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Guia

Clínico

Edilaine G. Pereira
EDILAINE G. PEREIRA GUIA CLÍNICO INAPÓS
consequentemente, não sendo capaz de bloquear os
Anestesiologia canais de sódio.
❖ Acontece o aumento do fluxo sanguíneo devido ao
BISEL DA AGULHA SEMPRE VOLTADO PARA O OSSO processo de Angiogênese (formação de novos vasos
ALVEOLAR= ANESTESIA A POLPA sanguíneos) para combater o agente agressor mais
rapidamente. Com esse aumento da vascularização
Conceitos em anestesiologia local, o anestésico permanece pouco tempo na região.
❖ Ocorre um aumento da sensibilidade nervosa (limiar de
1. Anestesias terminais: a ação do anestésico ocorre
dor baixo) causado pelos mediadores químicos. Ou seja,
nas terminações nervosas
o paciente sente mais dor.
Superficiais: o efeito do anestésico ocorrerá como
❖ Solução: optar pela técnica anestésica por bloqueio
contato do agente anestésico com a pele/mucosa
regional ou por bloqueio troncular (técnicas mais
Infiltrativas: o efeito anestésico ocorrerá pela
profundas).
infiltração do agente anestésico nos tecidos, próximo
às terminações nervosas. ANESTESIA NO MÁXIMO 2
DENTES. CÁLCULO DA DOSAGEM ANESTÉSICA:
***Áreas favoráveis para anestesia infiltrativa:
terminal da mandíbula

2. Anestesias por bloqueio: a ação do anestésico


ocorrerá nos ramos e troncos nervosos
Regional: o efeito do anestésico ocorrerá pela
infiltração do agente anestésico nos tecidos, ao nível
de um ramo nervoso.
Troncular: o efeito anestésico ocorrerá pela infiltração
do agente anestésico nos tecidos, ao nível de um tronco
nervoso Solução de Lidocaína 2%:
2g do sal em 100 ml de solução = 20 mg/ml
Interferência causada pela Inflamação: Volume do tubete:1,8 ml
➢ Tecidos inflamados podem atingir pH extremamente
baixo. Com isso, há um desvio da reação de 2g correspondem a 20mg
dissociação do anestésico para a forma hidrofílica. 20 mg x 1,8 ml = 36 mg
Dessa forma não atravessa a membrana que possui
caráter lipídico. DOSE MÁXIMA DE LIDOCAÍNA: 4,4 mg/kg de peso
➢ Aumento do fluxo sanguíneo–maior retirada do corporal
anestésico local da região.
➢ Aumento da sensibilidade nervosa causada pelos • Criança com 20 kg: 20 kg x 4,4 mg = 88 mg
mediadores inflamatórios. (dose máxima)
88 mg:36 mg = 2, 4 tubetes
❖ Áreas comprometidas com respostas inflamatórias
ativas dificultam o efeito anestésico. Numa área com • Adulto com 60 kg:
inflamação tecidual, ocorre o aumento do processo de 60 kg x 4,4 mg = 264 mg
Angiogênese (formação de vasos sanguíneos), 264 mg:36 mg = 7,3 tubetes
consequentemente aumentando a vascularização no
local. Esse aumento do fluxo sanguíneo faz com que o • Adulto com 100 kg:
anestésico permaneça pouco tempo no local aplicado, 100 kg x 4,4 mg = 440 mg
mesmo com vasoconstritor. Ou seja, diminui a
profundidade e duração da anestesia. Portanto, a Independente da massa corporal do indivíduo, há um
solução seria optar por anestesias mais profundas, por limite máximo total por sessão = 300 mg/sessão
bloqueio regional ou por bloqueio troncular.
❖ Em uma condição de normalidade, o anestésico é uma 300 mg: 36 mg = 8,3 tubetes
substância anfipática, ou seja, possui propriedades
hidrofóbicas e hidrofílicas. Porém, durante uma - Tem que transformar “g” em “mg”.
resposta inflamatória, o ph da região muda e se torna - Dividir “mg” pelos 100ml, para descobrir a quantidade de
ácido. Com isso, o anestésico local evidencia a sua “mg” para cada “ml”.
propriedade hidrofílica. Uma vez com essa propriedade - Multiplicar o peso corporal do paciente com a dose
em destaque, o anestésico não consegue atravessar a máxima do anestésico.
membrana do axônio (por ter caráter lipídico),

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- Pegar esse valor e dividir pela quantidade de “mg” e anestesiadas: 1º e 2º pré-molares, raiz MV do 1º molar,
descobrir a quantidade de tubetes. dentes anteriores, tecidos periodontais bucais (por
vestibular) e ossos sobre esses elementos.
❖ Qualquer valor que ultrapasse o limite máximo, temos
que levar em consideração o valor tabelado do “máximo ➢ Tuberosidade alta
absoluto”. Dividindo esse valor por 36mg, resultando na Semelhante à tuberosidade baixa. A agulha
quantidade de tubetes. obrigatoriamente LONGA, e é penetrada em torno de
3,5cm. Visando atingir a fossa pterigomaxilar, anestesiando
❖ Sempre arredondar a quantidade de tubetes para o todo o tronco do nervo maxilar. Toda a hemiface fica
menor valor. anestesiada.

