ORGANIZADORES:
RACHEL REINALDO ARNAUD
MARCOS AURÉLIO VASCONCELOS LIMA JUNIOR
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ORGANIZADORES:
RACHEL REINALDO ARNAUD E56
MARCOS AURÉLIO VASCONCELOS LIMA JUNIOR
10 - MEDICAÇÃO SISTÊMICA
EM ENDODONTIA 114
5 - SUBSTANCIAS
QUÍMICAS AUXILIARES DA 57
INSTRUMENTAÇÃO 11 - MANUAL DE BANCADA
127
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CAPÍTULO 1
Uma correta indicação do tratamento é de suma importância para o clínico o estabelecimento de um diagnóstico
clínico/radiográfico da alteração patológica pulpar aguda ou crônica o mais preciso possível, uma vez que é este
diagnóstico a base fundamental para a instituição da terapêutica correta. No exame clínico endodôntico, são
fundamentais: Anamnese, inspeção dentária, percussão dentária, palpação, sondagem periodontal, mobilidade
dentária e exames complementares.
DIAGNÓSTICO
S
AL O
AL O
E
RE
OR SIC
OR SIC
ES
EN ES
TA
N
CO
A- F Í
A- F Í
EM AM
AM
RÁ E
TR E
TR E
FI
OG AM
EX AM
IN AM
PL X
AN
M E
DI EX
EX
EX
CO
RA
Fonte: LEMOS, E. M., 2001
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ANAMNESE
O exame clínico do paciente inicia-se com a anamnese que representa o segmento subjetivo do exame para
obtenção de informações que possam auxiliar na definição do diagnóstico e das modalidades de tratamento, além de
servir para formalizar os registros legais. Compreende informações obtidas do paciente ou de responsável a respeito
da história médica, queixa principal, condição dental atual, hábitos e vícios.
INSPEÇÃO
A fase de inspeção do exame clínico extra e intraoral (Figura 1 e 2) devem ser realizadas de maneira sistemática.
Para se obter um adequado exame visual, este deve ser realizado em condições adequadas, sendo indispensável
boa iluminação, secar-se as áreas ao examiná-las, afastar as estruturas, cooperação do paciente, conhecimento de
fisiologia e estar com os sentidos aguçados.
Figura 1:
Após um cuidadoso exame visual externo, Exame extra-oral Figura 2: Exame intra-oral
realiza-se o exame intraoral, procurando
anormalidades nos tecidos moles e duros. Lábios,
mucosa jugal, língua, palato, assoalho, gengivas
e orofaringe devem ser examinados, observando
alterações de cor e contorno dos tecidos moles,
fístulas ou áreas de vermelhidão ou edema
envolvendo os tecidos de sustentação. A presença
de fístula pode indicar uma infecção periapical
que resultou da necrose pulpar e deve ter seu
curso rastreado com um cone de guta-percha para
localizar sua origem. Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
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PERCUSSÃO
Figura 3: Percussão com o dedo indicador.
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PALPAÇÃO APICAL Figura 5: Palpação Apical.
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MOBILIDADE DENTÁRIA
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Figura 8: Teste pelo frio com gás refrigerante.
TESTES DE SENSIBILIDADE PULPAR
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TESTES DA CAVIDADE
O teste de cavidade ou mecânico é um método adicional, representando o último teste a ser aplicado sobre um dente para
verificação da vitalidade pulpar, estando indicado quando os demais não oferecem respostas satisfatórias. Pode seu usado para
identificar o dente causador do problema por meio do acesso na face palatina dos dentes anteriores ou oclusal dos posteriores,
sem o emprego de anestesia, com brocas de pequenas dimensões.
EXAME RADIOGRÁFICO
Para diagnóstico correto das condições periapicais, a radiografia é um recurso insubstituível. Com a radiografia
periapical, observam-se a largura, o comprimento e o raio da curvatura radicular, além das alterações perirradiculares
resultantes do comprometimento da polpa dental, elementos determinantes no planejamento do tratamento endodôntico.
Com a radiografia inicial, observam-se a coroa dental e o segmento Canino superior com
cervical da raiz, podendo observar melhor a relação de proximidade lesão periapical.
entre a polpa dental e as restaurações ou cavidades de cárie, assim
como a deposição irregular de dentina ou calcificações que possam
modificar a morfologia da câmara pulpar.
A radiografia panorâmica pode ser útil para uma avaliação das
estruturas anexas, como seio maxilar e canal mandibular, com elementos
endodonticamente comprometidos. Em casos de lesões extensas, em que
a radiografia periapical não consiga mostrar toda a extensão do processo
patológico circundado por tecido sadio.
Fonte: LOPES, SIQUEIRA, 2015.
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Fonte: www.google.com.br
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Figura 11: Dinâmica dos processos patológicos pulpar e perirradicular tendo como início um processo de cárie.
A PULPITE REVERSÍVEL. A medida que a cárie avança na dentina em direção a polpa, aumenta a gravidade do processo
inflamatório pulpar.
PULPITE IRREVERSÍVEL. Após exposição pulpar por cárie, a agressão exercida diretamente por microrganismos é intensa
B
e gera inflamação severa e irreversível.
PULPITE IRREVERSÍVEL E NECROSE PARCIAL. A infecção avança no canal em direção apical. D, Necrose e infecção de
C
praticamente toda a polpa radicular, como resultado do avanço apical dos eventos compartimentalizados de agressão,
inflamação, necrose e infecção.
F O processo inflamatório se estende para os tecidos perirradiculares e uma lesão osteolítica se estabelece.
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CARACTERÍSTICAS DAS ALTERAÇÕES PULPARES
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Resposta pulpar aos testes mecânicos
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Diagnóstico clínico/ radiográfico da Pulpite aguda em fase de transição.
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Diagnóstico clínico/ radiográfico e tratamento da necrose pulpar.
