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ENDODONTIA

ANATOMIA INTERNA
ACESSO
ODONTOMETRIA
PREPARO ANTI CURVATURA
PREPARO QUÍMICO
MECÂNICO
OBTURAÇÃO
Leonardo Rasquin
Características Gerais
da Cavidade Pulpar
Cavidade Pulpar

 Câmara pulpar
❖ Parede oclusal ou teto
❖ Parede cervical ou assoalho
❖ Paredes mesial, distal, vestibular

e lingual
Cavidade Pulpar

 Câmara pulpar
❖ Parede oclusal ou teto
❖ Parede cervical ou assoalho
❖ Paredes mesial, distal, vestibular

e lingual
Cavidade Pulpar

Terço cervical

Terço médio

Terço apical
Cavidade Pulpar

Canal dentinário

CDC

Canal cementário

Forame apical
CANAL DENTINÁRIO
Abriga o tecido pulpar
Paredes de dentina

CANAL CEMENTÁRIO
Abriga o tecido periodontal
Paredes de cemento
Cavidade Pulpar
CANAL LATERAL COLATERAL

RECORRENTE
CANALÍCULOS
DENTINÁRIOS

SECUNDÁRIO

ACESSÓRIO

CANAL
FORAME PRINCIPAL DELTA INTERRADICULAR

Pucci & Reig, 1945


Primeiro Molar Superior
Primeiro Molar
Superior

M D
V L

MESIAL DISTAL

P M V V D P
Primeiro Molar
Superior

P M V V D P
MESIAL DISTAL
Primeiro Molar
Superior

M D

V
Primeiro Molar Superior

Comprimento Máximo 25,5 mm

Comprimento Médio 21,3 mm

Comprimento Mínimo 18,0 mm

3 – 30,0%
Número de canais
4 – 70,0%

Número de raízes 3

PUCCI e REIG, 1945


Primeiro Molar Superior

Complicações anatômicas

❖Presença de quarto canal


SEGUNDO MOLAR SUPERIOR
Segundo Molar Superior

Comprimento Máximo 27,0 mm

Comprimento Médio 21,7 mm

Comprimento Mínimo 17,5 mm

3 – 70,0%
Número de canais
4 – 30,0%

Número de raízes 3

PUCCI e REIG, 1945


Segundo Molar
Superior

V
D M
L

MESIAL DISTAL

P M V V D P
Segundo Molar
Superior

M D

V
ABERTURA
CORONÁRIA
Fatores que influenciam

 Conhecimento da anatomia interna

 Conhecimento do número, angulação


e posicionamento das raízes

 Posição dos dentes no arco dental


RADIOGRAFIA PARA DIAGNÓSTICO
ABERTURA
CORONÁRIA
Instrumental
Brocas esféricas
ABERTURA CORONÁRIA
Instrumental
• Brocas Endo – Z
ABERTURA CORONÁRIA
Instrumental
• Brocas tronco-cônicas de ponta inativa – 4083, 3080,
3081, 3082
ABERTURA
CORONÁRIA

Instrumental
Sondas exploradoras
ABERTURA CORONÁRIA
Remoção de cárie, restaurações,
invaginações gengivais, pólipos pulpares
ABERTURA CORONÁRIA
ABERTURA
CORONÁRIA
ABERTURA CORONÁRIA

 Ponto de Eleição
 Direção de Trepanação
 Forma de Contorno
 Forma de Conveniência/Desgaste
Compensatório
MOLAR SUPERIOR
• Ponto de eleição – face olcusal/fossula central
❖ broca esférica

Ponto
de
Eleição
MOLAR SUPERIOR
• Direção de trepanação – paralela ao longo eixo do dente,
inclinada para a canal palatino
MOLAR SUPERIOR
• Forma de contorno – triangular ou trapezoidal na maioria das
vezes

Forma
de
Contorno
MOLAR SUPERIOR
• Desgaste Compensatório – parede mesial e vestibular

Forma
Final
MOLAR SUPERIOR
• Desgaste Compensatório – parede mesial e vestibular

A cavidade pulpar sempre acompanha a anatomia externa


MOLAR
SUPERIOR
PRÉ-MOLAR INFERIOR
• Forma de conveniência – expulsividade das paredes
MOLAR INFERIOR
• Ponto de eleição – face olcusal/fossula central
❖ broca esférica

