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UNIESPG-Escola Superior de Pós Graduação

Ivan Claudio Siqueira de Moraes

GESTÃO DE MÍDIAS SOCIAIS COMO ACESSIBILIDADE


NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Santos/SP
2022/1
1

UNIESPG-Escola Superior de Pós Graduação

Ivan Claudio Siqueira de Moraes

Mat.: 502020121439

GESTÃO DE MÍDIAS SOCIAIS COMO ACESSIBILIDADE


NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à ESPG – Escola Superior de Pós Graduação


como requisito para aprovação no curso de Pós-Graduação MBA em Gestão de Negócios.

Santos/SP
2022/1
2

Ivan Claudio Siqueira de Moraes

Mat.: 502020121439

GESTÃO DE MÍDIAS SOCIAIS COMO ACESSIBILIDADE NAS POLÍTICAS


PÚBLICAS
Artigo/Monografia apresentada à ESPG- Escola Superior de Pós Graduação como requisito
para a aprovação no curso de Pós-Graduação MBA em Gestão de Negócios

Nota: _____ Data: __/__/_____

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Prof. ____________

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Prof. ____________

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Prof. ____________
3

RESUMO

O cidadão pró-ativo com o advento das mídias sociais faz com que as mazelas locais poderão
vir a ter uma adesão multilateral (sociedade e governo), e isso ocorre a partir do modo de ver
e vivenciar o mundo, indiretamente pautado pela presença dos mesmos nas redes, visto que
essas faz com que unilateralmente as mazelas locais que poderão vir a ter uma adesão
multilateral, e isso ocorre a partir do modo de ver e vivenciar o mundo, indiretamente pautado
pela presença. As políticas públicas estão em um estágio no qual seus propósitos e
plataformas de ação de gestão está centrado em programas e ações que produzirão resultados
ou mudanças no âmbito proposto na área social, que criam as condições para uma
fiscalização, ampliação e execução dessas políticas a fim de aperfeiçoar o feedback e por
conseqüência a gestão, sendo grande parte através das redes sociais. Com esses avanços
atrelados a comportamentos e tendências econômicas, políticas e dos costumes, a relação do
virtual e real se mostram fundidas na vida de muitas comunidades cosmopolitas, permitindo
ao poder político ver e agir sobre comportamentos fundamentais da comunidade e antecipar a
remediação das falhas na gestão (execução) das diretrizes públicas e sociais.A partir dessa
gestão de problemas por redes sociais cada vez mais presente, o controle do trabalho político
e sua transparência de dados gerais da coisa pública, crescem vertiginosamente, aperfeiçoando
padrões de qualidade de vida, fiscalização de entes públicos e/ou privados que diretamente
participam de iniciativas da estrutura socioeconômica de uma população ou de um local, em
ações (populares ou até populistas) que por finalidade estam focadas na sociedade com fim de
construção de imagem perante o consumidor/ o eleitor/ e o cidadão. Com tais conceitos a
evolução digital e as redes sociais se tornaram um meio eficaz na nova sociedade do século
XXI criados com a finalidade de aprimorar os relacionamentos humanos auxiliado por entes
virtuais a partir de proposituras, projetos, enquetes e pesquisas definindo como o conjunto de
processos midiáticos-sociais a partir de uma amalgama dialética definida pelos envolvidos na
informação e disseminação (publicidade) contra a má-gestão, omissão ou inércia nas políticas
públicas atreladas ao recorte do momento, sendo o raio-X da esfera social, onde há como
objetivo a concentração de idéias, a fim de consolidar uma solução que reflita os desejos da
maioria com foco na gestão de problemas. Sua eficácia em propagar a informação viralizada
com fim resolutivo, fez dela um ambiente adequado ao fortalecimento da participação
política. Essa participação está cada vez mais híbrida (presencial/offline e online) interagindo
vários meios de intercâmbio político-popular. A capacidade de mobilizar os personagens
online (e até mesmo os offline) e manter uma comunicação bilateral - cidadão e governantes.
4