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• PERIODONTITE APICAL AGUDA:
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• ABSCESSO PERIRRADICULAR AGUDO:
ABSCESSO
ABSCESSO DENTOALVEOLAR ABSCESSO DENTOALVEOLAR
DIAGNÓSTICO DENTOALVEOLAR EM
INICIAL EVOLUÍDO
EVOLUÇÃO
Intensa, localizada/ difusa, Difusa, pulsátil, contínua, Difusa, moderada, pulsátil,
Características da dor
pulsátil, contínua, espontânea espontânea contínua, espontânea
Inspeção clínica Presença de cárie Presença de cárie Presença de cárie
Palpação Positiva Positiva Positiva
Exacerbação exagerada da
Percussão vertical Positiva Positiva
dor
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Percussão horizontal Positiva Positiva Positiva
Extrusão e mobilidade
Presentes Presentes Presentes
dentária
Teste de sensibilidade Negativo Negativo Negativo
Presente, difuso, firme,
Inchaço intra ou Presente, com ponto de
Ausente sem ponto de flutuação e
extraoral flutuação
aquecido
Ligamento periodontal Ligamento periodontal
Características Ligamento periodontal normal
normal ou ligeiramente normal ou ligeiramente
radiográficas ou ligeiramente espessado
espessado espessado
Endodôntico, drenagem via
Tratamento Endodôntico Endodôntico
forame apical
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Rastreamento da fístula
DIAGNÓSTICO GRANULOMA
Características da dor Ausente
Inspeção clínica Presença de cárie
Palpação Pode apresentar sintomatologia dolorosa
Percussão vertical Ausência de dor
Percussão horizontal Ausência de dor
Teste de sensibilidade Negativo
Características radiográficas Rarefação apical circunscrita
Tratamento Endodôntico
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ALTERAÇÕES PERIAPICAIS CRÔNICAS QUE AGUDECEM
Mudanças da microbiota
Queda da resistência do hospedeiro
Invasão bacteriana na região periapical
ABSCESSO FÊNIX
REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p.
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p
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CAPÍTULO 2
ASPECTOS ANATÔMICOS
DA CAVIDADE PULPAR
RACHEL REINALDO ARNAUD | FLAVIANA LAÍS PEREIRA DOS SANTOS
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CAVIDADE PULPAR
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SISTEMA DE CANAIS RADICULARES
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ANATOMIA INTERNA DOS GRUPOS DENTAIS
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CANINO SUPERIOR
1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR
Geralmente duas raízes, uma vestibular e uma ligual; podendo apresentar três, duas vestibulares e uma lingual.
Apresenta dois canais radiculares;
Morfologia de um rim- achatamento mesio distal.
Coroa aproximadamente cuboide
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2º PRE-MOLAR SUPERIOR
PRIMEIRO
MOLAR SUPERIOR
SEGUNDO
MOLAR SUPERIOR
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INCISIVOS INFERIORES CANINO INFERIOR
INCISIVO INCISIVO
CENTRAL INFERIOR LATERAL INFERIOR
Menor dente da arcada; Câmara pulpar e o canal radicular são maiores em todas
Cavida INCISIVOS INFERIORES de as dimensões.
pulpar muito grande, vista sentido
vestibulolingual.;
Coroa forma trapeizoidal; CANINO INFERIOR
Raiz achatada mesiodistal; Curvatura na porção apical, preferencialmente para
Forame apical pode abrir no vestibular;
centro da raiz, para vestibular ou O formae apical abre no ápice radicular, na mesial ou distal;
lingual. Raiz única, geralmente achatada no sentido mésio distal.
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PRÉ-MOLARES INFERIORES
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MOLAR INFERIOR
PRIMEIRO SEGUNDO
MOLAR INFERIOR MOLAR INFERIOR
Três condutos, podendo aparecer o quarto na raiz distal; Conduto na forma de “C”;
Duas raizes, uma distal e uma mesial, achatadas no sentido Quatro cúspides, geralmente
mésio distal e amplas no sentido vestibulo lingual; duas raizes;
A raiz mesial habitualmente, tem uma curvatura acentuada,
já a distal pode ser levemente encurvada ou reta;
Mais volumoso dos dentes;
Possui cinco cúspides, três vestibulares e duas linguais;
Câmara com forma de cubo.
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TERCEIROS
MOLARES
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
PÁGINA 34
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p.
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p
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CAPÍTULO 3
INSTRUMENTOS ENDODÔNTICOS
PATRÍCIA GUERRA PEIXE GONÇALVES | RHAYSSA KAREN MARQUES DE MELO
O conhecimento das características dos instrumentais a serem utilizados na prática endodôntica possibilita ao
aluno/profissional a atendimento coerente e ágil, selecionando-os de acordo com a etapa clínica do procedimento.
Disporemos neste capítulo os instrumentos utilizados na prática laboratorial e clínica do UNIPÊ de acordo com a
etapa operatória.
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Figura 1: Bandeja metálica com kit clínico e seringa carpule. Figura 2: Brocas e Pontas diamantadas usadas no acesso coronário.
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Figuras 3 e 4: Instrumentos para isolamento absoluto: figura 3A – Arco de Ostby, figura 3B – Arco dobrável, figura 4A – Grampos para incisivos (210, 211e 212),
figura 4B – Grampos para pré-molares (0, 206 e 208), e figura 4C – Grampos para molares (200, 202, W8A e 26).
Figuras 5 e 6:Instrumentos para isolamento absoluto: figura 5A – Perfurador de Ainsworth, figura 6A – Pinça porta-grampo de Palmer, e figura 6B – Pinça
porta-grampo de Brewer.
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A remoção de calcificações pulpares, localização dos condutos e a permanência dos mesmos visíveis é obtida
pela sonda exploradora reta, item que deve fazer parte da bandeja para atendimento endodôntico (Figura 7).
Tabela 1: Classificação dos instrumentos endodônticos de acordo com o desenho, secção, tipo de acionamento e fabricação.
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Os instrumentos endodônticos apresentam partes diferentes, estas são denominadas:
1 – Cabo
2 – Haste de Fixação
3 – Corpo
4 – Intermediário
5 – Parte de Corte ou de Trabalho
6 – Ponta
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Tabela 2: Instrumentos endodônticos padronizados.
Os usos de instrumentos especiais também estão presentas no preparo mecânico do canal. Os formatos variam,
bem como o tipo de liga, haste de fixação ou cabo, tamanho, conicidade (Figura 8).
Figura 8: Instrumentos especiais – 8A: Gates Glidden (do número 1 ao 6]; 8B: Largo (do número 1 ao 6); 8C: Protaper Manual; e 8D: Protaper Rotatória.
São recomendados para o preparo químico-mecânico instrumentos tipo K e Protaper manual (figura 9) na
clínica-escola, porém há diversos sistemas de instrumentos, na sua maioria mecanizado, sendo acionado a motor
(Tabela 3 e 4).
