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PIBIC
FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS-CETEC
Julho/2006
As aplicações dos aços inoxidáveis coloridos por interferência vão desde a decoração de
interiores de prédios à sua parte externa, passando por utensílios domésticos como espelhos,
balcões, e arquitetura em geral. Como todo produto lançado no Mercado, existe a necessidade
de avaliar sua vida em serviço, o que tem demandado o estudo de suas propriedades, visando
elaborar estudos de caracterização que possam apoiar o controle de qualidade do produto. O
presente trabalho tem por finalidade avaliar o efeito do tratamento térmico nos aços inoxidáveis
coloridos por interferência com diferentes espessuras, bem como investigar as propriedades
mecânicas destes filmes para avaliação do desempenho dos aços inoxidáveis coloridos obtidos
a partir de tecnologia desenvolvida e patenteada pela Fundação Centro Tecnológico de Minas
Gerais - CETEC. Para tanto, foram realizados ensaios de nanodureza por penetração
instrumentada, para medição de dureza em escala nanométrica, bem como medições de
nanodureza e módulo de elasticidade em um sistema de microscopia de varredura de sonda
(SPM). No primeiro caso, aplicaram-se cargas de 5mN, com tempo de permanência de 2
segundos, tendo sido feito diversas repetições nos ensaios, visando à obtenção de resultados
mais precisos, tanto das amostras tratadas, como das amostras não tratadas termicamente. No
segundo caso, o sistema de varredura de sonda da HYSITRON trabalhou com carga abaixo de
0,1 mN, resultando em profundidades de penetração extremamente reduzidas mais compatíveis
com as espessuras dos filmes estudados, sendo estes dados importantes na caracterização dos
filmes finos sem a influência das propriedades do substrato. Os resultados já obtidos indicam
que os filmes de interferência crescidos sob a superfície dos aços inoxidáveis, após tratamento
térmico, alteram as propriedades mecânicas dos mesmos, pelo aumento da nanodureza. A
conclusão deste trabalho prevê o tratamento dos dados realizados dos ensaios de
nanopenetração antes do tratamento térmico, bem como repetições dos ensaios das amostras
tratadas termicamente e a comparação dos dados obtidos nos dois sistemas, sendo estes
importantes para a caracterização e otimização das propriedades mecânicas dos aços
inoxidáveis coloridos por interferência.
2
2 ÍNDICE
1 RESUMO 2
2 ÍNDICE 3
3 OBJETIVO CIENTÍFICO E TÉCNICO DO PROJETO DO BOLSISTA 4
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 5
4.1 Coloração de Aços Inoxidáveis por Interferência...................................................................5
4.2 Propriedades Mecânicas de Conjugados..............................................................................6
4.3 Ensaios de Dureza................................................................................................................. 7
4.4 Penetrador Vickers................................................................................................................ 7
4.5 Penetrador Berkovich............................................................................................................9
4.6 Ensaios por penetração instrumentada (EPI)........................................................................9
4.6.1 Equipamentos de Penetração Instrumentada..................................................................14
4.6.2 Penetração Instrumentada associada à Microscopia de Varredura por Sonda...............16
5 MATERIAL E MÉTODOS 18
5.1 Preparação das Amostras...................................................................................................18
5.2 Ensaios de Nanodureza por Penetração Instrumentada.....................................................18
5.2.1 Ultramicrodurômetro Shimadzu........................................................................................19
5.2.2 Sistema Triboscope – Hysitron.........................................................................................20
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 22
6.1 Ensaios Penetração Instrumentada/Shimadzu....................................................................22
6.1.1 Controle da temperatura ambiente...................................................................................25
6.1.2 Problemas de Manutenção no Shimadzu.........................................................................26
6.2 Ensaios por Penetração Instrumentada/ Hysitron...............................................................27
7 CONCLUSÕES 33
8 SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS 34
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
3
3 OBJETIVO CIENTÍFICO E TÉCNICO DO PROJETO DO BOLSISTA
Objetivo:
Este trabalho teve como objetivo estudar propriedades mecânicas dos filmes de óxidos coloridos
por interferência e o efeito do tratamento térmico nestas propriedades.
Metas:
Produto Final:
4
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 1. Diagrama esquemático ilustrativo da formação de cores por interferência nos aços
inoxidáveis colorido (Nix,1997)
5
al., 2004). Um equipamento chamado potenciostato/ galvanostato controla o fluxo das correntes,
que é responsável pelo nível de deposição dos filmes no substrato. O produto obtido pode ser
aplicado na construção civil e arquitetura, para revestimentos externos e internos de paredes,
tetos, telhados, metais sanitários, mobiliário urbano, além do processo aumentar a resistência à
corrosão em relação ao não colorido.
