Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DA SAÚDE I
FICHA TÉCNICA
Preparação de Conteúdo:
Professor César Souza
Capas:
Aporte Comunicação
Folhas de Rosto: Thomas Arraes
Diagramação:
Ediane Souza
Impressão:
Provisual Gráfica e Editora
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a)! Para que possamos desenvolver as atividades de formação técnica com
profissionalismo e excelência, se faz necessário o cumprimento de algumas normas, as quais estão
descritas a seguir.
1 MATRÍCULA
1.1 O(a) aluno(a) deverá, no ato da matrícula, fazer a leitura do regulamento interno e do contrato de
prestação de serviços com bastante atenção, para que possa conhecer seus direitos e deveres no
decorrer do curso.
2 DIAS/HORÁRIOS
2.1 Turmas de segunda, quarta e sexta-feira, nos turnos da manhã, tarde e noite.
2.2 Turmas de terça e quinta-feira, nos turmas da manhã e noite, e aos sábados, pela manhã e
tarde.
2.3 O curso de Enfermagem, exclusivamente, tem turmas de segunda à sexta, nos turnos da manhã,
tarde e noite. Em breve, terá o formato de três dias, assim como os demais cursos.
2.4 A pontualidade e a assiduidade, bem como a postura pessoal serão pontuadas como indicadores
do processo de avaliação.
Atenção: observe em seu contrato os dias e horários das aulas.
3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES
3.1 As atividades extraclasses (palestras, seminários, Visitas Pedagógicas Orientadas (VPOs) serão
obrigatórias para o complemento da carga horária, sendo realizados nos mesmos horários das
aulas, em dias alternados ou de acordo com a disponibilidade da escola ou da empresa (no caso
das VOPs).
3.2 As visitas pedagógicas orientadas acontecerão de acordo com a disponibilidade da escola e das
empresas parceiras. Cabe ao aluno interessado realizar o pagamento da taxa de transporte na
secretaria, se houver.
3.3 O uso do fardamento é obrigatório para todas as visitas e aulas práticas (dentro e fora da
instituição).
4 CERTIFICAÇÃO
4.1 A frequência nas aulas deve ser igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) em cada
disciplina.
4.2 A média em cada disciplina deve ser igual ou superior a 7,0 (sete).
4.3 O(a) aluno(a) que for reprovado(a) em alguma das disciplinas deverá pagar o valor de uma
parcela para cursar novamente a disciplina, a fim de obter frequência e nota necessárias para a
aprovação e para o recebimento do certificado.
4.4 Estar com todas as parcelas pagas.
4.5 Estar com toda documentação exigida pela Secretaria Estadual de Educação, conforme
orientado no ato da matrícula.
4.6 Solicitar, por escrito, a emissão do diploma. O prazo de entrega, após solicitação, será de até 60
(sessenta) dias.
4.7 Os cursos que possuem estágio obrigatório terão os seus diplomas entregues após o
1
O regimento em vigor será sempre a última versão, informada no título deste documento.
5 REPOSIÇÃO DE AULA
5.1 Em caso de falta justificada, o(a) aluno(a) terá o direito de realizar a aula ou atividade perdida
em outra turma, de acordo com a disponibilidade da escola, sem custo adicional.
5.2 A falta só poderá ser justificada perante atestado médico ou documento comprovando o motivo
da ausência.
5.3 Em caso de falta sem justificativa, o(a) aluno(a) poderá requerer na secretaria a reposição da
aula ou atividade, efetuando o pagamento referente à taxa do serviço.
5.4 Observa-se que a justificativa não anula a falta, apenas faz valer o direito de reposição da aula
ou atividade.
6 CONSERVAÇÃO
6.1 No caso de danos ao espaço da escola ou a equipamentos pertencentes à mesma, o(a) aluno(a)
ou seu representante legal será responsabilizado pelos gastos com o reparo, bem como, se
necessário, submetido(a) às medidas disciplinares quando for cabível.
6.2 Ao término de cada aula, teórica ou prática, a sala ou laboratório utilizado deverá ser deixado
organizado para a próxima turma.
8 BIBLIOTECA/ACESSO À INTERNET
8.1 A utilização da biblioteca será mediante agendamento com a coordenação pedagógica, fora do
horário normal, com apresentação de documento para uso de livros.
8.2 O uso desta sala é exclusivo para estudo e pesquisa, portanto deverá ser mantido o silêncio e a
disciplina, para não interferir na concentração dos demais alunos.
8.3 O uso dos computadores para pesquisa tem o tempo máximo de 30 minutos.
8.4 Não é permitida a retirada de livros para empréstimo.
9 AVALIAÇÃO
9.1 As provas serão realizadas durante o turno que o aluno estuda e sempre na última aula da
disciplina, tendo a duração média de 1h30.
9.2 O(a) aluno(a) que faltar à prova deverá comparecer à coordenação pedagógica da escola para
requerer a avaliação em segunda chamada, agendar uma data para a realização desta, bem
como efetuar o pagamento da taxa na secretaria.
9.3 As provas de recuperação ou segunda chamada acontecem na última semana de cada mês,
conforme informado pela coordenação, no site e nos quadros de avisos.
10 CANCELAMENTO DO CONTRATO
10.1 O cancelamento do contrato poderá ocorrer a qualquer momento, sob autorização da diretoria
da escola, em caso de indisciplina por parte do(a) aluno(a). Quanto a sua defesa, caberá aos
dispositivos legais vigentes.
10.2 O cancelamento por parte do(a) aluno(a) deverá ser feito na coordenação da escola, mediante
requerimento e pagamento da multa de cancelamento, conforme contrato de prestação de
serviços.
10.3 O(a) aluno(a) que cancelar e desejar retornar ao curso poderá reverter sua multa em
pagamentos de parcelas, sendo o valor descontado das últimas parcelas restantes.
10.4 Para o(a) aluno(a) retornar, deverá ser efetuado o pagamento do valor de uma parcela.
10.5 O aluno que for cancelado por motivo de indisciplina não poderá voltar a estudar no Grau
Técnico.
11 PORTAL ACADÊMICO
11.1 Todos os informativos, notas, oportunidades e materiais extras serão disponibilizados Portal
Acadêmico, no Website do Grau Técnico.
11.2 O acesso ao portal acadêmico é por meio do endereço eletrônico: www.grautecnico.com.br, no
qual o(a) aluno(a) colocará o seu número de matrícula tanto no campo ‘usuário’, como naquele
referente à ‘senha’.
11.3 Para a solicitação de declarações, deve-se respeitar o prazo de até 05 dias.
12 TRANSFERÊNCIA DE TURMA/SALA/INSTRUTOR/UNIDADES
12.1 A transferência de turma estará sujeita à disponibilidade de vagas nas turmas em andamento.
12.2 A transferência de Unidade terá o valor de uma parcela com desconto. Para tanto, o(a) aluno(a)
tem que estar com as parcelas em dia, bem como a transferência deverá estar condicionada à
confirmação da unidade destino, conforme disposição nas turmas.
12.3 O (a) aluno(a) que requerer transferência de Unidade sem nunca ter cursado na unidade de
origem e desejar outro curso adiantará uma parcela com desconto na Unidade de origem e
efetuará matrícula na unidade destino, se adequando ao plano de pagamento desta.
12.4 Para a otimização do espaço e aproveitamento das turmas, o Grau Técnico poderá mudar de
sala durante o decorrer do curso, bem como unir duas ou mais turmas.
12.5 Durante o decorrer do curso, pode haver mudança de instrutor. Tendo em vista que os nossos
cursos seguem um plano de aula, os alunos não terão nenhum prejuízo em relação ao
aprendizado.
15 ENFERMAGEM/RADIOLOGIA/ANÁLISES CLÍNICAS
15.1 O estágio é obrigatório para os cursos de Enfermagem e Radiologia, podendo ser realizado
no decorrer ou ao final do curso, em qualquer turno (manhã, tarde e noite), ocorrendo de
acordo com a disponibilidade das unidades de saúde em dias e horários diferentes
(hospitais, postos de saúde, clínicas, UPA, etc.), ficando o aluno ciente que não há garantia
quanto ao turno e local onde serão ministrados os estágios, podendo ocorrer, inclusive,
dentro da região metropolitana ou em municípios circunvizinhos, haja vista que as vagas
disponíveis dependem de terceiros (hospitais, clínicas, UPAs, etc.).
15.2 Caso o aluno não conclua a disciplina do estágio, deverá realizar o pagamento de uma taxa
referente a uma parcela, para poder refazer a disciplina.
15.3 É vedado ao aluno exigir que sejam ministrados nos estágios conteúdo pedagógico diverso
daquele que foi ofertado pela instituição responsável.
15.4 O estágio para Análises Clínicas atenderá à regulamentação local vigente.
15.5 Materiais imprescindíveis para as aulas práticas (laboratório) – sob total responsabilidade do
aluno:
No caso de Enfermagem: luvas de procedimento, luvas estéreis, seringas, agulhas, gazes,
esparadrapo, máscaras, toucas, gorros, jelco calibre 22, scalp calibre 21 (verde), estetoscópio,
tensiômetro, garrote, termômetro (digital).
No caso de Análises Clínicas: luvas de procedimento, luvas estéreis, seringas, agulhas, gazes,
esparadrapo, máscaras, toucas, gorros, jelco calibre 22, scalp calibre 21 (verde), garrote.
15.6 Materiais Necessários para os estágios curriculares:
No caso de Enfermagem: todo e qualquer material necessário às atividades práticas serão de
responsabilidade do aluno e deverão ser entregues antecipadamente para garantia dos
campos, tais como: luvas de procedimento, máscaras, propés, toucas, gorros, capote
descartável, toalhas de papel, sabão ou sabonete líquido, ou quaisquer outros materiais
solicitados pela instituição de saúde.
No caso de Radiologia: dosímetro (disponibilizado pela escola, mas, em caso de perda, será
de responsabilidade do aluno).
Ciente e de acordo.
_____________________________________________
Aluno(a)/Responsável
SEJA BEM-VINDO(A)!
Atenciosamente,
A Direção.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11
2 OBJETIVO DO CURSO................................................................................................. 11
9 QUÍMICA.................................................................................................................. 303
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO DO CURSO
Atenciosamente,
3.1 Competências
Como observado por Dias (2005), citando Folch; Suñé; Valverde (198), as práticas
voltadas aos estudos farmacêuticos datam desde 2500 a.C., a partir de produtos naturais
(minerais, vegetais e animais), tendo sido iniciadas na China. Os gregos e egípcios, conforme
autores (Op. cit.), foram os primeiros que desenvolveram os métodos para a cura de
doenças, a partir do uso da botânica, associando-a a elementos místicos e religiosos. A
Figura 1 ilustra como eram as farmácias em décadas passadas.
Fonte: http://isabelsilvaphotography.blogspot.com.br/2014/02/dubrovnik-farmacia-mais-antiga-da-
europa.html (Acesso em 13/12/2017)
Galeno (200 – 131 a.C.), ilustrado pela Figura 3, é considerado o Pai da Farmácia. Ele
combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente
aos sinais e sintomas das enfermidades, tendo sido o precursor da alopatia (PANDIT, 2008).
denominadas "teriagas", que eram feitas com vinho e ervas (DIAS, 2005).
A primeira escola de farmácia data do século I, que deu início, inclusive, à legislação
para o exercício da profissão. No século X, de acordo com Folch; Suñé; Valverde (1986 apud
DIAS, 2005), foram criadas as primeiras boticas, assim chamadas há época, em países da
Europa, como Espanha e França. São consideradas as precursoras das farmácias atuais. Aos
boticários, os farmacêuticos da época, eram responsáveis por conhecer e curar as doenças,
devendo cumprir, para o exercício da profissão uma série de requisitos e ter local e
equipamentos adequados para a feitura e guarda dos remédios.
Os autores (Op. cit.) observaram também que no século XVI, o estudo dos remédios
ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos
minerais capazes de curar doenças. No século XVII, os mercadores de drogas, plantas
medicinais e outros produtos propiciavam os ingredientes necessários ao boticário para a
preparação das suas formulações.
Dentre os irmãos destinados ao sul do País estava José de Anchieta, que logo
tratou, junto com os demais jesuítas, de instituir enfermarias e boticas em seus colégios,
colocando um irmão para cuidar dos doentes e outro para preparar remédios. José de
Anchieta, Figura 4, foi o responsável por São Paulo, sendo considerado o primeiro boticário
de Piratininga.
Fonte:https://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2014/04/jose-de-anchieta-um-santo-
boticario.html (Acesso em 13/12/2017)
A botica mais importante dos jesuítas foi a da Bahia, que se tornou um centro
distribuidor de medicamentos para as demais boticas dos vários colégios de Norte a Sul do
País. Como a Bahia mantivesse maiores contatos com a metrópole, os padres conservavam a
botica bem sortida e aparelhada para o preparo de medicamentos, iniciando-se nela,
inclusive, o aproveitamento das matérias-primas indígenas.
também método de obtenção de certos produtos químicos, como a pedra infernal (nitrato
de prata), como observou Dias (2005)
O referido regimento foi crido a partir de uma ordem do Conselho Ultramarino, cuja
ordem fora dada ao Dr. Cypriano de Pinna Pestana, físico-mor do reino. Conforme a ordem,
ele não deveria dar comissão a pessoa alguma, que no Brasil servisse por ele, devendo esta
comissão ser dada a um médico formado pela Universidade de Coimbra. Deu-se ordem
também para que se fizesse um regimento para os Boticários do dito estado, com atenção às
distâncias, que ficavam as terras litorâneas, advertendo que tanto os ganhos dos seus
comissários como os preços dos medicamentos nunca deveriam exceder o dobro dos preços
praticados no reino e que, uma vez o regimento fosse elaborado, o mesmo deveria ser
remetido ao Conselho.
No ano de 1772 surgiu a obra de Frei João de Jesus Maria, monge beneditino e
boticário do convento, sendo finalmente publicada por ordem de D. Maria I. Em 7 de abril de
1794 foi mandada adotar a Farmacopeia Geral para o Reino de Portugal e Domínios, de
autoria de Francisco Tavares, professor da Universidade de Coimbra, obra cujos preceitos
não eram lícitos ao profissional se afastar, mesmo quando o próprio autor a reconheceu
insuficiente, sendo por isso, o mesmo autor, levado a escrever uma Farmacologia, de acordo
com o que observou Pandit (2008).
A cidade de São Paulo, no ano de 1765 tinha três boticários, Francisco Coelho Aires,
estabelecimento e moradia na Rua Direita, Sebastião Teixeira de Miranda na atual Rua
Álvares Penteado e José Antônio de Lacerda, hoje a Praça da Sé.
A Real Botica de São Paulo estava instalada onde hoje está o Vale do Anhangabaú,
mais precisamente, onde hoje está o prédio central dos Correios e Telégrafos. O prédio para
instalar esta primeira farmácia oficial da cidade foi construído em 1796 e demolido em 1916,
como afirma Pandit (2008). Pandit afirma ainda que (2008):
Na Figura 6 a seguir, podemos observar a Botica Real Militar, que foi criada por dom
João VI em 1808, e atendia aos exércitos da Coroa. (Foto: Acervo Exército)
De acordo com Pandit, quando a família real portuguesa rumou para a colônia não
havia ainda o País qualquer avanço científico, ao contrário de países como Alemanha, França
e Itália. Não havia faculdades e as ciências de uma maneira geral eram privilégios daqueles
que podiam ir estudar em Lisboa, Paris ou Londres.
Com a vinda da família real, em 1803, o País, que ainda era colônia, adquiriu o
direito de acompanhar os movimentos culturais e científicos que aconteciam no Velho
Continente há mais de um século. “O primeiro passo largo rumo à modernidade foi
encabeçado pelo príncipe regente D. João VI, que admirava os estudos de história natural,
bem como o trabalho dos naturalistas” (PANDIT, 2008). Fazendo uma linha do tempo, Pandit
(2008) destaca:
Pandit (2008) observa que a própria lei que regulamentava o efetivo exercício da
profissão persistia em chamar os farmacêuticos de boticários.
O Regimento da Junta de Higiene Pública, aprovado pelo decreto imperial
número 829, de 29 de setembro de 1851, documento que regulamentava a
profissão, fazia menção ao técnico da preparação dos medicamentos por
meio da palavra "boticário", e não se pense que a expressão dissesse
A partir da segunda metade do século XIX, as boticas começam a ceder seu lugar às
farmácias. As farmácias significavam a introdução de um novo padrão para o exercício dessa
atividade, com espaços mais modernos, nos quais o cliente supunha uma formação
acadêmica para o farmacêutico, como explana Pandit (2008).
Fonte: http://pharmaceuticoemfoco.blogspot.com.br/2011/10/significado-do-simbolo-da-
farmacia.html (Acesso em 13/12/2017)
Gomes e Reis (2003) observaram em seus estudos que a primeira forma de uso dos
medicamentos efetuada pelo homem foi feita a partir da manipulação de plantas medicinais.
Certamente que muitas descobertas foram feitas durante a procura por novas fontes de
alimentos, mas, provavelmente, um número significativo foi devido à curiosidade e desejo
natural de investigação, que é inerente ao ser humano.
Algumas plantas foram reconhecidas como venenos, outras passaram a ter uso
medicinal e outras para fins recreacionais (uva do vinho). Dentre os estudiosos da
antiguidade, devemos destacar Galeno, que se aprofundou no estudo das plantas
medicinais, escrevendo vários livros sobre farmácia e farmacologia clínica. Na Figura 9 a
seguir, podemos observar as plantas medicinais nativas da Amazônia
Fonte: https://www.vix.com/pt/bdm/medicina-alternativa/2257/plantas-medicinais-da-amazonia-e-
seus-beneficios (Acesso em 13/12/2017)
No Brasil:
De acordo com Gomes e Reis (2003), existem cerca de 127 mil espécies diferentes
de plantas no Brasil, sendo um grande número delas usadas com fins medicinais.
Imaginando um rendimento de 0,001% na descoberta de novos remédios a partir de plantas
brasileiras, se pode imaginar o surgimento de mais de 100 medicamentos genuinamente
nacionais. São exemplos de plantas medicinais: camomila, boldo-do-chile, alecrim, alho,
arnica, carqueja, erva-cidreira, malva, e sálvia.
4.7.2 Medicamentos
Fonte: http://www.hipolabor.com.br/blog/2014/12/19/hipolabor-explica-qual-diferenca-entre-
remedios-e-medicamentos/ (Acesso em 13/12/2017)
Como observam Gomes e Reis (2003), o efeito do medicamento está atrelado a uma
ou mais substâncias ativas com propriedades terapêuticas, que são reconhecidas
cientificamente, fazendo parte da composição do produto, denominadas fármacos, drogas
ou princípios ativos. Para tanto, são seguidas normas rígidas, de modo que os medicamentos
sejam utilizados, desde a sua pesquisa e desenvolvimento, até a sua produção e
comercialização.
Quanto à cura das doenças, os medicamentos têm como função eliminar a causa de
determinadas enfermidades, como infecções e infestações. São exemplos destes
medicamentos os antibióticos, antihelmínticos (medicamentos contra vermes),
antiprotozoários (medicamentos contra malária, giardíase e amebíase). Além disso, os
medicamentos podem corrigir a função corporal deficiente, a partir de suplementos
hormonais, vitamínicos, minerais e enzimáticos, etc.
Nos estudos de Bresolin e Cechinel Filho (2010), observamos que no dia a dia é
comum confundir as nomenclaturas remédio e medicamento, como se fossem sinônimas.
No entanto, elas não significam a mesma coisa.
Como afirmam os autores (Op. cit.), a ideia de remédio está associada a todo e
qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e
mal-estar. São chamados de remédios: banho quente ou massagem para diminuir as
tensões; chás caseiros e repouso, em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e
prática de atividades físicas, para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não
transmissíveis; medicamentos para curar doenças, entre outros.
Alguns medicamentos são empregados há muitos anos, como o ácido salicílico, por
exemplo, extraído da casca do salgueiro, que é até hoje utilizado como esfoliante
dermatológico. No final do século XIX, serviu como base para o desenvolvimento de outros
fármacos, como o ácido acetilsalicílico (a aspirina). Este e outros medicamentos não
passaram por processos e testes para verificar sua atividade, mas são respaldados pela
tradição do seu uso e o seu “passado” (BRESOLIN; CECHINEL FILHO, 2010).
Entretanto, se observa a importância de assegurar que sua fabricação seja feita com
qualidade, além de continuar observando seu uso pela população, para ver se ocorrem
efeitos indesejáveis ou perigosos nas pessoas. Atualmente, os medicamentos surgem em
função de novas doenças ou de novas formas de combater aquelas já conhecidas. Acerca do
seu uso, os autores observaram.
(1) Seguro, isto é, ter níveis aceitáveis de toxicidade; ser incapaz de representar
uma ameaça ao usuário, porque a possibilidade de causar efeitos tóxicos
injustificados é pequena;
(2) Eficaz, isto é, que atinge os efeitos propostos;
(3) De qualidade: esta é uma característica que precisamos conhecer e entender
melhor.
Sólidas:
Semissólidas:
Líquidas:
Gases:
Líquidos inalatórios, que dão origem às formas gasosas, como alguns anestésicos,
e gases medicinais (o oxigênio, por exemplo).
