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GESTÃO DA PRODUÇÃO

Introdução à Gestão da Produção

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CONCEITOS DE GESTÃO DA PRODUÇÃO

Gestão do processo de conversão que administra e


transforma insumos, tais como matéria-prima e mão-de-obra,
em resultados na forma de produtos acabados e serviços.

Davis et. al., 2001


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A gestão da produção tem como princípio buscar um melhor
desempenho estratégico em:

• Custo: reduzir os custos da produção, refletindo em maiores margens de


lucro e/ou preços competitivos;
• Qualidade: atender aos requisitos definidos e exigidos pelo mercado;
• Desempenho de entrega: ter confiabilidade e velocidade nos prazos de
entrega;
• Flexibilidade: ser capaz de reagir de forma rápida a situações repentinas
e inesperadas.

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Modelo de Transformação “Input – Transformação – Output”

Independente da operação produzir um bem ou um serviço, ela faz isso


por meio de um processo de transformação. Por transformação
entende-se o uso de recursos (Inputs) para mudar o estado ou
condição de algo para produzir os produtos/serviços (outputs). Assim
sendo, qualquer atividade de produção pode ser vista conforme o
modelo input-tranformação-output.

(Slack et. al., 2008).

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Um sistema de produção pode ser considerado como um processo
que recebe entradas (Inputs) e as transforma em saídas (Outputs)
com valor inerente.

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Modelo de Transformação “Input – Transformação – Output”

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Inputs:
Todos os recursos (inputs) utilizados pelas empresas podem ser divididos em dois
grandes grupos:

• Recursos transformados: são os que serão modificados pelo processo de


produção.
Exemplo: matérias-primas.

• Recursos de transformação: transformam as matérias primas. São utilizados


para agir sobre os recursos transformados a fim de obter os bens e serviços finais
do processo.

Exemplo: forno, torno, prensa.

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Inputs:

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Processos de transformação
É diretamente relacionado com a natureza dos recursos de
inputs.

 Processamento de materiais;
 Processamento de informações;
 Processamento de consumidores;

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Processos de transformação

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Processos de transformação

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Processos de transformação

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Processos de transformação

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Outputs
• Bens físicos e/ou serviços, geralmente são vistos como diferentes em
vários sentidos.

• A maioria das operações produz tanto produtos como serviços.

Bens Puros Serviços Puros


Tangíveis Intangíveis
Podem ser estocados Não podem ser estocados
A produção precede o consumo Produção e consumo simultâneos
Baixo nível de contato Alto nível de contato
Qualidade evidente Qualidade percebida

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ATIVIDADE EM GRUPO
O que você acha de iniciarmos o trabalho fazendo um diagnóstico a
respeito da produção de sua empresa, identificando quais as
entradas (inputs) e saídas (outputs) da fabricação?

Podemos apresentar essas informações na reunião da próxima


semana. O caminho que temos a trilhar baseia-se em:

• Compreender os conceitos e fundamentos da Administração da


Produção.

• Compreender o que são entradas, processos de transformações e


saídas de um processo produtivo.

• Compreender o que são bens e serviços de um processo


produtivo.

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ROTEIRO DE ATIVIDADES

1) Acessar a Webaula correspondente à próxima Aula Presencial.


2) Ler a seção do Livro Didático correspondente à próxima Aula Presencial.
3) Resolver as questões básicas correspondentes à próxima Aula Presencial.
4) Resolver as atividades de aprofundamento da aula atual no Pós-aula.
5) Resolver as atividades complementares no Pós-aula.

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EXERCÍCIO DE REVISÃO
1. Segundo Slack et al. (2002), a produção é a função central das
organizações, já que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da
empresa, ou seja, sua razão de existir. Em resumo, a produção pode ser
definida como:

a) Transformação de entradas em saídas.


b) Transformação de saídas em entradas.
c) Transformação de processos em produto acabado.
d) Manufatura de um bem físico e palpável.
e) Fluxo de matérias entre os postos de trabalho.

2. Sistema é um conjunto de elementos que interacionam. Mediante esta


afirmação, podemos concluir que o sistema de produção é composto por:

a) Máquinas, equipamentos e pessoas.


b) Matéria-prima, peças e produtos acabados.
c) Entradas, processo de transformação e saídas.
d) Custo, qualidade e flexibilidade.
e) Recursos físicos e materiais e capital.
Você sabe o que é capacidade produtiva?