O aço colorido obtido pelo processo eletroquímico é duas vezes mais resistente ao desgaste que
o produzido pelo processo químico convencional. Além disso, o processo eletroquímico propicia
cores mais firmes e homogêneas e não polui o ambiente. Aprofundando o estudo sobre filmes
ultrafinos, Junqueira et al. (2004), determinou a espessura dos filmes coloridos por interferência
a partir de perfis de profundidade obtidos por espectrometria de emissão ótica por centelhamento
(EEOC), as cores e as respectivas espessuras encontradas dos filmes foram: Marrom (73,1nm),
Azul (134,9nm), Dourado (298,7nm), Verde (441,4nm). O sucesso do desempenho e da
confiabilidade de filmes finos é freqüentemente limitado pelas propriedades mecânicas, dentre
elas a dureza e o módulo de elasticidade.
6
4.3 Ensaios de Dureza
Sua grandeza pode ser expressa de diversas formas, mas genericamente é definida como:
(1)
Uma grandeza que provém da definição anterior é a Dureza Martens (HM), que é definida como a
força dividida pela área superficial em função da profundidade de penetração durante a
aplicação da força de medição (até 2001 era chamada de Dureza Universal (HU)). Inclui as
deformações plástica e elástica (N/mm 2). F é a força de medição e As(h) é a área superficial de
contato do penetrador, como mostrado na equação 2.
(2)
Essa dureza foi introduzida em 1925 por Smith e Sandland, que denominou de dureza Vickers,
porque a Companhia Vickers-Armstrong fabricou as máquinas mais conhecidas para operar com
7
esse tipo de dureza. O penetrador Vickers é de diamante e tem a pirâmide de base quadrada,
com um ângulo de 136° entre as faces opostas.
O valor da dureza Vickers (HV), mostrada na equação 3, é obtido a partir da aplicação de uma
carga de teste, que forma uma penetração piramidal quadrada na amostra, cujo ângulo é de 136
graus. A área de penetração é dada através de suas diagonais(L), chegando à fórmula
característica:
(3)
Onde:
HV: Dureza Vickers, Q: Carga de teste (gf), L: Valor médio das diagonais em milímetros.
8
4.5 Penetrador Berkovich
(5)
O método de Ensaio por Penetração Instrumentada (EPI), “Instrumented Indentation Test (IIT)”,
também conhecido como método sensível à profundidade de penetração, “Depth Sensing
Indentation (DSI)”, surgiu como uma ferramenta para determinação e caracterização mecânica
de materiais e tem se tornado importante técnica no desenvolvimento de materiais
9
nanoestruturados, filmes finos e materiais cerâmicos, pela sua rapidez e capacidade em se
determinar propriedades mecânicas e caracterizar novos materiais, independente da dureza,
sendo que este método é freqüentemente o único que possibilita a pesquisa de propriedades em
regiões diminutas de materiais (< 200nm), constituintes individuais e partículas em sistemas
multifase (Göeken e Kempf, 2001).
Há uma importante distinção a ser feita entre definições convencionais de dureza e a dureza
obtida através de nanopenetração por profundidade de penetração. Nos testes convencionais de
dureza, o tamanho da impressão residual na superfície é utilizado para determinar a área de
contato e, então, a dureza. Nos testes de penetração por profundidade de penetração, o
tamanho da área de contato sob carga máxima é determinado pela profundidade de penetração
do penetrador e pela forma de recuperação elástica durante a retirada da carga. Este último
fornece uma estimativa da área de contato sob carga máxima. Usualmente as áreas dadas pela
forma da impressão residual e pela técnica de profundidade de penetração são quase idênticas.
Nos ensaios de dureza por penetração instrumentada, inicialmente, a carga é aplicada com uma
taxa pré-determinada até atingir um valor máximo P máx. Em seguida, a força é mantida constante
por um determinado intervalo de tempo permitindo assim a acomodação do material. Em uma
última etapa, a carga é retirada controladamente e o penetrador removido da amostra. Durante
todo o processo de penetração, a profundidade da ponta do penetrador é medida em função da
carga P. Exemplos típicos de curvas de carga versus profundidade são ilustrados na figura 3
para materiais com comportamentos a) totalmente plástico, b) elasto-plástico e c) totalmente
elástico. Na Figura 3c, quando a carga é removida do penetrador, o material tende a retornar à
sua forma original. Todavia, muitas vezes ele é impedido de fazê-lo devido a deformações
plásticas sofridas durante o processo de carga como apresentado na Figura 3a. Entretanto, com
à relaxação das tensões elásticas no material pode ocorrer um certo grau de recuperação como
10
na Figura Fig. 3b. A análise desta recuperação elástica após a retirada da carga fornece uma
estimativa do módulo de elasticidade da amostra (Lepienski et al., 2004).
