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2019

CADERNO DE ENDODÔNTIA

ALUNA: KARLA CRISTINA


P4
ENDODÔNTIA
ANATOMIA DENTAL
ESTRUTURAS

CAVIDADE PULPAR – Cavidade anatômica contida no interior do dente,


oriunda por dentina e que aloja o órgão pulpar.
- A polpa é inervada e vascularizada através dos ligamentos periodontais é
responsável pela formação de dentina e é o elemento de defesa do dente.

CÂMARA CORONÁRIA (COROA) – Câmara pulpar


CANAL RADICULAR – (RAIZ) TETO
CORNO OU
DIVERTÍCULO
CORNO OU PULPAR
DIVERTÍCUL
O PULPAR
ASSOALHO

FORAME
APICAL

- Nos dentes unirradiculares não possui assoalho


- Também possui as paredes da coroa que recebem o nome de suas faces
correspondentes: vestibular, lingual, mesial, distal, oclusal, cervical

CANAL OU CONDUTO RADICULAR

Acompanha a forma externa da raiz, afilando-se da câmara ate o ápice. Se


comunica através do forame apical. Observa-se o limite cemento-dentina-canal
(CDC) que divide a cavidade em canal dentinário e canal cementário. O canal
cementário abre-se em sentido apical.

- O limite CDC tem 0,5- 0,7mm sendo na prática 1mm


- Na prática trabalhamos no canal dentinário com as limas (com restrição)
para não ultrapassar o limite CDC.
- CONSTRICÇÃO APICAL- Área de difícil acesso
- FORAME APICAL – Comunicação do canal com a região periapical – Ele
pode ser lateral, pois nem sempre a saída do forame vai coincidir com o vértice
- ÁPICE RADICULAR – Nem sempre o canal sai pelo ápice
- CDC - cemento-dentina-canal – limite entre os dois canais – O canal
dentinário é ate onde podesse alargar. O canal cementário não pode ser
alargado, será manipulado com muito cuidado.
CANAL PRINCIPAL E SEUS CANAIS ACESSÓRIOS
É necessário entender que não existe apenas o canal, o trabalhamos com um
sistema de canais
- Nem sempre eles irão existir, vai variar de dente para dente. Os canais
acessórios não são acessados com os instrumentos, eles são limpos com as
substâncias químicas.
- Entenda! Não existe apenas o canal principal, mas existe um sistema de
canais

Obs: Estude todos os canais, foi questão de prova!


Canal lateral – Terço cervical e começo do terço médio caminha para o
ligamento periodontal (LP) na perpendicular
Canal colateral – Paralelo ao principal e pode ou não atingir o forame apical.
Menor volume
Canal interconduto – Ramificação entre o principal e colateral, sem alcançar
LP
Canal secundário – Terço apical, vai do principal ao LP
Canal acessório – Ramificação do secundário que vai para o LP
Canal recorrente – Sai do principal e volta para ele
Canal reticular – Sai do recorrente, passa pelo principal e volta para o
recorrente

DELTA APICAL - A porção apical pode-se abrir na forma de um delta, por


onde entra o feixe vásculo-nervoso

DELTA APICAL

ANATOMIA DOS GRUPOS DENTAIS


Incisivos Centrais Superiores:
-Geralmente 1 canal, amplo, ÚNICO e reto
- Forma do canal cônica-piramidal
- Geralmente coincide forame apical com o ápice da raiz
- É volumoso no sentido VESTIBULO-LINGUAL

Incisivos Laterais Superiores:


- Geralmente 1 canal, amplo e circular;
*Cuidado com curvatura apical para palatino
- Proporções menores que o central
- Mais largo no sentido VESTIBULO-LINGUAL
- Forma do canal cônica-piramidal
Incisivos e lateral inferiores
- Geralmente 1 raiz com 1 canal
- fortemente achatado no sentido MESIO-DISTAL – dai fica bifurcado em
dois canais (25%)
- Os dois canais são 1 na vestibular e outro na lingual
- 1 raiz e 1 canal, mas pelo fato do achatamento pode ter 2 canais –
Exceção
Caninos Superiores:
-Dente mais longo da cavidade oral
- AMPLO E RETO
- OBS: NESSE CANAL PODE USAR UMA LIMA DE 31MM
Caninos Inferiores:
- Normalmente apresenta 1 raiz com 1 canal, podendo apresentar mais
raramente 2 canais.
- Menor que o superior
1 pré- molar superior
- 2 raizes (Pode ter apenas 1 raiz)
- 2 canais (podendo ser 3 canais)
- 1 canal na VESTIBULAR E UM NA PALATINA
2 pré-molar superior
- 1 raiz (pode ter 2)
- 1 canal (pode ter 2)
- PODE SE BIFUCAR E UNIR OU SEPARAR
- OS dois canais pode terminar em 1 forame ou em 2 forames. SE
BIFURCAR ELE SÃO 2 CANAIS
1 pré- molar inferior e 2 pré-molar inferior
- 1 raiz e 1 canal, mas pode ter até 3 canais