Ponto
de
Eleição
MOLAR INFERIOR
• Direção de trepanação – em direção ao canal distal,
respeitando a inclinação
MOLAR INFERIOR
• Forma de contorno – triangular (trapezoidal) na maioria das
vezes

Forma
de
Contorno
MOLAR INFERIOR
• Forma de contorno – triangular (trapezoidal) na maioria das
vezes

Remoção
do Teto !
MOLAR INFERIOR
• Forma de contorno – triangular (trapezoidal) na maioria das
vezes

Forma
Final
MOLAR INFERIOR
ODONTOMETRIA
ODONTOMETRIA

Conceito

É a determinação do comprimento do
dente para fins endodônticos.
ODONTOMETRIA

Fases da Terapia Endodôntica


➢ Diagnóstico
➢ Abertura coronária
➢ Esvaziamento do canal radicular
➢ Preparo químico-mecânico
➢ Medicação intra-canal
➢ Obturação do canal
➢ Proservação
QUAL O CAMPO DE
AÇÃO DO
ENDODONTISTA
ODONTOMETRIA

“Instrumento localizado ao
nível do ápice radiográfico
indica sobre-extensão do
mesmo de 1mm ou mais
para além do forame apical”
PALMER et al., 1971

“O forame apical nem


sempre coincide com o
vértice apical da raiz”

KUTTLER, 1961
ODONTOMETRIA

JUNÇÃO CDC

Limite de segurança

CLÍNICO

RADIOGRÁFICO SUCESSO HISTOLÓGICO

JURÍDICO
Cavidade Pulpar

Canal dentinário

CDC

Canal cementário

Forame apical
ODONTOMETRIA

Objetivos
➢ Sediar as manobras no canal dentinário
➢ Garantir tranqüilidade pós-operatória
➢ Dar condições para cicatrização apical
➢ Permitir condições técnicas para a
obturação
➢ Evitar acidentes
ODONTOMETRIA

Métodos
➢ Sinestésico
➢ Radiográfico
➢ Eletrônico
ODONTOMETRIA

Requisitos

• Precisão
• Fácil execução
• Segurança nos resultados
• Facilmente confirmado
ODONTOMETRIA

Radiografia de Diagnóstico

• Configuração interna dental


• Comprimento estimado do dente
• Local de saída do canal
ODONTOMETRIA

TÉCNICA DE INGLE

1. Medir o CAD;

2. Obter o CRI;
ODONTOMETRIA

COMPRIMENTO APARENTE DO DENTE


– CAD –

Medida na radiografia que tem por


referência o vértice apical radicular e o
bordo incisal ou oclusal.
ODONTOMETRIA

Pontos de Referência

Vértice apical radiográfico e Bordo incisal / oclusal


ODONTOMETRIA

COMPRIMENTO REAL DO INSTRUMENTO


– CRI –

CRI = CAD – 3mm


ODONTOMETRIA

3. Transferir a medida do CRI para uma


lima endodôntica com cursores, sendo
que esta deve ficar justa no canal
radicular;
ODONTOMETRIA

4. Introduzir a lima no canal até que o cursor


tangencie o ponto de referência;
5. Fazer uma nova radiografia;
ODONTOMETRIA

6. Medir o “ X ”;
7. Obter o CRD, somando a medida do “ X ”
ao CRI;
ODONTOMETRIA

“X“

Espaço entre a ponta da lima e o vértice


apical radiográfico
ODONTOMETRIA

COMPRIMENTO REAL DO DENTE


– CRD –

CRD = CRI + X
ODONTOMETRIA

8. Estabelecer o CRT de acordo com o caso;


9. Fazer uma radiografia de confirmação
com o instrumento calibrado na medida do
CRT;
ODONTOMETRIA

COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO


– CRT –

POLPA VIVA

CRT = CRD – 1 mm
ODONTOMETRIA

COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO


– CRT –

POLPA MORTA

CRT = CRD – 1mm


O “ X “ PODE
SER NEGATIVO ?
ODONTOMETRIA

Método Radiográfico
L
I
M • Imagem bidimensional
I • Variação de angulação
T
A • Anatomia apical
Ç • Interpretação radiográfica
Õ
E • Sobreposição de estruturas
S
ODONTOMETRIA