▪ A dose máxima de sal anestésico depende da massa ➢ Complementares: palatino maior e nasopalatino
corporal do indivíduo. No entanto há também um
limite máximo total por sessão.
NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR
▪ O fator limitante para a dose máxima é o sal
anestésico e não a concentração e a dosagem
máxima de vasoconstritor.
▪ Existem indivíduos que podem apresentar toxicidade
mesmo com doses inferiores às máximas. Dessa
forma, é mais prudente considerar as doses
máximas mais conservadoras.

Técnicas anestésicas
Maxila • Área anestesiada: incisivo central, incisivo lateral,
canino, e a gengiva vestibular
➢ Intraligamentar • Área de introdução: altura da prega mucovestibular
Deposita-se o anestésico na região de sulco gengival, diretamente sobre o primeiro pré-molar superior
anestesiando o ligamento periodontal. Utiliza-se uma
agulha curta paralela ao longo eixo do dente, em suas NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO
proximais. Indicação: para casos em que é necessária para
o isolamento absoluto. Para verificar a sua eficácia,
verificamos a isquemia do tecido gengival (ficará
esbranquiçado).

➢ Infiltrativa supraperiosteal
Deposita-se o anestésico em terminações nervosas.
Indicação: anestesia pulpar de 1 ou 2 dentes, osso
alveolar, ligamento periodontal e tecidos moles por
vestibular. Sempre que possível, optamos pela anestesia • Área anestesiada: pré-molares e raiz mésio-
infiltrativa em maxila. vestibular do primeiro molar superior

➢ Tuberosidades baixa • Área de introdução: Altura da prega mucovestibular


Agulha curta. Nervos anestesiados: alveolar superior acima do segundo pré-molar superior mirando no
posterior. Lembrando da condição do 1º molar. Áreas ápice da raiz
anestesiadas: 2º e 3º molares, raízes palatina e
distovestibular do 1º molar, tecido periodontal bucal NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR
(vestibular) e osso acima desses dentes. Agulha
posteriormente à crista zigomático-maxilar e
anteriormente à apófise coronóide (20 graus utilizando o
eixo dos molares). Dica: longo eixo do dente dos molares
(face oclusal) até o final do corredor bucal.

➢ Infra-orbital
Penetra-se com a agulha no fundo de vestíbulo em direção
ao forame infraorbitário. Agulha: curta ou longa. Vamos
utilizar a curta. Nervo anestesiado: alveolar superior • Área anestesiada: molares com exceção da raiz
médio e anterior, além das suas ramificações. Áreas mésio-vestibular do primeiro molar superior
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• Área de introdução: altura da prega mucovestibular ▪ Akinose
acima do segundo molar superior ❖ Técnica indicada para anestesia do nervo alveolar
inferior em pacientes com quadro de trismo severo
NERVO NASOPALATINO (dificuldade de abertura bucal).
Cuidado com o uso da Articaína em anestesias
mandibulares:
- Em anestesias de bloqueio, existe o risco de parestesia
(nervo alveolar inferior e nervo lingual).
- A Articaína é um anestésico que tem grande perfusão
tecidual (se dissipa bem pelo osso).
- Por isso, a Articaína tem sua indicação para mandíbula
apenas pela técnica infiltrativa.
- Uma das exceções é o uso como complemento para a
• Área anestesiada: anterior do palato de canino a anestesia por bloqueio em regiões de molares, para
canino procedimentos cirúrgicos e endodônticos.
• Área de introdução: papila incisiva localizada na
linha média atrás dos incisivos centrais NERVO ALVEOLAR INFERIOR

NERVO PALATINO MAIOR

• Área anestesiada: Todos os dentes do hemiarco


• Área de introdução: membrana mucosa do lado
• Área anestesiada: Palato de pré-molares e molares medial (lingual) do ramo da mandíbula, na interseção
• Área de introdução: distal do segundo molar de duas linhas — uma horizontal, representando a
superior altura de inserção da agulha, e a outra vertical,
representando o plano anteroposterior de injeção

Mandíbula NERVO BUCAL


Devido à densidade óssea da mandíbula, as técnicas
infiltrativas são inviáveis.
A técnica infiltrativa em mandíbula é uma técnica
complementar, principalmente para a anestesia dos
ramos incisivos.

