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UP CURSOS 2023

Conceito de Biomagnetismo

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Introdução ao estudo dos seres vivos.................................................................2

Os vírus...............................................................................................................4

Os moneras.........................................................................................................6

Os protistas........................................................................................................10

Os fungos...........................................................................................................12

As plantas..........................................................................................................14

Os animais.........................................................................................................16

Diversidade e evolução dos organismos...........................................................19

Interações entre organismos.............................................................................22

Universalidade: bioquímica, células e o código genético..................................24

Referências bibliográficas.................................................................................27

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS SERES VIVOS

Um organismo ou corpo na biologia, é qualquer ser individual que incorpore as


propriedades da vida, e também é um conjunto
de átomos (hidrogênio, carbono, nitrogénio, oxigênio, enxofre, fósforo e outros
elementos químicos) e moléculas (água, sais
minerais, proteínas, lipídios, carboidratos, macrociclos e ácidos nucleicos), que
formam uma estrutura material muito organizada e complexa. É um sinônimo
de "compleição", "constituição", "estrutura", "físico", "temperamento", "forma de
vida", "ser vivo", "organismo vivo", "vida", "biota", "criatura", "espécime",
"espécimen", "indivíduo", "ser", "ente", "existência", "pessoa".

Os organismos são classificados pela taxonomia em grupos como organismos


multicelulares, como animais, plantas e fungos; ou micro-
organismos unicelulares, como protistas, bactérias e arqueias. Todos os tipos
de organismos são capazes de reprodução, crescimento e
desenvolvimento, manutenção e algum grau de resposta
a estímulos. Humanos, lulas, cogumelos e plantas vasculares são exemplos de
organismos multicelulares que diferenciam tecidos e órgãos especializados
durante o desenvolvimento.

Um organismo pode ser um procariontes ou um eucariotos. Os procariontes


são representados por dois domínio separados – bactérias e arqueias.
Organismos eucarióticos são caracterizados pela presença de um núcleo
celular ligado à membrana e contêm compartimentos adicionais ligados à
membrana chamados organelos (como mitocôndrias em animais e plantas
e plastídeos em plantas e algas, geralmente considerados derivados de
bactérias endossimbióticas). Fungos, animais e plantas são exemplos
de reinos desses organismos dentro dos eucariotos.

Um organismo pode ser definido como um conjunto de moléculas que


funcionam como um todo mais ou menos estável, que exibe as propriedades
da vida. As definições de dicionário podem ser amplas, usando frases como
"qualquer estrutura viva, como planta, animal, fungo ou bactéria, capaz de
crescer e se reproduzir". Muitas definições excluem vírus e possíveis formas
sintéticas vida não orgânica, pois os vírus dependem da maquinaria bioquímica
de uma célula hospedeira para reprodução. Um superorganismo é um
organismo que consiste em muitos indivíduos trabalhando juntos como uma
única unidade funcional ou social.

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Organismos são sistemas químicos complexos, organizados de maneira a
promover a reprodução e alguma medida de sustentabilidade ou sobrevivência.
As mesmas leis que governam a química não-viva governam os processos
químicos da vida. Geralmente são os fenômenos de organismos inteiros que
determinam sua adequação a um ambiente e portanto, a capacidade de
sobrevivência de seus genes baseados em DNA.

Os organismos devem claramente sua origem, metabolismo e muitas outras


funções internas aos fenômenos químicos, especialmente a química de
grandes moléculas orgânicas. Organismos são sistemas complexos
de compostos químicos que, por meio da interação e do ambiente,
desempenham uma ampla variedade de papéis.

Organismos são sistemas químicos semi-fechados. Embora sejam unidades de


vida individuais (conforme a definição exige), elas não estão fechadas ao
ambiente ao seu redor. Para operar, eles constantemente absorvem e liberam
energia. Os autotróficos produzem energia utilizável (na forma de compostos
orgânicos) usando a luz do sol ou compostos inorgânicos, enquanto
os heterotróficos absorvem compostos orgânicos do ambiente.

Biologia é a ciência que estuda a vida e os organismos vivos. A biologia está


dividida em vários campos especializados que abrangem
a morfologia, fisiologia, anatomia, comportamento, origem, evolução e
distribuição da matéria viva, além dos processos vitais e das relações entre os
seres vivos. As subdisciplinas da biologia são definidas pela escala em que a
vida é estudada, os tipos de organismos estudados e os métodos utilizados
para estudá-los: a bioquímica examina a química rudimentar da vida; a biologia
molecular estuda as interações complexas entre as moléculas biológicas;
a biologia celular examina o bloco básico de construção de toda a vida,
a célula; a fisiologia examina as funções físicas e químicas
dos tecidos, órgãos e sistemas de órgãos; a ecologia examina como os
organismos interagem em seu ambiente; e a biologia evolutiva examina os
processos evolutivos que provavelmente produziram a diversidade da
vida.[5] Apesar do amplo escopo e da complexidade da ciência, existem certos
conceitos unificadores que o consolidam em um único campo coerente.
Geralmente, a biologia reconhece a célula como a unidade básica da vida,
os genes como a unidade básica da hereditariedade, e a evolução como o
motor que impulsiona a criação de novas espécies.

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OS VÍRUS

Os Vírus normalmente não são considerados organismos porque são


incapazes de reprodução, crescimento ou metabolismo autônomos. Embora
alguns organismos também sejam incapazes de sobrevivência independente e
vivam como parasitas intracelulares obrigatórios, são capazes de metabolismo
e procriação independentes. Embora os vírus possuam algumas enzimas e
moléculas características dos organismos vivos, eles não possuem
metabolismo próprio; eles não podem sintetizar e organizar os compostos
orgânicos dos quais são formados. Naturalmente, isso exclui a reprodução
autônoma: eles só podem ser replicados passivamente pelo maquinário
da célula hospedeira. Nesse sentido, eles são semelhantes à matéria
inanimada.

Enquanto os vírus não sustentam um metabolismo independente, e portanto,


geralmente não são classificados como organismos, eles têm seus
próprios genes e evoluem por mecanismos semelhantes aos mecanismos
evolutivos dos organismos. Assim, um argumento de que os vírus devem ser
classificados como organismos vivos é sua capacidade de sofrer evolução e
replicar através da auto-montagem. No entanto, alguns cientistas argumentam
que os vírus não evoluem nem se auto-reproduzem. Em vez disso, os vírus são
desenvolvidos pelas células hospedeiras, o que significa que houve co-
evolução de vírus e células hospedeiras.

Se as células hospedeiras não existissem, a evolução viral seria impossível.


