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MALÁRIA

CONCEITO

É uma doença infecciosa, febril, aguda


e potencialmente grave, causada por
protozoários do gênero Plasmodium,
transmitido ao homem, na maioria das
vezes pela picada de mosquitos do
gênero Anopheles infectados, também
conhecido como mosquito-prego.
Também pode ser transmitida pelo
compartilhamento de seringas,
transfusão de sangue ou até mesmo da
mãe para feto, na gravidez.
MICRORGANISMO
Protozoários do gênero Plasmodium.
Cinco espécies estão associadas à malária em seres humanos:

P.Ovale ( Continente Africano )

P.Knowlesi ( Sudeste Asiatico )

P. Vivax ( 90 % casos ) Brasil

P. Falciparum

P. Malariae
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Depende de acordo com o Plasmodium.

P. Vivax ( 10 a 30 dias )

P. Falciparum ( Mínimo 7 dias )

P. Malariae ( 18 a 30 dias )
CICLO DE TRANSMISSÃO

Envolve o PLASMÓDIUM (parasito), o ANOFELINO (mosquito vetor) e


HUMANOS.
O período de incubação entre a aquisição do parasito pela picada da fêmea
do mosquito até o surgimento dos primeiros sintomas, que varia de acordo
com a espécie de plasmódio.
 P. falciparum, mínimo de sete dias;
 P. vivax, de 10 a 30 dias
 P. malariae, 18 a 30 dias
CICLO DE TRANSMISSÃO

• O risco da transmissão depende do horário de atividade do vetor


• Os vetores são abundantes nos horários crepusculares ,ao entardecer e ao
amanhecer .
• Todo o período noturno pode-se encontrar o mosquito.
SUSCETIBILIDADE E IMUNIDADE

• Toda pessoa é suscetível.


• Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem atingir um
estado de imunidade parcial, com quadro oligossintomático, subclínico ou
assintomático.
• Total proteção clínica, até hoje não foi observada.
SINTOMAS
MALÁRIA NÃO COMPLICADA

01 02 03 04 05
Febre alta Calafrios Tremores Sudorese e dor Há pessoas que,
de cabeça (que antes de
podem ocorrer de apresentarem tais
manifestações,
forma cíclica). sentem náuseas,
vômitos, cansaço e
falta de apetite.
SINTOMAS
MALÁRIA COMPLICADA

01 02 03 04 05
Prostração Dispneia Edema de Icterícia Hiperpirexia
Alterações laboratoriais:
Hipotensão pulmão Hemoglobinúria
Convulsões anemia grave,
hipoglicemia, acidose
arterial Hemorragias Oligúria metabólica, insuficiência
Dor renal, hiperlactatemia,
abdominal Cianose hiperparasitemia.

intensa
DIAGNÓSTICO

O diagnóstico correto da infecção malárica


só é possível pela demonstração do parasito,
ou de antígenos relacionados, no sangue
periférico do paciente.

• Gota espessa
• Esfregaço delgado
• Testes de diagnóstico rápido (TDRs)
• Técnicas moleculares (PCR)
Não se deve utilizar os testes rápidos para o seguimento
clínico do paciente, porque podem ainda ser positivos,
Testes de diagnóstico rápido (TDRs) mesmo na ausência de parasitos viáveis.

A sensibilidade para P. falciparum é maior que 90%


quando comparado à gota espessa,

São de fácil execução e interpretação de resultados,


dispensam o uso de microscópio e de treinamento
prolongado de pessoal,

Não medir o nível de parasitemia e a possível perda de


qualidade quando armazenado por muitos meses em
condições de campo. Os testes rápidos apresentam como
resultado P. falciparum, P. vivax e malária mista

Apesar de menos sensíveis para P. vivax, os testes rápidos


aplicam-se ao diagnóstico dessa espécie na ausência de
microscopia ou profissional capacitado no local.
Fonte: Google.
Esfregaço delgado

“Possui baixa sensibilidade (estima-se que a gota espessa é


cerca de 30 vezes mais eficaz na detecção da infecção
malárica).
Permite, com mais facilidade, a diferenciação específica
dos parasitos a partir da análise de sua morfologia e das
alterações provocadas no eritrócito infectado.”

