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03/11/2020

Folga
Ao projetarmos um mancal de deslizamento para lubrificação com película
espessa, devemos selecionar o óleo a ser utilizado, em conjunto com os valores
adequados de pressão (P), rotação (N), raio do eixo (r), folga (c) e o comprimento
do mancal (ι). Na Figura, podemos visualizar algumas destas características.

FOLGA

A seleção dos valores destas variáveis deve resultar na formação de uma


película com uma espessura mínima, estabelecida no critério de projeto
de Trumpler.

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FOLGA

Devemos também nos ater aos processos de fabricação, tanto do eixo quanto do
mancal, e aplicar as tolerâncias de fabricação (dimensionais e geométricas).

A análise destas tolerâncias aplicadas conjuntamente deve continuar a garantir a


formação da película mínima (h0).
EXEMPLO I
Para visualizarmos a questão da faixa de folga, vamos avaliar a seguinte
situação: temos um eixo com diâmetro de 40 mm, um número de
Sommerfeld de 0,15 e uma relação ι/d = 1. Assim calculando a espessura
mínima pelo critério de Trumpler, temos:

Da Figura na Seção anterior, obtemos o valor de

Portanto, durante o projeto dimensional e geométrico do mancal deslizante,


devemos considerar uma folga (c) mínima de 0,015mm.

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MANCAIS COM LUBRIFICAÇÃO FORÇADA


Uma grande preocupação na utilização dos mancais de deslizamento autocontidos
é com o aumento da temperatura do óleo lubrificante.

Muitas vezes, somente a circulação natural não será suficiente para diminuir a
temperatura do óleo a um nível desejado.

Assim, foi desenvolvido um sistema com circulação forçada, através de


bombeamento do óleo.

Ao aumentarmos o fluxo de óleo, este sofre maior resistência ao passar pelo


mancal e, como consequência, temos um aumento de pressão.

Como o lubrificante é fornecido ao mancal sob pressão, tais mancais são


chamados de mancais com lubrificação forçada, ou mancais hidrostáticos.

MANCAIS COM LUBRIFICAÇÃO FORÇADA

Para conseguirmos ter este fluxo maior de lubrificante através do mancal e


obter o efeito de resfriamento maior, é uma prática comum utilizarmos um
canal circunferencial no centro do mancal, com um furo de entrada de óleo
localizado do lado oposto da zona de suporte da carga.

Podemos observar este canal com maiores detalhes na Figura, apresentada a


seguir.

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MANCAIS COM LUBRIFICAÇÃO FORÇADA

VAZÃO VOLUMÉTRICA LATERAL

MANCAIS COM LUBRIFICAÇÃO FORÇADA

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Podemos observar na Figura um sistema completo de lubrificação forçada, que


vamos usar para deduzirmos as equações que envolvem a energia térmica:

A variação da temperatura é calculada


por:

EXEMPLO
Em uma empresa de construção de retíficas, é preciso determinar qual será a vazão
volumétrica de óleo, para poder dimensionar o sistema de bombeamento e o
reservatório de óleo lubrificante para um mancal hidrostático, que contém as
seguintes características: ps = 500 kPa, um eixo com raio r = 25 mm, uma rotação
de 50 rps, número característico deste mancal S = 0,122, comprimento = 25 mm,
folga c = 0,03 mm, e a viscosidade do óleo é de 0,001127 Pa.s. Também será
necessário obter a carga W máxima suportada se a variação da temperatura de
entrada e saída do reservatório for de no máximo 80 °C.

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EXEMPLO

Resolvendo a questão da carga: S = 0,122

Usamos o gráfico da Figura abaixo o valor de

EXEMPLO

Resolvendo a questão da carga: S = 0,122

Também usamos o gráfico da Figura abaixo, obtemos o valor de ε = 0,76.

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Agora, podemos determinar a variação da temperatura, sendo:

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CARACTERÍSTICAS PARA AS CORREIAS PLANAS, REDONDAS E EM V


• As correias são elementos elásticos ou flexíveis utilizados em sistemas
de transporte e na transmissão de potência sobre distâncias
comparativamente grandes.

• Em muitos casos, o uso de correias simplifica o projeto de uma


máquina e reduz muito o custo.

• Podem ser utilizadas em grandes e curtas distâncias;

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CARACTERÍSTICAS PARA AS CORREIAS PLANAS, REDONDAS E EM V

CARACTERÍSTICAS PARA AS CORREIAS PLANAS, REDONDAS E EM V

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TIPOS DE CORREIAS

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Transmissão por correia com e sem reversão

característica de montagem das correias que permita uma configuração com ou


sem reversão do sentido de giro das polias.

montagem sem reversão no sentido de giro,(a) ou seja, a polia movida tem o


mesmo sentido da polia motora.

montagem com reversão no sentido de giro, ou seja, a polia movida tem sentido
contrário ao da polia motora.

(a) (b)

Transmissão por correia plana ou redonda com e sem reversão

Correia na disposição de montagem aberta

θd = ângulo de contato da polia menor em (rad);


θD = ângulo de contato da polia maior em (rad);
D = diâmetro da polia maior em (mm);
d = diâmetro da polia menor em (mm);
C = distância entre centros em (mm).

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Correia na disposição de montagem aberta

Correia na disposição de montagem cruzada

θ = ângulo de contato da polia em (rad);


D = diâmetro da polia maior em (mm);
d = diâmetro da polia menor em (mm);
C = distância entre centros em (mm).

