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Elaboração
Andrey Pimentel Aleluia Freitas
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE II
PILARES DA TPM.................................................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 1
ORIGEM, HISTÓRICO E CONCEITOS........................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 2
FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS DE SUPORTE À TPM.................................................................................................... 21
CAPÍTULO 3
FERRAMENTAS OPERACIONAIS DE SUPORTE À TPM................................................................................................... 32
CAPÍTULO 4
RISCOS À TPM............................................................................................................................................................................... 38
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................43
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PILARES DA TPM UNIDADE II
Capítulo 1
ORIGEM, HISTÓRICO E CONCEITOS
A implementação da TPM não é uma tarefa simples, pois não há uma série de etapas
rigorosas a serem seguidas para garantir sucesso em sua implementação. No entanto,
deve-se considerar alguns conceitos que permitam estabelecer uma base sólida para
seu desenvolvimento. Nesse sentido, alguns “pilares” de conceitos múltiplos foram
identificados e representados por diversas ferramentas de aplicação prática que servem
de guia para o alcance dos objetivos estabelecidos para quaisquer organizações.
Nesta segunda unidade, vamos abordar os oito pilares que constituem a manutenção
produtiva total, bem como explorá-los a fundo, objetivando expor claramente seus
conceitos e objetivos. Com isso, espera-se desenvolver uma sequência estruturada para
a implementação dos conceitos aplicados da TPM, esclarecendo e tornando viável seu
real entendimento teórico e prático.
» Melhoria específica.
» Manutenção autônoma.
» Manutenção planejada.
» Educação e treinamento.
» Controle inicial.
» Manutenção da qualidade.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Pilares da TPM
Administração da TPM
Manutenção Planejada
Treinamento
Kaizen
1.1. Pilar do 5S
A TPM começa pelo 5S, em que as seguintes premissas devem ser consideradas:
» Senso de utilização.
» Senso de limpeza.
» Senso de padronização.
» Senso de disciplina.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
“desmontar para tornar melhor”. Esse conceito, no entanto, requer uma vasta quantidade
de técnicas de gerenciamento de projetos para facilitar os processos no futuro.
O conceito do 5S segue uma metodologia fundamentada por cinco níveis, que podem
atuar de forma paralela ou sequencial, em que se destacam as necessidades de:
É importante classificar toda a área. A remoção de itens deve ser discutida com todo o
pessoal envolvido. Os itens que não podem ser removidos imediatamente devem ser
marcados para remoção subsequente.
» Varredura: limpar continuamente a área para que pareça. Evita que uma área
fique suja e minimiza a necessidade de limpezas posteriores. Um local de trabalho
limpo indica altos padrões de qualidade e bons controles de processo. A varredura
deve eliminar a sujeira, criar conceitos de valor aos ambientes de trabalho e aos
equipamentos.
» Organizar: ter um lugar para tudo e tudo em seu lugar. O passo inicial consiste em
identificar e priorizar os itens necessários. Busca mostrar quais itens realmente
são necessários e quais itens não estão no lugar correto. Assim, os itens podem
ser encontrados mais rapidamente e os funcionários evitam deslocamentos
desnecessários.
Os itens mais usados devem ser mantidos juntos, conforme características. Etiquetas,
marcações de piso, placas, fitas e contornos sombreados podem ser usados para identificar
áreas específicas de materiais. Além disso, os itens compartilhados, por diferentes
ambientes ou setores, podem ser mantidos em um local central para eliminar a compra
de mais quantidade do que o necessário.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Os itens são devolvidos para onde pertencem e a limpeza de rotina elimina a necessidade
de projetos de limpeza especiais. O agendamento requer listas de verificação e agendas
para manter e melhorar a organização.
Considerando que a TPM tem seu início a partir do estabelecimento do 5S, esta ferramenta
é considerada a pedra angular da implementação da TPM, por isso alguns autores a
consideram mais um pilar independente.
» Atrasos (delay).
» Defeitos (defects).
