao certo pela
500x de zoom. estrutura onde começa ou termina o grão.

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CONCLUSÃO AISI 8620 (aço liga), AISI 8640, AISI 420


entre outros aços.
Observou-se nas estruturas micrografadas
pequenos pontos pretos espalhados que
demostram a possibilidade de inclusão de
carbonetos que são compostos de carbono e
outros elementos, como cromo ou
molibdênio. Essas inclusões podem se
formar durante o processo de fabricação do
aço. Além disso essa é uma estrutura
característica martensítica em ripas com
provável tratamento de têmpera a água a
extremas temperaturas (BADHESHIA,
2006), possui uma dureza muito elevada
característica de aços temperados, não
aparenta ter tratamento de revenido, pois a
dureza demostrada chega a níveis muito
grandes. Por ser de extrema dureza é um aço
utilizado em maquinas, como bielas de
motor ou pino de pistão que requerem esse
nível de dureza. Na busca pela estrutura e
dureza características na literatura não foi
identificado ao certo qual o aço, contudo é
característico aço liga martensítico. Em
testes individuais observou-se o poder
corrosivo na atmosfera mantendo a
estrutura superficial livre de corrosão.
Ademais a estrutura fornecida aparenta ter
poder anticorrosivo, ser para uso de formas
que requerem um grande poder de dureza
como peças de maquinários ou ferramentas
de corte, que pode estar entre aços como

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Aços e Ferros Fundidos – Vicente


Chiaverini, ABM, 6ª edição, São Paulo,
1988.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Aço,
Determinação da Temperabilidade
(Jominy). NBR 6339, 1989.
BHADESHIA, H.K.D.H.;
HONEYCOMBE, R.W.K steels:
microestrutura and properties3ed. Oxford:
butterworth-Heinemann 2006.360p

Manual dos aços, 2003, Disponível em:


<https://www.feis.unesp.br/Home/depar
tamentos/engenhariamecanica/maprotec
/catalogo_acos_gerdau.pdf> Acesso em 24
de Agosto 2023.
F. P. Nakano, Análise microestrutural,
composicional e dureza das cerâmicas
indígenas do sítio arqueológico Caninhas,
SP, 2010. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/ce/a/d5RFr4Yv
cBpxzSjtvRS8fXf/abstract/?lang=pt>
Acesso em 24 de Agosto 2023.

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