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UFS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

RELATÓRIO ENSAIOS MECÂNICOS

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA

LUIS FERNANDO SANTOS DE OLIVEIRA


OSCAR SIMIÃO NETO
VARLEY ALEXANDRE SANTOS SOUSA

Turma: 2022.2 - 01

SÃO CRISTOVÃO – SE
04/04/2023
RELATÓRIO ENSAIOS MECÂNICOS

Trabalho apresentado à disciplina


“Materiais de construção mecânica”
como avaliação parcial para obtenção da
aprovação na mesma disciplina.

Docente: Prof° Alessandra Gois Luciano de Azevedo

São Cristovão - SE
2023
1. Introdução
Para a realizaçã o de qualquer projeto de engenharia que envolva uso de materiais é necessá rio,
antes de qualquer teste, que o engenheiro conheça as propriedades do material, determinando assim a
viabilidade de uso e melhores aplicaçõ es em determinadas situaçõ es, já que cada material possui
caractéristicas pró prias. Dentre essas caractéristicas encontra-se, por exemplo, fragilidade, elasticidade,
resistência, impermeabilidade, conduçã o de calor, dureza, entre outros.
Os ensaios realizados nos mateirais sã o de grande importâ ncia para a aná lise de propriedades e de
riscos, verificaçã o de possíveis falhas, comportamento do material sobre condiçõ es específicas e de
trabalho, entre outras características. Estes podem ser divididos em Ensaio mecâ nico (destrutivo) e
Ensaio nã o destrutivo. Nesse relató rio iremos abordar apenas os ensaios mecâ nicos.
Os ensaios mecâ nicos sã o do tipo destrutivo, ou seja, o protó tipo ou material utilizado como corpo
de prova sofrerá um deformaçã o permanente. A importâ ncia de realizar esse tipo de ensaio se dá a
capacidade de verificar o comportamento do material sob as condiçõ es de uso, possibilitando avaliar se
o material apresenta as características adequadas à funçã o que será utilizado.
A escolha do tipo de ensaio depende de alguns fatores, por exemplo:
 A aplicaçã o do material;
 Tipos de esforços que o material será submetido;
 Propriedades mecâ nicas que se deseja medir.
Os resultados obtidos através desses ensaios podem ser quantitativos, ou seja, apresentam valores
nú mericos dos fatores ensaiados, ou qualitativos, que sã o utilizados como uma informaçã o
complementar para o projeto em desenvolvimento. Portanto, deve-se atentar ao ensaio escolhido para
que se obtenham os resultados desejados.

2. Objetivos
Os objetivos deste trabalho sã o: Entender o funcionamento das má quinas de ensaios mecâ nicos;
Compreender os métodos de ensaios e materiais utilizados; Apresentar os resultados obtidos através
dos grá ficos resultante dos ensaios realizados em laborató rio.

3. Metodologia
3.1 - Ensaio de tração

Um dos ensaios mecâ nicos de tensã o-deformaçã o mais utilizados é o de traçã o. O ensaio pode
ser utilizado para caracterizar as propriedades mecâ nicas dos materiais que serã o importantes
para o projeto em andamento. Uma amostra (corpo de prova) é deformada geralmente até a sua
fratura, por uma carga de traçã o que é aumentada gradativamente e é aplicada uniaxialmente ao
eixo do corpo de prova.
No ensaio de traçã o as características carga-deformaçã o dependem do tamanho do corpo de
prova utilizado. Por exemplo, serã o necessá rias duas vezes a carga para produzir um mesmo
alongamento se a á rea da seçã o transversal do corpo de prova for dobrada. Para minimizar esses
fatores geométricos, a carga e o alongamento sã o normalizados, respectivamente, aos
parâ metros de tensã o de engenharia e deformaçã o de engenharia. A tensã o de engenharia σ é
definida pela relaçã o:
Definiçã o da tensã o de engenharia (para traçã o e compressã o)
F
σ=
A0

na qual F é a carga instantâ nea aplicada em uma direçã o perpendicular à seçã o transversal do
corpo de prova, em unidades de newtons (N) ou libras-força (Ib f), e A0 é a á rea da seçã o
transversal original da aplicaçã o de qualquer carga (em m2 ou ¿2).

Imagem 1: Má quina de Ensaio de traçã o.