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Pilares da TPM | UNIDADE II
» Seiton (organização): encontrar um lugar para tudo, colocando cada item em seu
lugar. Para isso, deve-se estabelecer, delinear e rotular a localização padrão de
cada elemento.
» Seiso (limpeza): limpar a área de trabalho e manter tudo organizado e limpo. Essa
atividade eliminaria a sujeira, aumentaria as condições operacionais nas áreas de
trabalho e desenvolveria valores da equipe.
Aliás, o software 5S é considerado por múltiplos autores como o suporte da TPM por ser
a responsabilidade direta do pessoal envolvido, o que requer padronização e disciplina,
elementos cruciais da TPM principal, ou seja, manutenção autônoma.
Além disso, a manutenção autônoma (Jishu Hozen) visa a alcançar o senso de participação
do operador. Isso contribui para a redução significativa das perdas com o operador sendo
responsável por seus processos, uma vez que foi treinado e qualificado para essas funções.
Algumas das atividades que devem ser desenvolvidas nesta etapa são:
» Limpeza.
» Lubrificação.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
» Ajustes.
» Inspeções visuais.
» Derramamento de produtos.
» Defeitos corrigidos.
» Reuniões realizadas.
» Defeitos de qualidade.
» Sessões de treinamento.
Por fim, para alcançar a automanutenção adequada, sete etapas principais devem ser
consideradas:
» Inspeção autônoma.
» Padronização.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Via de regra, o domínio do operador é o exterior da máquina, ou o que pode ser acessado
de fora. O domínio do responsável pela manutenção é o interior da máquina ou os
componentes de trabalho que estão dentro da máquina.
» Educação e treinamento:
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Pilares da TPM | UNIDADE II
» Limpeza profunda:
› Instruções de limpeza.
› Horários e rotinas.
› Padrões de lubrificação.
› Lista de verificação.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
» Termo japonês.
Esse processo tem como foco proporcionar melhorias de forma objetiva, dividindo os
processos envolvidos, de maneira claramente definida e compreendida, de forma que
os desperdícios sejam identificados, ideias de melhoria sejam criadas e as perdas sejam
identificadas e eliminadas.
A filosofia inclui ainda a redução dos tempos de ciclo e lead times, aumentando a
produtividade, reduzindo o trabalho em processo (WIP), reduzindo defeitos, aumentando
a capacidade, aumentando a flexibilidade e melhorando os layouts por meio de técnicas
de gerenciamento visual.
Qualquer trabalho executado não deve ser apenas um trabalho com valor agregado, mas
também um trabalho solicitado pelos clientes. O WIP deve ser eliminado para reduzir
o estoque.
O estoque deve ser visto simplesmente como dinheiro em processamento e deve ser
reduzido o máximo possível. O WIP pode ser reduzido, por meio da redução dos tempos
de preparação, transporte de quantidades menores de saídas de lote e balanceamento
de linha.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
Os gargalos devem ser removidos, por meio da identificação das tarefas sem valor
agregado e eliminação do tempo excessivo gasto por máquinas e pessoas. Assim, temos
os seguintes alvos:
Para que isso seja alcançado, alguns passos devem ser seguidos:
» Manutenção preventiva.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
» Gestão de lubrificação.
Nesse conceito, ou cultura, não basta “saber fazer”, mas “saber por quê”, de certa forma,
uma fábrica cheia de especialistas se concretiza. Da mesma forma, esse pilar é fundamental
para outro pilar, ou seja, a mesma melhoria contínua que só é possível por meio do
conhecimento e da capacidade de melhoria contínua das pessoas em diferentes níveis.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
» Treinar com foco para tirar o cansaço dos funcionários e tornar o trabalho mais
agradável.
O layout, comissionamento e testes adequados irão garantir que a equipe possa desenvolver
produtos confiáveis e junto com as especificações concedidas. Além disso, alguns dos
aspectos que se pretende abordar neste momento são a minimização de problemas,
implementação dentro do prazo e melhoria na manutenção de novos equipamentos a
partir de experiências obtidas de acordo com a equipe anterior.