Uma vez conhecida a profundidade de contato hc, também conhecida por profundidade
plástica, indicada na Fig. 4 e a geometria do penetrador, determina-se a área projetada A, a
área da penetração quando P = Pmax.
11
residual, respectivamente, e he é o deslocamento elástico durante a descarga
(ISO 14577-1).
Sendo:
p : ponta do penetrador.
i :superfície da impressão residual na amostra.
Sa: superfície da amostra à profundidade de penetração máxima e em força de medição
máxima.
hmax:: profundidade de penetração máxima em Fmax (mm).
hp :profundidade de penetração permanente após remoção da força (mm).
hc : profundidade de contato do penetrador com a amostra em Fmax (mm).
(6)
Como foi visto anteriormente, para um penetrador ideal do tipo Berkovich (uma pirâmide de três
lados com cada lado formando um ângulo de 65,3° com um plano normal à base da pirâmide),
a área projetada se relaciona com a profundidade de contato através da equação (5) do
item 4.5:
12
É interessante comentar que na prática, devido a imperfeições e ao desgaste do penetrador, a
relação entre a profundidade de contato e a área projetada é determinada a partir de análises
de penetrações feitas periodicamente em um material, normalmente quartzo, com H e E
conhecidos. A análise dos resultados obtidos com um penetrador Berkovich (o tipo mais
comumente empregado), é geralmente feito usando o método desenvolvido por Oliver e Pharr
et al. (1992). Neste método, o efeito de penetradores não perfeitamente rígidos é levado em
consideração com a introdução do chamado módulo elástico reduzido Er, definido pela
equação 7:
(7)
sendo עs e עi, respectivamente, as razões de Poisson (definida como a razão entre as
deformações específicas transversal e longitudinal ) da amostra e do penetrador e E i é o módulo
de Young do penetrador. No nosso caso, com uma ponta de diamante, E i = 1141 GPa e ni =
0,07. Os outros parâmetros são:
(8)
(9)
Com isto, pode-se então obter a dureza do material usando a equação (1), do item 4.3:
13
Figura 5. Curva carga versus deslocamento para carregamento elasto-plástico seguido por
descarga elástica (Oliver e Pharr, 1992).
(10)
14
inexistentes nos equipamentos convencionais de dureza: forças de ensaio menores que 0,01 N e
o acompanhamento contínuo da profundidade de penetração ao longo do ensaio (Fischer-
Cripps, 2002). Deste modo passa a ser possível estudar outros aspectos associados ao
comportamento dos materiais; tais como:
• a evolução da carga aplicada em função da profundidade de indentação: que por sua vez
elucida acerca da dureza dinâmica (elástica mais plástica) em função da penetração;
• Força mínima de contato: é tipicamente limitada pela vibração do piso e ruído do equipamento
e do ambiente de ensaio. Seu valor dever ser o suficiente para minimizar o erro associado à
penetração de contato inicial.
• Resolução da força de ensaio: determina a mudança mínima em força que pode ser detectada
pelo equipamento. Pode chegar a nanonewtons.
• Ruído da força: é o fator mais importante para a determinação da força mínima de contato
obtida pelo sistema. O ruído é normalmente limitado pelo ruído eletrônico ou pelo ambiente na
qual o equipamento está localizado.
15
sistema de aplicação de força e (3) um sensor para medir os deslocamentos do penetrador. Uma
representação esquemática do sistema está ilustrada na figura 6.
16
O microscópio de força atômica (MFA) é uma das técnicas de microscopia de varredura por
sonda que opera medindo as forças entre a sonda e a amostra que dependem de diversos
fatores como, por exemplo, dos materiais que compõem a amostra e a sonda, da distância entre
elas, da geometria da sonda e de qualquer tipo de contaminação que houver sobre a superfície
da amostra. A grande vantagem do MFA sobre outros sistemas é que permite estudar não
apenas materiais condutores, mas também todo tipo de material isolante.
