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ESTUDO DE CASO – 6 – 22.04.

2024

Graus de IR
A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da
função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível. A
Insuficiência renal crônica ocorre a perda parcial da função renal, de forma lenta, progressiva e
irreversível, enquanto a Insuficiência renal crônica terminal, ocorre a perda da função renal
maior do que 85 a 90%, que leva ao aumento de toxinas e água no organismo mais do que ele
consegue suportar, sendo necessário, então, iniciar um tratamento que substitua a função dos
rins.

https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-
cronica/#:~:text=A%20insufici%C3%AAncia%20renal%20pode%20ser,%C3%A9%20lenta%2C%2
0progressiva%20e%20irrevers%C3%ADvel.

Os estágios da doença renal crônica são:


• Estágio 1:
o TFG normal (>90 ml/min/1,73m2) mais albuminúria persistente ou doença renal
hereditária ou estrutural conhecida;
• Estágio 2:
o TFG de 60 a 89 ml/min/1,73m2;
• Estágio 3:
o A: 45 a 59 ml/min/1,73m2;
o B: 30 a 44 ml/min/1,73m2.
• Estágio 4:
o TFG de 15 a 29 ml/min/1,73m2;
• Estágio 5:
o TFG < 15 ml/min/1,73m2.

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-
geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7a-renal-cr%C3%B4nica/doen%C3%A7a-renal-
cr%C3%B4nica#Diagn%C3%B3stico_v1054166_pt

Pneumonia:
A pneumonia é uma infecção que afeta principalmente os pulmões. Pode acometer a
região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e,
às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). Basicamente, pneumonias são
provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por
reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Diferentes do vírus da gripe,
que é altamente infectante, os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser
transmitidos facilmente. A pneumonia infecciosa define-se como uma condensação inflamatória
aguda dos alvéolos e/ou infiltração do tecido intersticial pulmonar que resulta da ação de células
inflamatórias em resposta à agressão de um determinado agente microbiano. É ainda uma
infecção aguda do parênquima pulmonar causada por agentes químicos, ventilação ou
contaminação local. De acordo com a OMS, as crianças consideradas saudáveis são capazes de
combater infecções por meio das defesas do próprio organismo, o que não acontece com
crianças debilitada cujo sistema imunológico se encontra mais frágil e com menos defesa ou
mesmo pela subnutrição, assim como o grupo de idosos e aqueles imunocomprometidos que
presentam também baixa imunidade.
As vias respiratórias, do nariz aos bronquíolos terminais, estão constantemente
umidificadas devido a uma camada de muco que reveste a superfície em sua totalidade, este é
produzido de modo parcial por células mucosas caliciformes específicas do revestimento
epitelial das vias aéreas e parcialmente por pequenas glândulas submucosas (GUYTON). A
fisiopatologia da pneumonia está intimamente ligada ao dano direto do agente etiológico
responsável ou por via de toxinas produzidas por este, o que pode levar a distintas formas de
lesões, alterando a perfusão local e destruindo tecidos (MOREIRA E LOPES). A fisiopatologia da
pneumonia também depende da resposta inflamatória do hospedeiro, acarretando ativação da
cascata inflamatória com impacto adverso na integridade epitelial e endotelial, no tônus
vasomotor, nos mecanismos de coagulação e na ativação dos fagócitos (MOREIRA E LOPES).
Ocorre ainda bloqueio das vias respiratórias, ocasionando a captura de gases, atelectasias e
alargamento do espaço morto. Também se verifica modificações na produção e composição do
líquido surfactante (RAMIREZ, TORRETTI, 2004). West (2002) conceitua surfactante pulmonar
como um líquido que diminui expressivamente a tensão superficial dentro do alvéolo pulmonar,
prevenindo o colapso durante a expiração, a sua composição química é de 80% de fosfolipídios,
8% de lipídios e 12% de proteínas. Santos (2009) endossa que o organismo invasor desencadeia
