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Mini-Curso Técnico – 2015

Fundamentos de Geometalurgia: Integração


Geologia, Processo e Mina

Elisabeth da Fonseca
elisabeth.fonseca@vale.com
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
 Conceituação
• O que é Geometalurgia? O que não é?
• Por que usar a abordagem geometalúrgica?
• Inputs e outputs

 Seleção de amostras para programas geometalúrgicos


• Construção de matriz geometalúrgica

 Métodos de caracterização tecnológica


• Caracterização macro e micro da mineralização
• Noções de processos de concentração mineral

 Como integrar geologia e processamento mineral?


• Definição de domínios geometalúrgicos e curvas geometalúrgicas

 Modelamento de blocos
• Estimativa x simulação
• Importância para o planejamento de mina

1
Geometalurgia : conceito
Geometalurgia : conceito

Abordagem multidisciplinar que integra o conhecimento geológico do depósito


com as áreas de processamento mineral e mina, visando reduzir o risco do
negócio e otimização dos ativos, com maior previsibilidade dos processos.
(Grupo Vale, 2006)
Parâmetros geológicos e de processo

4
Parâmetros geológicos e metalúrgicos
– diferentes visões do processo

5
The Rosetta Stone Challenge

Minério tipo A Minério tipo B Minério tipo C


Recuperação metálica dureza resistência cominuição

Medidas e testes dominantes

A visão dos engenheiros de minas e de processo

An. química Principais litologias alteração

A visão dos geólogos (Observação dominante influenciado pela gênese do minério)

(P843-AMIRA, 2006)
Geometalurgia : integração

Silos disciplinares
Geometalurgia : integração

A abordagem geometalúrgica requer a integração de um amplo leque de


atividades multidisciplinares, sendo necessário romper as barreiras entre os
profissionais
Geometalurgia : linguagem comum

? pórfiro
CAPEX
Drivers para Geometalurgia

•Queda nos teores do minério


•Aumento da complexidade do depósito
•Aumento da demanda mundial
•Questões socioambientais
•Custo e disponibilidade de energia
•Limitações no fornecimento de água
•Taxas para Carbono
Drivers para Geometalurgia

Depósitos de classe mundial estão escassos e


faz-se necessário extrair valor dos depósitos
disponíveis.
Abordagem geometalúrgica nas etapas iniciais de
desenvolvimento de um projeto
Inputs
Outputs
GEOLOGIA
 Base de dados geológicos
GEOESTATÍSCA
validada
Objetivo
Definição de domínios
 Modelos geológico e Entender e traduzir para o geometalúrgicos e parâmetros
geométrico do minério significativos
modelo de blocos as
 Modelo geomecânico variações geológicas e
MINA

metalúrgicas do minério Modelos matemáticos dos


parâmetros geometalúrgicos
 GEOESTATÍSTICA visando maior para subsidiar o planejamento
previsibilidade na mina e de mina
 Modelo de blocos de teores
usina. Modelo de blocos com
METALURGIA parâmetros geometalúrgicos
 Caracterização mineralógica,
física e química das amostras
de processo

 Parâmetros de processo
obtidos dos estudos de
variabilidade
Modelo de Blocos

Abordagem Usual Abordagem Geometalúrgica

Recuperação metalúrgica dos produtos


Teores in situ do Rom
Tipos de minério (geometalúrgicos)
Litotipos
Variáveis críticas do processo

Teores de
Recuperação
2.1% concentrados

brecha estéril
Elementos
Moabilidade
deletérios

O modelo geometalúrgico integra geologia e processo, resultando na incorporação


de novos atributos no modelo do depósito, melhor planejamento e otimização de
mina
Estágios da Geometalurgia ao longo do
desenvolvimento dos projetos