Considerações Finais
➢ Anotações na ficha clínica
➢ Instrumentos adequados
➢ Cursores de silicone
➢ Confirmação da medida na régua
milimetrada
➢ Canal úmido (hipoclorito de sódio 1%)
➢ Ponto de referência
Preparo
Anticurvatura
do Canal Radicular
TÉCNICAS
◼ Uso de limas Hedstroem

◼ Uso de limas Kerr

◼ Uso de brocas Gates-Glidden

◼ Limas Protaper Universal Sx e S1


LIMAS 15, 20 e 25
G.G. 1 e 2
G.G. 2 e 3
Sistema
ProTaper
PROTAPER
S
H
MANUAL F
I
N
A
P
PROTAPER MANUAL I
S
I H
N I
G N
G
F
F
I I
L L
E E
S S
PROTAPER MANUAL
Fabricado em Níquel-Titânio permite:
- Maior resistência
- Maior flexibilidade
ProTaper Manual
• Mesmo design das limas rotatórias
• Agora disponível com cabos de
Silicone

➔ Melhor conforto !
➔ Melhor sensibilidade táctil !
F1 F2 F3 SX ➔ Menor fadiga !
S1 S2
CARACTERÍSTICAS
P
R
•Conicidade variável em um mesmo instrumento
O
T •Preparo seletivo do canal radicular

A •Secção transversal triangular convexa e côncava

P
E
R
Conicidade uniforme em um mesmo instrumento

• Ângulo helicoidal uniforme


• Favorece o rosqueamento www.maillefer.
Conicidade uniforme em um mesmo instrumento

Ângulo de
inclinação da
hélice

Lopes e Siqueira Jr., 2004


Conicidade uniforme em um mesmo instrumento

www.unicsu
l.edu.br
Conicidade uniforme em um mesmo instrumento

www.unicsu
l.edu.br
Conicidade variável em um mesmo instrumento

Evita o “efeito parafuso” e favorece a


eliminação dos debris
Nova Filosofia
Preparo seletivo do canal radicular
 Limas de Modelagem
 Sx e S1 – Preparo cervical
Preparo seletivo do canal radicular
 Limas de Modelagem
 S2 – preparo terço médio
Preparo seletivo do canal radicular
❑ Limas de Acabamento
❑ A partir da F1 – preparo apical
Secção transversal triangular convexa e côncova

Maior concavidade: maior resistência

Maior convexidade: maior flexibilidade


PROTAPER MANUAL

• Multiconicidade

Melhor limpeza, modelagem e vedamento


Protaper Shaping files

D0 = 0,19

Conicidade varia
de 0,035 a 0,19

Cabo laranja

Sx
Protaper Shaping files
D0 = 0,17 D0 = 0,20

Conicidade varia Conicidade varia


de 0,02 a 0,11 de 0,04 a 0,08

Cabo roxo Cabo branco

S1 S2
Protaper Finishing files
D0 = 0,20 D0 = 0,25 D0 = 0,30
Conicidade varia Conicidade varia Conicidade varia
de 0,07 a 0,055 de 0,08 a 0,05 de 0,09 a 0,05

Conicidade 0,055 Conicidade 0,055 Conicidade 0,055

Cabo Cabo
Amarelo Cabo Azul
Vermelho

F1 F2 F3
Protaper Finishing
➢Desenho da ponta
• Sem ângulo de transição
• Resultado : Ponta mais arredondada – mais
segurança
• Benefício : Menos transporte – respeito melhor a
anatomia do canal radicular
Protaper Finishing
➢Protaper F3
• Secção transversal foi reduzida pela criação de sulcos ao
longo do passo
• Resultados : Flexibilidade melhorada – redução de rigidez
• Benefícios : Melhor respeito a anatomia do canal

Nova secção transversal


DÚVIDA?!

