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Prof Dr Max Franco De Carvalho

Universidade Federal de Sergipe


Hospital de Cirurgia
DESVIOS ROTACIONAIS DOS
MEMBROS INFERIORES

•OBJETIVO: diferenciar desenvolvimento rotacional


fisiológico dos patológicos nos membros inferiores

•PROGRAMAÇÃO:
oINTRODUÇÃO
oEXAME CLINICO
oDESCRIÇÃO DE DEFORMIDADES ESPECÍFICAS

•TEMPO ESTIMADO: 20 minutos


INTRODUÇÃO

• Perfis rotacionais variam amplamente entre crianças


normais.

• Linha de progressão do pé em relação ao corpo


durante a marcha descreve um alinhamento rotacional:
interno, externo ou neutro .

• As forças torcionais envolvem os efeitos da versão


(osso), flexibilidade dos tecidos moles e controle
muscular.
INTRODUÇÃO
•A MOLDAGEM INTRA-UTERINA É O PRINCIPAL FATOR
RESPONSÁVEL PELA OCORRÊNCIA DE ALTERAÇÕES
ROTACIONAIS DOS MEMBROS INFERIORES

•Na medida em que as crianças crescem, as alterações


rotacionais desaparecem gradativamente.

• O nível da alteração pode ser no: quadril, joelho, perna


ou pé

• Existem 2 grupos de alterações: (1) marcha em


rotação interna e (2) marcha em rotação externa
IMPORTANTE

• DIFERENCIAR AS
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
DAS PATOLÓGICAS

• IDENTIFICAR O NÍVEL DA
DEFORMIDADE
EXAME CLÍNICO

AVALIAÇÃO DOS COMPONENTES

ESTÁTICOS
X
DINÂMICOS
(marcha)
EXAME CLÍNICO

• ÂNGULO DO PASSO: consiste no grau de rotação


medial ou lateral do pé durante a marcha.

• ÂNGULO COXA-PÉ: é formado pelo eixo da coxa em


relação ao eixo do pé com o paciente em decúbito
ventral e o joelho em flexão de 90º.

•EXAME DAS ROTAÇÕES DOS QUADRIS (tem que ser


em extensão dos quadris)
EXAME CLÍNICO
ROTAÇÃO EXTERNA DO QUADRIL
EXAME CLÍNICO
ROTAÇÃO INTERNA DO QUADRIL
EXAME CLÍNICO
ÂNGULO DO PASSO
EXAME CLÍNICO
ÂNGULO COXA-PÉ
EXAME CLÍNICO
NO NASCIMENTO:

• anteversão femoral
aproximadamente 35º

•15º de TTI

• pé MTT aduto presente

•Contratura em RE
EVOLUÇÃO NORMAL
ANTEVERSÃO FEMORAL
35º ao nascimento
30º com 1 ano
25º aos 5 anos
15º com 15 anos

TORÇÃO TIBIAL INTERNA


15º ao nascimento de TTI
5º de TTE com 1 ano
14º de TTE aos 13 anos

PÉ METATARSO ADUTO
Presente no nascimento
Mais evidente entre 6 e 12 meses

CONTRATURA EM ROTAÇÃO EXTERNA DO QUADRIL


Presente ao nascimento e persiste no 1º ano de vida
MARCHA EM ROTAÇÃO INTERNA
• Anteversão femoral
• Torção tibial interna
• Pé metatarso aduto

MARCHA EM ROTAÇÃO EXTERNA


• Contratura em rotação externa
• Torção tibial externa
MARCHA EM
ROTAÇÃO
INTERNA
ANTEVERSÃO FEMORAL

•Fqte tem incidência familiar e está associada à


frouxidão ligamentar

•Posição em “W” (sentada)

•Diagnóstico é clínico: RI e RE

•CT ajuda no diagnóstico

•80% dos casos têm correção espontânea até 8 anos


de idade
ANTEVERSÃO FEMORAL
•Tto conservador: não tem comprovação

Considerar tto cirúrgico:


•Anteversão femoral >50º
•RI>80º
•RE praticamente nula

•Osteotomia derrotatória do fêmur proximal

•ATENÇÃO: Se tiver torção tibial externa, deve


corrigir a deformidade do fêmur e da tíbia
(osteotomia derrotatória dupla)
ANTEVERSÃO FEMORAL
TORÇÃO TIBIAL INTERNA