1 MOLAR SUPERIOR
- 3 raizes – MV, DV, e P
- 3 ou 4 canais
- 100% das 3 raízes são separadas, muito difícil de virem fusionadas
- A raiz MV é achatada e curva
- A raiz DV é achatada e curva
- A raiz P é mais ampla e mais volumosa
1º Molares Inferiores:
-Geralmente apresentam 2 raízes (mesial e distal), com três canais(MV, ML e
Distal).
- O canal Distal via de regra é o mais volumoso. Pode apresentar apenas 2
canais (1 mesial e 1 distal) ou até 4 canais (MV, ML, DV, DL)
SEGUNDO MOLAR SUPERIOR
- Mesma regra do 1MS, mas geralmente apresenta só 3 canais
- Raízes separadas 50%
- MV – Curvatura para distal e atrésica
- DV – reta
- P – reta e a mais volumosa
Obs: Diferença do 1ms e 2ms é que o 2 nem sempre tem 4 canais e as
raízes MV e DV se unem, elas se bifurcam
2º Molares Inferiores:
- 2 raízes e 3 canais (ou 4)
- Mas pode ter uma variação bem diferente
QUANTIDADE DE CANAIS E RAIZES DOS ELEMENTOS DENTAIS
DENTE RAÍZES/ CANAIS
MAXILA INCISIVO CENTRAL 1/1
MAXILA INCISIVO LATERAL 1/1
MAXILA CANINO 1/1
MAXILA 1 PRÉ-MOLAR 2/2
MAXILA 2 PRÉ-MOLAR 1/1
MAXILA 1 MOLAR 3 /4
MAXILA 2 MOLAR 3/4

DENTE RAÍZES/ CANAIS


MANDÍBULA INCISIVO CENTRAL 1/1
MANDÍBULA INCISIVO LATERAL 1/1
MANDÍBULA CANINO 1/1
MANDÍBULA 1 PRÉ-MOLAR 1/1
MANDÍBULA 2 PRÉ-MOLAR 1/1
MANDÍBULA 1 MOLAR 2 /3
MANDÍBULA 2 MOLAR 2 /3
OBS: Pode acontecer variação de quantidade de raiz e canais
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS
- Natureza metálica, multicortante, com arestas ou fios cortantes ao longo do seu
corpo
- Função: limagem, na raspagem da superfície dentinária de um canal radicular,
alargamento, esvaziamento, modelagem
Instrumentos manuais : LIMAS ENDODÔNTICAS
QUAIS MATERIAIS SÃO USADOS NA CONFECÇÃO DAS LIMAS :
Aço inoxidável
- Liga de ferro
- Boa resistência à corrosão e a fratura, grande resistência
NIQUEL – TITÂNIO
- Liga com memória – efeito de memória na forma
- Alta flexibilidade
- Fácil deformável
COMO SÃO FEITAS:
TORÇÃO: Definida a forma de secção transversal que o instrumento apresentará, o fio
sofre um processo de fresagem, transformando-se em uma superfície plana. A secção
em formato quadrangular significa dizer que houve fresagem em 4 planos, já a
triangular em 3 planos. Após a fresagem, a haste metálica é presa em uma das
extremidades e submetida a TORÇÃO.
USINAGEM – A haste metálica com secção transversal circular, desenhada no
formato idealizado pelo fabricante, afim de que sua conformação final preencha os
requisitos necessários para um bom desempenho das funções do instrumentos.
O CORPO – Pode possuir
PARTES DA LIMA DIÂMETRO :

18mm
JUNÇÃO DA HASTE E PONTA ATIVA 21mm
25mm
CABO = CORPO DA LIMA 28mm
31mm

CURSOR
PONTA ATIVA PONTA
OU
GUIA DE
PENETR
AÇÃO
HASTE
INTERMEDIÁRIA

A ponta :
A PARTE ATIVA – Sempre terá
o comprimento fixo de 16 Pode ser
A PARTE QUE VARIA NA LIMA ATIVA ou
mmm
É A HASTE INTERMEDIÁRIA INATIVA
mmm

Essa forma QUADRALUGAR


indica a SECÇÃO
TRANSVERSAL DO
INSTRUMENTO.
A NUMERAÇÃO E COR DO
CABO INDICA – A COR E SÉRIE A SECÇÃO TRANSVERSAL PODE
DO INSTRUMENTO SER:

QUADRAGULAR

TRIANGULAR

CINCULAR OU EM
FORMA DE VIRGULA

CONICIDADE DO INSTRUMENTO
Relação entre o aumento diâmetro por unidade de comprimento da PONTA
ATIVA
A cada 1 mm de comprimento aumenta um diâmetro no valor de 0,02mm
EXEMPLO
DIÂMETRO DO INSTRUMENTO

Do (Centésimo de mm) = Diâmetro da ponta ativa


Vai de Do D16

EXEMPLO: LIMA COM NÚMERAÇÃO 55 = Do = 0,55 (Divide 55/100 = 0,55)


Nesse caso Do da lima de numeração 55 é: 0,55

EXEMPLO 2 – DESCUBRA O D16 da lima de numeração 55


D16= (Do) + (0,02(Relação entre o aumento diâmetro por unidade de
comprimento da PONTA ATIVA) X16 (valor fixo da ponta ativa)
Ficará assim: D16 = 0,55 (0,02X16)
0,55 + 0,32 =
D16 = 0,87 mm