❖ Anestesia troncular (nervo mandibular): deposição do


anestésico no tronco nervoso antes de sofrer
ramificações.
❖ Bloqueio regional: deposição do anestésico próximo dos • Área anestesiada: Tecidos moles e periósteo bucal
ramos nervosos (bucal, lingual, alveolar inferior e o dos dentes molares mandibulares
mentoniano). • Área de introdução: Penetrar a membrana mucosa
no local de injeção, em posição distal e bucal
❖ Técnica Indireta/3 tempos: anestesia os nervos relativamente ao último molar.
alveolar inferior, lingual e bucal.
-> é indicada para procedimentos invasivos. NERVO MENTUAL
-> procedimentos invasivos, cirurgia ou procedimentos
periodontais, onde eu tenha a necessidade de anestesia do
nervo bucal.

▪ Gow-Gates
❖ Técnica de bloqueio troncular, ou seja, é indicada para
anestesia do nervo mandibular (antes de sofrer suas
ramificações).

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• Área anestesiada: Mucoperiósteo bucal, membrana
mucosa anteriormente ao forame mentual
• Área de introdução: nervo mentual que sai do
forame mentual entre o ápice do primeiro pré-molar
e o do segundo

NERVO LINGUAL

3. ANGINA PECTORIS

• Área anestesiada: Dois terços anteriores da língua,


assoalho da cavidade oral, periósteo e tecidos
moles linguais
• Área de introdução: 4. HIPERTENSÃO ARTERIAL

Guia
Condições Sistêmicas do
Paciente
DIABETES:

ALTERAÇÕES PULMONARES

1. ASMA

ALTERACÕES CARDIOVASCULARES

1. ARRITMIA CARDÍACA:

2. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

2. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

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ALTERACÕES RENAIS 1. GRAVIDEZ

1. PACIENTE RENAL CRÔNICO

2. TRANSPLANTE RENAL

3. INSUFICIÊNCIA SUPRA-RENAL

ALTERAÇÕES DA TIREÓIDE

1. HIPERTIREOIDISMO

GRAVIDEZ E AMAMENTAÇÃO

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- Lesão de cárie abaixo do ponto de contato optar
Dentística pelo slot horizontal.

Nomenclatura das Paredes da Cavidade CLASSE III


- Envolve uma ou ambas as partes proximais de incisivos
e caninos, sem envolver o ângulo incisal.

Localizada ou na mesial ou na distal de incisivos e


caninos sem envolvimento na incisal.
Não existe classe III em molares e pré-molares
somente em incisivos e caninos.

CLASSE IV
- Envolve uma ou ambas as faces proximais de incisivos
Nomenclatura das cavidades quanto à e caninos, e simultaneamente o ângulo incisal.
complexidade
a) Simples: uma face- ex. Oclusal (O) e mesial (M)

b) Composta: duas faces- ex. mesio-oclusais (M-O).


CLASSE V
c) Complexa: mais de duas faces, vai de 3 a 5 faces - Envolve o terço gengival, das faces vestibular e/ou
- ex. M-O-D lingual/palatal de todos os dentes.
- Lesões cariosas e não cariosas como erosão, abrasão
Classificação de Black e atrição.

CLASSE I
Regiões de fóssulas fissuras na oclusal de molares e
pré-molares.
- Envolve somente dentes posteriores; CLASSE VI
- 2/3 oclusais da face vestibular e lingual/palatal de - Classificação extra que não é contemplada por Black.
molares; São lesões e cavidades localizadas nas pontas de
cúspides dos dentes posteriores sem envolvimento das
cicatrizes e fissuras ou no bordo incisal de dentes
anteriores se envolvimento do ângulo incisal.
CLASSE II
A partir do momento em que se envolve ângulos RELEMBRANDO...
proximais.
1. Incisivos inferiores
- Envolve as proximais dos pré-molares e molares.
2. Incisivos superiores
- Pode envolver outras faces simultaneamente.
3. Pré-molares e caninos
4. Molares
5. Dente do grampo

- Slot horizontal: Acesso


horizontalmente; somente na 200-205 MOLARES
face proximal. 206-209 PRÉ-MOLARES
210 E 211 ANTERIORES
- Slot vertical: Acesso ANTERIORES E RECESSÃO
vertical que envolve a 212
GENGIVAL
crista marginal.
26 MOLARES
- Lesão de cárie acima do ponto de contato optar W8A MOLARES E PRÉ- MOLARES
pelo slot vertical.

