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PNEUMOTÓRAX

Conceito

► Presença de ar na cavidade pleural


Fisiopatologia
► Pressão Intrapleural
▪ -8 a -9 na inspiração
▪ -3 a -6 na expiração

► Pressão
Intrabrônquica
▪ -1 a -3 na inspiração
▪ +1 a +5 na
expiração
Fisiopatologia
► Ruptura em uma das
superfícies pleurais
▪ Ruptura de um “bleb” na
pleura visceral
▪ Ruptura traumática da
pleura parietal

► Perda da pressão negativa


intrapleural
▪ Colapso pulmonar

► Pneumotórax hipertensivo
Fisiopatologia
► Redução dos volumes pulmonares
► Diminuição da Complacência Pulmonar
► Reduz a capacidade de difusão
► Hipoxemia se 50% do pulmão for afetado
▪ Efeito “shunt”
► Dependente da condição respiratória
subjacente do paciente
Classificação e Epidemiologia

► Traumáticos
▪ Aberto x fechado
► Espontâneos
▪ Primário x secundário

▪ Pequenos: colapso de até 10% do pulmão


▪ Médios: colapso de 10% a 30%
▪ Grandes: Colapso de mais de 30%
▪ Hipertensivo ou valvular
Traumáticos
► Presenteem 15 a 50% dos pacientes com
trauma torácico
▪ Fratura de arco costal
▪ Impacto sobre vítima em inspiração completa
com a glote fechada
▪ Tiro
▪ Facada
Traumáticos
► Pequenos
▪ Lesões superficiais no parênquima pulmonar

► Médio e grande
▪ Feridas penetrantes do parênquima pulmonar ou lacerações
profundas

► Hipertensivo
▪ Lesões das vias aéreas importantes
▪ Lacerações pulmonares com lesão de brônquios periféricos
▪ Abertura traumática da parede torácica

► Abertos
▪ Abertura traumática da parede torácica
Espontâneos
► Primário
▪ Ausência de doença subjacente
▪ Idade: 20 a 30 anos
▪ Incidência: 9 por 100.000 habitantes
▪ Sexo: 4-6 vezes mais prevalente em homens
▪ Fumo
▪ Lado direito
Espontâneos primários
► Resultam da ruptura de “blebs”
▪ “Bleb”: “Espaço preenchido por ar entre o
parênquima pulmonar e pleura visceral”
▪ Incidência de 15%
▪ Ápices pulmonares ou ao longo das fissuras

► Recidiva
▪ 20 a 50% - primeiro episódio
▪ 60 a 80% - segundo episódio
▪ Fatores de risco
Espontâneo secundário
► Relacionado a uma doença subjacente
▪ Recidiva mais alta
▪ Idosos
▪ Comprometimento da função pulmonar
► DPOC
▪ Destruição progressiva das paredes alveolares
▪ Lentamente
▪ 45 a 65 anos
▪ Mortalidade de 15 a 20%
Espontâneo secundário
► Neoplasias malignas
▪ Metástases pulmonares
▪ Perfuração do espaço pleural
▪ Obstrução brônquica expiratória

► Tuberculose
► Catamenial
► AIDS
▪ Pneumonia por Pneumocystis carinii
Quadro clínico
► Depende da etiologia, da extensão e da
capacidade ventilatória do paciente

► Assintomático
▪ 15% dos pneumotóraces espontâneos

► Dor
▪ Intensa
▪ Tipo pleural

► Dispnéia
► Ortopnéia, tosse seca, hemoptise
Quadro clínico
► Exame físico
▪ Expansibilidade diminuída
▪ Hiperssonoridade
▪ Ausência de FTV
▪ MV diminuído ou abolido
▪ Cianose
▪ Sinal de Hamman
Quadro clínico
► Pneumotórax hipertensivo
▪ Agitado
▪ Cianose
▪ Distensão jugular
▪ Desvio da traquéia
▪ Desvio do Ictus cordis
▪ Hipotensão arterial
▪ Taquicardia
▪ Queda progressiva do estado de consciência[
▪ Choque
Interpretação radiológica
► Distanciamento entre
pleura visceral e
parietal