inflamação nos bronquíolos e alvéolos, o exsudato se dissemina para os alvéolos vizinhos,
proporcionando condição propícia para uma rápida propagação de bactérias. Os alvéolos passam
a conter grande quantidade de eritrócitos, leucócitos, macrófagos e fibrina, com congestão no
lobo pulmonar ou em parte deste. A fisiologia pulmonar se altera, no início a infecção aparenta
estar localizada somente no pulmão, tornando a ventilação alveolar reduzida e o sangue flui
normalmente, o que gera diminuição nas trocas gasosas e na ventilação/ perfusão, resultando
em hipoxemia e hipercapnia. Quando a fisiologia das vias respiratórias é comprometida ocorre
à infecção dos pulmões (SOUSA, 2013). Os microrganismos afetam o trato respiratório mediante
inalação de aerossóis que estão infectados por agentes biológicos, disseminação de sangue, uma
vez a imunidade do sujeito/pessoa esteja comprometida e um microrganismo afete o trato
respiratório ou que tenha a presença de um patógeno virulento.
Em suma, é uma infecção que ocorre dentro dos sacos alveolar dos pulmões, causada
por uma variedade de micro-organismos, incluindo bactérias, vírus, fungos, e o mycoplasma.
O sintoma mais predominante da pneumonia é uma tosse profunda, com presença de
muco amarelo ou verde na cor e visto com sangue. Outros sintomas incluem a respiração da
dificuldade, a dor no peito, a febre, os frios, as dores do músculo ou de cabeça e, às vezes, o
delírio ou a confusão cognitiva.
Ela pode ser ocasionada por:
• Vírus:
o Como influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e adenovírus, a pneumonia viral
é caracterizada por sintomas semelhantes aos da gripe.
• Bactérias:
o É uma das formas mais comum;
o Streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae e
Staphylococcus aureus são frequentemente responsáveis por esse tipo;
o Sintomas incluem febre, tosse produtiva e dificuldade respiratória.
▪ Pneumonia bacteriana é uma desordem orgânica desenvolvida por
intermédio de agentes microbianos que possuem uma variabilidade de
características fenotípicas. A doença acomete tanto pacientes
ambulatoriais quanto hospitalizados. O seu prognóstico é dependente
de diversos fatores, tais como estado imunológico do indivíduo, escolha
correta da profilaxia, tempo de diagnóstico e condições ambientais.
• Fungos:
o Pneumocystis jirovecii podem causar pneumonia em pessoas com sistema
imunológico enfraquecido, como pacientes com HIV;
o Mais comum em pacientes imunocomprometidos.
• Aspirativa:
o Quando sustâncias como alimentos, líquidos ou vômitos entram nos pulmões;
o Comum em casos de engasgo, coma ou em pessoas com distúrbios neurológicos
que afetam a deglutição.
• Aspiração química:
o Inalação de substâncias químicas irritantes, como ácidos estomacais, causando
inflamação nos pulmões;
o Comum em casos de intoxicação acidental.
• Intersticial:
o Pneumonite;
o Afeta os espaços entre os alvéolos pulmonares levando a quadros de fibrose
pulmonar;
o Pode ser causada por exposição a poeira, produtos químicos ou agentes tóxicos.
• Por Legionella:
o Bactéria Legionella pneumophila;
o Associada à água contaminada, como torres de resfriamento, sistema de ar-
condicionado e banheiras de hidromassagem;
o Pode causar casos graves e é conhecida como a doença dos legionários.
• Micoplasma:
o Bactéria Mycoplasma pneumoniae;
o Sintomas leves, como tosse persistente, dor de garganta e febre;
o Comum em adolescentes e adultos jovens.
• Parasita:
o Inalação de ovos ou cistos parasitários presentes no ambiente.
O tratamento é feito dependendo do tipo de pneumonia que é, no entanto, as mais
comuns são as virais. Recomenda-se a hidratação para facilitar a eliminação das secreções
brônquicas e repor perdas da febre e respiração. Antivirais ou antibioticoterapia dependendo do
tipo.
Pode aconselhar medidas suporte como a hidratação, oxigenoterapia, ventilação
invasiva e não invasiva, nutrição e drenagem postural.
As complicações podem ser:
Prevenção:

As pneumonias são divididas em comunitárias, quando adquiridas no cotidiano, e


hospitalares, quando surgem em pacientes hospitalizados. A pneumonia hospitalar é mais grave
e mais difícil de tratar, pois é normalmente causada por bactérias mais resistentes e acomete
pacientes mais fragilizados. Pneumonias podem facilmente levar à sepse e costumam ser
importante causas de morte em idosos e pacientes imunossuprimidos.
https://www.cdra.com.br/voce-sabia-que-existem-variostipos-de-pneumonia

chrome-
extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.spp.pt/UserFiles/file/Publicacoes
_Curso_Verao_2012/Pneumonias.pdf

https://bvsms.saude.gov.br/pneumonia-
5/#:~:text=Pneumonia%20%C3%A9%20uma%20infec%C3%A7%C3%A3o%20que,entre%20um
%20alv%C3%A9olo%20e%20outro).

file:///D:/Downloads/gercimarmartins,+4+FISIOPATOLOGIA+PNEUM%C3%94NICA+p.+122-
147.pdf

Exames:
CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (Pneumonia):
• Hemocultura (PCR líquido pleural)
• IFI virus respiratórios (secreções)
• PCR virus respiratórios (secreções)
• Serologia virus respiratórios (sangue)
• IFI Chlamydia (secreções, sangue)
• Serologia Mycoplasma (sangue)
• PCR Bordetela (secreções)

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extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.spp.pt/UserFiles/file/Publicacoes
_Curso_Verao_2012/Pneumonias.pdf

file:///D:/Downloads/gercimarmartins,+4+FISIOPATOLOGIA+PNEUM%C3%94NICA+p.+122-
147.pdf