É a quantidade máxima de produtos que podem ser obtidos,


ou produzidos, por uma determinada unidade produtiva
durante um período de tempo.
Você sabia que as empresas podem perder grandes negócios por não
dimensionarem a sua capacidade? É muito comum você contratar o serviço
de um marceneiro, de um pedreiro ou de outra série de profissionais que
prometem o serviço para uma data e acabam atrasando. Um dos fatores
que podem levar a isso é a falta de planejamento de sua capacidade de
produção.
TIPOS DE CAPACIDADE DE PRODUÇÃO
Capacidade Instalada
É a capacidade máxima que uma unidade produtora pode
produzir se trabalhar ininterruptamente, sem que seja
considerada nenhuma perda.

Capacidade Instalada = Tempo disponível da unidade / Tempo de


produção do produto
EXEMPLO:

Uma fábrica de sorvetes funciona em dois turnos de trabalho,


equivalente a 8 horas diárias por turno, tendo assim um tempo
disponível de 16 horas, ou 960 minutos. Cada sorvete demora um
tempo de 2 minutos para ser produzido. Dessa forma, a capacidade
instalada é: 960 / 2 = 480 sorvetes por dia.
Capacidade Nominal
Capacidade máxima de produção de um posto operativo, descontando
o período de preparação (manutenção e setup).

Capacidade Nominal = (Tempo disponível da unidade – Perdas de


preparação e manutenção) / Tempo de produção do produto.

EXEMPLO:
A fábrica de sorvete realiza manutenção preventiva todo início de turno
(2 turnos), levando 20 minutos cada ciclo. Geralmente é realizada uma
preparação para a troca de produto (setup) por dia, com um tempo de
50 minutos. Dessa forma, as perdas são de: 20 + 20 + 50 = 90 minutos.
A capacidade nominal é de: (960 - 90) / 2 = 435 sorvetes por dia.
Capacidade Efetiva
Capacidade de produção máxima de um processo, sob condições
normais, subtraindo as perdas de: manutenção corretiva; troca de
turno; intervalo para refeições; alimentação de linha,
balanceamento das operações etc.

Capacidade efetiva = capacidade nominal x eficiência

EXEMPLO:

•A fábrica de sorvete opera com uma eficiência de 90%,


devido a algumas perdas tradicionais referentes à
necessidade fisiológica, fadiga e organização (veremos
mais sobre isso na Unidade 2). A capacidade efetiva é de:
435 x 0,90 = 391,5 sorvetes por dia
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Capacidade Realizada
• Capacidade que realmente aconteceu em determinado período.
Consideram-se as perdas não planejadas da capacidade efetiva
(falta de matéria-prima; falta de energia elétrica; falta de
funcionários; manutenção corretiva etc.)

Capacidade realizada = Capacidade efetiva - Perdas não planejadas

EXEMPLO:
A fábrica de sorvete teve uma parada de 1 hora (60 minutos) no decorrer
do segundo turno para manutenção corretiva, devido à quebra da máquina
de embalagem. A capacidade realizada é de: 391,5 - (60/2) = 361,5 sorvetes
por dia

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Capacidade produtiva x Demanda

Demanda significa a
quantidade de um bem ou
serviço que os
consumidores desejam
adquirir por um preço
definido em um mercado.

• Determinar o nível ótimo da capacidade de produção para atender a


demanda é fundamental para a eficiência da administração da
produção.

• O desequilíbrio entre a capacidade e a demanda pode ter


consequências econômicas desastrosas para a organização

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Capacidade produtiva x Demanda

Demanda significa a
quantidade de um bem ou
serviço que os
consumidores desejam
adquirir por um preço
definido em um mercado.

• O desafio é harmonizar, em todos os níveis, o grau de capacidade


produtiva com o nível de demanda a ser atendida com o menor custo
possível. Para isso é fundamental o planejamento e controle da
capacidade produtiva.

• Por isso, as informações sobre a capacidade e a demanda devem


ser transformadas em um plano de produção que ajudará a resolver
problemas de médio e longo prazo, tais como:
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Capacidade produtiva x Demanda
As informações devem nortear as estratégias produtivas de acompanhar a
demanda e/ou se ter uma produção contínua, estratégias com relação ao
aumento ou diminuição da capacidade. Mas será que existe uma estratégia
mais assertiva? Não, ambas possuem pontos positivos e negativos.
Adequação Capacidade produtiva x Demanda

Na adequação Capacidade produtiva x Demanda pode-se utilizar os


recursos dentro de uma capacidade permitida ou estabelecida, para
gerar equilíbrio, no entanto, gerando contrapartidas para o fabricante.

Adequação Capacidade produtiva x Demanda


Exemplos

• Expandir ou não as instalações existentes.