Isso não é verdade para células. Se os vírus não existissem, a direção da
evolução celular poderia ser diferente, mas as células seriam capazes de
evoluir. Quanto à reprodução, os vírus dependem totalmente do maquinário
dos anfitriões para se replicar. A descoberta de vírus com genes que codificam
o metabolismo energético e a síntese de proteínas alimentou o debate sobre se
os vírus são organismos vivos.

A presença desses genes sugeria, que os vírus já foram capazes de


metabolizar. No entanto, verificou-se mais tarde, que os genes que codificam o
metabolismo energético e proteico têm origem celular. Muito provavelmente,
esses genes foram adquiridos através de transferência horizontal de genes de
hospedeiros virais.

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Nucleocapsídeo = capsídeo + ácido nucléico

Vamos analisar a estrutura do vírus desde as porções mais internas até a mais
externas.

Os vírus possuem como material genético o ácido desoxirribonucleico (DNA)


ou o ácido ribonucleico (RNA), nunca ocorrendo os dois tipos de ácido
nucléicos juntos em um mesmo vírus. Existem, portanto, vírus de DNA e vírus
de RNA.

O ácido nucléico apresenta-se sempre envolto por uma cápsula protéica


denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas
para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucléico que ele envolve são
denominados nucleocapsídeo.

Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos


vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que
eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da
maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às
partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca),
enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que
infectam procariontes (domínios bacteria e archaea).Os vírus são seres muito
simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por
uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo
de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus).

Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido


nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula
proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são
específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele
envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas
pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope
externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados
ou envelopados.

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OS MONERAS

Monera é um reino biológico que inclui todos os organismos vivos que


possuem uma organização celular procariótica, como bactérias, cianobactérias
e arqueobactérias. O termo Monera na classificação atual encontra-se
obsoleto, e seus integrantes foram divididos entre os
reinos Eubacteria e Archaea, no sistema de três domínios e/ou de seis/oito
reinos. Algumas vezes o reino Monera, era chamado de "Procariontas" ou
"Prokaryotae". Na influente classificação de Lynn Margulis, o termo Monera
significava o mesmo que Procarionte, e deste modo continua sendo usada em
muitos manuais, livros e textos.

Monera - Reino das Bactérias e Cianobactérias (ou algas azuis)

O reino monera é um grupo que inclui todos os organismos vivos que são
procarióticos, como bactérias, cianobactérias e arqueobactérias.

A princípio, pela extensa existência desses organismos vivos, os seus habitats


abrangem uma grande diversidade de ambientes, como o solo, a água e o
interior dos próprios organismos. Por serem coloniais, os compositores do reino
monera tem a habilidade de formar grupos de varias formas, mas também
podem viver isoladamente.

Praticamente toda a vida animal na Terra depende das bactérias para


sobreviver, já que somente bactérias e algumas arqueias possuem os genes e
enzimas necessários para sintetizar a vitamina B12 (também conhecida
como cobalamina), fornecendo-a através da cadeia alimentar. A vitamina B12 é
uma vitamina solúvel na água envolvida no metabolismo de todas as células do
corpo humano. Ela é um cofator na síntese do DNA e no metabolismo do ácido
graxo e dos aminoácidos. Ela também é particularmente importante no
funcionamento normal do sistema nervoso através do seu papel na síntese
da mielina.

As bactérias podem ser encontradas na forma isolada ou em


colônias.[24] Podem viver na presença de ar (aeróbias), na ausência de ar
(anaeróbias) ou, ainda, serem anaeróbias facultativas.

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Segundo a Teoria da Endossimbiose, dois organelos celulares,
as mitocôndrias e os cloroplastos teriam derivado de uma
bactéria endossimbionte, provavelmente autotrófica, antepassada das
atuais cianobactérias.

Os seres vivos estão atualmente divididos em três domínios: bactérias


(Bacteria), arqueias (Archaea) e eucariontes (Eukarya). Nos domínios Archaea
e Bacteria estão incluídos os organismos procariontes, isto é, aqueles cujas
células não possuem um núcleo celular diferenciado, enquanto no
domínio Eukarya estão incluídas as formas de vida mais conhecidas e
complexas (protistas, animais, fungos e plantas).

O termo "bactéria" era tradicionalmente aplicado a todos os microrganismos


procarióticos. No entanto, a filogenia molecular foi capaz de demonstrar que os
microrganismos procarióticos são divididos em dois domínios, originalmente
denominados Eubacteria e Archaebacteria, e agora renomeados como Bacteria
e Archaea,[32] que evoluíram independentemente a partir de um ancestral
comum. Esses dois domínios, juntamente com o domínio Eukarya, constituem
a base do sistema dos três domínios, que é atualmente o sistema de
classificação mais utilizado na bacteriologia.

O termo Monera, atualmente em desuso, na antiga classificação dos cinco


reinos, significava o mesmo que procariótico, e assim segue sendo usado em
muitos manuais e livros de biologia.

A maioria das espécies de bactérias são esféricas, chamadas


de cocos (sing. coccus, do Grego kókkos, grão, semente), ou em forma de
bastão, chamadas de bacilos (sing. bacillus, do Latim baculus,
bastão). Algumas bactérias, chamadas de vibriões, têm a forma de bastonetes
ligeiramente curvos ou em forma de vírgula; outras podem ter forma de espiral,
chamadas de espirilos, ou firmemente enroladas, como é o caso
das espiroquetas. Um pequeno número de outras formas incomuns também foi
descrito, como bactérias em forma de estrela. Essa grande variedade de
formas é determinada pela parede celular bacteriana e pelo citoesqueleto. Essa
variedade é importante porque pode influenciar a capacidade das bactérias de
adquirir nutrientes, fixar-se às superfícies, nadar através de líquidos e escapar
de predadores.

A classificação das bactérias mudou nos últimos anos, de forma a refletir o


conhecimento atual sobre filogenia, como resultado dos recentes avanços na
sequenciação dos genes, na bioinformática e na biologia computacional.
Atualmente as bactérias compõem um dos três domínios do sistema de
classificação cladístico

A descoberta da estrutura celular procariótica, distinta de todos os


outros organismos (os eucariontes), levou os procariontes a serem

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classificados como um grupo separado ao longo do desenvolvimento dos
esquemas de classificação de seres vivos. As bactérias foram inicialmente
classificadas entre os animais por Ehrenberg em 1838, agrupadas com
os fungos na classe Schizomycetes (Naegeli, 1857), incluiu-as por Ernst
Haeckel na ordem Moneres dentro do reino Protista em 1866[120] e
classificadas com as "algas azuis" (cianobactérias) dentro das plantas na
divisão Schizophyta (Cohn, 1875). Em 1938, foram incluídas entre
os procariotas no reino Mychota por Copeland e em 1969 no
reino Monera por Whittaker.