Fonte: https://falecomofarmaceutico.wordpress.com/2015/01/03/formas-farmaceuticas-por-que-
existem-medicamentos-em-forma-de-capsulas-suspensao-cremes-e-tantas-outras/ (Acesso em
13/12/2017)
Alopatia:
Homeopatia:
Fonte: http://www.renascerhomeopathia.com.br/Tira-duvidas/homeopatia-e-o-mesmo-que-
fitoterapia.html (Acesso em 13/12/2017)
Contudo, se, por outro lado, for administrada essa mesma substância, preparada
homeopaticamente, ao enfermo que apresenta dores gástricas, vômitos e diarreia, com
características semelhantes àquelas causadas pela substância em questão, obtém-se, como
resultado, a cura desses sintomas.
Fitoterapia:
Fitoterapia vem do grego e quer dizer tratamento das doenças por meio das
plantas. É uma cultura já conhecida e praticada desde as antigas civilizações. Alicerça-se no
conhecimento e na experiência. Sabe-se que as plantas têm a capacidade de curar diversas
doenças, em especial por conter princípios ativos.
Bresolin e Cechinel Filho (2010) chamam a atenção para o fato de que “não se
considera medicamento fitoterápico aquele que, em sua composição, inclua substâncias
ativas isoladas, ou seja, princípios ativos, de qualquer origem, nem as associações dessas
com extratos vegetais”.
Medicamento de referência:
Medicamento genérico:
De acordo com Bresolin e Cechinel Filho (2010), os genéricos podem ser produzidos
a partir da renúncia da patente, que são concedidas por até 20 anos. Vencida a patente, essa
tecnologia passa a ser de domínio público, quando poderão ser registrados medicamentos
genéricos. Os autores afirmam ainda:
Os medicamentos genéricos são identificados por uma grande letra "G" azul
impressa sobre uma tarja amarela e, pela frase "Medicamento Genérico - Lei nº 9.787, de
1999" logo abaixo do nome do princípio ativo que os identifica, como ilustra a Figura 14,
podem. Os genéricos são, em média, 40% mais baratos que os medicamentos de Referência
(ou inovadores), basicamente porque os fabricantes de medicamentos genéricos não
necessitam fazer investimentos em pesquisas para o seu desenvolvimento, visto que as
formulações já estão definidas pelos medicamentos de referência.
Fonte: http://www.farmaceuticas.com.br/medicamentos-genericos-similares-intercambiaveis-e-
referencia-confuso/ (Acesso em 13/12/2017)
Outro motivo para os preços reduzidos dos genéricos diz respeito ao marketing uma
vez que os seus fabricantes não necessitam fazer propaganda, já que não há marca a ser
divulgada. O programa de medicamentos genéricos foi criado no Brasil em 1999, com a
promulgação da Lei 9.787, formulada com o objetivo de implementar uma política
consistente de auxílio ao acesso a tratamentos medicamentosos no País. Com preços no
mínimo 35% menores que os medicamentos de marca, os genéricos já estão colaborando
para que muitos brasileiros encontrem uma alternativa viável e segura para seguir as
prescrições médicas corretamente.
Por outro lado, na rede privada de saúde, a prescrição fica a critério do médico
responsável, podendo ser realizada sob nome genérico ou comercial. Caso o prescritor tenha
ressalvas quanto à substituição de medicamentos, deve explicitá-las na própria prescrição,
de próprio punho, de forma clara, legível e inequívoca.
Medicamento similar:
Os produtos similares são aqueles que têm apenas equivalência farmacêutica com
os produtos inovadores. Por lei, são obrigados a apresentar testes que comparam a sua
Medicamento manipulado:
Como observaram Gomes e Reis (2003), os medicamentos, por serem produtos que
necessitam de uso especial, possuem uma Lei Federal que determina que somente devam
ser comercializados em locais específicos, ou seja, farmácias e drogarias, que são
considerados estabelecimentos de saúde, devendo possuir um farmacêutico como
responsável técnico, com autorização da Vigilância Sanitária e do Conselho de Farmácia.
REFERÊNCIAS
ANOTAÇÕES: _____________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
5 ANATOMIA E FISIOLOGIA
Cabeça:
A cabeça é dividida em duas partes: crânio e face. Como preconiza Lacerda (2009),
uma linha imaginária passando pelo topo das orelhas e dos olhos é o limite aproximado
entre estas duas regiões. O crânio contém o encéfalo no seu interior, na cavidade craniana.
A face é a sede dos órgãos dos sentidos da visão, audição, olfato e paladar e abriga as
aberturas externas do aparelho respiratório e digestivo.
Tronco:
Pescoço:
Tórax:
óssea da qual fazem parte a coluna vertebral torácica, as costelas, o esterno, as clavículas e a
escápula.
Abdome:
Membros:
Dos membros, dois são superiores ou torácicos e dois são inferiores ou pélvicos.
Possuem uma raiz, que se une ao tronco e uma parte livre. A raiz do membro superior
corresponde ao ombro e a parte livre divide-se em: braço, antebraço e mão, a parte anterior
da mão é o dorso e a posterior a palma. A raiz do membro inferior é chamada quadril e a
parte livre divide-se em coxa, perna e pé, onde se encontra a planta e o dorso do pé.
Uma vez que anatomia utiliza como material de estudo o corpo do animal e, no
caso da anatomia humana, o homem, torna-se necessário fazer alguns comentários sobre
este material. A simples observação de um grupamento humano evidencia, de imediato,
diferenças morfológicas entre os elementos que compõem o grupo. Estas diferenças
morfológicas são denominadas variações anatômicas e podem apresentar-se externamente
ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuízo funcional para o
indivíduo.
É todo plano que intercepta o plano sagital mediano em um ângulo reto e divide o
corpo em metades anterior e posterior.
Eixo vertical ou longitudinal: une a cabeça aos pés, classificado como heteropolar.
Na posição de pé, situa-se em ângulo reto em relação ao solo.
O termo osteologia significa o estudo dos ossos. Apesar de sua aparência simples, o
osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico, formado por um conjunto de tecidos distintos e
Módulo 1 Técnico em Farmácia
51
especializados que contribuem para seu arranjo final. Entre eles destacam-se o tecido ósseo,
cartilaginoso, epitelial, tecidos formadores de sangue, nervoso e adiposo. Por esta razão,
cada osso individual é um órgão. Partindo-se do princípio que um conjunto de órgãos que
atuam com o mesmo objetivo funcional constitui um sistema, conclui-se que o conjunto
formado por ossos e cartilagens dará origem ao Sistema Ósseo.
Cabeça:
Como ilustrado pela Figura 5 acima, a cabeça é formada pela face e crânio. O crânio
é uma caixa óssea rígida que dá proteção ao encéfalo e possui orifícios de saída para os
nervos cranianos e para a medula espinhal, além de fornecer abrigo para órgãos dos
sentidos. É composto de vários ossos que formam junturas imóveis. Sua parte superior é
convexa e recebe a denominação de calvária, enquanto que sua parte inferior é denominada
base do crânio. Seus ossos pares são: parietais e temporais e os ímpares são: frontal,
occipital, etmoide e esfenoide.
Tronco:
A Figura 9 a seguir ilustra a caixa torácica, que é composta por vinte e quatro
costelas, além do osso esterno. As costelas têm forma chata e alongada e o espaço entre
elas é chamado de intercostal. Na sua maioria, fixa-se posteriormente nas vértebras da
região torácica ou dorsal e anteriormente no osso esterno - osso achatado composto pelo
manúbrio (parte superior), corpo (parte mediana) e apêndice xifoide (parte inferior).
cartilagens do osso esterno, e não diretamente a ele. Já as costelas flutuantes (11ª e 12ª)
são aquelas que não têm contato com o osso esterno, sendo fixadas nas vértebras da região
dorsal.
A caixa torácica óssea, além das costelas e esterno, inclui as vértebras torácicas e
seus discos intervertebrais, formando um arcabouço ósteo-cartilaginoso que protege o
coração, pulmões e alguns órgãos abdominais, como o fígado, por exemplo.
O antebraço (porção distal), por sua vez, é composto por dois ossos denominados
rádio e ulna, que se articulam com o úmero em uma de suas extremidades, formando o
cotovelo. Para se distinguir os ossos do antebraço, basta esticar o braço com a palma da mão
voltada para cima e observar que o osso do mesmo lado do dedo polegar é o rádio; o outro,
na direção do dedo mínimo, é a ulna. Estes dois ossos possuem forma longa, porém são mais
finos quando comparados ao úmero, como se pode observar na Figura 10 a seguir.
Nas mãos, como ilustra a Figura 11, encontram-se três diferentes grupos de ossos.
O punho ou carpo é formado por oito pequenos ossos. Na palma da mão ou metacarpo,
somam-se cinco ossos pequeninos. Os dedos compõem-se de três ossículos denominados
falange proximal, falange medial e falange distal – exceto o polegar, formado por apenas
dois ossículos (não há falange medial).
face lateral do osso do quadril, onde se articula com a cabeça do fêmur. Sua parte superior é
conhecida como crista ilíaca. O ísquio forma a parte póstero-inferior da pelve e é o principal
ponto de apoio quando a pessoa está sentada. O púbis situa-se na parte anterior da pelve e
liga-se ao ílio e ao ísquio, originando o que se denomina sínfise púbica.
Na coxa, encontra-se o fêmur, o mais longo osso do corpo humano, que tem uma
de suas extremidades articuladas com o quadril e a outra, com o joelho. A patela fica
localizada no joelho, o qual une a coxa com a perna. A tíbia localiza-se na parte anterior da
perna; a fíbula, na parte posterior. Podem ser diferenciadas pela espessura: a primeira é
mais grossa que a segunda (também conhecida como osso da canela). A extremidade distal
da fíbula forma o maléolo externo, chamado de osso do tornozelo, como ilustra a Figura 13 a
seguir.
Os pés, principais pontos de apoio de todo o esqueleto, são compostos por três
divisões distintas: tarso, metatarso e falange. Tarso (com sete ossos) é a parte articulada
com a perna, onde também se encontra o calcanhar; o metatarso (com cinco ossos) é a
região mediana do peito do pé; a falange (com quatorze ossos) é a extremidade do corpo e
divide-se em proximal, média e distal. O hálux só possui a falange proximal e distal. Em um
pé, totalizam-se 26 ossos, conforme ilustra a Figura 14.
Figura 14 - Ossos do pé
Articulação ou juntura é a união entre duas peças (ossos ou cartilagens), que agem
como alavancas na movimentação óssea, promovendo o crescimento de ossos longos,
formando elementos que amortecem o movimento, entre outras funções. Embora as
articulações apresentem diferenças significativas entre si, é possível classificá-las de diversas
formas, como quanto ao tipo de movimento que elas promovem, o tipo de tecido que
interpõe as peças articuláveis, a dependência dos antímeros para a articulação e também de
acordo com os componentes da articulação.
Fibrosas:
Unidas por tecido fibroso, possui pequeno grau de mobilidade. São do tipo:
a) suturas: são junturas fibrosas onde os ossos estão próximos. São encontradas
nos ossos do crânio. Podem ser do tipo plana, quando as margens dos ossos são
planas (ossos frontais); denteada ou serrátil, quando as margens dos ossos são
em forma de dente de serra (a maioria das junturas dos ossos da cabeça); e
escamosa, quando as margens dos ossos são em forma de escama (osso parietal
e osso temporal);
b) sindesmoses: são junturas cuja união dos ossos ocorre por uma longa faixa de
tecido fibroso, formando, assim, ligamentos ou membranas interósseas.
Apresenta baixo grau de movimentação. Um dos exemplos é a membrana
interóssea entre o osso rádio e a ulna;
c) gonfose: este tipo de articulação fibrosa é específico da ligação entre os dentes e
os alvéolos dentários, e tem a função precípua de firmar o dente no seu
receptáculo. É uma articulação imóvel, e caso haja movimentos maiores que
0,5mm, consideram-se patológicos;
d) esquindelese: é uma articulação fibrosa na qual uma parte a se articular forma
uma calha e a outra parte uma crista, fazendo, assim, a articulação. Ela é
exemplificada pela articulação vômero-esfenoidal.
Cartilagíneas:
Sinoviais:
As articulações sinoviais são unidas por cartilagem com uma membrana sinovial que
circunda a cavidade articular. Para a obtenção de um desempenho adequado e sem atritos,
a maioria dessas articulações possui um lubrificante denominado líquido sinovial, razão de
seu nome. Ressalta-se que as articulações sinoviais são as mais comuns e proporcionam o
movimento livre entre os ossos que une, caracterizando-se pela presença em quase todas as
articulações dos membros.
ou seja, não estão presentes em todas as articulações sinoviais. Um deles são os discos e
meniscos, que tem como função reduzir os impactos mecânicos na articulação. Os lábios ou
orlas aumentam a profundidade da cavidade articular, permitindo melhor contato entre as
superfícies que irão se articular.
Bolsas sinoviais são estruturas saculares que contêm líquido similar ao sinovial, e
estão situadas entre a pele e os ossos, tendão e osso, músculo e osso e ligamento e osso,
cuja função é aliviar o atrito em algumas articulações como joelho e ombro. As bainhas dos
tendões são estruturas tubulares que envolvem os tendões nas regiões onde o atrito é
maior, como se pode observar na Figura 15 a seguir.
Flexão:
Extensão:
Abdução:
Adução:
Circundução:
Rotação externa:
Rotação interna:
Movimento no plano horizontal, em que a face anterior volta-se para o plano lateral
do corpo.
Articulação monoaxial:
Articulação biaxial:
Diz-se biaxial, quando uma articulação realiza movimentos em torno de dois eixos
(2 graus de liberdade). As articulações que realizam extensão, flexão, adução e abdução,
como a rádio-cárpica (articulação do punho) são biaxiais. Algumas variações das articulações
biaxiais são:
Articulação triaxial:
Existe ainda outro tipo de articulação chamada articulação plana, que permite
apenas movimentos deslizantes. Exemplos: articulações dos corpos vertebrais e em algumas
articulações do carpo e do tarso.
Ainda existe a fáscia muscular, que é uma lâmina de tecido conjuntivo que envolve
cada músculo. Sua espessura pode variar de acordo com a função desempenhada. A função
da fáscia é promover proteção e contenção durante os movimentos de tração, além de
facilitar o deslizamento dos músculos entre si. Cada fibra muscular é uma célula longa e fina,
com vários núcleos e filamentos microscópicos a preencher seu citoplasma. O conjunto de
fibras constitui o feixe muscular e cada músculo possui numerosos feixes. Existem três tipos
de músculos no corpo humano: músculos esqueléticos, músculos lisos e músculo cardíaco.
Cada tipo tem características próprias e desempenha funções distintas.
Músculos esqueléticos:
São chamados de esqueléticos porque estão ligados aos ossos do esqueleto, como
ilustra a Figura 17. Podem ser denominados de músculos voluntários por serem responsáveis
pelos movimentos voluntários e de estriados, porque apresentam estriações quando vistos
ao microscópio.
Músculos lisos:
São chamados de lisos por não apresentarem estriações à microscopia. Estão sob o
controle do sistema nervoso autônomo, o que os caracteriza por músculos involuntários,
visto que sua atividade independe de comando central consciente. A Figura 18 a seguir
apresenta um exemplo de músculo liso.
Músculo cardíaco:
Tipo de músculo especial que possui estriações à microscopia, como ilustra a Figura
19, mas que é involuntário. Está presente apenas no coração. A massa muscular cardíaca
recebe o nome de miocárdio e é responsável pela função de bombeamento do coração.
Músculos do tórax:
Músculos do abdome:
Figura 22 - Músculos do pé
A pele é composta pela mucosa, que é nome dado ao tegumento que reveste
internamente as cavidades como, por exemplo, a mucosa oral. A coloração da pele depende
da espessura (quanto mais espessa mais amarela), do grau de irrigação sanguínea (o que a
torna mais ou menos rosada), da presença de melanina (um pigmento que escurece a pele) e
da absorção do caroteno (responsável pela tonalidade amarela). Quanto maior a quantidade
de melanina existente, mais intensa será a cor.
De acordo com Brasil (2003a), a pele é formada por três camadas: a epiderme, a
derme e a hipoderme ou tecido celular subcutâneo, conforme descrito a seguir.
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1
70
Epiderme:
Formada por cinco camadas, a epiderme tem a camada córnea, a quinta delas,
como sendo a mais rica em queratina. Esta compõe as palmas das mãos e das plantas dos
pés. A camada responsável pelo surgimento das células epiteliais é a aquela mais interna,
que se situa acima da derme. É chamada de germinativa ou basal. À medida que as células
vão surgindo na camada basal, as outras vão amadurecendo e sendo empurradas para a as
camadas superiores por aquelas mais jovens, sofrendo um processo de queratinização que
as torna mais resistentes e impermeáveis, até que se depositem na camada superior da
epiderme, momento em que estarão mortas e serão eliminadas por um processo chamado
de descamação.
Derme:
Ainda conforme Brasil (2003a), a derme está localizada logo abaixo da epiderme.
Trata-se de um tipo de tecido conjuntivo que também possui fibras elásticas. Esta é uma
camada bem vascularizada, onde se encontram as terminações nervosas, os vasos linfáticos,
as glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos. Na derme se desenvolvem as defesas contra
os agentes nocivos foram capazes de vencer a primeira camada, que é a epiderme.
Hipoderme:
Pelos:
A função principal dos pelos é proteger as áreas de orifícios e olhos, pois possui rica
inervação que lhes confere, também, o papel de aparelho sensorial cutâneo. Os tamanhos, a
cor e a disposição dos pelos variam de acordo com a raça e com a região do corpo. Exceto
por algumas regiões delimitadas, os pelos estão presentes em quase toda a superfície da
pele.
Glândulas sebáceas:
Nas regiões como o lábio, a glande e os pequenos lábios da vagina, os ductos das
glândulas sebáceas se abrem diretamente na pele. Sua função é promover a secreção de
gorduras que lubrificam e protegem a superfície da pele, exceto nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés, de acordo com estudos publicados em Brasil (2003a).
Glândulas sudoríparas:
Unhas:
As unhas recobrem a última falange dos dedos. São formadas por queratina dura e
fixadas sobre a epiderme nos denominados leitos ungueais. As unhas crescem apenas em
uma direção, longitudinalmente. Protegem as pontas dos dedos, o que evita traumatismos, e
possuem em seu contorno uma espécie de selo denominado cutícula, que impede a entrada
de agentes infecciosos, tais como bactérias.
Corpúsculos de Paccini:
Discos de Merkel:
No caso das terminações nervosas livres, estas são sensíveis aos estímulos
mecânicos, térmicos, em especial aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado,
que é envolto por células de Schwann, sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma
membrana basal.
Corpúsculos de Meissner:
Estes bulbos são receptores térmicos de frio. São formados por uma fibra nervosa,
cuja terminação possui forma de clava. Estão situados nas regiões limítrofes da pele com as
membranas mucosas, ao redor dos lábios e dos genitais, por exemplo.
Para o profissional de saúde, a pele deve ser objeto de atenção especial, pois sua
coloração, textura e aparência podem ser indicativos de alterações no organismo. Por outro
lado, os cuidados básicos de higiene e hidratação são essenciais para a manutenção da
saúde de uma forma geral.
De acordo com Pires (2012), a respiração é uma das características básicas dos seres
vivos. Consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio, e a eliminação do gás carbônico
resultante de oxidações celulares, enquanto que sangue é um elemento intermediário entre
as células do organismo e o meio, servindo como condutor de gases entre eles. O pulmão é o
órgão respiratório por excelência, embora, para facilitar a condução do ar, se desenvolvam
órgãos especiais que promovem o rápido intercâmbio entre o ar e o sangue. O sistema
respiratório é constituído por este conjunto de órgãos.
Boca e nariz:
Faringe:
A faringe, como ilustra a Figura 26, é um tubo muscular associado a dois sistemas,
respiratório e digestório, situando-se posteriormente à cavidade nasal, cavidade da boca e à
laringe, o que faz com que ela seja dividida em três partes: parte nasal, também chamada
nasofaringe, parte oral ou orofaringe e parte laríngea ou laringofaringe.
Na parede lateral nasofaringe existe uma comunicação deste tubo com a orelha
média, chamada óstio faríngeo da tuba auditiva, que na sua extremidade medial é revestida
por uma cartilagem chamada torus tubário, que visa minimizar a entrada de corpos
estranhos no pavilhão auditivo.
Nesta região, também se pode encontrar uma estrutura anatômica cuja função é a
de proteção chamada tonsila faríngea, que após episódios repetitivos de inflamações se
hipertrofia, aumentando de tamanho e dificultando a passagem do ar e sendo chamada,
neste momento, de adenoide (carne esponjosa).
Laringe:
O espaço que vai do adito da laringe (abertura da laringe) até a prega vestibular é
chamado de vestíbulo da laringe, já o espaço aéreo compreendido entre as pregas
vestibular e vocal é conhecido como glote. As pregas vocais são constituídas pelo ligamento
e músculos vocais, e o espaço existente entre elas é denominado rima glótica. As pregas
vestibulares possuem função protetora.
Traqueia:
Figura 29 - Traqueia
Brônquios e bronquíolos:
O autor afirma ainda que o brônquio principal esquerdo é mais longo, mais
horizontalizado e tem menor calibre do que o direito, enquanto que o brônquio principal
direito é quase a continuação da direção da traqueia e, portanto, é mais vertical, mais
calibroso e também mais curto. Por esta razão, corpos estranhos que passam pela traqueia
penetram no brônquio principal direito mais facilmente.