ABSTRACT

The proactive citizen with the advent of social media means that local ills may have a
multilateral adhesion (society and government), and this occurs from the way of seeing and
experiencing the world, indirectly guided by their presence. in the networks, since these
unilaterally cause the local ills that may have a multilateral adhesion, and this occurs from the
way of seeing and experiencing the world, indirectly guided by presence. Public policies are
at a stage in which their purposes and management action platforms are focused on programs
and actions that will produce results or changes in the proposed scope in the social area,
which create the conditions for inspection, expansion and execution of these policies in order
to to improve feedback and, consequently, management, largely through social networks.
With these advances linked to economic, political and customs behaviors and trends, the
relationship between the virtual and the real is shown to be merged in the lives of many
cosmopolitan communities, allowing political power to see and act on fundamental
community behaviors and anticipate the remediation of flaws in the management (execution)
of public and social guidelines. From this increasingly present management of problems by
social networks, the control of political work and its transparency of general data of public
affairs, grow vertiginously, improving standards of quality of life, inspection of public and/or
private entities that directly participate in initiatives of the socioeconomic structure of a
population or a place, in actions (popular or even populist) whose purpose is focused on
society in order to build an image before the consumer/voter / and the citizen. With such
concepts, digital evolution and social networks have become an effective means in the new
21st century society created with the purpose of improving human relationships aided by
virtual entities from proposals, projects, polls and research defining how the set of processes
media and social media from a dialectical amalgam defined by those involved in information
and dissemination (advertising) against mismanagement, omission or inertia in public policies
linked to the cut of the moment, being the X-ray of the social sphere, where there is as
objective the concentration of ideas in order to consolidate a solution that reflects the wishes
of the majority with a focus on problem management. Its effectiveness in propagating viral
information with a resolute purpose made it an appropriate environment for strengthening
political participation. This participation is increasingly hybrid (in person/offline and online)
interacting with various means of political-popular exchange. The ability to mobilize
characters online (and even offline) and maintain bilateral communication - citizens and
governments.
5

Introdução

As redes sociais e a inserção delas no século XXI desprenderam uma série de olhares
da ciência, sendo esses (olhares) a visão de ser “um fenômeno relativamente recente e alvo de
estudos de várias áreas do conhecimento para compreender os efeitos à sua exposição em
diferentes populações” (Vermelho et al., 2015). Essas novas mídias rememoraram em nossa
cultura o “complexo de vira-lata”1 (RODRIGUES, 1958) e alguns padrões mínimos de
exigência social, indicando que há um impacto sobre a sociedade e seus modos. As mídias
sociais nesse aspecto podem ser definidas como “imagética” 2 (RITTES, 2000), ou seja, são
construídas em nossa mente e sentimentos, pensamentos e ações em nossa vida e em
comparação dela com a do próximo. Para tal hipótese, levantada nos estudos científicos e
sociológicos, é imposta no meio, a idéia de uma “incorporação do valor, ao ponto de
modificar as atitudes e comportamentos pessoais, sendo um importante mediador da
insatisfação” (Gomes et. al., 2001). A mídia, seja ela no formato de veículo ou no formato de
redes, está associada com o pensar e a ação comunicativa (HABERMAS, 1989), além do
social, em especial no quesito polarização (ideológica e política).
Com o advento das mídias sociais, as formas de se tornar um cidadão pró-ativo (no
bairro, na cidade, na região e etc., ou seja, na comunidade em geral) também vem sendo
transformadas, no qual as tecnologias tende a aproximar quem está distante deste contexto
cosmopolita, substituindo encontros pessoais, acentuado principalmente no período
pandêmico de 2020, onde o distanciamento se tornou um item obrigatório de etiqueta
sanitária. Já no fim dos anos 90 (século XX), e fortalecidos na década 20 do atual século XXI
tornando-se uma das principais formas de manifestação, esses dispositivos de comunicação
apresentaram-se como uma solução além do entretenimento. Hjarvard (2014) em seu estudo
“Midiatização: Conceituando a mudança social e cultural” considera que há nas mídias o
poder de “mudar as representações em nossas mentes”, isto é, a interpretação de sociedade
pode diretamente influenciar as relações políticas, visto que “política” segundo o sua
etimologia grega significa, “algo relacionado com grupos sociais que integram a Pólis3”.