Em 1977, com o advento das técnicas moleculares, Carl Woese dividiu os


procariotas em dois grupos, com base nas sequências "16S" do RRNA, que
chamou de Eubacteria e Archaebacteria, mais tarde, renomeados por ele
próprio para Bacteria e Archaea. Woese argumentou que estes dois grupos,
em conjunto com os eucariotas, formam domínios separados com origem
e evolução separadas a partir de um organismo primordial. Desta forma, as
bactérias poderiam ser divididas em vários reinos, mas normalmente são
tratadas como um único reino, dividido em filos ou divisões. São geralmente
consideradas um grupo monofilético, mas esta noção tem sido contestada por
alguns autores. Alguns cientistas, no entanto, consideram que as
diferenças genéticas entre aqueles dois grupos procariotos não justificam a
divisão e que tanto as arqueobactérias como os eucariontes provavelmente se
originaram a partir de bactérias primitivas.

Vulgarmente, utiliza-se o termo "bactéria" para designar também as archaeas,


que actualmente constituem um domínio separado. As cianobactérias (as
"algas azuis") são consideradas dentro do domínio Bacteria.

Além da sequência do RNA ribossomal, arqueias e bactérias diferem, entre


outras características, na constituição química da parede celular. As arqueias
não apresentam, em sua parede celular, o peptidoglicano, constituinte típico
das bactérias.

Coleta de amostras: é a primeira etapa para o isolamento e identificação.


Varia conforme a fonte da amostra ou habitat da bactéria. Uma coleta de
amostra de um rio para análise de coliformes terá metodologia diferente
daquela feita a partir dos tecidos ou secreções infectadas de um doente e
assim por diante.

Cultivo: as amostras podem ser cultivadas em meios de enriquecimento ou


não antes de serem transferidas para placas de Petri com o meio de
cultura apropriado. Podem ser empregados meios de cultura seletivos para
determinados grupos metabólicos de bactérias.

Identificação: vários métodos podem ser empregados para identificar espécies


ou outros grupos bacterianos. Tais métodos muitas vezes são usados ao

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mesmo tempo e costumam ser empregados em colónias bacterianas
previamente isoladas. O tipo de colônia já pode sugerir o organismo em
questão: de uma forma geral, os bacilos gram negativos apresentam colônias
brilhantes, úmidas ou cremosas; os estafilococos apresentam colônias médias
opacas e os estreptococos colônias pequenas e opacas (podendo ser
hemolíticas ou não, quando são cultivadas em ágar sangue de carneiro 5%).

Técnicas de coloração: na técnica de Gram ou na técnica de Ziehl-Neelsen,


colônias bacterianas são espalhadas numa lâmina, onde são fixadas e
coloridas. Em seguida, as bactérias são observadas ao microscópio óptico e
identificadas pela morfologia e coloração.

Testes bioquímicos: diferentes meios seletivos e podem ser empregados para


avaliar a capacidade de ou a diferença na metabolização de certas substâncias
por bactérias. A sensibilidade a diversos fatores também pode ser avaliada,
assim como teste de sensibilidade aos antibióticos.

Análises moleculares como a reação em cadeia da polimerase também podem


ser usadas para identificação bacteriana, mesmo sem isolamento de colônia.

As bactérias são organismos extremamente adaptáveis e, por isso,


extremamente capazes de viver em qualquer ambiente da Terra. Estas,
encontram-se presentes na atmosfera, até uma altitude de 32 000 metros, e no
interior da superfície terrestre, até uma profundidade de 3 000 metros. Existem
ainda espécies que vivem nas fontes quentes das profundidades oceânicas,
onde a temperatura ronda os 250 °C e a pressão é de 265 atmosferas
enquanto isso, outras conseguiram adaptar-se a ambientes
extremamente ácidos ou alcalinos. Os vários tipos de bactérias podem ser
prejudiciais ou úteis para o meio ambiente e para os seres vivos. Com técnicas
da biotecnologia já foram desenvolvidas bactérias capazes de produzir drogas
terapêuticas, como a insulina.

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OS PROTISTAS

Protista ou Protoctista é um reino de organismos eucariontes (uma célula com


núcleo). Inclui todos os eucariontes que não podem ser classificados como
parte dos reinos Animalia (animais), Plantae (plantas) ou Fungi (fungos)

Os Protozoários foram classificados por Goldfuss em 1818 como um filo,


Protozoa pertencente ao Reino Animal. Goldfuss descreveu os protozoários
como sendo micro-organismos unicelulares heterotróficos, semelhantes a
animais, o antigo reino Protozoa (do grego Proto que em português significa
primeiro) e (Zoa ou zoo que em português significa animal ou animais) portanto
o termo protozoário "em português" significa literalmente "os primeiros animais"
e devido a isso foram classificados no Filo Protozoa como se fossem "animais
microscópicos" e por conseguinte estavam incluídos no Reino Animal.

O termo criado por Ernst Haeckel em 1866, dividia esse reino em três grupos:

Protozoa ("semelhantes a animais"): Esses organismos móveis


são heterotróficos e, às vezes, parasitas. São subdivididos
em Flagellata (flagelados), a Ciliophora (ciliados), a Amebas (fazem fagocitose)
e a Sporozoa (formadores de esporos);

Protophyta ("semelhantes a plantas"): Esses organismos autotróficos são


representados principalmente por algas unicelulares.
Os dinoflagelados, diatomáceas e euglenas eram considerados protistas que
fazem fotossíntese. Atualmente são classificadas como parte dos
grupos Chromista, Excavata, Rhizaria ou Alveolata;

Bolores ("similares a fungos"): bolor de pão e o lodo são


organismos saprófitos. Estes são protistas são decompositores e vivem nos
rios. Possuem formas celulares e acelulares.

As classes de micro-organismos anteriormente classificadas


como algas (parafilético) antigamente faziam parte do Reino Protista. Hoje, as
algas procariontes são as cianobactérias (Cyanobacteria ou algas azuis),
classificadas como bactérias do Reino Monera. As algas
verdadeiras Rodophyta (algas vermelhas) e Chlorophyta (algas verdes), que
são seres pluricelulares estão contidas no Reino Vegetal (Archaeplastida),

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enquanto as Phaeophyta (algas pardas) são consideradas como pertencentes
ao Reino Chromista.