Bronquíolos respiratórios:
Os bronquíolos respiratórios são tubos aéreos que já apresentam nas suas paredes
a presença de alvéolos, portanto, onde ocorrem, a esta altura, as trocas gasosas (hematose).
Os bronquíolos respiratórios, por sua vez, se subdividem em diversos ductos alveolares. Da
traqueia até chegar aos ductos alveolares, o ar passa por cerca de vinte e cinco divisões.
Alvéolos:
Figura 31 - Alvéolos
Pulmões:
Sustentados pelo diafragma, os pulmões são recobertos por uma fina membrana
denominada pleura, responsável por sua proteção na caixa torácica. A pleura que reveste os
pulmões é chamada de pleura visceral, e aquela que reveste a cavidade torácica é chamada
de pleura parietal. Entre uma e outra existe um espaço potencial chamado de espaço
pleural. Diz-se potencial porque as duas superfícies da pleura estão praticamente em
contato uma com a outra, separadas apenas por uma delgada camada de líquido.
Figura 32 - Pulmão
O tubo digestivo, ilustrado pela Figura 33, é constituído pela boca, faringe, esôfago,
estômago, intestino delgado, intestino grosso, ampola retal ou reto e ânus, e por órgãos
auxiliares da digestão denominados órgãos anexos: o pâncreas, a vesícula biliar e o fígado.
Os órgãos digestivos são revestidos por células epiteliais, cuja função é fabricar o
muco que permite o deslizamento do bolo alimentar e secretar as enzimas que irão quebrar
as grandes moléculas.
A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca, como ilustra a
Figura 34. A boca é constituída por: rima bucal, que é uma fissura que comunica a boca com
o meio externo anteriormente; istmo das fauces (localizado na orofaringe), abertura que
delimita a boca posteriormente; o vestíbulo da boca, que é o espaço limitado por um lado
pelos lábios e bochechas e por outro pelas gengivas e dentes; língua; palato duro (céu da
boca); palato mole (região onde se situa a úvula ou “campainha” da garganta); e três pares
de glândulas: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais, que são responsáveis pela
liberação da saliva, denominadas glândulas salivares maiores, porque além delas existem
pequenas glândulas salivares esparsas. Estas glândulas secretam cerca de um litro e meio de
saliva diariamente – a qual é basicamente composta por água, o que auxilia a diluir o bolo
alimentar, e enzimas.
Figura 34 - Boca
Figura 36 - A língua
Figura 37 - O esôfago
O esôfago, ilustrado pela Figura 37 acima, é o canal que liga a faringe ao estômago.
Localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa
o tórax do abdômen. Possui três porções: cervical, torácica e abdominal. A porção torácica é
a maior delas e situa-se ventralmente a coluna vertebral e dorsalmente a traqueia. O bolo
alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. Esse transporte se dá por meio dos
movimentos peristálticos (inclusão e reorganização de conteúdo).
Figura 38 - O estômago
O estômago divide-se em: fundo, que é uma região superior que se projeta para o
diafragma; corpo, a sua maior parte; antro pilórico, que é a parte final que se comunica com
o duodeno e que se abre e fecha alternadamente, liberando pequenas quantidades de
quimo para intestino delgado. O estômago possui dois esfíncteres, sendo o superior a cárdia,
que se comunica com o esôfago; e o inferior, que é o piloro, é a parte que se comunica com
o duodeno e que se abre e fecha alternadamente, liberando pequenas quantidades de
quimo para intestino delgado.
Figura 39 - Duodeno
O intestino grosso, ilustrado pela Figura 40 acima, pode ser comparado com uma
ferradura, aberta para baixo. Mede cerca de 6,5cm de diâmetro e 1,5m de comprimento. Ele
se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesecolo. O
intestino grosso absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material
alimentar toma a consistência típica do bolo fecal. Este apresenta algumas diferenças em
relação ao intestino delgado: o calibre, as tênias, os haustros e os apêndices epiploicos. O
intestino grosso é mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de grosso.
O calibre vai gradativamente afinando, conforme vai chegando ao canal anal.
a) colo ascendente: é a segunda parte do intestino grosso. Passa para cima do lado
direito do abdome, a partir do ceco para o lobo direito do fígado, onde se curva
para a esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática);
b) colo transverso: é a parte mais larga e mais móvel do intestino grosso. Ele cruza
o abdome a partir da flexura direita do colo até a sua flexura esquerda, onde se
curva inferiormente para tornar-se colo descendente. A flexura esquerda do colo
(flexura esplênica) é normalmente mais superior, mais aguda e menos móvel do
que a flexura direita do colo;
c) colo descendente: passa retroperitonealmente a partir da flexura esquerda do
colo para a fossa ilíaca esquerda, onde ele é contínuo com o colo sigmoide;
d) colo sigmoide: é caracterizado pela sua alça em forma de “S”, de comprimento
variável. O colo sigmoide une o colo descendente ao reto. A terminação das
tênias do colo, aproximadamente a 15cm do ânus, indica a junção reto-sigmoide;
e) flexura hepática: entre o cólon ascendente e o cólon transverso;
f) flexura esplênica: entre o cólon transverso e o cólon descendente.
O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino grosso
termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do ânus), passando a se
chamar de canal anal. O canal anal, apesar de bastante curto (3 cm de comprimento), é
importante por apresentar algumas formações essenciais para o funcionamento intestinal,
das quais citam-se os esfíncteres anais. O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta
de um espessamento de fibras musculares lisas circulares, sendo consequentemente
involuntário. O esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas, que se
dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este voluntário. Ambos os
esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa ocorrer.
Figura 41 - Pâncreas
Ducto pancreático:
Figura 42 - Fígado
Entre o lobo direito e o quadrado encontra-se a vesícula biliar, e entre o lobo direito
e o caudado há um sulco que aloja a veia cava inferior. Entre os lobos caudado e quadrado,
há uma fenda transversal: a porta do fígado (pedículo hepático), por onde passam a artéria
hepática, a veia porta, o ducto hepático comum, os nervos e os vasos linfáticos.
O fígado é um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele
- além da bile, que é indispensável na digestão das gorduras - ele desempenha o importante
papel de armazenador de glicose e, em menor escala, de ferro, cobre e vitaminas. A função
digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, que é transportada
para o duodeno. A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar, que a libera
quando gorduras entram no duodeno. A bile emulsiona a gordura e a distribui para a parte
distal do intestino, a fim de colaborar na digestão e absorção dos nutrientes.
Este sistema é fechado, formado por tubos chamados de vasos, por onde circulam
os humores corporais. Os humores são o sangue e a linfa que circulam nos vasos sanguíneos
e linfáticos, respectivamente. Para que o sangue possa atingir as células levando nutrientes e
oxigênio e, ao mesmo tempo, retirar resíduos metabólicos, deve ser constantemente
impulsionado ao longo dos vasos sanguíneos pela contração rítmica do coração.
A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para
a esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás,
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1
94
para cima e para a direita. É chamada de face a parede de um órgão voltada ou em contato
com outra parede ou outro órgão. Em razão da posição do coração, surgem três faces
cardíacas, descritas a seguir e ilustradas pela Figura 43 abaixo.
a) face esternocostal: face voltada para o osso esterno e para as cartilagens costais,
que compreende o átrio direito e sua aurícula, o ventrículo direito e uma
pequena parte do ventrículo esquerdo;
b) face diafragmática: achatada devido ao contato com o m. diafragma,
compreende os dois ventrículos, sendo a maior parte formada pelo ventrículo
esquerdo;
c) faces pulmonares: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo, ela ocupa a
impressão cárdica do pulmão esquerdo.
a) margem direita: formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as veias cavas,
superior e inferior;
b) margem inferior: formada principalmente pelo ventrículo direito e, ligeiramente,
pelo ventrículo esquerdo;
c) margem esquerda: formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e,
ligeiramente, pela aurícula esquerda;
d) margem superior: formada pelos átrios e pelas aurículas direita e esquerda em
uma vista anterior. A parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem
da margem superior, e a veia cava superior entra no seu lado direito. Posterior à
aorta e ao tronco pulmonar e anterior à veia cava superior, a margem superior
forma o limite inferior do seio transverso do pericárdio.
Átrio direito:
O átrio direito forma a borda direita do coração e recebe sangue rico em dióxido de
carbono (venoso) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. A veia
cava superior recolhe sangue da cabeça e parte superior do corpo, enquanto que a veia cava
inferior recebe sangue das partes mais inferiores do corpo (abdômen e membros inferiores)
e o seio coronário recebe o sangue que nutriu o miocárdio e leva o sangue ao átrio direito.
aurícula direita, que serve para amortecer o impulso do sangue ao penetrar no átrio. Os
orifícios onde as veias cavas desembocam têm os nomes de óstios das veias cavas. O orifício
de desembocadura do seio coronário é chamado de óstio do seio coronário, e encontra-se
também uma lâmina que impede que o sangue retorne do átrio para o seio coronário, que é
denominada de válvula do seio coronário.
Átrio esquerdo:
Ventrículo direito:
Ventrículo esquerdo:
A artéria coronária direita é o ponto de origem de duas artérias que vão irrigar a
margem direita e a parte posterior do coração, são elas: a artéria marginal direita e artéria
interventricular posterior. A artéria coronária esquerda, de início, passa por um ramo por
trás do tronco pulmonar para atingir o sulco coronário, evidenciando-se nas proximidades
do ápice da aurícula esquerda. Logo em seguida, emite um ramo interventricular anterior e
um ramo circunflexo que dá origem à artéria marginal esquerda. Na face diafragmática, as
duas artérias se anastomosam, formando um ramo circunflexo.
Inervação:
Ciclo cardíaco:
Do átrio esquerdo, o sangue chega ao ventrículo esquerdo após passar pela válvula
mitral ou bicúspide. Do ventrículo esquerdo, o sangue passa pela válvula semilunar aórtica e
é bombeado para todo o organismo através da artéria aorta. Esta se divide em artéria aorta
ascendente, arco da aorta e aorta descendente, que possui o ramo torácico e o ramo
abdominal, e é por meio desses ramos que o sangue circula para os órgãos.
A Figura 49 a seguir ilustra os vasos sanguíneos, que são constituídos por veias,
artérias e capilares.
Sistema arterial:
Sistema venoso:
Forma um conjunto de vasos que, partindo dos tecidos, vão se formando em ramos
de maior calibre até atingirem o coração.
Artérias:
São vasos de parede espessa que saem do coração levando sangue para os órgãos e
tecidos do corpo. Compõem-se de três camadas: a mais interna, chamada endotélio,
formada por uma única camada de células achatadas; a mediana, constituída por tecido
muscular liso; e a mais externa, formada por tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas.
Arteríolas:
Capilares:
São os vasos sanguíneos de menor calibre e sua parede pode ter apenas uma
camada de células de espessura. Estão distribuídos por todo o organismo, formando uma
rede que está em íntimo contato com todas as células. Suas paredes finas permitem que
haja troca de substâncias entre as células dos tecidos e o sangue: oxigênio e nutrientes são
liberados para as células que por sua vez se desfazem do dióxido de carbono e dos resíduos
metabólicos.
Veias:
São vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. A
parede das veias, assim como a das artérias, também é formada por três camadas. A
diferença, porém, é que a camada muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas
correspondentes arteriais. Além disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre
apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de sangue e garante sua
circulação em um único sentido.
Circulação arterial:
para a esquerda e para trás, adentrando no mediastino superior e formando o arco aórtico,
ao nível da segunda articulação esternocostal do lado direito, do qual são emitidos o tronco
arterial braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda. A
artéria aorta descendente, formada a partir de T4, constitui a continuação do arco aórtico e
possui uma parte torácica e outra abdominal.
A parte abdominal da aorta descendente começa entre T12 e L1, e termina ao nível
de L4, ao dividir-se em artérias ilíacas comuns. A artéria relaciona-se, anteriormente, com o
tronco celíaco, o pâncreas, a bolsa omental, a veia renal esquerda, a parte ascendente do
duodeno e a raiz do mesentério. À direita, relaciona-se com a cisterna do quilo, o ducto
torácico e a veia cava inferior. A aorta abdominal fornece praticamente toda a irrigação
parietal e visceral do abdome, além de dar origem às artérias ilíacas que suprem a pelve e os
membros inferiores.
Outra artéria que possui função importante é a artéria pulmonar, afinal ela
transporta o sangue proveniente do coração até o pulmão para sofrer o processo chamado
hematose. Tem origem como projeção do ventrículo direito. Recoberto pelo pericárdio
fibroso e projeta-se para cima, numa extensão de 5cm, situando-se à esquerda da aorta
ascendente, onde se divide em artéria pulmonar direita e artéria pulmonar esquerda.
se dividindo na artéria tibial anterior, que emite ramos que irrigam a região anterior da
perna e o tornozelo e continua como a artéria dorsal do pé que termina em um ramo plantar
profunda, formando o arco plantar. Do arco plantar saem as artérias metatársicas plantares,
que se anastomosam com as artérias metatársicas dorsais, ramos da artéria dorsal do pé,
que originam as artérias digitais dorsais, e as artérias digitais plantares, irrigando o pé e seus
dedos.
Circulação venosa:
Tanto nos membros superiores quanto nos membros inferiores, a drenagem venosa
se faz pelos sistemas venosos: superficial e profundo.
Nos membros inferiores, no que diz respeito ao sistema superficial, as veias digitais
formam as veias metatársicas dorsais, que desembocam no arco venoso dorsal, o qual se
comunica com o arco venoso plantar. Do lado medial do arco venoso dorsal, ascende à veia
safena magna pela região anteromedial da perna e da coxa e termina na veia femural. Do
lado lateral do arco venoso dorsal, ascende à veia safena parva pela região posterior da
perna, até desembocar na veia poplítea, na região posterior do joelho. As veias perfurantes
(ou conectantes) conectam as veias superficiais às veias profundas.
As veias hepáticas são várias veias que recebem sangue das veias centrais do fígado
e que desembocam na veia cava inferior. As veias lombares são 4 ou 5 veias de cada lado,
que acompanham as artérias lombares, drenam a parede posterior do abdome, o canal
vertebral, a medula espinhal e as meninges, e desembocam na veia cava inferior ou na ilíaca
comum. A veia lombar ascendente direita se une à veia subcostal direita para formar a veia
ázigos. A veia lombar ascendente esquerda se une à veia subcostal esquerda para formar a
veia hemiázigos.
A veia retal (ou hemorroidária) superior (que drena a parte superior do plexo retal)
e veia cólica esquerda (que acompanha a artéria cólica esquerda) desembocam na veia
mesentérica inferior. A veia mesentérica inferior acompanha a artéria mesentérica inferior e
desemboca na veia esplênica (lienal). A veia esplênica (lienal) (formada por diversos ramos
no hilo do baço) e a veia mesentérica superior (acompanha a artéria mesentérica superior)
se unem para formar a veia porta, a qual recebe a veia gástrica esquerda (que acompanha a
artéria gástrica esquerda) e, no hilo hepático, a veia porta divide-se em ramos direito e
esquerdo. O sangue venoso da veia porta (vindo dos intestinos) alcança, então, os sinusoides
hepáticos, que drenam para as veias hepáticas, as quais desembocam na veia cava inferior.
circulação sanguínea. É constituído pela linfa, vasos e órgãos linfáticos. Os vasos linfáticos
são capazes de transportar proteínas e partículas grandes, que não poderiam ser removidas
dos espaços teciduais pelos capilares sanguíneos. A linfa tem uma particularidade de grande
importância prática, pois não coagula como o sangue, fazendo com que a lesão de seus
vasos coletores maiores espoliem o indivíduo rapidamente, de acordo com Vivela (2012).
Vilela (2012) afirma ainda que o sistema linfático tem como função imunológica a
ativação da resposta inflamatória e o controle de infecções. A partir de sua simbiose com os
vasos sanguíneos, regula o balanço do fluído tissular. Este delicado balanço é possível pelo
transporte unidirecional de proteínas do tecido para o sistema sanguíneo. Em conjunção
com o trabalho dos vasos, o sistema linfático mantém o equilíbrio entre a filtração e a
reabsorção dos fluídos tissulares. As moléculas de proteínas transportam oxigênio e
nutrientes para as células dos tecidos, onde então removem seus resíduos metabólicos.
Várias moléculas de proteínas que não conseguem ser transportadas pelo sistema venoso
são retornadas ao sistema sanguíneo através do linfático. Em consequência disto, o líquido
linfático se torna rico em proteínas, mas também transporta células adiposas, e outras
macromoléculas. A circulação normal de proteínas requer um funcionamento adequado dos
vasos linfáticos, caso contrário, os espaços intersticiais podem ficar congestionados.
Linfa:
O sistema linfático representa uma das principais vias de absorção dos nutrientes, através
dos vasos linfáticos intestinais. Neste processo, também podem ser absorvidas bactérias e
partículas maiores. Esse problema é resolvido, à medida que a linfa passa através de
linfonodos interpostos no trajeto dos vasos linfáticos, onde tais partículas e bactérias são
bloqueadas e destruídas.
A linfa é recolhida por capilares próprios, mais irregulares que os sanguíneos. Estes,
por sua vez, são tubos endoteliais que vão se anastomosando cada vez mais, até formar
coletores linfáticos maiores. Ao contrário do sangue, que é impulsionado a partir dos vasos
pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba
central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A
linfa move-se lentamente sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada
pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressionam o fluido através dele. A
contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares
linfáticos. Este fluido é, então, transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores
acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e
no duto torácico (para o resto do corpo). Estes ductos desembocam no sistema circulatório
na veia subclávia esquerda e direita.
Ducto torácico:
O ducto torácico é aquele que conduz a linfa da maior parte do corpo para o
sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto
linfático direito). Estende-se da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele
começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax a partir do hiato
aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no
ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda
(VILELA, 2012).
Amigdalas (tonsilas):
Figura 52 - Tonsilas
Timo:
Figura 53 - Timo
O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de
tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se
parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o
bordo inferior da glândula tireoidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma,
sendo o direito, geralmente, sobreposto ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta
rosada, é mole e lobulado, medindo aproximadamente 5cm de comprimento, 4cm de
largura e 6mm de espessura.
Linfonodo:
Baço:
Figura 54 - Baço
Para executar com precisão suas funções, tais como suprir as necessidades
alimentares dos tecidos, transportar detritos das células para serem eliminados além de
conduzir substâncias e gases de uma parte a outra do corpo, possibilitando o bom
funcionamento das células, o sangue necessita de elementos especiais em sua composição,
os quais serão citados.
A maior parte das células que formam a parte sólida do sangue são os glóbulos
vermelhos, também chamados hemácias ou eritrócitos, eles não possuem núcleos e
apresentam um pigmento rico em ferro chamado de hemoglobina, tornando o sangue
vermelho e com a função de transportar oxigênio para as células. Qualquer dificuldade que
aconteça nesse transporte pode ser letal para as células do tecido afetado – o que é possível
de ser percebido através da pele e mucosas, que se apresentarão hipocoradas (sem cor).
As hemácias são formadas nas medulas vermelhas dos ossos longos e vivem em
média 120 dias; quando morrem são transportadas para o baço pelo próprio sangue, onde
(hemorragia).
Vale ressaltar que os vasos sanguíneos são inervados pelo nervo simpático que
diminui o calibre dos vasos (ação vasoconstritora), e pelo nervo parassimpático, que
aumenta o calibre dos vasos (vasodilatador). A ação desses dois feixes nervosos mantém o
diâmetro e a tonicidade dos vasos sanguíneos.
O sistema urinário é formado pelos órgãos responsáveis pela formação da urina que
é um dos veículos de excreção do organismo. Os órgãos que compõem esse sistema são: os
rins, os ureteres, a bexiga urinária e a uretra. Sua função é realizar a manutenção do
balanço interno (homeostase) através da eliminação ou preservação de água e demais
produtos do metabolismo celular, tais como, a ureia, o ácido úrico e a creatinina. Além de
produzir o hormônio eritropoietina responsável por estimular a produção dos eritrócitos do
sangue. É ainda no sistema excretor que ocorre a regulação da composição e do pH do
líquido intersticial, isso acontece através da seleção dos rins, ao impedirem que substâncias
vitais para o corpo sejam expelidas, liberando apenas a saída de substâncias tóxicas
garantindo a sobrevivência das células.
5.13.1 Rim
Localizados na região retro peritoneal, esses dois órgãos estão fixados na parede
posterior da cavidade abdominal localizados à direita e à esquerda da coluna vertebral,
sendo o direito uma posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do
fígado à direita.
Faces:
Anterior e posterior.
Polos:
Bordas:
Medial e lateral.
Camadas de revestimento:
Formada por cápsula fibrosa, cápsula adiposa e fáscia renal. A borda medial do rim
apresenta uma fissura vertical chamada hilo renal, por onde passam o ureter, a artéria e a
veia renal, linfáticos e nervos que em conjunto constituem o pedículo renal. Dentro do rim,
o hilo se expande em uma cavidade central denominada seio renal que funciona como
alojamento para a pelve renal que na verdade é a porção dilatada do ureter.