DESENVOLVIMENTO VARIABILIDADE PLANTA


FLUXOGRAMA PROCESSO PILOTO

MODELO DE BLOCOS PLANEJAMENTO MINA

Matriz
geometalúrgica Testes indicativos Testes Físicos

Teores

Observações e Observações e
Tipos de Observações ,Teores, Observações ,Teores,
dados Teores
dados e Testes Testes e Modelos
espaciais
Testes Dados de Análises QEM/Min Processo (Min)
tipicos campo químicas Processo
Furos de 100 +, bulk
3 - 10 10 – 50/100 100 +
sonda sample
Incertezas ± 70% ± 50% ± 25% ± 10%

MAPEAMENTO GM
MODELAMENTO GM
(modificado de Richardson, 2005, oral com.)
ETAPAS DO MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO
ETAPAS DO MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

Definição de domínios Definição de


geológicos e seleção de Estudos de
fluxograma padrão variabilidade de
amostras para testes de processo
metalúrgicos processo (ensaios
geometalúrgicos) Lincar geologia
com metalurgia

Definição de
domínios
geometalúrgicos e
modelo preditivo

Geração de
modelo 3D

Planejamento
de mina

16
17 Título da apresentação – 12/11/2008 (opcional)
ETAPAS DE MAPEAMENTO E MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

18
Levantamento das Informações

 Levantamento minucioso dos dados existentes:


- Mapas e seções geológicas, logs dos furos de sonda, descrições
petrográficas, análises mineralógicas e químicas,
ensaios metalúrgicos, etc.
- Checar modelo geológico e processo de mineralização

A informação básica para o modelamento


geometalúrgico é o modelo geológico do depósito
A obtenção de dados geológicos quantitativos
em testemunhos de sondagem é um desafio

A geometalurgia necessita
dados quantitativos das
propriedades das rochas,
dificilmente disponível na
descrição visual dos
testemunhos.
Etapas de mapeamento e modelamento –
Definição de domínios geológicos
Parâmetros significativos obtidos a partir do log de
sondagem
Parâmetros significativos obtidos a partir do log de
sondagem

A normatização da descrição
macroscópica possibilita o
levantamento de informações
importantes das propriedades das
rochas tais como litologia, alteração,
minerais de minério e de ganga,
análises químicas, aspectos texturais
relevantes.
As informações mesmo que semi-
quantitativas são fundamentais para
dar suporte ao mapeamento
geometalúrgico
Geometalurgia impulsiona a descrição de
testemunhos de sondagem mais automatizada
Dados contínuos da rocha obtidos através de
ferramentas automatizadas (Ex.: HyLogger)

• O escaneamento dos
testemunhos fornece dados
petrofísicos na mesma escala
das análises químicas
• Muitas dessas propriedades
tem implicações diretas na
estimativa de resistência da
rocha
• Esses dados são input muito
útil no mapeamento
geometalúrgico
Ênfase maior na mineralogia e textura
Etapas de mapeamento e modelamento –
Definição de domínios geológicos
Mineralogia

K,Mg,Fe,Al,Ti,Si,O,F
Fe,O Fe,Obiotita
fluorita
Fe,Al,Si,O
Cu,Fe,S
almandina
magnetita
calcopirita
Fe,OFe,O
Cu,Fe,S
Cu,Fe,S bornita

Fe,Al,Si,O Fe,Al,Si,O
Fe,O covelita

Nós lavramos minerais e não elementos


Pode a gênese explicar e prever a mineralogia?

 A mineralogia é uma conseqüência da gênese e evolução do depósito.

 Pode-se conhecer a mineralogia sem ter o entendimento da gênese.

 A mineralogia deve ser considerada para a definição dos tipos litológicos.

 A petrografia é ferramenta essencial para identificar modificações nas


rochas mineralizadas

 A mineralogia isolada é insuficiente e deve ser considerada no


contexto textural da rocha.

 As caracterização mineral para o processo deve considerar as


especificidades das operações unitárias previstas para a rota do processo
e da qualidade do produto.