1
Complexo de vira-lata é uma expressão e conceito criada pelo dramaturgo e escritor brasileiro Nelson
Rodrigues (1958), “Por "complexo de vira-lata" entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca,
voluntariamente, em face do resto do mundo. O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem.
Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima”.
2
A imagética advém da imagem (RITTES, 2000); construções literárias e dialéticas que possuem o
perfeccionismo na construção da imagem (real ou não) como elemento principal da obra.
6

As mídias sociais são construídas socialmente, feita por indivíduos com crenças,
ideologias, culturas étnicas e principalmente olhar crítico à sua vida afim de gerar um
incomodo construtivo, com isso não pensar em “networking” 4 como algo de um ser, mas sim
de um todo, pois unilateral ou multilateral se constituem mutuamente (MACKENZIE E
WAJCMAN, 1999 apud PRIMO, 2012). Por esse fato as redes sociais excluem o privado se
tornando público, as manifestações (publicações) feitas são decididas por um usuário, porém
com um anseio de conquista pessoal e coletiva, considerando o julgamento e o olhar das
demais pessoas, que o “seguem” ou “compartilham” a postagem. Saindo do eu e entrando no
nós. A idéia de “nós” gera o conflito ou a união em uma causa, tema ou bandeira. O filtro das
mídias sociais é mediado pelos usuários dentro do que se compartilha e vão de encontro (ou
não) com seu modo de ser, mas também com o modo de viver. É através das manifestações
públicas on-line de vídeos, fotos e mensagens que o individuo revela os seus desejos, anseios
e posicionamento dentro da comunidade construindo assim o seu perfil de forma indireta.
Esse contato compartilhado faz com que unilateralmente as mazelas locais que poderão vir a
ter uma adesão multilateral, e isso ocorre a partir do modo de ver e vivenciar o mundo,
indiretamente pautado pela presença do outro. Visto nesta óptica construtivista de sociedade
digital que se pode observar e contestar as mudanças que vem ocorrendo na esfera local,
municipal, estadual e até internacional pelo advento da globalização, tecnologia e mídias
adaptadas para tais fins, a qual, passou a ser instantânea – em real-time. Essas tecnologias
trouxeram novas formas de se manifestar (sem exposição física como antigamente), tendo os
aplicativos de rede social um dos meios mais permeáveis na sociedade moderna para essa
finalidade de mudanças (pessoais ou coletivas).
Assim podemos citar Easton (1965 apud SOUZA, 2006), que depois de mais de meio
século de debates sobre o trabalho conjunto entre entes civis e entes públicos, o autor marca
nas ciências sociais a definição clássica de política pública. Sendo para ele “um sistema, ou
seja, como uma relação entre formulação, resultados e o ambiente”. Segundo Easton, políticas
públicas recebem starts (iniciativas) dos partidos (políticos ou civis organizados), da mídia e
dos grupos de interesse, que influenciam seus resultados e efeitos na comunidade (SOUZA,
2006).
Com a sociedade permeando em diversas áreas competentes, as políticas públicas no
campo do conhecimento que busca, “ao mesmo tempo, "colocar o governo em ação" e/ou