» Número de dias necessários para que o novo maquinário atinja 85% do OEE.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
qualidade aos clientes, obtidos por meio de uma fabricação impecável. Em outras
palavras, ela se concentra no monitoramento das atividades que afetam a variabilidade
na qualidade do produto.
Esse pilar trata da transição de reativo para proativo, e isso caracteriza a evolução do
controle de qualidade à garantia de qualidade.
A transição dos valores medidos é observada por meio de gráficos para prever as
possibilidades de defeitos, a fim de tomar as medidas adequadas antes de serem
apresentados.
Além disso, é aqui que os especialistas técnicos no processo especificam o tipo de máquina
necessária, os técnicos de manutenção estabelecem as estratégias de manutenção
mais eficientes, os operadores de máquinas cumprem rigorosamente o uso ideal do
equipamento, a estratégia mais eficaz para o gerenciamento é estabelecida por peças,
segurança e trabalho saudável são garantidos.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
Como foi mencionado anteriormente, o objetivo da TPM é eliminar perdas, o que inclui
a análise de processos e procedimentos para aumentar a automação da administração.
Nesse sentido, algumas das perdas que se busca solucionar e evitar são as seguintes:
» Perdas de processamento.
» Perdas de comunicação.
As organizações devem tratar as pessoas com respeito, bem como o meio ambiente. Por
exemplo, as atividades promocionais de segurança, como atividades Kaizen, concurso de
segurança, criação de cartaz de segurança, mês da segurança, comemoração da semana,
e informações sobre as melhores iniciativas contra perdas e acessos podem contribuir
muito para melhorar a segurança no local de trabalho.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Num ambiente onde não existe segurança, higiene e meio ambiente adequado para
executar atividades, também não existirá mão de obra para executar qualquer trabalho
pelo risco de integridade que ela se colocará.
Esse pilar traz à tona as duas primeiras camadas da teoria das necessidades proposta
por Abraham Maslow, em que o topo da pirâmide só é possível de ser alcançado se os
anteriores estiverem sendo satisfeitos.
Dessa forma, esse pilar deve ser tratado como fundamental, pois o empenho de toda a
organização no programa da manutenção produtiva total só terá sucesso se as pessoas
envolvidas estiverem no topo das necessidades, pois é nesse ponto que elas estarão mais
motivadas e empenhadas em desenvolver e melhorar continuamente.
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Capítulo 2
FERRAMENTAS ESTRATÉGICAS DE SUPORTE À TPM
Neste capítulo, iremos apresentar algumas ferramentas que dão suporte para que a
implantação do programa TPM possa ser possível em qualquer organização.
2.1. Filosofia 5S
A ferramenta 5S não possui uma origem ou um autor específico. O pouco que se sabe
sobre sua origem é que sua utilização se iniciou no Japão, identificado pelo idioma que
até hoje fixa as palavras de suporte da ferramenta, que são elas: Seiri, Seiton, Seiso,
Seiketsu e Shitsuke.
A tradução de cada uma dessas palavras nos remete ao trabalho ou senso a ser desenvolvido.
São elas, respectivamente: utilização, ordem, limpar, padronizar, disciplina. A figura 3
ilustra o ciclo do 5S.
Seiri
Utilização
Shitsuke Seiton
Disciplina Ordem
Seiketsu Seiso
Padronizar Limpar
Fonte: http://cursosgratis.blog.br/wp-content/uploads/2015/05/Programa-5S.jpg.
Para entender melhor o conceito dentro de cada senso, ou S, ou seja, em cada palavra,
falaremos um pouco individualmente de cada uma.
O primeiro ‘S’, Seiri, representa o senso de utilidade dos recursos à disposição. Muitas
vezes acreditamos que é necessário ter tudo perto para ser de fácil utilização, porém
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UNIDADE II | Pilares da TPM
não é bem assim. Precisamos entender o que vai ser útil para nós, e manter por perto
esses recursos.
Os tipos de recursos que podemos avaliar nesse ‘S’ são matérias-primas, ferramentas,
peças em geral, documentos, indo até máquinas e equipamentos.