28 Título da apresentação – 04/10/2012 (opcional)


Aspectos mineralógico-texturais

O melhor entendimento dos aspectos mineralógico-texturais é vital para o


entendimento do comportamento do minério no processamento mineral.
•A mineralogia isolada é insuficiente e deve ser considerada no
contexto textural da rocha.
Construção de uma matriz geometalúrgica
Brainstorm para listar os possíveis parâmetros críticos

CAPACIDADE DE
CIRCUITO
Medidas indicativas típicas no mapeamento
geometalúrgico

32 Título da apresentação – 12/11/2008 (opcional)


Parâmetros típicos para tomadas de decisão

33 Título da apresentação – 12/11/2008 (opcional)


Construção de uma matriz geometalúrgica

Atributos
C
A

Atributos

Combinar características geológicas do


minério com parâmetros significativos ao
Tipos geológicos de minério
comportamento do minério no processo, que
podem agregar valor ou dificultar o processo.
Tipos geológicos de minério de cobre sulfetado

bandado Stockwork lenticular


Tipos geológicos de minério sulfetado

Sulfetado
- atípico
Venular Sulfetado Silicoso
Silicoso
– típico

Venular

Quantificação da mineralogia Estimativa da faixa de moagem


Minério Venular Sulfetado Silicoso
Minério Venular Sulfetado Silicoso
Wt % A B C
Tamanho de grão (µm) A B C
Galena 2.5 8.3 3.7
Galena 49 39 26
Esfalerita 9.6 16.5 13.8
Esfalerita 49 48 50
Calcopirita 0.1 0.4 0.1
Calcopirita 20 20 17
Pirita 40.6 66.5 55.6
Pirita 47 93 55
Arsenopirita 0.7 0.5 0.4
Arsenopirita 28 32 30
Ganga 46.5 7.8 26.4 80 54 50
Ganga
Total 100.0 100.0 100.0
ETAPAS DE MAPEAMENTO E MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

37
Desafio da Amostragem

Número
de amostras ?

E agora ?

“amostra
representativa”

Que
amostras ?
De que?
AMOSTRAGEM
Suporte Amostral – Fatores Determinantes

• Representatividade x volume da amostra


• Custo x benefício da amostra coletada
• Massa de cada amostra necessária para os ensaios tecnológicos
• Diâmetro e comprimento do testemunho de sondagem para cada
amostra
• Alturas equivalentes aos bancos de lavra projetados
• Heterogeneidade do minério
Suporte amostral x Tamanho do bloco
Massa necessária para caracterização do minério

42 Título da apresentação – 12/11/2008 (opcional)


AMOSTRAGEM

 Amostragem é um ponto crítico e deve ser bem


discutida para evitar riscos

 Há necessidade de interação entre as equipes de


geologia, processo e engenharia

 É importante o conhecimento dos processos


envolvidos na concentração do minério

 Disponibilidade de massa em testemunhos de


sondagem em bom estado de conservação é um
desafio nas etapas iniciais do projeto
Organização de um Programa de
Amostragem Robusta

• Estabelecimento do escopo da amostragem


• Conhecimento dos tipos geológicos de minério e
classes multivariadas
• Definição das características das amostras e dos
atributos a medir
• Seleção da área a amostrar e do método de
amostragem
• Definição do espaçamento da amostragem e
quantidade de amostras
Organização de um Programa de
Amostragem Robusta

O que eu preciso
fazer para alcançar?

- boa distribuição espacial

- boa distribuição de teor

- massa suficiente por amostra


Etapas de Amostragem

Nível 4 – blendagem de amostras com


base nas informações preliminares

Nível 3 – seleção de amostras para testes


físicos de pequena escala (britagem,
moagem, recuperação, mineralogia
quantitativa …)

Nível 2 – furos selecionados para


aplicação de novos métodos de logging
(petrofísica, imageamento, EQUOtip…)

Nível 1 – análise da base de dados


existentes (análises químicas,
descrição visual, litologias…) e
conhecimento geológico do depósito
Critérios de Amostragem
Blending

