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BIOLOGIA
10º Ano
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
BIODIVERSIDADE
Diversidade Biológica
Uma das originalidades da Terra em relação aos outros planetas do Sistema Solar é a existência de
vida. Esta diversificou-se de uma forma extraordinária, ocupando habitats que se estendem desde
as profundidades dos oceanos às cordilheiras mais altas da Terra.
Apesar da enorme diversidade de seres vivos, estes apresentam também características comuns
que dão unidade à vida.
A Biosfera
A Biosfera é um subsistema terrestre que inclui o conjunto de seres vivos que povoam a Terra e os
respetivos ambientes.
Organização Biológica
Os seres constituídos por uma só célula designam-se unicelulares; os seres constituídos por
associações de células designam-se pluricelulares.
Os seres pluricelulares são formados por conjuntos de células semelhantes, interdependentes, que
realizam uma ou mais funções - tecidos. Diferentes tipos de tecidos associam-se entre si, formando
sistemas de órgãos. Diferentes sistemas de órgãos cooperam entre si, formando um organismo.
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O conjunto de organismos da mesma espécie que vivem numa determinada área, num dado
período de tempo, forma uma população.
Populações de diferentes espécies que interatuam numa determinada área constituem uma
comunidade.
Em qualquer ecossistema, os seres vivos estabelecem relações tróficas entre eles e o meio, que
envolvem transferências de matéria e energia; estas relações constituem as cadeias alimentares.
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Conservação e Extinção
O ser humano é o principal responsável pelas alterações drásticas ocorridas nos ecossistemas e,
consequentemente, pela extinção de determinadas espécies vegetais e animais.
Por extinção entende-se a redução gradual do número de indivíduos de uma espécie até ao
momento em que a espécie deixa de existir.
destruição de habitats;
sobre-exploração de recursos naturais;
poluição;
introdução de espécies exóticas;
interrupção de relações de mutualismo;
alterações climáticas.
A tomada de consciência do Homem para o risco de extinção de espécies, com consequente perda
de diversidade biológica, fez com que este desenvolvesse esforços no sentido de preservar a
biodiversidade.
A preservação ou conservação de espécies inclui não só a sua proteção, mas, também, a proteção
dos respetivos habitats procedendo, por exemplo, à criação de áreas protegidas e à recuperação de
áreas degradadas.
Todos os seres vivos, dos mais simples aos mais complexos, são constituídos por células.
Apesar desta universalidade de estrutura e função, há diversidade celular no tamanho, forma e grau
de complexidade. As células podem classificar-se em células procarióticas e em células
eucarióticas.
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Células procarióticas:
Células eucarióticas:
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Substâncias inorgânicas:
ÁGUA:
– é vital para a vida na Terra, uma vez que é o constituinte básico de todas as células;
– a molécula de água é formada por um átomo de oxigénio e por dois átomos de hidrogénio;
é uma molécula polar, o que facilita a sua ligação, através de ligações hidrogénio, a outras
moléculas.
Molécula de água.
Substâncias orgânicas:
o São compostos em que existe carbono ligado covalentemente com o hidrogénio, podendo
existir também outro tipo de átomos.
o Todos os seres vivos, logo as suas células, são constituídos por moléculas orgânicas de
grandes dimensões - macromoléculas.
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Monossacarídeos:
são classificados segundo o número de átomos de carbono, os mais frequentes são as:
Oligossacarídeos:
são hidrolisáveis.
Polissacarídeos:
função energética;
função estrutural.
Lípidos
Constituem um grupo de moléculas muito heterogéneas que apresentam uma característica
comum: fraca solubilidade em água e elevada solubilidade em solventes orgânicos como o
éter, benzeno e o clorofórmio.
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LÍPIDOS DE RESERVA:
Ácidos gordos:
constituídos por uma cadeia linear de átomos de carbono, com um grupo terminal carboxilo
(COOH);
podem ser insaturados, quando os carbonos estão ligados entre si por ligações duplas, ou
saturados, quando os carbonos estão ligados entre si por ligações simples.
Glicerol:
liga-se aos ácidos gordos através de ligações éster, podendo formar monoglicerídeos (um
ácido gordo), diglicerídeos (dois ácidos gordos) e triglicerídeos (três ácidos gordos).
Formação de um triglicerídeo.
– são muito importantes, porque são os constituintes mais abundantes das membranas
celulares;
– são moléculas anfipáticas, isto é, possuem uma zona hidrofílica polar, constituída por moléculas
de álcool, grupo fosfato e um radical, é solúvel em água e uma zona hidrofóbica apolar, constituída
por cadeias hidrocarbonatadas de ácidos gordos, é insolúvel em água.
Representação
de um
fosfolípido.
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– reserva energética;
– função estrutural;
– função protetora;
Prótidos
São compostos quaternários constituídos por C, H, O e N, em associação, por vezes, com outros
elementos como S, P, Mg, Fe, etc.
função enzimática;
função estrutural;
reserva alimentar.
De acordo com a sua complexidade, os prótidos podem classificar-se em: aminoácidos, péptidos
e proteínas.
Aminoácidos:
Representação de um aminoácido.
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Péptidos:
Resultam da ligação de dois (dipéptido), três (tripéptido), ou vários, às vezes mais de cem
(polipéptidos) aminoácidos através de ligações peptídicas. A ligação peptídica estabelece-se entre
o grupo carboxilo de um aminoácido e o grupo amina de outro.
Proteínas:
– são macromoléculas constituídas por uma ou mais cadeias polipeptídicas que apresentam uma
conformação tridimensional definida.
– as proteínas podem ser simples, formadas apenas por aminoácidos ou conjugadas quando
contêm uma porção não proteica - grupo prostético.
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Ácidos Nucleicos
São as biomoléculas mais importantes do controlo celular, uma vez que possuem a
informação genética.
bases azotadas:
– timina (T), citosina (C) e uracilo (U) - bases pirimídicas ou de anel simples.
pentose:
Representação de um nucleótido.
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OBTENÇÃO DE MATÉRIA
A energia do Sol flui numa única direção ao longo de todos os organismos da biosfera:
através das cadeias alimentares, a energia química passa pelos diferentes níveis de
consumidores (heterotróficos), fluindo nos sistemas vivos.
Por sua vez, a matéria está permanentemente a ser reciclada, sob a forma de um ciclo que se
processa entre os componentes bióticos e os componentes abióticos dos ecossistemas.
Os seres heterotróficos não conseguem sintetizar o seu próprio alimento necessitando de obter
nutrientes do meio ambiente, que irão ser utilizados em várias reações químicas a nível celular.
Para entender os mecanismos que garantem a obtenção de matéria a nível celular, é necessário
conhecer as estruturas responsáveis por tal fenómeno.
Membrana Celular
Ultra-estrutura da membrana plasmática:
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Lípidos:
- fosfolípidos: são lípidos complexos que contêm um grupo fosfato, são moléculas anfipáticas;
Vários modelos surgiram numa tentativa de perceber a ultra-estrutura membranar, mas, atualmente,
o mais aceite é o Modelo de Mosaico Fluido (Singer e Nicholson, 1972).
Segundo este modelo, a membrana é uma estrutura dinâmica, fluida, basicamente constituída por
uma bicamada de fosfolípidos e por dois tipos de proteínas específicas: as proteínas intrínsecas,
e as proteínas extrínsecas. Na face externa da membrana encontram-se ligados, quer à cabeça
hidrofílica dos lípidos quer às proteínas, hidratos de carbono (glicolípidos e glicoproteínas) que se
pensa terem um papel importante no reconhecimento de substâncias.