Imagine que você precisa fabricar uma peça, e que para ser fabricada a peça é preciso
utilizar uma prensa de várias toneladas e, posteriormente, um equipamento muito
sensível para realizar as medições. Se você mantiver esses dois equipamentos lado
a lado, nenhum deles irá trabalhar adequadamente para tentar evitar interferência
um ao outro, além do risco de danificar o equipamento mais sensível. É um exemplo
exagerado, mas é aí que se inicia o senso de utilização.
Nesse momento, é importante definir o que é se usa com muita frequência, com média
e com pouca frequência.
A implantação do próximo ‘S’, Seiton, inicia-se ainda antes do término do primeiro ‘S’.
Pois o Seiton busca pela sensibilização da organização das coisas. A organização se inicia
após a identificação de frequência de uso, feita no primeiro ‘S’.
Após esse passo, deve-se definir locais para armazenar esses itens de modo que os de
uso mais frequente estejam mais próximos do usuário e os de uso de menor frequência
podem ficar armazenados mais longe do usuário.
Ainda no senso da organização, após a definição dos locais para cada coisa, elas devem
realmente passar a ocupar esses locais. Tudo o que estiver fora de seu devido lugar pode
se tornar inútil e até mesmo perigoso.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
Caixa
Caixa
Caixa
Uso Diário Uso Semanal Uso Mensal Pouco uso
Observe como cada passo faz com que o próximo passo seja realizado de forma mais
fácil e simples.
O senso de limpeza, que é o terceiro ‘S’, Seiso, não seria fácil de ser realizado se não
soubéssemos o que é útil e o que é inútil e se todas as coisas estivessem bagunçadas e
não tivessem local definido de armazenamento.
O senso de limpeza está tão presente em nossas vidas, que dentro de nossas próprias
casas, escritórios e até mesmo dos carros, procuramos mantê-los limpos, pois nos
sentimos melhor num ambiente limpo do que em um ambiente todo cheio de sujeiras.
Esse senso está muito ligado ao nosso senso de segurança. Todos temos o sentido de
que um local bagunçado e sujo é sinal de perigo eminente.
Além disso, um local limpo nos trará o desejo de mantê-lo assim, pois nos sentimos bem
e queremos que os outros se sintam bem também.
Observe que em locais sujos e bagunçados, as pessoas acabam passando por cima de
seus sentimentos de limpeza e acabam sujando e bagunçando ainda mais. Porém, em
locais limpos, procuram deixar tão limpo quanto quando o encontraram.
Meu ambiente
de trabalho
Sujeira
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UNIDADE II | Pilares da TPM
O quarto ‘S’, Seiketsu, analisa tudo o que foi realizado e criado durante a execução dos
Seiri, Seiton e Seiso. Pois esses passos, dentro de uma organização, podem ter sido
realizados de forma diferente em diferentes departamentos.
Nesse ponto, se torna importante que toda a organização esteja organizada de uma única
forma, para que um operador, ao precisar mudar de máquina para trabalhar, não se
depare com um ambiente organizado de uma forma que ele desconheça. Para ele, isso
seria o mesmo que um ambiente desorganizado.
Ainda nesse passo, a organização deve estabelecer regras e conceitos para que nenhum
membro seja mais favorecido que outro, as mesmas rotinas e exigências em um
departamento também devem ser exigidas dos demais departamentos, pois estamos
buscando a harmonia organizacional.
Utilizar
somente o
Análise melhor
dos
modelos
Vários
modelos
Por fim, podemos dizer que o Shitsuke, o quinto ‘S’, é autossensibilização dos membros
de uma organização, todos passam a trabalhar em acordo com o bem comum que buscam
no 5S.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
Quando conscientizados, os padrões éticos e morais das pessoas também serão alterados
para o conceito dos 5S. E se ainda não o tiverem feito, começaram a levar esse conceito
para a vida, para dentro de suas casas e seus familiares.