“Em muitos casos, o desejo de se caracterizar a alimentação


típica ou média do depósito leva a composição e blending
inadequados de amostras para testes, que não refletem a
variabilidade inerente à alimentação durante a produção efetiva”.
50 Título da apresentação – 12/11/2008 (opcional)
ETAPAS DE MAPEAMENTO E MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

51
DEFINIÇÃO DE FLUXOGRAMA PADRÃO DE PROCESSO

Teste Padrão

Teste padronizado de laboratório / bancada com capacidade de


simular a performance da rota de processo tecnológico em
estudo

Características do Teste Padrão


• Execução simples, rápido e seguro
• Baixo custo (barato)
• Não requerer grande massa de material
• Reprodutibilidade (precisão)

52
Cobre – Tecnologia de produção
Definição de um fluxograma padrão de concentração
Hidrometalurgia

Aglome- Lixiviação PLS


Minério oxidado Mina Britagem
ração em pilhas 1-10 g/l Cu
Solo

Minério
primário

Mina Concentrado
30% Cu Catodo
de cobre
Concentração

Britagem

Moagem

Flotação

Secagem

Modificado de Torres,
V., 2001)
Cobre – Tecnologia de produção x tipos de
minério

Teor de Cu Mineralogia Processo Produto

em ácido
< 0,5 % Limonita

Solúvel em ácido
Zona de
•Alteração•supergênica

Lixiviação em pilha de minério Cobre Catodo


capeamento marginal (Dump Leach)
Lixiviação in situ
Solúvel Malaquita
Zona Cuprita Lixiviação em pilha (Heap Leach) Cobre Catodo
oxidada 0,5 – 1,5 % Lixiviação atmosférica
Crisocola
Lixiviação em tanques estáticos
•presença de bactérias
emem

Zona de Catodo
bactérias

Calcocita
enriquecimento Flotação de cobre
ácido

0,5 – 3,0 % Covelita Concentrado


secundário
ácido

Biolixiviação em Pilhas Cobre Catodo


(forte) (+ Pirita)
(Lixiviação em presença de Fe)
em
de
Solúvel em

Zona de
em •Solúvel
presença
•Alteração•hipogênica

Calcocita +
enriquecimento 0,5 a 3,0 %
Flotação Concentrado
Calcopirita/
secundário Bornita Lixiviação sob pressão Cobre Catodo
(fraco) (+Pirita)
Insolúvel em

Zona de
•Insolúvel
•ácido

Calcopirita +
ácido

sulfetos Flotação
0,5 a 1,0 % Bornita Concentrado
primários Calcopirita + Lixiviação sob
Cobre Catodo
Pirita pressão

Modificado de Torres,
V., 2001)
Tecnologia de produção
Definição de um fluxograma padrão de concentração

Rougher
Rejeito
Rougher

Minério

Cleaner Scavenger do Cleaner


Concentrado
Rougher

Rejeito Rejeito
Cleaner Sc Cleaner

Concentrado Cleaner Concentrado Scavenger Cleaner

Modificado de Torres,
V., 2001)
ETAPAS DE MAPEAMENTO E MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

56
Amostragem para estudos de variabilidade

Distribuição Distribuição
espacial de teores

A distribuição espacial (horizontal e vertical) das amostras por tipo de minério, suas proporções e variações de
teores, é fundamental para se ter boa representatividade do minério e para se obter curvas de correlação entre
propriedades do minério e respostas metalúrgicas
Ferramentas estatísticas para tratamento de
dados
Definição de domínios através de técnicas de agrupamento (cluster analysis, classification tree, componentes
principais-PCA...)
Análise de componentes principais

(Rock, 1988)

Arvore de decisão

Análise de cluster
Análises de componentes principais em um
depósito de Cobre sulfetado