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Figura 9: Protaper manual: Instrumentos modeladores Sx, S1 e S2; Instrumentos para acabamento F1 ao F5.
Note que o comprimento do Sx é menor (19mm) em relação aos outros (25mm).
Tabela 3: Instrumentos com padronização ISO: Tipo de liga, apresentação comercial, secção transversal, padronização, tamanhos e indicação.
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Tabela 4: Instrumentos especiais: Tipo de liga, apresentação comercial, padronização, tamanhos e indicação.
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Além dos instrumentos endodônticos, nesta etapa operatória são utilizados: caixa perfurada com o objetivo de
organizar os instrumentos; réguas: plástica e milimetrada (simples e calibradora); para o sistema de irrigação e
aspiração, cânula de sucção, seringa e agulhas para irrigação; e o tamborel, para colocar as limas que estão em uso.
Materiais usados na etapa do preparo químico mecânico. Figura 9A e 9B – Caixa perfurada para organização dos
instrumentos; Figura 10A – Régua Plástica para medição do dente na radiografia; Figura 10B e 10C – Régua milimetrada
simples e calibradora; Sistema de irrigação e aspiração – figura 11 – cânula de sucção, Figura 12 e 13 – agulha e seringa
para irrigação; e Figura 14 – tamborel.
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INSTRUMENTO UTILIZADO PARA MEDICAÇÃO INTRACANAL
Entre consultas, após o preparo químico-mecânico, pode ser indicado a colocação de medicação intracanal
Calen ou Calen PMC. Para inserção da medicação, é usada seringa endodôntica para Calen (Figura 15).
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REFERÊNCIAS
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
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CAPÍTULO 4
CIRURGIA DE ACESSO
RACHEL REINALDO ARNAUD | FLAVIANA LAÍS PEREIRA DOS SANTOS
CIRURGIA DE ACESSO
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PRINCIPIOS QUE Incluir cornos
REGEM A ABERTURA Acesso direto pulpares,
em linha reta ao saliência e
CORONÁRIA canal radicular retenções do
teto da câmara
pulpar
Remoção de Conservar
restaurações Preservar o a estrutura
defeituosas assoalho; dentaria;
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ETAPAS OPERATÓRIAS DA ABERTURA CORONÁRIA
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INCISIVOS
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FORMA DE CONVENIÊNCIA: alisar as paredes com a Endo Z.
Forma triangular com base voltada para incisal. Fonte: Soares, 2011.
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CANINOS
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PRÉ-MOLARES
PONTO DE ELEIÇÃO: área central da face DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: broca diamantada desgasta
oclusal. No inferior, com uma discreta esmalte, no sulco central. A broca carbide, no superior,
tendência para mesial do dente. faz uma pequena inclinação para a lingual até atingir a
câmara pulpar, no inferior, a broca fica em direção vertical
paralela ao longo eixo do dente, com pequena inclinação
da haste da broca para lingual para atingir a parte mais
volumosa da câmara pulpar.
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FORMA DE CONVENIÊNCIA: regula
as paredes da câmara com a Endo Z.
A forma final do pré molar superior
é oval, com achatamento no sentido
mésio distal; e do inferior, oval ou
circular.
MOLARES
PONTO DE ELEIÇÃO: no centro do sulco principal, DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: broca diamantada realiza desgaste
na fosseta central, para a mesial da ponte de no esmalte, no centro do sulco oclusal. Com a carbide, no
esmalte, no molar superior e no molar inferior, molar superior, com leve inclinação para raiz lingual e no
no centro do sulco principal, na fosseta central. molar inferior, com leve inclinação para raiz distal.
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FORMA DE CONVENIÊNCIA: remove
a projeção de dentina da parede
mesial e promove forma triangular
ou trapeizoidal com base maior
voltada para vestibular nos molares
superiores e voltada para mesial nos
molares inferiores.
Verificação de teto MS e MI
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REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p.
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p
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CAPÍTULO 5
O preparo de um canal radicular decorre da interação dos instrumentos endodônticos com as substâncias
químicas auxiliares e com a irrigação-aspiração com que se completam. A utilização de uma substância química
auxiliar durante o ato de instrumentação visa facilitar a ação do instrumento e promover auxílio indispensável à
sanificação do complexo endodôntico.
Protocolos alternativos de desinfecção, abrangendo meios químicos são essenciais ao tratamento
endodôntico, obtidos pelo emprego de soluções químicas auxiliares de instrumentação e soluções irrigadoras.
OBJETIVOS
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REQUISITOS
Tensão superficial
Viscosidade
Solvente de tecidos
Atividade antimicrobiana
Atividade quelante
Lubrificante
Suspensão de fragmentos
Biocompatibilidade
HIPOCLORITO DE SÓDIO
CLOREXIDINA
ÁGUA DE CAL
ÁCIDO CÍTRICO
RC - PREP
MTAD
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
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São utilizadas, geralmente, em forma de soluções líquidas.
HIPOCLORITO DE SÓDIO
Composto halogenado;
Utilizado, primeiramente, em limpeza de feridas por Dakin em 1915;
Na endodontia desde 1936
Fonte: www.google.com.br
Amplamente utilizada no tratamento endodôntico de dentes com polpa necrótica e lesões periapicais, assim como
nos casos de polpa viva.
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PROPRIEDADES:
Atividade antimicrobiana;
Neutralização parcial de produtos tóxico;
Solvente de matéria orgânica;
Desodorizante;
Clareadora;
Lubrificante;
Baixa tensão superficial;
Detergente - Promove a saponificação dos lipídios.
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Agitação mecânica;
Concentração da solução;
Frequência da renovação da solução no interior do canal radicular.
AÇÃO ANTIMICROBIANA
O cloro exerce uma função antibacteriana sob a forma de ácido hipocloroso não dissociado. Em solução neutra
ou ácida, o ácido hipocloroso não dissocia, exercendo uma acentuada ação bacteriana. Essa ação ocorre por oxidação
da matéria orgânica, aonde o cloro substitui o hidrogênio do grupo das proteínas.
HOCl → H+ + OCl -
VANTAGENS
Relativamente barato Relativamente não tóxico
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DESVANTAGENS
CLOREXIDINA
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Associação da clorexidina com o hipoclorito de sódio = forte pigmentação do elemento dentário.