NUMERAÇÃO E COR DO CABO


TIPOS DE LIMA
TIPO K - TIPO K HEDSTROE C- TIPO K -
FLEX M PILOT FLEXOFILE

SECÇÃO TRIANGULA QUADRA TIPO QUAD TRIANGULAR


TRANSVE R GULAR VIRGULA RAGU
SAL LAR

SÉRIES 1 e 2 séries Séries SÉRIE Espec 1 SÉRIE


especial, especial ial e 1
1, 2 e 3 (08,10) e 1,2 série
e 3 série (só a
15)
EMPREGO ESVAZIAME ESVAZIA PULPECTO EXPL ESVAZIAMENT
NTO, MENTO, MIA, ORAÇ O,
MODELAGE MODELA REGULARI ÃO MODELAGEM,
M, GEM, ZAÇÃO DE ALARGAMENT
ALARGAME ALARGA DAS CANA O
NTO MENTO PAREDES, IS CANAIS +
CANAIS + CANAIS + DESOBTUR ATRÉ AMPLOS E
AMPLOS E AMPLOS AÇÃO, SIOS RETOS (BAIXA
RETOS E RETOS ALTA FLEXIBILIDAD
(BAIXA (BAIXA CAPACIDA E)
FLEXIBILID FLEXIBILI DE DE estreitos e curvos
ADE) DADE) CORTE,
PREPARO
DO TERÇO
CERVICAL
COMPRIM 21,25,28,31 21,25,28,3 21,25,28,31 19,21, 18,21,25,31mm
ENTO mm 1mm mm 25mm
CINEMÁTI Igual a tipo Igual a Introdução; 1. Introduç
CA flexofile tipo k- 2. Tração ão; 2.
flexofile contra as Rotação
paredes horaria
(vai e vem); e anti-
3. retirada horária;
3.
Retirada

LIGAS Aço Aço


METÁLICA inoxidável inoxidável
S OU níquel-
titânio
FABRICAÇ Torção e Usinagem torçã
ÃO usinagem o
PONTA ATIVA INATIVA INATIVA
ATIVA

PROTAPER UNIVERSAL MANUAL


São limas de níquel-titânio para uso manual, com cabo de silicone e
características similares aos instrumentos proTaper rotatórios

BROCAS

As brocas e pontas diamantadas para alta rotação são utilizadas no acesso


endodôntico nas seguintes fases:
Desagaste do esmalte no ponto de eleição
Perfuração na direção de trepanação até a queda no vazio
Remoção do teto
Utilizada no preparo com finalidade de alargar o diâmetro do canal,
deixando a superfície lisa, bem acabada e cônica

Sendo elas as: GATTES GLIDDEN , LARGO E ENDO Z


GATTES GLIDDEN
Aço inoxidável
Fabricação por usinagem
Secção transversal – Tríplice de U com 3 arestas de corte
Diâmetro – 1-6
Utilizada no preparo do TERÇO MÉDIO E CERVICAL– com finalidade de
alargar o diâmetro do canal, deixando a superfície lisa, bem acabada e cônica
Utilizar sempre ao longo eixo do dente para não deformar o canal

LARGO
Aço inoxidável
Fabricação por usinagem
Secção transversal – Tríplice de U com 3 arestas de corte
Diâmetro – 1-6
Utilizada no preparo do TERÇO MÉDIO E CERVICAL– com finalidade de
alargar o diâmetro do canal, deixando a superfície lisa, bem acabada e cônica
Utilizar sempre ao longo eixo do dente para não deformar o canal
RESISTÊNCIA A FRATURA, MAIOR SUPERFICIE DE CORTE E MAIOR
RIGIDEZ QUE A GATES

ENDO Z
Desgaste compensatório – alisar as paredes
Refinar o acesso
Ponta inativa
Preserva o assoalho, justamente por sua ponta ser inativa
CIRÚRGIA DE ACESSO

É o ato operatório pelo qual se expõe a câmara pulpar. Objetivo inicial desse
ato é projetar a anatomia da câmara pulpar sobre a superfície do dente

1. O tecido cariado deve ser removido completamente


2. O limite da estrutura coronária deverá incluir todos canais pulpares,
saliências e retenções do teto da câmara pulpar
3. A anatomia do assoalho da câmara pulpar nunca deve ser alterada
4. Toda abertura coronária deverá ser efetuada de maneira a oferecer um
acesso direto retilíneo ao canal radicular

Planejamento do acesso

Inicialmente, deve-se realizar a radiografia periapical para planejar o


acesso endodôntico, para analisar a forma dos canais (atrésio, amplo,
curvado, retilíneo), após será necessário o escolho da broca para o acesso.

ETAPAS DO ACESSO
1. PONTO DE ELEIÇÃO
É a fase inicial da abertura onde é REALIZADO O DESGATE DO ESMALTE ATÉ
ATINGIR A DENTINA
NESSA FASE USA-SE A BROCA DIAMANTADA ESFERICA (Para desgastar o
esmalte, a noção do limite que ela pode desgastar o esmalte é quando o
diâmetro da brocar entrar, quando chega na dentina finaliza.
Incisivos e caninos o ponto de eleição é localizado nas proximidades do
CÍNGULO, 2mm em direção incisal

Pré-molares o ponto de eleição é localizado na área central da face oclusal

Molares – No centro do sulco principal, mesialmente a ponte de esmalte


2. DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO
É a direção da broca para que ela chegue na câmara pulpar

• FEITA COM A BROCA CARBIDE DE ALTA ROTAÇÃO


- INCISIVO E CANINOS – Com a broca, vai mudando a direção de trepanação no
sentido do longo eixo do dente
- PRÉ-MOLARES – Uma pequena inclinação da broca para palatina e depois no
sentido vestibular
- MOLARES – Broca com sentido para o canal palatino, até que se atinja a câmara
pulpar (CAIR NO VAZIO)
OBS: A BROCA NÃO ENTRA NO CANAL, ELA CAI NO VAZIO
3. FORMA DE COTORNO
- Seu objetivo é projetar externamente após a remoção do teto, a anatomia da câmara
pulpar. Remover todo o teto.
- DENTES ANTERIORES (INCISIVOS E CANINOS) – BROCA CARBIDE
- DENTES POSTERIORES (PRÉ-MOLARES E MOLARES) – ENDO Z (Pois sua ponta
é inativa e evita deformar, fraturar o assoalho da câmara pulpar
4. FORMA DE CONVENIÊNCIA

