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XX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

IX Simpósio Brasileiro de Mecânica das Rochas


IX Simpósio Brasileiro de Engenheiros Geotécnicos Jovens
VI Conferência Sul Americana de Engenheiros Geotécnicos Jovens
15 a 18 de Setembro de 2020 – Campinas - SP

Código de Práticas Geotécnicas para Minas a Céu Aberto


Andressa Santos Carvalho
Geóloga, Universidade Federal de Ouro Preto, Belo Horizonte-MG, Brasil, andressa_sc93@hotmail.com

Jairo Henrique da Silva


Geólogo, Anglogold Ashanti, Crixás-GO, Brasil, jhsilva@anglogoldashanti.com.br

Philippe Fernandes Silva Resende


Geólogo, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto-MG, Brasil, phiresende@gmail.com

Gustavo Antônio Pereira Batista


MSc. Engenheiro Geotécnico, Universidade Federal de Ouro Preto, Perth, Australia, gapbatista@gmail.com

RESUMO: O código de práticas geotécnicas para minas a céu aberto é uma proposta de padronização dos
procedimentos a serem realizados para o gerenciamento do risco geotécnico inerente à atividade minerária.
Neste trabalho são apresentados de forma resumida os principais padrões geotécnicos adotados nas minas a
céu aberto da Mineração Serra Grande, de forma a demonstrar como são realizados a aquisição de dados, os
modelos geomecânicos, as avaliações de geometria proposta, os monitoramentos, as inspeções, a verificação
da aderência da geometria escavada em relação à planejada, assegurando o cumprimento dos padrões
operacionais e garantindo que os processos produtivos sejam realizados com risco controlado. O código de
práticas geotécnicas deve estar disponível para todos que tenham interface com a atividade minerária e deve
ser substituído ou atualizado a cada nova revisão. As revisões devem ser realizadas anualmente, ou sempre
que houver necesidade de realizar melhorias e deve ser utilizado como referência em auditorias e investigações.

PALAVRAS-CHAVE: Práticas Geotécnicas, Mina a Céu Aberto, Risco Geotécnico, Gerenciamento de Risco.

ABSTRACT: The code of geotechnical practices for open pit mines is a proposal to standardize the procedures
to be carried out for the management of the geotechnical risk inherent to mining activity. In this paper, the
main geotechnical standards adopted in the open pit mines of Mineração Serra Grande are briefly presented,
in order to demonstrate how data acquisition, geomechanical models, proposed geometry assessments,
monitoring, inspections and the verification of the adherence of the excavated geometry in relation to that
planned are carried out, ensuring compliance with operational standards and ensuring that production processes
are carried out with controlled risk. The code of geotechnical practices must be available to everyone who has
an interface with mining activity and must be replaced or updated with each new revision. The reviews must
be carried out annually, or whenever there is a need to make improvements and should be used as a reference
in audits and investigations.

KEYWORDS: Geotechnical Practices, Open Pit Mining, Geotechnical Risk, Risk Management.

1 Introdução

A padronização dos procedimentos geotécnicos na mineração é hoje uma das grandes dificuldades das
mineradoras devido à perda de informação ao longo do tempo com a rotatividade de profissionais de geotecnia.
É fundamental possuir um documento para que todas as partes envolvidas no processo de mineração estejam
cientes de suas posições, obrigações e responsabilides em relação à estabilidade das cavas. Com isso, o
desenvolvimento de um código de boas práticas geotécnicas a serem adotadas é uma proposta para garantir
que o risco geotécnico seja adequadamente avaliado, gerenciado e mitigado.
O desenvolvimento deste trabalho surgiu da necessidade de padronizar os procedimentos geotécnicos
realizados nas cavas da Mineração Serra Grande (MSG)/AngloGold Ashanti, localizada no município de
Crixás - Goiás, com o intuito de gerenciar o risco geotécnico associado às operações mineiras. O código de

https://proceedings.science/p/149903?lang=pt-br
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práticas geotécnicas (CPG) compila os principais padrões geotécnicos a serem seguidos nas minas a céu aberto
da MSG. Ele é destinado à equipe de Mecânica de Rochas e todos os profissionais que tem interface com a
área, como planejamento de mina, geologia e operação de mina, e visa o melhor entendimento destes
procedimentos de forma a garantir o adequado gerenciamento dos riscos geotécnicos.

2 Objetivos

O código de práticas geotécnicas visa garantir que todas as atividades de mineração a céu aberto na
MSG sejam devidamente planejadas, realizadas, monitoradas e controladas. Os objetivos deste código são
descrever os procedimentos adotados na MSG para aquisição de dados, modelamento geotécnico, análises de
estabilidade, monitoramento e controle de risco.

