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Turma: Terça
SÃO PAULO
2023
Introdução
A mineralogia aplicada ao beneficiamento de minério é uma vertente tradicional e
clássica da mineralogia. Seu foco reside no entendimento das características primordiais
dos minerais presentes em amostras representativas de minério bruto, obtidas a partir de
fragmentos de rochas ou de produtos granulares representativos. Esse procedimento
fornece informações essenciais que auxiliam os engenheiros de processos na otimização e
desenvolvimento das técnicas de beneficiamento mineral, especialmente para fins
metalúrgicos.
Embora os relatórios das pesquisas geológicas, abrangendo aspectos dentro da
mineração, oferecem valiosas informações sobre um depósito mineral, nem sempre são
diretamente aplicáveis ao processo de beneficiamento. Portanto, é crucial que as
informações obtidas nos estudos de mineralogia aplicada não se restrinjam apenas à
identificação dos constituintes da amostra, mas inclui avaliações quantitativas ou
semiquantitativas desses constituintes. Esses estudos mineralógicos devem ser conduzidos
com base em métodos de separação e concentração, visando aprimorar a recuperação dos
minerais de valor.
É importante destacar que os minérios frequentemente exibem características e
peculiaridades distintas, o que significa que os processos tecnológicos eficazes para um
determinado tipo de minério podem não ser igualmente eficientes para um minério
semelhante. Portanto, é fundamental reconhecer que em um depósito mineral específico
podem ocorrer variações e alterações nas características dos minerais e nas condições
ambientais.
Análises
Devido à natureza da matéria-prima que compõe o minério e ao desejo de realizar
uma caracterização mineralógica abrangente, é de suma importância direcionar maior
atenção aos estudos conduzidos com o microscópio óptico polarizante. Essas análises
possibilitam, mesmo em uma fase exploratória, uma representação precisa do
comportamento dos constituintes do minério no contexto do beneficiamento,
independentemente de se tratar de minerais de valor ou dos componentes que compõem a
ganga. Esse tipo de investigação se baseia principalmente na identificação das
propriedades ópticas fundamentais dos minerais, através do uso do microscópio óptico
polarizante.
Contexto
A extração de recursos naturais é importante para sociedade e traz diversos
benefícios, além do atendimento às necessidades humanas,a mineração desenvolve papéis
importantes na indústria,infraestrutura e exportação de um país, trazendo um crescimento
na economia e gerando empregos para a população.
Com base nesse conceito inicial da mineração, temos o alumínio, material usado
muito no nosso cotidiano, ele está presente em aviões, barcos, automóveis, janelas e
divisórias de portas, embalagens e etc.
E a produção do alumínio começa com a sua matéria prima, bauxita (tipo de solo
argiloso encontrado abaixo da linha do equador). A bauxita é uma substância naturalmente
encontrada na natureza e consiste em um material altamente heterogêneo, principalmente
composto por um ou mais hidróxidos de alumínio. A extração da bauxita é
predominantemente direcionada para a obtenção de alumina, que, por sua vez, é um
componente essencial na produção de alumínio metálico. De forma geral, é preciso o uso
de 4 toneladas de bauxita seca para gerar 2 toneladas de alumina, e essa quantidade de
alumina resulta na produção de 1 tonelada de alumínio (conforme informações do USGS).
Métodos
Difração de raios X
A difração de raios X é uma técnica de caracterização de materiais que utiliza a
interação de raios X com a amostra para determinar a sua estrutura cristalina. Os raios X
são produzidos em uma fonte e direcionados para a amostra. Ao interagirem com a
amostra, os raios X são espalhados em todas as direções. Os raios X espalhados são então
coletados por um detector e analisados. Além disso, é uma técnica não-destrutiva que pode
ser utilizada para caracterizar uma ampla variedade de materiais, incluindo sólidos, líquidos
e gases. É uma técnica muito sensível, capaz de detectar a presença de pequenas
quantidades de diferentes fases.
Objetivos da DRX:
● Identificar as fases presentes na amostra
● Determinar a estrutura cristalina das fases presentes na amostra
● Determinar as propriedades físicas da amostra, como tamanho de grão, orientação
dos grãos e densidade
Microscopia eletrônica de varredura
A microscopia eletrônica de varredura (MEV) é uma técnica de microscopia que
utiliza um feixe de elétrons para obter imagens da superfície da amostra. O feixe de elétrons
é focalizado em uma pequena área da amostra e os elétrons espalhados são coletados por
um detector. As imagens obtidas pelo MEV podem ser utilizadas para observar a
morfologia, a composição química e a estrutura da superfície da amostra.
Objetivos do MEV:
● Observar a morfologia da amostra
● Determinar a composição química da amostra
● Observar a estrutura da superfície da amostra
Para dar início às análises foi feita uma difratomia de raios X. A partir dela,
recebemos as amostras 1 e 3 para estudarmos:
Conclusão
Após expor os resultados e relacionar os resultados, é perceptível que as técnicas
de análise possuem limitações, como por exemplo o que ocorreu no nosso caso, que foi a
incerteza em indicar o mineral presente, como no primeiro fragmento, gerando dúvidas
entre hematita e goetita. Além disso, possui baixa sensibilidade por elementos mais leves
que o Na, possui interferência na matriz (a presença de outros elementos e compostos
podem interferir na análise).
No mais, a experiência foi muito enriquecedora para a nossa formação, uma vez que
pudemos ter contato direto com métodos analíticos utilizados no dia a dia dos engenheiros
de minas e petróleo, além de podermos ver tecnologias de última geração em
funcionamento no nosso próprio departamento.