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Anestésicos locais

ANESTÉSICO: Fármaco para controle da dor operatória Por qual motivo a anestesia não pega em tecido
inflamado: quando o tecido está inflamado temos um PH
MECANISMO DA DOR: recebe o estímulo da periferia e mais baixo e possui mais moléculas positivas de
encaminha para o SNC. Na periferia tem os feixes de hidrogênio. Quando o hidrogênio está solto no meio
fibras nervosas que ficam nos prolongamentos celulares. extracelular ele pega as moléculas do anestésico e
carrega com carga positiva. Então, só irá penetrar onde
tem canal aberto, ele não consegue atravessar a
membrana lipídica. Terá uma quantidade muito menor de
anestésico entrando, por isso o efeito e tão baixo e as
vezes não pega.

Segurança no procedimento anestésico:


 Solução anestésica;
A membrana do neurônio está em repouso, possui carga  Paciente (conhecer a condição do paciente);
negativa internamente e o meio externo está positivo  Técnica anestésica
(está polarizada).
Soluções anestésicas:
Quando ocorre o estímulo doloroso, vão abrir os canais
 Dentro do tubete anestésico temos: sal
de sódio (em cadeia) e vai entrar carga positiva e
anestésico, diluente (água), vaso constritor e o
despolarizar. Então, há um troca, o que está negativo fica
conversante (bissulfito: serve para conservar o
positivo, e o que está positivo fica negativo. Isso gera
vaso constritor).
uma onda elétrica, que vai ser transmitido pro SNC
gerando o estímulo doloroso. Sal anestésico: Substância química capaz de bloquear a
Mecanismo de ação - Anestésico Local: capacidade sensitiva do organismo;
1° sal anestésico: COCAÍNA. Primeira substância a ser
 Bloqueio da condução nervosa sensorial e
usada como anestésico local em odontologia no final do
motora;
século XIX - Grupo ÉSTER.
 Em uma região circunscrita - LOCAL;
 Forma temporária;  O éster é metalizado no plasma o que o torna
 Sem produzir inconsciência. mais alergênico. Hoje em dia de injetável só é
usado do grupo amida.
- Há o bloqueio dos canais de sódio, se eu tenho
anestésico no canal de sódio não vai entrar sódio e não GRUPO AMIDA:
vai ter a despolarização da membrana. Esse bloqueio
pode ocorrer de 2 formas:  Lidocaína;
 Mepivacaína;
 Pode entrar do meio externo para o canal, ou ele  Articaína;
vai ter a solubilidade lipídica que vai atravessar a  Prilocaína;
membrana lipídica e vai entrar por dentro.  Bupivacaína
 Os anestésicos possuem moléculas positivas e
negativas, as molec. positivas não são LIDOCAÍNA: 1° anestésico do tipo amida criado
lipossolúveis e não conseguem atravessar a  Metabolização: Hepática;
membrana, e só conseguem entrar quando há a
 Excreção: Renal;
abertura dos canais de sódio do meio externo
 Tempo de latência: 2 a 4 minutos;
para o canal. Quando possui carga negativa, é
 Duração pulpar: 5 a 10 minutos sem
mais lipossolúvel, irá penetrar na membrana
vasoconstritor 40 a 60 minutos com
lipídica e vai acessar por dentro o canal
vasoconstritor;
 Duração tecido mole: 120 a 150 minutos;
 Meia vida: 1,6 horas
MEPIVACAÍNA: melhor opção sem vaso, dura mais Reações adversas dos sais anestésicos:
 Metabolização: Hepática;  Cálculo da dosagem máxima: principalmente em
 Excreção: Renal; crianças;
 Tempo de latência: 2 a 4 minutos;  Aspiração: saber se tá no nervo ou no vaso
 Duração pulpar: 20 a 40 minutos sem  Injeção lenta: tem que demorar dois minutos pra
vasoconstritor 60 a 90 minutos com injetar. 1ml por minuto
vasoconstritor;
 Duração tecido mole: 120 a 220 minutos; Cálculo da dose máxima e número de tubetes:
 Meia vida: 1,9 horas
 Concentração do anestésico na solução
PRILOCAÍNA: (Tubete/Bula);
 Doses máximas recomendadas (Bula);
 Metabolização: Hepática, Pulmonar e Renal  Peso corporal do paciente
*(Ortotoluidina – oxida hemoglobina –
Metemoglobinemia);
 Excreção: Renal;
 Tempo de latência: 2 a 4 minutos;
 Duração pulpar: 45 a 60 minutos com
vasoconstritor • Duração tecido mole: 120 a 240
minutos;
 Meia vida: 1,6 horas Solução de lidocaína a 2% = 2g do sal em 1 ml de
Se o paciente tiver anemia não pode ser usado pois o solução = 20mg/Ml
produto dessa metabolização vai gerar a ortotoluidina que
vai oxidar a hemoglobina causando metemoglobinemia,
que é a deficiência de oxigênio nas células sanguíneas 1° PASSO: quantos mg de anestésico tem em 1 tubete:

BUPIVACAÍNA: se for feita cirurgia longa, usar Saber quantas Ml tem no tubete: sempre 1,8Ml;
bupivacaína
Saber a concentração do anestésico: se é 2%, 3%...
 Metabolização: Hepática; Então: 20 x 1,8 = 36mg de anestésico
 Excreção: Renal;
 Tempo de latência: 2 a 14 minutos;
 Duração pulpar: 230 e 420 minutos com 2° PASSO: Quantos mg posso aplicar no meu paciente
vasoconstritor; se necessário: DE ACORDO COM O PESO
 Duração tecido mole: 640 minutos;
 Meia vida: 2,7 horas Saber o peso e a dosagem máxima que está na bula;

ARTICAÍNA: Um adulto com 60kg

 Metabolização: Plasmática e Hepática; 60 x 4,4 (concentração da lidocaína): 264mg (DOSE


 Excreção: Renal; MÁXIMA);
 tempo de latência: 2 a 4 minutos;
 Duração pulpar: Com vasoconstritor 50 e 70
minutos infiltrativa e 160 minutos bloqueio; 3° PASSO: Quantos tubetes atingem essa quantidade
 Duração tecido mole: 270 minutos; de mg que será o máximo que poderei aplicar se for
 Meia vida: 44 minutos necessário:

BENZOCAÍNA: BENTOZOP (ANESTÉSICO TÓPICO) 264 / 36 (mg do anestésico): 7,6 tubetes

 Aplicação em mucosa previamente seca; OBSERVAÇÃO:


 2 minutos; Sempre observar máximo de anestésico que posso
 Diminuindo de forma consistente a dor à punção aplicar conforme a tabela, no caso da lidocaína é 300mg
por sessão, então nunca deve ser ultrapassado,
Reações adversas dos sais anestésicos:
independente do peso.
 Sobredosagem Absoluta: Por grande volume de
EX: adulto com 100kg
solução (acerta a técnica e erra na dose);
 Sobredosagem Relativa: Emprego incorreto da 100 x 4,4= 440mg (se passa de 300, o cálculo será com
técnica anestésica (acerta na dose e erra a 300)
técnica);
300mg / 36 = 8,3 tubetes
 Intoxicação podendo ser letal
VASO CONSTRITOR:
Critério de escolha Solução anestésica: PACIENTES
 Diminuição do calibre do vaso sanguíneo; SAUDÁVEIS:
 Aumenta o tempo da anestesia;  Procedimento de curta duração sem ampla
 Reduz quantidade necessária de anestésico necessidade de hemostasia: Mepivacaína 3%
(Toxicidade); sem vasoconstritor – 20 a 40 minutos
 Hemostasia
Procedimentos de curta duração com necessidade de
TIPOS DE VASO: hemostasia ou duração acima de 30 minutos:
 Epinefrina;  Lidocaína a 2% com epinefrina a 1:100.000
 Norepinefrina (tem 25% do potecial de ação da  Mepivacaína a 2% com epinefrina a 1:100.000
epinefrina);  Articaína a 4% com epinefrina a 1:100.000
 Levonordefrina (Corbadrina) (tem 15% do  Prilocaína a 3% com felipressina a 0,03 UI/mL
potencial de ação da epinefrina);
 Fenilefrina (tem 5% do potencial de ação da Procedimentos com duração acima de 2 horas:
epinefrina). Bupivacaína a 0,5% com epinefrina a 1:200.000

Atuam nas aminas parassimpáticas. Agem nos Pacientes de risco e contraindicações:


receptores adrenérgicos. Atuam mais nas artérias.
• Crianças – Cálculo de dose máxima / bupivacaína /
 Felipressina: arriscada de usar (só existe com articaína
prilocaína) Pacientes de risco:
Age na Vasopressina. Músculo liso da parede dos vasos
 Gestantes e Lactantes – Prilocaína /
sanguíneos. NÃO PRECISA DE CONSERVANTE! Atua
mepivacaina / bupivacaina / articaína;
mais nos vasos sanguíneos.
 Anêmicos – Prilocaína;
Vasoconstritor efeitos adversos:  Distúrbios Renais – Sal anestésico / prilocaína;
 Distúrbios Hepáticos – Sal anestésico
 Alteração da pressão arterial e da frequência
 Asmáticos – Vaso constritor do grupo aminas
cardíaca;
simpatomiméticas (bissulfito);
 No coração, aumentando a frequência cardíaca, a
 Hipertensos não controlados;
força de contração e o consumo de oxigênio pelo
 Vaso constritor;
miocárdio;
 Cardiopatas – Preferível usar sem vaso
 Cefaleia intensa decorrente de episódios
constritor
transitórios de hipertensão arterial;
 Casos de necrose e descamação tecidual
(Norepinefrina);
 Contração uterina (Felipressina - ocitocina)
Contraindicação Vasoconstritor:

 Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou


diastólica > 100 mmHg);
 História de infarto agudo do miocárdio;
 Cirurgia recente de ponte de artéria coronária ou
colocação de stents;
 Angina do peito instável (história de dor no peito
ao mínimo esforço);
 Arritmias cardíacas;
 Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou
não;
 Período < 6 meses após acidente vascular
encefálico;
 Pacientes que fazem uso contínuo de derivados
das anfetaminas (femproporex, anfepramona,
etc.);
 Hipertireoidismo não controlado;
 História de alergia a sulfitos (maior prevalência em
asmáticos);
 Usuários de drogas ilícitas (cocaína, crack, óxi,
metanfetaminas, ecstasy);
 Felipressina contraindicado para gestantes

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