Podem ser autotróficos (do grego: "autos", por si mesmo + "trophé", nutrição;
literalmente "seres que alimentam a si mesmos"), ou seja, protistas que
possuem clorofila e fazem a fotossíntese; no entanto, existem também outros
protistas que são heterotróficos, ou seja, incapazes de fazer fotossíntese e que
se alimentam de matéria orgânica. Protistas autotróficos, constituem a maior
parte do plâncton marinho e dulcícula, são os mais
importantes produtores nesses ecossistemas aquáticos.

No reino protista a reprodução pode ser sexuada ou assexuada , a maioria


sendo assexuado principalmente pelo método de bipartição, também conhecida
como cissiparidade ou divisão binária, num processo de reprodução
assexuada. Assim como nas bactérias, a célula cresce, têm seu núcleo dividido
em dois, depois o resto da célula se divide, originando duas células
geneticamente idênticas.

Os protozoários causam oito doenças em humanos:

Tripanossomas: causam chagas e doença do sono;

Toxoplasma: causa toxoplasmose;

Plasmodium: causa malária;

Leishmanias: causam leishmaniose tegumentar e calazar;

Entamoeba: causa amebíase;

Giardia: causa giardíase;

Trichomonas: causa uma DST chamada tricomoníase.

Thomas Cavalier-Smith propôs o Reino Chromalveolata, entretanto ainda não


esclareceu muitas linhas diferentes de protistas cujas relações não são
compreendidas por este sistema de classificação que ele sugeriu.
Os cladistas consideram os vários clades de Protistas como subgrupos diretos
dos eucariotas, com a admissão de que não conhecem ainda o suficiente sobre
eles para arranjá-los em uma hierarquia.

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OS FUNGOS

O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas (ou eucariontes), que


inclui micro-organismos tais como as leveduras, os bolores, bem como os mais
familiares cogumelos.

Os fungos são classificados num reino separado


das plantas, animais e bactérias. Uma grande diferença é o facto de as células
dos fungos terem paredes celulares que contêm quitina e glucanos, ao
contrário das células vegetais, que contêm celulose. Estas e outras diferenças
mostram que os fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre
si, denominado Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e que partilham
um ancestral comum (um grupo monofilético). Este grupo de fungos é distinto
dos estruturalmente similares Myxomycetes (agora classificados
em Myxogastria) e Oomycetes. A disciplina da biologia dedicada ao estudo dos
fungos é a micologia, muitas vezes vista como um ramo da botânica, mesmo
apesar de os estudos genéticos terem mostrado que os fungos estão mais
próximos dos animais do que das plantas.

Os fungos têm uma distribuição mundial, e desenvolvem-se numa grande


variedade de habitats, incluindo ambientes extremos como desertos, áreas com
elevadas concentrações de sais ou radiações ionizantes, bem como em
sedimentos de mar profundo. Alguns podem sobreviver às intensas
radiações ultravioleta e cósmica encontradas durante as viagens espaciais.

A maioria desenvolve-se em ambientes terrestres, embora várias espécies


vivam parcial ou totalmente em ambientes aquáticos, como o
fungo quitrídio Batrachochytrium dendrobatidis, um parasita responsável
pelo declínio global das populações de anfíbios. Este organismo passa parte do
seu ciclo de vida na forma de um zoósporo móvel, o que lhe permite propulsar-
se através da água e entrar no seu hóspede anfíbio. Outros exemplos de
fungos aquáticos incluem aqueles que vivem em zonas hidrotermais dos
oceanos.

Estão descritas formalmente pelos taxonomistas cerca de 100 000 espécies de


fungos, mas a biodiversidade global do reino dos fungos não é totalmente
compreendida. Com base em observações do quociente entre o número de
espécies de fungos e o número de espécies de plantas em ambientes
selecionados, estima-se que o reino dos fungos contenha cerca de 1,5 milhões
de espécies. Em termos históricos, em micologia, as espécies têm sido
distinguidas por vários métodos e conceitos. A classificação baseada nas
caraterísticas morfológicas, como o tamanho e forma dos esporos ou das

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estruturas frutíferas, tem dominado tradicionalmente a taxonomia dos
fungos. As espécies podem também ser distinguidas pelas suas
caraterísticas bioquímicas e fisiológicas, tais como a sua capacidade para
metabolizar certos compostos bioquímicos, ou a sua reação a testes químicos.
O conceito biológico de espécie discrimina as espécies com base na sua
capacidade de acasalamento. A aplicação de ferramentas moleculares, como
a sequenciação de ADN e a análise filogenética, no estudo da diversidade
melhorou significativamente a resolução e aumentou a robustez das
estimativas da diversidade genética nos vários grupos taxonómicos.

O crescimento dos fungos como hifas em substratos sólidos ou como células


singulares em ambientes aquáticos, está adaptado para a extração eficiente de
nutrientes, pois estas formas de crescimento têm uma razão entre a área
superficial e o volume bastante alta. As hifas estão especificamente adaptadas
ao crescimento sobre superfícies sólidas e à invasão de substratos e
tecidos. Podem exercer grandes forças mecânicas penetrativas; por exemplo, o
patógeno vegetal Magnaporthe grisea forma uma estrutura
chamada apressório que evoluiu de forma a perfurar tecidos vegetais. A
pressão gerada pelo apressório, dirigida contra a epiderme da planta, pode
exceder os 8 MPa (80 bar). O fungo filamentoso Paecilomyces lilacinus, usa
uma estrutura semelhante para penetrar os ovos de nemátodos.

Tradicionalmente, os fungos são considerados heterotróficos, organismos que


dependem exclusivamente do carbono fixado por outros organismos para o seu
metabolismo. Os fungos desenvolveram um grau elevado de versatilidade
metabólica, o que lhes permite utilizar uma variedade de substratos orgânicos
para o seu crescimento, incluindo compostos simples
como nitrato, amónia, acetato, ou etanol.

Demonstrou-se para algumas espécies que o pigmento melanina pode ter um


papel na extração de energia da radiação ionizante, como a radiação gama;
porém, esta forma de crescimento radiotrófico foi descrita apenas em algumas
poucas espécies, os efeitos nas velocidades de crescimento são pequenos, e
os processos biofísicos e bioquímicos subjacentes são desconhecidos. Os
autores especulam que este processo pode ter semelhança com a fixação
do dióxido de carbono via luz visível, mas utilizando radiação ionizante como a
fonte de energia.