Vacinação:
O Ministério da Saúde promove atualmente três campanhas de vacinação ao ano,
juntamente com Secretarias de Saúde de estados, Distrito Federal e municípios. As estratégias
são: vacinação contra Influenza (gripe); Multivacinação para atualização da Caderneta de
Vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade; e a vacinação contra a covid-
19 que ocorre ao longo de todo o ano. As campanhas que são feitas atualmente no Brasil são:
• Vacinação da gripe;
• Vacinação em escolas;
• Multi vacinação (14 a 28 de outubro):
o Dia D de vacinação no Paraná: 21/10/2024;
o As vacinas disponibilizadas são:
▪ BCG
▪ Hepatite A
▪ Hepatite B
▪ Penta (DTP/Hib/Hep. B)
▪ Pneumocócica 10-valente
▪ Vacina Inativada Poliomielite (VIP)
▪ Vacina Oral Poliomielite (VOP)
▪ Vacina Rotavírus Humano (VRH)
▪ Meningocócica C (conjugada)
▪ Febre amarela
▪ Tríplice viral
▪ DTP (tríplice bacteriana)
▪ Varicela
▪ HPV quadrivalente
▪ dT (dupla adulto)
▪ dTpa (DTP adulto)
▪ Menigocócica ACWY
A partir de 60 anos, é obrigatório a vacinação das seguintes vacinas:
• Vacina Hepatite B (HB - recombinante) (3 doses, de acordo com histórico vacinal)
o Doenças evitadas: Hepatite B
• Vacina Difteria e Tétano (dT) (3 doses, de acordo com histórico vacinal | Reforço a cada
10 anos ou a cada 5 anos em caso de ferimentos graves)
o Doenças evitadas: Difteria e Tétano
• Vacina Febre Amarela (VFA - atenuada)
o Doenças evitadas: Febre Amarela
o Obs.: Pessoas a partir de 60 anos, que nunca foram vacinadas ou sem
comprovante de vacinação, o serviço de saúde deverá avaliar a pertinência e o
risco X benefício da vacinação.
• Vacina Difteria, Tétano, Pertussis (dTpa - acelular) (Uma dose - Reforço a cada 10 ou 5
anos, em caso de ferimentos graves | Recomendadas para profissionais da saúde,
parteiras tradicionais e estagiários da saúde, que atuam em maternidades e unidades
de internação neonatal - UTI/UCI convencional e UCI Canguru, atendendo recém-
nascidos)
o Doenças evitadas: Difteria, Tétano e Coqueluche
• Vacinas que estão em calendário vacinal, como a da gripe e covid, visto que são grupo
de risco dessas doenças.
É através do PNI (Programa Nacional de Imunização) que coordena as campanhas nacionais
de vacinação. Em 1973 foi formulado o PNI, por determinação do Ministério da Saúde, com o
objetivo de coordenar as ações de imunizações que se caracterizavam, até então, pela
descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. O PNI tornou-se ação
de governo caracterizada pela inclusão social, na medida em que assiste todas as pessoas, em
todos os cantos do país, sem distinção de qualquer natureza. Hoje, 50 anos após a sua criação,
o PNI é referência mundial em imunização.

https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao#:~:text=Campanhas%20da%20Sa%C3%BAde,-
O%20Minist%C3%A9rio%20da&text=As%20estrat%C3%A9gias%20s%C3%A3o%3A%20vacina%
C3%A7%C3%A3o%20contra,longo%20de%20todo%20o%20ano.
https://campusvirtual.fiocruz.br/portal/?q=noticia/72398#:~:text=Hist%C3%B3ria%20do%20Pr
ograma%20Nacional%20de%20Imuniza%C3%A7%C3%B5es%20(PNI)&text=Em%201973%20foi
%20formulado%20o,pela%20reduzida%20%C3%A1rea%20de%20cobertura.

Tipos de tosse:
Tosse é a expulsão súbita e forçada de ar dos pulmões. É uma das razões mais comuns
que levam as pessoas a consultar um médico. A função da tosse é limpar o as vias aéreas e
proteger os pulmões contra materiais e partículas inaladas. As pessoas podem provocar tosse
(tosse voluntária) ou de modo espontâneo (tosse involuntária).
Os tipos de tosse variam consideravelmente. A tosse pode ser caracterizada como seca
(não produtiva) ou produtiva, com expectoração de sangue ou muco (também denominado
catarro). O escarro é uma mistura de muco, detritos e células expelida pelos pulmões. Ele pode
ser claro, amarelado, esverdeado ou apresentar estrias de sangue.
Tossir com muita força pode forçar os músculos e a cartilagem das costelas, provocando
dor torácica, particularmente quando a pessoa inspira, movimenta-se ou tosse novamente.
Tosses podem causar grande desconforto e prejudicar o sono. No entanto, é muito possível que
as pessoas não a percebam o agravamento progressivo da tosse durante décadas, como pode
ocorrer com fumantes.

https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-
respirat%C3%B3rias/sintomas-de-dist%C3%BArbios-pulmonares/tosse-em-
adultos#Avalia%C3%A7%C3%A3o_v1669447_pt