Segundo o portal da anatomia (2016) a pelve renal por sua vez, está dividida em
dois ou três tubos curtos e largos, os cálices renais maiores que se subdividem em número
variável de cálices renais menores. Cada um destes últimos oferece um encaixe em forma
Módulo 1 Técnico em Farmácia
117
de taça, para receber o ápice das pirâmides renais. Este ápice denomina-se papila renal,
região anatômica que apresenta uma área perfurada, área crivosa, por onde goteja o
ultrafiltrado que serão recebidos nos cálices renais menores. Um exame cuidadoso da
medula renal mostra a presença de estriações, os raios medulares (Figura 52).
Os rins são sustentados pela artéria renal, que tem sua origem na aorta. A artéria
renal é subdividida no hilo em um ramo anterior e um ramo posterior. Estes ramos se
subdividem em várias artérias segmentares que irão irrigar os vários segmentos do rim. Das
artérias segmentares surgem as artérias interlobares, que na junção córtico-medular
dividem-se para formar as artérias arqueadas e, posteriormente as artérias interlobulares.
Dessas artérias surgem as arteríolas aferentes, as quais sofrem divisão formando os capilares
dos glomérulos, que em seguida, confluem-se para forma a arteríola eferente. A arteríola
eferente dá origem aos capilares peritubulares e as arteríolas retas, responsáveis pelo
suprimento arterial da medula renal.
Através da artéria renal o sangue chega ao rim, a partir daí se ramifica em larga
escala no interior do órgão, dando origem a um grande número de arteríolas aferentes,
onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um
enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi.
Esse líquido muito concentrado passa então a percorrer o ramo ascendente da alça
de Henle, que é formado por células impermeáveis à água e que estão adaptadas ao
transporte ativo de sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de sódio, ficando o líquido
tubular hipotônico. Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre
reabsorção por osmose para os capilares sanguíneos. Ao sair do néfron, a urina entra nos
Para se ter uma função renal bem regulada é importante e básico a regularização da
quantidade de líquidos no corpo Quando h, e m função da melhor reabsorverá uma
necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada em função da
maior reabsorção de água; já se houver excesso de água no corpo a urina fica menos
5.13.2 Ureteres
São dois tubos que tem a função de transportar a urina dos rins para a bexiga,
geralmente medem menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. No interior
do rim está localizada a pelve renal que é a extremidade superior do ureter (Figura 55).
O ureter é formado por duas partes: abdominal e pélvica, sendo eles capazes de
realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo.
5.13.3 Bexiga
A bexiga possui um espaço triangular delimitado pelos óstios ureterais e pelo óstio
interno da uretra denominado trígono da bexiga.
5.13.4 Uretra
Intramural:
Que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta que apresenta
fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra. Enquanto na mulher, serve
apenas a excreção da urina.
Prostática:
Membranácea:
Esponjosa:
Intramural:
Que é circundada por musculatura lisa da bexiga, musculatura esta que apresenta
fibras circulares que constituirão o esfíncter interno da uretra, enquanto na mulher, serve
apenas a excreção da urina.
Membranácea:
5.14.1.1 Pênis
Dois corpos cavernosos são fixados ao osso da bacia através dos ramos do pênis –
extremidades posteriores.
Um corpo esponjoso, apresentando duas dilatações: glande (anterior) e bulbo
(posterior).
5.14.1.2 Sêmen
5.14.1.3 Escroto
Figura 57 - Escroto
Cútis:
Formado por uma pele enrugada e fina com pregas transversais e com pelos
esparsos. Na linha mediana está localizada a rafe do escroto.
Túnica dartos:
Fáscia cremastérica:
Este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros
feixes de fibras musculares estriados de direção vertical. No conjunto, essas fibras
musculares constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo
interno do abdome.
Túnica vaginal:
5.14.1.4 Testículos
Cada testículo tem forma ovoide, possui eixo quase vertical, e levemente achatado
no sentido lateromedial, apresentando duas faces, duas bordas e duas extremidades. As
faces são classificadas em lateral e medial, as bordas em anterior e posterior e a
extremidades em superior e inferior.
Nos lóbulos dos testículos encontramos em uma larga escala os túbulos seminíferos
contorcidos que são ductos longos e sinuosos de calibre quase capilar; neste local são
formados os espermatozoides.
5.14.1.6 Uretra
O canal da uretra é subdividido em: uretra prostática que transcorre pela próstata,
uretra membranosa que percorre o assoalho da pelve e uretra peniana que passa pelo
corpo esponjoso do pênis.
5.14.1.8 Próstata
Na sua estrutura, apresenta uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras
musculares lisas que a envolvem, da qual partem finas trabéculas que se dirigem até a
profundidade do parênquima. Também possui fibras musculares estriadas, além de células
glandulares espalhadas em tubos ramificados cuja secreção é drenada pelos ductos
prostáticos.
O ato sexual masculino é iniciado pela ereção, que acontece por meio de
fenômenos vasculares que proporcionam uma congestão sanguínea nos tecidos eréteis do
pênis, tornando-o ereto, rígido e com maior volume. Isso ocorre quando região sacral da
medula espinhal é excitada sendo O fenômeno da ereção ocorre através de excitação na
região sacral da medula espinhal transmitida por meio de nervos parassimpáticos. Logo
depois um circuito neuronal que fica na lombar alta da medula espinhal é ativado e por meio
de nervos autônomos simpáticos, causam vários fenômenos que provocarão a emissão, e
logo depois a ejaculação.
Tal como no sistema genital masculino, o sistema genital feminino, ilustrado pela
Figura 60, é o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher. É composto pelos
ovários, tubas uterinas, útero, vagina e vulva. Os ovários, as tubas uterinas e o útero são
órgãos intraperitoneais situados profundamente na pelve.
5.14.3.1 Ovários
Possui uma borda anterior e outra posterior e uma face lateral e outra medial. A
borda medial acopla-se a uma expansão do ligamento largo do útero que recebe o nome de
mesovário, e por isso é denominada de borda mesovárica, já a borda posterior é
denominada borda livre A borda mesóvarica representa o hilo do ovário; é por ele que
entram e saem os vasos ováricos. A extremidade inferior é chamada extremidade tubal e a
superior extremidade uterina.
Tuba uterina são dois tubos localizados no ângulo superior de cada lado do útero;
apresenta um calibre irregular medindo cerca de 10 cm de comprimento.
5.14.3.3 Útero
É um órgão oco que possui formato de pêra invertida e se situa entre a bexiga
urinaria e o reto. Comunica-se por um lado com a tuba uterina e por outro com a vagina.
Corpo do útero;
Fundo do útero;
Istmo;
Colo do útero.
5.14.3.4 Vagina
Funciona como um canal muscula membranoso, Sua extensão vai desde o colo do
útero até a vulva. Possui uma estrutura elástica coberta por uma pele fina, com várias
pregas. No ato sexual, é a vagina que recebe o pênis, por ela também passa os fluxos
menstruais e também o feto na hora do parto. Na sua entrada existe uma proteção formada
por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e
geralmente se rompe nas primeiras relações sexuais.
5.14.3.5 Clitóris
São duas dobras cutâneas, alongadas, que possuem uma fenda entre elas. No
período da puberdade começam a aparecer pelos na parte externa, em seu interior
permanecem lisas.
É a abertura vaginal. É envolta pelos pequenos lábios onde está contida a uretra, a
vagina e os ductos das glândulas vestibulares. Durante a excitação sexual essas glândulas
liberam uma pequena quantidade de muco durante, que serve para deixar as estruturas
úmidas e propicias para a relação sexual.
A uretra feminina é menor que a masculina e serve apenas como via de micção (no
caso do homem é também via de ejaculação). Mede aproximadamente 4 cm e apresenta
uma abertura denominada óstio interno da uretra.
5.14.3.11 Mamas
São dois órgãos formados por um conjunto de glândulas que tem como principal
função produzir o leite materno durante o período de lactação da mulher.
A partir da menarca a menina passa a ser capaz de gerar uma nova vida, além disso,
ocorre o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários como o desenvolvimento das
mamas e o aparecimento de pelos em determinadas regiões do corpo. Durante a vida fértil
da mulher, amadurece normalmente apenas um folículo a cada 28-30 dias produzindo um
óvulo fértil, que cai na tuba uterina, onde poderá ser fecundado ou não.
No 14° dia ocorre a ovulação e nos 14 dias finais do ciclo a hipófise produz alta taxa
de LH (hormônio luteinizante), que estimula o desenvolvimento do corpo amarelo. Este
tecido endócrino produz então a progesterona, que continua estimulando o crescimento do
endométrio, preparando-o para receber o zigoto. O aumento da taxa de progesterona atua
sobre a hipófise inibindo a produção do LH. Assim, o corpo amarelo degenera, cai a taxa de
progesterona e ocorre o desprendimento do endométrio, eliminado como fluxo menstrual.
5.14.4.2 Gravidez
5.14.4.3 Menopausa
5.14.4.4Métodos Contraceptivos
Há no organismo algumas glândulas das quais a função é essencial para a vida. São
conhecidas pelo nome de "glândulas endócrinas" ou de secreção interna, porque as
substâncias por elas elaboradas passam diretamente para o sangue. Estas glândulas não
têm, portanto, um ducto excretor, mas são os próprios vasos sanguíneos que, capilarizando-
se nelas, recolhem as secreções. Na Figura 63 a seguir se podem observar as glândulas
endócrinas.
Hormônio:
É uma substância secretada por células de uma parte do corpo que passa a outra
parte, onde atua pouca concentração regulando o crescimento ou a atividade das células. No
sistema endócrino distinguimos 3 partes: célula secretória, mecanismo de transporte e
célula branca, cada uma caracterizada por sua maior ou menor especificação. Geralmente
cada hormônio é sintetizado por um tipo específico de células, podendo ser dividido
conforme descrito a seguir.
Glandulares:
Tissulares ou aglandulares:
Hormônios esteroides:
Hipófise ou pituitária:
Pineal:
A pineal ou epífise localiza-se no diencéfalo, presa por uma haste à parte posterior
do teto do terceiro ventrículo. Contém serotonina, precursora da melatonina. É um
transdutor neuroendócrino que converte impulsos nervosos em descargas hormonais e
participa do ritmo circadiano de 24 horas e de outros ritmos biológicos, como os
relacionados às estações do ano. A pineal normal responde à luminosidade, sendo mais ativa
à noite, quando a produção de serotonina é maior que durante o dia.
Tireoide:
Paratireoide:
Estas quatro glândulas localizam-se, duas a duas, ao lado das tireoides. Secretam
um hormônio denominado paratormônio, que também regula a quantidade de cálcio e
fosfato no sangue.
Suprarrenais:
Estas duas glândulas localizam-se sobre cada rim e possuem duas partes: a externa,
chamada de córtex e a interna, de medula. O córtex da suprarrenal produz e libera vários
hormônios, dentre eles a aldosterona, que ajuda a manter constante a quantidade de sódio
e potássio no organismo. Outro hormônio é o cistrol, cortisona ou hidrocortisona, que
estimula a utilização de gorduras e proteínas como fonte energética, aumenta a taxa de
glicose na corrente sanguínea e também atua no processo de inflamações, sendo
largamente utilizada como medicação. Também produz o andrógeno, o hormônio
responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculinos.
Pâncreas:
Ovários:
Os ovários são duas glândulas, uma de cada lado do corpo, que integram o aparelho
reprodutor feminino e localizam-se abaixo da cavidade abdominal, em uma região
denominada pelvis ou cavidade pélvica. Ligam-se ao útero através de dois ligamentos
denominados ligamentos do ovário.
Testículos:
5.16.2.1 Encéfalo
5.16.2.2 Telencéfalo
5.16.2.3 Diencéfalo
Figura 69 - Diencéfalo
5.16.2.4 Cerebelo
Por sua vez, o SNP consiste nos nervos cranianos e espinhais. Emergindo do tronco
cerebral, há 12 pares de nervos cranianos que exercem funções específicas e nem sempre
estão sob controle voluntário. Os nervos que possuem fibras de controle involuntário são
chamados de sensitivos; e os de controle voluntário, motores. A partir dos órgãos dos
sentidos e dos receptores (terminações nervosas sensitivas), presentes em várias partes do
corpo, o SNP conduz impulsos nervosos para o SNC, e deste para os músculos e glândulas. Os
nervos espinhais são divididos e denominados de acordo com sua localização na coluna
vertebral: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e um coccígeo.
Cada parte do SNA possui duas cadeias de neurônios. O corpo celular do primeiro
neurônio situa-se na coluna referente visceral do encéfalo e da medula espinhal; o do
segundo neurônio, num gânglio autônomo, externamente ao SNC. O axônio do primeiro
neurônio é chamado fibra pré-sináptica ou pré-ganglionar; o do segundo, fibra pós-sináptica
ou pós-ganglionar.
O ambiente que nos circunda repassa uma diversidade de estímulos que são
captados pelo organismo – o chamado sentido ou sensação. Alguns órgãos, constituídos por
células sensíveis, por meio de receptores sensoriais são especializados em perceber esses
estímulos externos, repassando a informação à respectiva área cerebral. Seu conjunto
recebe a denominação de órgãos dos sentidos. São constituídos pelos olhos, que permitem a
visão; língua, que sente o paladar; nariz, que possibilita o olfato; orelha, que conduz a
audição e pele, que percebe o estímulo pelo tato.
5.18.1 Olhos
No interior do globo ocular existe uma substância que ocupa sua maior parte,
chamada humor vítreo, de consistência gelatinosa e transparente, situada atrás do cristalino
– o qual atua como uma lente, regulando a imagem com nitidez. O cristalino modifica-se
pela ação dos músculos ciliares, comandados pelo sistema nervoso autônomo.
5.18.2Língua
A língua, que também participa na emissão do som, é formada por uma massa de
tecido muscular estriado, recoberta por uma mucosa. Possui forma achatada e ligeiramente
cônica. É composta por duas partes: a superior ou dorsal, onde se localizam as papilas
linguais ou gustativas, cujas terminações nervosas transmitem a sensação do gosto –
processo em que a saliva representa importante função, haja vista que sua viscosidade
favorece a captação dos estímulos; e a inferior ou ventral, que pode ser vista quando se
5.18.3 Nariz
5.18.4 Orelha
A orelha (Figura 77), composta por três seguimentos - a orelha externa, a média e a
interna - é o órgão responsável pela audição. A orelha externa ou pavilhão auditivo possui
uma saliência com o formato oval, flexível devido ao tecido cartilaginoso que a constitui. Seu
canal auditivo externo encaminha o som para seu interior, agindo como um receptor
sonoro. Neste canal são encontrados pelos e glândulas (que produzem uma espécie de
cera), cuja função é proteger a parte interna contra a poeira, microrganismos e outros
corpos provenientes do meio externo.
Quando há qualquer tipo de som, suas ondas penetram através do conduto auditivo
externo e ao chegarem na membrana timpânica a fazem vibrar. Os ossículos martelo,
bigorna e estribo recebem esta vibração e a encaminham ao ouvido interno. Desta forma, as
vibrações chegam à cóclea ou caracol, onde os estímulos sonoros são captados e
identificados devido a presença de terminações do nervo auditivo.
5.18.5 Pele
O sentido do tato é transmitido pela pele, que reveste todo o corpo e possui em sua
camada mais profunda as terminações nervosas – responsáveis por levar a mensagem da
sensação ao cérebro. Com um toque de mão podemos perceber diferenças como liso e
áspero, pequeno e grande, fino e grosso, mole e duro - além de conseguirmos identificar
objetos sem a necessária utilização da visão.
A pele apresenta vários tipos de receptores sensoriais, formados por fibras nervosas
cujo agrupamento compõe os corpúsculos sensoriais, especializados em captar
determinados tipos de sensação – por exemplo, pressão, temperatura, dor. Na extensão da
pele percebemos sensações como frio, calor, dor, coceira, pressão, ardência, etc.
REFERÊNCIAS
AIRES, M.M. – Fisiologia – 2ª edição – Rio de Janeiro – Editora Guanabara Koogan, 1999.
DANGELO, J.G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3ª ed., São Paulo,
Atheneu, 2007.
GUYTON, A.C. & HALL, J.E. – Tratado de Fisiologia Médica – 11ª edição – Editora Elsevier, Rio
de Janeiro, 2006.
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia Humana. 22ª ed., Rio de Janeiro, Guanabara- Koogan, 2006,
Volumes 1 e 2.
THIBODEAU, G.A.; PATTON, K.T. Estrutura e funções do corpo humano. São Paulo: Editora
Manole, 2002.
VILELA, A.L.M. A pele e o sentido do tato. Portal Bio, 2003. Disponível em:
http://www.afh.bio.br/sentidos/sentidos10.asp Acesso em dezembro de 2017.
ANOTAÇÕES:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
6 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL
Com o surgimento e popularização das redes sociais e o uso cada vez maior da
internet para pesquisa e diversão, tornou-se imprescindível preparar o estudante e
conscientizá-lo da importância de escrever e se expressar bem. Um bom profissional deve
ter o estímulo de melhorar a forma como escreve e, para isso, deve ler muito, vários tipos de
literaturas.
6.1 Comunicação
Tome-se como exemplo: uma pessoa (emissor) tem uma ideia (significado) que
pretende comunicar. Para tanto, se vale de seu mecanismo vocal (codificador), que
expressa sua mensagem em palavras. Essa mensagem, veiculada pelo ar (canal), é
interpretada pela pessoa com a qual se comunica (receptor), após sua decifração por seu
mecanismo auditivo (descodificador). O receptor, após constatar que entendeu a
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1
160
6.2.1 Linguagem
6.2.2 Língua
É o tipo de código formado por palavras e leis combinatórias, por meio do qual as
pessoas se comunicam e interagem entre si.
Um dos traços de identificação de uma nação é a sua língua, que varia de acordo
com fatores diversos, tais como tempo, espaço, nível cultural e a situação em que um
indivíduo se manifesta verbalmente. Dito de outra forma, são as variações que uma língua
O emissor envia uma mensagem, que tanto pode ser visual quanto escrita, a um
receptor. O receptor recebe a mensagem e, geralmente, dá uma resposta ao emissor. A
necessidade de resposta faz parte do processo de comunicação entre os seres humanos,
pois quando uma pessoa envia a mensagem e não recebe a resposta do receptor, o processo
de comunicação não se completa (MONTEIRO & MONTEIRO, 2009).
A língua oral e a língua escrita têm propriedades distintas, que variam de acordo
com o indivíduo que a utiliza, levando-se em conta a influência da cultura e do meio social
em que este vive. Porém, ambas se completam em determinados aspectos. No momento em
que cada indivíduo consegue se comunicar, conforme suas particularidades, a linguagem
tem, então, a sua função exercida.
O falante não escreve do mesmo modo que fala. Enquanto fala, a linguagem
apresenta maior liberdade no discurso, uma vez que não exige planejamento, podendo ser
enfática, redundante, com variados timbres e entonações. Na língua oral, de modo geral, o
falante não se prende à norma culta.
A escrita, por sua vez, mantém contato indireto entre escritor e leitor. A linguagem
escrita é mais objetiva, portanto, necessita de grande atenção e obediência às normas
gramaticais, caracterizando-se, assim, por frases completas, bem elaboradas e revisadas,
explícitas, vocabulário distinto e variado, clareza no diálogo e uso de sinônimos. Devido a
estes traços, esta é uma linguagem conservadora aos padrões estabelecidos pelas regras
gramaticais.
Tanto por meio da língua oral como da língua escrita, o indivíduo participa
efetivamente do seu meio social, comunicando-se, buscando acesso à informação,
expressando e defendendo seus pontos de vista, dividindo e/ou construindo visões de
mundo, produzindo novos conhecimentos.
No que tange à linguagem escrita, além de esta ter como característica principal o
fato de ser, como ela própria se anuncia, escrita, reproduzida por textos, ela também
apresenta particularidades que a diferenciam da linguagem oral. A mais importante delas é a
correção gramatical, sobre a qual recaem a objetividade, a clareza e a coesão. Estas são
essenciais para que a comunicação ocorra, dado que emissor e receptor estão distantes,
podendo, inclusive, ser desconhecidos um do outro. Por isso a correção gramatical é tão
importante. Um texto apresentado de forma objetiva, com ideias claras, concisas é mais
facilmente compreendido pelo receptor e nele provocar o efeito desejado pelo emissor. A
produção do texto escrito se dá de forma coordenada, uma vez requer planejamento,
transformando sua estrutura sintática elegante, bem formada.
Uma diferença que chama atenção entre a linguagem oral e a escrita é que na
primeira as falas podem se apresentar fragmentadas, desordenadas, incompletas, enquanto
que na segunda isto não ocorre. Outra característica particular que as difere é que na
linguagem escrita o vocabulário é muito variado e essencialmente conservador e
dependente do grau do nível de formalismo.
Enfim, pode-se afirmar que a fala e a escrita são dois modos bem diferentes, e em
alguns momentos complementares, de o usuário representar as suas experiências
linguísticas.
Nota-se no texto ilustrado acima que o emissor emprega a primeira pessoa (eu):
(assisti, temia, tive, li...), aponta qualidades subjetivas, utilizando adjetivos (satisfação
imensa, críticas unânimes, fantástico...), advérbios (nunca me decepcionam), além de
recursos gráficos que indicam ênfase, ao utilizar ponto de exclamação (fantástico!). Destaca-
se aqui o ponto de vista do emissor, a sua percepção dos acontecimentos, característica da
função emotiva da linguagem.