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AS PLANTAS

O presente Reino Plantae deriva directamente de um dos três reinos


naturais da Antiguidade Clássica Europeia, definidos por Aristóteles (384
a.C. — 322 a.C.) para acomodar os três grandes agrupamentos em que
subdividia o mundo natural: os minerais; as plantas; e os animais. Em
consequência, Aristóteles dividia todos os seres vivos em: plantas (sem
capacidade motora ou órgãos sensitivos); e animais. Esta definição prevaleceu
durante séculos, apesar de se conhecerem excepções, a mais flagrante das
quais é talvez a Mimosa pudica, uma leguminosa, que fecha os seus folíolos ao
mínimo toque.

Apesar das suas incoerências e imperfeições, esta subdivisão foi a mesma


usada pelo fundador da actual taxonomia e das bases do moderno sistema
de classificação biológica, Carl von Linné (1707 — 1778), mais conhecido
por Lineu, que na sua obra Systema Naturae (de 1735) dividiu o conjunto dos
organismos vivos em apenas dois grupos: as plantas; e os animais, atribuindo
a esses dois grupos o nível taxonómico de reino: o reino Vegetabilia (mais
tarde Metaphyta ou Plantae); e o reino Animalia (também chamado Metazoa).
Essa divisão, que tinha por critério definidor fundamental a motilidade,
permaneceu estável durante quase dois séculos, sendo apenas definitivamente
abandonada na transição para o século XX. O critério, embora com cada vez
mais excepções, era: se o organismo se move espontânea e activamente,
consumindo energia no processo, é animal; caso contrário, é planta. No
trabalho pioneiro de Lineu, o reino Plantae foi definido de forma a incluir todos
os tipos de plantas ditas superiores, as algas e os fungos.

Quando se descobriram os primeiros seres vivos unicelulares, foi necessário


repensar o sistema classificativo. Sendo estes pequenos organismos colocados
entre os protozoários quando tinham movimento próprio, as bactérias e as
algas unicelulares, consideradas sem movimento, foram colocadas em divisões
do reino Plantae. Contudo, à medidas que se descobriam mais
microorganismos cada vez mais patente a dificuldade em decidir a
classificação de alguns grupos, como por exemplo das espécies do
género Euglena, que são verdes, fotossintéticas e altamente móveis.

Embora tenham surgido outras propostas de subdivisão, a primeira grande


ruptura com o sistema aristotélico e com a classificação lineana surgiu em 1894
com a aceitação generalizada do agrupamento Protista proposto por Ernst
Haeckel. Passava-se de dois para três reinos no mundo vivo, transitando para
o novo táxon o grupo diverso de organismos microscópicos eucariontes que
não se encaixavam facilmente entre as plantas e os animais. Contudo a maior

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redefinição do conceito de «planta» surgiu em 1969 com a separação
dos fungos como um reino autónomo, o reino Fungi, proposto por Robert
Whittaker, conceito que gradualmente prevaleceu entre a comunidade
científica.

A partir da separação dos fungos, e do aparecimento da micologia como ramo


autónomo da biologia, as definições do reino vegetal sofreram uma rápida
mutação, em particular com a introdução das técnicas da filogenia, que
permitiram esclarecer a relação entre os diversos grupos tradicionalmente
considerados como «plantas», em particular com as algas. A inclusão das
algas, e em particular a abrangência dessa inclusão, passou a ser a principal
área de evolução na circunscrição taxonómica do grupo Plantae.

A classificação biológica mais moderna, assente na cladística, procura enfatizar


as relações evolutivas entre os organismos, pelo que idealmente,
cada taxon deve ser um clade, ou seja deve ser monofilético, com todas as
espécies incluídas no grupo a descenderem de um organismo
ancestral comum.

Nas classificações mais recentes, com o objectivo de garantir que o


agrupamento Plantae constitui um verdadeiro clade, ou seja que a sua
delimitação respeita a condição de monofilia, foram excluídas as
algas procariotas e as pertencentes ao grupos Phaeophyceae (as algas
castanhas incluídas em Stramenopiles) por provirem de uma linhagem
biológica completamente diversa. Após essa exclusão, para garantir a monofilia
do agrupamento Plantae são possíveis duas abordagens:

Plantae sensu strictissimo, uma circunscrição muito estrita, excluindo todas


as algas, ou seja mantendo no grupo apenas as Embryophyta (as plantas
terrestres), as quais passariam a ser os únicos organismos consideradas como
«plantas»;

Plantae sensu stricto, ou Viridiplantae, uma circunscrição estrita, mas mais


alargada que a anterior, incluindo, para além das Embryophyta, todas ou parte
das algas verdes (Chlorophyta e Charophyta), mas deixando de fora as algas
vermelhas (Rhodophyta) e ainda o pequeno grupo atípico das
algas Glaucophyta.

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OS ANIMAIS

Animais são eucariontes, e divergiram do mesmo grupo


dos protozoários flagelados que deram origem aos fungos e
aos coanoflagelados. Estes últimos são especialmente próximos por
possuírem células com "colarinhos" aparecendo somente entre eles e
as esponjas, e raramente em certas outras formas de animais. Em todos estes
grupos, as células móveis, geralmente os gametas, possuem um
único flagelo posterior com ultra-estrutura similar.

Os animais adultos são tipicamente diplóides, produzindo


pequenos espermatozóides móveis e grandes ovos imóveis. Em todas as
formas o zigoto fertilizado divide-se (clivagem) para formar uma esfera oca
chamada blástula, que então sofre rearranjo e diferenciação celular. As
blástulas são provavelmente representativas do tipo de colônia de onde os
animais evoluíram; formas similares ocorrem entre os flagelados, como
os Volvox.

Exceto por uns poucos traços fósseis questionáveis, as primeiras formas que
talvez representem animais aparecem nos registros fósseis por volta do Pré-
Cambriano. São chamadas Biota Vendiana e são muito difíceis de relacionar
com as formas recentes. Virtualmente todos os restantes filos fazem uma
aparição mais ou menos simultânea durante o período Cambriano. Este
efeito radioativo massivo pode ter surgido devido a uma mudança climática ou
uma inovação genética e é tão inesperada que é geralmente chamada
de Explosão Cambriana.

As esponjas (Porifera) separaram-se dos outros animais muito cedo e são


muito diferentes. Esponjas são sésseis e geralmente alimentam-se retirando as
partículas nutritivas da água que entra através de poros espalhados por todo o
corpo, que é suportado por um esqueleto formado por espículas.
As células são diferenciadas, porém, não estão organizadas em grupos
distintos.

Existem também três filos "problemáticos" - os Rhombozoa, Orthonectida,


e Placozoa - e possuem uma posição incerta em relação aos outros animais.
Quando eles foram inicialmente descobertos, os Protozoa foram considerados
como um filo animal ou um sub-reino, porém, como eles são geralmente
desrelacionados e mais similares às plantas do que animais, um novo reino,
o Protista, foi criado para abrigá-los.