Bicamada de fosfolípidos:
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Proteínas:
Transporte mediado:
Endocitose e exocitose:
OSMOSE:
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- quando uma célula é mergulhada num meio hipotónico, a água desloca-se para o meio
intracelular, provocando um aumento de volume - a célula fica túrgida;
- se a célula estiver mergulhada num meio hipertónico, a água desloca-se para o meio
extracelular ficando a célula plasmolisada;
DIFUSÃO SIMPLES:
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Difusão simples
DIFUSÃO FACILITADA:
Difusão facilitada
TRANSPORTE ATIVO:
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Transporte ativo
Resumindo...
EXOCITOSE:
- implica a formação de uma vesícula secretora que se funde com a membrana celular.
Exocitose
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ENDOCITOSE:
Fagocitose
Pinocitose
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O processamento dos alimentos de forma a serem aproveitados a nível celular implica uma série de
processos sequenciais: a ingestão, a digestão e a absorção.
- Digestão: processo através do qual moléculas complexas dos alimentos são desdobradas
com o auxílio de enzimas em moléculas mais simples, que podem ser absorvidas.
Digestão intracelular:
- Implica uma relação funcional entre um conjunto de organelos do qual fazem parte
o retículo endoplasmático (RE), o complexo de Golgi e os lisossomas.
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Digestão extracelular:
A digestão pode ser extracorporal, como no caso dos fungos onde as enzimas digestivas são
lançadas para o exterior do corpo, onde se realiza a digestão das moléculas complexas que são,
posteriormente, absorvidas; ou intracorporal quando ocorre no interior do organismo.
A digestão extracelular intracorporal confere aos organismos uma vantagem evolutiva, uma
vez que estes podem ingerir uma maior quantidade de alimento, que é armazenada e vai sendo
digerida durante um período de tempo, mais ou menos longo.
Os organismos mais simples, como a hidra e a planária, possuem uma cavidade digestiva
cavidade gastrovascular, com uma única abertura, que funciona simultaneamente como
boca e ânus. As partículas alimentares são semidigeridas na cavidade gastrovascular, sendo
depois fagocitadas por células da parede gastrovascular, onde ocorre nova digestão.
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Os animais mais evoluídos possuem um tubo digestivo com duas aberturas - boca e o
ânus -,apresentando também um número cada vez maior de órgãos e uma maior
especialização destes; esta adaptação evolutiva permite uma digestão e absorção
sequenciais ao longo do tubo digestivo, havendo por isso um aproveitamento muito mais
eficaz dos alimentos.
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A absorção dos nutrientes efetua-se, essencialmente, ao nível do intestino delgado, uma vez que
este apresenta especializações. A parede interna do intestino delgado possui pregas - válvulas
coniventes, que triplicam a superfície de contacto com os alimentos.
Estas válvulas estão recobertas por microvilosidades, que aumentam ainda mais a superfície de
absorção. Uma vez absorvidos, os nutrientes terão que ser transportados para todas as células do
organismo, através da corrente sanguínea e linfática.
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base azotada;
Molécula de ATP
Por hidrólise de uma molécula de ATP liberta-se um grupo fosfato, formando ADP (adenosina
difosfato). Quando o ADP se hidrolisa, liberta-se um grupo fosfato e forma-se AMP (adenosina
monofosfato).
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FOTOSSÍNTESE:
A água, o dióxido de carbono e a luz são fornecidos pelo ambiente, enquanto as clorofilas e outras
moléculas implicadas no processo são sintetizadas pelas plantas.
As clorofilas - pigmentos fotossintéticos que captam a energia luminosa do Sol, encontram-se nas
membranas dos tilacoides dos cloroplastos.
Estrutura de um cloroplasto.
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Os principais pigmentos fotossintéticos são as clorofilas (a, b, c e d), mas existem, também, os
carotenoides e as ficobilinas. Os diferentes pigmentos fotossintéticos, como têm estruturas
diferentes, completam-se na captação de radiações com diferente comprimento de onda. As
radiações mais eficientes para a fotossíntese são as absorvidas pelos pigmentos nas faixas
vermelho-alaranjada e azul-violeta.
Fase fotoquímica:
Oxidação da clorofila a - a clorofila a é excitada pela energia luminosa, emite eletrões, ficando
reduzida.
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Redução do NADP+ - os electrões vão reduzir o NADP+ a NAPH. O NADP+ é o aceitador final
de electrões.
Reações fotoquímicas.
Fase química:
- ocorre no estroma;
- conjunto de reações não dependentes da luz; designa-se também por Ciclo de Calvin;
- Ciclo de Calvin: o dióxido de carbono é fixado combinando-se com a ribulose difosfato (RuDP).
Os eletrões do NADPH e o ATP, produzidos na fase fotoquímica, são utilizados para produzir o
aldeído fosfoglicérico (PGAL). Este composto segue duas vias: intervém na regeneração de ribulose
difosfato e é utilizado na síntese de glicose.
Os produtos finais deste ciclo são: glicose, ADP + Pi, NADP+ e ribulose difosfato.
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Ciclo de Calvin
QUIMIOSSÍNTESE:
– primeira fase: ocorre a oxidação de substratos minerais com formação de ATP e NADPH.
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Na quimiossíntese os dadores primários de eletrões são os compostos minerais, como, por exemplo,
o amoníaco e o sulfureto de hidrogénio.
Quimiossíntese
DISTRIBUIÇÃO DA MATÉRIA
Nos organismos mais simples todas as suas células estão relativamente próximas do meio
externo, ocorrendo uma difusão direta entre esse meio e as células.
Nos organismos complexos, como as plantas e os animais, a maioria das células está bastante
afastada das superfícies através das quais se estabelecem as trocas com o meio exterior. Assim
sendo, são necessários sistemas especializados de transporte que apresentam diferentes graus de
complexidade.
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Nas plantas vasculares existem dois tipos de tecidos de transporte: o xilema e o floema, que estão
localizados em todos os órgãos das plantas.
Xilema
- especializado na condução de água e sais minerais desde a raiz até aos restantes órgãos
das plantas;
elementos condutores que são formados por elementos de vaso e traqueídos: são
células mortas com espessamentos nas paredes laterais de lenhina, o que lhes confere
rigidez. A sua principal função é a condução de água e sais minerais. Os elementos de
vaso distinguem-se dos traqueídos, por possuírem perfurações.
fibras lenhosas: são células mortas muito longas e com paredes espessas. Têm função
de transporte.
parênquima lenhoso: constituído por células vivas de paredes celulares finas. Têm
função de reserva.
Estrutura do xilema.
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Floema
células do tubo crivoso: células vivas muito especializadas; estas células ligam-se entre
si topo a topo, e as paredes transversais, com orifícios, constituem as placas crivosas. A
principal função é a condução de água e substâncias orgânicas.
células de companhia: células vivas que se situam perto das células dos tubos crivosos,
com as quais estabelecem ligações citoplasmáticas.
fibras liberinas: constituídas por células mortas com paredes espessas. A sua principal
função é a de suporte.
parênquima liberino: constituído por células vivas de paredes finas pouco diferenciadas.
A sua função é de reserva.
Estrutura do floema.
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É possível distinguir os diferentes órgãos das plantas pela disposição dos tecidos condutores. O
conjunto de células dos tecidos condutores denominam-se feixes condutores.
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A epiderme da folha possui estomas, que são constituídos por duas células labiais ou células
guarda, que delimitam uma abertura chamada ostíolo, que contacta com a câmara estomática.