Fase final da abertura coronária que permite melhor a visão do interior da


câmara pulpar e fácil acesso aos canais radiculares
Regularizar as paredes coma a BROCA ENDO Z
- INCISIVOS – FORMA DE CONVENIÊNCIA TRIANGULAR COM A BASE VOLTADA
PARA INCISAL

- CANINO SUPERIOR - FORMA DE CONVENIÊNCIA OVAL


- CANINO INFERIOR - FORMA DE CONVENIÊNCIA LOSANGO OU EM FORMA DE
PONTA DE LANÇA
- PRÉ-MOLAR – FORMA DE CONVENIÊNCIA OVAL COM ACHATAMENTO NO
SENTIDO MÉSIO -DISTAL

- MOLAR SUPERIOR - FORMA DE CONVENIÊNCIA TRIANGULAR COM BASE


VOLTADA PARA VESTIBULAR

- MOLAR INFERIOR - FORMA DE CONVENIÊNCIA TRIANGULAR COM A BASE


VOLTADA PARA MESIAL
SUBSTÂNCIAS AUXILIARES
O tratamento endodôntico tem por finalidade promover um ambiente propício
para que o organismo possa realizar a reparação dos tecidos periapicais. Para
alcançar tal objetivo, é necessário estabelecer limpeza e modelagem para
desinfecção dos sistemas de canais radiculares, obturação e selamento
coronário.
As substâncias químicas são empregadas no preparo dos canais
radiculares como auxiliares da instrumentação. São fundamentais no
preparo e na descontaminação dos canais radiculares, justamente onde
os instrumentos não conseguem acessar.
Os objetivos não só são para desinfecção.
Seus objetivos também são:
➔ Promover a dissolução dos tecidos orgânicos vivos ou necrosados;
➔ A eliminação ou máxima redução possível de microrganismos; ➔ A
lubrificação;
➔ A quelação dos íons cálcio; (Quelação: Fenômeno químico onde
uma substância rouba íons de outra substância)
➔ Suspensão de detritos oriundos da instrumentação.
REQUISITOS DESEJÁVEIS
BAIXA TENSÃO SUPERFICIAL: Membrana que impede de se espalhar.
BAIXA VISCOSIDADE Capacidade de escoamento. Ele deve molhar e
se espalhar com facilidade. Ele deve penetrar nos canais acessórios.
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA Seja capaz de eliminar
microrganismos.
SUBSTÂNCIA QUELANTE Remove íons cálcio da nossa dentina para
remover a smear leayer. A substância química se liga aos íons cálcio e a
gente remove na aspiração.
ATIVIDADE LUBRIFICANTE A dentina deve sempre estar lubrificada
porque se não fragiliza e pode fraturar.
SUSPENSÃO DOS DENTRITOS

BIOCOMPATIBILIDADE
Toda substância desinfetante apresenta toxicidade para as células vivas
→ não são seletivas para os micro-organismos (como antibióticos).a
remover

SUSBSTÂNCIAS AUXILIARES EMPREGADAS NO PREPARO DOS


CANAIS RADICULARES
Compostos Halogenados (Hipoclorito e clorexidina)
Detergentes sintéticos
Quelantes (EDTA)
Associações
Outras
HIPOCLORITO DE SÓDIO
É uma substância Halogenada. O seu valor é devido ao teor de cloro
que ele libera. Quanto mais cloro libera, mais antibacteriano ele é.
Mas a que mais usamos são: ➔ Hipoclorito de Sódio a 2,5%
É sem dúvida uma substância química auxiliar de instrumentação de
canais, mais usada
Características do Hipoclorito de Sódio
Baixa Tensão Superficial → ação rápida
Neutralização parcial de produtos tóxicos
Ação antimicrobiana
Ação solvente de matéria orgânica
Ação da limpeza
Ação lubrificante
Desodorizante
A atividade antimicrobiana depende de alguns fatores

pH ➔ Temperatura ➔ Concentração da Solução


PH
Ele funciona em meio ácido. Em meio básico ele não age. O hipoclorito
apresenta pH alcalino (acima de 10) → o que faz manter a estabilidade →
chega em condições de acidez no momento do uso → Libera cloro em meio
ácido → Ação antimicrobiana. A ação antibacteriana é inversamente
proporcional ao pH da solução.
Temperatura
Se deixo na geladeira ele não vai estar adequado. Ele precisa estar em
temperatura ambiente..
Concentração
Se é maior, a atividade é maior. Essas atividades diminuem à medida que
a solução é diluída.
ARMAZENAMENTO EM CONDIÇÕES ADEQUADAS
Devem ser mantidos:
Em temperatura ambiente
Protegido da luz
Em recipiente opaco (vidro, âmbar ou plástico).
COMPLICAÇÕES
Manchar e/ou descolorar a roupa do paciente;
Gosto desagradável;
Irritante para pele e mucosas
DEVEMOS TER CUIDADO COM
A roupa do paciente
Injeção de hipoclorito na região periapical → reação imediata
Reação alérgica à solução
Aumento imediato de volume dos tecidos moles → desconforto

VANTAGENS
Baixo custo
Rápida atuação
Desodorizante e lubrificante
Atividade antimicrobiana contra bactéria, fungos e vírus
Não tóxico nas adequadas condições de uso
Ação solvente de matéria orgânica
Concentração facilmente determinada
Clareador

DESVANTAGENS
Instável no armazenamento
Corrosivo
Irritante da pele e da mucosa
Forte odor
Descolore Tecidos

CLOREXIDINA A 2%

Amplo espectro de ação contra bactérias gram+ e gram-


Baixa concentração → bacteriostática
Altas concentrações → bactericida
Capacidade de absorção pela dentina
Obs.: Liga-se à hidroxiapatita do esmalte ou dentina e a grupos de
glicoproteínas, sendo assim lentamente liberada, permitindo maior tempo de
atuação.
CARACTERÍSTICAS
Encontrada em diferentes concentrações (forma de sal, seja gluconato,
acetato ou hipoclorito)
Usada como anticéptico bucal, em forma de bochechos, irrigação
subgengival, géis, dentrifícios ou chicletes
Ausência de toxicidade Biocompatibilidade.