Febre em idosos:
Os estudos ainda destacam que ocorre um "decréscimo de 0,15ºC na temperatura a cada
década de vida". Isso pode ter relação com as próprias mudanças naturais do envelhecimento:
o metabolismo é reduzido, há menos massa muscular, os vasos sanguíneos ficam mais
apertados, o sistema nervoso perde um pouco da capacidade de reter calor…Nós temos uma
espécie de termostato no hipotálamo, uma das regiões do cérebro. É ele quem controla a nossa
temperatura corporal. Ao longo do processo de envelhecimento, esse 'termostato natural' pode
ficar alterado. Em muitas vezes, o hipotálamo continua a funcionar direitinho durante o
envelhecimento. Nesses casos, a mudança na temperatura envolve a simples perda de calor para
o ambiente. O idoso tem mais dificuldade em reter o calor no corpo, por mudanças que
acontecem na pele e nas células de gordura. Em segundo lugar, esse grupo é mais
frequentemente acometido por doenças que afetam a regulação da temperatura, como
diabetes, distúrbios neurológicos, desnutrição e sarcopenia (perda progressiva de massa
muscular). Além disso, o uso de alguns medicamentos e a imobilidade relacionada a problemas
de locomoção também influenciam nesse processo. Terceiro, a própria dificuldade em medir a
temperatura nessa faixa etária pode levar a resultados subestimados (quando o número que
aparece no termômetro é menor do que a realidade). Isso acontece porque as áreas do corpo
onde o termômetro feito de mercúrio é colocado se modificam com o passar dos anos. Na axila,
o excesso de suor, de dobras na pele e de gordura pode atrapalhar. O mesmo ocorre no ouvido,
se há um acúmulo de cera no canal auditivo. Na boca, a falta de alguns dentes, problemas com
a salivação ou a própria dificuldade de manter o termômetro estável são complicadores. Já no
ânus, a última alternativa da lista, a barreira está na falta de conveniência de introduzir o
instrumento ali. Uma opção são os aparelhos digitais mais modernos, que fazem a aferição na
testa — mas eles são mais caros e é preciso ficar atento para trocar a bateria quando necessário.
https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-
63318757#:~:text=Ao%20analisar%20centenas%20de%20registros,para%20mais%20ou%20par
a%20menos.

Classificação de risco/como ocorre a classificação dos casos agudos (respiratórios):

Tudo depende dos sinais e sintomas que o paciente relata, se há um claro risco iminente
de morte ou de atingir órgãos alvos é considerado mais urgente.

Características do catarro:
• Esbranquiçado ou até transparente → infecção leve a moderada que está sendo
combatida pelo organismo sem maiores dificuldades;
o Indicação de que atinge o Sistema respiratório superior (narinas até a garganta);
o Resfriado ou alergia, mas pode ocorrer em casos de sinusite e até gripe;
o Alguns tipos raros de alergias alimentícias podem resultar em irritação de
garganta e catarro dessa coloração:
▪ Alergias em relação ao leite e seus derivados.
• Verde ou amarelado → presença de neutrófilos que na sua ação produz uma proteína
de cor verde;
o São empregadas para combater bactérias;
o Bronquite, pneumonia e similares.
• Escuro, marrom ou preto → comum em pessoas expostas a poluentes ou fumantes;
o A fumaça inalada resseca as vias respiratórias, engatilhando a produção de
catarro para proteção das mucosas, que toma uma cor escura por conta de
partículas de resina, alcatrão ou gás carbônico inaladas com a respiração.
• Roseado → acúmulo de líquido nos pulmões;
o Comum em problemas cardíacos, que geram acúmulo de sangue ao redor dos
pulmões, o que leva a entrada de fluidos nesses órgãos;
o A IC é uma das principais responsáveis por esse sintoma.
• Com sangue → sangramento nas vias respiratórias;
o Pode ocorrer na garganta ou nas narinas, quando o ressecamento da mucosa
gera uma hipersensibilidade e facilita a ocorrência de lesões, ou então esse
machucado se encontra ao redor dos pulmões;
o Em menores quantidades pode se tratar de uma bronquite ou lesão superior;
o Caso haja muito sangue pode indicar uma tuberculose, pneumonia ouo até
mesmo câncer de pulmão.

https://www.benegrip.com.br/saude/tratamentos-gripe/cor-do-catarro-pode-indicar-sua-
causa-entenda-o-sintoma-e-saiba-como-
tratar#:~:text=Catarro%20%C3%A9%20o%20nome%20dado,locais%2C%20mesmo%20quando
%20estamos%20saud%C3%A1veis.

Falso negativo em teste de COVID-19:


Se uma pessoa apresenta quadro gripal iniciado há um dia e faz o teste RT-PCR, pelo fato
do pico da carga viral ser após 3 a 5 dias de sintomas, o exame tem chances de dar falso-negativo,
mesmo com a pessoa estando doente.
Já o teste rápido identifica anticorpos contra a covid-19, que demoram um tempo para
ser produzidos. Por isso, ele é mais confiável após aproximadamente 8 depois do início dos
sintomas. Se o teste for realizado fora do período ideal, o risco do resultado ser falso-negativo
para covid-19 aumenta. Além disso, caso seja feita coleta de forma incorreta da amostra, há risco
de contaminação (falso-positivo) ou de pouco material do vírus (falso-negativo).

https://coronavirus.saude.mg.gov.br/blog/162-falso-negativos-
covid19#:~:text=se%20uma%20pessoa%20apresenta%20quadro,com%20a%20pessoa%20esta
ndo%20doente.