3 Metodologia

Os principais padrões da área de Mecânica de Rochas na MSG serão apresentados resumidamente, de


forma a demonstrar a aquisição dos dados, os modelos geomecânicos, as análises de estabilidade e cinemáticas
das escavações, os monitoramentos e inspeções e a aderência da geometria executada em relação à geometria
planejada das escavações.
A metodologia de construção do CPG é baseada em descrever e organizar como são realizados pela
equipe de Mecânica de Rochas todos os processos relacionados ao controle de riscos geotécnicos nas cavas da
MSG.

4 Práticas Geotécnicas

4.1 Aquisição de Dados

A aquisição de dados é realizada a partir do mapeamento geológico-geotécnico dos taludes, da descrição


geotécnica de testemunhos de sondagem e da realização de ensaios de laboratório.
O mapeamento geológico-geotécnico visa a caracterização dos maciços presentes nas cavas, através da
determinação dos litotipos, das descontinuidades estruturais presentes e da caracterização geomecânica. Os
parâmetros de caracterização geomecânica adotados são os recomendados pela ISRM (International Society
for Rock Mechanics), sendo que, para a classificação geomecânica dos maciços são utilizados os critérios dos
sistemas de classificação RMR – “Rock Mass Rating”, (Bieniawski, 1989) e Q – “Rock Tunneling Quality
Index”, (Barton, 1974).
O mapeamento geotécnico é realizado a partir do mapeamento por janelas de amostragem que consiste
em dividir o maciço em painéis de aproximadamente 20m de largura pela altura do banco. Esta técnica permite
caracterizar rapidamente um setor mediante o uso de uma quantidade limitada de janelas, porém é importante,
antes da sua aplicação, conhecer a disposição das estruturas maiores e intermediárias da área de estudo. Sendo
as janelas zonas representativas de maciços geomecânicamente homogêneos.
Além do mapeamento convencional, o mapeamento por fotogrametria é utilizado para mapear
remotamentente áreas com dificuldade de acesso e/ou risco de queda de blocos. Com auxílio de um drone, os
bancos desenvolvidos são fotografados em diferentes ângulos e as fotografias obtidas são tratadas gerando um
modelo tridimensional. A superfície gerada através das fotografias pode ser importada no software Gem4D, e
através do mesmo é possível realizar o mapeamento das estruturas, utilizando a ferramenta MapDiscs (Figura
1).

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Figura 1. Discos representando as estruturas mapeadas na cava.

A descrição geotécnica de testemunho de sondagem tem como objetivo a caracterização da qualidade


do maciço rochoso a partir das metodologias propostas por Barton (sistema Q) e Bieniawski (RMR). A partir
dessas informações serão gerados os modelos de blocos de qualidade do maciço que auxiliarão nas análises de
estabilidades das escavações planejadas.
Foram realizadas sete campanhas de ensaios de resistência durante o período de 1990 a 2013 em
laboratórios dos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, dentre eles ensaios de resistência à compressão
simples/uniaxial (RCS); compressão triaxial (RCT); cisalhamento direto (RCD) e compressão diametral
(RCD).
O ensaio RCS fornece os parâmetros módulo de deformabilidade (Ei) e poisson (√); o ensaio RCD
fornece os parâmetros coesão (C) e ângulo de atrito interno (φ) de forma direta, contudo esse rompimento se
da geralmente pela foliação que é um plano de fraqueza uma vez que as rochas são xistosas. De forma diferente
o RCT fornece os mesmos parâmetros, mas utiliza um retro cálculo das curvas apresentadas utilizando-se os
valores da resistência uniaxial como coeficiente linear (σc).
Na MSG também são realizados ensaios de Point Load (PLT), que permite determinar o índice de
resistência à compressão pontual (IS) de amostras de rocha oriundas de testemunhos de sondagem ou coletadas
diretamente nas minas da MSG. A partir dos valores obtidos de IS é possível correlacionar esse valor com a
resistência a compressão uniaxial (σc). Atualmente são retiradas amostras de 1 metro das rochas que irão
compor os taludes. Desse intervalo amostrado são cortados e retificados corpos de prova para realização do
PLT e do UCS. Após a realização dos ensaios de PLT, os resultados são interpretados em um histograma para
definição do valor final do intervalo.

4.2 Modelamento Geotécnico

Para a construção atual dos modelos geotécnicos é utilizado o software LeapFrog Geo e a atualização
destes é feita semestralmente, podendo ser executada em períodos menores dependendo da necessidade. Todo
banco de dados utilizado nessa atividade é oriundo da descrição de testemunhos de sondagem e do mapeamento
geotécnico.
O modelo deve ser gerado a partir de um Structural Trend de acordo com o modelo de minério do corpo
avaliado, o qual determinará as direções de busca durante a interpolação. Para interpolação dos dados deve-se
selecionar no campo “valor numérico” a classificação Q’ ou RMR dos dados importados. Após a interpolação
será gerado o modelo de blocos (Figura 2).