3
Devido às suas características “pólis”, o termo pode ser usado como sinônimo de cidade-Estado.
(CASTOTIADIS, 1987)
4
Networking é construir uma rede de contatos profissional para trocar experiências e informações e
potencializar oportunidades através de relacionamentos. (Dicionário Houaiss, 2020)
7

analisar essa ação (variável independente) e, quando necessário, propor mudanças no rumo ou
curso dessas ações (variável dependente)” (DALFIOR et. al., 2015). Assim, neste século as
políticas públicas estão em um estágio dentro de governos ditos democráticos de direito em
que seus propósitos e plataformas de uma ação de gestão, estão centrados em programas e
ações que produzirão resultados ou mudanças no âmbito proposto. Nisto, essas políticas
públicas, após desenhadas e moldadas com o auxilio da população digitalizada, programas,
projetos, bases de dados ou sistema de informação e pesquisas próximos dos anseios
coletivos. Se implementadas, a população submete a gestão compartilhada (povo e governo) a
sistemas de acompanhamento e avaliação. Esse modelo é o que faz com que a tal ação política
tenha um espaço próprio de atuação, embora permeável a influências externas e internas
(Evans, Rueschmeyer e Skocpol, 1985). Essas influencias, em especial as externas,
atualmente regidas pelas redes/mídias sociais (quase utilizadas por gestores públicos de cargo
eletivo – os popularmente chamados de políticos, no sentido inverso da etimologia – como
referendos populistas, visando o bem comum, mas também a reeleição), metas as quais, por
sua vez, criam as condições para uma fiscalização, ampliação e execução dessas políticas
públicas.
Putnam (2002) foi um dos primeiros teóricos em caracterizar os grupos em função do
capital social de vinculo (bonding) e de ponte (bridging). As redes sociais coordenadas pela
sociedade digital (uni ou multilateral) e a coordenação horizontal, formadas por diversos
segmentos, minorias, bandeiras ou “seres políticos”5 traz questões que para aquele nicho
(biota social) são importantes, e “podem ser mais propensas de representar uma boa
governança, proporcionando oportunidades para formas mais democráticas de atuação e
elaboração de políticas” (DALFIOR et. al., 2015).
Hoje em dia é possível afirmar que a participação via tecnologia digital é parte de
alicerçamento da transformação e mudança na qual o bem comum ainda não está cristalizada
em estruturas devido ideologias partidárias e sociológicas e não por participação da população
(direta ou indiretamente). Sua ação é construída na busca da transformação social.
Observando que práticas participativas e sócio-transfomadoras cresçam de acordo com os
contextos e demandas sociais, históricos (ex.: cotas escolares para afro-descendentes) e
geográficos (ex.: êxodo sertanejo, onde há uma rota bem definida no País entre nordeste e
sudeste). “As redes sociais proporcionam uma alternativa complementar para compreender

5
O termo politikos, por sua vez, se originou a partir da palavra polites, que quer dizer “cidadão”, que se originou
de polis, traduzido por “cidade”. (Dicionário Houaiss, 2020)
8

que as relações são importantes” (ARAUJO et. al., 2013), sendo suas dinâmicas mais
assertivas e de interesse coletivo em vários e distintos processos do Estado.
9

DESENVOLVIMENTO

Dentro do “ciberespaço6”, as redes sociais, somadas as diversas ferramentas de união