✓ Em dentes com diâmetro anatômico igual ou


maior que 0,30mm, o que usar?
Protaper F4 e F5
D0 = 0,40 D0 = 0,50
Conicidade varia Conicidade 0,05
de 0,06 a 0,05

Conicidade 0,055 Conicidade 0,055

Cabo Cabo
Preto Amarelo

F4 F5
Protaper F4 e F5
• Característica : Secção transversal mais leve
• Aplicação Clínica : Diâmetros
• Benefícios: apicais bem amplos
▬ Flexibilidade melhorada
▬ Respeito fiel a anatomia do canal
PROTAPER
MANUAL
Seqüência de trabalho

• Igual ao rotatório

• Limas “Shaping” são usadas


em movimento de pincelamento
Sequência de instrumentação:
❖ Radiografia para diagnóstico

❖ Abertura Coronária
❖ Determinação do CTP

❖ Exploração do canal radicular

❖ ProTaper S1 e Sx – desgaste anti-curvatura


❖ Odontometria

❖ ProTaper S1 até CRT

❖ ProTaper S2 até CRT

❖ ProTaper F1 até CRT

❖ ProTaper F2 até CRT

❖ ProTaper F3 até CRT

❖ ProTaper F4 até CRT


❖ ProTaper F5 até CRT
✓ Girar o instrumento, em sentido horário, até que o
mesmo se prenda levemente na dentina e fique justa;

✓ Desprender a lima, girando-a ¼ de volta a meia volta, em


sentido anti – horário;

✓ Excisar a dentina, girando a lima em sentido horário ao


mesmo tempo que é removida;
✓ Repetir esta cinemática até que o comprimento seja
atingido;

✓ Dependendo da anatomia, as limas Hand ProTaper


podem ser usadas como descritas acima ou por um
movimento alternardo de um lado para o outro.
PROTAPER MANUAL

➢ Fácil acesso ao canal radicular

➢Facilita a desinfecção, irrigação e limpeza

➢ Melhora a eliminação de debris – Reduz o risco de


extrusão de sujidades para os tecidos periapicais

➢ Garante total sensibilidade táctil no terço apical


TÉCNICAS DE
OBTURAÇÃO
DOS CANAIS
RADICULARES
- TÉCNICAS CONVENCIONAIS
- TÉCNICAS NÃO
CONVENCIONAIS
Obturar o canal radicular significa
preenchê-lo em toda a sua extensão
com um material inerte ou
antisséptico, que sele
permanentemente de maneira mais
hermética possível, não interferindo e,
de preferência, estimulando o
processo de reparo apical e periapical
que deve ocorrer após o tratamento
endodôntico radical
Leal e Leonardo, 1998
Pode-se ainda dizer que a
obturação é o preenchimento de
todo o espaço anteriormente
ocupado pela polpa, isto é, o
canal dentinário, e que agora se
encontra preparado e
desinfectado para receber esta
fase do tratamento endodôntico

Leal e Leonardo, 1998


PRÉ-OBTURAÇÃO Que o canal radicular
esteja desinfectado
Que o canal radicular
esteja instrumentado
e modelado
Que o canal radicular
esteja seco
OBJETIVOS

Finalidade seladora com o


Finalidade seladora
objetivo de evitar espaços
antimicrobiana
vazios

Proporcionar um selamento
hermético, permanente e
Finalidade biológica
não irritante aos tecidos
apicias e periapicias
A inflamação periapical
persiste, usualmente, não
devido à irritação
bacteriana, mas sim aos
produtos tóxicos do
espaço morto
Ingle
O cimento endodôntico tem que ter
boas propriedades físico-químicas e
biológicas, para que possa vedar o
canal radicular e induzir o processo de
reparo e selamento biológico.
Secagem do
Canal radicular

DEVE CORRESPONDER AO
ÚLTIMO INSTRUMENTO
UTILIZADO NO PREPARO APICAL
Escolha do Cone Principal
Desinfecção dos cones
de guta percha

- Hipoclorito de Sódio a 1%
- Secagem dos cones em Gaze
Esterilizada
TRAVAMENTO DO CONE PRINCIPAL
A MARCA DO CONE COINCIDE COM O PONTO DE
REFERÊNCIA DO DENTE
TRAVAMENTO DO CONE PRINCIPAL
Radiografia de
Prova do Cone
Preparo do
Cimento
Endodôntico
Corte do Excesso de Guta Percha
LIMPEZA DA CAVIDADE
Selamento da Cavidade e
Radiografia Final

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