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Guia de Restauração
Tática Operatória:
Exame radiográfico -> saber a profundidade do PREPARO DO DENTE
tecido cariado; profundidade da restauração a ser → Fazer o condicionamento com ácido fosfórico a 37%
substituída; por 30s em esmalte e 15s em dentina.
Seleção de Cor
A seleção de cor deve ser feita sempre antes
do isolamento, com o dente umedecido.
O ideal seria selecionar a cor na luz natural ou OBS: essa etapa pode mudar de acordo com o
em uma luz artificial com 5500k. sistema adesivo utilizado.
A seleção de cor para uma resina é feita
através da escala Vitta ou através de pequenos → Lavar por 30s e secar levemente.
incrementos com resina composta. → Aplicar o sistema adesivo com microbrush.

Protocolo Restaurador
ANESTESIA E ISOLAMENTO DO CAMPO
→ Fotopolimerizar o sistema adesivo por
OPERATÓRIO
aproximadamente 15s.
Sempre que possível, fazer o isolamento absoluto com
dique de borracha.

RESTAURAÇÃO
→ A execução da abertura é feita com instrumentos
rotatórios, em alta velocidade.
• Broca esféricas
→ Remoção do tecido cariado é feito com “colheres
de dentina” que são as curetas, ou com brocas
→ Inserir na cavidade a resina composta em pequenos
esféricas carbide (1/4; ½) em baixa rotação.
incrementos de forma oblíqua sem ligar as paredes.
→ As pontas diamantadas em alta rotação são
→ Fotopolimerizar cada incremento por
utilizadas quando a cárie está na subsuperfície e
aproximadamente 40s.
precisamos desgastar estrutura sadia para sua
remoção.
Obs: o tempo de fotopolimerização da resina
Classe I de Black composta pode variar de acordo com a marca da
PREPARO DA CAVIDADE resina e com o aparelho fotopolimerizador utilizados.

→ Fazer a escultura à medida que os incrementos são


depositados na cavidade, com o auxílio de espátulas
e sonda exploradora para delimitar os sulcos.

O preparo deve ser restrito somente a área da lesão Essencial Lines


cariosa.
Se baseia na anatomia básica de cada dente
→ Iniciar o preparo com broca esférica lisa para corte
Não se preocupa com fóssulas e fissuras pois isso não
em baixa rotação.
faz diferença no dia a dia do paciente
→ Utilizar colher de dentina para remover o tecido
cariado remanescente.
→ Ao final do preparo, a cavidade deve se apresentar
com ângulo cavossuperficial nítido e sem bisel:

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amolecido. E para terminar a remoção utilizamos
broca carbide em baixa rotação
→ Para preparo da cavidade proximal, o dente vizinho
deverá ser protegido com uma tira matriz de aço
estabilizada com cunha de madeira. A abertura é
Posterior superior feita com a ponta diamantada esférica 1011
→ realizamos o acesso à cavidade pela face lingual ou
vestibular, dependendo do tipo de preparo
→ Com a cavidade ponta, protegemos o dente vizinho
com a fita veda rosca para que não deixe o ácido,
ou adesivo colar no mesmo.
→ Em seguida fazemos o condicionamento ácido e
posteriormente aplicamos o adesivo estendendo
além da margem do preparo para que não hajam
infiltrações
→ Depois de terminar a restauração, logo em seguida
Posterior inferior removemos os excessos fazendo o acabamento e
polimento (por isso é importante deixar um pouco
de excesso de resina composta).
→ Utilizar pincel pelo de Marta para alisar a
superfície.
→ Aplicar lubrificante hidrossolúvel (KY) na última Classe IV
camada. → Preparo cavitário, utilizando caneta de baixa
→ Fazer a fotopolimerização final. rotação e contra-ângulo, com ponta diamantada
→ Remover o isolamento absoluto. esférica (1011, 1012, 1014, 1016) acoplada a
Classe II de Black mandril adaptador.
→ Confecção de bisel na face vestibular, utilizando
ponta diamantada para acabamento em formato de
chama (3118F). A ponta diamantada deve ser
posicionada a 45º em relação a face vestibular,
PREPARO DA CAVIDADE
resultando em um bisel de cerca de 2mm.
• Utilizar brocas em baixa rotação para proceder à
remoção de tecido cariado (n° 330 ou 245);
• Confeccionar o preparo tipo classe I quando
necessário
• Proteção dos dentes vizinhos com matrizes e cunhas → Reconstrução da face palatina à mão livre,
para romper as margens proximais. utilizando a tira de poliéster.
• Estender o preparo para as margens proximais e
confeccionar as caixas proximais. Classe V
• Rompimento da crista marginal
• Inserção do fio retrator
• As caixas proximais devem ter distância mesio-
• Remoção do tecido cariado com broca carbide
distal de um diâmetro e meio e respeitar 1/3 da
• Preparar a cavidade e confeccionar o bisel
distância intercuspídea
• Realizar os procedimentos adesivos
• Inserir incrementos de resina composta para
Classe III dentina e posteriormente para esmalte
→ Há casos em que deve-se colocar a borracha entre • Acabamento e polimento
os dentes 24 a 48 horas antes do procedimento
para que tenhamos acesso à lesão
Acabamento e Polimento
Após a remoção do isolamento do campo:
1. Com o auxílio das lixas abrasivas de resina
→ No dia do procedimento deve-se remover a composta remove-se os excessos nas
borracha e estabilizar o afastamento com o auxílio interproximais. Essas lixas devem sempre ser
de uma cunha de madeira (a base da cunha fica utilizadas em forma de ‘s’
voltada para a gengiva) 2. Checar a oclusão com papel carbono em Pinça
Müller.
→ Sempre iniciar a remoção de tecido cariado com
uma colher de dentina para remover todo o tecido

