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ANESTESIOLOGIA

● Captação
Corresponde ao processo de entrada do
anestésico no nervo
Dependem da vascularização local,
ANESTESIA LOCAL vasodilatação local, tecido adiposo local (libera
o anestésico aos poucos), e associação do
vasoconstritores (absorção mais demorada,
não indicada em extremidades, regiões pouco
Corresponde à produção reversível de perda vascularizadas e IV)
total de sensibilidade e/ou motricidade Quanto mais rápida a absorção, menor o
(movimento) numa parte localizada, tempo de duração do bloqueio local.
dependendo da técnica empregada.
Pode ser: tópica, infiltrativa, perineural, Depende do pKa do anestésico e do pH tissular
intravenosa, neuraxial ou intra-articular O pKa corresponde a constante de ionização, o
Os principais anestésicos locais são: procaína, da lidocaína é 7,7, o que indica que em uma
tetracaína, prilocaína, ropivacaína, lidocaína e meio cujo pH é 7,7, metade das moléculas desse
bupivacaína anestésico se ionizam e metade não.
Geralmente a porção não ionizada é
→ MEIOS DE PRODUÇAÕ DA ANESTESIA LOCAL lipossolúvel, sendo capaz de adentrar a
membrana, e a porção ionizada é capaz de se
● Físicos ligar ao receptor.
Podem ser mecânicos, como a compressão Caso o pKa seja ácido, quanto mais ácido,
nervosa, ou térmicos, como o frio maior proporção do anestésico irá se ionizar, e
quanto mais básico o meio, menor porção se
● Químicos ioniza.
Com o uso de anestésicos locais, anestésicos Caso o pKa seja básico, quanto mais alcalino,
ou sedativos maior proporção se ioniza, e quanto mais ácido
o meio, menor será a ionização.
→ ESTRUTURA QUÍMICA Muito importante, pois áreas inflamadas são
mais ácidas logo, há menor efetividades dos
Os anestésicos locais apresentam com anestésicos locais, nesse caso é necessário
estrutura básica um anel aromático, que os mudar a técnica utilizada, ou alcalinizar a
garante lipossolubilidade, uma cadeia região com o uso do bicarbonato de sódio
intermediária, que pode ser um éster (cuidado, pois alguns anestésicos precipitam
(metabolizada no plasma), ou por uma amida com essa mistura)
(metabolizada no fígado), e por um grupo
amina. Ao adentrar a célula, devido às diferenças de
pH do meio interno, ocorrerá uma nova
ionização.

● Distribuição

Ligada a proteínas
Quanto maior a ligação, maior o tempo de
efeito.
Quanto maior o Tmáx, maior o efeito tóxico

● Concentração

● Bloqueio diferencial das fibras nervosas


Pré-ganglionares autonômicas, térmicas, dor,
toque, tônus muscular, alta pressão,
motoras/propriocepção
Quanto maior a cadeia intermediária, maior a
potência do anestésico e maior a sua
● Mecanismo de ação
toxicidade
Os anestésicos adentram os neurônio através
Anestésicos com a cadeia intermediária
da difusão pela membrana plasmática
composta por ésteres são mais tóxicos

→ FARMACOCINÉTICA
→ INTOXICAÇÃO
Depende de fatores como o local, velocidade de ● Bupivacaína/Levobupivacaína/
injeção, fármaco, Tmáx, acidemia e consciência Ropivacaína
pKa = 8,1
● Sinais Clínicos ➢ lipossolubilidade alta Bupi/Levobupi (Cp =
3420 mol/L)
➢ lipossolubilidade moderada Ropi (Cp = 775
mol/L)
➢ duração longa
➢ ligação proteínas: 94% (R); 95% (B); >97% (L)
➢ 3 x (R) a 4 x (B/L) a potência da lidocaína
➢ estáveis
➢ podem ser autoclavadas
➢ vasodilatação/vasoconstrição
➢ cardiotoxicidade: R<L<B (quanto mais
levógiro menos cardiotóxico)
➢ fast-in/slow-out

- Doses

● Tratamentos Máximas: 2 (B) a 3 (L/R) mg/kg (Ca, Eq, Bo, Ov, Cp,
São sintomáticos pois não existem reversores Su); 1 (B) a 1,5 (L/R) mg/kg (Fe)

● Características desejáveis Peridural: 1 mg/kg (0,2 mL/kg 0,5%) (Ca, Fe, Ov,
Cp, Su), 0,1 mg/kg (Eq, Bo) (2,0 mL/100kg 0,5%;
máximo 6 mL) (Eq, Bo)
preço razoável
não ser irritante nem tóxico
➢ NÃO PODEM SER APLICADAS POR VIA
oferecer tempo hábil anestésico conhecido
INTRAVENOSA!!!
ação reversível
resistir às esterilizações
→ TÉCNICAS ANESTÉSICAS
estável e solúvel em água
compatível com vasopressores
● Tópica
→ ANESTÉSICOS Utilizada para intubação, feridas, cirurgias de
córnea e mucosas
● Lidocaína
Cuidado com intoxicações
pKa = 7,7
➢ lipossolubilidade moderada (Cp = 366 mol/L)
➢ ligação proteínas: 64% ● Infiltrativa
➢ estável Pode ser superficial, pegando apenas
➢ pode ser autoclavada subcutâneo e intradérmica, ou profunda,
➢ potência e duração intermediárias atingindo a musculatura
➢ pouca vasodilatação
➢ ação tópica pouco eficaz L invertido
➢ uso em arritmias ventriculares, analgesia IV Botão anestésico
➢ efeitos pró-cinético, antiendotoxêmico Bloqueio circular
Tumescência
- Doses
● Perineural
Máximas: 6 a 10 mg/kg (Ca); 3 a 5 mg/kg (Fe); 6 Usada em forames ou não, são regionais, fácil
mg/kg (Eq/Bo/Ov/Cp/Su) aplicação, menos anestésico necessário
Usado em anestesias regionais, para cabeça,
Peridural: 4 a 6 mg/kg (0,2 a 0,3 mL/kg 2%) – membros ou tórax
Ca/Fe/Ov/Cp/Su ; 0,2 mg/kg (1,0 mL/100kg 2%;
máximo 6 mL) – Eq/Bo ● Neuroaxial
Peridural (epidural ou extradural): feita no canal
CRI (IV): 1 a 2 mg/kg (bolus) + 50 a 100 μg/kg/min vertebral, ao redor da dura máter - maior
(Ca) ou 25 a 50 μg/kg/min (Eq/Bo) – Não usar em duração
gatos
Subaracnóidea: feita no espaço subaracnóide

Efeitos adversos sistêmicos: PCR, hipotensão


Seu uso depende da espécia

Cuidado: em animais velhos, devido ao


desenvolvimento do bico de papagaio, e em
fêmeas prenhez, devido aos vasos ingurgitados,
calcular a dose abaixo do peso, devido ao peso
do filhote e a injeção deve ser feita de forma
lenta.

● Intravenosa de Bier
Utilizada em grandes animais para a
amputação de dígito, neste método é utilizado
um garrote, que faz com que a lidocaína
injetada na veia, devido ao aumento da
pressão hidrostática, extravase para o nervo
adjacente. Pode ser mantido até 1h e 30 min de
garrote

● Intra-articular
Feito para diagnóstico e artroscopias

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