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Figura 2. Seção do modelo de blocos para a classificação RMR.

Além do modelo numérico, são elaborados também modelos baseados no grau de alteração das rochas.
O modelo de rochas alteradas é importante tanto para definir a massa de material a ser escavado, quanto na
determinação da estabilidade da cava, visto que estes materiais apresentam resistência ao cisalhamento
bastante inferior à rocha fresca, sendo necessário adotar parâmetros de design mais conservadores nos taludes
onde estes materiais estão presentes.

4.3 Parâmetros Geométricos e Análises

Atualmente, todos os parâmetros de design das cavas utilizados pelo Planejamento de Mina são
definidos pela Mecânica de Rochas após avaliação do maciço rochoso. Essas avaliações incluem análises
cinemáticas e de estabilidade, as quais são embasadas pelas informações obtidas através dos modelos de blocos
geomecânicos, modelos estruturais, modelos litológicos e ensaios geotécnicos. Após essas análises, é gerada
uma planilha com os parâmetros de design para cada cava da MSG. Os parâmetros das cavas são variáveis de
acordo com o tipo de material, dessa forma, deve ser enviado ao planejamento de mina, além dos parâmetros,
o modelo das superfícies de alteração.
As análises cinemáticas são realizadas através da projeção estereográfica, que permite a identificação
geométrica dos tipos de ruptura nas quais os taludes estarão sujeitos, porém não estabelece coeficientes de
segurança que levem em consideração as propriedades geomecânicas das rochas como coesão, densidade além
das características da geometria do projeto. O método de análise utilizado foi o descrito por Hoek & Bray
(1981). Em maciços rochosos resistentes, as descontinuidades determinam a situação dos planos de ruptura,
enquanto em rochas brandas a matriz possui um papel importante na geração dos planos e dos mecanismos de
ruptura.
Para avaliação da possibilidade de rupturas planares, em cunha e tombamentos as cavas são divididas
em setores, em que para cada um são realizadas análises cinemáticas com os ângulos de face propostos para
os trechos em saprolito e em rocha, considerando os ângulos de atrito para os principais litotipos predominantes
no talude analisado.
As análises de estabilidade têm como objetivo verificar as condições de estabilidade dos taludes
operacionais e finais, onde considera-se os diferentes tipos de materiais, formas de rupturas e geometrias dos
taludes. Os fatores de segurança são obtidos considerando os diferentes tipos de materiais (litologia/classes de
maciço/parâmetros de resistência), condições geométricas e hidrogeológicas.
São realizadas análises dos taludes mais críticos de cada setor definido nas cavas a céu aberto pelos
métodos de equilíbrio limite de Bishop, GLE – Morgenstern-Price ou Spencer, para seções plano-circulares,
através do software Slide versão 2018 desenvolvido pela Rocsciense Inc®. E análises de elementos finitos,
através do software RS2 versão 2019 desenvolvido pela Rocsciense Inc®. Ambas análises são realizadas pelos
critérios de ruptura de Mohr Coulomb e/ou Hoek Brown para os litotipos presentes nas cavas.

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4.3 Monitoramento

O monitoramento geotécnico é realizado com o objetivo de verificar a estabilidade das estruturas ao


longo do tempo de vida útil da mina. Os monitoramentos são realizados por meio de leituras topográficas de
placas e medidores de nível d’água.
O monitoramento topográfico é realizado afim de prever possíveis deslocamentos e indícios de
movimentação nas estruturas. Os deslocamentos são registrados através do levantamento de pontos
previamente estabelecidos, a partir de leituras topográficas de placas através de uma estação total fixada em
um marco de coordenada conhecida. Os dados obtidos no monitoramento são plotados em gráficos de
deslocamento e deslocamento por tempo.
Os dados são avaliados a partir de gráficos de deslocamento nos eixos X, Y e Z (elevação), deslocamento
total acumulado e taxa de deslocamento. Os valores indicados na Figura 3 são acompanhados de cores, que
indicam a estabilidade do talude. Sendo que a cor verde representa estável, a amarela a situação de atenção e
a vermelha indica instabilidade.

Figura 3. Localização das placas instaladas na cava com faróis de acompanhamento.

A presença de água nas estruturas pode vir a influenciar na estabilidade do maciço devido à percolação
nas falhas e fraturas da rocha. Os piezômetros e INA’s são utilizados para medir o nível d’água ou a altura
piezométrica, onde o nível de água pode ser medido desde a superfície introduzindo ao tubo um sensor elétrico
com cabo graduado.
As leituras de nível d’água são acompanhadas pelo geotécnico e hidrogeólogo responsáveis e os dados
são analisados e tratados, conforme exibido no gráfico da Figura 4.