Uma extensão da técnica de microscopia de força atômica é o sistema “Triboscope” para teste
nanomecânico da HYSITRON, pelo qual é possível testar propriedades de vários materiais em
resoluções micro e nanométrica. Pelo sistema é possível a realização de ensaios de penetração
e de risco por modo instrumentado, sendo acrescida à possibilidade de obtenção das imagens
superficiais “in-situ”, imediatamente após o ensaio, com altas resoluções. O principal
componente do equipamento é um transdutor capacitivo de três discos de força/deslocamento
projetado para fornecer um sinal de saída de alta sensibilidade de força ou deslocamento linear,
conforme mostrado na figura 7 (Hysitron/Triboscope User Manual). A baixa massa (200mg) do
disco central do transdutor minimiza a sensibilidade do instrumento às vibrações externas, e
permite que baixas forças (menores que 25μN) sejam aplicadas. O sensor consiste de dois
discos externos, nas quais são direcionados por sinais de corrente alternada (AC) com
defasagem de 180°. Como os discos são paralelos e muito próximos entre si com respeito às
dimensões laterais, o potencial de campo elétrico entre os discos varia linearmente.
Dentre as inúmeras vantagens deste sistema tem-se a localização imediata das impressões
realizadas, a possibilidade de avaliação da forma da impressão ou do risco, avaliação da
condição da superfície em que foi realizado o teste, além de permitir com relativa facilidade a
realização de ensaios automatizados em áreas pré-selecionadas. O ponto forte para o sistema
17
“Triboscope” é sua capacidade de trabalhos com cargas abaixo de 0,1mN, o que permite análise
das propriedades nanomecânicas de filmes muito finos ou ainda de regiões de interesse para
análise muito pequenas, como nanoprecipitados.
5 MATERIAL E MÉTODOS
Parte das amostras preparadas foi submetida a um tratamento térmico em estufa a 150ºC por
256 horas em tamanhos de 19 x 35 cm.
Na identificação das amostras foi utilizada caneta tipo retroprojetor para evitar qualquer tipo de
alteração da planicidade das amostras que podem induzidas em sistemas mecânicos de
gravação.
18
1960mN, e um sistema de mais alta resolução modelo Triboscope da Hysitron acoplado ao
microscópio de força atômica da Digital Dimension 3000, que trabalha em cargas 1nN a 30mN.
Com este sistema foram realizados dez ensaios de penetração instrumentada para cada tipo de
amostra preparada: amostras de aço inoxidáveis coloridas e substrato, com e sem tratamento
térmico (conforme item 5.1). As condições operacionais dos ensaios estão apresentadas na
tabela I. O penetrador utilizado foi o piramidal quadrático (Vickers-136º). A operação do sistema
foi realizada a partir de um programa aplicativo do equipamento.
Carga 5mN
Velocidade 5 (0,284393 mN/sec)
Tempo de manutenção da Carga 5 segundos
Número de medidas 10
Modo de operação carga - descarga
Ao final de cada ensaio, o sistema fornece o valor da dureza (H), a carga aplicada e
profundidade de penetração bem como suas respectivas médias.
Os dados coletados foram tratados em um programa aplicativo chamado “Dureza”, que realiza a
correção dos dados pela abordagem de Oliver-Pharr, fornecendo valores de dureza e módulo de
elasticidade por penetração. Este aplicativo foi desenvolvido por pesquisadores da equipe de
nanodureza do CETEC [Shumann et al., 2004].
20
Com este sistema foram realizados ensaios de penetração instrumentada (figura 9) para
amostras de aço inoxidável colorido em verde com e sem tratamento térmico além do substrato.
As condições dos ensaios estão apresentadas na tabela II.
Área de Varredura 10 µm
Velocidade de Varredura 1 Hz
Número de Campos Analisados 3
21
Figura 9. Sistema Hysitron/Triboscope
22
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela III. Nanodureza de amostras de aços inoxidáveis coloridos sem tratamento térmico.