•É comum nas crianças até 18 meses

•Manifestção da TTI geralmente durante o 2º ano de


vida

•Senta com RI das pernas

•F=M

•Geralmente é simétrica
TORÇÃO TIBIAL INTERNA
•Em crianças menores de 18 meses, 80% das que
andam em RI apresentam TTI e 1/3 está associado ao
pé MTT-aduto

•Ângulo do eixo transmaleolar: valor médio de 20º após


a primeira infância

•Diagnóstico é clínico

•TC e US podem ajudar, mas não é necessário

•Tto conservador não é efetivo


TORÇÃO TIBIAL INTERNA

•Tto cirúrgico: considerar qdo ângulo coxa-pé excede -


10º

•A cirurgia não deve ser realizada antes dos 10 anos


(pode corrigir espontaneamente)

•Osteotomia metafisária distal é o tratamento de


escolha

•Osteotomia da tíbia proximal pode causar compressão


da artéria tibial anterior e estiramento do nervo
peroneiro lateral
TORÇÃO TIBIAL INTERNA
PÉ METATARSO ADUTO

•O antepé está aduzido ao nível da articulação tarso-


metatarsiana e o pé está em posição neutra ou em
valgo leve

•Geralmente é flexível e corrige facilmente

•Bom prognóstico sem tratamento

•É importante diferenciar do pé MTT-varo rígido (retropé


valgo acentuado e e o antepé em supinação)
PÉ METATARSO ADUTO

•Diagnóstico clínico

•RX: ângulo entre o eixo do calcâneo e o 4º MTT é


usado para classificar em leve (<20º) , moderado (21º -
40º) e grave (>40º)

•Corrige espontaneamente até 3 anos de idade

•Não é possível distinguir aqueles que não irão corrigir


PÉ METATARSO ADUTO

•Deformidades menos flexíveis devem ser tratados com


gessos seriados. O tratamento é mais efetivo até 8
meses, embora possa ser realizado até 2 anos

•Se não ocorrer correção até 3 anos: liberação do


abdutor longo do hálux e da articulação tarso-MMT do
1º raio

•>3anos: osteotomia de abertura do 1º cuneiforme


associada a osteotomia de subtração do cubóide
PÉ METATARSO ADUTO
MARCHA EM
ROTAÇÃO
EXTERNA
CONTRATURA EM
ROTAÇÃO EXTERNA

•Dorme em decúbito ventral com RE dos MMII

•RE e RI praticamente ausente

•É de bom prognóstico

•Geralmente tem regressão total até o 2º ano de vida


CONTRATURA EM
ROTAÇÃO EXTERNA
TORÇÃO TIBIAL EXTERNA
•Ocorre geralmente após 5 anos e atinge em torno
de 20º de TTE em crianças mais velhas

•  da TTE geralmente tem história familiar +

•TTE ocorre muitas vezes secundariamente à


anteversão femoral

•Considerar cirurgia quando o ângulo coxa-pé é >40º



•Osteotomia derrotatória distal
TORÇÃO TIBIAL EXTERNA
Deformidades Angulares

• Desenvolvimento
Normal:
Nascimento = 10-15°
Varo
18 meses = Neutro
3 anos = 10-15° Valgo
6-7 anos = +- 7° Valgo
Deformidades Angulares

 Exame Físico:
 Distância
Intermaleolar = Até 8
cm

 Distância
Intercondilar =
Anormal após 2 anos
Causas de Geno Varo
Metabólicas
 Raquitismo

 Deficiências de vitamina D

 Deficiências de Cálcio e Fosfato


Causas de geno Varo
Displasias Ósseas
 Displasias epifisárias
 Displasias metafisárias
 Exostose familiar congênita
 Acondroplasia
 Encondromatose
Causas de Geno Varo
Deformidades Congênitas
 Tíbia vara Congênita

 Alterações congênitas no fêmur


Causas de Geno Varo
Alterações Epifisárias
 Doença de Blount

 Fraturas

 Lesões Epifisárias

 Sequelas de Osteomielite
Doença de Blount
Definição
• Descrito em 1937 por Walter Blount, como
encurvamento em varo da tíbia causado por distúrbio
epifisário medial e proximal

• Interrupção do crescimento normal da cartilagem e do


osso, causado por uma pressão anormal e excessiva do
peso da criança sobre a placa de crescimento e o osso
adjacente
Etiologia
• Distúrbio do Desenvolvimento que afeta a fise proximal
MEDIAL da tíbia, resultando numa deformidade em varo
progressiva;