Como é o mecanismo do PCR:


RT-PCR: É um diagnóstico laboratorial, feito por biologia molecular, que permite
identificar a presença do material genético (RNA) do vírus Sars-Cov-2 em amostras de secreção
respiratória. A amostra é colhida por um profissional de saúde. Teste rápido de antígeno (TR-Ag):
Esta metodologia é capaz de detectar proteínas produzidas na fase de replicação viral. O TR-Ag
positivo determina a presença do vírus na amostra, que é colhida por meio de swab nasal ou
nasofaringe, no laboratório ou unidade de saúde. O processamento da amostra, no entanto,
pode ser realizado fora do ambiente laboratorial. Autoteste de antígeno (AT-Ag): É um teste que
poderá ser adquirido nas redes de farmácias e drogarias, em que a pessoa coleta sua própria
amostra nasal ou oral (saliva) e, em seguida, faz o teste conforme instruções do fabricante na
bula e interpreta o resultado. A metodologia é a mesma do TR-Ag.

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/fevereiro/entenda-as-diferencas-
entre-rt-pcr-antigeno-e-autoteste
Diferenças das doenças respiratórias na radiografia:
https://sanarmed.com/radiografia-de-torax-principais-achados-nas-doencas-pulmonares/

Diabetes x covid x pneumonia:


Khalili S, et al. (2020) observou que pacientes com Covid- 19 e diabetes mellitus possuem
maior chance de desenvolver um quadro de pneumonia grave, com tempo de internação
estendido e maior carência do uso da ventilação mecânica, estando mais propícios a
desenvolverem síndrome do desconforto respiratório aguda. Ele também constatou que ao fazer
a admissão os mesmos apresentavam maior frequência respiratória e menor saturação de
oxigênio, em comparação ao grupo controle.
Ainda, de acordo com Aquino P, et al., (2020), e Guo W, et al., (2020) a redução da função
anti-inflamatória e antioxidante da enzima conversora de angiotensina 2 nos pulmões, mais
precisamente nos pneumócitos, estaria relacionada à justificativa da síndrome do desconforto
respiratório agudo, pneumonia grave e necessidade de ventilação mecânica nos pacientes com
COVID-19 e DM2.

file:///D:/Downloads/admin,+27+-+051.pdf

Referência e contrarreferência em Saúde:


A Referência e a Contrarreferência em Saúde são mecanismos do Sistema Único de Saúde (SUS),
que favorecem a troca de informações na rede de atenção, o trânsito do usuário no
sistema e a continuidade do cuidado, portanto é considerada uma potente ferramenta que
promove a prática integral na saúde.
Para que ocorra a efetivação dos princípios organizacionais do SUS, faz-se
necessário lançar mão de estratégias de comunicação entre os serviços de maior e menor
complexidade que compõem o sistema, favorecendo que o usuário seja assistido com base em
seu histórico de saúde e tratamentos passados. Para que isto aconteça é preciso que
haja uma efetiva Referência e Contrarreferência em Saúde, onde um serviço informa ao
outro sobre o estado de saúde, doença e tratamento do indivíduo. A partir da existência de
uma rede horizontal de serviços, ancorada por profissionais sensíveis e compromissados,
com uma política de saúde qualificada, e que ao mesmo tempo, apoie e seja apoiada por
instituições formadoras embasadas nos mesmos referenciais, parece-nos de grande importância
seguir e perceber como a continuidade do cuidado, sua integralidade e complexidade são
efetivamente asseguradas. Desta forma, encontramos no manejo da Referência e
Contrarreferência em Saúde, um grande protagonismo que pode amparar e qualificar a
RAS.

https://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/5281/563
6

Troca e transporte de gases:


O oxigênio que chega aos alvéolos pulmonares passa para os capilares sanguíneos por
difusão simples, penetra nas hemácias e forma um complexo com a hemoglobina, chamado
oxiemoglobina. Este complexo aumenta entre 30 e 100 vezes a quantidade de oxigênio
transportado por simples difusão de oxigênio no sangue.
O sangue venoso volta aos pulmões carregado de dióxido de carbono, que também é
transportado ligado à hemoglobina – formando carboemoglobina. Ao atingir os alvéolos, há uma
troca: o dióxido de carbono é liberado e passa por difusão para o interior dos alvéolos, sendo
expelido. O processo de desligamento do dióxido de carbono da hemoglobina, nos pulmões, é
favorecido pela ligação da hemoglobina com oxigênio. Veja, a seguir, um esquema geral do
transporte dos gases.
Em condições de repouso, uma pequena parcela do transporte de oxigênio (cerca de 3%)
é realizada em sua forma dissolvida, mas durante exercícios a quase totalidade do oxigênio chega
aos tecidos ligada à hemoglobina. O transporte por hemoglobina é tão importante que, quando
este é bloqueado, ocorre a morte por asfixia: por exemplo, quando é inalado o monóxido de
carbono, este se liga irreversivelmente à hemoglobina e pode causar a morte por asfixia. Por
isso, é perigoso ficar em ambiente fechado com um carro ligado.
O transporte de gases pelo sangue também tem como função manter a acidez do
sangue, porque é a partir da reação do CO2 com a água que são formados os íons bicarbonato e
hidrogênio. Esta reação é mediada pela enzima anidrase carbônica. Na realidade, 70% do CO2 é
transportado dissolvido no sangue.