NAOCL CLOREXIDINA
O efeito residual da solução de clorexidina após o uso como solução irrigadora endodôntica desempenha um
papel importante na desinfecção do sistema de canais radiculares. Entretanto, sua eficácia em regiões não atingidas
pela preparação biomecânica ainda não é comprovada. Dessa forma, a clorexidina a 2% como irrigante deve ser eleita
apenas quando há relato de alergias ao hipoclorito de sódio, e também, em dentes com rizogênese incompleta em
casos de necrose pulpar, devido ao risco de extravasamento da substância para os tecidos perirradiculares.
PÁGINA 63
QUELANTES
O EDTA neutro (a concentração de 17%) mostrou um grau mais alto de descalcificação das superfícies dentinárias
que o RC-Prep (um tipo de gel de EDTA). Recomenda-se o uso do EDTA a 17% combinado com o hipoclorito de sódio na
irrigação final para a remoção da smear layer, após o PQM dos canais radiculares.
PROTOCOLO
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IRRIGAÇÃO ASPIRAÇÃO
OBJETIVO:
Renovar a substância química no interior do canal radicular e de tornar a limpeza do canal radicular mais efetiva.
A instrumentação é complementada pela irrigação, sucção e inundação de substâncias ou soluções irrigadoras que
constitui um processo único, simultâneo e contínuo.
PÁGINA 65
PRINCÍPIOS DA IRRIGAÇÃO
Seringa plástica hipodérmica tipo Luer Lock ou seringas especiais (de 3 ou 5 mL.)
Agulhas irrigadoras Endo-Eze: deve possuir ponta romba e atingir o terço apical do
canal (3 mm aquém do ápice). A agulha não pode obliterar a luz do canal;
Deve-se irrigar no mínimo 3 ml por canal a cada troca de instrumento. Renovar a
solução quando a câmara não estiver preenchida ou quando se observar muitos
detritos;
Durante a irrigação, realizar movimentos de entrada e saída para potencializar o
refluxo;
Irrigar e aspirar simultaneamente para aumentar o fluxo da solução e em seguida
inundar a cavidade pulpar a cada sequência de emprego de um mesmo instrumento
1
e a cada mudança de instrumento.
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PROTOCOLO DE IRRIGAÇÃO FINAL:
A irrigação-aspiração final tem como objetivo principal remover traços dos fármacos usados durante o preparo
do canal ou como medicamento intracanal.
PÁGINA 67
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
FARZANEH S., PARIROKH M., NAKHAEE N., ABBOTT P.V. Effect of two different concentrations of sodium hypochlorite
on postoperative pain following single-visit root canal treatment: a triple-blind randomized clinical trial. International
Endodontic Journal, v. 51, n. 2, p.11, 2017.
FILHO M.T. et al. In vivo microbiological evaluation of the effect of biomechanical preparation of root canals using
different irrigating solutions. J. Appl. Oral Sci., v.14, n. 2, 2006.
JUNIOR I.M.I., PESCE J., MEDEIROS H.F. Eficácia de substâncias químicas auxiliares na instrumentação de canais
radiculares. Rev Odontol Univ São Paulo, v. 13, n. 2, p. 153-157, 1999.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
LEONARDO, M. R. Endodontia: tratamento de canais radiculares. 2 ed. São Paulo: Artes Médicas, 2017.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
PÁGINA 68
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
MALENTACCA A. et al. The comparative effectiveness and safety of three activated irrigation techniques in the isthmus
area using a transparent tooth model. International Endodontic Journal, v.51, p. 35-41, 2018.
MARTINS DL et al. Laser de baixa intensidade para tratamento de extravasamentos de hipoclorito de sódio - relato
de caso. Brazilian journal of surgery and clinical, v. 21, n. 1, p. 82-85, 2018.
PÁGINA 69
CAPÍTULO 6
ODONTOMETRIA
FERNANDA DE ARAÚJO TRIGUEIRO CAMPOS | RACHEL REINALDO ARNAUD | THAYSE TARGINO MORAIS
OBJETIVOS:
A Odontometria refere-se à medida do
comprimento do dente. Muitas técnicas têm
sido empregadas na tentativa de determinar Conhecer a técnica odontométrica e os fatores que
clinicamente, com o máximo de precisão, justificam sua execução;
o comprimento dos dentes e dos canais Saber determinar o limite apical de trabalho nas
radiculares. Para tal, são utilizadas fórmulas diferentes situações anatomopatológicas;
matemáticas, mensurações diretamente nas Determinar a técnica radiográfica e saber interpretá-la;
radiografias, e, ainda, meios eletrônicos. Desenvolver sensibilidade táctil e visual.
PÁGINA 70
MATERIAL NECESSÁRIO:
SEQUÊNCIA TÉCNICA:
PÁGINA 71
2 Determinar o Comprimento aparente do dente (CAD):
Na radiografia inicial, mede-se com o auxílio de uma régua milimetrada transparente e lupa o comprimento
aparente do dente (CAD), que se estende do ápice radicular ao ponto de referência incisal ou oclusal. Chama-se
aparente porque pode ter sofrido distorção radiográfica alterando a medida real do dente.
Dessa forma, subtraímos 3 mm da medida inicial que equivale a aproximadamente 2/3 do comprimento da raiz.
CRI= CAD – 3 mm
PÁGINA 72
4 Insere-se uma lima tipo K no interior do canal, ajustada no CRI, de forma que o cursor fique apoiado no ponto de
referência na coroa.
Mede-se nesta radiografia a Distância ápice- instrumento (DAI), que corresponde à distância da ponta do
5
instrumento ao ápice radiográfico.
PÁGINA 73
O DAI pode ser ZERO quando a lima O DAI pode ser NEGATIVO quando a
ficar no limite do forame apical lima ultrapassar o forame apical
Observar através de uma segunda radiografia o nível atingido pelo instrumento. Não precisamos visualizar
todo dente o mais importante é seu vértice radiográfico;
Devemos identificar o DAI – é a distância da ponta do instrumento até o vértice radiográfico. Este espaço deve
atingir até 3 mm aquém do vértice apical;
**Se a distância da ponta do instrumento até o ápice for maior que 4 mm, ajustar o instrumento em mais 2 mm
e repetir a radiografia.
O comprimento real do dente é dado pela forma:
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Comprimento real de trabalho (CRT): é o comprimento final, o qual iremos trabalhar, para isso devemos retirar
6
1mm do comprimento real do dente.
