PROFª ELIENE ASSIS

VÍDEO
A anestesia local é definida como um bloqueio reversível da
condução nervosa, determinando perda das sensações, em
nível local, sem alteração do nível de consciência.
(FERREIRA, 1999)
 Conceitos em anestesia
▪ Anestesias terminais: a ação do anestésico ocorrerá nas
terminações nervosas.

✓ Superficiais: O efeito anestésico ocorrerá com o contato

do agente anestésico com a pele / mucosa.
✓ Infiltrativas: O efeito anestésico ocorrerá pela infiltração
do agente anestésico nos tecidos, próximos às
terminações nervosas.
 Conceitos em anestesia
▪ Anestesias por bloqueio: a ação do anestésico ocorrerá
nos ramos e troncos nervosos

✓ Regional: o efeito anestésico ocorrerá pela infiltração do

agente anestésico nos tecidos, ao nível de um ramo
nervoso
✓ Troncular: o efeito anestésico ocorrerá pela infiltração do
agente anestésico nos tecidos, ao nível de um tronco
nervoso
 Anestesias Terminais Superficiais

➢ Dessensibilização de pele e mucosas

• Indicação: diminuir sensação dolorosa no momento da

punção e/ou atuar como coadjuvante do anestésico
infiltrado
• Duração curta e de pequena penetração nos tecidos

• Ex.: sprays e pomadas anestésicas

 Conceitos em anestesia
▪ Anestesias Infiltrativas e por Bloqueio

➢ Material
- Seringa carpule
- Agulha descartável
- Tubete anestésico

➢ Cuidados
- Sempre testar refluxo – Aspiração positiva
- Injetar lentamente a solução, observando o paciente
- Bisel da agulha sempre voltado para o osso
- Não inserir a agulha até o fim: o intermediário (plástico na base da
agulha), não deve se aproximar muito da mucosa
Conceitos em anestesia
 Técnicas Anestésicas
▪ Maxilares

✓ Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior Posterior

✓ Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior Médio
✓ Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior Anterior (Infraorbitário)
✓ Bloqueio Regional do Nervo Nasopalatino
✓ Bloqueio Regional do Nervo Palatino Maior
✓ Bloqueio Troncular do Nervo Maxilar
 Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior
Posterior
Também chama de anestesia Pós-túber ou Zigomática
• Ponto de punção: Fundo de saco entre 1º e 2º Molar
• Nervo anestesiado: Alveolar posterior superior
• Dentes anestesiados: 1º, 2º e 3º Molares maxilares
• Frequentemente a raiz mesio-vestibular não é anestesiada nesta técnica
• Técnica: Inserção da agulha longa em 45° ao longo eixo do dente para cima,
para trás e para dentro, bisel voltado para o osso. Inserir cerca de 3/4 da
agulha.
• Agulha: longa
• Quantidade: Cerca de 1 tubete
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior
Posterior
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior
Médio

• Ponto de punção: Fundo de saco próximo ao ápice do 2º PM

maxilar
• Nervos anestesiados: Alveolar superior médio
• Dentes anestesiados: Pré-molares maxilares do lado abordado, raiz
MV do 1º Molar
• Técnica: Inserção da agulha paralela ao longo eixo dos dentes, bisel
voltado para o osso
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior
Médio
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior
Anterior

▪ Mais conhecido como bloqueio do nervo Infraorbitário.

• Ponto de punção: Fundo de saco entre o 1º e 2º pré-molar maxilar
• Nervos anestesiados: Alveolar superior anterior
• Dentes anestesiados: Incisivos centrais e laterais, caninos
• Técnica: Inserção da agulha paralela ao longo eixo dos dentes,
cerca de 16 mm, bisel voltado para o forame infraorbitário.
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior
Anterior
• Agulha: longa
• Risco de anestesia dos nervos motores da olho
• Quantidade: De ¾ a 1 tubete
• Erro comum: fazer a punção de forma paralela à maxila(o que está
correto), mas muito rente à maxila. Tem que seguir a regra dos 5mm
de distância do rebordo alveolar na hora da punção, senão a agulha
esbarrará no osso ao longo do caminho e não alcançará o forame
infra-orbitário.
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Superior
Anterior
Vídeo
Bloqueio Regional do Nervo Nasopalatino

▪ Indicação: em abordagens da região palatina anterior maxilar

• Ponto de punção: Papila incisiva
• Nervos anestesiados: Nasopalatinos
• Região anestesiada: Mucosa palatina da região anterior palato
• Técnica: Inserção da agulha paralela ao longo eixo dos incisivos
centrais, penetração cerca de 4 mm, bisel voltado para o forame.
• Agulha: curta
• Quantidade: Cerca de ¼ do tubete
Bloqueio Regional do Nervo Nasopalatino
Bloqueio Regional do Nervo Nasopalatino
Bloqueio Regional do Nervo Nasopalatino
 Bloqueio Regional do Nervo Palatino Maior
▪ Indicação: região posterior maxilar
• Ponto de punção: cerca de 1 cm acima do último molar erupcionado,
mesialmente ao forame palatino maior
• Nervos anestesiados: Palatino maior e menor
• Região anestesiada: Mucosa palatina da região posterior
• Técnica: Inserção da agulha em 90° ao longo eixo dos dentes, cerca
de 1 mm, bisel voltado para o forame.
• Agulha: curta
• Quantidade: cerca de ¼ do tubete
Bloqueio Regional do Nervo Palatino Maior
Bloqueio Regional do Nervo Palatino Maior
Bloqueio Troncular do Nervo Maxilar