virtual de grupos de pessoas no qual através do envio de mensagens e conteúdos
(“imagéticos” ou sonoros) fomentam idéias, manifestos e defesas de causas, tudo rumando
para além do próprio entretenimento. Para isso há inúmeros desenvolvedores e startups 7 que
dirigem diferentes redes sociais, para diferentes propósitos onde temos, por exemplo, o
facebook e twitter (que permitem conversar com amigos e compartilhar mensagens, links,
vídeos e fotografias), o instagram (em que usuários compartilhamento de fotos e vídeos entre
seus usuários com a possibilidade de introduzir uma temática utilizando as hashtags), o
whatsapp (que oferece via internet – dados móveis ou wi-fi – um aplicativo multiplataforma
de mensagens instantâneas e chamadas de voz para smartphones) e até se pode atualmente
gerir relacionamentos amorosos como, por exemplo, o aplicativo Tinder (que através dele
você pode encontrar pessoas que combinem com seu estilo e gostos, podendo dar um “match”
– ou, cruzamento de alma gêmea – quando há interesse mútuo). Esse entremeio do real com o
virtual se faz conforme tempo, objetivo, e fundamentos daquela sociedade, naquele momento
e em mídias sociais específicas (por temáticas e públicos-alvo).
Com esses avanços atrelados a comportamentos e tendências econômicas, políticas e
dos costumes, a relação do virtual e real se mostram fundidas na vida de muitas comunidades
cosmopolitas. Apresentando macro e micro tendências sociais, observamos novos
posicionamentos dos cidadãos, que antes estavam separados (segregados e marginalizados) no
universo real por classes sociais e agora se misturam em causas, bandeiras e militâncias afins
de um objetivo em comum. Para tal eficácia, o meio político (executivo e legislativo) utiliza
as opiniões de diversas mídias sociais para formular planos de governo e conseqüentemente
políticas públicas.
Hoje em dia os gestores públicos têm proporcionado à sociedade inúmeros canais de
contato, a fim de aperfeiçoar o feedback e por conseqüência a gestão, sendo grande parte
através das redes sociais. Este recente canal de comunicação direta com o público vem
agregar ao modelo de gestão, ferramentas como: Parceria Público-privado com stakeholders,
ou seja, harmonizar dialogo e execução com as pessoas e as organizações que podem ser

6
“Ciberespaço” é um espaço existente no mundo da comunicação em que não é necessária a presença física do
homem para constituir a comunicação como fonte de relacionamento direto.
7
Uma “startup”, termo da língua inglesa sem tradução oficial para a língua portuguesa, é uma "empresa
emergente" que tem como objetivo principal desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio empreendedor.
10

afetadas por um projeto, empresa, ou gestão, de forma direta ou indireta, positiva ou


negativamente, pois fazem parte da base da gestão de comunicação e são importantes para o
planejamento e execução de um projeto, neste caso as áreas de políticas publicas; Downsing
com aprimoramento dos serviços prestados – em especial quando se fala na área de Recursos
Humanos, onde tem como um de seus objetivos centrais a diminuição de processos
burocráticos e, assim, reduzir os custos com tais etapas; idealizar os Princípios de Controle de
Qualidade Total, ou CQT, voltados para aplicação do 5S (senso de utilização, senso de
organização, senso de limpeza, senso de padronização/normalização e senso de disciplina,
com a finalidade de proporcionar melhoria da qualidade de vida pessoal/Cidadãos e
profissional/Gestores), satisfação, aperfeiçoamento e garantia do proposto em plano de
governo; trabalhar o exomarketing para informar a população dos projetos em andamento
(executivo) e de mudanças consuetudinárias 8 por força de lei (legislativo/câmaras); e por
complemento, adaptar o Sistema Jidoka (com seus quatro passos: 1) Detectar a falha ou
anormalidade, 2) Parar, 3) Corrigir ou consertar imediatamente a condição anormal, e 4)
Investigar a causa raiz com o propósito de estabelecer ações efetivas para que o problema não
ocorra mais) no diálogo entre demandas sociais e execução dos gestores.
As gestões dos poderes executivos e legislativos passaram a ter uma necessidade
maior de aplicar essas ferramentas de gestão com a sociedade, principalmente pela viralização
de idéias oposicionistas que atenderão a parcela insatisfeita (seja simples cidadão ou futuro
eleitor). Além disso, os políticos de cargo eletivo têm mostrado interesse em atender as
necessidades do todo (situação e oposição) visando melhorias e coligações neste
relacionamento. Assim, a sociedade digital e suas demandas diretas, as políticas públicas,
melhoraram em: a) economizar tempo, b) esforços físicos e economia no erário, c)
merecimento de oportunidades – meritocracia, d) eqüidade social entre classes com
conseqüências geográficas e econômicas, migrando para uma evolução de serviços focados
nos anseios, demandas, reclamações, manifestações ou apenas nas resoluções dos problemas
de longas datas (gestor a gestor – ou eleição a eleição). Os gestores públicos têm buscado
atender os pleitos e mazelas por mecanismos mais certeiros, mais rápidos, e assim, obter uma
redução de insatisfeitos com o mapeamento das redes sociais (por exemplo, comentários e
publicações nos aplicativos Facebook e Twitter), principalmente na área do feedback pelo
“termômetro” da satisfação dos cidadãos, que na divulgação peer-to-peer 9, em especial nas