O comprimento real do dente é dado pela forma:
PÁGINA 75
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p.
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p
PÁGINA 76
CAPÍTULO 7
PÁGINA 77
O êxito da limpeza e desinfecção do espaço endodôntico depende da seleção dos instrumentos endodônticos
e das técnicas de instrumentação, das substancias químicas auxiliares e métodos de irrigação empregados, e da
habilidade do operador. A última condição envolve o domínio das técnicas operadoras, o reconhecimento de suas
indicações e limitações. Estes objetivos são alcançados ao se modelar o canal principal de forma adequada, de tal
forma, que o canal cirúrgico abrigue o canal anatômico.
Diante das etapas evolutivas do tratamento encontra-se as técnicas de instrumentação, que possibilitará o
modelamento de parte do sistema de canais radiculares; a remoção de tecidos moles e duros infectados; favorecendo
o acesso as substâncias químicas auxiliares, e disponibilizando espaço suficiente para a deposição da guta percha.
Embora sejam distintos, eles são utilizados de maneira integrativa e conjunta, ou seja, são usados simultaneamente.
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PÁGINA 79
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TÉCNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO
TÉCNICA TÉCNICA DO
DE OREGON PROTAPER
MODIFICADA MANUAL
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PREPARO DOS TERÇOS CERVICAL E MÉDIO
Preparo químico-mecânico para dentes amplos e retos
Executado com gates glidden em ordem decrescente de diâmetro com a medida pré-estabelecida do C.A.D. – 4 mm,
compatível com o diâmetro do canal radicular.
Posteriormente ao preparo dos terços cervical e médio, realiza-se a odontometria que consiste em determinar
o comprimento real de trabalho através de manobras e medidas executadas para esse fim. A patência foraminal é
checada após cada intervenção feita no canal radicular depois da odontometria.
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COMPRIMENTO DE PATÊNCIA DO CANAL
Preparo químico-mecânico para dentes amplos e retos
É a medida obtida de um ponto de referência coronário até a abertura do forame apical na superfície externa
radicular. Tem como objetivo manter o canal cementário desobstruído.
CDR
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PREPARO DOS TERÇOS MÉDIO E APICAL
INSTRUMENTOS MANUAIS
Limas tipo K, em ordem decrescente de diâmetro até chegar no CRT, onde será confeccionado o batente apical
1° Instrumento justo no
CRT = IAI
O Batente Apical é a última etapa do tratamento endodôntico. Ele é realizado após a determinação do I.A.I.
(Instrumento apical inicial), que é o primeiro instrumento a trabalhar justo no C.R.T. Sua confecção consiste em
utilizar 3 limas em ordem CRESCENTE de diâmetro, porém no mesmo C.R.T. O último instrumento que será utilizado
na confecção do Batente Apical é denominado Instrumento memória (I.M.), que servirá como referência para a
ancoragem do cone de guta percha na obturação do canal radicular.
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PREPARO DOS TERÇOS MÉDIO E APICAL
Preparo químico-mecânico para dentes amplos e retos
Batente apical
Após cada intervenção no c. Radicular, irrigar/aspirar e passar o instrumento apical formainal (I.A.F.) no
Comprimento real de trabalho (C.R.D.).
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TECNICA DO PROTAPER MANUAL UNIVERSAL
S2
S1
Sx
F1 F2 F3
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SISTEMA PROTAPER UNIVERSAL MANUAL
TÉCNICA DE INSTRUMENTAÇÃO
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S1 - Irrigação - Patência Irrigação
SISTEMA PROTAPER UNIVERSAL MANUAL
Odontometria
CAD - 3mm
RC (DAI + CRI = CRO)
CRT (CRO - 1mm)
IM no
mínimo F2
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REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p.
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p
PÁGINA 89
CAPÍTULO 8
MEDICAÇÃO INTRACANAL
MARIA CRISTINA TAVARES DE MEDEIROS HONORATO | MARIA AUXILIADORA GOMES DO NASCIMENTO | RENALLY FRANÇA DE OLIVEIRA
A medicação intracanal se caracteriza pela aplicação de um medicamento no interior dos canais radiculares
entre as sessões até a conclusão do tratamento endodôntico. Seu uso exerce um papel auxiliar importante em
determinadas condições clínicas e patológicas.
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ELIMINAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS DOS SISTEMAS DE CANAIS RADICULARES (LOCAIS INACESSÍVEIS À INSTRU-
MENTAÇÃO): ISTMOS, RAMIFICAÇÕES, DELTA APICAL E IRREGULARIDADES
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CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS MEDICAMENTOS
Potentes Fixadores
antimicrobianos; teciduais; potentes Atuam sobre
Ação po contato antimicrobianos processo
direto e Liberação batericidas por inflamatório e
de vapores. Pó branco alcalino
contato direto possuem efeito
Eugenol, PMC, pouco solúvel em
(irritantes) e inibitório sobre Inibir o
PMCC (Cânfora), Efeitos destrutivos água; Atividade
liberação de a exsudação e desenvolvimento
cresatina, cresol e sobre vírus e antimicrobiana
vapores ativos. vasodilatação; ou matar MO.
timol. bactérias. Cloro ou por contato
Neutraliza Aplicações tópicas; *Sensibilidade
iodo. direto; formação
conteúdos tóxicos. hidrocortisona, resistência.
Potencializar de barreira
Formaldeído + prednisolona e
a atividade mineralizada.
cresol = Tricresol dexametesona.
antimicrobiana e
formalina (90%) ou *Otosporin
Reducir a toxidade.
formacresol (19 a *Decadron colírio
Efêmero 48h 43%).
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DERIVADOS FENÓLICOS
ALDEÍDOS
Fixadores teciduais;
Formaldeído – tricresol formalina ou formocresol;
Potentes antimicrobianos;
Ação: contato direto/liberação de vapores;
HALÓGENOS
Cloro ou iodo
Naocl
Efeitos destrutivos sobre vírus e bactérias
Iodeto de potássio iodetado
CORTICOSTERÓIDE
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BASES OU HIDRÓXIDOS
Ca(oh)2
Pó branco
Alcalino
Atividade antimicrobiana por contato direto
Formação de barreira mineralizada
MEDICAMENTOS UTILIZADOS
PMCC
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ASSOCIAÇÃO CORTICOSTEROIDE- ANTIBIÓTICO
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
Pó branco
pH alcalino
Pouco solúvel em água
Veículos:
Inertes – soro, água, glicerina, polietilenoglicol;
Biologicamente ativos – PMCC, clorexidina e iodeto de potássio iodetado;
Ação antimicrobiana;
Ação anti-inflamatória;
Neutralização de endotoxinas;
Indução de reparo por tecido mineralizado;
Barreira física e química.