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As plantas fazem a absorção de água e iões minerais, necessários para as várias atividades das
células, através do seu sistema radicular que apresenta pelos radiculares, que são extensões das
células epidérmicas que aumentam a área de absorção.
Absorção radicular
A água desloca-se por osmose do solo para a raiz da planta. Relativamente aos iões minerais, o
tipo de transporte depende da sua concentração na solução do solo, podendo ser por difusão
simples (a favor do gradiente de concentração) ou por transporte ativo (contra o gradiente de
concentração).
Transporte no Xilema
- O transporte no xilema pode ser explicado por duas teorias: teoria da pressão radicular e
a teoria da tensão-coesão-adesão.
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A ascensão de água no xilema pode ser explicada por uma pressão que se desenvolve ao nível da
raiz – pressão radicular, graças à ocorrência de forças osmóticas. Essas forças resultam da
constante entrada de iões por transporte ativo do solo para as células da raiz, o que cria um
gradiente osmótico que leva à entrada de água.
O efeito da pressão radicular pode ser observado em dois fenómenos naturais: a exsudação e
a gutação.
Exsudação: saída de seiva xilémica que se verifica em zonas de corte de caules de certas plantas.
Gutação: libertação de seiva xilémica sob a forma líquida que ocorre ao nível das folhas.
Exsudação Gutação
– a pressão radicular medida em diversas plantas não é suficiente para explicar a ascensão
de água até ao topo de certas árvores;
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Teoria da Tensão-Coesão-Adesão:
A ascensão da seiva xilémica é explicada pela dinâmica criada por dois fenómenos relacionados: a
transpiração estomática a nível foliar e a absorção radicular.
* perda de água por transpiração, ao nível das folhas, cria um défice de água o que
origina uma força de tensão que se transmite até ao xilema e a partir deste às
células da raiz e à solução do solo, o que determina a absorção de água na raiz;
* a água ascende sob a forma de uma coluna contínua a que se chama corrente de
transpiração.
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A coluna de água tem de se manter contínua. Quando isso não acontece, por interposição de
bolhas de ar, a ascensão deixa de se verificar, só podendo ser reposta graças à pressão radicular.
Controlo da transpiração
Os estomas podem controlar a quantidade de água perdida por transpiração, através da sua
abertura ou fecho.
O fecho e abertura dos estomas dependem das alterações de turgescência das células-guarda:
Estomas
Transporte no Floema
- A seiva elaborada é constituída por água, matéria orgânica como açúcares, aminoácidos,
nucleótidos, iões orgânicos e hormonas; apresenta pH alcalino.
- A hipótese de fluxo de massa ou fluxo de pressão, formulada por Münch, é uma das mais
aceites relativamente ao transporte da seiva elaborada.
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a sacarose passa, por transporte ativo, para as células de companhia do floema e destas para
os tubos crivosos, através de ligações citoplasmáticas;
o aumento de concentração de sacarose nos tubos crivosos faz aumentar a pressão osmótica,
o que leva à entrada de água. Esta entrada de água provoca o aumento da pressão de
turgescência que desencadeia um fluxo em massa (água e soluto), de célula para célula,
ao longo das células condutoras do floema. Ocorre, assim, um movimento de regiões de
alta pressão osmótica para regiões de baixa pressão osmótica. A sacarose é retirada do floema
para os locais de consumo, por transporte ativo.
Esta hipótese apresenta, no entanto, alguns aspetos que não consegue explicar:
a baixa pressão no tubo crivoso se comparada com a pressão necessária para a seiva
floémica conseguir ultrapassar os poros das placas crivosas.
Nos organismos mais simples todas as suas células estão relativamente próximas do meio
externo, ocorrendo uma difusão direta entre esse meio e as células.
Nos organismos complexos, como as plantas e os animais, a maioria das células está bastante
afastada das superfícies através das quais se estabelecem as trocas com o meio exterior. Assim
sendo, são necessários sistemas especializados de transporte que apresentam diferentes
graus de complexidade.
Nos animais mais simples, como os do filo Porífera ou Cnidária, não existe um sistema de
transporte especializado. As trocas de substâncias realizam-se por difusão simples.
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Nos animais mais complexos, existe um sistema de transporte especializado - sistema circulatório,
que é constituído por:
Este sistema é constituído por um vaso dorsal e por um coração tubular em posição
dorsal, que possui válvulas internas e orifícios laterais - os ostíolos.
A hemolinfa, que circula nas lacunas, entra no coração através dos ostíolos. Os
ostíolos fecham, o coração contrai e a hemolinfa é impulsionada para a aorta dorsal,
passando desta para as lacunas. O vaso dorsal relaxa, os ostíolos abrem e a
hemolinfa entra para o coração.
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O sistema fechado pode estar organizado de forma que a circulação seja simples ou dupla.
* Circulação simples: O sangue percorre um trajeto único, passando uma só vez no coração.
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As artérias possuem uma parede espessa e elástica que permite o transporte de sangue a grande
pressão; as veias apresentam uma parede mais fina e possuem válvulas que impedem o recuo do
sangue; e os capilares são formados apenas por uma camada de células.
PEIXES:
Circulação simples.
Coração com duas cavidades (uma aurícula e um ventrículo), onde circula apenas sangue
venoso no coração. O sangue que entra na aurícula e sai pelo ventrículo vem das células do
animal e vai para as brânquias efetuar a sua oxigenação, direcionando-se seguidamente para
as células corporais.
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ANFÍBIOS:
Coração com três cavidades (um ventrículo e duas aurículas), no qual pode ocorrer
mistura de sangue venoso com sangue arterial.
O sangue venoso, vindo de todo o corpo, entra na aurícula direita, através do seio venoso,
passando, posteriormente, para o ventrículo. Quase simultaneamente, o sangue arterial vindo
dos pulmões e da pele, através das veias pulmonares, entra na aurícula esquerda passando
depois para o ventrículo. A mistura completa do sangue não ocorre devido à não
simultaneidade da contração das duas aurículas.
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RÉPTEIS:
A mistura de sangue venoso com o arterial é mínima, devido à anatomia do coração e à não
simultaneidade na contração dos dois lados do ventrículo.
AVES E MAMÍFEROS:
Coração com quatro cavidades (duas aurículas e dois ventrículos), o que impede a mistura
do sangue venoso com o sangue arterial.
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Resumindo...
A função do coração é gerar pressão para impulsionar o sangue através dos vasos; o coração
apresenta válvulas que impedem o retrocesso do sangue.
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Ciclo Cardíaco:
Ciclo Cardíaco
Fluidos Circulantes
Nos animais com sistema circulatório aberto, existe apenas um tipo de fluido circulante -
a hemolinfa.
Nos Vertebrados, existem dois tipos de fluidos circulantes - o sangue e a linfa, que fazem parte do
meio interno.
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A linfa que é constituída, essencialmente, por plasma e por leucócitos e que banha directamente as
células designa-se linfa intersticial. Quando a linfa é recolhida para dentro dos vasos linfáticos
designa-se linfa circulante.
Circulação linfática
Através dos fluidos circulantes as células recebem nutrientes e oxigénio e lançam para o exterior,
produtos resultantes do metabolismo.
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A energia é necessária para inúmeros processos biológicos, como, por exemplo, a troca de
substâncias com o meio, o movimento e a manutenção da própria organização celular.
Metabolismo Celular
O metabolismo celular é o conjunto de reações químicas que se efetuam nas células. Nestas
reações podem considerar-se dois processos: o anabolismo e o catabolismo.
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Existem duas vias catabólicas responsáveis pela transferência de energia de compostos orgânicos
para moléculas de ATP: a Fermentação e a Respiração Aeróbia, consoante as condições sejam
de anaerobiose (ausência de oxigénio) e aerobiose (presença de oxigénio), respetivamente.