• Não é congênita

• Deambulação precoce resulta em um aumento na força


aplicada sobre a fise levando a um eventual parada de
crescimento fisário medial e ósseo

• Não. há correlação conhecida com infecção, trauma ou


processos infecciosos
QUADRO CLÍNICO
- No início é idêntico ao
geno varo fisiológico
- Deformidade
multiplanar: varo +
recurvatum + rotação
interna (pode levar à
discrepância de
comprimento);

• 2 Diferenças principais:
– Gordos (> percentil 95)
– Inclinação lateral na fase
de apoio = ↑ suspeita
Blount = Fazer RX
Tipos
1. Infantil
• Mais comum;
• Início entre 1 e 3 anos e meio;
• Simétrico e bilateral;
• Associada a marcha com menos de 1 ano de idade
• Mais rapidamente progressivo, maior será
severidade;

2. Juvenil (entre 4 e 9 anos )

Geralmente Unilateral
3. Do Adolescente ( > 9 anos)
Diagnóstico
• Clínico ( queixa – joelho torto)
• Dificuldade inicial em diferenciar geno varo fisiológico
e doença de Blount
• Quando um dos joelhos é normal fica mais fácil a
diferenciação
• Saliência óssea na face medial da tíbia
• Não há edema ou dor
• Marcha claudicante com leve flexão de joelho
• Pode levar a uma instabilidade medial do joelho
Diagnóstico

• RX = panorâmico de MMII
+ RX dos joelhos com carga
e sem carga
• Alteração característica é
a lise na metafisária
proximal e medial que
pode levar a
achatamento e
alargamento da epifise
• Alterações são melhor
visualizadas após 1 e meio
Estudo Radiológico
 Ângulo Metáfiso-diafisário
(MDT), ou de Levine-Drenan:
 < 10º : probabilidade de
95% de ser varo fisiológico;
 > 16º : probabilidade de 95%
de ser Doença de Blount;
 Entre 10º e 16º : seguimento
de, no mínimo 1-2 anos,
para determinar se as
alterações metafisárias
regridem (varo fisiológico)
ou progridem (D. de
Blount);
 Bowen et al.: toda cça com
ângulo metáfiso-diafisário
> 16º progridem para
deformidade em varo (D.
de Blount).
Estudo Radiológico
 O ângulo metáfiso-diafisário (MDF) do fêmur
distal também é impotante para o diagnóstico
precoce da D. de Blount

MDF / MDT:
 >1: varo fisiológico
 <1: provavelmente o defeito se deve à deformidade da tíbia (indício
precoce de Doença de Blount)
MDF

MDF
------- > 1 – Geno Varo MDT
MDT Fisiológico
Doença de BlountParte da fise verticalizad
Classificação = Langenskiold Parada do crescimento

2 – 3 anos Alterações
Cura é Formação de barra
Estabelecidas
comum óssea
Classificação = Langenskiold

• Estagio I – ocorre até os 3 anos de idade. Notam-se


alterações epifisárias proximais, com leve varismo e
protrusão na porção medial da epifise, além de
pequenas areas de calcificação metafisária
• Estágio II – entre 2 anos e meio e 4 anos. Depressão
metafisária e lise óssea mais intensa e maior
proeminência do polo medial da metáfise. Epífise
alargada em forma de cunha mais estreita no lado
interno
Doença de BlountParte da fise verticalizad
Classificação = Langenskiold Parada do crescimento

2 – 3 anos Alterações
Cura é Formação de barra
Estabelecidas
comum óssea
Classificação = Langenskiold

 Estágio III – surge entre 4 a 6 anos. Aspecto de degrau


metafisário medial medial e calcificações isoladas na
borda medial

 Estágio IV – entre 5 a 10 anos.Diminuição da altura da


placa episifária, degrau medial bastante acentuado,
com epifise medial ocupando local de lise metafisária
Doença de BlountParte da fise verticalizad
Classificação = Langenskiold Parada do crescimento

2 – 3 anos Alterações
Cura é Formação de barra
Estabelecidas
comum óssea
Classificação = Langenskiold

 Estágio V – entre 9 e 11 anos. Protrusão epifisária


isolada como se fosse um núcleo de crescimento

 Estágio VI – 10 a 13 anos – Fechamento epifisário


medial , com crescimento ocorrendo apenas na parte
lateral da fise
Doença de BlountParte da fise verticalizad
Classificação = Langenskiold Parada do crescimento

2 – 3 anos Alterações
Cura é Formação de barra
Estabelecidas
comum óssea
Tratamento
• ÓRTESES:
- < 3 Anos;
- Langenskiold I ou II;
• Melhor Resultado qdo
UNILATERAL;
• KAFO;
• Uso durante por volta de 2 anos
• Usar até desaparecimento de
alterações ósseas
• Uso 23h/d
• Rx controle a cada 2 meses
Tratamento
ÓRTESES:
 Manter uso até angulação
neutra quando pode iniciar
descontinuação uso.