DESVANTAGENS
Seu uso pode ter efeitos colaterais, embora reversíveis, como:
Pigmentação da língua, dentes e restaurações
Descamação leve da mucosa oral
Além de sintomas subjetivos como sabor amargo, sensação de
queimadura (ardência) e interferência na senção gustativa
NÃO DISSOLVE TECIDO PULPAR.

CLOREXIDINA X HIPOCLORITO
Como faço a minha escolha?
Sempre vou preferir usar o Hipoclorito. A clorexidina não dissolve tecido pulpar.

QUELANTES -Específico para íons de cálcio


É um sal derivado de um ácido fraco
Capaz de promover (em pH alcalino) a remoção de íons de cálcio da
dentina quelação
Permite a penetração da medicação nas áreas inacessíveis à
instrumentação
Usados em canais atrésicos e/ou calcificados obliterado
Quelante quer dizer: dissolve íons metálicos de um determinado
complexo molecular
EDTA GEL
É hidrossolúvel
Concentração do EDTA trissódico de 24%
Atua como lubrificante e quelante
É um quelante específico
Muito usado em canais atrésicos ou calcificados retratamentos

COMO USÁ-LO?
- Irrigação alternada com hipoclorito de sódio (solução principal) durante o
preparo químico -mecânico

- Apresenta atividade antimicrobiana mais eficaz quando associado,


neutralizando o hipoclorito
- Uso após a conclusão do preparo químico-mecânico
- Irrigação final - Acondicionamento em seringa plástica
- Agitação por 3 minutos
- A última irrigação deve ser SEMPRE com o hipoclorito.
Ele promove a descalcificação da Dentina. Remove a smear layer. Aumenta a
permeabilidade da dentina
ODONTOMETRIA
Um dos objetivos do tratamento endodôntico consiste na instrumentação,
limpeza e desinfecção do canal radicular. Para isto, faz-se necessário saber o
comprimento do dente. A determinação do comprimento do dente possui varias
denominações, variando de acordo com a fonte ou o autor, que são:
odontometria, condutometria ou endodontometria.
A correta odontometria é muito importante, pois faz-se necessário diminuir ao
máximo possível os traumas operatórios, promovendo assim, o respeito aos
tecidos periapicais, que constitui um dos itens que compõem os principais
básicos do tratamento endodôntico.
O fracasso em determinar precisamente o comprimento do dente pode provocar
perfurações apicais, sobre instrumentações e sobre obturação, com incidência
de dor pós-operatória. O oposto também pode ocorrer, levando a instrumentação
e obturação deficientes, incompletas, causando insucesso no tratamento
endodôntico.
Método de Ingle & Beveridge (1979), para determinar o comprimento do dente,
utiliza-se de uma radiografia de diagnóstico com distorção mínima, onde se fazia
a mensuração do dente, subtraíam-se três milímetros, introduzia-se uma lima no
interior do canal radicular do dente em questão e tomava-se nova radiografia.
Com base nesta última radiografia, media-se a distância entre a ponta do
instrumento e o vértice radicular, e somava-se essa medida com o tamanho real
do instrumento menos 0,5 milímetro, que foi a margem de segurança por eles
estabelecida para determinar o comprimento de trabalho. Esse método é o mais
utilizado até hoje, apesar da tecnologia que disponibiliza métodos mais fácil e
rápido.
Sequência do tratamento endodôntico
Raio x
Anestesia e cirurgia de acesso
Isolamento absoluto