https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2434148&chapterid=19959#:~:text=O%20
mecanismo%20de%20transporte%20de%20gases&text=O%20sangue%20venoso%20volta%20
aos,interior%20dos%20alv%C3%A9olos%2C%20sendo%20expelido.
Ausculta pulmonar:
A ausculta dos sons pleuropulmonares é uma parte importante do exame físico do
sistema respiratório. Os sons auscultados na área torácica podem fornecer informações valiosas
sobre a saúde dos pulmões, pleura e vias respiratórias. Os principais sons pleuropulmonares e
suas classificações são:
• Sons normais → são os ruídos produzidos pela passagem do ar pelas vias aéreas durante
a respiração:
o Som traqueal:
▪ Audível na região de projeção da traqueia, no pescoço e região esternal.
Origina-se da passagem de ar da fenda glótica e na própria traqueia;
▪ Há componente inspiratório – composto por ruído soproso, um pouco
rude – e expiratório – ruído forte e prolongado que ocorre após curto
intervalo silencioso.
o Som brônquico:
▪ Som traqueal audível na zona de projeção dos brônquios de maior
calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno;
▪ Assemelha-se ao som traqueal, diferenciando-se dele apenas por ter
componente expiratório menos intenso.
o Murmúrio vesicular:
▪ Os ruídos respiratórios ouvidos na maior parte do tórax são causados
pela turbulência do ar circulante ao chocar-se contra as saliências das
bifurcações brônquicas, ao passar por cavidades de tamanhos
diferentes, tais como bronquíolos ou alvéolos, ou vice-versa;
▪ O componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de
tonalidade mais alta em relação ao componente expiratório que, por
sua vez, é mais fraco, de duração mais curta e tonalidade mais baixa.
Não há intervalo silencioso entre inspiração e expiração, como no som
traqueal;
▪ A diminuição do murmúrio vesicular pode resultar de presença de ar
(pneumotórax), líquido (derrame pleural) e tecido sólido na cavidade
pleural (espessamento pleural); enfisema pulmonar, dor torácica que
impeça ou diminua a movimentação torácica, obstrução das vias aéreas
superiores (espasmo ou edema de glote, obstrução da traqueia),
oclusão parcial ou total de brônquios ou bronquíolos;
▪ Pode haver alteração do murmúrio vesicular chamada prolongamento
da fase expiratória, que, em condições normais, é mais curta e suave
que fase inspiratória. Esse prolongamento aparece na asma brônquica
em crise e na DPOC avançada, traduzindo dificuldade de saída de ar.
o Som broncovesicular:
▪ Somam-se características do som brônquico com murmúrio vesicular.
Desse modo, intensidade e duração da inspiração e expiração são de
igual magnitude, ambas um pouco mais forte que murmúrio vesicular,
mas sem alcançar a intensidade do som brônquico;
▪ Em condições normais, é auscultado na região esternal superior,
interescapulovertebral superior e no nível da terceira e quarta vértebras
dorsais;
▪ Em outras regiões, indica condensação pulmonar, atelectasia por
compressão ou presença de caverna, ou seja, mesmas condições que
originam som brônquico;
▪ Para que surja esse som é necessário que na área lesionada haja
alvéolos mais ou menos normais capazes de originar o som vesicular.
• Sons anormais:
o Descontínuos: estertores finos e grossos:
▪ São representados pelos estertores, ruídos audíveis na inspiração ou
expiração, superpondo-se aos sons respiratórios normais. Podem ser
crepitantes (finos) ou subcrepitantes (grossos);
▪ Os estertores finos ou crepitantes ocorrem no final da inspiração e têm
frequência alta, isto é, são agudos. Curta duração. Não se modificam
com a tosse. Podem ser comparados ao ruído produzido pelo atrito dos
fios de cabelo. Auscultados principalmente nas zonas pulmonares
influenciadas pela força da gravidade quando originados por congestão
pulmonar;
▪ Estertores finos são produzidos pela abertura sequencial das vias
respiratórios anteriormente fechadas, devido à pressão exercida pela
presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar – isso explica
a presença de estertores finos na pneumonia e congestão pulmonar da
IVE – ou por alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas –
doenças intersticiais pulmonares;
▪ Os estertores grossos, bolhosos ou subcrepitantes têm frequência
menor e maior duração que os finos. Podem desaparecer com tosse e
são audíveis em todo o tórax. São audíveis no início da inspiração e
durante toda a expiração. Surgem por causa da abertura e fechamento
de vias respiratórias contendo secreção viscosa e espessa, bem como
pelo afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas.
Comuns na bronquite crônica e bronquiectasias.
o Contínuos: roncos, sibilos e estridor:
▪ Os roncos são constituídos por sons graves, portanto de baixa
frequência e os sibilos por sons agudos, portanto, alta frequência;
▪ Ambos originam-se nas vibrações das paredes brônquicas e do
conteúdo gasoso quando há estreitamento desses ductos, seja por
espasmo, edema da parede ou secreção aderida a ela, como ocorre na
asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas;
▪ Embora apareçam na inspiração e expiração, predominam nessa.
Surgem e desaparecem em curto período;
▪ Os sibilos também se originam de vibrações das paredes bronquiolares
e de seu conteúdo gasoso, aparecendo na inspiração e na expiração;
▪ Em geral, são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando
provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica,
como acontece na asma e bronquite;
▪ Quando bem localizados, indicam semiobstrução por neoplasia ou CE;
▪ O estridor é um som produzido pela semiobstrução da laringe ou
traqueia, o que pode ser provocado por difteria, laringites agudas, CA
de laringe e estenose de traqueia.
▪ Quando a respiração é calma e pouco profunda, sua intensidade é
pequena. Entretanto, na hiperpneia, o aumento do fluxo de ar
intensifica esse som.
o Sopros:
▪ Em certas regiões torácicas (C7 no dorso, traqueia e região
interescapular), o sopro brando é mais longo na expiração que
inspiração. Nesses casos, é normal. Porém, quando o pulmão perde sua
textura normal, como na pneumonias bacterianas, grandes cavernas e
pneumotórax hipertensivo ocorrem, respectivamente sopro tubário,
cavitário e anfórico.
o Atrito pleural:
▪ Em condições normais, os folhetos parietal e visceral deslizam um sobre
o outro, durante movimentos respiratórios, sem produzir qualquer
ruído. Na pleurite, estão recobertas de exsudato e produzem ruído
irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência
comparado ao ranger de couro atritado.
• Vocais:
o Broncofonia:
▪ O aumento da ressonância é chamado broncofonia e ocorre quando há
condensação pulmonar – RI, neoplasia ou peri-cavitária. Na atelectasia,
espessamento pleural e nos derrames, ocorre diminuição da
ressonância vocal;
▪ Broncofonia é quando se ausculta a voz sem nitidez.
o Egofonia:
▪ É forma especial de broncofonia, broncofonia de qualidade nasalada e
metálica, comparada ao balido de cabra. Aparece na parte superior dos
derrames pleurais e nas condensações pulmonares.
o Pectorilóquia fônica e afônica:
▪ Quando se ouve com nitidez a voz falada, chama-se pectorilóquia
fônica. Com a voz cochichada, pectorilóquia afônica.