.
Fonte: Autoral

3.1.1 - Materiais

Foram utilizados os seguintes materiais:


- 1 Corpo de prova metá lico;
- Má quina de Ensaio Mecâ nico;
- Paquímetro.
Imagem 2: Materiais do ensaio de traçã o

Fonte: Autoral

3.1.2 - Método experimental

Antes de inserir o corpo de prova na má quina de ensaio mecâ nico, foi necessá rio medi-lo
cuidadosamente para preservar suas dimensõ es iniciais, assim podendo comparar ao final do
ensaio as dimensõ es iniciais com as finais.
CU – Comprimento utíl: 19cm
CTI – Comprimento total inicial: 30cm
D – Diâ metro: 3,5mm
Velocidade controlada aplicada pela má quina: 4mm/min
Apó s devidamente medido, o corpo de prova foi inserido na má quina para a realizaçã o do
ensaio. Os resultados obtidos com a ruptura do corpo de prova como a força exercida, o tempo e a
tensã o foram registrados pelo Software do equipamento para serem disponibilizados para os
alunos posteriormente pelo técnico de laborató rio responsá vel. Esses dados serã o descritos e
apresentados nos resultados e discussõ es.

3.2 - Ensaio de flexão

O ensaio de flexã o é um teste mecâ nico utilizado para medir a resistência de materiais à
deformaçã o por flexã o. O teste de 3 pontos consiste em aplicar uma carga em três pontos na
amostra, com dois pontos de apoio laterais e um ponto de carga central, onde a superfície
superior é colocada em um estado de compressã o, e a inferior, em um de traçã o. O ensaio é
realizado para avaliar a capacidade da amostra de resistir a cargas de flexã o em situaçõ es de
serviço, bem como para determinar as propriedades mecâ nicas do material.
Imagem 3: Má quina de Ensaio de flexã o.

Fonte: Autoral

3.2.1 - Materiais

Foram utilizados os seguintes materiais:


- 1 Corpo de prova de O filamento de á cido polilá tico (PLA)
- Má quina de Ensaio Mecâ nico
- Régua
- Paquímetro
Imagem 4 – Materiais do Ensaio de Flexã o.

Fonte: Autoral.

3.2.2 - Método experimental


Da mesma forma do ensaio mecâ nico de traçã o, medimos a amostra de PLA, para poder
comparar com os dados apó s o ensaio.
- Largura 13,55mm
- Espessura 2,75mm
- Comprimento 126mm
Apó s ser devidamente medida, a amostra foi fixada na má quina de ensaio mecâ nico,
utilizando suportes especiais que permitiram a aplicaçã o de uma carga de flexã o em três pontos.
Os suportes foram posicionados de forma que a amostra ficasse apoiada em dois pontos, com uma
distâ ncia pré-determinada entre eles. O terceiro ponto de apoio foi posicionado no centro da
amostra, na altura da distâ ncia entre os dois pontos de apoio laterais. A carga entã o foi aplicada
uma carga crescente na amostra, no ponto central de apoio. A carga foi aplicada até que a amostra
atingisse a deformaçã o má xima ou ocorresse à ruptura. Durante a aplicaçã o da carga, foi
registrado os valores da carga e da deformaçã o em intervalos que foram computados num
Software.

3.3 – Ensaio de Compressão

O ensaio de compressã o consiste em avaliar a reaçã o de um corpo de prova quando


comprimido, podendo ser aplicado em materiais como madeira, concreto, metais, cerâ micas,
plá sticos e compostos. O processo funciona com um corpo de prova, geralmente cilíndrico, sendo
submetido a uma força axial. Assim, a má quina que realiza este experimento é uma má quina
universal de ensaios. Ela é adaptada com a adiçã o de duas placas lisas, uma delas fixa e outra
mó vel que prensa o corpo de prova fazendo com que este tenda a se encurtar. Os resultados deste
ensaio dependem principalmente da relaçã o entre o comprimento e do diâ metro do corpo de
prova (também conhecida como relaçã o L/D). Podendo variar entre 2 e 8, e em casos especiais,
como o do teste de metal para mancais, essa relaçã o pode ser igual a 1.

Imagem 5: Má quina de Ensaio de compressã o.

Fonte: Autoral
3.3.1 – Materiais

- Corpo de prova metá lico


- Má quina de ensaio mecâ nico
- Paquímetro

3.3.2 – Método Experimental

Antes do posicionamento do corpo de prova na má quina de ensaio, foram realizadas as


mediçõ es de diâ metro e comprimento do mesmo a fim de usar como parâ metro para o resultado
final do teste.
Os valores obtidos foram:
Diâ metro = 12,51 mm
Comprimento inicial = 17,56 mm
Velocidade da má quina= 2 mm/s

Apó s a etapa de mediçã o, o corpo de prova entã o foi devidamente posicionado na má quina de
ensaio. Com o teste iniciado foi possível observar uma sensível mudança no formato do corpo de
prova alterando o seu comprimento e obteve-se o grá fico gerado pela má quina.

Imagem 6 – Corpo de prova apó s o ensaio.