Tipo I
Tipo III

Tipo II

Colocar esses domínios em 3D


Bom guia de amostragem
Análise de cluster utilizando DRX

Tipo I
Tipo III

Tipo II
Tipo IV
Ferramentas para caracterização mineralógica e
relação de custo versus resolução versus escala
Ensaios indicativos de processo
Resultados de ensaios de variabilidade de
flotação - exemplo
Resultados de ensaios de variabilidade de
cominuição – exemplo

Throughput (t/h para circuito de 16Mta

Parâmetros de cominuição nos litotipos


ETAPAS DE MAPEAMENTO E MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

Definição de domínios Definição de


geológicos e seleção de Estudos de
fluxograma padrão variabilidade de
amostras para de processo
processamento mineral processo
Lincar geologia
com metalurgia

Definição de curvas
geometalúrgicas e
domínios
geometalúrgicos

Geração de
modelo 3D

Planejamento
de mina

66
Definição de Domínios geometalúrgicos
Definição de Curvas Geometalúrgicas

O link das características do minério com os resultados de processamento mineral permite o


levantamento de curvas geometalúrgicas com base em elementos químicos que refletem as
características mineralógicas mais significativas. A estimativa de cada variável no modelo de blocos
possibilita o cálculo e modelamento 3D dos parâmetros geometalúrgicos.
Parâmetros Geometalúrgicos

Parâmetros a serem monitorados para modelamento geometalúrgico:

- Recuperação metalúrgica
- Teores nos concentrados (elementos de interesse econômico e
deletérios)
- Throughput (capacidade de circuito)
- Abrasividade (Ai)
- Consumo de reagentes, etc
- Recuperação de massa
- Potencial de geração de drenagem ácida

Bem mineral
Exemplos de aplicação da abordagem geometalúrgica em
projetos de cobre
Passo a passo da construção de modelos de
regressão
MODELO PARA RECUPERAÇÃO DE COBRE NO CONCENTRADO:

Regression Summary for Dependent Variable: Rec Cu Estimado Circ Fechado


R= ,71819433 R²= ,51580310 Adjusted R²= ,47757703
F(3,38)=13,493 p<,00000 Std.Error of estimate: ,04209
Include condition: v6 = "HDM" or v6 = "FF"
b* Std.Err. b Std.Err. t(38) p-value

Definição da variável resposta e N=42


Intercept
of b*
0,663
of b
0,028 23,648 0,000

das variáveis explicativas Th ppm


K2O %
0,477
0,536
0,125
0,128
0,007
0,036
0,002
0,009
3,809
4,174
0,000
0,000
Fe/TiO2 0,845 0,140 0,000996 0,00016 6,044 0,000

Variable: Residuals, Distribution: Normal

Construção do modelo de
Chi-Square test = 7,38341, df = 3 (adjusted) , p = 0,06063
30

regressão 25

20

No. of observations
15

Análise dos resíduos do modelo 10

construído 5

0
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5

Category (upper limits)

Predicted vs. Observed Values


Dependent variable: %Cu

Cross Validation 55

50
Recleaner

45

Observed Values
40

35

Verificação da Extrapolação 30

25

20
20 25 30 35 40 45 50 55

Predicted Values 0.95 Conf.Int.


ETAPAS DE MAPEAMENTO E MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

Definição de domínios Definição de


geológicos e seleção de Estudos de
fluxograma padrão variabilidade de
amostras para de processo
processamento mineral processo
Lincar geologia
com metalurgia

Definição de curvas
geometalúrgicas e
domínios
geometalúrgicos

Geração de
modelo 3D

Planejamento
de mina

72
Análise de dados e Modelamento

Análises MODELAMENTO
Dados DOMÍNIOS DE PARÂMETROS
Multivariadas
DE PROCESSO

Modelo GEO 3D

ANÁLISE
GEOESTATÍSTICA

Não FUNÇÕES
ADITIVA?