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colunistas/#:~:text=A%20ausculta%20pulmonar%20%C3%A9%20o,posi%C3%A7%C3%A3o%20c
%C3%B4moda%20(quando%20poss%C3%ADvel).

Sistema respiratório:
O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e pela árvore traqueobrônquica que
comunica o parênquima pulmonar com o meio exterior, levando o ar para dentro e para fora dos
pulmões. No pulmão, as vias respiratórias ramificam-se em tubos cada vez menores, até alcançar
os menores espaços aéreos, denominados alvéolos.
O aparelho respiratório é dividido em uma porção condutora (fossas nasais, nasofaringe,
laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos) e uma porção respiratória, onde ocorrem as trocas
gasosas (bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos).
A respiração envolve a participação de um mecanismo de ventilação, permitindo o
influxo (inspiração) e efluxo (expiração) do ar, com a participação da caixa torácica (gradil costal),
músculos intercostais associados, músculo diafragma e componentes do sistema elástico (fibras
elásticas) do tecido conjuntivo do pulmão.
Além de possibilitar a entrada e a saída de ar, a porção condutora exerce as importantes
funções de limpar, umedecer e aquecer o ar inspirado. Para assegurar a passagem contínua de
ar, a parede da porção condutora é constituída por uma combinação de cartilagem, tecido
conjuntivo e tecido muscular liso, o que lhe proporciona suporte estrutural, flexibilidade e
extensibilidade, enquanto a mucosa da porção condutora é revestida pelo epitélio respiratório.
O sistema respiratório fornece oxigênio (O2) para o sangue, que é transportado até as
células do corpo e elimina dióxido de carbono (CO2) através de um processo de difusão entre os
alvéolos e o sangue, denominado hematose.
A regulação da ventilação e outros aspectos da respiração também envolvem a
passagem do ar pela laringe, o que permite a produção da fala, enquanto que o ar que passa
sobre a mucosa olfatória nas cavidades nasais transporta estímulos para o olfato. O sistema
respiratório também participa, em menor grau, de funções endócrinas (produção e secreção de
hormônios), bem como da regulação das respostas imunes a antígenos inalados.
A porção condutora é uma estrutura responsável não somente por transportar o ar, mas
também por filtrar, umedecer e aquecer antes de alcançar as porções respiratórias do pulmão.
Ela é constituída pela cavidade nasal, boca, nasofaringe, faringe, laringe, traqueia,
brônquios primários, brônquios secundários (brônquios lobares), brônquios terciários
(brônquios segmentares), bronquíolos e bronquíolos terminais.
A cavidade nasal é subdividida pelo septo nasal, cartilaginoso e ósseo em suas metades
direita e esquerda. Lateralmente, cada metade é limitada por uma parede óssea onde se
projetam três estruturas ósseas delgadas conhecidas como conchas nasais superior, média e
inferior e pela asa cartilaginosa do nariz. Nas conchas inferior e média, a lâmina própria contém
um abundante plexo venoso.
Ao passar pelas fossas nasais, o ar é aquecido, filtrado e umedecido, atribuindo-se ao
plexo venoso função importante nesse aquecimento. A cavidade nasal se comunica com o
exterior, anteriormente, através da narina, e com a nasofaringe através das coanas.
A porção anterior da cavidade nasal (vestíbulo) apresenta uma mucosa contínua com a
pele do nariz, porém, o epitélio estratificado pavimentoso da pele logo perde sua camada de
queratina e o tecido conjuntivo da derme dá origem a lâmina própria da mucosa. Os pelos rígidos
e curtos (vibrissas) e a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas existentes no vestíbulo
constituem uma barreira à penetração de partículas grosseiras nas vias respiratórias.
A porção posterior da cavidade nasal é revestida por epitélio colunar pseudoestratificado
ciliado (epitélio respiratório) rico em células caliciformes, diferentemente do vestíbulo e da
região olfativa. Esta é a maior porção das fossas nasais.
O tecido conjuntivo subepitelial (lâmina própria) é ricamente vascularizado, tem muitas
glândulas seromucosas, cuja secreção é lançada na superfície do epitélio, e abundantes
elementos linfoides, incluindo linfonodos ocasionais, mastócitos e plasmócitos. Os anticorpos
produzidos pelos plasmócitos (IgA, IgE e IgG) protegem a mucosa nasal contra antígenos
inspirados, assim como contra a invasão de micróbios.
A área olfatória é uma região situada na parte superior das fossas nasais, sendo
responsável pela sensibilidade olfatória. Essa área é revestida pelo epitélio olfatório e conjuntos
de axônios, além de uma lâmina própria subjacente de tecido conjuntivo de frouxo a denso, não
modelado, ricamente vascularizado e firmemente aderido ao periósteo, que contém as glândulas
de Bowman, secretoras de fluidos que criam uma corrente líquida contínua, que limpa os cílios
das células olfatórias, facilitando o acesso de novas substâncias odoríferas. O neuroepitélio
colunar pseudoestratificado é formado por três tipos celulares, que contém os
quimiorreceptores da olfação: células de sustentação, células olfativas e células basais.
Durante o processo de inspiração a mucosa nasal úmida filtra o ar fazendo com que
partículas, tais como as de poeira, se prendam ao muco produzido pelas células caliciformes do
epitélio e pelas glândulas seromucosas da lâmina própria. Como os cílios das células colunares
ciliadas não alcançam a camada de muco, seu movimento fica restrito a camada de fluido seroso.
Ao se moverem no fluido aquoso, os cílios varrem junto o muco (fenômeno denominado
“hidroplanagem”) na interface dos dois fluidos. Desta maneira, os cílios levam as partículas
presas no muco para a faringe onde são deglutidas ou expectoradas.
Além de filtrado, o ar também é aquecido e umedecido ao passar sobre a mucosa, que
é mantida quente e úmida por sua rica vascularização. Leitos capilares originários destes vasos
se colocam logo abaixo do epitélio. O fluxo do sangue indo da parte posterior para a anterior,
em sentido antiparalelo ao fluxo do ar, promove a transferência contínua de calor para o ar
inspirado por um mecanismo de contracorrente.
O epitélio olfativo é responsável pela percepção de odores, e também dá uma
contribuição importante para o sentido da discriminação do gosto. As moléculas de substâncias
odoríferas dissolvidas no fluido seroso ligam-se a seu receptor específico.
Quando o limiar de receptores para odor é alcançado, a célula olfativa é estimulada
gerando um potencial de ação, e a informação é transmitida através de seu axônio para o bulbo
olfativo, uma projeção do sistema nervoso central, onde ela é processada.
Do mesmo modo que os antígenos, que podem ter vários epítopos, cada um dos quais
se liga a um anticorpo específico, as substâncias odoríferas possuem várias pequenas regiões,
cada uma das quais se liga a um receptor específico para um odor.
Assim, uma determinada substância odorífera pode ligar-se a várias moléculas
receptoras de odor, ativando um certo número de neurônios olfativos e fornecendo informação
para vários glomérulos.
Vale ressaltar que um determinado glomérulo pode participar do reconhecimento de
vários aromas. A fim de impedir que um único estímulo produza respostas repetidas, o fluxo
continuado de fluido seroso das glândulas de Bowman limpa constantemente os cílios olfativos.
https://sanarmed.com/aparelho-respiratorio/

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