Figura 4. Monitoramento de nível d’água.

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4.4 Verificação da Aderência da Geometria

A análise de aderência da geometria das cavas em operação na mina é realizada nos setores de lavra,
com base no levantamento topográfico mais atualizado e a cava planejada, com o objetivo de se verificar as
seguintes situações: aderência de distância com a topografia executada e a planejada; aderência em relação à
largura da berma; aderência do ângulo de face; conferência do sistema de drenagem superficial. Através do
auxílio dos softwares Datamine Studio 3, Gem4D e Trajec3D são obtidos os resultados para os controles
mencionados.
A análise da aderência de distância com a topografia executada, realiza essa comparação através de uma
escala de cores, onde as escavações representadas pelas cores quentes (amarelo a vermelho) indicam escavação
maior que o planejado (Overbreak), as cores frias (azuis) indicam que a escavação não atingiu o planejado
(Underbreak) e a cor verde indica a área aderente, como ilustra a Figura 5.

Figura 5. Aderência em relação à distância entre as cavas executada e planejada.

4.5 Inspeções e Gerenciamento de Risco

As inspeções nas cavas são realizadas quinzenalmente pela equipe de Mecânica de Rochas com presença
de um geotécnico e do responsável pela área a ser inspecionada. Utiliza-se um check-list padrão, onde são
avaliadas as geometrias executadas, condições dos acessos, presença de blocos soltos nas faces, presença de
recalques, situação das drenagens, erosões, surgência de água, e evolução de possíveis trincas.
Ao final de cada inspeção, deverá ser gerado um relatório detalhado com todas as observações
levantadas. As ações levantadas e recomendações deverão estar explicítas e com seus respectivos responsáveis
pela sua execução. O relatório é enviado as equipes de Segurança do Trabalho, Operação de Mina,
Planejamento de Mina, Geologia e Mecânica de Rochas, cabendo aos responsáveis pelas ações definir uma
data para execução das mesmas. Após definição das datas de execução, as ações deverão ser introduzidas no
sistema de gereniamento de risco da empresa.
Todos os riscos identificados devem possuir ações de controle e remediação antes da execução das
atividades, garantindo que as mesmas sejam realizadas de forma segura.
Anualmente ocorre uma auditoria interna de Mecânica de Rochas da AngloGold Ashanti que tem como
objetivo principal garantir que todos os riscos geotécnicos ao plano de produção estão sendo identificados e
gerenciados devidamente. São auditadas todas atividades executadas pela equipe de Mecânica de Rochas,
usando um questionário que verifica cada uma das categorias de controle de riscos e seus impactos na
confiabilidade do plano de produção. Os resultados finais são calculados e plotados na Matriz de Riscos

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Geotécnicos, mostrando o resultado da unidade de acordo com diferentes categorias no controle dos riscos
(Figura 6).

Figura 6. Matriz de Riscos Geotécnicos com o resultado das diferentes categorias quanto a probabilidade e
impacto dos riscos. A tabela mostra as ações a serem tomadas de acordo com o resultado do gráfico.

5 Conclusão

O Código de Procedimentos Geotécnicos é uma maneira de padronizar os trabalhos geotécnicos para


garantir um correto dimensionamento dos riscos nas minas a céu aberto da MSG. Este código deve ser revisado
anualmente e deve ser usado como referência em auditorias e investigações relacionadas.
As revisões anuais são realizadas com o intuito de adequar o CPG às mudanças decorrentes do dia a dia
da mina, num processo de melhoria contínua das normas e procedimentos geotécnicos a serem empregados.
Os pontos de melhorias e não conformidade às práticas geotécnicas levantados pelas auditorias na MSG são
incorporados ao CPG nas revisões.
A estratégia de redução de riscos é suportada pela estrutura organizacional da empresa, que estabelece
a prestação de contas clara para cada nível hierárquico de forma a assegurar o cumprimento dos padrões
operacionais, garantindo que os processos produtivos sejam realizados com um risco baixo ou controlado.

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Mineração Serra Grande/Anglogold Ashanti a todos os profissionais com quem tive a
oportunidade de trabalhar nesta empresa, especialmente ao Marcelo Campos, Gustavo Batista, Thaísa Souza,
Jairo Silva, João Ramires, Gerson Rincon, Philippe Resende e Lucas Siqueira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Barton N., Lien, R., Lunde, J. (1974). Engineering classification of rock masses for the design of tunnel
support. Rock Mechanics and Rock Engineering, 6:189-236
Bieniawski Z.T. 1989. Engineering rock mass classifications: a complete manual for engineers and geologists
in mining, civil and petroleum engineering. New York, John Wiley & Sons, 250 p.
Hoek, E. and Bray, J.W. (1981) Rock Slope Engineering. Revised 3rd Edition, The Institution of Mining and
Metallurgy, London.

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