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Correia na disposição de montagem cruzada

ACIONAMENTO POR CORREIA PLANA


• Assim, para obtermos as equações seguintes, estabeleceremos um modelo que
admitirá que a força de atrito na correia é proporcional à pressão normal ao longo do
arco de contato.

• Antes de apresentarmos as equações, temos que ter em mente que para uma
transmissão por correia plana ou redonda, temos um lado em que a correia tem tração,
chamado de lado tenso, e o outro lado chamamos de bambo, em que temos uma
tensão menor do que a do lado tenso.

Lado tenso e lado bambo de uma correia plana ou redonda

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Equações do conjunto polias - correias


Apresentando as equações, temos que a velocidade é dada por:

V = velocidade periférica da correia em (m/s),


d = diâmetro da polia menor em metros (m),
rpm = rotações da polia por minuto,
60 fator de conversão.

w = peso da correia por metro (N/m),


γ = peso específico em (N/m3),
b = largura da correia em (m)
t = espessura da correia em (m).

TORQUE
Podemos definir o torque com a equação:

T = torque em (N.m),
g = aceleração da gravidade em (m/s2),
Hnom = potência nominal em (W),
Ks = fator de serviço,
Nd = fator de projeto,
n = rotações por minuto (rpm).

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FORÇAS ENVOLVIDAS NO FUNCIONAMENTO DAS CORREIAS

No projeto de uma correia, temos algumas forças envolvidas,

F1= sendo a carga de tração do lado tenso em (N) ,


F2 = carga de tração do lado bambo em (N),
Fc = carga de tração circunferencial causada pela força centrifuga em (N),
Fi = carga de tração inicial em (N).

POLIA ESTICADORA INTERMEDIÁRIA

A carga de tração inicial (F1) é muito importante para o funcionamento de uma


transmissão por correia.

Desenvolvemos mecanismos para garantir esta carga inicial, para acomodar o


estiramento temporário ou permanente da correia.

Na prática, é muito conhecido como polia esticadora ou de tracionamento.

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A polia esticadora deve ser colocada no lado bambo da correia.

A curva que temos do lado bambo se aproxima de uma curva catenária, que é uma curva
que descreve, por exemplo, o aspecto de um cabo suspenso por suas extremidades,
submetido à força da gravidade.

Assim, podemos desenvolver uma distância máxima desta curva com uma linha reta,
sendo:

C = distância entre centros em (mm).


w = peso da correia por metro (N/m).
Fi = carga de tração inicial em (N).

EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA TEORIA


Em uma empresa de existe um equipamento que utiliza um sistema de transmissão por
polia e correia plana. Este sistema está com uma deflexão de 5 mm. Qual é a deflexão
mínima necessária para um ótimo funcionamento do sistema e verificar se a deflexão atual
atende à deflexão ideal. Foi efetuado um levantamento de dados no local e registrado o
seguinte: F1 = 2000N e F2 = 890N. A correia possui as seguintes características: material
poliamida com t = 5,0 mm, b = 200 mm e δ= 10600 N/m3 . Para a polia motora, tem-se um
diâmetro de 300 mm e uma rotação de 600 rpm. Finalmente, foi verificado no local uma
distância de 3000 mm entre as polias.

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EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA TEORIA


Em uma empresa de existe um equipamento que utiliza um sistema de transmissão por
polia e correia plana. Este sistema está com uma deflexão de 5 mm. Qual é a deflexão
mínima necessária para um ótimo funcionamento do sistema e verificar se a deflexão atual
atende à deflexão ideal. Foi efetuado um levantamento de dados no local e registrado o
seguinte: F1 = 2000N e F2 = 890N. A correia possui as seguintes características: material
poliamida com t = 5,0 mm, b = 200 mm e δ= 10600 N/m3 . Para a polia motora, tem-se um
diâmetro de 300 mm e uma rotação de 600 rpm. Finalmente, foi verificado no local uma
distância de 3000 mm entre as polias.

F1= sendo a carga de tração do lado tenso em (N) ,


F2 = carga de tração do lado bambo em (N),
Fc = carga de tração circunferencial causada pela força centrifuga em (N),
Fi = carga de tração inicial em (N).

EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA TEORIA


Em uma empresa de existe um equipamento que utiliza um sistema de transmissão por
polia e correia plana. Este sistema está com uma deflexão de 5 mm. Qual é a deflexão
mínima necessária para um ótimo funcionamento do sistema e verificar se a deflexão atual
atende à deflexão ideal. Foi efetuado um levantamento de dados no local e registrado o
seguinte: F1 = 2000N e F2 = 890N. A correia possui as seguintes características: material
poliamida com t = 5,0 mm, b = 200 mm e δ= 10600 N/m3 . Para a polia motora, tem-se um
diâmetro de 300 mm e uma rotação de 600 rpm. Finalmente, foi verificado no local uma
distância de 3000 mm entre as polias.

Podemos observar que a deflexão calculada é maior do que a deflexão existente


(5 mm). Concluindo, temos que a transmissão está trabalhando de forma
inadequada e será necessário ajustar para a deflexão calculada, sendo: 8,84 mm.

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ω1>ω2

Torque2> Torque1

Relação Frequência e período:

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Calcule o período e a frequência da polia motora e a velocidade angular da polia


movida, sabendo que ω1 = 39π rad/s.

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