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A distinção mais notável dos animais é a forma como as células se seguram
juntas. Ao invés de simplesmente ficarem grudadas juntas, ou seguradas em
um local por pequenas paredes, as células animais são conectadas por
junções septadas, compostas basicamente por proteínas elásticas (colágeno é
característico) que cria a matriz extracelular. Algumas vezes esta matriz
é calcificada para formar conchas, ossos ou espículas, porém de outro modo é
razoavelmente flexível e pode servir como uma estrutura por onde as células
podem mover-se e reorganizar-se.

Alguns dos principais filos protostômios são unidos pela presença


de larva trocófora, que é distinguida por um padrão especial de cílios. Estes
criam um grupo chamado Trochozoa, compreendendo os seguintes:

 Filo Nemertea (ribbon worms)


 Filo Mollusca (caracóis, lulas, etc)
 Filo Sipuncula
 Filo Annelida (vermes segmentados - minhoca)

Os Deuterostomados diferem dos Protostomados de várias formas. Eles


também possuem um trato digestivo completo, mas neste caso
o arquêntero desenvolve-se no ânus. A mesoderme e celoma não se
desenvolvem da mesma forma, e sim da evaginação da endoderme, diz-se
então, de origem enterocélica. E, finalmente, a clivagem dos embriões é
diferente. Tudo isto sugere que as duas linhas são separadas e monofiléticas.
Os deuterostomados incluem:

 Filo Echinodermata (estrelas-do-mar, ouriços-do-mar, pepinos-do-mar


etc)
 Filo Hemichordata
 Filo Chordata (vertebrados e semelhantes)
 Filo Xenacoelomorpha

Também há alguns filos animais extintos, não havendo muito conhecimento


sobre sua embriologia ou estrutura interna, tornando-se assim difíceis de se
classificar. Estes são, em sua maioria, vindos do período Cambriano, e incluem

 Filo Archaeocyatha (possíveis esponjas)


 Filo Conulariida (possíveis cnidários)
 Filo Conodonta (possíveis cordados ou relativamente próximos disso).
 Filo Lobopodia (possíveis artrópodos)
 Filo Sclerotoma (diferentes formas com escleritos)[carece de fontes]

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 Filo Vendozoa (algumas formas do Pré-Cambriano, possívelmente nem
mesmo animais)
 Filo Vetulicolia (possíveis deuterostômios)
 Desconhecido (algumas formas como Clloiudina e Hiyollitthes)

Uma célula animal é uma célula eucariótica ou seja, uma célula que apresenta
o núcleo delimitado pela membrana (carioteca), podem ser também
unicelulares, como as amebas. Há também, as pluricelulares, como plantas e
animais. A célula animal (como toda célula eucariótica) é delimitada pela
membrana plasmática, ribossomo, citoplasma, mitocôndria e núcleo.

A palavra célula (que vem da palavra cella que significa caixa pequena) foi
usada pela 1° vez em 1665, pelo inglês Robert Hooke (1635-1703). Com
um microscópio muito simples ele observou pedaços de cortiça, e ele percebeu
que ela era formada por compartimentos vazios que ele chamou de células.

Matthias Schleiden e Theodor Schwann, após muitos anos de observações,


propuseram a teoria celular.Essa teoria afirma que todo ser vivo é formado por
células. Em 1855, o pesquisador alemão Rudholph Virchow deu um passo
adiante, declarando que toda célula surge de outra célula preexistente.
Na célula animal não há celulose em suas paredes nem clorofila no seu
interior, diferente da célula vegetal.

Os estudos genéticos recentes revelam que os grupos de animais


apresentariam aproximadamente a seguinte filogenia:

O comprimento dos galhos da árvore teve que ser medido usando sequências
de RNA e aminoácidos. Os filos Sipuncula, Orthonectida e Acanthocephala não
aparecem no cladograma porque foram classificados em Annelida e Rotifera
respectivamente.

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DIVERSIDADE E EVOLUÇÃO DOS ORGANISMOS

Na biologia, Evolução (também conhecida como evolução


biológica, genética ou orgânica) é a mudança das
características hereditárias de uma população de seres vivos de
uma geração para outra. Este processo faz com que as populações de
organismos mudem e se diversifiquem ao longo do tempo. O termo "evolução"
pode referir-se à evidência observacional que constitui o fato científico
intrínseco à teoria da evolução biológica, ou, em acepção completa, à teoria em
sua completude. Uma teoria científica é por definição um conjunto indissociável
de todas as evidências verificáveis conhecidas e das ideias testáveis e
testadas àquelas atreladas.

Do ponto de vista genético, a evolução pode ser definida como qualquer


alteração no número de genes ou na frequência dos alelos de um ou um
conjunto de genes em uma população e ao longo das gerações. Mutações em
genes podem produzir características novas ou alterar as que já existiam,
resultando no aparecimento de diferenças hereditárias entre organismos. Estas
novas características também podem surgir pela transferência de genes entre
populações, como resultado de migração, ou entre espécies, resultante
de transferência horizontal de genes. A evolução ocorre quando estas
diferenças hereditárias tornam-se mais comuns ou raras numa população, quer
de maneira não-aleatória, através de seleção natural, ou aleatoriamente,
através de deriva genética.

A herança em organismos ocorre por meio de caracteres discretos –


características particulares de um organismo. Em seres humanos, por exemplo,
a cor dos olhos é uma característica herdada dos pais. As características
herdadas são controladas por genes e o conjunto de todos os genes
no genoma de um organismo é o seu genótipo.

O conjunto das características observáveis que compõem a estrutura e o


comportamento de um organismo é denominado o seu fenótipo. Estas
características surgem da interação do genótipo com o ambiente. Desta forma,
não são todos os aspectos de um organismo que são herdados.
O bronzeamento da pele resulta da interação entre o genótipo de uma pessoa
e a luz do sol; assim, um bronzeado não é hereditário. No entanto, as pessoas
têm diferentes respostas à radiação solar, resultantes de diferenças no seu
genótipo; um exemplo extremo são os indivíduos com a característica
hereditária do albinismo, que não se bronzeiam e são altamente sensíveis a
queimaduras de sol, devido à inexistência do pigmento melanina na pele.