Sim

Modelo de teor Domínios


• ASSAY • Litologia
• Alteração

Estimativa de Recurso
(Determinística /Probabilística)

PLANEJAMENTO

MODELO DE MINA
Modificado de:
GEOMETALÚRGICO
Modelo de Recurso
Análise de dados e Modelamento

Aditividade

Teores (g/t, %) são aditivos:

3m @ 10% Zn + 2m @ 20% Zn

Teores médios de Zn = ( 3 * 10 ) + ( 2 * 20 ) ] / ( 2 + 3 ) = 14% Zn


(assumindo mesma densidade)

Mas tem outras variáveis que não são aditivas:

10 ton bloco com 5 ton bloco com


recuperação de 70% + = ?
recuperação de 90%
Geoestatística

Estimativa atributos
geológicos
Um único valor por bloco
(Geoestatística)

Krigagem (BLUE)
• Não enviesado / Objetivo: Acurácia Local
• Viés Condicional

75 Título da apresentação – 04/10/2012 (opcional)


Geoestatística

Estimativa atributos
geológicos
Um único valor por bloco
(Geoestatística)

Krigagem (BLUE)
• Não enviesado / Objetivo: Acurácia Local
• Viés Condicional
• Suavização da realidade

76 Título da apresentação – 04/10/2012 (opcional)


Geoestatística

Estimativa atributos
geológicos
Um único valor por bloco
(Geoestatística)

Krigagem (BLUE)
• Não enviesado / Objetivo: Acurácia Local
• Viés Condicional
• Suavização da realidade
• Não fornece uma medida de “incerteza”

77 Título da apresentação – 04/10/2012 (opcional)


Modelamento das Incertezas

Os modelos de incerteza buscam caracterizar os valores


desconhecidos da variável regionalizada, não por valores
estimados e sim por distribuições de probabilidade.

78 Título da apresentação – 04/10/2012 (opcional)


Simulações Geoestatísticas

Furos Exploratórios
Simulações Simulações
Categóricas Teores

As simulações devem honrar:


• Padrões geológicos
• A posição dos dados condicionantes
• Todas as estatísticas dos dados utilizados
(histograma, variograma…)
79 Título da apresentação – 04/10/2012 (opcional)
Simulação vs. Estimativa

«Realidade»

Simulação
condicional

80 Título da apresentação – 04/10/2012 (opcional)


Parâmetros para Modelamento Geometalúrgico 3D em
depósito de cobre
Material
Characteristic Process Models
(Spatial) Models
Concentrate Grade
Sulfide Mineralogy Leach Recovery

Rougher Recovery Final Recovery

Bond Work index


SAG Power Index Mill Throughput
Crusher Index
Modelamento Geometalúrgico 3D em depósito de cobre
Geomet model

Ore class 1
Ore class 2
Ore class 3
Met
•SPI
•BWi
•Ci
•R-max
•K-ave
Resource
•Block Id
•Lithology
•Alteration
•Bulk density
•Grade
t/h
P80
%Rec
%Gr
Modelo Geometalúrgico
Exemplos de aplicação da abordagem geometalúrgica em
projeto de cobre
ETAPAS DE MAPEAMENTO E MODELAMENTO GEOMETALÚRGICO

Definição de domínios Definição de


geológicos e seleção de Estudos de
fluxograma padrão variabilidade de
amostras para de processo
processamento mineral processo
Lincar geologia
com metalurgia

Definição de curvas
geometalúrgicas e
domínios
geometalúrgicos

Geração de
modelo 3D

Planejamento
de mina

89
Variáveis geometalúrgicas no modelo de blocos
•Conversão de dados pontuais amostrados em unidades de massa

A complicadíssima matemática envolvida


na Avaliação Geoestatística tem a
finalidade de atribuir qualidades a
unidades de massa de depósito (blocos)
minimizando seus erros, partindo-se de
dados pontuais, e com isto diminuir os
riscos das tomadas de decisões da
empresa, pois, é muito dinheiro envolvido
para pouca informação.
A quantificação dos erros de cada unidade
de massa (bloco de lavra) é de muito difícil
determinação, sujeita a muitas
divergências, por isto, é muito difundida e
aceita na industria mineral a classificação
dos recursos de forma qualitativa: Medido,
Indicado Inferido.
Seleção dos recursos medidos e indicados viáveis economicamente