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3. Procedimentos de acabamento para restaurações
em dentes anteriores (classe III, IV e V) - Após
24 a 48hrs
3.1 Verificar a adaptação marginal e excessos com o
explorador.
3.2 Acabamento inicial: Para essa etapa podem ser
utilizados os seguintes materiais:
• Pontas Diamantadas para Acabamento F e FF:
1190, 2135, 3195, 3118, 3168
• Brocas Multilaminadas
• Discos de lixas
• Sistema de acabamento em chama de vela, em
disco e em taça
O polimento é realizado com o auxílio de discos
de feltro e sempre com pasta de polimento.

Tratamentos Conservadores
Profunda Forramento com CIV
Cimento de Hidróxido de
Muito profunda e Cálcio + CIV,
Muito profunda com ou
exposição Hidróxido de Cálcio,
ou MTA

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Endodontia
Classificação das Doenças Pulpares e
Periapicais

Série especial: 10

1ª série: 15-40: 15, 20, 25, 30, 35, 40

2ª série: 45-80: 45, 50, 55, 60, 70, 80

3ª série 90-140: 90, 100, 110, 120, 130, 140

a) Canal Principial;
b) Canal Bifurcado/Colateral Sequência do atendimento clínico
c) Canal Adventício/ Lateral Diagnóstico; biossegurança; abertura coronária;
(10,4%) esvaziamento e odontometria; preparo biomecânico;
d) Canal Secundario (16,4%) MIC; obturação; restauração e proservação.
e) Canal Acessório (0,6%)
f) Intercanal/ Interconduto → Remover todas as fontes de infecção como cáries
(2,2%) → Isolamento absoluto: apenas no dente em que vamos
g) Canal Recorrente (2,8%) tratar.
h) Canais Reticulares → Se precisar: fazer aumento da coroa clínica
i) Deltas Apicais (37,2%) → Quando não conseguimos realizar o aumento coroa
j) Canal Cavo-Inter-radicular clínica o isolamento pode ser feito com mais dentes,
os quais ficarão como grampo.

NUNCA TRABALHAR COM O CANAL SECO, SEMPRE


IRRIGAR

Composição da câmara pulpar:


A - Assoalho
Abertura Coronária
Etapas Operatórias
C - Cornos pulpares
1- Pontos ou zonas de eleição
P - Parede
Fase inicial da abertura coronária com uma
T - Teto broca esférica
-> Nos dentes anteriores superfície lingual e nos
posteriores será na superfície oclusal

2- Direção de trepanação
Fase que permite atingir o interior da câmara pulpar.
→ Em dentes unirradiculares deve ser realizado
posicionando a broca paralelo ao longo eixo do
dente.
→ Em dentes multiradiculares a broca é direcionada
paralela ao canal de maior volume:
- Canal lingual em molares superiores
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a
- Canal distal em molares inferiores 1 etapa: Instrumento inicial
A lima que foi realizada a odontometria no CT é o
3- Forma de contorno: instrumental inicial e depois usa mais 4 limas na
Remoção do teto e dos cornos pulpares com sequência depois do instrumento inicial.
broca esférica
A lima entra, faz meia volta, tração contra a parede
4- Forma de conveniência ‘desgaste compensatório’ e tira do canal.
facilitando o preparo biomecânico
Brocas n°4083 ou Endo Z IMPORTANTE: SEMPRE IRRIGAR ENTRE UMA LIMA
E OUTRA. (5 ml de NaOCl)
A zona de eleição é o quadrilátero central. A
broca entra perpendicular a face oclusal até 2a etapa: Escalonamento:
→ A última lima usada na primeira etapa será o
atingir a junção amelodentinária. Muda a direção
instrumental de memória, que deve sempre
de trepanação paralelo ao longo eixo do dente.
trabalhar no comprimento de trabalho, dessa
Quando se cai num vazio tira a broca esférica e
forma conseguimos o canal de uma forma cônica,
procura o teto com a sonda exploradora. A como deve ser.
partir desse momento se usa uma broca cônica → Deve começar a segunda etapa com o IM.
com ponta inativa para remover o teto e → Usa quatro limas na retirando 1mm a cada troca,
posteriormente fazer o desgaste compensatório. e a cada troca de lima devemos fazer a Faz
Com a broca Endo-Z remove-se o ombro lingual recaptulação com a lima de IM