Esta é a função da linguagem que aponta para o sentimento real das coisas. O texto
ilustrado pelo Quadro 2 (4) revelará as nuances características da função referencial.
RESERVA CULTURAL
[Autor anônimo]
Tipologia é a ciência que estuda os tipos. É muito utilizada para definir diferentes
categorias. No que diz respeito ao texto, a tipologia busca estudar as suas características,
sua composição, como ele vai ser apresentado no seu processo de criação, se por uma
narração, descrição, argumentação ou exposição, por exemplo. Quanto ao gênero textual,
este se refere às mais variadas formas de expressão de um texto.
O texto é uma unidade linguística concreta, percebida tanto pela audição, a fala,
quanto pela visão, a escrita, composto por unidade de sentido e intencionalidade
comunicativa. Há dois elementos essenciais que devem ser observados na produção
textual: a coesão – que diz respeito às articulações gramaticais existentes entre palavras,
orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto, que garantem sua conexão
sequencial; e a coerência – que é o resultado da articulação das ideias de um texto, a sua
estruturação lógica semântica, que permite que numa situação discursiva palavras e frases
componham um todo significativo para os interlocutores.
A descrição usa um tipo de texto em que se faz um retrato falado de uma pessoa,
animal, objeto ou lugar. A classe de palavras mais utilizada nesta produção é o adjetivo,
pela sua função caracterizadora, dando ao leitor uma grande riqueza de detalhes. A
descrição, ao contrário da narração, não supõe ação. É uma estrutura pictórica, em que os
aspectos sensoriais predominam. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior
em suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens, conforme permita sua
sensibilidade.
Esta é uma modalidade textual em que se conta um fato, fictício ou real, ocorrido
num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
pessoa mostra o que ele viu ou ouviu (narrador enquanto observador). Na narração
encontram-se, ainda, os personagens (principais ou secundários), o espaço (cenário) e o
tempo da narrativa.
Este tipo de texto indica como realizar uma determinada ação. Ele normalmente
pede, manda ou aconselha. Utiliza linguagem direta, objetiva e simples. Os verbos são, em
sua maioria, empregados no modo imperativo.
Cessão é o ato de ceder. Ex.: A cessão do terreno para a construção de uma creche
agradou a todos. Ele fez a cessão de seus direitos autorais àquela instituição; sessão é o
intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembleia. Ex.: A Câmara reuniu-se em
sessão extraordinária. Assistimos a uma sessão de cinema; e seção (ou secção) significa
parte de um todo, corte, subdivisão. Ex.: Compramos os presentes na seção de brinquedos.
Lemos na seção de Economia que a gasolina vai aumentar.
Onde/Aonde:
Emprega-se aonde com os verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a
‘para onde’. Ex.: Aonde você nos leva com tal rapidez? Aonde você vai com tanta pressa?
Caso o verbo não dê ideia de movimento, emprega-se onde. Ex.: Onde você mora? Não sei
onde encontrá-lo.
Mau/Mal:
Há/A/Ah:
Senão/Se não:
Senão equivale a ‘caso contrário’. Ex.: Devemos entregar o trabalho no prazo, senão
o contrato será cancelado. Espero que faça bom tempo amanhã, senão não poderemos ir à
praia. Existe também o substantivo ‘senão’, que significa mácula, defeito. Nesse caso, vem
precedido de artigo ou outro determinante. Ex.: Ele só tem um senão: não gosta de
trabalhar. Em relação a ‘se não’, equivale a caso não, se por acaso não: inicia orações
adverbiais condicionais. Ex.: A festa será amanhã à noite, se não ocorrer nenhum imprevisto.
Se não chover amanhã, poderemos ir à praia.
Ao invés de significa ‘ao contrário de’. Ex.: Ao invés do que previu a meteorologia,
choveu muito ontem. Em vez de significa ‘no lugar de’. Ex.: Em vez de jogar futebol,
preferimos ir ao cinema.
Ao encontro rege a preposição de e significa estar ‘a favor de’, ‘caminhar para’. Ex.:
Aquelas atitudes iam ao encontro do que eles pregavam. De encontro rege a preposição a e
significa ‘em sentido oposto’, ‘contra’. Ex.: Sua atitude veio de encontro ao que eu desejava:
meus planos foram por ‘água abaixo’.
Acerca de é uma locução prepositiva, que equivale a ‘a respeito de’. Ex.: Discutimos
acerca da melhor saída para o caso. Há cerca de é uma expressão em que o verbo haver
indica tempo transcorrido; equivale a ‘faz’. Ex.: Há cerca de uma semana, discutíamos a
melhor decisão a tomar.
A fim de/Afim:
A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade. Ex.: Ele saiu cedo, a fim de
não perder a carona. Afim é adjetivo e significa ‘semelhante’, que apresenta ‘afinidade’. Ex.:
O genro é um parente afim. Tratava-se de ideias afins.
Demais/De mais:
À-toa/À toa:
A par/Ao par:
Tampouco/Tão pouco:
Ter de indica obrigatoriedade. Ex.: Para ser aprovado, tenho de fazer o teste.
Ter que indica permissividade. Ex.: Tenho que ser eleito para ser respeitado (é uma
probabilidade, não uma imposição).
6.7 Pontuação
b) para isolar o aposto. Ex.: Rubem Braga, o maior cronista brasileiro, nasceu no
Espírito Santo.
c) para isolar o vocativo. Ex.: Joel, você acompanhou o processo?
d) para isolar adjuntos adverbiais deslocados. Ex.: O advogado analisou o
documento com muito cuidado. Com muito cuidado, o advogado analisou o
documento.
e) para indicar a elipse do verbo. Ex.: A igreja era grande e pobre. Os altares,
humildes.
f) para isolar determinadas expressões explicativas. Ex.: Os bombeiros salvaram
toda a família, isto é, o casal e os dois filhos.
a) entre o sujeito e o predicado. Ex.: A irmã de Maria não tinha interesse pelo
padeiro;
b) ente o verbo e o objeto (direto ou indireto);
c) ente o nome e seus adjuntos adnominais;
d) entre o nome e seu complemento nominal.
O ponto e vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco
mais breve que um ponto no texto (FERREIRA, 2007). É usado em 3 casos, conforme descrito
e exemplificado a seguir:
Em relação a dois pontos, estes são usados para iniciar citações, explicações,
esclarecimentos; para iniciar sequência de elementos discriminativos (enumerativos); no
discurso direto, caracterizando um diálogo (SIMÕES, 2012).
1) Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação
que devem preencher as lacunas da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é
a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter”.
a) vimos pela presente solicitar de V.Sas., que nos informe a situação econômica da firma em
questão;
b) cientificamo-lo de que na marcha do processo de restituição de suas contribuições,
verificou-se a ausência da declaração de beneficiários;
c) o Instituto de Previdência do Estado, vem solicitar de V.Sa. o preenchimento da
declaração;
d) encaminhamos a V.Sa., para o devido preenchimento, o formulário em anexo;
e) estamos remetendo em anexo, o formulário.
4) Assinale as frases em que as vírgulas estão incorretas:
5) Observe:
1) depois de muito pedir () obteve o que desejava;
2) se fosse em outras circunstâncias () teria dado tudo certo;
3) exigiam-me o que eu nunca tivera () uma boa educação;
a) I - IV
b) II - III
c) II - IV
d) I - II
e) I - III
6.8 Crase
Esta seção abordará o uso da crase. De acordo com Zambeli (2014), ocorre a crase
nas seguintes situações.
a) antes de nomes próprios femininos. Ex.: Entreguei o presente a Ana (ou à Ana);
b) antes de pronomes possessivos femininos adjetivos no singular. Ex.: Fiz alusão a
minha amiga (ou à minha amiga). Mas não fiz à sua;
c) depois da preposição ATÉ. Ex.: Fui até a escola (ou até à escola).
a) antes de palavras masculinas. Ex.: Ele saiu a pé. Só vendem a prazo nesta loja;
b) antes de verbos no infinitivo. Ex.: Estou disposto a colaborar com ele. Começou a
chover agora;
c) antes de artigo indefinido. Ex.: Fomos a uma lanchonete no centro. Encaminhou
o documento a uma gerente;
d) antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos. Ex.: Passamos os
dados do projeto a ela. Eles podem ir a qualquer restaurante. Refiro-me a esta
aluna;
e) antes de QUEM e CUJA. Ex.: A pessoa a quem me dirigi estava atrapalhada. O
restaurante a cuja dona me referi é ótimo;
f) depois de preposição. Ex.: Eles foram para a praia. Estava perante a juíza;
g) quando o “A” estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
Ex.: Refiro-me a pessoas que são competentes;
h) em locuções formadas pela mesma palavra: cara a cara, lado a lado, face a face,
passo a passo, frente a frente, dia a dia, etc. Ex.: Tomei o remédio gota a gota;
i) antes de pronomes de tratamento iniciados por SUA ou VOSSA. Ex.: Enderecei a
correspondência a SUA SENHORIA.
a) Estou ____ procura de alguns amigos de infância que não vejo há anos.
b) Voltei ____ colégio depois de ter passado por tantas privações.
c) Gostei muito do frango ____ milanesa que degustamos hoje no almoço.
d) Quando vamos ____ fazenda, adoro andar ____ cavalo e ____ pé. Esta atividade é uma
ótima alternativa para aliviar ____ tensões.
e) Os sapatos ____ moda Luís XV fizeram parte do passado de muitas mulheres.
3) Assinale a frase onde a crase foi empregada incorretamente:
4) Complete as lacunas corretamente: "Ontem, assisti ___ filme com meu namorado, depois
fomos ___ lanchonete e pedimos dois lanches. Não ficamos ___ vontade quando o
garçom ficou nos rodeando enquanto olhávamos o menu, então desistimos e fomos
embora, para jantar em outro local. O problema era que ___ era ___ única lanchonete
aberta, então voltamos para minha casa e pedimos uma pizza".
a) aquele - a - à - àquela – a
b) àquele - à - há - aquela – a
c) àquele - à - à - aquela – a
d) aquele - a - há - àquela - a
Palavras proparoxítonas:
Palavras paroxítonas:
Palavras oxítonas:
Hiato:
Ditongos abertos:
Acentuam-se os ditongos tônicos e abertos ÉI, ÓI, ÉU. Ex.: anzóis – chapéu – troféu
– lençóis – pincéis. De acordo com a nova regra, o acento agudo foi eliminado nos ditongos
abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, tais como assembleia, boleia, epopeia, ideia,
jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia.
Trema:
Acento diferencial:
1) (Fac. Med. Itajubá) Os dois vocábulos de cada item devem ser acentuados graficamente,
exceto:
a) herbivoro – ridiculo
b) logaritmo – bambu
c) miudo – sacrificio
d) caranauba – germen
e) Biblia – hieroglifo
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Quando o adjetivo vier antes de dois ou mais substantivos, concorda com o mais
próximo. Ex.: Mau lugar e hora; Má hora e lugar.
a) como regra geral, com elementos coordenados de terceira pessoa, o verbo vai
para o plural (Água, luz e telefone terão aumento de tarifa no próximo
semestre);
b) se formado por palavras sinônimas, o verbo vai para o plural ou concorda com o
núcleo mais próximo (Desânimo e tristeza caracteriza/caracterizam aquele
paciente);
c) se formado por palavras em gradação ou numeração, idem alínea b) (Um mês,
um ano, uma década de ditadura não calou/calaram o povo brasileiro);
d) quando formado por pessoas gramaticais diferentes: eu+tu+ele, o verbo vai para
a 1ª pessoa do plural (Eu, tu e ele chegaremos primeiro à escola); eu+tu ou
eu+ele, o verbo vai para a 1ª pessoa do plural (Eu e tu vamos ao cinema; Eu e ele
vamos ao cinema); tu+ele, o verbo vai para a 2ª ou 3ª pessoa do plural (Tu e ele
voltareis logo a São Paulo; Tu e ele voltarão logo a São Paulo);
e) quando seguido de ‘tudo’, ‘nada’, ‘ninguém’, ‘nenhum’, ‘cada um’, significa um
aposto resumidor, com o verbo colocado no singular (Desvios, fraudes, roubos,
tudo acontecia naquela repartição).
a) como regra geral, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais
próximo (Acertaram-lhe a alma a lança e a espada; Acertou-lhe a alma a lança e a
espada);
b) quando a ação for reflexiva, o verbo vai para o plural (Deram-se as mãos a
tristeza e a saudade);
c) quando os sujeitos são ligados por ‘com’ (equivalendo a ‘e’) e a ação verbal é
atribuída a todos os elementos, o verbo vai para o plural (O diretor com os
coordenadores do curso elaboraram o conteúdo programático);
d) quando os sujeitos são ligados por ‘com’ (equivalendo a ‘em companhia de’),
realçando com a ação verbal do antecedente, o verbo concorda com este (O
diretor, com todos os professores, resolveu alterar as matrizes curriculares);
e) no caso dos sujeitos ligados por ‘nem’, o verbo vai para o plural (Nem Maria nem
Marta chegaram mais cedo).
a) anexas-possíveis - meio;
b) anexas-possível - meio;
c) anexo-possíveis - meia;
d) anexo-possível - meio;
e) anexo-possível - meia.
Ler é uma atividade muito além da simples interpretação dos símbolos gráficos, pois
exige que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e
incorporando-o a sua bagagem pessoal. É necessário que haja maturidade para a
compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado na
memória, sem uso. Há etapas ou níveis em toda leitura: Primeiro nível (é preciso ter um bom
domínio da língua), segundo nível (é a pré-leitura ou leitura superficial, podendo aplicar a
técnica da leitura dinâmica), terceiro nível (leitura analítica e efetiva, onde o livro será lido
até o fim), quarto nível (nível de controle, ou seja, acabar com qualquer dúvida que tenha
ficado da leitura, como significados de palavras, e destacar pontos importantes), quinto nível
(etapa de repetição aplicada; momento de associar o assunto lido com alguma experiência já
vivida, fazer um resumo ou tentar exemplificá-lo com algo concreto, como se fosse um
professor e o estivesse ensinando para uma turma de alunos interessados) (CTPAC, 2014).
Existem vários procedimentos que podem ser adotados para tirar o maior
rendimento possível da leitura de um texto. Para uma leitura proveitosa, além do
conhecimento linguístico propriamente dito, é necessário também um repertório de
informações exteriores ao texto, o que se costuma chamar de conhecimento de mundo
(CTPAC, 2014).
Uma maneira para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três
questões básicas: a) Qual é a questão de que o texto está tratando? O leitor será obrigado a
distinguir as questões em torno da qual gira o texto inteiro. b) Qual é a opinião do autor
sobre a questão posta em discussão? Pelo texto aparecem vários indicadores da opinião de
quem escreve, portanto não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura
desatenta e dispersiva. c) Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a
opinião dada? Argumento é todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor
de que ele está falando a verdade (CTPAC, 2014).
Dez mandamentos para que sua redação surpreenda o leitor (CORREIA, 2013):
REFERÊNCIAS
FAULSTICH, E. L. Como ler, entender e redigir um texto. 20 ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
FERREIRA, M. Aprender e praticar gramática. Edição renovada. São Paulo: FTD, 2007.
MARTINS, D. S.; ZILBERKNOP, L. S. Português Instrumental. 28ª ed. São Paulo. Atlas, 2009.
SIMÕES, S. A pontuação sem segredo. Série palavra final, v.9. Universidade Nove de Julho
(Uninove), 2012.
ANOTAÇÕES: ____________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
7 BIOSSEGURANÇA
7.2.1 Antissepsia
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde (1997), a antissepsia das mãos também
pode ser feita com preparações alcóolicas e tem a finalidade de reduzir a carga microbiana
das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução
alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão
quando as mãos não estiverem visivelmente sujas, a duração do procedimento é de
aproximadamente 20 a 30 segundos.
7.2.2 Assepsia
7.2.3 Descontaminação
7.2.4 Desinfecção
a) o artigo esteja bem limpo, pois a presença de matéria orgânica reduz ou inativa a
ação do desinfetante;
b) esteja seco, para não alterar a concentração do desinfetante; que esteja
totalmente imerso na solução, sem a presença de bolhas de ar;
c) o tempo de exposição recomendado seja respeitado; e,
d) durante o processo o recipiente seja mantido tampado e o produto esteja dentro
do prazo de validade (CIEP, 2015).
7.2.5 Esterilização
Físicos:
Químicos:
Luvas:
De acordo com Mastroeni (2006), as luvas são usadas como barreira de proteção,
prevenindo contra contaminação das mãos durante a manipulação de material
contaminado, reduzindo a probabilidade de que microrganismos presentes nas mãos sejam
transmitidos durante os procedimentos.
O uso de luvas não substitui a necessidade da lavagem das mãos, visto que elas
podem ter pequenos orifícios não aparente ou se danificarem durante o uso, podendo
contaminar as mãos quando removidas.
Usar luvas de látex sempre que houver chance de contato com sangue, fluídos do
corpo, dejetos, trabalho com microrganismos e animais de laboratório;
Usar luvas de PVC para manuseio de citostáticos (mais resistentes, porém menos
sensibilidade);
Lavar instrumentos, roupas, superfícies de trabalho sempre usando luvas;
Não usar luvas fora da área de trabalho, não abrir portas, não atender telefone;
Luvas (de borracha) usadas para limpeza devem permanecer 12 horas em solução
de Hipoclorito de Sódio a 0,1% (1g/l de cloro livre = 1000 ppm). Verificar a
integridade das luvas após a desinfecção;
Nunca reutilizar as luvas nem descartá-las de forma segura.
Jaleco:
Os jalecos, em seus variados tipos, são usados para fornecer uma barreira de
proteção e reduzir a oportunidade de transmissão de microrganismos. Previnem a
contaminação das roupas do pessoal, protegendo a pele da exposição a sangue e fluidos
corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectado (MASTROENI, 2006). São de uso
constante nos laboratórios e constituem uma proteção para o profissional.
Cabines de segurança:
Chuveiro de emergência:
Lava olhos:
Manta ou cobertor:
Vaso de areia:
Utiliza o CO2 como propulsor. É usado em papel, tecido e madeira. Não usar em
eletricidade, líquidos inflamáveis, metais em ignição.
Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem
elétrica.
Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade.
Mangueira de incêndio:
De acordo com Mota; Rezende (2013), qualquer fator que coloque o trabalhador
em situação de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral é considerado
risco de acidente. As autoras descrevem como exemplos de risco de acidente: as máquinas e
equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico
inadequado, armazenamento inadequado, etc., os quais serão descritos a seguir.
Os agentes de risco físico são, de acordo com as autoras (Op. Cit.), as diversas
formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído,
vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, ultrassom, materiais cortantes e pontiagudos, etc.
Mota; Rezende (2013, pp. 2-3) consideram agentes de risco biológico as bactérias,
fungos, parasitos, vírus, entre outros. De acordo com as autoras, observam-se a seguir a
Hirata et al. (2011) afirma que, para manipulação dos microrganismos pertencentes
a cada uma das quatro classes de risco, devem ser atendidos alguns requisitos de segurança,
conforme o nível de contenção necessário, conforme descrito a seguir.
Nível 1:
Este primeiro de concentração nível se aplica aos laboratórios de ensino básico, nos
quais são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco I. Não é requerida
nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial, funcional e a
adoção de boas práticas laboratoriais.
Nível 2:
Nível 3:
Nível 4:
De acordo com Hirata et al. (2011), os mapas de risco são representações gráficas
do mapeamento de riscos ambientais. Trata-se de um levantamento dos locais de trabalho
apontando os riscos que são sentidos e observados pelos próprios trabalhadores de acordo
com a sua sensibilidade. Os mapas de risco são representados graficamente por meio de
círculos de cores e tamanhos proporcionalmente diferentes (riscos pequeno médio e
grande), sobre o layout da empresa e deve ficar afixado em local visível a todos os
trabalhadores, como ilustram as Figuras 2, 3 e 4 (4) a seguir.
De acordo com o Manual da Anvisa (BRASIL, 2006), observa-se que resíduos sólidos
e lixo são termos utilizados de forma distinta por autores diversos, mas na linguagem
cotidiana o termo resíduo é pouco utilizado. Na linguagem cotidiana, utiliza-se o termo lixo
para designar tudo aquilo que não tem mais utilidade, enquanto resíduo designa sobra
(refugo) do beneficiamento de produtos industrializados. “De acordo com o dicionário da
língua portuguesa, lixo é aquilo que se varre de casa, do jardim, da rua, e se joga fora. Coisas
inúteis, velhas, sem valor. Resíduo é aquilo que resta de qualquer substância, resto”
(FERREIRA, 1988 apud BRASIL, 2006).
De acordo com a definição acima, salienta-se que, quando se fala em resíduo sólido,
nem sempre se refere ao seu estado sólido. Neste sentido, observa-se a seguir a classificação
de resíduos sólidos.
1) O transporte dos recipientes deve ser realizado sem esforço excessivo ou risco de
acidente para o funcionário.
2) Os procedimentos devem ser realizados de forma a não permitir o rompimento
dos recipientes. No caso de acidente ou derramamento, deve-se imediatamente
realizar a limpeza e desinfecção simultânea do local, e notificar a chefia da
unidade.
