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CIÊNCIAS DOS MATERIAIS

ENGENHARIA

Prof.Dr. Francisco Eudásio Ferreira Batista

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ENSAIO METALOGRÁFICO

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ENSAIO METALOGRÁFICO

CONTROLE DE QUALIDADE DE UM
PRODUTO METALÚRGICO
A) Dimensional – Controla acabamento em suas
dimensões físicas
B) Estrutural – Preocupa-se com a composição,
propriedades, estrutura e aplicação da peça.

C) Classificação do controle estrutural


1 – Ensaios físicos: destrutivos e não destrutivos
2 – Análise química
3 – Ensaio metalográfico
4 – Ensaios especiais.
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ENSAIO METALOGRÁFICO
1 – Ensaio não destrutivo – não altera as propriedades físicas, químicas,
mecânicas ou dimensionais. ( implica um dano imperceptível ou nulo).
Exemplo: Baseado em fenômenos físicos ( capilaridade, absorção,
acústica etc)
1.1 – Ensaio destrutível – ensaio em que o corpo de prova fique
inutilizado após a realização do mesmo.
Exemplo: Ensaio de tração ( ocorre alongamento ocorrendo fratura).

 
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2 – Análise química – fornece informações químicas sobre uma


amostra.

Exemplo: Corrosão em um corpo de prova

Servem para caracterizar a agressividade de um determinado


meio corrosivo e fornecer fundamentos básicos para controle
da corrosão. Visam determinar a resistência de um material
metálico à degradação por ação de agentes químicos ou por
oxidação.
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3 – Ensaio metalográfico – é a parte da metalurgia que estuda a


macroestrutura e a microestrutura dos metais e ligas. É de
grande importância nas resolução de problemas com relação a
durabilidade de componentes metálicos, quando submetidos as
condições mais severas de serviços, informando a causa dos
defeitos e objetivando o desenvolvimento tecnológico.

O ensaio metalográfico pode ser:

1 – Micrográfico

2 - Macrográfico
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1 – Micrografia – Consiste no estudo metalúrgico, com auxilio do


microscópio, permitindo observar e identificar a granulação do
material, a natureza, forma, quantidade e distribuição dos
diversos constituintes ou de certas inclusões. Estas
observações são de grande utilidade prática.

2 - Macrográfico – Consiste no exame do aspecto de uma


superfície plana secsionada de uma peça ou amostra metálica,
devidamente polida e atacada por um agente adequado e
observado os elementos macrográfico a olho nu ou no máximo
10X de aumento (lupa)
Esquema para a preparação de amostras para
o exame micrográfico
ESCOLHA DA SEÇÃO

MATERIAL DISCO DISCO MATERIAL


CORTE
DURO MOLE DURO MOLE
.
ELIMINAÇÃO REBARBA

IDENTIFICAÇÃO

RESINA
FRIO EMBUTIMENTO QUENTE BAQUELITE
ACRÍLICA

LIXAMENTO/ POLIMENTO / MICROSCÓPIO


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Preparação de uma superfície plana e polida:


Corte -  Embutimento - Marcação- Lixamento -
Limpeza - Polimento - Ataque - Limpeza -
Microscopia.

a) Corte: Na preparação metalografica a retirada correta das


amostras poderá ser considerada como a mais importante
etapa na preparação de c.p.
Este corte pode ser Transversal ou Longitudinal:
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 Corte Transversal ou Longitudinal:

 
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b) Embutimento: para peças e c.p. de pequeno porte usa-se o
método de embutimento a frio ou a quente, pois além de
facilitar o manuseio evita que as amostras com arestas
rasguem a lixa ou pano de polimento, bem como seu
abaulamento durante o polimento.

Embutimento a quente - através de uma resina chamada


Baquelite.

Baquelite - é uma resina fenoplástica ( base de fenol e de


formol) que condensa durante a moldagem através de tempo,
temperatura, pressão; a uma temperatura de
aproximadamente 170ºC.
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c) Marcação: lápis elétrico, punções (letras ou números),
gravador elétrico. É utilizada para melhorar a identificação
das amostras em série e grande quantidade.

d) Lixamento: A amostras é lixada, seguindo a movimentação


da figura abaixo. Quando os riscos estiverem na mesma
direção, a amostra será mudada (90º) em cada lixa
subsequente até desaparecer os traços da lixa anterior.
Lixas: 220 - 320 - 400 – 600
Lixamento: à seco ou úmido
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Fatores que influenciam na técnica do lixamento:

-Escolha adequada do material de lixamento em relação a


amostra e ao tipo de exame final;

- A superfície deve estar sempre rigorosamente limpa e


isenta de líquidos e graxas;

-Riscos profundos que surgirão durante o lixamento, de


preferência devem ser eliminados por um novo lixamento.
- Metais diferentes não devem ser lixados com utilização da
mesma lixa.
- Aconselha-se usar sempre lixas do mesmo fabricante, pois
pode haver diferença na granulometria..
.
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OBS:Quando os riscos estiverem na mesma
direção, a amostra será mudada (90º) em cada
lixa subsequente até desaparecer os traços da
lixa anterior.
ENSAIO METALOGRÁFICO
e) Limpeza: Toda amostra deverá passar pelo processo de
limpeza e também após cada estágio de preparação, sendo
que este cuidado deverá ser redobrado especialmente
durante o polimento..

f) Polimento (Manual ou Automático): O polimento é um dos


estágios mais importantes da seqüência de preparação de
amostras metalográficas, cerâmicas e petrográficas, pois
consiste em obter uma superfície isenta de riscos,
permitindo observação de uma imagem clara e perfeita ao
microscópio de estruturas em exame.

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Material de polimento:
- Cr2O3: Óxido de Cromo – verde.

- MgO: Óxido de Magnésio – branco.

- Al2O3: Óxido de Alumínio ou Alumina - em suspensão,


branca.

- Diamante Natural ou Sintético.


.

.
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g) Ataque: Uma amostra lixada e polida esta pronta para o


exame macro ou microscópico desde que seus elementos
estruturais possam ser distinguidos uns dos outros, através
da diferenciação de cor, relevo e falhas estruturais.

- Na prática metalografica é utilizado o ataque químico, por


reagentes específicos: soluções aquosas ou alcoólicas de
ácidos, gases e sais, bem como sais fundidos ou vapores. O
ataque químico pode ser dividido em dois grupos:
.
ENSAIO
O ataque químico; METALOGRÁFICO

A) Macro-Ataque: evidencia a macroestrutura, a qual pode


ser observada a olho nu ou através de uma lupa de baixo
aumento ( máx. 10x).
B) Micro-Ataque: evidencia a estrutura íntima do material em
estudo podendo está ser observada através de um
microscópio metalográfico. Após o ataque químico a amostra
deve ser rigorosamente limpa, removendo os resíduos do
processo, através de lavagem em água quente, água
destilada, álcool ou acetona e posteriormente secar através
de jato de ar quente. Existem vários métodos de ataque
químico para ligas ferrosas e não ferrosas. Ex: Ataque por
lavagem, Ataque por gotejamento, Ataque de identificação,
Ataque eletrolítico e Ataque por imersão (método mais usado
e mais rápido).
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- Ataque químico por imersão:

O ataque é feito agitando o corpo de prova com a superfície


polida mergulhada no reativo posto numa pequena cuba ou
um recipiente qualquer. A duração do ataque depende da
concentração do reativo e da natureza e textura do material
examinado, em média usa-se de 5 a 15 segundos.

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