Fonte: Manual de Diagnóstico


Laboratorial da Malária.
Após a confirmação, o paciente recebe
o tratamento em regime ambulatorial,
com comprimidos que são fornecidos
gratuitamente em unidades do SUS.

TRATAMENTO Nos casos mais graves deverão ser


hospitalizados de imediato.

O tratamento indicado depende de alguns


fatores, como a espécie do protozoário
infectante; a idade e o peso do paciente;
condições associadas, tais como gravidez e
outros problemas de saúde; além da
gravidade da doença.
TRATAMENTO

A OMS recomenda combinações terapêuticas à base


de artemisinina (ACTs) para o tratamento da malária
causada pelo parasita P. falciparum.

Infecções por P. vivax devem ser tratadas com


cloroquina, associado à primaquina para a eliminação
das formas hepáticas latentes.

O tratamento para quadros graves de malária consiste


na administração de artesunato injetável
(intramuscular ou intravenosa)
“Gestantes e crianças com menos de 6 meses de idade não podem usar primaquina.

Infecções por P. vivax ou P. ovale, as gestantes devem usar o tratamento com cloroquina por três dias e
cloroquina profilática (5 mg/kg/dose) semanalmente até um mês de aleitamento, para prevenção de recaídas.”
– Guia de Tratamento da Malária no Brasil (p.33)
*Pacientes com deficiência de G6PD: déficit de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é um
distúrbio genético hereditário que pode resultar na destruição de glóbulos vermelhos (hemólise)
depois de uma doença aguda ou uso de certos medicamentos.
Doença de notificação compulsória e todos os casos suspeitos ou
confirmados devem ser, obrigatoriamente, notificados às autoridades
de saúde, utilizando-se as fichas de notificação e investigação.
A notificação deverá ser feita tanto na rede pública como na rede
privada conforme estabelecido no decreto 78.231, de 12 de agosto de
1976.
Região amazônica: doença de notificação compulsória regular e todo
NOTIFICAÇÃO caso suspeito de malária deve ser notificado em até sete dias às
autoridades de saúde por meio da ficha de notificação do Sivep
-Malária, sendo que as informações coletadas deverão ser registradas
no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica - Malária
(Sivep-Malária).
Região extra-amazônica: doença de notificação compulsória imediata e
todo caso suspeito deve ser notificado às autoridades de saúde em até
24 horas, pelo meio mais rápido disponível e no Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan) por meio da
ficha de notificação e investigação do SINAN
FICHA DE
NOTIFICACAO
SIVEP-MALARIA
FICHA DE
NOTIFICAÇÃO E
INVESTIGAÇÃO
DO SINAM
SITUAÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA

Dados preliminares da pasta


mostram que, nos dois
primeiros meses de 2023, já
foram registrados 21.273
casos, um aumento de 12,2%
em relação ao mesmo período
do ano passado. (abril,2023).
PREVENÇÃO

Prevenção telas em portas e


roupas que protejam
uso de mosquiteiros janelas e uso de
individual pernas e braços
repelentes.

borrifação
uso de mosquiteiros drenagem
intradomiciliar

Prevenção limpeza das margens modificação do fluxo


aterro
coletiva dos criadouros da água

pequenas obras de
condições de trabalho saneamento para
melhoramento da
e uso racional da eliminação de
moradia
terra. criadouros do vetor
REFERÊNCIAS:

• https://bvsms.saude.gov.br
• https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria
• https://portal.fiocruz.br/doenca/malaria
• https://www.bio.fiocruz.br
• Gran Cursos Online
• Guia Para Profissionais da Saúde sobre a Prevenção da Malária em Viajantes – MS
• Manual Ações de Controle da Malária – MS
• Guia de Tratamento da Malária no Brasil - MS

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