Quanto ao abrigo dos resíduos dos serviços de saúde, de acordo com as Resoluções
RDC – ANVISA nº 306/2004, CONAMA nº 358/2004 e normas pertinentes da ABNT e do
município sede do estabelecimento, devem ser observados os seguintes procedimentos:
1) O abrigo de resíduos deve ser constituído de um local fechado, ser exclusivo para
guarda temporária de resíduos de serviços de saúde, devidamente
acondicionados em recipientes.
2) As dimensões do abrigo devem ser suficientes para armazenar a produção de
resíduos de até três dias, sem empilhamento dos recipientes acima de 1,20 m.
3) O piso, paredes, porta e teto devem ser de material liso, impermeável, lavável e
de cor branca.
4) A porta deve ostentar o símbolo de substância infectante.
5) O abrigo de resíduo deve ser higienizado após a coleta externa ou sempre que
ocorrer derramamento.
No campo da saúde, a década de 1970 foi marcada pelo êxito nas campanhas de
vacinação contra a varíola, tendo seu último caso notificado em 1971, no Brasil, e em 1977
na Somália, caracterizando a erradicação no mundo.
Autores como Silva et al. (2013) definem Boas Práticas de Laboratório (BPL) como o
conjunto de normas voltadas à organização e às condições sob as quais estudos em
laboratórios e/ou campo são planejados, realizados, monitorados, registrados e relatados. O
seu princípio é a fixação de padrões mínimos para um laboratório funcionar adequadamente
visando o homem/vegetais/animais e o meio ambiente.
6- Garantia da qualidade;
7- Delegação;
8- Gerência de processos;
9- Disseminação de informações;
10- Não aceitação de erros.
O autor (Op. Cit.) afirma ainda que transcrever as tarefas rotineiras que todos
fazemos mecanicamente para uma folha de papel nem sempre é uma tarefa fácil, talvez seja
um pouco cansativa, mas importante tomar os seguintes cuidados.
Nome do laboratório;
Título;
Identificação, assinatura e data da elaboração, revisão e aprovação do POP;
Número da versão atual;
Número do documento;
Paginação;
Abrangência, distribuição;
Números de cópias. Se o POP for um procedimento analítico, este ainda deverá
conter (quando aplicável):
Princípio do teste;
Aplicação clínica;
Amostra analisada (tipo de amostra e suas condições necessárias);
Padrões, controles, reativos e outros insumos;
Equipamentos (uso, calibração e manutenção preventiva);
Passo a passo do ensaio (fase analítica detalhada);
Cálculos (quando aplicável: Conversão de unidades ou aplicação de fatores);
Controle da Qualidade (externo e interno com periodicidade e faixa de aceitação
de valores);
Interferentes e reações cruzadas;
Valores de referência (referentes à população atendida); -Linearidade, limites de
detecção e limitações do método (que deverão estar congruentes com as
necessidades do usuário: Sensibilidade, robustez contra fatores externos,
incertezas de medição, etc.);
Interpretação dos resultados;
Referências bibliográficas (fontes dos dados obtidos no procedimento).
São os critérios que o laboratório deverá ter para aceitar amostras que não estão
em suas condições ideais especificadas. Porém, em condições de análise, a natureza deste
desvio deverá constar no laudo final de ensaio e requerendo cuidados para sua
interpretação clínica, quando aplicável.
Este procedimento define a forma com a qual amostra deverá ser manuseada por
todos aqueles que tenham contato direto com ela, de forma a não alterá-la fisicamente e
nem perder suas características mensuráveis:
No caso da análise das amostras, o POP analítico define o passo a passo do ensaio.
Detalhado e com uma linguagem simples e objetiva, pode conter figuras e fluxogramas de
fácil entendimento e de melhor memorização da equipe.
REFERÊNCIAS
TEIXEIRA, P. & VALLE, S. Biossegurança: uma abordagem multidisciplinar. Rio de Janeiro: Ed.
FIOCRUZ, 1996.
ANOTAÇÕES: ____________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
8 SAÚDE COLETIVA
CAPÍTULO I
DA ATENÇÃO BÁSICA
Os municípios e o Distrito Federal, como gestores dos sistemas locais de saúde, são
responsáveis pelo cumprimento dos princípios da Atenção Básica, pela organização e
execução das ações em seu território.
VII - programar as ações da Atenção Básica a partir de sua base territorial, utilizando
instrumento de programação nacional ou correspondente local;
VIII - alimentar as bases de dados nacionais com os dados produzidos pelo sistema
de saúde municipal, mantendo atualizado o cadastro de profissionais, de serviços e de
estabelecimentos ambulatoriais, públicos e privados, sob sua gestão;
XIV - consolidar e analisar os dados de interesse das equipes locais, das equipes
regionais e da gestão municipal, disponíveis nos sistemas de informação, divulgando os
resultados obtidos;
XVI - verificar a qualidade e a consistência dos dados enviados pelos municípios por
meio dos sistemas informatizados, retornando informações aos gestores municipais;
III - prestar assessoria técnica aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios no
São itens necessários à realização das ações de Atenção Básica nos municípios e no
Distrito Federal:
V - área de recepção, local para arquivos e registros, uma sala de cuidados básicos
de enfermagem, uma sala de vacina e sanitários, por unidade;
Para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da Família em grandes centros
urbanos, recomenda-se o parâmetro de uma UBS para até 30 mil habitantes, localizada
dentro do território pelo qual tem responsabilidade sanitária, garantindo os princípios da
Atenção Básica.
A parte fixa (PAB fixo) é destinada a todos os municípios e a parte variável (PAB
variável) que consiste em recursos financeiros destinados a estimular a implantação das
Módulo 1 Técnico em Farmácia
231
O número máximo de ESF pelas quais o município e o Distrito Federal podem fazer
jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula:
população / 2400. A fonte de dados populacionais a ser utilizada para o cálculo será a
mesma vigente para cálculo da parte fixa do PAB.
Com relação aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) os valores dos incentivos
financeiros para as equipes de ACS implantadas são transferidos a cada mês, tendo como
base o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), registrados no cadastro de equipes
e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB, na respectiva
competência financeira.
O número máximo de ACS pelos quais o município e o Distrito Federal podem fazer
jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula:
população IBGE/ 400. Para municípios dos estados da Região Norte, Maranhão e Mato
Grosso, a fórmula será: população IBGE da área urbana / 400 + população da área rural
IBGE/ 280.
Quanto as Equipes de Saúde Bucal (ESB) os valores dos incentivos financeiros para
as Equipes de Saúde Bucal implantadas serão transferidos a cada mês, tendo como base o
número de Equipes de Saúde Bucal (ESB) registrados no cadastro de Equipes e profissionais
do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB, na respectiva competência financeira.
I - Não houver alimentação regular, por parte dos municípios e do Distrito Federal,
dos bancos de dados nacionais de informação, a saber:
PRINCÍPIOS GERAIS
IV - definição das microáreas sob responsabilidade de cada ACS, cuja população não
deve ser superior a 750 pessoas; e
destas doenças, que hoje ocorrem em proporção ínfima quando em comparação com
algumas décadas atrás, não significa que foram todas erradicadas. Essa é uma falsa
percepção e uma expectativa irrealizável, pelo menos em curto prazo e com os meios
tecnológicos atualmente disponíveis.
Difteria:
Coqueluche:
Tétano:
O tétano é uma doença transmissível, não contagiosa, que apresenta duas formas
de ocorrência: acidental e neonatal. A primeira forma geralmente acomete pessoas que
entram em contato com o bacilo tetânico ao manusearem o solo ou através de ferimentos
ou lesões ocorridas por materiais contaminados, em ferimentos na pele ou mucosa. O
tétano neonatal é causado pela contaminação durante a secção do cordão umbilical pelo
uso de instrumentos esterilizados inadequadamente; pelo uso de substâncias contaminadas
no coto umbilical como teia de aranha, pó de café, fumo, esterco.
As mortes pelo tétano acidental acompanham uma tendência declinante, das 713
ocorrências anuais registradas em 1982, para menos de 300 desde 1998. Tal enfermidade
apresenta uma letalidade média de 70%, o que implica em um impacto importante na
mortalidade infantil neonatal.
O tétano acidental pode ser evitado pelo uso da vacina DPT na infância e com a
vacina dupla adulto (dT) em adultos, além dos reforços a cada dez anos para quem já tem o
esquema completo. Outra medida importante é a adoção de procedimentos adequados de
limpeza e desinfecção de ferimentos ou lesão suspeita para tétano, nas unidades de saúde.
Com relação ao tétano neonatal pode ser evitado principalmente por meio da vacinação das
gestantes durante o pré-natal.
Poliomielite:
A poliomielite responsável pela paralisia infantil, doença que pode deixar sequelas
graves e levar ao óbito, chegou a acometer 3.596 crianças no ano de 1975. A intensificação
da vigilância e ações de controle, particularmente a ampliação da vacinação de rotina e a
introdução das Campanhas Nacionais de Vacinação diminuíram o número de casos
confirmados nos anos de 1987 e 1988, sendo em 1989 notificado o último caso com
isolamento do poliovírus selvagem no país, sendo erradicado em 1994 no Brasil.
Sarampo:
que todos os municípios atinjam a cobertura vacinal adequada na rotina, de 95% nas
crianças de um ano de idade.
Rubéola:
Raiva Humana:
Nas duas últimas décadas houve uma redução significativa no número de casos
humanos registrados por ano, caindo de 173, em 1980, para 17 casos em 2003, tendo o cão
como o principal transmissor da doença. Atualmente esses casos estão concentrados
principalmente na Região Norte e Nordeste.
Doença de Chagas:
Hanseníase:
Febre Tifoide:
infecção ou vacinação não é definitiva e a vacina não apresenta efetividade para o controle
de surtos.
Oncocercose:
Filariose:
Peste:
por essa doença praticamente inexiste atualmente no país, com apenas um óbito registrado
em toda a década de 90.
Malária:
Acometia cerca de seis milhões de brasileiros por ano na década de 40, em todas as
regiões. As mudanças sociais ocorridas e o intenso trabalho de controle desenvolvido por
meio da Campanha de Erradicação da Malária possibilitaram o relativo controle da doença,
que passou a apresentar uma ocorrência de menos de 100 mil casos anuais e restringindo-se
a Amazônia Legal que responde por mais de 99% dos casos registrados no País.
Tuberculose:
O Brasil ocupa a 18ª posição entre os 22 países responsáveis por 80% dos casos de
TB no mundo e contempla 35% dos casos notificados na Região das Américas de acordo com
a Organização Mundial de Saúde em 2009. Dentre as doenças infecciosas e parasitárias, a
tuberculose de vias respiratórias é a maior causa de morte entre os idosos recifenses. Em
2010, PE apresentou 5.048 casos, Recife 2.506 (49,6% dos casos de PE). Caracterizando-se
assim, como uma doença negligenciada.
A tuberculose tem sido objeto de ações e investimentos recentes do Ministério da
Saúde e demais instâncias do Sistema Único de Saúde - SUS, com o intuito de garantir a
continuidade do tratamento e ampliar a capacidade de detecção de novos casos e aumentar
o percentual de cura.
Meningites:
fungos e protozoários.
Para a saúde pública são relevantes as meningites infecciosas, causadas por agentes
etiológicos transmissíveis. O quadro clínico da doença pode variar de acordo com a etiologia,
mas em geral a doença é grave e pode evoluir para óbito.
A LTA por ser uma doença que apresenta grande diversidade e constantes
mudanças nos padrões epidemiológicos de transmissão, em virtude das diferentes espécies
de vetores, reservatórios e agentes etiológicos, associados à ação do homem sobre o meio
ambiente, dificulta as ações de controle da mesma.
Por causa da última epidemia ocorrida em Minas Gerais no ano de 2003, foi
definida uma área indene de risco potencial para circulação viral, que compreende os
municípios do sul de Minas Gerais e da Bahia e a região centro-norte do Espírito Santo. Em
2003, foram registrados 64 casos da doença com 23 óbitos. O surto de Minas Gerais foi
responsável por 58 desse total de casos e por 75% de todos os óbitos do período (21 óbitos).
Os demais casos de febre amarela foram registrados em Mato Grosso (n= 5) e Pará (n=1).
Hepatites:
Leptospirose:
Esquistossomose:
Nos últimos 20 anos o percentual tem situado entre 5,5 a 11,6% da população
examinada. Os Estados de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Paraíba e Minas Gerais,
possuem os maiores percentuais da doença. A tendência histórica para estes indicadores
aponta para uma redução na morbidade e mortalidade por formas graves pela doença, para
o país como um todo. Entretanto, nas áreas endêmicas da região Nordeste do Brasil, a
ocorrência da forma hepatoesplênica, que pode levar ao óbito por hemorragia digestiva,
ainda representa um importante problema de saúde.
Aids:
Tal crescimento pode estar relacionado com o início precoce da atividade sexual em
relação aos adolescentes do sexo masculino, normalmente os homens com maior
experiência sexual são mais expostos aos riscos de contaminação por doenças sexualmente
transmissíveis (DST) e AIDS.
Cólera:
consumo humano.
Dengue:
Tal doença é responsável por uma das maiores campanhas de saúde pública
realizadas no país. O mosquito transmissor da doença que havia sido erradicado de diversos
países do continente americano nas décadas de 50 e 60, retornou na década de 70, devido
aos erros da vigilância epidemiológica, mudanças sociais e ambientais como consequência
de uma urbanização acelerada da época.
Outro fator, contudo, poderá piorar esse cenário com a entrada em circulação de
um novo tipo do vírus da dengue, o DENV-4. Com isso, o Ministério da Saúde, através da
Secretaria de Vigilância em Saúde junto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde
vem executando um conjunto de ações com o aumento da intensificação das ações de
combate ao vetor, fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica , integração das
ações de vigilância e de educação sanitária com o Programa de Saúde da Família e de
Agentes Comunitários de Saúde e uma forte campanha de mobilização social e de
informação para garantir a efetiva participação da população.
Hantaviroses:
8.7.1 Hanseníase
No Brasil, cerca de 47.000 casos novos são detectados a cada ano, sendo 8% deles
em menores de 15 anos. A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento
científico modificaram significativamente o quadro da hanseníase, que atualmente tem
tratamento e cura, contudo ainda há uma necessidade de esforços para um plano de
intensificação das ações de eliminação e de vigilância.
Agente Etiológico:
Modo de Transmissão:
Aspectos Clínicos:
Os locais do corpo com maior predisposição para o surgimento das manchas são as
mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas. Vale ressaltar que de acordo com o Ministério da
Saúde em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
Diagnóstico:
Um caso de hanseníase é uma pessoa que apresenta uma ou mais de uma das
seguintes características e que requer quimioterapia: lesão (ões) de pele com alteração de
sensibilidade; acometimento de nervo(s) com espessamento neural; baciloscopia positiva.
Com relação a alta por cura, essa é dada após a administração do número de doses
preconizadas pelo esquema terapêutico. Ressaltando que regularidade do tratamento
somatizado com início mais precoce do mesmo, levariam a cura da hanseníase de modo
mais rápido e seguro.
8.7.2. Tuberculose
Agente Etiológico:
Modo de Transmissão:
com AIDS, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes,
alcoólatras, viciados em drogas e fumantes possuem uma maior predisposição para contrair
a tuberculose.
Aspectos Clínicos:
Diagnóstico:
Tratamento:
Indicações:
Observação – Entende-se por caso novo todo paciente que nunca usou ou usou por
menos de 30 dias medicamentos antituberculose.
Módulo 1 Técnico em Farmácia
259
Indicação:
O controle da HAS reside na redução das suas complicações, tais como: doença
cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, doença renal crônica,
doença arterial periférica.
O diabetes por sua vez, atinge todas as faixas etárias sem distinção de raça, sexo ou
condições socioeconômicas. Na população adulta, sua prevalência é de 7,6%. Podendo levar
o indivíduo à invalidez parcial ou total com repercussões para o paciente, sua família e
sociedade. O diagnóstico precoce evita complicações e retardam a progressão das perdas
existentes. A possibilidade de associação das duas doenças é da ordem de 50%, o que
requer, na grande maioria dos casos, o manejo das duas patologias num mesmo paciente.
Com o intuito de diminuir gastos aos cofres públicos e prevenção dos danos à saúde
do cidadão, o Ministério da Saúde junto às sociedades científicas (Cardiologia, Diabetes,
Hipertensão e Nefrologia), as federações nacionais dos portadores de diabetes e de
hipertensão, as secretarias estaduais de saúde, através do Conass, e as secretarias
municipais de saúde, através do Conasems, criou o Plano de Reorganização da Atenção à
Hipertensão Arterial e ao Diabetes mellitus. Visando o vínculo dos portadores desses agravos
às unidades de saúde, garantindo o acompanhamento e tratamento sistemático, mediante
ações de capacitação dos profissionais e reorganização dos serviços.
8.8.1 Hipertensão
A pressão arterial de um indivíduo adulto que não esteja em uso de medicação anti-
hipertensiva e sem comorbidades associadas é considerada normal quando a PAS é < 130
mmHg e a PAD < 85 mmHg. Níveis de PAS entre 130 e 139 mmHg e/ou de PAD entre 85 e 89
mmHg são considerados limítrofes.
Classificação:
▪ DM tipo 1:
Características Clínicas:
▪ DM tipo 2:
Características Clínicas:
Poliúria/nictúria.
Polidipsia/boca seca.
Polifagia.
Emagrecimento rápido.
Fraqueza / astenia / letargia.
Prurido vulvar ou balanopostite.
Diminuição brusca da acuidade visual.
Achado de hiperglicemia ou glicosúria em exames de rotina.
Sinais ou sintomas relacionados às complicações do DM: proteinúria, neuropatia
periférica, retinopatia, ulcerações crônicas nos pés, doença vascular
aterosclerótica, impotência sexual, paralisia oculomotora, infecções urinárias ou
cutâneas de repetição, etc.
Histórico prévio de hiperglicemia e/ou glicosúria.
Diabetes gestacional:
Diagnóstico Laboratorial:
Glicemia de jejum:
Idade do paciente;
Presença de outras doenças;
Capacidade de percepção da hipoglicemia;
Módulo 1 Técnico em Farmácia
265
Classes de anti-hipertensivos:
rede privada, chamada de “Aqui tem Farmácia Popular”. Abaixo, estão listados os princípios
ativos dos medicamentos contra hipertensão e diabetes que passaram a ser oferecidos
gratuitamente nos estabelecimentos credenciados ao Aqui Tem Farmácia Popular:
Captopril 25 mg – comprimido.
Maleato de enalapril 10 mg – comprimido.
Cloridrato de propranolol 40 mg – comprimido.
Atenolol 25 mg – comprimido.
Hidroclorotiazida 25 mg – comprimido.
Losartana Potássica 50 mg – comprimido.
Outras variáveis como raça, etnia e situação de pobreza realçam ainda mais as
desigualdades. As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais
frequentemente. Possui uma maior vulnerabilidade diante de certas doenças e causa de
morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade do que com
fatores biológicos. Os indicadores epidemiológicos do Brasil mostram uma realidade na qual
convivem doenças dos países desenvolvidos (cardiovasculares e crônico-degenerativas) com
aquelas típicas do mundo subdesenvolvido (mortalidade materna e desnutrição).
institucional contra as mulheres nos serviços de saúde. Violência que pode traduzir-se no
retardo do atendimento, na falta de interesse das equipes em escutar e orientar as mulheres
ou mesmo na discriminação explícita com palavras e atitudes condenatórias e
preconceituosas. Pela representação simbólica da maternidade, como essência da condição
idealizada do ser mulher e da realização feminina, o aborto pode sugerir uma recusa da
maternidade e por isso pode ser recebido com muitas restrições por parte dos profissionais
de saúde. Considerando que nem todas as mulheres buscam os serviços de saúde por
ocasião de um aborto, portanto supõe-se que os registros do SUS não retratam a realidade
brasileira.
Com relação aos métodos contraceptivos se observou que existe uma concentração
no uso de dois métodos: a laqueadura tubária e a pílula (40% e 21%, respectivamente). A
prevalência da ligadura tubária é maior nas regiões onde as mulheres têm menor
escolaridade e condições socioeconômicas mais precárias segundo uma Pesquisa Nacional
sobre Demografia e Saúde.
localidades, com maior prejuízo para as mulheres oriundas das camadas mais pobres e das
áreas rurais. Poucos serviços oferecem atenção à saúde sexual e reprodutiva dos
adolescentes. A gravidez na adolescência vem sendo motivo de discussões controvertidas.
Enquanto existe uma redução da taxa de fecundidade total, a fecundidade no grupo de 15 a
19 anos de idade vem aumentando. Esse aumento se verifica mais nas regiões mais pobres,
áreas rurais e na população com menor escolaridade.
Os danos mais graves à saúde causados pelas DST, excetuando-se o HIV, tendem a
ocorrer em mulheres e em recém-nascidos. As complicações nas mulheres incluem a doença
inflamatória pélvica (DIP), tendo como consequência a infertilidade, a dor crônica, à gravidez
ectópica, podendo causar a mortalidade materna associada e o câncer de colo uterino, pela
estreita correlação dessa patologia com alguns subtipos do HPV e com a imunodeficiência
promovida pela infecção por HIV.