8
Consuetudinárias: que diz respeito aos costumes de um povo. (Dicionário Michaelis, 2019)
9
Peer-to-peer é uma arquitetura de redes onde cada um dos pontos ou nós desta trama ou rede funciona tanto
como cliente quanto como servidor, permitindo compartilhamentos de serviços e dados sem a necessidade de um
servidor central.
11

três diretrizes deste modelo, que são: Comunicação direta, auto-organização e mobilidade,
eles então obterão melhores êxitos em suas gestões.
As mídias sociais no seu todo (de forma lato sensu), contribuem na formação dessas
políticas públicas com a participação daqueles usuários, atores sociais, dentro da “sociedade
digital” não somente “como observadores e sim como colaboradores” (CASTELLS, 1999). O
ambiente da internet permite tanto o estreitamento quanto o afastamento da distancia física ou
virtual, permitindo ao poder político ver e agir sobre comportamentos fundamentais da
comunidade e antecipar a remediação das falhas na gestão (execução) das diretrizes públicas e
sociais.
Com tal contexto pode-se afirmar “que o que parece a maior contribuição da teoria das
redes sociais para o entendimento da sociedade é que ela articula os níveis macroestrutural e
microestrutural” (PORTUGAL, 2007), ou seja: busca explicar o comportamento dos
indivíduos através das redes em que eles se inserem e explicar a estruturação das redes a partir
da análise das interações entre os indivíduos e das suas motivações (idem, 2007). Assim na
política pública as redes sociais inserem os entes localizados em locais distintos com órgãos
gestores da comunidade civil onde possibilita estabelecer “relações entre esses dois pontos”
em busca de feedback. Vermelho et. al. (2015) traz o conceito “onde no ponto de vista da
geometria, toda rede é formada por pontos e linhas. Toda linha é formada por uma seqüência
de pontos, todo ponto é representado no espaço por um par de coordenadas (x, y)”.
Observa-se que a necessidade dos atores envolvidos, isto é, eleitores ou elegidos (e até
elegíveis, pois mesmo que não entrem efetivamente no cargo eletivo, estes muitas vezes
levantam bandeiras e fomentam o debate em anseios de inúmeros grupos), é o que alimenta a
criatividade pró-ativa a fim de criar algo novo com soluções de curto e médio prazo. Em
resumo, dessa necessidade do giro de poder, ou seja, do votar e ser votado, que advém a partir
das experiências do ator social (o que vota) a finalidade de suprir uma falta de oportunidades
por passividade dos entes públicos (o votado) na esfera de inclusão “do outro” (HABERMAS,
2002). Visto que pontualmente a relação do indivíduo com a coletividade na atualidade é
marcada por meio de relações frágeis (ADORNO; HORKHEIMER, 1986; MARCUSE, 1982;
HARVEY, 1994; CROCHIK, 1999).
No trabalho de integração virtual com o real, o autor Torres (2009), define Redes
sociais entre fóruns e blogs, os meios de comunicação, sendo: “os fóruns são locais onde as
pessoas podem trocar idéias, discutir assuntos em comuns. Já os blogs são um local onde uma
pessoa expõe seus pensamentos, escrevem artigos e disponibilizam para que outras pessoas
possam ler e comentar o que acharam”. Ambos os meios citados (além dos tradicionais
12