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EMPREGO DOS MEDICAMENTOS PROTOCOLOS UTILIZADOS NA CLÍNICA
BIOPULPECTOMIA
Callen;
Evita ou retarda a contaminação do canal;
7 a 30 dias
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NECROPULPECTOMIA E RETRATAMENTO
NECROPULPETOMIA
- PQM COMPLETO
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BIOPULPECTOMIA NECROPULPECTOMIA
PQM COMPLETO OBTURAÇÃO CALLEN CALLEN + PMCC
PQM INCOMPLETO OTOSPORIN HIPOCLORITO DE SÓDIO
PÁGINA 98
TÉCNICA DE APLICAÇÃO DO CALEN
PÁGINA 99
Lubrificação da agulha com glicerina Pasta de hidróxido de cálcio
PÁGINA 100
Limitador de silicone
à 2mm aquém do CRT.
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
FARZANEH S., PARIROKH M., NAKHAEE N., ABBOTT P.V. Effect of two different concentrations of sodium hypochlorite
on postoperative pain following single-visit root canal treatment: a triple-blind randomized clinical trial. International
Endodontic Journal, v. 51, n. 2, p.11, 2017.
FILHO M.T. et al. In vivo microbiological evaluation of the effect of biomechanical preparation of root canals using
different irrigating solutions. J. Appl. Oral Sci., v.14, n. 2, 2006.
PÁGINA 101
JUNIOR I.M.I., PESCE J., MEDEIROS H.F. Eficácia de substâncias químicas auxiliares na instrumentação de canais
radiculares. Rev Odontol Univ São Paulo, v. 13, n. 2, p. 153-157, 1999.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
LEONARDO, M. R. Endodontia: tratamento de canais radiculares. 2 ed. São Paulo: Artes Médicas, 2017.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
MALENTACCA A. et al. The comparative effectiveness and safety of three activated irrigation techniques in the isthmus
area using a transparent tooth model. International Endodontic Journal, v.51, p. 35-41, 2018.
MARTINS DL et al. Laser de baixa intensidade para tratamento de extravasamentos de hipoclorito de sódio - relato
de caso. Brazilian journal of surgery and clinical, v. 21, n. 1, p. 82-85, 2018.
PÁGINA 102
CAPÍTULO 9
A obturação é a fase final do tratamento endodôntico, tendo como objetivo o selamento tridimensional de toda
a cavidade endodôntica. Para executar a etapa de obturação é necessário que alguns aspectos sejam levados em
consideração:
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OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS
TÉNICA
Materiais em Materiais em
estado sólido estado plástico
Cones de Cimentos
guta-percha endodônticos
A guta percha (GP) foi introduzida na endodontia em 1867 em forma de látex extraída de árvores, por isso os
cones são formados de 20% de guta-percha, 75% de óxido de zinco, que tem a função de conferir rigidez e atividade
antibacteriana e outros elementos em menor quantidade. As vantagens de biocompatibilidade, radiopacidade, fácil
manuseio e estabilidade dimensional fizeram com que a GP fosse a escolha de material para o selamento do canal,
no entanto, por ser pouca adesiva e com pouca resistência mecânica é necessário o uso do cimento endodôntico.
Este por sua vez deve ter como propriedades ideais nenhuma contração de presa, adesividade, biocompatibilidade,
solúveis em solventes e insolúvel em fluídos, radiopacidade e ausência de manchamento.
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Polímero de metibutadieno ou isopropeno
Isômero de borracha
mais dura
quebradiça
menos elástica
Composição
Guta-percha: 19 a 20%
Óxido de zinco: 60 a 75% - rigidez atividade antibacteriana
Sulfato de bário: 1,5 a 17% - radiopacificador
Outras substâncias: 1 a 4%
Resinas
Ceras
Corantes
VANTAGENS DESVANTAGENS
Adaptam-se as irregularidades do canal; Pequena resistência mecânica a flexocompressão;
Boa tolerância pelos tecidos perirradiculares; Pouca adesividade;
Radiopacos; Podem ser deslocados pela pressão
Facilmente plastificados;
Estabilidade dimensional;
Não alteram a cor da coroa quando no limite adequado;
Podem ser facilmente removidos do canal.
PÁGINA 105
O cone de guta-percha pode ser classificado como principal ou acessório.
O primeiro preenche o batente apical e é comercializado em 3 séries
acompanhando as limas de aço inoxidável (1°- 15 a 40; 2°- 45-80 e 3°- 90-140)
e na série das limas protaper (F1 a F5).
Os cones auxiliares ou acessórios são utilizados para preencher o
remanescente do canal que não foi preenchido com a guta principal, sendo
comercializado na forma de F (fino); MF(médio-fino); FM (fino-médio); M
(médio); FF(fino-fino); XF (extra-fino); L (largo); ML (médio-largo); XL (extra-
largo).
PÁGINA 106
Após essa limpeza, iniciamos a obturação que utiliza como materiais: hipoclorito 2,5%; EDTA 1,7%; cimento
endodôntico (mais utilizado: Sealer 26); álcool a 70% e materiais de selamento.
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Espátula n° 24 (flexível)
Placa de vidro
Kit de calcadores paiva.
Maçarico
Pelotas de algodão
Microbrush
Espátulas para colocação de resina composta ou CIV
Posicionadores
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1° Seleciona o cone principal: a seleção deste cone é feita de acordo como último
instrumento utilizado na fabricação do batente apical, ou seja, o IM (instrumento de
memória), sendo colocados em imersão para desinfecção em hipoclorito de sódio
2,5% durante 3 minutos.
5° Irrigação final: feito com hipoclorito 2,5% durante 1 minuto, EDTA 1,7% durante 3 minutos agitando
com uma lima e remoção com hipoclorito 2,5% durante 1 minuto novamente. A função desta irrigação
é remover resto de smear layer.
6° Secagem final do canal: deve ser feito com pontas de papel absorvente estéril na medida do IM.