Cor da
H (MPa) Média Desvio Padrão
Amostra
2979
2907
3356
2851
4165
Substrato 3542 767
3023
3086
4243
5187
3615
3200
3017
2745
3166
3483
Marrom 3335 420
3343
3579
4113
2899
3801
2331
3091
2775
3350
2992
Azul 2998 359
2983
2923
2934
2883
3715
2936
3222
3066
3558
2642
Dourada 3231 391
2682
3761
3433
3641
3368
Verde 4762 3217 1172
3839
1090
4503
3223
23
3569
1411
3309
3143
3318
Cor da
H (MPa) Média Desvio Padrão
Amostra
4023
2457
3496
3927
3593
Substrato 3773 549
3917
4001
3625
4491
4199
2599
1964
3688
2472
2455
Marrom 2885 595
3289
3326
2603
3568
5921
2633
2714
3421
3326
3140
Azul 3105 567
3091
4487
2674
2949
2612
2208
2646
2592
2599
2505
Dourada 2785 459
2611
3774
3252,
3119
2541
Verde 3668 4225 577
3628
4197
4117
4673
3502
4141
24
4446
4433
5447
Figura 10. Resultados comparativos dos valores de nanodureza antes e após tratamento
térmico, obtidos pelo sistema Shimadzu. Força aplicada de 5mN.
25
Figura 11. Resultados comparativos dos valores do Módulo de Elasticidade, antes e após
tratamento térmico, obtidos pelo sistema Shimadzu. Força aplicada de 5mN.
26
Figura 12. Curva Força-deslocamento de aço colorido obtido a temperatura ambiente de 22 ° C
Esse fenômeno tem sido mencionado na literatura como “thermal drift error”, que se manifesta
principalmente em medidas com carregamento constante, onde a expansão e contração do
aparelho, provocadas pela variação de temperatura, acarretam distúrbios de medições os quais
refletem nas curvas carga-descarga. No EPI é necessário garantir que o equipamento esteja em
equilíbrio térmico com o ambiente e que a amostra e o penetrador também estejam
termicamente estabilizados com o equipamento. (Fischer-Cripps, 2002).
27
verificou-se que uma peça responsável por prender o penetrador Vickers encontrava-se solta,
comprometendo a operação normal do equipamento.
28
Tabela VI. Nanodureza e Módulo de Elasticidade da amostra na cor verde, com tratamento
térmico obtidos pelo sistema Hysitron/Triboscope.
29
Tabela VII. Nanodureza e Módulo de Elasticidade da amostra na cor verde, sem tratamento
térmico obtidos pelo sistema Hysitron/Triboscope.
As curvas de força-deslocamento obtidas para o substrato de aço inoxidável e aço colorido verde
estão apresentadas nas figuras 14, 15 e 16.
30
Figura 14. Curvas força-deslocamento obtidas para o substrato de aço inoxidável e aço colorido
verde no modo automático de teste do sistema Hysitron. Força utilizada 150µm,
penetrador Berkovich.
Figura 15. Curvas força-deslocamento obtidas para o aço colorido verde, sem e com tratamento
térmico, no modo automático de teste do sistema Hysitron. Força utilizada 150µm,
penetrador Berkovich.
Na figura 16 está apresentada uma imagem típica de impressões residuais obtidas com ensaios
de penetração instrumentada em amostra de aço inoxidável colorido.
31
Figura 16. Impressões típicas de nanodureza obtidas no aço inoxidável colorido por interferência
utilizando modo automatizado de análise. Forças 150 µN, penetrador Berkovich.
32
Figura 17. Resultados comparativos dos valores de dureza encontrados para o substrato de aço
inoxidável e a amostra na cor verde, tratada e não tratadas termicamente.
Figura 18. Resultados comparativos dos valores do módulo de elasticidade encontrados para o
substrato de aço inoxidável e a amostra na cor verde, tratada e não tratadas
termicamente.
33
7 CONCLUSÕES
34
8 SUGESTÃO DE TRABALHOS FUTUROS
Pelos resultados obtidos com este trabalho comprovou-se que o sistema Hysitron é mais
adequado para estudos das propriedades nanomecânicas de filmes finos de interferência do que
o Shimadzu. Considerando que o sistema Hysitron foi recentemente instalado no Cetec, sugere-
se que seja dada continuidade das pesquisas para estudo das propriedades nanomecânicas em
filmes finos de interferência. Neste novo sistema será possível estudar a nanodureza dos filmes
sem a influência do substrato. O aperfeiçoamento da técnica será de grande importância para
apoio a processos de otimização de novos processos de coloração de aços inoxidáveis, bem
como para outros processos de deposição de filmes finos.
35
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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LI, X.; BHUSHAN, B. Measurement of fracture toughnness of ultra-thin amorphous carbon films.
Thin Solid Films v.315, p.214-221, 1998.
OLIVER, W. C., PHARR, G. M. An improved technique for determining hardness and elastic
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36
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indentation :Advances in understanding and refinements to methodology. J. Mat. Res., v.7,
2002.
37