IMPORTANTE: SEMPRE IRRIGAR ENTRE UMA LIMA


E OUTRA. (5 ml de NaOCl)
Preparo Biomecânico
Passo a Passo
ODONTOMETRIA TÉCNICA COROA- ÁPICE
Medir o dente na radiografia inicial, da borda NECROPULPECTOMIA
incisal/oclusal até o forame apical achando o
comprimento aparente do dente (CAD) e fazer a conta Primeiro devemos fazer a neutralização do conteúdo
para achar o comprimento pré odontométrico (CPO). séptico:
− Radiografar o dente e medir o CAD
− Primeira lima, entra com uma lima grossa que trave
CPO= CAD-2mm
na metade do valor do CAD.
− Segunda lima que é anterior a primeira (ex: se
Escolher a lima no valor do CAD (a lima deve
entrou com a 30 vamos entrar com a 25). Entrar
estar justa).
com a segunda lima 2/3 do valor do CAD
− Terceira lima entrar 3/3 do comprimento do CAD
Após descobrir o CPO devemos realizar outra
radiografia com a lima dentro do canal no valor do CPO.
Com essa última lima vamos fazer a
Devemos encontrar a diferença (D) entre o
odontometria radiografamos e achamos o CRD
forame apical radiográfico e a ponta da lima para
podermos achar o comprimento real do dente (CRD)
Desabridamento do forame apical é realizado
com uma lima abaixo da lima que foi feita a
CRD= CPO+D
odontometria

Depois de achar o CRD achamos o comprimento Batente apical:


de trabalho (CT), que será utilizado para realizar a − Sempre 4 limas
instrumentação do canal. − A lima que usamos pra fazer o desabridamento
foraminal vai servir como recaptulacao no batente
CT= CRD-1 apical.
→ menos 1, para preservar o coto pulpar da anatomia. − No batente usamos 4 limas na medida do CT e
vamos recaptular com a lima utilizada para fazer o
Instrumentação desabridamento foraminal, a qual vai até o forame,
ou seja, no CRD
TÉCNICA ÁPICE-COROA
(BULPECTOMIA, POLPA AINDA VIVA)
Escalonamento
− Usar a medida do CT
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− O instrumento de memória dessa etapa será a
última lima do batente apical
− Na primeira lima entrar CT-1;
− Na segunda lima entrar CT-2,
− Na terceira lima entrar CT-3
− Na quarta lima entrar CT- 4

*EM TODAS AS TÉCNICAS DEPOIS DAS ETAPAS


DEVE SER REALIZADO O DESGASTE
COMPENSATÓRIO COM GATTES OU ENDO Z

*** Desgaste compensatório no terço cervical → Pode ser


feito com a broca EndoZ ou gattes gliden 1, 2 ou 3
conforme o diâmetro do canal: se a broca 1 entra
passivamente e não está atuando usamos a broca 2 e assim
por diante.

Medicação Intracanal
➢ PROTOCOLOS DE MIC:

• BIOPULPECTOMIA
− 1a escolha: Corticosteroide + Antibiótico (ex:
OTOSPORIN)
− 2 a escolha: Hidróxido de cálcio + propilenoglicol

• NECROPULPECTOMIA
1a escolha: hidróxido de cálcio + soro + propilenoglicol
2 a escolha: hidróxido de cálcio + clorexidina gel 2%
3a escolha: clorexidina gel 2%

→ Manipular na placa de vidro e inserir com o lentulo


e colocar coltosol.
→ Para remoção do MIC, irrigar com soro.