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Os genes são regiões nas moléculas de ácido desoxirribonucleico (DNA) que
contêm informação genética. O DNA é uma molécula comprida com quatro
tipos de bases ligadas umas às outras. Genes diferentes apresentam uma
sequência diferente de bases; é a sequência destas bases que codifica a
informação genética. Dentro das células, as longas cadeias de DNA estão
associadas com proteínas formando estruturas chamadas cromossomas. Um
local específico dentro de um cromossoma é conhecido como locus. Uma vez
que normalmente existem duas cópias do mesmo cromossoma no genoma, os
locus correspondentes em cada um destes (cuja sequência de DNA pode ser
igual ou diferente) são denominados alelos. As sequências de DNA podem
mudar através de mutações, produzindo novos alelos. Se uma mutação ocorrer
dentro de um gene, o novo alelo pode afetar a característica que o gene
controla, alterando o fenótipo de um organismo. No entanto, enquanto que esta
simples correspondência entre alelo e uma característica funciona em alguns
casos, a maioria das características são mais complexas e são controladas
por múltiplos genes que interagem uns com os outros.

A evolução influencia cada aspecto da estrutura e comportamento dos


organismos. O mais proeminente é o conjunto de adaptações físicas e
comportamentais que resultam do processo de seleção natural. Essas
adaptações aumentam a aptidão por contribuírem com atividades como busca
por alimento, defesa contra predadores ou atração de parceiros sexuais. Outro
resultado possível da seleção é o surgimento de cooperação entre organismos,
evidenciada geralmente no auxílio a organismos aparentados, ou em
interações mutualísticas ou simbióticas. A longo prazo, a evolução produz
novas espécies, por meio da divisão de populações ancestrais entre novos
grupos que se tornam incapazes de intercruzarem.

Essas consequências da evolução são comummente divididas


entre macroevolução, que é a evolução que ocorre acima do nível de espécies,
e trata de fenómenos como a especiação, e microevolução, que trata das
mudanças evolutivas que ocorrem dentro de uma espécie, como a adaptação a
um ambiente específico por determinada população. Em geral, macroevolução
é o resultado de longos períodos de microevolução. Assim, a distinção entre
micro e macroevolução não é absoluta, havendo apenas uma diferença de
tempo entre os dois processos. No entanto, na macroevolução, as
características de toda a espécie é que são consideradas. Por exemplo, uma
grande quantidade de variação entre indivíduos permite que uma espécie se
adapte rapidamente a novos habitats, diminuindo as possibilidade de se tornar
extinta, enquanto que uma grande área de distribuição aumenta a possibilidade
de especiação, por fazer com que seja mais provável que parte da população
fique isolada. Neste sentido, microevolução e macroevolução podem por vezes
estar separadas.

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Um problema conceptual muito comum é acreditar-se que a evolução é
progressiva, mas a seleção natural não tem um objetivo final, e não produz
necessariamente organismos mais complexos. Apesar de espécies complexas
terem evoluído, isso ocorre como consequência indireta do aumento no número
total de organismos, e formas de vida simples continuam sendo mais comuns.
Por exemplo, a esmagadora maioria das espécies constitui-se
de procariotos microscópicos, que são responsáveis por cerca de metade
da biomassa do planeta, apesar de seu pequeno tamanho, e compõem uma
grande parte da biodiversidade na Terra. Assim, organismos simples continuam
sendo a forma de vida dominante no planeta, sendo que a formas de vida mais
complexas parecem mais diversas apenas porque são mais evidentes para
nós.

A origem da vida é o precursor necessário para a evolução biológica, mas


perceber que a evolução ocorreu depois de os organismos aparecerem pela
primeira vez, e investigar como isto acontece, não depende na compreensão
exata de como a vida começou. O consenso científico atual é de que
a bioquímica complexa que constitui a vida provém de reações químicas mais
simples, mas que não é claro como ocorreu esta transição. Não há muitas
certezas sobre os primeiros desenvolvimentos da vida, a estrutura dos
primeiros seres vivos, ou a identidade ou natureza do último ancestral
comum ou do pool genético ancestral. Como consequência, não há consenso
científico sobre como a vida surgiu. Algumas propostas incluem moléculas
capazes de auto-replicação, como o RNA e a construção de células simples.

Apesar da incerteza sobre como a vida começou, é claro que


os procariontes foram os primeiros seres vivos a habitar a Terra, há
aproximadamente 3-4 mil milhões de anos. Não ocorreram nenhumas
mudanças óbvias em morfologia ou organização celular nestes organismos
durante os próximos milhares de milhão de anos.

Na natureza existem exemplos de espécies que mesmo sem ter ancestral


comum quando comparado com a outra, desenvolveram tamanha similaridade
quando se diz respeito a forma e comportamento, essas espécies similares irão
apresentar estruturas análogas quando estas apresentam similaridade na
forma superficial ou na função, o que difere de estruturas homólogas que se
originam estruturas de um ancestral em comum com as espécies comparadas.
Um exemplo desse tipo de evolução no reino animal é encontrado quando
comparado as asas dos morcegos e das aves.

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INTERAÇÕES ENTRE ORGANISMOS

Todo o ser vivo interage com outros organismos e com o seu ambiente. Uma
das razões pelas quais os sistemas biológicos são tão difíceis de estudar é
precisamente a possibilidade de tantas interacções diferentes com outros
organismos e com o ambiente. Uma bactéria microscópica reagindo a um
gradiente local de açúcar está a reagir ao seu ambiente exactamente da
mesma forma que um leão está a reagir ao seu quando procura alimento
na savana africana, ou um avestruz protege seu ninho comunal na
África. Dentro duma mesma espécie ou entre espécies,
os comportamentos podem
ser cooperativos, agressivos, parasíticos ou simbióticos. A questão torna-se
mais complexa à medida que um número crescente de espécies interage
num ecossistema. Este é o principal objecto de estudo da ecologia.

As relações ou interações ecológicas são os efeitos que os organismos em


uma comunidade têm um sobre o outro. No mundo natural, nenhum organismo
existe em absoluto isolamento e, portanto, cada organismo deve interagir com
o meio ambiente e outros organismos. As interações de um organismo com seu
meio ambiente são fundamentais para a sobrevivência deste e o
funcionamento do ecossistema como um todo.

Nas comunidades bióticas dentro de um ecossistema encontram-se várias


formas de interações entre os seres vivos que as formam. Essas relações se
diferenciam pelos tipos de dependência que os organismos mantêm entre si.
Algumas dessas interações se caracterizam pelo benefício mútuo de ambos
os seres vivos ou de apenas um deles, sem o prejuízo do outro, ou até mesmo
o prejuízo de ambos como é visto na competição.