Considerando-se que São Paulo concentra a maior parte dos serviços de referência
no Brasil, esses percentuais indicam pouca divulgação e dificuldades de acesso aos serviços.
saúde...” (art.4.º). No seu Título II, fixa o direito à maternidade segura e ao acesso universal
e igualitário aos serviços do SUS. Nesse âmbito, a Lei n.º 9.263, de 12 de janeiro de 1996,
assegura o planejamento familiar como um direito de todo o cidadão, inclusive os
adolescentes.
Existe na nossa sociedade uma discriminação sistemática contra as pessoas por sua
idade cronológica. No caso das mulheres, essa discriminação é mais evidente e acontece não
só em relação ao corpo físico, pela supervalorização da maternidade em relação a outras
capacidades e pelo mito da eterna juventude – como a outros aspectos da vida. Numa
sociedade patriarcal, em que juventude e beleza são relacionadas ao sucesso, entrar na
“meia idade” pode trazer, para muitas mulheres, a impressão de que “tudo acabou”.
Outras causas de internações que vêm aumentando são aquelas motivadas pelos
transtornos mentais e/ou comportamentais devido ao uso de substâncias psicoativas. Os
transtornos mentais e comportamentais associados ao puerpério, a pesquisa realizada por
Laurenti (2002) encontrou 97 mortes por suicídio associado à depressão, inclusive
relacionada ao pós-parto. É necessário intervir no modelo vigente de atenção à saúde
mental das mulheres, visando a propiciar um atendimento mais justo, mais humano,
eficiente e eficaz, em que a integralidade e as questões de gênero sejam incorporadas como
referências na formação dos profissionais que atendem a esse grupo populacional e podem
intervir positivamente nessa realidade.
Objetivo Geral:
c) Programas de saúde específicos para a faixa etária escolar devem ser garantidos
Autores relatam que entre os anos de 2000 a 2010 o Brasil se encontra no melhor
momento para se investir na juventude como integrante e sujeito da aceleração do
crescimento econômico nacional. Porém, vale ressaltar que são esses mesmos jovens que
estão expostos às mais elevadas taxas de mortalidade por causas externas. E, além disso, é a
fecundidade das mulheres nessa faixa etária que, atualmente, mais tem contribuído para o
nível geral prevalecente no Brasil o que aumentam a necessidade de acesso aos serviços de
saúde que os acolham em suas necessidades e demandas específicas e que sejam enérgicos
Escolaridade:
O Trabalho:
Programa de DST/AIDS:
As DST são transmitidas de um corpo ao outro pelo contato sexual, através dos
líquidos vaginais e espermas que são trocados durante as relações sexuais. Também é a
principal via de transmissão do vírus da AIDS, imunodeficiência humana, mais conhecido
pela sigla HIV. Esse pode ser contraído pelo sangue (transfusão, seringas e agulhas
contaminadas), leite materno contaminado e da mãe para o bebê durante a gravidez
(transmissão vertical).
Dentre mulheres com infecções não tratadas por gonorreia e/ou clamídia, 10 a 40%
desenvolvem doença inflamatória pélvica (DIP). Destas, mais de 25% se tornarão inférteis.
Informações de países desenvolvidos indicam que mulheres que tiveram DIP têm
probabilidade 6 a 10 vezes maior de desenvolver complicações na gravidez como: abortos
espontâneos, natimortos, baixo peso ao nascer, infecção congênita e perinatal. Nos homens
estudos demonstram que a clamídia também pode causar infertilidade.
O HPV, por sua vez, pode causar carcinoma de colo uterino, de pênis e de ânus.
Pesquisas evidenciam que pessoas com DST e infecções do trato reprodutivas não
ulcerativas têm um risco aumentado em 3 a 10 vezes de se infectar pelo HIV, o que sobe
para 18 vezes se a doença cursa com úlceras genitais.
Outros estudos demonstram que o herpes genital pode ser responsável pela maior
proporção de novas infecções por HIV, cuja prevalência levada no Brasil.
O atendimento imediato de uma DST não é apenas uma ação curativa; mas também
uma ação preventiva da transmissão e do surgimento de outras complicações. Os sintomas
podem vir a desaparecer podendo levar o indivíduo a uma falsa cura. Consequentemente, a
infecção pode evoluir para formas crônicas graves e manter transmissão.
Com relação à abordagem dos parceiros sexuais o melhor é que os parceiros sejam
trazidos para aconselhamento, diagnóstico e tratamento pelos próprios clientes. Caso não
compareçam pode-se realizar uma busca ativa e desenvolver com os parceiros convidados
outras atividades de acordo com as condições do serviço.
Tipos de DST:
Sífilis: manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais
(cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas. A ferida e as ínguas não doem,
não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida
desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar
curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo
manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos
pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias.
área de saúde e as Normas Operacionais Básicas (NOB), editadas em 1991, 1993 e 1996, que,
por sua vez, regulamentam e definem estratégias e movimentos táticos que orientam a
operacionalidade do Sistema. A regulamentação do SUS estabelece princípios e direciona a
implantação de um modelo de atenção à saúde que priorize a descentralização, a
universalidade, a integralidade da atenção, a equidade e o controle social, ao mesmo tempo
em que incorpora, em sua organização, o princípio da territorialidade para facilitar o acesso
das demandas populacionais aos serviços de saúde. Com o objetivo de reorganizar a prática
assistencial é criado em 1994, pelo Ministério da Saúde, o Programa de Saúde da Família
(PSF), tornando-se a estratégia setorial de reordenação do modelo de atenção à saúde,
como eixo estruturante para reorganização da prática assistencial, imprimindo nova
dinâmica nos serviços de saúde e estabelecendo uma relação de vínculo com a comunidade,
humanizando esta prática direcionada à vigilância na saúde, na perspectiva da
intersetorialidade (Brasil, 1994), denominando-se não mais programa e sim Estratégia Saúde
da Família (ESF).
Assim, embora a legislação brasileira relativa aos cuidados da população idosa seja
bastante avançada, a prática ainda é insatisfatória. A vigência do Estatuto do Idoso e seu uso
como instrumento para a conquista de direitos dos idosos, a ampliação da Estratégia Saúde
Cabe destacar, por fim, que a organização da rede do SUS é fundamental para que
as diretrizes dessa Política sejam plenamente alcançadas. Dessa maneira, torna-se imperiosa
a revisão da Portaria nº 702/GM, de 12 de abril de 2002, que cria os mecanismos de
organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso e a Portaria
nº 249/SAS, de 16 de abril de 2002, com posterior pactuação na Comissão Intergestores
Tripartite.
A meta final deve ser uma atenção à saúde adequada e digna para os idosos e
idosas brasileiras, principalmente para aquela parcela da população idosa que teve, por uma
série de razões, um processo de envelhecimento marcado por doenças e agravos que
impõem sérias limitações ao seu bem-estar.
8.10.1 Finalidade
Considerando:
8.10.2. Justificativa
O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. No Censo de 2000, contava com mais
de 14,5 milhões de idosos, em sua maioria com baixo nível socioeconômico e educacional e
com uma alta prevalência de doenças crônicas e causadoras de limitações funcionais e de
incapacidades.
A cada ano, 650 mil novos idosos são incorporados à população brasileira. Essa
transição demográfica repercute na área da saúde, em relação à necessidade de
(re)organizar os modelos assistência. A maior causa de mortalidade entre idosos brasileiros é
o acidente vascular. Na transição epidemiológica brasileira ocorrem incapacidades
resultantes do não-controle de fatores de risco preveníveis.
Isso já pode ser notado, uma vez que a população idosa, que hoje representa cerca
de 9% da população, consome mais de 26% dos recursos de internação hospitalar no SUS.
8.10.3. Diretrizes
Não se fica velho aos 60 anos, visto que o envelhecimento é um processo natural
que ocorre ao longo de toda a experiência de vida do ser humano, por meio de escolhas e de
circunstâncias. O preconceito contra a velhice e a negação da sociedade quanto a esse
fenômeno colaboram para a dificuldade de se pensar políticas específicas para esse grupo.
Ainda há os que pensam que se investe na infância e se gasta na velhice.
Com isso, deve ser um compromisso de todo gestor em saúde compreender que,
ainda que os custos de hospitalizações e cuidados prolongados sejam elevados na parcela
idosa, também aí está se investindo na velhice “Quando o envelhecimento é aceito como um
êxito, o aproveitamento da competência, experiência e dos recursos humanos dos grupos
mais velhos é assumido com naturalidade, como uma vantagem para o crescimento de
sociedades humanas maduras e plenamente integradas” (Plano de Madri, Artigo 6º).
Envelhecer, portanto, deve ser com saúde, de forma ativa, livre de qualquer tipo de
dependência funcional, o que exige promoção da saúde em todas as idades. Importante
acrescentar que muitos idosos brasileiros envelheceram e envelhecem apesar da falta de
recursos e da falta de cuidados específicos de promoção e de prevenção em saúde. Entre
esses estão os idosos que vivem abaixo da linha de pobreza, analfabetos, os sequelados de
acidentes de trabalho, os amputados por arteriopatias, os hemiplégicos, os idosos com
síndromes demenciais, e para eles também é preciso achar respostas e ter ações específicas.
década de 30, são, atualmente, as principais causas de morte em todas as regiões brasileiras,
respondendo por quase um terço dos óbitos.
De acordo com o instituto Nacional de Câncer - INCA a magnitude das DCNT pode
ser avaliada pelas doenças cardiovasculares, responsáveis por 31% do total de óbitos por
causas conhecidas. As neoplasias representam a segunda causa de óbitos, com cerca de 15%
em 2003. Segundo projeções do INCA, os tipos de câncer com maior incidência, à exceção de
pele não melanoma, serão os de próstata e pulmão no sexo masculino e mama e colo do
útero para o sexo feminino, acompanhando a mesma tendência observada no mundo.
A prevenção e controle das DCNT e seus fatores de risco são fundamentais para
evitar o crescimento epidêmico dessas doenças e suas consequências nefastas para a
qualidade de vida e a sistema de saúde no país. Diante desse cenário epidemiológico o
Ministério da Saúde tem desenvolvido ações que visam reduzir o impacto dessas doenças,
por meio do monitoramento da morbimortalidade e seus fatores de risco, análise de acesso
e utilização de serviços de saúde, indução e apoio a ações de promoção à saúde, prevenção
e controle, avaliação das ações, programas e políticas.
Caps:
promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais através de ações
intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua
área de atuação e dar suporte à atenção à saúde mental na rede básica. É função, portanto,
e por excelência, dos CAPS organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais
nos municípios. Os CAPS são os articuladores estratégicos desta rede e da política de saúde
mental num determinado território.
Residências Terapêuticas:
Atenção Básica:
REFERÊNCIAS
AGUIAR Z. N., RIBEIRO M. C. S. (Org.). Vigilância e controle das doenças transmissíveis. São
Paulo: Martinari, 2006.
CAMPOS, G. W. S. et al. (org.). Tratado de saúde coletiva. São Paulo: HUCITEC, 2006.
ANEXOS
RESOLVE:
ANOTAÇÕES: ____________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
9 QUÍMICA
Nos dias atuais, não existem dúvidas de que todo o tipo de matéria é formado por
pequenas partículas, conhecidas como átomos (do grego: átomo = indivisível). Foi por volta
de 400 a.C. que os gregos propuseram as primeiras ideias em relação à constituição da
matéria. Tais ideias foram propostas pelos filósofos gregos Demócrito (460 a.C. - 370 a.C.) e
Epicuro (341 a.C. - 270 a.C).
Podemos definir matéria como tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço (ou
seja, tem volume). O volume pode ser definido como a extensão no espaço ocupado por um
corpo.
A Teoria de Dalton:
Por volta de 1810, os símbolos foram introduzidos na Química pelo cientista sueco
Berzelius, organizando a notação química até esta data, facilitando a escrita e a comunicação
entre os químicos.
Resp.: Cada molécula tem 4 átomos, 3 de hidrogênio (H) e 1 azoto (N). Logo 3
moléculas terão 12 átomos, 9 de hidrogênio (H) e 3 azoto. O número de elementos químicos
ainda continuam 2.
Resp.: Partindo do mesmo raciocínio utilizado para a amônia, temos que para 1
molécula de etanol temos 9 átomos, 2 de carbono (C), 6 de hidrogênio (H) e 1 de oxigênio
(O). Portanto para 5 moléculas teremos 10 de carbono (C), 30 de hidrogênio (H) e 5 de
oxigênio (O), resultando em um total de 45 átomos para 3 elementos químicos.
Nº de
Fórmula Nº de Nº de
Substância Elementos
Química Átomos Moléculas
Químicos
Oxigênio - Gás incolor, presente no ar e
indispensável à vida dos animais e O2 2 1 1
vegetais.
Hidrogênio - Gás incolor, combustível,
H2 2 1 1
menos denso que o ar.
Nº de
Fórmula Nº de Nº de
Substância Elementos
Química Átomos Moléculas
Químicos
Sal de cozinha - Sólido branco, de nome
químico cloreto de sódio, importante na NaCl 2 1 2
alimentação.
Água - Líquido incolor, essencial na
manutenção de todas as formas de vida H2O 3 1 2
no planeta.
Gás carbônico - Gás incolor, usado em
extintores de combate a incêndio, CO2 3 1 2
envasamento de bebidas e refrigerantes.
Amônia - Gás tóxico, incolor, odor
irritante, presente em produtos de
NH3 4 1 2
limpeza e na agricultura como
fertilizante.
Etanol - Líquido incolor, usado na
fabricação de bebidas alcoólicas e C2H5OH 9 1 3
combustível automotivo.
Fonte: Elaborado pelo autor (2015)
9.1.3.1 Substâncias
Substância pura:
É todo e qualquer tipo de matéria formada por átomos, moléculas, iguais entre si.
As substâncias puras apresentam propriedades características e bem definidas e composição
química constante. As substâncias puras podem ser classificadas como simples e compostas.
Ambos são formados por átomos de um mesmo elemento químico. Cuidado, pois uma
substância simples não pode ser dividida em outra substância ainda mais simples.
Misturas:
Temos, por exemplo, a mistura água+açúcar, que não ferverá a 100 °C, ao nível do
mar, como acontece com a água pura. Listamos alguns exemplos a seguir.
O ouro puro não é indicado na confecção de joias, pois apresenta baixa dureza. O
ouro 18 quilates é formado basicamente de 75% de ouro (Au) e 25% de cobre (Cu) e prata
(Ag), mistura próprio para joalharia.
Tipos de misturas:
Matéria é tudo o que está ao nosso redor, podendo ser encontrado na forma de um
gás, um líquido ou um sólido. Essas três formas são chamadas de estados físicos da matéria,
como ilustra o Quadro 3.
Características microscópicas
Solidificação Condensação ou
liquefação
Alguns sólidos passam diretamente para o estado gasoso, sem passar pelo estado
líquido. Tal mudança recebe o nome de sublimação. Temos como exemplo o gelo seco e a
naftalina. A vaporização pode ocorrer de duas formas, como descrito a seguir.
Evaporação:
Ebulição:
No caso de uma mistura, por exemplo, uma solução de salmoura (água + sal),
durante a ebulição, a porcentagem de sal (NaCl) vai aumentado, com isso a composição da
salmoura varia durante o processo de ebulição, variando também a temperatura.
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
T Mistura:
E vapor
líquido A temperatura varia
+ durante a mudança de
TF líquido vapor estado físico. O gráfico
sólido não apresenta patamares.
+
sólido líquid
o Tempo
∆TF: variação de temperatura durante a fusão.
∆TE: variação de temperatura durante a ebulição.
Fonte: Elaborada pelo autor (2015)
As temperaturas de fusão (TF) e ebulição (TE) são duas propriedades utilizadas para
caracterizar e identificar as substâncias puras.
Foi com esse quebra-cabeça que Mendeleev encontrou uma solução quando ele
dispôs os cartões (elementos químicos) em ordem crescente de massa atômica.
Li ..... ..... 7 elementos ..... ... Na ..... ..... 7 elementos ..... ..... K
Tanto o lítio (Li) quanto o potássio (K), reagem com a água, produzindo seus
respectivos hidróxidos (LiOH – hidróxido de lítio e KOH – hidróxido de potássio), e com o
oxigênio formando os seus respectivos óxidos (Li2O – óxido de lítio e K2O – óxido de
Módulo 1 Técnico em Farmácia
311
potássio).
Mendeleev notou que esta repetição ocorria com os outros elementos, e em uma
de suas primeiras tabelas, colocou os elementos químicos conhecidos em 12 linhas
horizontais (chamados de períodos), em ordem crescente de massas atômicas, tomando o
cuidado de colocar na mesma vertical (chamados de grupos ou famílias) os elementos de
propriedades químicas semelhantes.
A construção da tabela periódica atual foi proposta a partir das seguintes regras,
elencadas para os elementos químicos:
9.2.2.2 As Famílias B
A outra parte dos elementos está deslocada da parte central, formando as séries
dos lantanídeos e dos actinídeos. Essas séries apresentam 14 colunas, com o elétron mais
energético contido no subnível f (f1 a f14). São conhecidos como elementos de transição
interna.
9.2.2.3 Períodos
Vejamos a distribuição eletrônica dos seguintes elementos: Boro (B), Alumínio (Al),
Potássio (K), Estanho (Sn), Chumbo (Pb) e Urânio (U).
13Al - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 3 camadas eletrônicas (K, L e M): 3º período.
19K - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 4 camadas eletrônicas (K, L, M e N): 4º período.
50Sn- 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p2 5 camadas eletrônicas (K, L, M,
N e O): 5º período.
82Pb - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p2 6 camadas
eletrônicas (K, L, M, N, O e P): 6º período.
92U- 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f4 7
camadas eletrônicas (K, L, M, N, O, P e Q): 7º período.
6ª período → 4f
Bloco f
7ª período → 5f
H Metais Semimetais
Ametais Gases Nobres
*
** ? ? ?
Lantanídios *
Actinídios **
Grupo IA (01) – Metais Alcalinos (do árabe alcali, “cinza de plantas”): correspondem
a cerca de 4,8% da composição da superfície terrestre, incluindo os oceanos e a atmosfera.
São muito reativos e por isso não são encontrados isolados, e, sim, formando compostos em
minerais ou em sais dissolvidos na água do mar.
Grupo IIA (02) – Metais Alcalinos Terrosos (termo “terroso” ≈ “existir na terra”):
correspondem a 4,16% da crosta terrestre, tendo o cálcio (Ca) e o magnésio (Mg) como
sendo os mais abundantes desta categoria (ambos responsáveis pela água dura). Da mesma
forma que os metais alcalinos, são muito reativos, não são encontrados isolados, mas
combinados, ocorrendo na forma de silicatos, carbonatos e sulfatos.
Grupo IVA (14) – Família do Carbono: os elementos desta família constituem cerca
de 27,7% da crosta terrestre, sendo o silício o mais abundante (27,5%) principal componente
da estrutura inorgânica da superfície terrestre. O carbono é responsável por toda a vida
orgânica sobre a terra.
Grupo VIIIA (18) – Gases Nobres (ou raros, ou inertes): constituem cerca de 1,0% da
atmosfera do planeta, tendo o argônio como o mais frequente. Depois do hidrogênio (H)
com 92%, o hélio (He) com 7% é o elemento mais abundante do universo, fonte de energia
do sol e das estrelas. Os gases nobres possuem pequena capacidade em se combinar com
outros elementos devido a sua alta estabilidade.
O raio atômico dá apenas uma ideia da distância média do núcleo à região do nível
de energia mais externo. O tamanho dos átomos diminui da esquerda para a direita ao longo
de um período da tabela periódica. Num dado período, o metal alcalino é o maior átomo e o
halogênio é o menor.
elevado, porém se essa quantidade de energia for suficientemente grande, o elétron pode
ser removido completamente.
a) tamanho do átomo;
b) a carga do núcleo;
c) o tipo de elétron envolvido.
É possível remover mais que um elétron da mairia dos átomos. A primeira energia
de ionização é aquela necessária para remover o primeiro elétron, transformando M em M+.
A segunda energia de ionização é a quantidade de energia necessária para remover o
segundo elétron, convertendo M+ em M2+. Fornecendo energia em quantidade equivalente à
terceira energia de ionização é possivel transformar M2+ em M3+, e assim por diante.
( ) ( )
Numa família ou num período, quanto maior o raio atômico, menor será a afinidade
eletrônica. A afinidade eletrônica na tabela periódica aumenta de baixo para cima e da
esquerda para a direita.
9.2.6.4 Eletronegatividade
9.2.6.5 Densidade
a) compartilhamento de elétrons; e,
b) transferência de elétrons de um átomo para outro.
Também conhecida por eletrovalente, a ligação iônica ocorre entre íons, positivos
(cátions) e negativos (ânions). É a única em que ocorre transferência definitiva de elétrons.
Os íons resultantes dessa transferência atraem-se eletrostaticamente formando esse tipo de
ligação. Para esta ligação, é necessário que um dos átomos participantes da ligação possua a
tendência de perder elétrons enquanto o outro, a de receber elétrons.
De que maneira explicar a ligação iônica pela regra do octeto? Vamos tomar como
exemplo a ligação química entre o metal sódio (altamente reativo) e o gás cloro (substância
altamente tóxica), resultando em cloreto de sódio (sal de cozinha). Vamos partir da
configuração eletrônica do sódio (Z=11) e do cloro (Z=17).