GLICÓLISE:
ocorre no hialoplasma;
– fase da ativação: inicia-se com a ativação da molécula de glicose, por duas moléculas de
ATP, e termina com a formação de duas moléculas de aldeído fosfoglicérico (PGAL);
– fase de rendimento: inicia-se com a oxidação do PGAL, que perde dois hidrogénios que
vão ser utilizados para reduzir a molécula de NAD+, formando-se NADH e H+, e termina com
a formação de quatro moléculas de ATP e de duas moléculas de ácido pirúvico.
Glicólise
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– duas moléculas de ATP (formam-se quatro, mas dois são gastos na ativação da glicose).
FERMENTAÇÃO
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RESPIRAÇÃO AERÓBIA
FORMAÇÃO DA ACETIL-CoA:
– há formação de CO2;
Mitocôndria
– 2 NADH e H+;
– 2 CO2.
CICLO DE KREBS:
– inclui uma série de reações enzimáticas cíclicas, que permitem a oxidação do grupo acetil
a CO2, devido a desidrogenações e descarboxilações;
– há formação de CO2;
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– 2 ATP;
– 6 NADH e H+;
– 2 FADH2;
– 4 CO2.
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA:
– formação de H2O por aceitação dos eletrões e dos protões (iões de hidrogénio), pelo
oxigénio (último aceitador de eletrões da cadeia respiratória);
– H2O;
– 32 ou 34 ATP;
– calor.
Na respiração aeróbia os compostos orgânicos são degradados até compostos inorgânicos muito
simples, H2O e CO2, o rendimento energético, é portanto elevado.
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Nas plantas, as trocas gasosas com o exterior ocorrem, especialmente, ao nível dos estomas.
O movimento de abertura e fecho dos estomas é condicionado por alterações na turgescência das
células estomáticas. A variação de turgescência destas células depende de vários factores, como,
por exemplo: concentração de iões, intensidade luminosa, concentração de CO2 e pH.
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Nos animais, as trocas de gases com o meio externo realizam-se em superfícies respiratórias.
Estas dependem das características do organismo, assim como do ambiente em que vive.
As trocas gasosas podem realizar-se através de uma difusão direta ou de uma difusão indireta:
difusão direta: ocorre quando existe uma troca de gases diretamente entre o ar e o meio.
Surge, por exemplo, nos insetos.
difusão indireta: ocorre quando as trocas se realizam entre as células e um fluido circulante.
É o caso da minhoca e dos vertebrados.
Na difusão indireta, o intercâmbio de gases que se verifica nas superfícies respiratórias designa-
se hematose.
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* Tegumento:
* Brânquias:
- as brânquias são estruturas típicas de animais aquáticos, como, por exemplo, peixes,
moluscos e crustáceos.
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* Traqueias:
- as traqueias surgem nos insetos onde ocorre difusão direta entre o epitélio das traquíolas
e as células.
* Pulmões:
Assim nos:
Anfíbios:
Répteis:
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Mamíferos:
– pulmões mais complexos formados por uma enorme rede de alvéolos, dispostos
em cacho à volta dos bronquíolos.
– a hematose pulmonar ocorre ao nível dos alvéolos, que estão rodeados por vasos
capilares sanguíneos, o que facilita e torna mais rápido o intercâmbio de gases.
Aves:
– para além dos pulmões, possuem sacos aéreos localizados por todo o corpo;
– os sacos aéreos, para além de constituírem reservatórios de ar, facilitam o voo das
aves, pois tornam-nas mais leves;
– a hematose pulmonar ocorre nos parabrônquios - são finos canais, abertos nas
duas extremidades que se localizam nos pulmões.
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BIOLOGIA
11º Ano
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Para que esta síntese ocorra, a célula utiliza a informação genética contida no DNA e transforma-a
em moléculas essenciais à vida, como as proteínas e os aminoácidos, indispensáveis à
manifestação das características genéticas dos seres vivos.
O DNA e o RNA, também designados ácidos nucleicos por manifestarem propriedades ácidas,
estão contidos nas células.
A unidade básica constituinte dos ácidos nucleicos é o nucleótido, que é composto por três
constituintes fundamentais:
o ácido fosfórico ou grupo fosfato, que confere as propriedades ácidas aos ácidos
nucleicos;
a pentose, que é um açúcar e pode ser ribose ou desoxirribose, conforme se trate de RNA
ou DNA, respetivamente;
58
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O núcleo é um organelo celular característico das células eucarióticas que contém cerca de 99%
do material genético:
é formado por uma membrana dupla – o invólucro nuclear com poros que permitem
comunicar com o citoplasma;
nele podem existir um ou mais nucléolos, que são estruturas com ácidos nucleicos e
proteínas na sua constituição.
o DNA é uma molécula formada por duas cadeias antiparalelas de nucleótidos enrolados em
hélice.
– um grupo fosfato;
– as bases azotadas, que neste caso são a adenina e a guanina, bem como
a citosina e a timina.
Nucleótido
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o processo repete-se na direção 5´- 3´, ficando sempre um carbono 3´ livre para se poder
ligar um novo nucleótido, pelo que a cadeia polinucleotídica cresce sempre neste sentido;
61
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a sequência nucleotídica, que é dada pelo número e pela ordem dos nucleótidos, é onde
se encontra codificada a informação genética que define as características de cada indivíduo.
O modelo e a estrutura do DNA foram construídos através do contributo de vários dados. Seguem-
-se os que mais contribuíram para a sua compreensão:
O uso do microscópio eletrónico permitiu verificar que a espessura de uma molécula de DNA
é dupla da de uma cadeia polinucleotídica.
Watson e Crick apresentam uma proposta de um modelo de dupla hélice para explicar a
estrutura do DNA, resultando o seguinte:
– as bandas laterais da hélice são formadas por moléculas de fosfato (grupo fosfato
de cada nucleótido) que alternam com moléculas de desoxirribose;
Em suma:
62
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os genes são segmentos de DNA com uma sequência nucleotídica própria que contém uma
determinada informação;
Replicação do DNA
As células sofrem divisões para darem origem a novas células. As células-filhas possuem o mesmo
património genético das células que lhes deram origem. Para assegurar a preservação desse
património genético, o DNA tem a capacidade de se autoduplicar. Este fenómeno ocorre através
da replicação, que garante a transmissão da informação genética às células-filhas.
– hipótese semiconservativa;
– hipótese conservativa;
– hipótese dispersiva.
63
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Meselson e Stahal realizaram experiências importantes com bactérias, cujos resultados apoiaram o
modelo de replicação semiconservativa que ocorre segundo a regra de complementaridade de
bases.
nucleótidos de DNA que se encontram livres na célula encaixam nos filamentos que se vão
afastando, através de ligações que obedecem à regra da complementaridade das bases – a
citosina liga-se à guanina e a timina à adenina;
quando os filamentos de DNA que serviram de molde estão inteiramente preenchidos pelos
novos nucleótidos, formam-se duas novas moléculas de DNA;
as novas moléculas de DNA, idênticas entre si, são complementares das cadeias originais e
cada uma delas é antiparalela relativamente à cadeia que lhe serviu de molde;
cada molécula de DNA formada é idêntica à molécula original e é portadora de uma cadeia
antiga (metade da molécula-mãe) e de uma cadeia recém-formada, daí a designação de
semiconservativa.
64
BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
– um grupo fosfato;
– as bases azotadas, que neste caso são a adenina e a guanina, bem como a citosina e
o uracilo.