PÁGINA 109
7° Preparação do cimento endodôntico: deve ser feito com uma espátula n° 24 (mais flexível) e uma placa de vidro,
utilizando a proporção de 1 medida de pó para 1 medida do liquido (desconsiderando a primeira gota) espatulando até
criar cor homogênea e formato de fio fino.
PÁGINA 110
9° Técnica da compactação vertical: Deve ser feito com calcadores. Um
calcador aquecido em fogo de maçarico deve cortar o excesso de guta
e um calcador frio deve calcar a guta remanescente para dentro do
canal. A manobra deve ser feita até chegar no limite amelocementário
(podendo ser verificado com a pinça dentro do canal tocando o limite
amelocementário).
10° Limpeza do dente: com uma pelota de algodão embebida em álcool a 70%.
PÁGINA 111
11° Colocação do material restaurador provisório
PÁGINA 112
REFERÊNCIAS
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
FILHO,SOUZA JOSÉ FRANCISCO. Endodontia passo a passo: evidências clínicas. 2.ed. São Paulo: Artes médica, 2015.
LAURETTI, M. B. Manual de Técnica Endodôntica. 1. ed. São Paulo: Ed. Santos, 2005. 256p.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
RAMOS, C. A. S.; BRAMANTE, C. M. Odontometria - Fundamentos e Técnicas. 1. ed. São Paulo: 2005. 130p.
ZUOLO, M. L et al. Reintervenção em Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro: Gen/Guanabara Koogan, 2010. 276p
PÁGINA 113
CAPÍTULO 10
ANSIOLÍTICOS
São empregados, de preferência, os tranquilizantes menores do grupo das Benzodiazepínicos, que são indicados
no caso de pacientes rebeldes ou temerosos ao tratamento ou na sedação pré-anestésica e como auxiliar no controle
da dor.
PÁGINA 114
APRESENTAM OUTROS EFEITOS DESEJÁVEIS:
Aumenta o limiar da dor;
Diminuição do metabolismo basal (Potencializando o efeito do AL);
Relaxamento da musculatura esquelética;
Inalteração da pressão arterial e FC;
Manutenção da glicemia em níveis aceitáveis nos diabéticos.
Administração (Dose
Nome Genérico Início de ação Min Adultos Idosos Crianças
única*)
40 a 60 min,
Diazepam (Valium) 30-45 5 a 10mg 5mg 0,2 a 0,5mg/kg
Antes da intervenção
1,5 a 2H
Lorazepam (Lorax) 60-120 1 a 2mg 1mg -----
Antes da intervenção
20 a 30min.
Alprazolam (Frontal) 60-90 0,5 a 0,75mg 0,25mg -----
Antes da intervenção
20 a 30min.
Midazolam (Dormonid) 30 7,5 a 15mg 7,5mg 0,2 a 0,35mg/kg
Antes da intervenção
PÁGINA 115
A melhor alternativa para pacientes idosos são os benzodiazepínicos de ação curta, como o Lorazepam, que
pode ser administrado como medicação pré-anestésica na dose única de 1mg ou 2mg, duas horas ante da intervenção.
Em casos de pacientes muito ansiosos, tomar o benzodiazepínico, em dose única, em torno de uma hora antes do
tratamento endodôntico; entretanto, se o paciente for muito nervoso, é aconselhável, também, tomar um comprimido
no dia anterior ao tratamento, de preferência ao deitar.
ANESTÉSICOS
A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das
sensações, em nível local, sem alteração do nível de consciência. Os anestésicos locais bloqueiam fisicamente por
interações lipofílicas (ocluindo os poros) os canais de sódio da membrana dos terminais dos neurônios. Como o
potencial de ação depende do fluxo de sódio, ao não ocorrer, não há propagação do sinal nervoso. Assim sua ação é
bloquear a condução nervosa de forma reversível e que não cause danos ao nervo.
ANESTÉSICOS INJETÁVEIS
1 AMIDAS:
PÁGINA 116
1.1 LIDOCAÍNA:
Contentração: 2%
Início de ação: 3 minutos
Contraindicação:
• hipersensibilidade a amida
• crianças menores de 5 anos ou com o peso abaixo de 20 quilos
1.2 MEPIVACAÍNA
1.3 BUPIVACAÍNA:
PÁGINA 117
1.4 PRILOCAÍNA:
1.5 ARTICAÍNA:
Concentração: 4%
Contraindicação: Pacientes alérgicos a sulfa e crianças com menos de 4 anos.
Baixa toxidade e uma boa eficácia (4%)
PÁGINA 118
QUALIDADES DE UM ANESTÉSICO
Ação reversível.
Não deve ser irritante ao tecido.
Ter início de ação rápido e duração suficiente.
Grau reduzido de toxicidade.
Propriedade de penetração suficiente para ser eficaz como anestésico tópico.
Não desencadear reações alérgicas.
Potencial suficiente para anestesiar.
Ser estável em soluções e sofrer biotransformação rápida no organismo.
Estar estéril ou capaz de ser esterilizado sem deterioração.
VASOCONSTRITORES
PÁGINA 119
Quadro 4 – Requisitos para escolha dos vasoconstritores
Condição física do paciente, cuidado especial para o hipertireoidismo, cuidado relativo com o hipertenso,
diabetes e outras doenças cardíacas.
Necessidade de produzir hemostasia: a hemostasia só suurgirá no local cirúrgico direto de infiltração do vasoconstritor.
1:200.00 = 1g em 200.000ml
1g = 1000mg ___ 200.000ml =0,005mg/ml x 1.8 = 0,009 mg/tub
X ___ 1ml
ANALGÉSICOS
Os analgésicos utilizados em endodontia servem para diminuir o desconforto da dor gerada pelas alterações
pulpares e perirradiculares agudas e desconforto pós-operatório. É perceptível uma preferência pelo paracetamol
500 ou 750mg e dipirona 500mg.
Para pacientes idosos e crianças são indicados paracetamol e dipirona, sendo em solução “gotas” para as
crianças e nos dois casos podem recorrer aos corticosteroides em processos mais invasivos. Em gestantes, pode-se
empregar o paracetamol ou a dipirona. Em estados de polpa irreversível os analgésicos não possuem efeito algum,
sendo a conduta correta do profissional realizar o tratamento endodôntico imediato.