PASSO A PASSO

1. CAD (Comprimento aparente do dente) – Medida da borda incisal até o


ápice – O valor não é o tamanho definitivo, principalmente se ocorrer
algum erro na radiografia (alongamento, encurtamento)
2. CRI (Comprimento real do instrumento) – Para obter esse comprimento
é necessário reduzir(-) 3mm = CAD-3mm = CRI
3. Isolamento absoluto – Isola apenas o dente que será trabalhado
4. Irrigação, aspiração e inundação – Seringa (Irrigação e inundação), o
canal precisa está irrigado para realizar o trabalho. Cânula (Aspiração)
5. Exploração do canal
- Inicia-se com uso das limas (diâmetros menores e serie especial) lima
série 10 ou 15, caso não entre é necessário a lima da série especial.
- A lima só pode ser inserida no canal lubrificado (irrigação)
- EM QUAL MEDIDA A LIMA ENTRA?
• CRI (Comprimento real do instrumento)
• Medida feita através de uma régua milimetrada – 1 Medir a lima
planejado para a explorar o canal; 2 Alterar o cursor da lima se
necessário – Server para alterar o tamanho da lima
• Sempre escolher uma lima que se aproxima em tamanho do CRI
- PARA QUE SERVE A EXPLORAÇÃO DO CANAL COM AS LIMAS?
• Permite o conhecimento da anatomia interna do canal radicular
por meio da sensibilidade tátil quando do avanço de um
instrumento endodôntico (Limas)
• A exploração ou cateterismo engloba a fase inicial de ampliação e
limpeza (esvaziamento)
• Exploração através do movimento de direita-esquerda
6. Preparo do terço cervical e médio
- Para o preparo será preciso reduzir (-)4mm do CAD. FÓRMULA = CAD-
4mm
- Para preparar esses terços usar as brocas Gates-Glidden (ponta inatia,
porém sua utilização tem que ser feita de maneira cuidadosa para se
evitar sua fratura ou um aquecimento significativo da estrutura dentária.
- Alargar o terço cervical e médio com o intuito de deixá-lo na forma cônica
- Utilizar as brocas sempre com o canal inundado com solução irrigadora.
Este cuidado evita uma maior condensação de raspas de dentina na
porção apical do canal, e atenua o aquecimento
- Nunca imprimir movimentos de lateralidade ao instrumento, se tais
movimentos forem realizados, poderão determinar sua fratura.
- Quem vai impor o numero da gates a ser utilizada é a anatomia (diâmetro
anatômico)
Canais retos ou com curvatura suave – A seleção do instrumento é feita
de acordo com o presumível diâmetro do canal e comprimento do dente
Canais amplos – Selecionar o instrumento com diâmetro menor que o
canal radicular
CANAIS RETOS E AMPLOS
- Utilizar as brocas em ordem decrescente (Maior diâmetro para o menor
– 4,3,2 e1). Quando trocar o diâmetro da broca – Isolar e irrigar
novamente - * Trocar o diâmetro até o canal permitir
- Utilizar com movimentos entra e sai girando em sentido horário (1,2,3 e
sair – não forçar)
- Parte ativa pode alcançar até 19mm
Canais atresiados retilíneos ou com curvatura – O diâmetro do
instrumento geralmente é maior do que o diâmetro do canal radicular
- Utilizar as brocas em ordem crescente (Menor diâmetro para o maior –
1,2,3 e4). Quando trocar o diâmetro da broca – Isolar e irrigar novamente
- * Trocar o diâmetro até o canal permitir (Referência -borda incisal)*

- Preparo apical – Método INGLE – Você coloca a lima e radiográfica com


a lima
Canais amplos – A partir de uma lima de n. 80 – Até uma lima que alcance
o CRI – Justa
Canais atrésicos – A partir de uma lima de n. 15 – Até uma lima que
alcance o CRI – Justo

ODONTOMETRIA

PASSOS

1. A partir da radiografia de diagnóstico, medimos com um auxilio do


negatoscópio, lupa e régua milimetrada transparente, o comprimento do
dente, calcado nos dois pontos referenciais: o incisal ou oclusal e o vértice
radiográfico de cada raiz, transferindo a medida para a ficha, com o nome
de Comprimento Aparente do Dente (CAD)
2. A partir do CAD, subtraímos 3mm, transferindo o resultado para o
instrumento endodôntico do tipo K compatível com o comprimento e
diâmetro do canal, ou seja, que fique justo, sem forçar, usando o número
de limitadores de silicone necessário para marcar essa medida. Usar
neste momento a régua endodôntica milimetrada: CAD – 3mm = CRI
(Comprimento real do Instrumento).
- O instrumento escolhido deve ser aquele com o comprimento mais
próximo do CRI. O uso de limas especais não são recomendadas devido
suas pontas serem muito delgadas e com pequena radiopacidade e
praticamente desaparecem, tornando-se radiográficas, sempre utilizar no
mínimo o instrumento 15, caso seja volumoso para o diâmetro do canal,
ampliar com limas de números inferiores.
- Conferir se o limitador que determina o CRI encosta perfeitamente na
referência escolhida, incisal ou oclusal
3. Introduza-se no canal o instrumento até o valor do CRI, ficando aquém do
vértice radiográfico. Cumpre advertir que o instrumento deve ficar justo no
canal, pois do contrário, corre-se o risco de movimentação durante a
tomada radiográfica. Feito isto, radiografa-se o dente.
4. Após a radiografia = Valor da CRI confirmada
5. Verificar a medida DAI = DISTÂNCIA ÁPICE INSTRUMENTO (Caso for
zero, está sem distância)
6. Verificar o CRD = COMPRIMENTO REAL DO DENTE
Fórmula para o CRD= CRI+ DAI
7. Porém é preciso respeitar o limite CDC (Comprimento aparente do dente),
através do CRT = COMPRIMENTO REAL DE TRABALHO
Fórmula = CRT =CRD - 0,5

Esse valor é referente a distância do forame. Trabalhar sempre no limite CRT


8. Transferir a medida CRT para um instrumento endodôntico do tipo K
compatível com o comprimento e diâmetro do canal, ou seja, que fique
justo, sem forçar, usando o número de limitadores de silicone necessário
para marcar essa medida. Usar neste momento a régua endodôntica
milimetrada
9. Introduzir o instrumento no canal
10. Conferir se o limitador que determina o CRT encosta perfeitamente na
referência escolhida, incisal ou oclusal
11. Para os cálculos odonométrico foram necessário 3 radiografias: a inicial
para o CAD, segunda para verificar a DAI e a terceira para confirmação
do CRT.
PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO

O preparo químico-mecânico tem como objetivo obter a limpeza, ampliação e


modelagem do canal radicular

PATÊNCIA APICAL
O canal precisa ser limpo por completo (Instrumento apical foraminal)

LIMPEZA E MODELAGEM
- Não modela a região apical
- Trabalhar no forame principal e usar substâncias irrigadoras e medicamento
intra-canal nos outros canais
- Instrumento trabalha-se no comprimento real de trabalho (CRT)
- Forma cônica-afunilada em sentido apical
- Manter a forma original do canal
- Limite apical e lateral de ampliação adequada
DEFORMAÇÃO
- Degrau (deformação)
- Falso canal
- Transporte apical externo (ZIP) – Sai do trajeto normal
- Perfuração