É tão interessante quando um indivíduo chega nesse ponto, que se ele observar outro
indivíduo realizando de forma que esteja fora desses padrões, ele tomará consciência
de que precisa passar ao outro indivíduo esses bons conceitos que são os 5S.
Comercial
Produção Vendas
Organização
Engenharia RH
5S
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UNIDADE II | Pilares da TPM
2.3. PDCA
O PDCA é uma ferramenta de auxílio para acompanhamento de projetos e se for do
desejo da pessoa que a utiliza, essa ferramenta, após iniciada, só é encerrada quando
os objetivos iniciais forem alcançados.
Os ciclos PDCA são muito utilizados para projetos de melhorias contínuas. Quando
há o término de um processo, outro ciclo se inicia, utilizando os resultados obtidos no
primeiro ciclo como entrada no próximo ciclo.
Não podemos esquecer-nos de referenciar que o conceito do PDCA foi idealizado por
Walter A. Shewhart, mas foi Willian E. Deming quem popularizou essa ferramenta
inicialmente nas indústrias japonesas.
ACT PLAN
AGIR PLANEJAR
CHECK DO
AVALIAR FAZER
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Pilares da TPM | UNIDADE II
2.3.2. Do (fazer)
No terceiro passo do PDCA, iremos avaliar primeiramente se o que foi executado estava
de acordo com o planejamento, por esse motivo é importante evitar desvios durante a
execução, caso tenha havido desvios, avalia-se os fatores causadores dos desvios e se
eles geraram ou não reflexos negativos.
Na sequência da avaliação dos desvios, ou caso não tenha havido desvios, segue-se para
a avaliação se a execução, ao todo, avaliar se os objetivos foram atingidos em completo
ou se alguns detalhes dos objetivos não puderam ser alcançados.
Nessa avaliação, é importante identificar todos os fatores que causaram o não atendimento
dos objetivos e identificar todos os fatores que foram bem executados.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Em ambos os casos são abertos estudos específicos, no caso dos desvios negativos,
procurando por alternativas para que esses desvios não voltem a acontecer. Em alguns
casos, pode-se até alterar os meios de como são executados.
Já nos desvios positivos, trabalha-se para que eles continuem a ocorrer novamente
durante as execuções, por não serem mais tratados como desvios, pois já os conhecemos,
durante o planejamento já iremos considerar esses fatores.
Nas aplicações de melhoria contínua, ou quando os objetivos não foram atendidos por
completo no primeiro ciclo, esse passo se torna entrada para um novo planejamento
(um novo PDCA), porém já com conhecimento do que deu certo e o que deu errado para
que o próximo planejamento seja mais preciso que o primeiro e, consequentemente, a
execução seja feita de forma mais eficiente e, na sequência, os resultados sejam melhores
que os do primeiro ciclo.
2.4. DMAIC
Posterior ao PDCA, algumas variações baseadas nessa ferramenta foram desenvolvidas,
dentre elas a DMAIC, sigla das palavras inglesas, Define, Measure, Analyse, Improve and
Control (defina, meça, análise, melhore, controle). Como é uma variação da ferramenta
PDCA, não entraremos no mérito de falar de cada passo especificamente.
Os passos não fogem do conceito do PDCA, pois definir, medir e analisar trata da situação
atual, que é realizado no planejar do PDCA. A melhoria está ligada ao fazer; o controle,
ligado ao avaliar e agir.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
Vilfredo Pareto, ou apenas Pareto, foi um economista italiano que ficou muito conhecimento
por ter observado que, em um determinado evento, 80% dos efeitos eram gerados por
apenas 20% das causas.
O objetivo dessa ferramenta é evitar que pessoas dediquem muito tempo com ações
sobre problemas que não trará resultados significativos para a organização, pois o esforço
está sendo direcionado para as causas menos frequentes de problemas, e isso torna o
trabalho de solução dos problemas demorado e com altos custos.
Por esse motivo, a análise de Pareto é realizada para auxiliar na tomada de decisões
sobre quais causas serão abordadas primeiro e, posteriormente, qual será a melhor
forma para trabalhar as soluções.