Constituintes do RNA
– RNA mensageiro ou mRNA – que transporta a mensagem contida no DNA do núcleo para
o citoplasma;
– RNA ribossómico ou rRNA – que juntamente com algumas proteínas forma o ribossoma.
65
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66
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Basicamente, no núcleo das células ocorre a síntese de uma molécula de RNA que é complementar
de uma porção do DNA que contém a informação. Este RNA transporta a mensagem em código
para os ribossomas. Aí, a mensagem vai ser traduzida e os aminoácidos que vão formar as
proteínas vão ser selecionados, ordenados e ligados de acordo com a ordem que estava
determinada no DNA.
Expressão genética
Código Genético
Determinou-se que o sistema de codificação mais simples utilizado pelas células seria uma
sequência de três nucleótidos para codificarem um aminoácido.
67
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O código genético pode traduzir-se num quadro de correspondências entre 64 codões possíveis de
nucleótidos e os 22 aminoácidos existentes.
Código genético
Existem:
Os codões são consecutivos e não sobrepostos, isto é, sucedem-se sem qualquer separação ou
sobreposição de nucleótidos.
O codogene é um tripleto (três nucleótidos consecutivos de DNA) que representa a mais pequena
unidade de mensagem genética necessária à codificação de um aminoácido.
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– o terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros –
por exemplo, os codões CGU, CGC, CGA e CGG são sinónimos na codificação da arginina;
– o tripleto AUG tem dupla função – este tripleto codifica a metionina e é um codão de
iniciação da síntese de proteínas;
– os tripletos UAA, UAG e UGA são codões STOP ou de finalização – estes codões, que
não codificam nenhum aminoácido, representam sinais de fim de síntese de proteínas.
A síntese de proteínas é um processo muito complexo que ocorre com a participação de enzimas,
ATP, mRNA, tRNA, DNA e ribossomas, que leva à formação de cadeias de aminoácidos – as
proteínas, cuja sequência foi determinada pelos tripletos do DNA.
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Esta fase, que nas células eucarióticas ocorre no núcleo, caracteriza-se pela síntese de mRNA a
partir de uma cadeia de DNA que contém a informação que lhe serve de molde. Processa-se da
seguinte forma:
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Nesta fase, a mensagem em código contida no mRNA vai ser descodificada nos ribossomas, sendo
transformada na sequência de aminoácidos que constituem a cadeia polipeptídica das proteínas.
Ribossoma
A cadeia simples de tRNA dobra-se e em cada molécula forma-se uma zona especial que
corresponde à sequência de três nucleótidos, designada anticodão. O anticodão é
complementar de um dos codões do mRNA.
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A mesma cadeia de mRNA pode ser traduzida várias vezes, formando proteínas idênticas.
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Amplificação – a mesma zona de DNA pode ser transcrita várias vezes, formando várias
moléculas de mRNA idênticas. Por sua vez, o mesmo filamento de mRNA é descodificado
simultaneamente por vários ribossomas. Desta forma originam-se várias cadeias
polipeptídicas idênticas e a atividades do mRNA, que tem uma duração muito curta, é
amplificada.
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Depois de sintetizadas, as proteínas podem não possuir atividades biológica, podendo sofrer
diversas alterações. Elas determinam a forma e a estrutura das células e condicionam todo o
metabolismo celular.
As proteínas podem:
O material genético de um indivíduo não permanece estático, por exemplo, durante os fenómenos
de replicação ou de transcrição, pode sofrer alterações que originam anomalias mais ou menos
graves.
75
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– ter ocorrido substituição numa zona da proteína que não é determinante para a sua
função.
As alterações ambientais que têm vindo a ocorrer levaram a um aumento dos fatores que
conduzem a alterações do DNA, bem como ao aumento da frequência de mutações. Os agentes
mutagénicos podem ser físicos ou químicos:
– raios X;
– raios gama;
– radiações ultravioleta;
– calor.
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– corantes alimentares;
– conservantes alimentares;
Ciclo Celular
O desenvolvimento dos seres vivos inclui períodos de crescimento celular e períodos de divisão
celular que ocorrem num processo cíclico.
O ciclo celular é o conjunto de transformações que decorrem desde que uma célula é formada até
que essa célula inicia o processo de divisão, para originar células-filhas.
De forma simplificada, pode dizer-se que as células crescem, aumentam o seu conteúdo celular e
dividem-se, originando duas células-filhas geneticamente semelhantes e com o mesmo conjunto de
cromossomas da célula-mãe. As células filhas crescem, podendo tornar-se células-mãe. Durante a
divisão celular, os organelos são distribuídos pelas células filhas, assim como o DNA que se auto
duplicou. As células-filhas asseguram, deste modo, a continuidade genética da vida.
Divisão celular
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Através da divisão celular, uma célula – célula-mãe – origina, normalmente, duas células-filhas
geneticamente semelhantes à célula que as originou, que vão crescer até atingirem a maturidade
celular.
- Nas células eucarióticas, a divisão celular assegura a transmissão quase exata da informação
genética às células filhas.
- Nos seres unicelulares, cada divisão celular corresponde à reprodução, pois, a partir de uma
célula, formam-se duas ou mais células independentes, perpetuando-se assim a espécie.
- Nos seres multicelulares as divisões celulares sucessivas são necessárias para que a célula-ovo
se transforme no indivíduo, ou seja, possibilitam a passagem do estado unicelular ao estado
pluricelular.
* o crescimento do organismo;
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Os cromossomas, nas células eucarióticas, são estruturas filamentosas complexas formadas por
DNA associado a proteínas (histonas). Nessas estruturas:
as proteínas são as responsáveis pela sua forma física e regulam a atividade do DNA;
Os cromossomas:
podem conter:
ou
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O centrómero corresponde a uma zona de constrição do cromossoma, com uma sequência de DNA
específica, à qual se liga um disco proteico.
Estrutura do cromossoma
- O ciclo celular compreende dois períodos ou fases, a Interfase e a Fase Mitótica ou de divisão
celular:
80
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INTERFASE
é, normalmente, o período mais longo do ciclo celular – a maioria das células passa cerca
de 90% do ciclo celular em interfase;
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porque as células têm que sofrer divisão do núcleo e do citoplasma, nesta fase consideram-
se duas etapas, a mitose ou cariocinese e a citocinese:
MITOSE
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Embora seja idêntica nas células animais e vegetais, a mitose apresenta algumas diferenças,
relacionadas, principalmente, com a presença de centríolos:
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CITOCINESE
o ritmo das divisões celulares é muito variável e depende de vários fatores, como por
exemplo, as condições ambientais;
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no final de G1, as células podem não iniciar um novo ciclo celular e permanecem num
estádio de “pausa” designado G0:
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Assim, na interfase:
Durante a mitose:
nesta altura, cada nova célula possui a mesma quantidade de DNA que a célula-mãe
possuía em G1;
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A alternância entre a replicação do DNA, com a separação dos dois cromatídios de cada
cromossoma, garante a identidade genética ao longo das gerações.
Excecionalmente podem ocorrer erros – mutações – que podem alterar quer o conteúdo genético
dos cromossomas, quer o número de cromossomas e, desta forma, a estabilidade genética das
populações.
O ciclo celular pode repetir-se inúmeras vezes, permitindo formar um organismo pluricelular, que
resultou de sucessivas divisões de uma célula única – o ovo.
Mas embora possuam a mesma informação genética, as células dos organismos pluricelulares
são de diferentes tipos e apresentam diferentes funções, organizando-se em tecidos que
formam órgãos e sistemas.