▪ Indicação: Procedimentos extensos na Maxila

• Ponto de punção: Fundo de saco na distal do 2º Molar
• Nervos anestesiados: Maxilar
• Região anestesiada: Toda Hemi-Maxila
• Técnica: Inserção da agulha paralela ao longo eixo do 2º Molar,
inserir agulha longa quase inteira, bisel voltado para o osso
• Quantidade: depositar entre ¾ e 1 tubete
Bloqueio Troncular do Nervo Maxilar
Resumo da Inervação da Maxila
 Técnicas Anestésicas

▪ Mandibulares

✓ Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar Inferior, Bucal e Lingual

✓ Bloqueio Regional do Nervo Mentoniano
✓ Bloqueio Troncular Nervo Mandibular
 Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar
Inferior, Bucal e Lingual

▪ Também conhecida como anestesia Pterigomandibular.

▪ Agulha: longa.
➢ Técnica direta: Anestesia do nervo alvolar inferior
➢ Técnica indireta: Anestesia dos 3 nervos
 Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior

▪ Técnica Direta

• Ponto de punção: depressão entre a linha oblíqua externa e

ligamento pterigomandibular 1 cm acima do plano oclusal.
• Nervos anestesiados: Alveolar inferior
• Região anestesiada: Dentes da hemi-arcada abordada, mucosa
vestibular e lingual.
• Quantidade: De ½ a ¾ do tubete
 Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior

▪ Técnica Direta

• Técnica: Seringa posicionada sobre PM lado oposto, inserir a agulha

com gentileza, até tocar o osso. Recuar 1mm e depositar a solução
anestésica.
• Agulha: longa
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior

Rafe Pterigomandibular
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior
Bloqueio Regional do Nervo Alveolar Inferior
 Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar
Inferior, Bucal e Lingual
▪ Técnica Indireta
Possui 3 tempos sendo o terceiro igual a técnica direta.
• Ponto de punção: mesmo da técnica direta
• Nervos anestesiados: Alveolar inferior, bucal e lingual
• Região anestesiada: Dentes da hemi-arcada abordada, mucosa vestibular e
lingual, língua, assoalho bucal, comissura labial , podendo estender até lábio
inferior e mucosa jugal
• Quantidade: ¼ de tubete no primeiro tempo, ¼ no segundo tempo e ½ no
terceiro tempo
• Agulha: Longa
Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar
Inferior, Bucal e Lingual
Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar
Inferior, Bucal e Lingual

Carpule vestibularizada
Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar
Inferior, Bucal e Lingual
Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar
Inferior, Bucal e Lingual
Bloqueio Regional dos Nervos Alveolar
Inferior, Bucal e Lingual
 Bloqueio Regional do Nervo Mentual

▪ Indicação: intervenções entre 1º pré-molar e incisivo central

• Ponto de punção: Fundo de saco entre pré-molares
• Nervos anestesiados: Mentual e incisivo
• Região anestesiada: Dentes entre 1º pré-molar e incisivo central,
mucosas vestibular e lingual.
• Técnica: Inserção da agulha paralela ao longo eixo do dente, entre
pré-molares, bisel voltado para o osso.
• Agulha: curta
• Quantidade: cerca de ¼ de tubete
Bloqueio Regional do Nervo Mentual
 Bloqueio Troncular Nervo Mandibular
(Técnica Gow Gates)

• Indicação: quando, por alguma variação anatômica, não é possível anestesiar o

nervo alveolar inferior. Promove anestesia sensitiva em praticamente toda a
distribuição do nervo mandibular, bloqueando os nervos Alveolar Inferior,
Lingual, Bucal, Milo -hioide, Mentoniano, Incisivo e Auriculotemporal.

• Desvantagem: difícil realização por mãos inexperientes, alto risco de erros.