 Cirurgia geralmente é
necessária nos casos Bilaterais
em pelo menos 1 lado.
Tratamento
• Osteotomia Valgizante e
derrotatória da tíbia = realizada
em cúpula anterior e abaixo da TAT.
Deve-se tb realizar a osteotomia da
fíbula Crucial para obter correção
duradoura e evitar seqüelas devido à
incongruência articular.
• Visar Supercorreção 5° Valgo.
• IDADE IDEAL = ENTRE 4 E 5
ANOS
• Estágios I, II e III.
• Tem q corrigir rotação não so
angular!!!
Tratamento
 A partir estágio IV há epifisiodese Lateral
 Tto deve ser Individualizado
 Opções:
 Osteotomias Repetidas;
 Epifisiodese Lateral;
 Ressecção fise medial com interposição;
Tratamento
• Casos em idades após
fechamento das
Epífises podem ser
tratados com
osteotomias +
proximais;
• Elevação do platô
medial;
• Ilizarov;
Doença de Blount do
Adolescente
 > 9 anos
 Obesos
 Homem mais frequente
 Negros
 Alterações radiográficas menos intensas
 Geralmente alteração na tíbia e fêmur também
 O varo geralmente não é acompanhado de depressão
medial ou formação de barras
Quadro Clínico
 Homem
 Obeso
 Negro
 Varo
 Dor
 Instabilidade medial
Avaliação radiológica
 RX panorâmico ( traçar eixo mecânico)

 RX AP + P dos joelhos e pernas


Tratamento
 Sempre Cirurgico

se fise aberta: Pensar em hemiepifidese

se fise fechada: Osteotomias


PÉ PLANO VALGO FLEXÍVEL
DEFINIÇÃO FORMA DO PÉ COM SUSTENTAÇÃO DO PESO

 RETROPÉ VALGO

 INVERSÃO(DESAPARECIMENTO) DO ARCO
LONGITUDINAL

 ANTEPÉ SUPINADO EM RELAÇÃO AO RETROPÉ

 FLEXIBILIDADE: MOBILIDADE DA SUBTALAR E


ARCO LONGITUDINAL = REVERSÃO DAS
DEFORMIDADES
EPIDEMIOLOGIA
 INCIDÊNCIA VERDADEIRA DESCONHECIDA
(CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS)

 MAIORIA DAS CRIANÇAS /20 % DOS


ADULTOS

 ASSOCIADO A CONDIÇÃO HERDADA :


FROUXIDÃO LIGAMENTAR
PATOGÊNESE
• VERDADEIRA CAUSA : DESCONHECIDA

• DUCHENNE: FRAQUEZA MUSCULAR SUBCLÍNICA =


PÉ PLANO (REFUTADO- ENMG PÉ PLANTIGRADO ESTÁTICO)

• BASMAJIAN E STECKO : COMPLEXO OSSEO-


LIGAMENTAR =ALTURA DO ARCO LONGITUDINAL
(MUSCULATURA MANTEM EQUILÍBRIO)

• CHINA/ ÍNDIA- FATORES EXTRÍNSECOS: >


INCIDÊNCIA EM CRIANÇAS QUE USAM
CALÇADOS
ASPECTOS CLÍNICOS
• EXAME GERAL

- FROUXIDÃO LIGAMENTAR

- VARIAÇÕES TORCIONAIS E ANGULARES DOS


MMII

- MARCHA
ASPECTOS CLÍNICOS
 AVALIAÇÃO DO TORNOZELO E PÉ

- VALGO DO CALCANHAR

- PROTRUSÃO DO TORNOZELO
MEDIALMENTE

- ANTEPÉ PRONADO E ABDUZIDO


(SUPINADO EM RELAÇÃO AO
RETROPÉ)

- 1 RAIO PLANTÍGRADO
(DESAPARECE ARCO
LONGITUDINAL)