MOVIMENTOS DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS

INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS
Limas tipo K (Flexível)
Limas tipo K-flex
Limas hedstrom
Limas Ni-Ti

MOVIMENTOS DENTRO DO CANAL (Maneira atribuída a lima dentro do


canal)
1. Remoção
2. Exploração
3. Alargamento
4. Limagem
5. Alargamento e limagem

MOVIMENTO DE REMOÇÃO
Limas hedstrom
Lima tipo K
Movimento = 1. Avanço; 2. 4-5 giros para direita e 3. Tração
Remover polpa viva; curativos
MOVIMENTO DE EXPLORAÇÃO/
1 Contato com o canal radicular após o acesso do canal
Movimento = 1. Pequenos avanços; 2. Giro à direita e a esquerda;3.
Pequenos retrocessos
Explorar no CAD-3mm
Iniciar com instrumentos de pequenos diâmetro #5,8,10,15

MOVIMENTO DE ALARGAMENTO
Protaper manual e Gattes – Entrar e sair trabalhando
MOVIMENTO Protaper e gattes – 1. Giro continuo à direita; 2. Avanço; 3
retrocesso (Risco de formar degraus)
LIMAS TIPO K – Não deve ser usada! Risco de fraturas

MOVIMENTO DE LIMAGEM
Limas tipo K e hedstrom
Movimento= 1. Avanço; 2. Tração com pressão lateral
Evitar nesse movimento
▪ Deslocamento do material em direção apical
▪ Obstrução do segmento apical e desvio, degrau ou ZIP
▪ Esse movimento não deve ser aplicado no preparo do terço apical (Pode
alterar a forma final)

MOVIMENTO ALARGAMENTO E LIMAGEM


Movimento = 1. Avanço; 2. Giro a direita; 3. Tração com posição
lateral

OBSERVAÇÃO: A PQM adequada permite uma limpeza efetiva do sistema dos


canais radiculares e favorece a obturação
TÉCNICA DE INSTRUMENTAÇÃO
(Técnica de Oregan modificada)

Sinônimos: Preparo químico mecânico (PQM) ou preparo químico cirúrgico ou


instrumentação
OBJETIVOS
Limpeza do sistema de canais
Modelagem do canal principal
PQM – MOVIMENTOS DOS INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS
1. Remoção
2. Exploração ou cateterismo
3. Alargamento
3.1 Alargamento com rotação parcial;
3.2 Alargamento com rotação alternada;
3.3 Alargamento com rotação química
4. Limagem
1.REMOÇÃO
Movimento = Cinemática
1. Avanço
2. Rotação
3. Tração contra as paredes laterais
2.EXPLORAÇÃO
Usar as limas especiais #10 e #15
1. Pequenos avanços
2. Giro à direita e à esquerda
3. Pequenos retrocessos
3.ALARGAMENTO

Alargamento com rotação parcial


1. Avanço
2. Rotação
Alargamento com rotação alternada
1. Avanço
2. Rotação horário e anti-horário
1. Retirada
Alargamento com rotação química
Sistema protaper

4.LIMAGEM
Todas as paredes dos canais
CLASSIFICAÇÃO DOS CANAIS
QUANTO AO DIÂMETRO:
Amplo
Mediano
Atresiado ou constrito
QUANTO À DIREÇÃO ABSOLUTA:
Reto
Curvo
TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO MANUAL
Técnica de instrumentação seriada;
Técnica escalonada com recuo anatômico;
Técnica de movimentos oscilatórios de De Deus;
Técnica de Oregon modificada (canais amplos e retos)

TÉCNICA DE OREGON MODIFICADA


(CANAIS AMPLOS E RETOS)
- A técnica de Oregon modificada consiste na realização de um preparo no
sentido coroa-ápice, com o auxílio das brocas Gattes-Glidden. A
instrumentação com limas manuais deve ser realizada após o preparo dos
terços cervical e médio.
Crown – Down prossuroless technique
Crown – Down
Cérvico – apical

PASSOS
Depois do acesso cirúrgico, isolamento absoluto, preparo cervical e
odontometria
Identificar, com auxílio de uma radiografia, um elemento dentário que
apresente acesso, preparo cervical e odontometria realizados
Antes da inserção de qualquer instrumento, irrigue o canal com
hipoclorito de sódio e deixe-o inundado. O dente deve está isolado.
Escolha uma lima tipo k #80, a qual deverá se ajustar passivamente às
paredes do canal. Nesse momento, realize movimentos de alargamento
e limagem (5 a 6 movimentos)
Repita a cinemática acima descrita com instrumentos de diâmetro
menor, em ordem DESCRESCENTE (limas: 80,70,60,55,50), até atingir
o CRT. O STOP de borracha deve ficar no CRT (Lima = sempre justa no
canal)
A cada troca de instrumento irrigue com hipoclorito de sódio e deixe o
canal sempre inundado antes de qualquer intervenção
O primeiro instrumento que atingir o CRT será considerado o
instrumento apical inicial (IAI).
Uma vez definido o IAI, com o instrumento no CRT, realize movimento
de alargamento e/ou limagem até sentir que o canal instrumento fique
livre no canal radicular
Repita os movimentos anteriormente descritos, aumentando
progressivamente o diâmetro dos instrumentos e mantendo sempre o
CRT (comprimento real de trabalho). Realize esse preparo com no
mínimo três instrumentos a mais do IAI de forma CRESCENTE = #55,
#60, #65, o último instrumento empregado até o CRT é denominado de
instrumento de memória (IM)
Nesse momento, a cada troca de instrumentos realize a limpeza
foraminal até o CRD com lima tipo k #10 e/ou15 (IAF- instrumento apical
foraminal), para manter a aparência do canal
ACIDENTES
Degrau – É uma irregularidade criada na parede de um canal
radicular aquém do CT
ZIP – É o transporte apical interno no preparo de canais radiculares
curvos
Extravasamento de hipoclorito
TÉCNICA DE INSTRUMENTAÇÃO II – TÉCNICA PROTAPER MANUAL
TÉCNICA DE OREGON MODIFICADA – Coroa-ápice (Canais amplos e retos)
- IAI= 50
- Usar pelo menos mais três instrumentos crescentes para chegar no IM, não
esquecendo de irrigar e passar o instrumento foraminal (Patência) a cada troca
de instrumento.