Fonte: Autoral

3.4 - Ensaio de Impacto

O ensaio de impacto permite estudar os efeitos das cargas dinâ micas e tem como objetivo
avaliar a tenacidade do mateiral utilizado como corpo de prova. Este ensaio é usado para medir a
tendência de um metal de se comportar de maneira frá gil. O impacto representa um esforço de
natureza dinâ mica, porque a carga e aplicada bruscamente.
Além da força aplicada nesse ensaio, a velocidade de aplicaçã o também é outro fator muito
importante a ser considerado. Força associada com velocidade traduz-se em energia. Portanto,
esse ensaio consiste em medir a quantidade de energia absorvida por uma amostra do material,
quando subtedia à açã o de um esforço de choque de valor conhecido.

Imagem 7: Má quina de Ensaio de impacto.

Fonte: Autoral

3.4.1 – Materiais

- Corpo de prova metá lico


- Má quina de Ensaio
Imagem 8: Corpo de prova do ensaio de impacto.

Fonte: Autoral
3.4.2 - Método experimental

O método utilizado para esse ensaio foi o do golpe, onde é desferido por um peso em oscilaçã o.
A má quina correspondente é o martelo pendular. O pêndulo é levado à uma certa posiçã o, onde
adquiri uma energia inicial. Ao cair, ele encontra no seu percurso o corpo de prova, que se rompe.
A sua trajetó ria continua até certa altura, que corresponde à posiçã o final, onde o pêndulo
apresenta uma energia final.
Antes da realizaçã o do ensaio de impacto é necessá rio à criaçã o de um entalhe no corpo de
prova. O entalhe realizado no corpo de prova utilizado no ensaio demostrado foi do tipo Charpy.
Esse está dividido em 3 subtipos (A, B e C), de acordo com a forma do entalhe.

Imagem 9– Tipos de Charpy.

Fonte: ensa16.pdf

Apó s o preparo do material é possível realizar o ensaio, onde a diferença entre as energias
inicial e final corresponde à energia absorvida pelo material.

Imagem 10: Má quina de entalhe.

Fonte: Autoral
4. Resultados e Discussões

4.1 - Ensaio de tração

O ensaio de traçã o para o material metá lico foi realizado de acordo com o método
experimental descrito no tó pico 3.1.2. Com a tabela de dados foi possível plotar o grá fico de
tensã o x deformaçã o e obter os resultados nele fornecido. Os grá ficos apresentados a seguir
foram plodatos através do Software Excel.
Vale ressaltar que os grá ficos apresentam a Tensã o(N) no eixo Y e a Deformaçã o(mm) no eixo
X.
Grá fico 1: Tensã o x Deformaçã o

Fonte: Autoral

4.1.2 – Módulo de elasticidade


O mó dulo de elasticidade é definido como sendo o coeficiente angular na regiã o linear da
curva Tensã o x Deformaçã o.
Grá fico 2 – Tensã o x Deformaçã o – Regiã o elastica

Fonte: Autoral
A linearidade da curva tem início quando a tensã o é aproximadamente 170 MPa até
aproximadamente 720 MPa. A nã o linearidade nesse diagrama fica entre 0 MPa e 170 Mpa e pode
ter ocorrido pois o corpo de prova ainda estava se acomodando nas garras da má quina.

4.1.3 – Limite de proporcionalidade


O limite de proporcionalidade (LP) é o ponto em que a curva deixa de ser linear.

Grá fico 3 – Tensã o x Deformaçã o – Limite de proporcionalidade.

Fonte: Autoral

O valor de tensã o no ponto LP é 700 MPa e deformaçã o 0,033.

4.1.4 – Limite de resistência


O limite de resistência (LRT) é o ponto correspondente à tensã o má xima durante o ensaio.

Grá fico 4 – Tensã o x Deformaçã o – Limite de Resistência.

Fonte: Autoral

O valor de tensã o no ponto LRT é 730 MPa e deformaçã o 0,04.


Também indica o má ximo valor de ε com alongamento uniforme. A partir deste ponto começa a
ocorrer estricçã o (empescoçamento).
εR = 0,04

4.1.5 – Alongamento total


Grá fico 5 – Tensã o x Deformaçã o – Alongamento Total.

Fonte: Autoral

O ponto indicado no grá fico representa o alongamento total obtido no ensaio. Este é o ponto em que
houve a ruptura do corpo de prova. A deformaçã o na fratura foi εF = 0,049. E com base nas medidas
experimentais anotadas antes do ensaio, podemos determinar outros dois aspectos do material
metá lico, que é a deformaçã o (alongamento) total e a sua reduçã o em á rea.

lf −l0 ∆l 30,49 mm−30 mm


∈= = = =0,016
l0 l0 30 mm

εv =ln ( llf0 )=0,016

Acima temos o cá lculo da deformaçã o de engenharia e da deformaçã o verdadeira, respectivamente.


Podemos considera-las em valores percentuais, assim observamos que a deformaçã o total de engenharia
foi de 1,6% e a deformaçã o total verdadeira foi exatamente o mesmo valor, 1,6 %.