» Primeiro: identificar o que será analisado – se for uma máquina que está gerando
muitas peças com falhas, se forem várias reclamações que o pós-venda está recebendo
sobre um determinado produto.
Bem simples esse primeiro passo, certo? Então vamos para o próximo.
» Quarto: monte um gráfico de barras com os dados para facilitar a visualização das
informações e para se utilizar posteriormente em uma apresentação, conforme a
figura 9 que exemplifica o caso acima citado.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
30
25
20
15
10
0
Curto-Circuito Queima motor Quebra estrutura Botão
Figura 10. Gráfico de quantidade de ocorrências por tipos de falhas com indicação de índice
percentual acumulado.
30 100% 100%
97%
92% 90%
25
80%
70%
20 66%
60%
15 50%
40%
10
30%
20%
5
10%
0 0%
Curto-Circuito Queima motor Quebra estrutura Botão
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Pilares da TPM | UNIDADE II
» Sexto: levante os fatores causadores dos problemas, tais como sistema elétrico,
sistema mecânico, má utilização pelo usuário, sistema de logística, tempo de
produção etc.
» Sétimo: agora é necessário quantificar os fatores causadores, igual ao que foi feito
com os problemas encontrados, porém, como a causa é uma situação, não pode
ser acumulada. Assim, teremos um mesmo percentual para todos os fatores; como
identificamos cinco fatores apenas, cada fator representa 20% individualmente.
» Oitavo: por fim, a análise propriamente dita. Observe que curto-circuito e queima
de motores elétricos são causados pelo mesmo fator, por meio de falhas no sistema
elétrico. Com isso, nesse exemplo, temos que 92% das falhas são causadas por
falhas no sistema elétrico do produto.
A partir desse ponto, podemos começar a planejar uma frente de ação para resolver as
falhas no sistema elétrico, pois solucionando os problemas elétricos, conseguirá resolver
92% das falhas nos produtos, obtendo um resultado mais rápido.
Essa mesma análise pode ser utilizada para levantamento, por exemplo, dos principais
produtos produzidos por uma empresa, para que programas de melhorias sejam
empregados primeiramente nesses produtos, com o objetivo de se ter retornos mais
rápidos.
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Capítulo 3
FERRAMENTAS OPERACIONAIS DE SUPORTE À TPM
3.1. Ishikawa
Uma ferramenta muito utilizada para descobrir e analisar os meios causadores de um
determinado fator muitas vezes utilizado para falhas e defeitos é o famoso diagrama de
Ishikawa, também conhecido como diagrama de causa e efeito, ou diagrama espinha de
peixe. Atualmente, o diagrama de Ishikawa é considerado como uma das sete principais
ferramentas da qualidade.
Isso acontece exatamente por não terem sido avaliados outros meios que possam ter
influenciado para levar àquela determinada falha, em alguns casos, vários fatores juntos
que irão causar um problema e não somente um, isoladamente, o que nos leva à avaliação
de causas para resultados de dispersões dentro de um determinado processo.
Essa análise visa a avaliar seis vertentes distintas que afetam o fato ocorrido, que são:
método, medida, máquina, meio ambiente, material e mão de obra. Na figura 11 há
exemplos de diagrama de Ishikawa.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
Problema
Causa Causa
Causa
Mão de Meio
Material
obra Ambiente
Fonte: https://blog.luz.vc/wp-content/uploads/2015/12/planilha-de-diagrama-de-ishikawa-em-excel-imagem-espinha-de-
peixe.jpg.
» Meio ambiente: o defeito pode ser oriundo de causas naturais, tais como calor,
frio, chuva, vento, poeira, poluição, entre outros.
» Mão de obra: o defeito está ligado a fatores emocionais do operador tais como
pressa, falta de capacitação, ato inseguro, comportamento inadequado, entre outros.
Ao por em prática o uso da ferramenta, tenha em mente que alguns ‘M’ não serão
necessários, mas antes de tomar essa decisão, faça uma avaliação com todos os ‘M’.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Elabore uma descrição o mais detalhada possível sobre o problema, de modo que
seja possível mensurá-lo de alguma forma.