Então, os genes que estão ativos num determinado tecido podem não ser os mesmos que estão
ativos num outro, determinando as diferenças que se verificam entre eles.
Para que a partir de uma célula inicial se obtenha uma grande variedade de células especializadas
em diversas funções, é necessário que ocorra um processo de diferenciação celular.
François Jacob e Jacques Monod realizaram importantes trabalhos com a bactéria Escherichia
coli com o objectivo de esclarecer a expressividade seletiva dos genes no metabolismo da lactose.
Com este trabalho procuraram compreender porque é que parte da informação genética se pode
expressar, enquanto outra parte pode ser inibida.
muitos dos genes que constituem o património genético dos indivíduos apenas se destinam
a regular o funcionamento de outros genes;
os genes que se expressam num determinado contexto dependem das relações que se
estabelecem entre o DNA e o ambiente que caracteriza esse contexto;
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
As células que, como o ovo ou zigoto, possuem a capacidade de originar todas as outras células,
designam-se, totipotentes. As primeiras divisões do ovo originam células indiferenciadas que se
vão continuar a dividir até que, à medida que prossegue o ciclo celular, iniciam um processo de
diferenciação, tornando-se células especializadas.
A maioria dos tecidos de um organismo no estado adulto possui algumas células estaminais, que
são células que apresentam um grau de diferenciação menor do que as restantes células.
Nas plantas, nos tecidos adultos existem células indiferenciadas, agrupadas em tecidos
chamados meristemas.
A capacidade que uma célula tem de originar outras células especializadas é, geralmente, tanto
maior quanto menor for a sua diferenciação.
As radiações, certas substâncias tóxicas e até determinados vírus podem ser responsáveis pelas
alterações do património genético das células.
A perda dos mecanismos de regulação celular pode ser uma das consequências da alteração do
património genético das células, levando ao aparecimento de cancro. As células cancerosas
dividem-se de forma descontrolada e podem adquirir características de malignidade, produzindo
tumores. Podem invadir tecidos e órgãos e podem espalhar-se por várias partes do organismo –
metastização.
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REPRODUÇÃO
A Reprodução é uma função característica dos seres vivos que permite o aparecimento de novos
indivíduos, através da divisão celular. Esta função permite aos seres vivos darem origem a seres
semelhantes, perpetuando, assim, as espécies ao longo do tempo.
Apesar de haver diversos processos reprodutivos, para que ocorra reprodução tem que se verificar
uma sequência de fenómenos a nível celular, tais como a replicação de DNA, que é comum à
generalidade dos seres vivos e que permite que a informação genética passe de geração em
geração.
A grande variedade de processos reprodutivos que existe pode sistematizar-se em dois tipos
fundamentais: a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
Na reprodução sexuada os novos indivíduos são originados através da união de duas células
especializadas – os gâmetas, formados através de um tipo de divisão celular
denominado meiose.
Reprodução Assexuada
A reprodução assexuada é um processo que se verifica nos procariontes e na maioria dos
unicelulares eucariontes; também ocorre em seres multicelulares, mas com baixo nível de
diferenciação tecidular.
Na reprodução assexuada:
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Apesar destes aspetos comuns, existe uma grande diversidade de processos reprodutivos
assexuados, sendo os fundamentais a bipartição, a gemulação, a divisão múltipla,
a esporulação, a fragmentação, a multiplicação vegetativa e a partenogénese.
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
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Dependendo da espécie podem-se originar novas plantas a partir de várias partes da planta-mãe.
Os processos de multiplicação podem ser por folhas (Bryophillum), estolhos (morangueiro), rizomas
(lírio e feto), tubérculos (batata) e raízes tuberculosas (batata doce), bolbos (cebola) e bolbilhos
(alho).
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Os métodos artificiais de multiplicação vegetativa são usados no sector agroflorestal com o intuito
de rapidamente produzir novas plantas. Estas técnicas têm elevado interesse económico já que
permitem preservar as características genéticas das plantas. Destaca-se o método da estaca, a
mergulhia e a enxertia.
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Nos últimos anos, o termo clonagem tem vindo a ser aplicado a situações mais específicas:
um tipo de clonagem pode fazer-se obtendo in vitro embriões com a mesma informação
genética a partir de células do mesmo ovo, que se implantam em mães portadoras. Este
processo de clonagem baseia-se na existência de gémeos verdadeiros.
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- a clonagem é um processo muito utilizado em floricultura e fruticultura sendo muito vantajoso uma
vez que se produz grande número de indivíduos a custos baixos e se originam culturas em ótimo
estado sanitário; outra vantagem é a recuperação de espécies vegetais ameaçadas de extinção.
Reprodução Sexuada
A reprodução sexuada é o tipo de reprodução mais comum no mundo vivo; é o processo
reprodutivo quase exclusivo dos animais superiores e é usual nas plantas superiores. A maioria dos
seres com reprodução assexuada, em certas condições, também se reproduz sexuadamente.
Na reprodução sexuada:
ocorre fusão dos dois gâmetas – um masculino e um feminino –, ou seja, ocorre fecundação. A
reprodução sexuada depende da fecundação;
durante a fecundação ocorre cariogamia (fusão dos núcleos dos gâmetas) que leva à
formação do ovo ou zigoto;
o ovo é a primeira célula do futuro ser vivo. Por mitoses sucessivas, vai originar um indivíduo
com características resultantes da combinação genética dos gâmetas dos progenitores;
os indivíduos das sucessivas gerações que vão sendo originados, apesar de terem algumas
características comuns, apresentam diferenças mais ou menos acentuadas entre eles e em
relação aos progenitores – verifica-se, assim, variabilidade genética nas populações;
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Para a formação dos gâmetas ocorre um processo de divisão celular – a meiose – que permite a
redução do número de cromossomas de uma célula. A reprodução sexuada depende da meiose.
O ovo resulta da união dos gâmetas que ocorre durante a fecundação. Assim, os cromossomas
presentes no núcleo do ovo são pares de cromossomas do mesmo tipo que provieram metade de
cada gâmeta. Designam-se cromossomas homólogos e possuem forma e estrutura idênticas,
sendo portadores de genes correspondentes.
Haploides – são células que possuem um só cromossoma para cada par de homólogos,
representam-se simbolicamente por n. Exemplos destas células são os gâmetas que se
formaram por meiose;
Assim, pela existência alternada destes dois fenómenos indispensáveis para que ocorra
reprodução sexual, está garantida a constância do número de cromossomas de geração em
geração.
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A meiose é um processo de divisão celular que leva à formação de quatro células haploides
semelhantes entre si e com metade do número de cromossomas da célula que lhes deu origem.
Como este fenómeno implica a passagem de um estado diploide para um estado haploide, pode ser
designado por redução cromossómica.
Divisão I e II da meiose
Divisão I:
– é precedida pela interfase onde, no período S ocorre a replicação do DNA, constituinte dos
cromossomas;
– a separação dos cromossomas homólogos de cada par reduz para metade o número de
cromossomas da célula diploide;
– são originados dois núcleos haploides, ou seja, com metade do número de cromossomas
do núcleo da célula que lhes deu origem;
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Divisão II:
– os dois núcleos haploides dividem-se e formam-se quatro núcleos, também haploides;
– porque os cromossomas são igualmente distribuídos pelos novos núcleos, é uma divisão
equacional;
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Na reprodução sexuada, para além da mitose ser fundamental para que se verifique o crescimento
dos novos indivíduos, a meiose é também necessária, como processo de divisão que compensa a
duplicação de cromossomas que se verifica na fecundação.