A → B
Tendência Cede elétrons Recebe elétrons
Ametais
Classificação Metais Semimetais
Hidrogênio
(Al3+) (Cl-)3
- 3+
13Al → K=2 L=8 M=3 → perde 3 e → 13Al → ou
AlCl3
+ →
Dois átomos de hidrogênio, um elétron na camada de valência, adquirem
configuração estável se compartilharem os seu elétrons, sendo um de cada átomo. Assim,
ambos ficam com configuração estável.
+ →
Os átomos de oxigênio com seis elétrons na camada de valência adquirem a
estabilidade compartilhando dois pares de elétrons. A estabilidade é atingida ao se ligarem
dois a dois formando duas ligações covalentes. Observe abaixo, com a representação
eletrônica da fórmula de LEWIS.
+ →
De maneira análoga, átomos de nitrogênio adquirem a estabilidade pela formação
de três ligações covalentes, compartilhando três pares eletrônicos.
+ →
Quando dois átomos se ligam por meio de uma ligação covalente, tem-se uma
ligação simples (Cl–Cl e H–H). Ao se ligarem por duas ligações covalentes, estabelece-se uma
ligação dupla (O=O). Para três ligações covalentes, tem-se uma ligação tripla (N≡N).
+ →
Formação da molécula do gás amônio:
+ + →
+ + →
Uma ligação covalente é dita apolar quando os átomos que estão ligados entre si
não formam um dipolo elétrico e é polar quando formam um dipolo elétrico.
Nas substâncias simples, as ligações covalentes nas moléculas são apolares, pois os
átomos ligados entre si são iguais Cl–Cl, H–H, O=O, N≡N.
Para as ligações covalentes entre átomos diferentes, é polar. Quanto maior for a
eletronegatividade entre os átomos participantes, mais polarizada será a ligação.
Substância iônica é aquela que apresenta pelo menos uma ligação iônica em sua
estrutura. Substância molecular é aquela que apresenta somente ligações covalentes em sua
estrutura.
Esses elétrons ocupam o retículo cristalino do metal por inteiro e a liberdade que
têm de se moverem através do cristal é responsável pelas propriedades que caracterizam os
Estudamos que os metais são quase todos sólidos (ligação metálica), assim como os
compostos iônicos que se apresentam sólidos nas condições ambientes devido à força de
atração elétrica ente os cátions e ânions.
Pode acontecer que em um dado instante, uma molécula pode estar com mais
elétrons de um lado que do outro, provocando o surgimento de um dipolo instantâneo na
molécula que então provoca o aparecimento de um dipolo instantâneo induzido na molécula
vizinha. Essas forças são cerca de dez vezes mais fracas que as forças dipolo-dipolo.
Ocorrem também em moléculas com pelo menos uma ligação covalente do tipo O–H e . N–
H, como ilustra a Figura 3.
o K+ tem Nox = +1
+ +7
Para o K Mn O-24 o Mn+7 tem Nox = +7
o O2- tem Nox = -2
No caso dos compostos covalentes, não há um átomo que perca e outro que ganhe
elétrons, já que os átomos estão compartilhando elétrons. Podemos dizer que o N ox seria a
carga elétrica teórica que o átomo iria adquirir se houvesse quebra da ligação covalente,
ficando os elétrons com o átomo mais eletronegativo.
o H+ tem Nox = +1
Para o H+Cl-
o Cl- tem Nox = -1
9.4.1 Ácidos
Ácido clorídrico:
Ácido sulfúrico:
Ácido nítrico:
Ácido carbônico:
Ácido fluorídrico:
Ácido fosfórico:
Ácido acético:
Ácido sulfídrico:
Ácido cianídrico:
a) Hidrácidos: são aqueles que não contêm oxigênio (p. ex. HCl);
b) Oxiácidos: são aqueles que contêm oxigênio (p. ex. HNO3).
a) Ácidos fortes: quando o grau de ionização é maior que 50% (p. ex. o HCl tem
α≈92% e o H2SO4 α≈62%);
b) Ácidos moderados ou semifortes: quando o grau de ionização está entre 5% e
50% (p. ex. o HF tem α≈ 8% enquanto o H3PO4 tem α≈26,5%);
c) Ácidos fracos: são aqueles com constante de ionização abaixo de 5% (p. ex. o
HCN tem α≈ 8.10-3% e o H2CO3 apresenta α≈ 18.10-2%).
Um ácido é formado pelo cátion H+ e por um átomo ou grupo de átomos com carga
negativa (ânion):
H +1 (Cl 1-
H2 +1 SO4 2-
H3 +1 PO4 3-
Observe que a carga total positiva do cátion é neutralizada pela carga negativa total
do radical negativo,
O nome dos oxiácidos é dado conforme descrito a seguir. Uma das maneiras mais
simples de dar nome a esses ácidos é a partir do nome e da fórmula dos ácidos padrão de
cada família, como ilustra o Quadro 6.
Observe que o nome dos ácidos apresentados acima terminam em –ico. Variando o
número de átomos de oxigênio desses ácidos, determinam-se as fórmulas e os nomes de
outros ácidos, com o uso de prefixos e sufixos apropriados aos nomes de origem.
De acordo com a definição atribuída por Arrhenius, bases, são compostos que, por
dissociação iônica, liberam, como íon negativo, apenas o ânion hidróxido (OH-), também
chamado de hidroxila.
Hidróxido de sódio:
NaOH, também chamado de soda cáustica, forma cristais opacos, fortemente higroscópico
(absorvem água) de ponto de fusão 318 °C, muito tóxico e corrosivo e bastante solúvel em
água. É uma das bases mais usadas pela indústria química, servindo na preparação de
compostos orgânicos (sabão, seda artificial, celofane), na purificação de óleos vegetais, na
purificação de derivados do petróleo, na fabricação de produtos para desentupir pias etc.
Hidróxido de cálcio:
Ca(OH)2, conhecida como cal hidratada ou cal extinta, pois pode ser obtida da cal virgem
(CaO), pela reação com água:
Hidróxido de magnésio:
Mg(OH)2, conhecido como leite de magnésia, é pouco solúvel em água. O leite de magnésia
tem aplicação como antiácido estomacal (deve-se a característica básica e não tóxica do
Mg(OH)2) e laxante (deve-se a propriedade do íon magnésio (Mg2+) em impedir a absorção
de água no intestino grosso).
Hidróxido de amônio:
NH4+OH, não existe isolado, sendo, na verdade, uma solução aquosa do gás amônia (NH 3),
também conhecido como amoníaco.
a) Bases fortes: são aquelas cujo grau de dissociação é praticamente 100%. É o caso
dos hidróxidos dos metais alcalinos e dos metais alcalino-terrosos. O Mg(OH)2 é
uma exceção à regra, pois constitui uma base fraca;
b) Bases fracas: cujo grau de dissociação é, em geral, inferior a 5%. Podemos citar o
hidróxido de amônio (NH4OH) e os hidróxidos dos metais em geral, excluindo os
metais das famílias IA e IIA (alcalinos e alcalinos terrosos).
a) Solúveis: hidróxidos dos metais alcalinos como NaOH, KOH etc., e hidróxido de
amônio (NH4OH);
b) Pouco solúveis: hidróxidos dos metais alcalino-terrosos, como Ca(OH)2, Mg(OH)2,
Ba(OH)2 etc.;
c) Praticamente insolúveis: todos os demais.
Uma base é sempre formada por um radical positivo (metal ou NH4+) ligado
invariavelmente ao radical negativo hidroxila (OH-):
Na+ (OH-
Ca2+ (OH-)2
Al3+ (OH-)3
Observe que a carga positiva do cátion é neutralizada pela carga negativa total das
hidroxilas, ( ) ( )
9.4.3 Sais
De acordo com a definição atribuída por Arrhenius, sal é toda substância que sofre
dissociação, em solução aquosa, liberando pelo menos um cátion diferente de H+ e um ânion
diferente de OH- ou O2-.
Os sais são originados na reação entre um ácido e uma base (cátion da base e o
ânion do ácido) ocorrendo uma reação de neutralização total.
Os sais geralmente apresentam sabor salgado e são sólidos, pois são compostos iônicos. A
maioria dos sais apresenta a coloração branca, no entanto podemos encontrar alguns sais
em cores diferentes, como é o caso p. ex. do dicromato de potássio (K 2Cr2O7) com coloração
alaranjada e do sulfato de níquel (NiSO4) de coloração azul.
Cloreto de sódio:
É matéria prima para a fabricação de outras substâncias: metal sódio (Na (s)),
bicarbonato de sódio (NaHCO3), carbonato de sódio (Na2CO3). O soro fisiológico, solução
aquosa com 0,92% em massa de NaCl, é a solução utilizada pelos paramédicos para impedir
hemorragias por perda de sangue. Outra aplicação importante está em seu uso na
conservação de carnes e de pescados.
Nitrato de sódio:
Carbonato de sódio:
Bicarbonato de sódio:
Hipoclorito de sódio:
Fluoreto de sódio:
Carbonato de cálcio:
Sulfato de cálcio:
Sal normal: é um sal cujo ânion não possui hidrogênio ionizável (H+) e não apresenta
o ânion OH-. Obtido de uma reação de neutralização total.
Hidrogeno-sal: é um sal cujo ânion tem um ou mais H+. Esse sal é o resultado de
uma reação de neutralização parcial do ácido e não apresenta OH- ionizável.
Hidróxi-sal: é um sal que não tem H+ ionizável. Esse sal apresenta OH- e é o
resultado da neutralização parcial da base.
Observe que a carga positiva do cátion é neutralizada pela carga negativa do ânion,
( ) ( )
A nomenclatura dos sais é dada por: (nome do ânion) de (nome do cátion). O nome
do ânion é derivado do ácido que o originou, devendo seguir a regra:
Ácido Ânion
-ídrico -eto
-oso -ito
-ico -ato
9.4.4 Óxidos
Óxido é todo composto binário, formado por dois elementos, um dos quais PE o
oxigênio (mais eletronegativo). Dentre os elementos da tabela, o único mais eletronegativo
que o oxigênio é o flúor, motivo pelo qual o OF2 não é considerado um óxido.
Dióxido de carbono:
CO2, conhecido como gás carbônico, é incolor e inodoro. Por ser mais denso que o
ar, pode causar asfixia para concentrações acima de 5% em volume. A água mineral e os
refrigerantes gaseificados contêm gás carbônico, que reage com a água, produzindo um
meio ácido.
Peróxido de hidrogênio:
H2O2, conhecido pelo nome de água oxigenada, é um líquido incolor, que explode
violentamente quando aquecido. A solução aquosa a 3% de peróxido de hidrogênio é
vendida em drogarias e utilizada como antisséptico e alvejante. Soluções com concentração
superior a 30% de peróxido de hidrogênio são utilizadas industrialmente como alvejante de
madeiras e fibras têxteis. Os frascos de água oxigenada normalmente são escuros ou opacos,
pois a luz provoca sua decomposição:
Dióxido de enxofre:
SO2 é um gás incolor, tóxico, irritante e de forte odor. Obtido a partir da queima do
enxofre presente em combustíveis fósseis e compostos que contenham esse elemento. O
SO2 oxida-se em SO3. É considerado um poluente atmosférico, pois se dissolvem e reagem
com a água da chuva, formando ácidos que causam sérios problemas ambientais.
Apenas 3% dos NOx são produzidos pela atividade humana, os 97% restantes são
originados naturalmente pelas descargas elétricas.
N2 + O2 → NOx
Monóxido de carbono:
Óxido de hidrogênio:
Os óxidos ácidos resultam da desidratação dos ácidos, razão pelo qual também são
chamados de anidros.
Óxidos básicos são óxidos iônicos com caráter básico. Reagem com a água,
produzindo uma base, ou reagem com um ácido, produzindo sal e água.
Os óxidos básicos dos metais que não fazem parte da família IA (metais alcalinos) e
IIA (metais alcalino terrosos) foram precipitados em meio aquoso.
Óxidos neutros são aqueles que não reagem com água, bases ou ácidos. São
compostos gasosos, moleculares, formados por não metais. Tais óxidos não apresentam
nem caráter ácido nem básico. Os mais comuns são: NO (óxido nítrico), N 2O (óxido nitroso) e
CO (monóxido de carbono).
mono mono
di di
óxido de Nome E
tri tri
etc. etc.
No caso dos metais que apresentam carga variável, devemos indicar a carga do
metal em algarismo romano.
Em nosso dia a dia nos deparamos com várias reações químicas. Durante o preparo
dos alimentos, o simples ato de nos alimentarmos, na queima de uma vela ou de
combustíveis automotivos, a formação de ferrugem, etc. Essas transformações são
chamadas de reações químicas.
2 H2 + O2 → 2 H2O
Al(OH)3 + 3 HCl → AlCl3 + 3 H2O
Reagentes → Produtos
(1º membro) (2º membro)
Já uma equação iônica é a equação química em que aparecem íons, além de átomos
e moléculas.
2 AgNO3 + Cu → Cu(NO3)2 + 2 Ag
2 Ag+ + Cu → Cu2+ + 2 Ag
a) Sub índice: gás (g), vapor (v), líquido (l), sólido (s), cristal (c);
b) desprendimento de gás ( ↑ );
c) formação de precipitado ( ↓ );
d) ocorre com aquecimento ( Δ );
e) ocorre com a presença de luz ( λ );
f) é uma reação reversível ( ⃖ ).
Perceba que, o número de átomos dos reagentes não é igual ao dos produtos.
Vamos efetuar as seguintes etapas:
Fe + H2SO4 → Fe2(SO4)3 + H2
Fe + H2SO4 → 1 Fe2(SO4)3 + H2
2 átomos de H 2 átomos de Fe
2 átomos de
1 átomos de Fe 1 átomo de S → 3 átomos de S
H
4 átomos de O 12 átomos de O
= 1 átomo = 7 átomo = 17 átomo = 2 átomo
2 Fe + 3 H2SO4 → 1 Fe2(SO4)3 + 3 H2
2 átomos de Fe 2 átomos de Fe
6 átomos de H 6 átomos de H
→
3 átomo de S 3 átomos de S
12 átomos de O 12 átomos de O
As reações químicas podem ser agrupadas em reações que serão descritas a seguir.
São aquelas em que dois ou mais substâncias originam um único produto. Podem
ser representadas pela equação geral:
a A + b B + ... → z Z
2 Mg + O2 → 2 MgO
CaO + H2O → Ca(OH)2
SO3 + H2O → H2SO4
São aquelas em que uma única substância (reagente) origina dois ou mais produtos.
O inverso da reação de síntese ou de adição.
z Z → a A + b B + ...
Uma substância composta reage com um metal ou não metal originando uma nova
substância simples. Seguem as equações gerais abaixo.
AB + C → CB + A ( C deslocou A do composto AB )
metais comuns
[ Al > Mn > Zn > Cr > Fe > Ni > Sn > Pb > H > Cu > Hg > Ag > Pt > Au ]
AB + C → AC + B ( C deslocou B do composto AB )
não metais
[ F > O > Cl > Br > I > S > C ]
Você pode observar que nas equações 1 e 2, C deve ser mais reativo que A ou B
para que ocorra a reação.
AB + CD → AD + CB
Para que possamos saber se uma reação de dupla troca ocorre ou não, precisamos
antes avaliar:
O ácido carbônico (H2CO3) formado é muito instável e fraco, decompondo-se liberando gás
carbônico:
Menos solúvel(is)
Os produtos: Os reagentes:
Eletrólito(s) mais fraco(s)
AD e/ou CB for(em) AB e/ou CD
Mais volátil(eis)
Para que uma reação de oxirredução ocorra, alguém deverá ter a tendência em
ceder elétrons enquanto outro deve receber elétrons. Já vimos que os metais têm sempre a
tendência em ceder elétrons, e os não metais a de receber elétrons.
perde 2 e-
0 +2
ganha 2 e-
+1 0
Para uma reação redox balanceada, o total de carga elétrica do primeiro membro é
igual ao do segundo membro. Vejamos a equação acima escrita na forma iônica:
1º membro: 2º membro:
2 MnO4- carga = -2
16 H+ carga = + 16 2 Mn+2 carga = +4
10 Cl- carga = - 10
∑ ∑
Para que possamos realizar a medida de uma grandeza, devemos ter como
referência uma grandeza-padrão escolhida adequadamente.
Para realizar a medição da massa dos átomos, os químicos escolheram como padrão
a massa do átomo de carbono 12C, isótopo mais comum do carbono, com número de massa
igual a 12, ao qual foi atribuída exatamente a massa de 12 unidades de massa atômica (u).
Cuidado para não confundir massa atômica com número de massa. O número de
massa é a soma do número de prótons e de nêutrons existente no átomo. Na prática,
omitimos a unidade (u) nos valores das massas atômicas.
Magnésio Mg ≈ 23,985 u 24 u
Alumínio Al ≈ 26,981 u 27 u
Enxofre S ≈ 32,065 u 32 u
Titânio Ti ≈ 47,867 u 48 u
Ferro Fe ≈ 55,845 u 56 u
MA do H =1u MA do Cl = 35,5 u
NaOH MA do O = 16 u CaCl2 MA do Ca = 40 u
MA do Na = 23 u
É a massa que contém 6,02 x 1023 entidades representadas pela respectiva fórmula.
Sua unidade é grama mol-1 (g/mol).
( )
( )
Sabendo que:
a) a quantidade de propano;
b) o número de átomos de carbono (C → MA = 12 u) e de hidrogênio (H → MA = 1
u) contidos nessa quantidade.
( )
( )
b)
1 mol de C4H10 ____ 4 mols de C ____ 10 mols de H
300 mols de C4H10 ____ X mols de C ____ Y mols de H
9.7 Estequiometria
⁄ ⁄ ⁄
Exemplo 02: uma amostra apresenta 60,00% de carbono (MAC = 12 u), 35,36% de
oxigênio (MAO = 16 u) e 4,44% de hidrogênio (MAH = 1 u). Determine a fórmula mínima
desta substância?
⁄ ⁄
⁄ ⁄
Exemplo 03: Determine a fórmula molecular do ácido ascórbico, massa molar 176
g/mol, sabendo que contém 41,10% de carbono, 4,54% de hidrogênio e 54,50% de oxigênio.
(Massas atômicas: C = 12 u, H = 1 u e O = 16 u).
A + B → C + D
mA + m B = m C + m D
m reagentes = m produtos
Num sistema fechado, a massa total dos reagentes é igual à massa total dos
produtos.
Reação: 2 H2 + O2 → 2 H2O
Nº mol: 2 mol 1 mol 2 mol
Massa molar: 2 g/mol 32 g/mol 18 g/mol
Massa: 4g 32 g 36 g
% massa: 11,11% 88,89%
Na reação entre o gás hidrogênio e o gás cloro, cujo produto é o ácido clorídrico,
temos os seguintes volumes:
Exemplo 04:
Ca3(PO4)2 Ca P O
310 g _______ 120 _______ 62 _______ 128
100 g _______ X _______ Y _______ Z
Exemplo 05:
Calcula-se a quantidade de HCl para 1,46 g (massa molar do HCl = 1 + 35,5 = 36,5
g/mol):
( ) ( )
( )
Resposta:
a) 1,16 g
b) 0,02 mols de MgCl2
c) 2,40.1022 moléculas de H2O
Exemplo 06:
O cromo metálico pode ser produzido pela redução de Cr2O3 com Al segundo a
equação:
2 Al + Cr2O3 → Al2O3 + 2 Cr
Resolução:
2 Al + Cr2O3 → Al2O3 + 2 Cr
2 mol 1 mol 1 mol 2 mol
2 Al + Cr2O3 → Al2O3 + 2 Cr
2 mol 1 mol 1 mol 2 mol
200 mol 131,6 mol X Y
2 Al + Cr2O3 → Al2O3 + 2 Cr
2 mol 1 mol 1 mol 2 mol
200 mol Z X Y
Exemplo 07:
Uma amostra de 160 g de magnésio com 75% de pureza reage com oxigênio,
produzindo óxido de magnésio. Determine a massa de óxido de magnésio produzida. ( MA:
Mg = 24; O = 16 ).
Resolução:
Dos 160 g da amostra, participa da reação apenas: 75% dos 160g = 0,75 x 160 = 120
g.
Exemplo 08:
X = 350 g de CaCO3(S)
Y = 400 g da amostra
Exemplo 09:
O número de toneladas de H2SO4 que poderia ser produzido por dia, através de um
processo que usa 3,2 toneladas por dia de SO2, com uma eficiência de conversão de 70%, é
aproximadamente: (massa molar em g/mol: SO2 = 64; H2SO4 = 98).
Exemplo 10:
Resolução:
(g/mol)
então temos: ( 1 . 65 ) (1.2)
massa (g) 65.103 X
REFERÊNCIAS
ATKINS, Peter W.; JONES, Loretta. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o
Meio Ambiente. 3ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2012.
ATKINS, Peter W.; PAULA, Julio de. Físico-Química, 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. vol. 1.
KOLTZ. J. C. Química geral e reações químicas - Vol. I. 1ª Edição. São Paulo: CENGAGE, 2010.
KOLTZ. J. C. Química geral e reações químicas - Vol. II. 1ª Edição. São Paulo: CENGAGE, 2010.
ANOTAÇÕES: ______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________