Monte sua “espinha de peixe” e deixe os campos “causa” em branco para posterior
preenchimento.
Analise cada ‘M’ separadamente, lembrando sempre de explicar o que cada um deles
significa. Levante possíveis causas, evite trabalhar procurando apenas uma causa,
tenha em mente que o problema foi gerado por várias causas.
3.2. FMEA
A última ferramenta que iremos abordar nesse capítulo é a FMEA – sigla para Failure
Mode and Effect Analysis –, que significa análise dos modos de falha e seus efeitos.
Apesar de termos dito que o FMEA melhora a confiabilidade no projeto e processo, ele
também é utilizado para outros fins como sistema, serviços e máquinas, explicando um
pouco de cada um.
» FMEA de processos: são avaliadas falhas que têm possibilidades de ocorrer durante
a execução de um processo e os riscos ao produto a ser realizado.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
» FMEA máquinas: avalia falhas que uma determinada máquina pode apresentar
durante seu funcionamento e os riscos que essas falhas podem apresentar para o
operador e para o produto que está sendo produzido.
Código: [Código da peça/produto em análise] Data Original: [data] D.Rev. [data de revisão]
Equipe: [Nome de todos os profissionais da equipe multidisciplinar] Aprovação: [Responsável pela aprovação]
Severidade
Ocorrência
Ocorrência
Requisitos
Tomadas
Detecção
Detecção
NPR
NPR
3.2.1. Função
» Rosquear porca.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
3.2.2. Requisitos
» Planejar cronograma com treze etapas, totalizando duração de noventa dias com
tolerância de mais cinco dias.
» Código-fonte com trinta linhas de codificação tolerando mais dez linhas e menos
uma linha.
» Não roscar / roscar medida diferente de M12 / roscar com tolerância inferior a 6G.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
falha em potencial, como também um modo de falha em potencial pode gerar mais de
um efeito potencial de falha.
» Impossibilita montagem.
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Capítulo 4
RISCOS À TPM
Ao se estabelecer os critérios, esses devem ter conceitos claros e objetivos para fácil
entendimento dos profissionais que irão utilizá-los.
Severidade
10 Falha em atender exigências de segurança sem aviso prévio.
07 Perda função primária, redução de desempenho, parte da produção pode ser destruída.
06 Perda função secundária, perda de conforto, 100% produção retrabalhada fora da linha.
05 Perda função secundária, conforto reduzido, parte da produção retrabalhada fora da linha.
04 Incômodo perceptível por vários usuários, 100% retrabalhada por estação antes de processar.
03 Incômodo perceptível por alguns usuários, parte da produção retrabalhada por estação antes de processar.
02 Incômodo perceptível por poucos usuários, pequeno inconveniente com o processo.
01 Sem defeito.
Fonte: Chrysler, 2008.
4.1.1. Classificação
A classificação tem como função ajudar a identificar fatores com severidade potencial.
A organização pode definir uma denominação para elas ou seguir as práticas mais comuns
pelas organizações que definem características críticas e significativas, sendo alinhadas
diretamente com o número da severidade.
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Pilares da TPM | UNIDADE II
Uma característica crítica remete a uma severidade entre nove e dez, já uma característica
significativa remete a uma severidade entre sete e oito.
A identificação das causas deve estar limitada às falhas para o que se está sendo analisado.
É comum existirem várias causas para um mesmo modo de falha potencial e todas
devem ser listadas.
Alerte-se que uma causa deve estar alinhada ao modo de falha e não a seu efeito.
4.2. Ocorrência
A ocorrência é um índice predefinido para ajudar na especificação do grau de ocorrência
da falha. Pode ser elaborado pela própria organização, como também pode seguir algum
critério previamente estabelecido.
Ao se estabelecer os critérios, esses devem ter conceitos claros e objetivos para o fácil
entendimento dos profissionais que irão utilizá-los.