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Assim, existem algumas diferenças bem significativas entre estes dois processos:
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As estratégias mais representativas estão relacionadas com a reprodução sexuada nas plantas e
nos animais.
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Em ambos os casos, os gâmetas – células reprodutoras cuja união leva à formação de um novo
indivíduo – são formados em estruturas especializadas.
Para que ocorra fecundação, os gâmetas masculinos e femininos têm que se encontrar no mesmo
local, ao mesmo tempo.
Hermafroditismo:
Hermafroditismo na ténia.
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Hermafroditismo na minhoca
Unissexualismo:
– a reprodução, neste caso, exige a contribuição de dois indivíduos, um de cada sexo, sendo
estas espécies dioicas;
– a união dos gâmetas efetua-se de diversos modos que dependem da mobilidade dos
animais e do habitat.
De acordo com o local onde ocorre, a fecundação pode ser externa ou interna:
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Nas plantas, as estratégias reprodutivas são bastante diversas. Também os gametângios são muito
variados e característicos dos diferentes tipos de plantas e, como tal, também os processos de
fecundação são diferentes:
Flores
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Podem ser:
Depois de ocorrer a fecundação no interior dos óvulos, a flor vai desaparecer e originar o fruto:
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CICLOS DE VIDA
O ciclo de vida de um ser vivo corresponde à sequência de acontecimentos que ocorrem na vida
de um organismo desde que foi concebido até que produz a sua própria descendência. O ciclo de
vida de uma espécie repete-se de geração em geração.
Quando a reprodução é assexuada existe estabilidade genética e, como tal, não há alteração
do número de cromossomas de cada espécie.
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Da alternância entre estes dois fenómenos resulta sempre uma alternância de fases nucleares
características:
A ocorrência da fecundação e da meiose, embora comum a todos os seres vivos com reprodução
sexuada, pode dar-se em momentos diferentes do ciclo de vida do organismo. Tendo em conta
esse momento, estabeleceram-se, então, diferentes tipos de meiose – a meiose pós-zigótica, a
meiose pré-gamética e a meiose pré-espórica:
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Atendendo ao desenvolvimento relativo das duas fases nucleares, determinadas pelo momento em
que ocorre a meiose, gera-se alguma diversidade nos ciclos de vida dos seres vivos que se podem
classificar em:
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– forma agregados filamentosos constituídos por células cilíndricas dispostas topo a topo;
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da espirogira.
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– são um grupo com um elevado número de espécies, nos quais se inclui a espécie
humana;
– as espécies são dióicas, para ocorrer fecundação têm que intervir os dois
representantes de ambos os sexos;
a meiose ocorre durante a formação dos gâmetas, em células presentes nas gónadas
masculinas (testículos) e nas gónadas femininas (ovários).
resulta um ovo ou zigoto diploide que sofre divisões mitóticas sucessivas originando um
novo indivíduo pluricelular
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– habita locais húmidos, tais como zonas arborizadas, troncos de árvores e muros
velhos;
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na época reprodutiva, na página inferior das folhas, formam-se soros que são grupos de
esporângios que, quando jovens, contêm as células-mãe dos esporos;
as células-mãe dos esporos sofrem meiose, originando esporos haploides que, quando estão
maduros, são libertados;
se caírem em solo favorável, cada esporo germina e origina uma estrutura laminar,
fotossintética de vida independente – o protalo;
os anterozoides, quando a água no solo é suficiente, nadam até aos arquegónios onde se
fundem com a oosfera;
desta fecundação, dependente da água, resulta um zigoto diploide que vai iniciar o seu
desenvolvimento sobre o protalo, originando uma nova planta adulta – novo esporófito de vida
independente.
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OS CICLOS DE VIDA...
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EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
Desde tempos remotos que o Homem tenta explicar a origem e a diversidade das espécies. Várias
teorias surgiram, enquadradas em dois grandes grupos: teorias fixistas e teorias evolucionistas.
Fixismo:
– foi a primeira tentativa de explicação da grande diversidade de seres vivos
existentes na Terra;
– foi aceite durante muitos séculos, principalmente porque era apoiada pela
observação de gerações sucessivas de seres vivos que eram sempre semelhantes;
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Evolucionismo:
– admite que as espécies se alteram de forma lenta e progressiva ao longo do tempo,
dando origem a novas espécies;
O Evolucionismo foi dificilmente aceite pela comunidade científica e a sua implantação definitiva
decorreu do aparecimento de mecanismos explicativos muito bem fundamentados e apoiados por
argumentos válidos.
LAMARCKISMO:
– foi a primeira teoria explicativa sobre o mecanismo de evolução dos seres vivos,
formulada e defendida por um naturalista francês, o cavaleiro de Lamarck;
– nesta teoria, a adaptação é definida como sendo a capacidade dos seres vivos
desenvolverem características que lhes permitam sobreviver e reproduzir-se num
determinado ambiente;
– admite, ainda, uma progressão lenta e gradual dos organismos mais simples para
os mais complexos.
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– atribui à evolução uma intenção ou objetivo, ao afirmar que as alterações ocorrem devido à
necessidade de as espécies procurarem a perfeição, o que não se conseguiu provar
cientificamente;
Esta teoria não vingou e o evolucionismo foi, temporariamente, posto de parte. Na altura em que
surgiu era impossível testar, cientificamente, alguns dos seus pontos e, por outro lado, as ideias
fixistas ainda estavam bem enraizadas.
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DARWINISMO:
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O mecanismo essencial que dirige a evolução é a seleção natural: só os mais aptos sobrevivem e
transmitem as características mais favoráveis porque o ambiente não possui os recursos essenciais
para a sobrevivência de todos os que nascem;
– em cada geração, uma parte dos indivíduos é naturalmente eliminada na luta pela
sobrevivência;
– a seleção natural, feita pela Natureza, privilegia os indivíduos mais bem dotados e
elimina os menos aptos relativamente a determinadas condições do ambiente –
sobrevivência do mais apto;
– os mais aptos, portadores das variações favoráveis, vivem durante mais tempo e
reproduzem-se mais e, como tal, transmitem as suas características aos
descendentes por reprodução diferencial;
A principal crítica a esta teoria é o facto de não conseguir explicar as causas das variações
existentes nas populações.
122
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– tem como objetivo estabelecer possíveis relações de parentesco entre seres vivos de
diferentes grupos taxonómicos;
ESTRUTURAS HOMÓLOGAS
– são órgãos com um plano estrutural semelhante e com origem embrionária semelhante;
124
BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
- A evolução verifica-se a partir de um órgão simples que se vai tornando gradualmente mais
complexo.
125
BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
- Um órgão que era mais complexo vai evoluindo no sentido de se tornar mais simples, regredindo.
Radiação adaptativa
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BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
ESTRUTURAS ANÁLOGAS
– resultam da atuação da seleção natural sobre indivíduos com origens distintas que
conquistaram meios semelhantes; os que possuem estruturas que desempenham
funções semelhantes são selecionados em detrimento de outros;
ESTRUTURAS VESTIGIAIS
– a seleção natural pode exercer pressões seletivas que favoreçam indivíduos com
determinado órgão desenvolvido mas, noutro meio, esse órgão pode ser
desnecessário;
127
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Argumentos Paleontológicos
– o estudo do registo fóssil fornece
dados que apoiam o evolucionismo;
128
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– existem fósseis que permitem documentar relações de parentesco (filogenéticas) entre espécies
atualmente muito afastadas e que não foram independentes quanto à sua origem – estes fósseis
designam-se de formas sintéticas ou fósseis de transição:
Argumentos Citológicos
– referem-se ao estudo das células, objeto de estudo da Citologia.