Passo a passo da obturação:


1. Após completa instrumentação:
Irrigar com EDTA
Irrigar com soro
2. Secar o canal com cone de papel estéril 3 a 5min.
3. Desinfecção dos cones de guta percha em solução
de hipoclorito de sódio 2,5 por 10 min ou com
clorexidina a 2% por 15s, lavagem em soro
fisiológico e secagem sobre gaze esterilizada.
4. Seleção do cone principal:
Medir o cone no CRT -> marcar com pinça e inserir
no canal com leve pressão apical até ele travar e
presentar resistência a remoção. Com o cone em
posição radiografar o dente.
5. Manipular na placa de vidro o cimento endodôntico
sealer 26
6. Colocar cimento no cone e adaptar no canal
7. Colocar cimento no espaçador e inserir no canal
8. Remover o espaçador em mov. rotatório sentido
anti-horário e inserir o cone acessório
9. Repetir até preencher o canal
10. Radiografia comprobatória.

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ocasionando uma maior reabsorção óssea e uma maior
Periodontia destruição tecidual.

Pontos de sondagem
Exames clínicos e plano de tratamento em • 3 pontos na face vestibular: terço médio e
proximais (distal e mesial).
Periodontia • 3 pontos na face palatina/lingual: terço médio e
proximais (distal e mesial).
➢ Controle dos fatores etiológicos inflamatórios Emprego
A designação placa refere-se à formação microbiana • A profundidade da bolsa periodontal é
local, na superfície dos dentes, não removível por determinada introduzindo a sonda milimetrada o
enxagues. Assim que os dentes irrompem, são mais paralelo possível ao longo eixo do dente,
colonizados por bactérias. entre o epitélio do sulco ou da bolsa periodontal e
Estes agentes são particularmente úteis, quando se o dente, movendo-a suavemente até o epitélio
necessita ensinar as técnicas de escovação dentária juncional.
para crianças, educando-as dentro dos conceitos -> para implantes, as curetas tem que ser a base de titânio.
básicos de higiene bucal. Não pode ser as curetas de aço convencionais.

Sequência e plano de tratamento periodontal: Necessidade de:


Terapia Periodontal básica − Raspagem supragengival
Terapia cirúrgica − Raspagem supra e subgengival
Terapia de suporte
Independente se a raspagem vai ser supra ou
• Até 3mm sem sintomatologia: quadro de SAÚDE supra e subgengival deve-se fazer a aplicação tópica
periodontal. de flúor para evitar quadro de sensibilidade, tendo
• Até 3 mm com sintomatologia (resposta em vista que após a raspagem os túbulos dentinários
inflamatória inicial): quadro de GENGIVITE. ficam expostos.
• Maior que 3mm (periodonto de sustentação):
quadro de PERIODONTITE. TERAPIA DE SUPORTE
-> até 5mm: possível fazer uma terapia associada à − Instrução de higiene oral:
causa. − Uso de fio dental
-> maior que 5mm: a terapia já é cirúrgica (raspagem − Uso de bochechos colutórios
em campo aberto). − Orientações gerais
Obs: até 3mm com ou sem sintomatologia estamos no
espaço SUPRAGENGIVAL (periodonto de proteção). Trata-se de um protocolo de atendimento, no qual está
Passou de 3 mm, estamos no espaço SUBGENGIVAL, na relacionado à terapia associada a causa.
qual o espaço biológico já foi violado (periodonto de Antes da raspagem, indicamos ao paciente o bochecho
sustentação). com clorexidina 0,12% por 1 minuto.
• Divisão da boca em quadrantes
TERAPIA PERIODONTAL BÁSICA Deve-se iniciar a raspagem pelo quadrante em pior
1. Evidenciação 5. Sondagem situação para que possamos acompanhar a evolução do
2. Índice de placa 6. Índice gengival caso na sequência do tratamento.
3. IHO 7. Inserção Assepsia do operador e do paciente.
4. Profilaxia 8. Plano de tratamento • Anestesia
Deve ser feita por bloqueio ou terminal infiltrativa,
Se feita a sondagem e tiver uma marcação de até 3mm com o objetivo de silenciar a área onde vamos intervir.
sem sintomatologia: quadro de saúde. É ideal realizar a técnica de bloqueio regional quando
Se feita a sondagem e tiver uma marcação de até 3mm se quer abranger um maior número de dentes, e
com sintomatologia: quadro de gengivite. realizamos a técnica infiltrativa para um ou no máximo
Se feita a sondagem e tiver uma marcação de mais que dois dentes.
3mm com sintomatologia: invadiu o espaço biológico, Não é utilizada a anestesia muito próxima das papilas
quadro de periodontite. e da margem gengival, para evitar necrose e retração
-> a profundidade da sondagem tem relação direta com a de tecidos.
severidade da doença (número de bactérias gram Nessa etapa, evitamos a anestesia de Articaína, pois
negativas). tem relatos de necrose tecidual e quadros de
Obs: quanto maior for a profundidade de sondagem, maior parestesia.
a severidade da doença periodontal e maior a quantidade • Utilização da sonda exploradora
de bactérias gram-negativas presentes na região afetada, Utilizamos a sonda exploradora nº5 para verificar a
14
EDILAINE G. PEREIRA GUIA CLÍNICO INAPÓS
localização dos depósitos de cálculo, avaliar a
morfologia dos dentes que serão raspados, realizar a
raspagem propriamente dita e, no fim do procedimento,
verificar se não houve resquícios.
Iniciar a raspagem de posterior para anterior, evitando
que o sangue escorra sobre as superfícies dos dentes ***Grau 0 e 1 não marcamos
anteriores, especialmente em raspagem de dentes
superiores. Grau 0: Ausência de placa bacteriana
-> Cálculo supragengival: ocorre principalmente na face Grau 1: Presença de placa bacteriana em até 1/3 da
lingual de dentes anteriores inferiores (devido ao atrito superfície dentária
lingual, que estimula a mineralização) e na face vestibular Grau 2: Presença de placa bacteriana em até 2/3 da
de molares superiores. Possui coloração superfície dentária
amareloesbranquiçada. Grau 3: Presença de placa bacteriana em mais de 2/3
-> Cálculo subgengival: sua distribuição é mais homogênea da superfície dentária
entre os grupos dentários. É mais difícil de ser
encontrado pela sonda. Possui coloração mais escura, Índice de placa: porcentagem calculada no fim da ficha.
sendo preá ou amarronzada. 1-2
• Aplicação tópica de Flúor 4-3
Sempre após a raspagem e o alisamento radicular é A face vestibular é aquela próxima ao número.
OBRIGATÓRIO a aplicação tópica de flúor. Quadrado central: face oclusal dos posteriores.
Essa aplicação deve ser feita onde o procedimento foi Marcar somente quando a placa evidenciar em grau 2 ou
realizado, com o objetivo de diminuir o quadro de grau 3.
sensibilidade dentinária. Isso porque, durante a
raspagem, pode haver exposição dos túbulos
dentinários, que geram sensibilidade. Guia de Raspagem
O flúor realiza o processo DES-RE, ou seja, provoca a
remineralização do dente que foi desmineralizado.
Sua aplicação consiste nas seguintes etapas: isolamento Curetas
relativo; deixar o flúor na região por 1 minuto e não Instrumentos utilizados na raspagem
lavar, deve-se pedir para o paciente cuspir; por fim, supra e sub-gengival e no alisamento radicular.
indicar ao paciente que fique meia hora sem comer e
sem tomar líquidos, para que o flúor tenha a sua 1.MCCALL (UNIVERSAIS)
eficácia. São indicadas para qualquer face do dente. No
entanto, devemos evitar a região sub-gengival.
MODELO DE FICHA CLÍNICA:
McCall 13-14: dentes anteriores

McCall 17-18: dentes posteriores

2. GRACEY (ESPECÍFICAS)
Indicada para região supragengival

Gracey nº5-6: todas as faces de dentes


anteriores (também são usadas em pré- molares)
Gracey nº7-8: faces livres de dentes posteriores
(vestibular e lingual)

Gracey nº11-12: face mesial de dentes


posteriores

Gracey nº13-14: face distal de dentes


Índice de placa posteriores
Índice gengival ou de sangramento
Novo índice de placa 3. MINI FIVE
para controle após o término do tratamento Possui a mesma indicação que a gracey porém
para a região subgengival
ÍNDICE DE PLACA BACTERIANA

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EDILAINE G. PEREIRA GUIA CLÍNICO INAPÓS
4. FOICE
00 e Perio 21
Indicada para região interproximal subgengival.

5. LIMA HIRSCHFELD
Indicada para região subgengival.

Lima Hirschefeld nº3-7: faces livres

Lima Hirschefeld 5-11 faces proximais

Empunhadura do Instrumental
A empunhadura mais eficaz e estável para os
instrumentais periodontais é a empunhadura de "caneta
modificada".
É necessário um apoio para executar o
procedimento de raspagem, pois dessa forma, o
movimento estará mais estabilizado.

Raspagem
Durante o procedimento de raspagem, a cureta
deve se posicionar na base do cálculo de forma que a
sua remoção se torne mais eficiente.

Durante a raspagem, a parte não cortante da


cureta de Gracey (seta vermelha) fica sempre voltada
para o tecido gengival.

Observe que quando a cureta certa é utilizada,


ela se adapta perfeitamente nas superfícies dos
dentes.

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