Os termos que indicam explicitamente a qualidade do benefício ou dano em


termos de aptidão experimentada pelos participantes em uma interação estão
listados no gráfico. Existem seis combinações possíveis, que vão desde
mutuamente benéficas até interações neutras e mutuamente prejudiciais. O
nível de benefício ou dano é contínuo e não discreto, de modo que uma
interação particular pode ter um alcance de trivialmente prejudicial a mortal, por
exemplo. É importante notar que essas interações nem sempre são estáticas.
Em muitos casos, duas espécies irão interagir de forma diferente em diferentes
condições. Isto é particularmente verdadeiro, mas não limitado a, casos em que
as espécies têm estágios de vida múltiplos, drasticamente diferentes.

As relações ecológicas podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie e


indivíduos de espécies diferentes. Quando as interações ocorrem entre

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organismos da mesma espécie, são denominadas relações intraespecíficas ou
homotípicas. Quando as relações acontecem entre organismos de espécies
diferentes, recebem o nome de interespecíficas ou heterotípicas.

As sociedades são associações entre indivíduos da mesma espécie,


organizados de um modo cooperativo e não ligados anatomicamente. Os
indivíduos componentes denominados sociais, colaboram com a sociedade em
que estão integrados graças aos estímulos recíprocos. Sempre é observada a
existência de hierarquia, uma divisão de funções para cada membro
participante, o que gera indivíduos especialistas em determinadas funções
aumentando a eficiência do conjunto e sobrevivência da espécie, a ponto de
ocorrerem seleções na escolha da função de acordo com a estrutura do corpo
de cada animal. Por exemplo, formigas soldados são maiores e possuem mais
veneno (mais ácido fórmico) que as formigas operárias; a abelha rainha é
grande e põe ovos, enquanto que as abelhas operárias são menores e não
põem ovos.

O mutualismo é uma interação entre duas ou mais espécies, onde as espécies


derivam um benefício mútuo, por exemplo, uma maior capacidade de carga.
Interações similares dentro de uma espécie são conhecidas como cooperação.
O mútuo pode ser classificado em termos da proximidade da associação,
sendo a mais próxima a simbiose, que muitas vezes é confundida com o
mutualismo. Uma ou ambas as espécies envolvidas na interação podem ser
obrigatórias, o que significa que elas não podem sobreviver a curto ou longo
prazo sem as outras espécies. Embora o mutualismo historicamente tenha
recebido menos atenção do que outras interações, como a predação, é assunto
muito importante em ecologia. Exemplos incluem peixes mais limpos,
polinização e dispersão de sementes, flora intestinal, mimetismo de Müller e
fixação de nitrogênio por bactérias nos nódulos radiculares de leguminosas.

Outro exemplo é a relação entre os cupins e a triconinfa. Os cupins, ao


comerem a madeira, não conseguem digerir a celulose, mas em
seu intestino vivem os protozoários, capazes de digeri-la. Os protozoários, ao
digerirem a celulose, permitem que os cupins aproveitem essa substância
como alimento. Dessa forma, os cupins atuam como fonte indireta
de alimentos e como ―residência‖ para os protozoários.

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UNIVERSALIDADE: BIOQUÍMICA, CÉLULAS E O CÓDIGO GENÉTICO

Existem muitas unidades universais e processos comuns que são


fundamentais para todas as formas de vida. Por exemplo, quase todas as
formas de vida são constituídas por células que, por sua vez, funcionam
segundo uma bioquímica comum baseada no carbono. A exceção a essa regra
são os vírus e os príons, que não são compostos por células. Os primeiros
assumem uma forma cristalizada inativa e só se reproduzem com o aparelho
nuclear das células alvo. Os príons, por sua vez, são proteínas auto
replicantes-infectantes, que causam, por exemplo, a encefalopatia bovina
espongiforme (ou "mal da vaca louca")

Todos os organismos transmitem a sua hereditariedade através de material


genético baseado em ácidos nucleicos, podendo ser ou DNA (ácido
desoxirribonucleico) ou RNA (Ácido ribonucléico), usando um código
genético universal. Durante o desenvolvimento o tema dos processos
universais está também presente: por exemplo, na maioria dos
organismos metazoários, os passos básicos do desenvolvimento inicial do
embrião partilham estágios morfológicos semelhantes e
envolvem genes similares.

Em genética, hereditariedade é o conjunto de processos biológicos que


asseguram que cada ser vivo receba e
transmita informações genéticas através da reprodução.

A informação genética é transmitida através dos genes, porções de informação


contida no DNA dos indivíduos sob a forma de sequências
de nucleótidos separadamente verificados.

Existem dois tipos de hereditariedade: específica e individual.

A hereditariedade específica é responsável pela transmissão de agentes


genéticos que determinam a herança de características comuns a uma
determinada espécie.

A hereditariedade individual designa o conjunto de agentes genéticos que


atuam sobre os traços e características próprias do indivíduo que o torna um
ser diferente de todos os outros, assim fazendo com que os filhos tenham
características de seus pais.

Bioquímica (química aplicada á biologia) é a ciência e tecnologia que estuda e


aplica as ciências químicas ao contexto da biologia. De maneira geral, ela
consiste no estudo e modificação da estrutura molecular e das reações

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químicas do metabolismo de biomoléculas, biopolímeros e componentes
celulares e virais,
como proteínas (proteômica), enzimas (enzimologia), carboidratos, lipídios, áci
dos nucléicos (biologia molecular) entre outros. Também engloba o estudo do
efeito de compostos químicos nos organismos vivos (química biológica). Suas
aplicações englobam setores como alimentos, fármacos e biofármacos,
análises clínicas, biocombustíveis, pesquisa básica dentre outros. É uma
ciência e tecnologia essencial para todas as profissões relacionadas a ciências
da vida e uma das fronteiras de desenvolvimento das ciências químicas.

Muitos aspectos da forma do corpo, do funcionamento dos órgãos e


dos comportamentos e pensamentos dos animais e dos seres humanos são
transmitidos por hereditariedade. Muitas das nossas características, em termos
da nossa constituição física, do nosso comportamento e pensamento, são
herdadas, já nascem conosco.

Cromossomos, DNA e genes são os agentes responsáveis pela transmissão


das características genéticas de um ser a outro.

Os descendentes de indivíduos de uma espécie pertencem sempre a essa


mesma espécie. Contudo, entre indivíduos de uma espécie é possível observar
uma vasta gama de variações o que confere à vida uma enorme diversidade.
Também na espécie humana existem diversas características que nos
diferenciam uns dos outros.

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Referências Bibliográficas

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Vitor Hugo.Reino monera - O que é, seus organismos, doenças e divisões.

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