 Bloqueio Troncular Nervo Mandibular
(Técnica Gow Gates)

Técnica: paciente deve ficar com a boca aberta ao máximo, pois assim o côndilo
assumirá uma posição mais anterior, ficando em contato com o tronco nervoso do
nervo Alveolar Inferior. Posiciona a seringa no nível do canino e pré-molares
inferiores, do lado oposto ao que se quer anestesiar

• Agulha: longa
Bloqueio Troncular Nervo Mandibular
(Técnica Gow Gates)
 Técnicas Anestésicas Complementares
▪ Maxilares e Mandibulares

✓ Anestesia Terminal Infiltrativa Supraperiostal

✓ Anestesia Terminal Infiltrativa Subperiostal
✓ Anestesia Terminal Infiltrativa Submucosa
✓ Anestesia Terminal Infiltrativa Intra-Septal
✓ Anestesia Terminal Infiltrativa Intra–Óssea
✓ Anestesia Terminal Infiltrativa Intraligamentar
✓ Anestesia Terminal Infiltrativa Intrapulpar
 Anestesia Terminal Infiltrativa Supraperiosteal

• Indicada para anestesia de qualquer dente maxilar

• Contra Indicada: ossos densos (maior parte mandíbula)
• Ponto de punção: Fundo de saco adjacente ao elemento
• Região anestesiada: Mucosa vestibular e elemento em questão
• Técnica: Penetrar a agulha até que sua ponta esteja próxima ao ápice
do elemento, próximo ao periósteo, porém sem tocá-lo
• Agulha: curta paralela ao longo eixo do dente, bisel voltado para o osso,
depositar a solução anestésica próximo ao ápice do elemento
• Quantidade: ½ a ¾ do tubete por dente
Anestesia Terminal Infiltrativa Supraperiosteal
Anestesia Terminal Infiltrativa Supraperiosteal
 Anestesia Terminal Infiltrativa Subperiosteal

▪ Indicada: para anestesia de qualquer dente maxilar

➢ Muito utilizada para anestesiar a raiz palatina de molares maxilares
▪ Ponto de punção: Fundo de saco adjacente ao elemento
▪ Região anestesiada: Mucosa vestibular e elemento em questão
▪ Técnica: Penetrar a agulha paralela ao longo eixo do dente, até que sua
ponta esteja próxima ao ápice do elemento, sob o periósteo. Inclinar a
seringa carpule em 45° para vestibular, bisel voltado para o osso,
▪ Agulha: curta
▪ Quantidade: ¼ a ½ tubete por dente
Anestesia Terminal Infiltrativa Subperiosteal
 Anestesia Terminal Infiltrativa Submucosa

Quando a solução anestésica é depositada no tecido mole que cobre a zona

a intervir, e por difusão através da região, insensibilizando terminações
nervosas livres.

Indicação: Anestesia da mucosa oral e tecidos conjuntivos subjacentes. Em

cirurgias de partes moles : papilomas, hipertrofias mucosas, etc.
Anestesia Terminal Infiltrativa Submucosa
 Anestesia Terminal Infiltrativa Intra-Septal

É realizada por injeção no septo ósseo de dois dentes contíguos. A solução

injetada rapidamente passa pela estrutura óssea esponjosa, avança pelos
canalículos e lacunas ósseas, anestesiando as terminações nervosas livres
que inervam o alvéolo, atingindo assim o ligamento periodontal

Indicações: Em periodontia (raspagem supra e subgengival), dentística

(colocação de matriz para restaurações), colocação de grampos
para isolamento do campo em dentística e endodontia.

Técnica: Consiste em penetrar com a agulha pela papila gengival de modo

que sua ponta penetre no septo ósseo entre dois dentes contíguos.
Anestesia Terminal Infiltrativa Intra-Septal
 Anestesia Terminal Infiltrativa Intra-Óssea

• Essa técnica é pouco utilizada devido à possibilidade de quebra da agulha o

que causa geralmente um desconforto pós-anestésico.

• Para realizar essa técnica é necessário que tecidos moles sobrejacentes

aos ápices das raízes sejam anestesiados por método submucoso ou
supraperiosteal. Faz-se então incisão através dos tecidos anestesiados até
o periósteo, realiza-se abertura intra-óssea com emprego de brocas e
introduz a agulha na abertura óssea realizada.
Anestesia Terminal Infiltrativa Intra-Óssea
 Anestesia Terminal Infiltrativa Intraligamentar

• Recomendada para auxiliar outras técnicas ou em casos de tratamentos

limitados, podendo ser realizada na maxila ou mandíbula.

• A agulha deverá ser introduzida através do sulco gengival e ligamento

periodontal e, então, injeta-se sob pressão pequena quantidade da solução
anestésica. Pode haver extrusão de dentes, causada pela aplicação de
pressão excessiva e, principalmente, grandes quantidades exageradas de
solução anestésica.
Anestesia Terminal Infiltrativa Intraligamentar
 Anestesia Terminal Infiltrativa Intrapulpar

Consiste na deposição da solução anestésica diretamente na câmara pulpar,

com fortes dores para o paciente

Indicações: quando todas as outras técnicas falharem.

Técnica: Coloca-se algodão embebido com solução anestésica diretamente

sobre a câmara pulpar, e em seguida introduz-se a agulha diretamente na
polpa, injetando-se o anestésico sob compressão enérgica e o paciente
reagirá bruscamente pela dor provocada
Anestesia Terminal Infiltrativa Intrapulpar