• Adquirir ou não novas instalações.
• Aumentar ou diminuir a quantidade de pessoal.
• Determinar as despesas, as receitas e os prováveis lucros.
As estratégias com relação ao confronto entre capacidade produtiva
e demanda ainda podem gerar uma atuação na oferta de recursos ou
na demanda, conforme apresentado no quadro abaixo.
Adequação Capacidade produtiva x Demanda

• O planejamento e as decisões relativas à capacidade produtiva são estratégicos


e vitais para a empresa, pois exercem forte influência sobre sua rentabilidade.

• Uma empresa com excesso de capacidade produtiva tem uma demanda inferior
à sua capacidade máxima. Por outro lado, uma empresa com limitação de
capacidade produtiva apresenta demanda potencial por seus produtos superior
à sua capacidade instalada.

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Adequação Capacidade produtiva x Demanda

• Nessas duas situações, a rentabilidade das empresas não está sendo


otimizada. A esse respeito, um aspecto importante que as empresas devem
levar em consideração é o instante em que se dá o incremento de
capacidade. Por exemplo, o incremento de capacidade pode antecipar-se ou
seguir-se ao aumento de demanda, conforme mostram os gráficos a seguir.

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Exemplo de adequação de demanda:
No início da década de 1990, a produção interna de petróleo era da ordem de 600 mil
barris/dia, enquanto o consumo situava-se na faixa de 1,2 milhão de barris diários. A
relação entre produção e consumo era de 50%. Ao longo da década e na virada do
século, as descobertas de petróleo nas bacias sedimentares da plataforma continental,
especialmente na Bacia de Campos, contribuíram para a expansão da extração do
petróleo em território brasileiro, conforme mostrado na imagem abaixo.

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• Em virtude do desenvolvimento da tecnologia de prospecção,
exploração e produção, bem como da redução dos custos de extração
do petróleo, a tendência de expansão relativa da produção mundial em
plataformas continentais marítimas e em águas profundas deve se
reforçar, desde que mantidos os atuais níveis de preço do petróleo.

• A produção nacional de petróleo aproxima-se hoje dos 1,6 milhão de


barris por dia, enquanto o consumo doméstico diário está na casa dos
1,8 milhão de barris. Assim, cerca de 88% das necessidades de petróleo
vêm sendo atendidas pela produção interna

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Previsão de Demanda

Definição

•A previsão de demanda futura é a base para todas as decisões estratégicas e


de planejamento em uma cadeia de suprimentos.

•As empresas, de uma maneira geral, direcionam suas atividades de acordo


com o rumo que seu negócio andará.

•Esse rumo é determinado a partir de previsões, e a previsão da demanda


talvez seja a mais importante delas, pois é a base do planejamento estratégico
das áreas de produção, vendas e finanças de uma empresa, e permitem que
os administradores planejem adequadamente suas ações.

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Previsão de Demanda

• Para um planejamento de capacidade eficaz, uma sólida compreensão


das principais atividades dos negócios deve ser aplicada ao processo
de planejamento, por exemplo, conhecer as expectativas do mercado
futuro, pois, para planejar de forma eficaz, você precisará estimar o seu
potencial de vendas com alguma confiabilidade.

• A maioria das empresas não tem números claros sobre as vendas


futuras. No entanto, você pode prever as vendas com base em
informação histórica, tendências do mercado e ordens de produção
preestabelecidas; na Unidade 4 aprenderemos a calcular a demanda.

• Por outro lado, a gestão da demanda depende de um processo


consistente de previsão de vendas. Erros de previsão de vendas podem
comprometer as operações e até mesmo inviabilizar alguns negócios 

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Métodos de Previsão de Demanda

Os métodos de previsão podem ser classificados em três categorias:

Métodos qualitativos: são subjetivos, baseados em estimativas e opiniões. São


utilizados quando não existem dados disponíveis.

Análise de séries temporais: baseia-se na ideia de que dados relacionados com a


demanda do passado podem ser usados para prever a demanda futura, ou seja, a
tendência que geriu a demanda no passado continuará gerando a demanda no futuro.

Previsão causal: é utilizada para problemas de longo prazo, tal como selecionar um
local para operação de varejo. Os modelos causais admitem que a demanda está
relacionada com algum fator fundamental ou fatores no meio ambiente, onde ocorrem
relacionamentos de causa e efeito. É normalmente utilizada em situações de curto
prazo, por exemplo, na previsão de programação de trabalhadores.

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Previsão de Demanda

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A proposição de um modelo de gestão da capacidade na manufatura

http://www.revistaespacios.com/a13v34n03/13340314.html

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