As infecções canina por leishmania são predominantemente causadas por leishmania
infantum. Porém, outras espécies de Leishmania podem infectar os cães. A infecção por Leishmania infantum é tipicamente transmitida por um grupo específico de vetores flebotomíneos (flebotomíneos) que representam o principal risco de transmissão. Além de cães e humanos, L.Infantum pode infectar uma ampla gama de espécies de mamíferos, incluindo gatos. Também foram demonstradas modalidades de transmissão não vetorial (sexual, vertical e transfusão de sangue).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA LEISHMANIOSE CANINA
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico é baseado em sinais clínicos e/ou anormalidades clínico-patológico compatíveis
com a confirmação da infecção por L.Infantum. Cães com leishmaniose clínica são aqueles que apresentam sinais clínicos compatíveis e/ou anormalidades clínico-patológicas e com infecção confirmada por L.Infantum. Cães com infecção subclínica (infectados mas clinicamente saudáveis) são aqueles que não apresentam sinais clínicos no exame físico nem anormalidades clínico-patológicas nos exames laboratoriais de rotina (hemograma, perfil bioquímico e exame de urina) mas tem infecção confirmada por L.Infantum.
Objetivos principais para o diagnóstico da infecção por L.Infantum.
Confirmar a etiologia da doença em um cão com sinais clínicos e/ou anormalidades
clinicopatológicas consistentes com leishmaniose.
Triagem de cães aparentemente saudáveis que vivem ou viajam para ou de áreas
endêmicas: Doadores de sangue Cães reprodutores Cães antes da vacinação contra Leishmania Cães importados Cães admitidos para o exame anual de saúde de Leishmania.
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO
Parasitologico: citologia/histologia, imuno-histoquímica e cultura.
Molecular: reação em cadeia da polimerase (PCR) convencional, nested e em tempo real. Quais amostras e técnicas devem ser usadas para PCR Primeira escolha: swabs de medula óssea, linfonodo, baço, pele ou conjuntival. - A sensibilidade do PCR é menor quando realizada nas seguintes amostras: sangue, buffy coat e urina. Técnica mais sensível: PCR em tempo real/quantitativo. Sorológicos: ensaios quantitativos (IFAT e ELISA) e quantitativos(teste rápido).
Fluxograma para abordagem diagnóstico de cães não vacinados contra leishmania
com suspeita de sinais clínicos e/ou alterações clínico-patológicas compatíveis com leishmaniose. ESTADIAMENTO CLÍNICO, TRATAMENTO E PROGNÓSTICO
O estadiamento é realizado após diagnóstico do paciente canino de infecção por L.infartum
com sinais clínicos e/ou anormalidades clinicopatológicas para facilitar o tratamento adequado e o monitoramento do paciente (Solano-Gallego et al.,2017). Cães infectados, mas clinicamente saudáveis, não são incluídos neste estadiamento. TERAPIA PARA LEISHMANIOSE CANINA MONITORAMENTO DURANTE E APÓS O TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE CANINA - Recomenda-se o uso de sorologia isoladamente ou a combinação de sorologia com PCR para triagem de cães saudáveis e evitar a triagem de cães clinicamente saudáveis (não vacinados) apenas por PCR. - Cães com baixa sorologia confirmada devem ser monitorados com exames físicos, testes laboratoriais de rotina e sorológicos regularmente a cada 3-6 meses para avaliar a possível progressão da infecção pela doença. PREVENÇÃO DA LEISHMANIOSE CANINA
Deve sempre incluir o uso de um inseticida
tópico(somente inseticidas que foram aprovados pelo órgão de aprovação formal devem ser usados para prevenção da CanL) mantido durante todo o período de atividade dos flebotomíneos. Além disso, a vacinação deve ser considerada como parte de uma abordagem multimodal (combinação de repelente e vacinação).
Formulações spot-on - O tratamento com
formulações spot-on de permetrina pode fornecer uma atividade repelente (anti-alimentação) contra flebotomíneos por 3-4 semanas. No caso de cães que viajam para áreas endêmicas, o produto deve ser aplicado pelo menos 2 dias antes da exposição. Coleiras - As coleiras impregnadas com deltametrina evitam picadas de flebotomíneos. A eficácia desta coleira na prevenção da infecção por leishmania foi demonstrada em vários ensaios de campo. A duração da eficácia desta coleira é de até 12 meses. VACINAS