129
BG - PREPARAÇÃO PARA EXAME|Resumos
Para reconstituir o processo evolutivo é necessário recorrer a vários tipos de argumentos que são
analisados em conjunto. Para além da Anatomia comparada, da Paleontologia e da Citologia, os
cientistas recorrem à Embriologia, à Bioquímica e à Biogeografia para recolherem o maior
número possível de dados das diferentes áreas do conhecimento e, assim, tentarem esclarecer
melhor o processo evolutivo.
Tal como foi enunciada por Darwin, a teoria da evolução apresentava alguns pontos que não foram
totalmente esclarecidos, como:
mutações – são uma evidência que permite explicar as variações dos seres vivos;
Com estes novos dados, a Teoria de Darwin é revista e surge uma nova teoria –
o Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução.
Para explicar os mecanismos evolutivos, esta teoria apresenta duas ideias fundamentais,
a variabilidade genética e a seleção natural:
a seleção natural atua sobre a diversidade, que é gerada pela variabilidade genética;
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Mutações
Recombinação genética
cada conjunto génico confere potencialidades adaptativas aos indivíduos, num determinado
meio;
as populações são conjuntos de indivíduos da mesma espécie que, num dado momento,
ocupam uma determinada área;
Atualmente define-se evolução como uma mudança no fundo genético das populações, como
resultado da seleção natural.
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é o conjunto de todos os genes presentes nos indivíduos da população, num dado momento;
num ambiente em mudança pode alterar-se, porque o conjunto de genes mais favorável
pode deixar de o ser:
Atualmente, os seres vivos ocupam todo o tipo de habitats, desde as zonas mais profundas dos
fundos oceânicos às cordilheiras mais altas do nosso planeta.
Os seres vivos podem agrupar-se em dois grandes grupos, os seres procariontes e os seres
eucariontes. Esta classificação é apoiada pelo registo fóssil que testemunha a existência
destes dois tipos de seres no passado.
Pensa-se que foram os procariontes que estiveram na origem da diversidade de formas de vida
existentes atualmente, devido:
Alguns grupos de procariontes terão evoluído e aumentado a sua complexidade e terão estado,
provavelmente, na origem dos organismos eucariontes.
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- estes organelos produzem as suas próprias membranas, as suas divisões são independentes das
da célula e são semelhantes à divisão binária das bactérias, contêm um DNA próprio semelhante ao
das bactérias – uma molécula circular, geralmente, não associada a histonas;
- os ribossomas das mitocôndrias e dos cloroplastos são semelhantes aos dos procariontes, quer
no tamanho, quer nas suas características bioquímicas;
- não esclarece como é que o DNA nuclear comanda o funcionamento dos cloroplastos e das
mitocôndrias.
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MULTICELULARIDADE
– o aumento do metabolismo.
À medida que as dimensões da célula aumentam, a razão entre a área da célula e o seu volume
diminui, porque o crescimento celular não pode ser indefinido. Então, como o metabolismo se torna
mais ativo mas a superfície membranar que contacta com o exterior não tem um aumento
proporcional, as trocas com o meio tornam-se menos eficientes e não são capazes de dar resposta
às necessidades das células.
Assim, para indivíduos com dimensões superiores a 1mm sobreviverem só têm duas possibilidades:
ou são unicelulares, mas com um metabolismo muito baixo ou, para darem resposta às
necessidades metabólicas, têm de ser multicelulares.
Embora ainda não esteja bem esclarecida, pois o registo fóssil não é suficiente, pensa-se que a
multicelularidade tenha resultado de associações vantajosas entre eucariontes unicelulares que
foram evoluindo:
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Volvox não é considerado um ser pluricelular, pois, embora seja constituído por células
estruturalmente independentes, sob o ponto de vista funcional, a sua diferenciação é ainda muito
incipiente, confinando-se exclusivamente às células reprodutoras. Contudo, este exemplo é
bastante útil para se compreender que organismos coloniais semelhantes tenham evoluído no
sentido de maior organização e diferenciação estrutural e funcional e, como tal, da verdadeira
multicelularidade.
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Pensa-se que:
– este dado é apoiado pela existência de clorofila a e b nas algas verdes e nas
plantas e, também, pela presença de amido como substância de reserva em ambas;
diminuição da taxa metabólica, como resultado da especialização celular que permitiu uma
utilização de energia de forma mais eficaz;
Em suma, pode dizer-se de forma muito simples que a evolução das formas de vida se
processou dos procariontes para os eucariontes unicelulares e dos seres coloniais para os
pluricelulares.
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Classificação Biológica
Categorias taxonómicas
À medida que o conhecimento biológico se foi desenvolvendo, aumentou também a variedade de
características utilizadas em Taxonomia.
foi proposto por Lineu que, pelo seu contributo nesta área, foi considerado o “pai da
Taxonomia”;
– o filo – na Zoologia
– a divisão – na Botânica
– o reino.
Podem existir categorias intermédias que são indicadas com os prefixos: super, sub e infra.
Da espécie para o reino vai aumentando o número de organismos incluídos em cada nível, mas vai
diminuindo o grau de parentesco entre eles.
De acordo com o conceito biológico, a espécie é um grupo natural constituído por indivíduos com o
mesmo fundo genético, morfologicamente semelhantes e que se podem cruzar entre si originando
descendentes férteis. Os organismos da mesma espécie estão isolados reprodutivamente dos
indivíduos de outras espécies, pelo que é a única categoria taxonómica natural. Todas as outras
são agrupamentos feitos pelo Homem.
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A nomenclatura:
– surgiu para tentar uniformizar os nomes que eram dados aos seres vivos: popularmente os
organismos são conhecidos por nomes muito diferentes, que até podem variar de região
para região;
– é atribuída de acordo com regras específicas com o objetivo de criar uma nomenclatura
internacional.
– esta língua já era usada desde a Idade Média havendo já muitos nomes atribuídos, pelo
que não seria necessário alterá-los;
– o Latim é uma língua morta, como não evolui, o significado das palavras não se altera.
– são duas palavras em latim: a primeira diz respeito ao género a que a espécie pertence e
é um substantivo escrito com inicial maiúscula; a segunda corresponde
ao restritivo ou epíteto específico, é normalmente um adjetivo escrito com inicial minúscula
e identifica uma espécie dentro do género a que pertence.
os grupos superiores à espécie são uninominais, formados por uma só palavra, que é
um substantivo escrito com inicial maiúscula;
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a data da publicação do nome da espécie também pode ser citada, neste caso coloca-se
depois do nome do autor, separada por uma vírgula.
Sistemas de Classificação
No nosso planeta existe uma grande diversidade de seres vivos, pelo que o seu estudo se torna,
muitas vezes, difícil.
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OS REINOS DA VIDA
O reino é a categoria taxonómica mais ampla, inclui maior número de espécies que as restantes
categorias e as semelhanças entre elas são menores.
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organização estrutural
tipos de nutrição
– tem como base o processo de obtenção de alimento, os seres podem ser autotróficos
fotossintéticos ou quimiossintéticos ou podem ser heterotróficos, obtendo o alimento por
ingestão ou por absorção.
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– propõe a extinção do reino Monera e que, em seu lugar, surjam dois novos reinos –
o das Arqueobactérias e o das Eubactérias.
– que são:
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Este sistema tem sido muito criticado, porque se baseia apenas em dados moleculares como
critério de classificação.
Conclui-se que a Taxonomia é uma ciência em constante evolução. Mas, apesar das
novas propostas apresentadas, o sistema de classificação de Whittaker em cinco
reinos continua a ser um dos mais consensuais.
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