•Conversão de dados pontuais amostrados em unidades de massa


“O que realmente se conhece do Depósito”
Alvo 118 Medidos + Indicados Inferidos Recursos Totais
Corte% K Tonnes x 1000(Seca) Cu% Cu(t) K Tonnes x 1000(SeCu% Cu(t) K Tonnes x 1000(Seca) Cu% Cu(t)
Oxidado 0.00 67,607 0.72 486,997 15,203 0.83 125,932 82,810 0.74 612,928
Total 0.40 47,457 0.85 405,294 12,246 0.94 115,662 59,703 0.87 520,956
0.80 19,658 1.21 238,359 6,451 1.23 79,265 26,109 1.22 317,624
1.00 10,337 1.39 143,879 3,532 1.45 51,188 13,868 1.41 195,066
Corte% K Tonnes x 1000 Cu% Cu(t) K Tonnes x 1000 Cu% Cu(t) K Tonnes x 1000 Cu% Cu(t)
Sulfetado 0.00 99,666 1.12 1,118,794
0.40 92,676 1.18 1,094,098
0.80 73,388 1.32 968,427
1.00 57,890 1.43 830,370

Relações de Massa:

Modelamento Geológico: 780/143 000 000 = 0.0000055


156128 metros -> 5 kg/m -> 780 tons amostrados
143.3 Mton Recursos
Significa que o Geólogo realmente conhece 0.0000055, o restante é
interpretação.

Dados Químicos: 1.5/143 000 000 = 0.000000011


156128 metros -> 10 g/m (alíquota para análise) -> 1.5 tons amostrados
143.3 Mton Recursos
Significa que o Geólogo realmente conhece 0.0000055, o restante é
368 sondagens rotativas 62074 m interpretação.
1073 sondagens rotopercussivas 91073 m
50 sondagens metalúrgicas 2561 m Conclusão:
24 sondagens hidrogeológicas 420 m
TOTAL 156128 m As tomadas de decisão da empresa para os MUS$
618 furos de trado mecanizado 4683 m investimentos em Projetos Minerais são
126 amostras canais/trincheiras 2995 m fundamentadas em um número muito pequeno de
informações
•Reservas: Seleção dos recursos medidos e indicados
viáveis economicamente
•Função benefício de um bloco (Lucro = Receita – Despesas);

•Ex. (US$/t): Receita = (Teor * Recuperação Metalúrgica); Custo = Custo Fixo/(Ton/ano) +


Lavra + Britagem + Moagem * Wi + Flotação * %BrechaMagnetíticaBornitaGrosseira;

•Note que no exemplo acima, os resultados de Wi e Flotação


por tipo de minério do modelo geometalúrgico estão
embutidos no bloco e interferem diretamente no lucro do
bloco.
•Informação da setorização geotécnica (ângulo de talude x competência das rochas);

•Definição das restrições à lavra (cavernas, reservas ambientais, limite decreto DNPM e outros);

•Definição dos parâmetros geométricos de cava (escala de produção, acessos x tamanho


equipamentos e outros);
Vantagem competitiva
Cálculo de valor econômico dos blocos com melhor
conhecimento do depósito, o que reflete em melhor
planejamento de mina e maior previsibilidade
Considerações finais

Os resultados de um programa geometalúrgico bem feito


pode ser usado para:

•Melhor definição do fluxograma de processo


•Melhor uso de algoritmos para throughput (capacidade de circuito) e
recuperação na avaliação de recursos e modelos de reserva
•Melhor planejamento da mina para otimizar performance da planta
•Garantir a qualidade dos produtos
•Suportar e otimizar planos de produção de curto e longo prazo
•Maximizar o NPV
•Reduzir riscos nas fases subsequentes

(Modificado de Snowden,
Geomet 2011)
Obrigada!!

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