Ocorrência
10 Muito Alta 1 em 10
09 Alta 1 em 20
08 Alta 1 em 50
07 Alta 1 em 100
06 Moderada 1 em 500
05 Moderada 1 em 2.000
04 Moderada 1 em 10.000
03 Baixa 1 em 100.000
02 Baixa 1 em 1.000.000
01 Muito Baixa Controle preventivo
Fonte: Chrysler, 2008.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Esse índice deve ser trabalhado junto com o levantamento de dados de ocorrências de
falhas. Se um problema tem alta ocorrência, como uma falha em cinquenta, seu índice
nesse caso será oito.
Porém, no caso de se realizar um estudo em algo que nunca foi realizado antes, deve-se
utilizar a probabilidade para definir o grau de ocorrência e, conforme o desenvolvimento,
avançar e realimentar com a informação correta.
No caso de se optar pelo uso da ocorrência um, muito baixa, uma justificativa para o
controle preventivo deve ser apresentada.
Os controles preventivos atuais são os controles que estão atualmente sendo utilizados
para prevenir a ocorrência.
Como exemplos, temos sistemas à prova de falha, como sistemas poka-yoke, utilização de
ferramentas com índices de eficiência elevados, especificação de trabalhos, informações
históricas, entre outras.
4.3. Detecção
A detecção é um índice predefinido para ajudar na especificação do grau de detecção,
pode ser elaborado pela própria organização, como também pode-se seguir algum critério
previamente estabelecido.
Ao se estabelecer os critérios, esses devem ter conceitos claros e objetivos para fácil
entendimento dos profissionais que irão utilizá-los.
40
Pilares da TPM | UNIDADE II
Detecção
10 Quase impossível Não existe controle de processo corrente.
09 Muito remota Falhas não são facilmente detectadas.
08 Remota Detecção após processamento por um operador.
07 Muito baixa Detecção na estação pelo operador, visual.
06 Baixa Detecção após processamento pelo operador com uso de dispositivo de atributos.
05 Moderada Detecção na estação pelo operador com uso de dispositivo automático.
04 Moderada alta Detecção por controle automático após processamento.
03 Alta Detecção automática na estação, detectando peças discrepantes.
02 Muito alta Detecção por controle automático, prevenindo peças discrepantes.
01 Quase certa Detecção não aplicada, prevenção de erros/falhas.
Fonte: Chrysler, 2008.
Esse índice deve ser trabalhado junto com o sistema de detecção de falhas disponíveis
na organização, se um problema tem moderada detecção na estação pelo operador com
uso de dispositivo de automático, seu índice nesse caso será cinco.
No caso de se realizar um estudo em algo que nunca foi realizado antes, deve-se alinhar
ao método de detecção esperado que seja utilizado para definir o grau de detecção e,
conforme o desenvolvimento avançar, realimentar com a informação correta.
No caso de se optar pelo uso da ocorrência muito baixa, uma justificativa para o controle
preventivo deve ser apresentada.
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UNIDADE II | Pilares da TPM
Já para se melhorar a detecção, uma avaliação visual realizada por uma pessoa deverá
passar a ser realizada com o auxílio de instrumentos e padrões preestabelecidos.
Sempre deverá existir uma pessoa preestabelecida para executar as ações recomendadas
e ser responsável pelo cumprimento do prazo estabelecido.
Nesse caso, nomear uma pessoa específica é mais eficaz do que nomear uma
posição/cargo, e lembre-se que somente pessoas da equipe de elaboração poderão ser
designadas para assumir uma responsabilidade de ação recomendada.
Nesse ponto, se descreve cada ação tomada como seus objetivos e seus resultados, é
importante que se tenha os resultados até as datas-alvo definidas no ponto anterior.
Não tendo atingido o objetivo e se a nova análise entre severidade, ocorrência, detecção
e NPR ainda solicitar ação corretiva, outra ação corretiva deve ser iniciada.
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REFERÊNCIAS
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eng.com.br/sobretpm.htm. Acesso em: 2 dez. 2020.
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