- SUPERFÍCIE DO CALCÂNEO
INCLINADA MEDIALMENTE
ASPECTOS CLÍNICOS
 AVALIAÇÃO DO TORNOZELO E

- TÁLUS RODADO
MEDIALMENTE E INCLINADO
PLANTARMENTE-
PROEMINÊNCIA MEDIAL

- DESALINHAMENTO DA COLUNA
MEDIAL (SUBLUX
TALONAVICULAR E /OU
NAVICULAR E CUNEIFORME

- PLANTA DO PÉ – APOIO COM


TODA PLANTA DO PÉ
ASPECTOS CLÍNICOS
EXAME DO PÉ

 POSIÇÃO ORTOSTÁTICA

 PONTA DOS PÉS

 JACK ’S TEST

 AVALIAÇÃO DO T DE
AQUILES –DORSIFLEXÃO
(ENCURTADO EM 25% DOS
CASOS)
JACK’ S TEST
• EFEITO MOLINETE FÁSCIA PLANTAR
- CARRETILHA – CABEÇA DO MTT
- MANIVELA – FALANGE PROXIMAL
- FIO – APONEUROSE PLANTAR
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA
PERFIL
-ALINHAMENTO TALUS – NAVICULAR- 1º
CUNEIFORME- 1º MTT

-ANG INCLINAÇÃO CALCÂNEO (CP)

-ANG TALOCALCÂNEO (NORMAL 35 A 50 º)


- ANG FLEXÃO PLANTAR TÁLUS NORMAL
26,5º

AP
-ANG TALOCALCÂNEO (NORMAL
ENTRE 20 E 40 º) PLANO- >35º

- ANG TALONAVICULAR (EIXO DO


TALO- SUP ARTC DISTAL DO
NAVICULAR)-NORMAL ENTRE 60 E 80-
- MENOR QUE 60 – DESVIO MEDIAL
DO TÁLUS
TRATAMENTO CONSERVADOR
• CO
• CONSIDERAÇÕES

- CRESCIMENTO – DIMINUIÇÃO DE GORDURA SUBCTÂNEA E ALTERAÇÕES DO


TECIDO CONJUNTIVO = REDUÇÃO DA FROUXIDÃO LIGAMENTAR E
HIPERMOBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES

- - DENNIS – WENGER – GRUPO CONTROLE X GRUPOS CALÇADOS ESPECIAIS -


ARCO PLANTAR MELHOROU EM TODOS OS GRUPOS SEM MELHORA
ADICIONAL COM USO DE ÓRTESE

- NÃO TRATAR ANSIEDADE DOS PAIS / RETORNOS REGULARES- OBSERVAÇÃO

- CONTRATURA DO TENDÃO DE AQUILES – ALONGAMENTO PROGRESSIVO

- ORTESES E PALMILHAS – ÚTEIS PARA TRATAMENTO DE SINTOMAS


SUBJETIVOS NUNCA PARA CURA DE PÉ PLANO FLEXÍVEL
EVOLUÇÃO
5 ANOS 8 ANOS
GRADAÇÃO DO PÉ PLANO PELA
IMAGEM PLANTAR
N <1/2 / G1 >1/2 <2/3 / G2 >2/3 < 3/3 / G3 > 100% / G4 SURGE ARCO LATERAL
IO ÍNDICE OVAL= DIVIDE CALCANHAR EM 2 –NORMAL PASSA PELO 2º INTERDÍGITO
TRATAMENTO CIRÚRGICO
 INDICAÇÃO

 IDEALMENTE APÓS 10 ANOS DE IDADE

 PÉS PLANOS DOLOROSOS – FALHA DO TTO


CONSERVADOR ( EX :CONTRATURA DO T DE
AQUILES)
TRATAMENTO CIRÚRGICO
 TÉCNICAS

 PROCEDIMENTOS DE PARTES MOLES


- TRANSFERENCIA DE TENDÕES
- AVANÇOS LIGAMENTARES

INSUCESSOS E RECIDIVAS
TRATAMENTO CIRÚRGICO
TÉCNICAS
• ARTRODESES – EVOLUEM NA CRIANÇA COM ARTRITE
DEGENERATIVA- EFICAZES NO PÉ PLANO DOLOROSO ADULTO