4.2 – Ensaio de flexão


Um dos critérios a ser observado com o ensaio mecâ nico de flexã o é a característica da fratura, frá gil
ou dú ctil. Um material frá gil há pouca ou nenhuma deformaçã o plá stica antes da ruptura. O dú ctil, por
sua vez há uma deformaçã o plá stica considerá vel antes da fratura.

O ensaio foi realizado conforme dito no item 3.2.2, onde foi obtido o seguinte grá fico, que apresenta
o comportamento Carga de flexã o x deformaçã o.

Grá fico 6 – Flexã o x Deformaçã o

Fonte: Dados disponilizados

O material apresentou uma carga má xima aplicada de 112 N, uma flexã o de 5,25 mm ao fim do
teste, além de um mó dulo de elasticidade de 3042 Mpa.
Para a resistência a flexã o de uma seçã o retangular, temos:
f
3F L
σ=
2 bd
Onde:
F: carga na fratura;
L: distâ ncia entre os pontos de suporte;
b: largura;
d: altura
Substituindo pelos valores do nosso corpo de prova teó rico e os valores usados no teste, temos,
respectivamente, 568.07 MPa e 525,26 MPa de resistência a flexã o.
Usando as equaçõ es seguintes, calculamos o momento de inércia “I” e a deflexã o Δy .
F L3
∆ y=
48 EI

b d3
I=
12

Substituindo os valores, para o nosso corpo de prova teó rico e o usado no teste, temos,
respectivamente, 47,54 e 65,34 mm.
As diferenças entre os valores calculados devem-se à s diferenças das medidas de largura e altura
entre as mediçõ es realizadas e os nú meros usados no Software.
4.3 – Ensaio de Compressão
Neste tipo de ensaio, busca-se analisar o comportamento do material com a força aplicada,
com isso é gerado o grá fico para melhor ser visualizado esse comportamento.

Grá fico 7 – Esforço x Deformaçã o.

Fonte: Autoral

Apó s realizado o ensaio foi possível observar a diminuiçã o do comprimento do corpo de

prova, com o comprimento medido ao final do teste de 13,75 mm, uma reduçã o de
aproximadamente 20% do comprimento do corpo de prova. Também foi possível observar o
valor da má xima resistência à compressã o de 817,02 Mpa.

4.4 – Ensaio de Impacto

Para esse tipo de ensaio as dimensõ es do corpo de prova, a forma e o tamanho do entalhe sã o
importantes, pois determinam um dado estado de tensõ es que nã o se distribuem de uma
maneira uniforme por toda a á rea do corpo de prova, no ensaio. Portanto, esse ensaio nã o
fornece um valor quantitativo da tenacidade do metal. A energia medida é um valor relativo
usado apenas para comparaçõ es entre resultados que foram obtidos nas mesmas condiçõ es de
ensaio. Isso explica o motivo desses resultados nã o serem usados como aplicaçã o nos cá lculos de
projetos de engenharia

No ensaio realizado no laborató rio, a má quina utilizada possuia uma escala de energia até
300 J (joules). Com a realizaçã o do ensaio observamos na escala da má quina que a energia
absorvida pelo corpo de prova utilizado foi de 155 J.

5. Conclusão
Com os procedimentos experimentais realizados é possível observar o comportamento
mecâ nico dos materiais utilizados como corpo de prova, e analisando os diagramas de tensã o x
deformaçã o é possivel determinar alguns parâ metros que auxiliam no estudo de suas aplicaçõ es.
Para determinaçã o de parâ metros como oa tensã o de escoamento, tensã o má xima de resistência à
traçã o, mó dulo de elasticidade e coeficiente de resistência do material normalmente é necessá rio
à realizaçã o de diversos ensaios com mais de um corpo de prova, nã o apenas um como nos
ensaios realizados. Alguns desvios podem ter influenciado nos resultados, assim com a imperícia
na execuçã o do ensaio ou nã o execuçã o dos dados, consideramos que os objetivos deste estudo
foram alcançados.

6. Referências Bibliográficas
[1] Callister, W. D. Jr, Ciência e Engenharia de Materiais: uma introduçã o; Editora LTC, 10ª. Ediçã o
2008.
[2] Importâ ncia dos ensaios mecâ nicos. Disponível em:
https://eescjr.com.br/blog/por-que-devo-realizar-ensaios-dos-materiais/
[3] Ensaio de Materiais – 08 Dobramento e Flexã o. Telecurso 2000, Ed. Globo, 2000
[4] ADRIANO, Scheid. Aná lise de Falhas. 2010.
[5] Ensaio de impacto. Disponível em:
azdoc.tips-apostilas-em-pdf-do-senai-ensa16.pdf

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