Facebook, Twitter, grupos de Whatsapp, entre outros...) têm como objetivo principal a
concentração de idéias, debates e conseqüentemente consolidar uma proposta grosseira, um
produto bruto, porém inicial, de gestão ou solução de problemáticas.
A partir dessa gestão de problemas por redes sociais cada vez mais presente, o controle
do trabalho político e sua transparência de dados gerais da coisa pública, crescem
vertiginosamente, aperfeiçoando padrões de qualidade de vida, fiscalização de entes públicos
e/ou privados que diretamente participam de iniciativas da estrutura socioeconômica de uma
população ou de um local, em ações populares ou até populistas que por finalidade destas
manobras focadas na sociedade será de construção de imagem perante o consumidor/ o
eleitor/ e o cidadão. Tendo em si a visibilidade exacerbada em divulgações na internet, como
autopromoção. Outras gestões, por exemplo, governos estaduais e municipais que
nacionalmente eram invisíveis para a grande mídia nacional, agora podem ser acompanhados
de perto por quem tem real interesse, os gentílicos locais, que por meio da viralização 10
podem dar notoriedade em todo País, e meio de qualquer lugar do mundo, por qualquer
cidadão, sem nenhum custo ou filtro prévio (algo comum na grande mídia).
Destaque para a citação sintetizada de Ferreira e Dias (2014):
“Este era o mundo político antes das redes sociais, mediado por instâncias, ante-
salas, truques e artimanhas para emular um contato direto. Hoje, quem acreditaria
nesses procedimentos? É preciso ser uma celebridade, por certo, mas a real
condição de celebridade para o político, nas redes sociais, é ser uma pessoa ao
alcance dos demais cidadãos. É não precisar de muros, nem de seguranças. Ao
contrário das celebridades do mundo da música ou da televisão, uma liderança
política não tem obra, não tem interpretação no palco. Mesmo que sua vida pessoal
esteja exposta, essa exposição deve ser focada no trabalho a ser realizado, para que
metas sejam cumpridas” (idem, 2014).
Observando a síntese dos autores supracitados, é importante a compreensão das
organizações de gerenciamento da informação nos dias atuais visto que sem uma relação do
governo com o eleitor em detrimento de um ideal comum, esse paralelo entre a vida pré-redes
sociais quando pouco se avançavam sobre problemas de políticas públicas devido deficiências
de comunicação por falta de tecnologia ou questões geográficas, e o atual momento pós-redes
sociais não poderão servir apenas como uma versão tecnológica dos telegramas dos Correios,
pois não temos mais o ponto A interagindo com o ponto B apenas, agora há explicitamente
inúmeros pontos (personagens) para fragmentar e utilizar como bem puder a interação de

10
Viralização é um termo que surgiu com o crescimento do número de usuários das redes sociais e blogs. A
palavra é utilizada para designar os conteúdos que acabam ganhando repercussão na web.
13

atores sociais. Nisso, Ferreira e Dias (2014) concluem que “sucesso das redes depende de
como a liderança política dela se utiliza”.
A base estatística que reúne de forma concreta a integralização entre comunicação
institucional para gestão de políticas públicas na esfera digital transposto para o real vem de
um apontamento do Instituto Data Senado (2018) para a “nova realidade do cenário de
políticas publicas” em que o principal número obtido é sobre a influência crescente das redes
sociais como fonte de informação para o eleitor, sendo este.:
“a) Quase metade dos entrevistados (45%) afirmaram ter decidido o voto levando
em consideração informações vistas em alguma rede social. E a principal fonte de
informação do brasileiro hoje é o aplicativo de troca de mensagens WhatsApp,
segundo o levantamento. b) Das 2,4 mil pessoas entrevistadas, 79% disseram
sempre utilizar essa rede social para se informar” (idem, 2018).
Visto isso, a participação ativa dos cidadãos diretamente aptos para votar demonstra
que nessas políticas de desenvolvimento municipal, estadual ou federal um ponto a mais para
se observar, estudar e programar estratégias políticas entre os atores (em especial do poder
legislativo com a população) é a melhor reflexão dos gestores em servir a sociedade dentro de
suas demandas e realidades sociais conforme o cenário vigente.
14