SISTEMA PROTAPER MANUAL

CANAIS ESTREITOS E
CURTOS

SUPERELASTICIDADE
MAIOR NÍVEL DE
MENOR RISCO DE
DIFICULDADE
FRATURA

USAR INSTRUMENTOS LIMITAÇÃO DO USO


DE NI-TI (Efeiro DO INTRUMENTO
memória de forma) GATTES

TÉCNICA DE INSTRUMENTAÇÃO II – TÉCNICA PROTAPER MANUAL

SISTEMA MANUAL E MECANIZADO


- Shaping files
Modeladores
Preparo do terço cervical e médio do dente
SX, S1, S2
- Finishing fliles
Finalizadores
Preparo do terço apical
F1, F2,F3,F4,F5
CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA PROTAPER UNIVERSAL MANUAL

Todas = 16mm de parte ativa


SX (19mm); demais (21,25 e 31mm)
SX, S1, S2, F1, F2 – Triangular convexo – MAIOR RESISTÊNCIA
F3,F4,F5 – Triangular côncavo – MAIOR FLEXIBILIDADE
Quanto menor a estrutura do instrumento mais flexível
Ponta mais arredonda: Menor deformação do canal

FINALIDADE
MODELADORES
Preparar os terços cervical e médio
Facilitar o preparo químico-mecânico

SX
19mm, 16mm parte ativa
Instrumento modelador auxiliar
Terço cervical e médio
Se possível no CRI

S1 e S2
Projetado para alagar = S1- TERÇO CORONÁRIO e S2- TERÇO
MÉDIO
Podem progressivamente alargar o terço apical
Usar no CRI

FINALIZADORES OU DE ACABAMENTO
Dilatar o diâmetro do preparo cervical
Obter uma conicidade adequada e progressiva dos terços médio e
apical
F1, F2, F3
No limite CRT
F1 = Do = 0,2mm, D16= 1,125mm, conicidade decrescente, secção
transversal = Triangular
F2= Do = 0,25mm, D16=1,20mm, conicidade decrescente, secção
transversal = Triangular
F3= Do= 0,30mm, D16 =1,120mm, conicidade decrescente
Observação:
- Instrumento de memória no mínimo será F3, senão não irá modelar
corretamente
- Apresentam conicidade constante nos 3mm apicais – Depois decresce no
sentido D16 – Essa característica possibilita: Alargar o segmento apical e
aumentar a flexibilidade do instrumento no segmento coronário
- Conicidade constante de 0,07mm/mm de D1 a D3
- A partir de D4 até D16, a conicidade reduz para 0,04mm/mm.

TÉCNICA
1. Identificar, com auxilio de uma radiografia, um elemento dentário que
apresente acesso realizado
2. Antes da inserção de qualquer instrumento, irrigue o canal com
hipoclorito de sódio e deixe-o inundado
3. Localize os canais com uma sonda exploradora reta. Logo após, realize
as manobras de exploração do canal, com limas tipo k #10 ou 15 até o
CAD -3mm
4. Use o instrumento PROTAPER SX para preparar o terço cervical do
canal, realizando movimentos de alargamento contínuo em sentido
horário até travar. Em seguida, realize um movimentos de alargamento
contínuo em sentido horário até travar. Em seguida, realize um
movimento no sentido anti-horário com ligeira pressão apical e
novamente rotação em sentido horário, até conseguir a rotação
completa
Observação:
- Não se recomenda que esses instrumentos trabalhem com a ponta, por
isso verifique se a ponta permanece livre de raspas de dentina (Princípio
da ponta livre)
- A cada troca de instrumento irrigue com hipoclorito de sódio e deixe o
canal sempre inundado antes de qualquer intervenção

5. Utilize os instrumentos S1 e posteriormente o S2 até o CRI, previamente


determinado, realizando a mesma cinemática descrita no item anterior.
Nesse momento, o preparo dos terços cervicais e médio estará
concluídos
6. Realizar a odontometria, determinando o comprimento real do dente
(CRD) e comprimento real de trabalho (CRT)
7. Verifique, por meio da exploração do canal com uma lima tipo K #10 ou
15 até o CRT, se o canal encontra-se desobstruído
8. Utilize o instrumento S1 e S2 até o CRT, realizando a mesma cinemática
descrita anteriormente
9. Confirme a pâtencia do canal com lima tipo k #10 ou 15
10. Use os instrumentos PROTAPER F1, F2, F3, F4 ou F5 até o CRT. A
cada troca de lima, realize a limpeza foraminal com uma lima tipo K #10
ou 15
Observação: Se nos instrumentos F não atingirem o CRT, utilize limas
tipo K de calibre correspondente para facilitar a entrada desses
instrumentos no canal radicular

11. O instrumento de memória (IM) é o último instrumento a atingir o CRT,


podendo ser o F3, F4 ou F5, dependendo da anatomia do canal

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