Nas necroses pulpares sem envolvimento periapical, o uso de analgésicos é indicado após a intervenção
PÁGINA 120
endodôntica como nas Pulpites irreversíveis. Em casos de periodontites apical aguda após a remoção do conteúdo
tóxico do canal prescreve-se analgésico por 24 horas cessando o quadro que acompanha a fase aguda. Em pacientes
que apresentam dor no pós-operatório o analgésico é indicado em casos de dor leve e se apresentar dor severa e
persistente o tratamento irá depender de: obturação adequada prescreve analgésico e anti-inflamatório. Em casos
de abscesso perirradicular agudo recomenda-se o uso de analgésico e anti-inflamatório em todas as fases, inicial,
em evolução e evoluído.
ANTI - INFLAMATÓRIOS
Como a dor pulpar e periapical envolvem processos inflamatórios, a primeira escolha de analgésicos são os
AINES. Entretanto, nenhum medicamento substitui a limpeza do canal radicular para eliminar a causa da infecção,
com o objetivo de prevenir ou tratar a dor de origem endodôntica. Na terapia endodôntica, os anti-inflamatórios são
utilizados de acordo com as alterações pulpares e/ou periapicais:
Pulpite irreversível / Periodontite Apical Aguda: A inflamação pulpar se disseminou para os tecidos periapicais,
resultando em uma combinação de sintomas pulpares e periapicais. Após o tratamento endodôntico, a periodontite
apical pode se desenvolver como um resultado do trauma aos tecidos periapicais ou da resposta inflamatória aos
restos teciduais levados além do limite do sistema de canais radiculares.
PÁGINA 121
Abcessos dento–alveolares agudos: Nos casos de abcesso em evolução e evoluídos, faz-se necessária terapia
sistêmica e local. A terapêutica sistêmica em casos de abscesso periapical, sem fístula evoluída, objetiva dar suporte
ao tratamento e controle do processo infeccioso e ser coadjuvante no alívio do quadro sintomatológico.
Portanto, os anti-inflamatórios estão indicados como medicação pré e pós-operatória nas intervenções
odontológicas quando há expectativa de resposta inflamatória de maior intensidade, com o objetivo de se prevenir a
dor e o edema excessivos, e também nos casos de quadro inflamatório agudo já instalado. A duração do tratamento
com estes medicamentos deve ser estabelecida por um período máximo de 48h.
Em casos de pacientes que se apresentam com sinais e/ou sintomas prévios torna-se interessante o uso de
anti-inflamatórios pre-operatorio com intuito de minimizar o desconforto pós-operatório, bem como facilitar o
procedimento anestésico. Nos casos em que não há presença de sinais e sintomas prévios não há necessidade do uso
de anti-inflamatórios. A utilização da medicação logo após o tratamento, ainda no consultório, está indicada para que
seu efeito inicial seja o mais precoce possível.
PÁGINA 122
Quadro 7: Principais anti-inflamatórios administrados no tratamento endodôntico
Comprimidos - 600 mg
Ibuprofeno Adultos: 1compr. – 3 a 4 vezes/dia
Gotas - 100mg/ml*
Dexametasona
Comprimidos – 4mg 2 comp. 1 h antes do procedimento
* Medicação Pré-operatória
ANTIBIÓTICOS
PÁGINA 123
ANTIBIÓTICOS RECOMENDADOS
Comprimidos –5-00mg
Eritromicina Adultos: 6 em 6 horas
Suspensão –250mg/5ml
Azitromicina Comprimidos – 500 mg Adultos: Uma vez ao dia, durante 3 a 5 dias.
Clindamicina
Cápsulas – 300mg Adultos: 1 compr., de 6 em 6 horas
* Alérgicos a Penicilina
Comprimidos – 250mg
Amoxicilina + Metronidazol Adultos: 8 em 8 horas
Suspensão 40mg/ml
PÁGINA 124
Quadro 9: Protocolo de uso profilático de antibióticos (American Heart Association).
A solução de hipoclorito de sódio pode ser forçada além do forame por meio de injeção, durante a instrumentação
dos canais radiculares. Esse tipo de acidente é caracterizado por dor intensa na região, logo após a injeção, seguida
de inchaço imediato na área envolvida e hemorragia profusa pela via endodôntica, exigindo medidas de pronto
atendimento por parte do profissional:
PÁGINA 125
REFERÊNCIAS
ANDRADE, E.D. Terapêutica Medicamentosa em Odontologia. 3ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2014.
BERGEHHOLTZ, G.; HORSTED-BINDSLEY, P. REIT, C. Endodontia. 1. ed. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006. 338p.
BRAMANTE, C. M. Resolução das dores pulpares. In: TODESCAN, F. F.; BOTTINO, M. A. Atualização na clínica odontológica:
a prática da clínica geral –17º CIOSP. São Paulo: Artes Médicas/ APCD, 1996. p. 201-210.
COHEN, S.; HARGREAVES, K.M. Caminhos Da Polpa: Endodontia. 10. ed. Elsevier, 2011.
FONTOURA, R.A. Terapêutica e Protocolos Medicamentosos em Odontologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Napoleão, 2013.
LEONARDO, MR. Endodontia: tratamento de canais radiculares. São Paulo: Artes Médicas, 2005. 1491p.
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JUNIOR, J.F. Endodontia: Biologia e Técnica. 15. ed. Elsevier, 2015.
MACHADO, MEL. Endodontia – da Biologia à Técnica. São Paulo: Editora Santos, 2007. 484p.
RALDI, D.P.; OLIVEIRA, R. B.; LAGE-MARQUES, J. L. Medicação sistêmica como coadjuvante do tratamento endodôntico.
APCD Revista, v. 56, n. 5, set/out. 2002.
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CAPÍTULO 11
MANUAL DE BANCADA
RACHEL REINALDO ARNAUD | CYNÁRA LIANE JALES A.DE MELO | FLAVIANA LAÍS PEREIRA DOS SANTOS
LARISSA BRAZ PONTES | NICOLE FERNANDES TEIXEIRA
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ANESTESIA CIRURGIA DE ACESSO
Instrumentais:
Anestésico tópico
Carpule
Tubete de anestésico
Agulha
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ISOLAMENTO ABSOLUTO
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PREPARO CERVICAL E PQM NA TÉCNICA DE PREPARO CERVICAL E PQM
OREGON MODIFICADA NA TÉCNICA PROTAPER
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OBTURAÇÃO NA TÉCNICA PROTAPER MANUAL OBTURAÇÃO NA TÉCNICA DE OREGON MODIFICADA
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