CONCLUSÃO

A construção de políticas públicas dentro da óptica da gestão nos dias de hoje, com as
novas tecnologias voltadas para a área das redes sociais se destacam na medida que são
firmadas por agentes públicos e civis polarizados, ou seja, dissonantes em ideologias ou
objetivos, mas unidos nas medidas cosmopolitas de resolução dos problemas sociais, mesmo
que separados por crenças, ideologias, culturas étnicas e em especial um poder de decisão
legal (oriundo do cargo eletivo) especificamente voltado para um nicho denominado
“ciberpolitica”11 ou “cyberpolitics”. Em termos gerais, essas ações de caráter executivo e/ou
legislativo, após debates e construção de um denominador comum com o auxilio dos entes
virtuais a partir de proposituras, projetos, enquetes e pesquisas definindo como o conjunto de
processos midiáticos-sociais a partir de uma amalgama dialética definida pelos envolvidos na
informação e disseminação (publicidade) contra a má-gestão, omissão ou inércia nas políticas
públicas atreladas ao recorte do momento, sendo o raio-X da esfera social, onde há como
objetivo a concentração de idéias, a fim de consolidar uma solução que reflita os desejos da
maioria com foco na gestão de problemas, isto é, um gerenciamento de crises.
Com tais conceitos a evolução digital e as redes sociais se tornaram um meio eficaz na
nova sociedade do século XXI criados com a finalidade de aprimorar os relacionamentos
humanos. Cada vez mais presente nos dias das pessoas as mídias se tornaram um ambiente de
socialização entre os agente e personagens no qual o usuários em sua maior parte escolhe
onde e quando intervir. Através dos conteúdos filtrados, observa-se que tal rede virtual com
seus inúmeros aplicativos e interfaces está presente no cotidiano dos entes sociais, além de
ocupar um espaço relevante nas tomadas de decisão e formação de opiniões, independente da
classe social, ideologia ou gênero. As gestões entre sociedade civil e poder político passaram
a ser necessárias para se aplicar essas ferramentas de filtro com os envolvidos, principalmente
pelos objetivos, popularidade e cultura do cancelamento de idéias oposicionistas que
independente das bandeiras levantadas irão se convergir em uma comunidade insatisfeita (seja
simples cidadão ou futuro candidato), e que os mesmos (políticos eletivos) se mostram
expostos aos impactos que estas redes e ações podem lhe causar à medida que estão sendo
utilizadas de forma construtiva.

11
“Ciberpolítica” ou “Cyberpolitics” é um termo amplamente empregado em todo o mundo, principalmente por
acadêmicos interessados em analisar sua abrangência e escopo, do uso da Internet para atividades políticas.
15

Contudo, a internet com suas redes sociais inseridas nas mais distintas esferas da
sociedade ainda é o canal mais fluente e convergente entre os gestores políticos e a população,
indo além de uma mera ferramenta de comunicação. Sua eficácia em propagar a informação
viralizada com fim resolutivo, fez dela um ambiente adequado ao fortalecimento da
participação política. Essa participação está cada vez mais híbrida (presencial/offline e online)
interagindo vários meios de intercâmbio político-popular. A capacidade de mobilizar os
personagens online (e até mesmo os offline) e manter uma comunicação, conseguir
cooperação e organizar manifestações são a atuação digital mais recente nas políticas
públicas.
Espera-se que, em breve, as pesquisas possam medir o impacto do marketing político
digital sobre os resultados nas urnas. Ainda que seja um fenômeno recente, as redes sociais,
associadas com o crescente número de usuários de internet (Marques, 2016), podem indicar o
caminho que a comunicação política irá seguir e o comportamento do eleitorado nessa nova
configuração das disputas pelo poder.
Porém, não há indícios de que a internet pode interferir em sua totalidade na
participação política, mas é certo que ela atue de forma complementar a mobilização política
já existentes na comunidade, algo que grupos, manifestantes e gestores políticos (legislativos
e/ou executivo) buscam visibilidade principalmente nas soluções das mais diferentes mazelas
do dia a dia – seja para realmente aumentar a qualidade de vida local ou para marketing
próprio visando eleições futuras.
16

Bibliografia

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