• ARTRÓRISE – ESTABILIZAÇÃO DA SUBTALAR COM IMPLANTE


POR TEMPO LIMITADO

• OSTEOTOMIAS

- DESLIZAMENTO DO CALCÂNEO
- ALONGAMENTO DO CALCÂNEO
TRATAMENTO
• OSTEOTOMIA DE
CIRÚRGICO
DESLIZAMENTO DO
CALCÂNEO

-MELHORA VALGO COM


DEFORMIDADE
COMPENSATÓRIA

- NÃO CORRIGE POSIÇÃO


VICIOSA DA
SUBTALAR(DESLOC LAT
DO NAVICULAR SOBRE
O TÁLUS)
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• OSTEOTOMIA DE
ALONGAMENTO DO
CALCÂNEO – EVANS

- CORRIGE TODOS OS
COMPONENTES DA
DEFORMIDADE

- ALONGAMENTO DO T DE
AQUILES

- AVALIAR NECESSIDADE DE
CORRIGIR SUPINAÇÃO DO
ANTEPÉ (OSTEOTOMIA
CUNHA FECHADA PLANTAR
DO CUNEIFORME MEDIAL)
Coalisão Tarsal
 Definição
 Fusão congênita entre dois ou mais ossos do tarso,
 Grau variável (fibroso/ósseo)
 Pé plano valgo rígido
 Incidência menor ou igual a 1%
 Mais importantes clinicamente:
 Ponte talo-calcaneana
 Barra calcâneo-navicular
 Mais freq:
 Tc
 cn
 Associações:
 Sd de Apert
 Sd de Nievergelt-Pearlman
 Etiologia
 Falta de diferenciação e
segmentação do mesênquima
 Hereditariedade
 Autossômico dominante
Quadro Clínico
 Bilateralidade
 C-N = 60%
 T-C = 50%
 T-N ~100%
 Sintomas (dor na subtalar ou médio-társica)
 assintomático até o período de ossificação da barra:
 C-N = 8-11a
 T-C = 12 a 16a
 T-N = 2a

 faceta média - maior carga


 Progressiva restrição dos movimentos, especialmente na
face medial, levando ao valgismo e achatamento do arco
longitudinal
Quadro Clínico
 Ausência do varismo ao apoiar-se na ponta dos pés (pé
plano espástico fibular)
 Coalisão talo-navicular: queixa de deformidade medial
do pé
 Ocasionalmente :Espasmo dos tendões TA e TP = 
varismo
Quadro Radiológico
 Rx AP, perfil e oblíqua:
 talo-navicular
 calcâneo-cuboídeo
 calcâneo-navicular
 Oblíqua 45º com apoio
unipodálico sobre o filme e feixe
de L p/ M
 talo-calcaneana
 Axial do calcâneo com 45º de
inclinação
Quadro Radiológico
 Observar as facetas do
calcâneo
ângulo do sustentáculo 30º-
45º: facetas média e
posterior

incidência lateral
dorso-plantar:
articulação talo-
calcaneana

medial axial (artic média)e lateral axial (post)


Quadro Radiológico

Art Sub talar Faceta anterior: incidência


lateral dorso-plantar (45 graus de inclinação)
Art Sub talar faceta média: pé dorsifletido
rodado 60 º medial. Raio axial com 10 º de
inclinação cefálica
Art Sub talar faceta posterior: pé dorsifletido
rodado 60 º lateral. Raio axial com 10 º
cefálico
lateral axial (post)
Quadro Radiológico
 A coalisão T-C pode se dar de diversas maneiras:
Quadro Radiológico
 Sinais indiretos da coalisão:
 esporão dorsal do tálus
 alongamento do processolateral do tálus e pinçamento
da subtalar
 aumento da inclinação das facetas média e posterior
 Na dúvida: tomografia
Tratamento
 Durante o crescimento:
 cunha calcânea de 3,5, salto de Thomas, contraforte
lateral estendido e suporte do arco longitudinal
 Tratamento cirúrgico: indicado pela dor e espasmos
musculares crônicos
Tratamento
 COALISÃO TALOCALCANEANA MEDIAL
 Exploração observando a talo-navicular e face medial da
subtalar
 Se houver união talo-calcaneana completa medial e o
retropé for aceitável (valgo<15º) = artrodesar soomente a
artic talo-navicular.
 Se a coalisão for incompleta, estabiliza-se a articulação
através da artrodese tríplice
 A coalisão medial rudimentar ou incompleta pode ser
excisada
 LW - não conclui qual a melhor técnica
Tratamento
 COALISÃO CALCANEONAVICULAR
 Ressecção da barra + interposição de tecido adiposo da
região glútea
 Artrodese tríplice
 LW: técnica de Cowell - interposicão do extensor curto
dos dedos

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