► Área hiperlúcida

► Ausência de trama
vaso-brônquica

► Inspiração x expiração
Diagnóstico diferencial
► Quadro clínico característico

► Insuficiência coronariana

► Dissecção aórtica

► Ruptura espontânea do esôfago

► Úlcera péptica perfurada


Conduta e Tratamento
► Diminuição dos sintomas

► Corrigir a insuficiência respiratória

► Promover a expansão pulmonar

► Fechamento da lesão
▪ Curativo valvular

► Evitar recidivas
Conduta e Tratamento
► Conduta expectante
▪ Pneumotóraces pequenos
▪ 1,5% do ar intrapleural é absorvido diariamente
▪ Sedar tosse
▪ Analgésicos
▪ Exercícios respiratórios (7º dia)
▪ Controle radiográfico

► Toracocentese
▪ Aspiração do ar na cavidade pleural
▪ Pneumotórax hipertensivo
Conduta e Tratamento
► Drenagem pleural
▪ Tratamento padrão
▪ 2º EIC, LHC ou 4º EIC, Linha axilar anterior
▪ Dreno em selo d’ água
▪ Aspiração pleural contínua
▪ Manter por 24h após a expansão completa do
plumão e fechamento da fistula
Conduta e tratamento
► Tratamento cirúrgico
▪ Fístula aérea maciça
▪ Permanência por mais de 5 dias
▪ Recidiva a partir do segundo episódio
▪ Bolhas suturadas, ligadas ou grampeadas com
sutura mecânica
▪ Abrasão ou pleurectomia
▪ Videotoracoscopia
Caso clínico
Identificação
R.O.R.R., 37 anos, masculino, comerciante, natural e
residente do Rio de Janeiro.

Queixa principal
Dispnéia.

História da doença atual


Paciente relata ter discutido com a esposa que o agrediu
com faca de cortar pão. Assustou-se com a quantidade de
sangue e evoluiu com dispnéia de grande intensidade.
Gritou por socorro e foi trazido ao hospital por vizinhos.
Caso clínico
► Exame físico
Hipocorado (+/4+), hidratado, anictérico,
cianose de extremidades, dispneico, grande
agitação psicomotora. Murmúrio vesicular
preservado à direita, sem ruídos adventícios
e abolido à esquerda, apresenta evisceração
em base de hemitórax esquerdo com
exposição do pulmão. Abdômen flácido e
indolor.
Caso clínico
Caso clínico
ID: A.L.C., masculino, 40 anos, casado, pedreiro, natural de Nova
Açores-BA, residente em São Paulo há doze anos, católico.

QD: “Dor no peito há um mês

HMA: Paciente referindo dispnéia aos grandes esforços (subir ladeiras


e carregar cimento), não limitante, de início há aproximadamente 1,5
anos. Há um mês iniciou quadro de dor súbita em HTD, de forte
intensidade, constante, em fisgadas, que piorava com a palpação local
e com a inspiração profunda. Após uma semana do quadro álgico,
passou a apresentar tosse seca recorrente com escassa expectoração
esbranquiçada. Procurou atendimento médico sendo medicado com
inalação de broncodilatadores e Penicilina Procaína por 15 dias, sem
melhora do quadro. Procurou então os serviços do Hospital São Paulo
Caso clínico
► Exame fisico
▪ Geral: Estado geral bom, FC: 76bpm, PA: 110 x
70 mmHg, Temp.: 36,6°C, FR: 17ipm, Peso: 56Kg,
Alt.: 1.62m, IMC: 21,3Kg/m², corado, hidratado,
anictérico, acianótico, orientado e cooperativo

▪ Tórax: Sem abaulamentos ou retrações, expansi-


bilidade discretamente diminuída em HTD, sem
cicatrizes. Dor leve à digitopressão do 4° e 5° arcos
costais. FTV diminuído em HTD. Hipersonoridade à
percussão do HTD. MV diminuído em todo o HTD, MV
presente no HTE com sibilos difusos sem estertores.
Caso clínico
Caso clínico

Conclusão:“O padrão tomográfico é


compatível com silicose em estadio de
fibrose maciça progressiva”
Referências
► Manual de Urgência e Emergências em Pronto-
Socorro. Erazo. 7ª edição.

► Medicina Interna. Harrison. 14ª edição.

► Material Unifest - Pneumotórax

► http://www.medstudents.com.br

► http://climed.epm.br

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