Você está na página 1de 16

Seminário com base no artigo:

Prevenção da leishmaniose canina


e seu impacto na saúde pública
Domenico Otranto e Filipe Dantas-Torres
Departamento de Medicina Veterinária, Universidade de Bari, 70010 Valenzano, Bari, Itália
Departamento de Imunologia, Instituto de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, 50670-420 Recife, Pernambuco, Brasil
Leishmaniose canina (CanL) causada por Leishmania infantum

Leishmaniose canina é uma doença transmitida por


vetores de grande importância veterinária e significado
médico.

Uma ameaça zoonótica emergente

Entre as mais importantes doenças parasitárias existentes


Ocorre em todos os continentes, exeto Oceania
Leishmaniose canina (CanL) causada por Leishmania infantum.

Quadro cínico nos cães


Leishmaniose canina (CanL) causada por Leishmania infantum.

Quadro cínico nos cães


Leishmaniose canina (CanL) causada por Leishmania infantum.

Quadro cínico nos cães


Leishmaniose canina (CanL) causada por Leishmania infantum.

Quadro cínico nos cães


Prevenção a infecção:

A prevenção da LCan requer uma abordagem combinada, incluindo medidas


centradas nos cães e no ambiente onde os vetores se procriam.

Dificuldades em estabelecer planos de controle

Dificuldade de controle ambiental


Diagnóstico definitivo problemático
Cães assintomáticos
Micro habitats
A aplicação de inseticidas pode eventualmente ter um efeito transitório, mas
normalmente é insustentável a longo prazo por várias razões técnicas e
econômicas.
Controle de vetores no hospedeiro
O uso de repelentes como os piretróides sintéticos em cães tornou-se a ferramenta mais
eficaz para a prevenção da infecção por L.infantum nesses animais. Seu modo de ação, une o
feito tóxico e irritante sobre os flebotomíneos, causa desorientação do inseto e abandono
súbito do hospedeiro.
A eficácia de vários repelentes contra flebotomíneos foi avaliado em condições de laboratório e de
campo com resultados animadores.

Esta é uma estimativa de redução na soroconversão de cães durante uma estação de transmissão.
Vacinação

Tentativas iniciais mal sucedidas usando vacinas inativadas preparadas com:

- Promastigotas de Leishmania braziliensis ou precipitado com alúmen, autoclavado Leishmania major com -
Bacillus Calmette-Guerin como adjuvante

- Vacinas de segunda geração foram compostas por parasitas cultivados inteiros ou seus excretores-secretores.

Produtos foram testados em condições de campo nos últimos anos.

- Vacina preparada com uma glicoproteína conhecida como ligante fucose manose de Leishmania donovani foi
licenciado no Brasil com eficácia de campo de 76% e proteção de 92%.

O Ministério da Saúde do Brasil não adotou-a como medida de controle até o momento.
Outras vacinas candidatas

- Vacinas baseadas na expressão de poliproteína (Leish-111) [49] ou análogo de Leishmania do receptores do antígeno C
quinase ativado (LACK) [50].

- Vacinas de quarta geração foram preparadas com proteinases de cisteína de L. infantum (tipos I e II) e protegeram dez cães
(90% de proteção) contra Infecção por L. infantum, após 12 meses de desafio .

Eficácia e proteção das vacinas atualmente licenciadas para prevenir a leishmaniose canina
Tratamento de cães infectados

O tratamento de cães com CanL não visa apenas aumentar a expectativa de vida e melhorar a qualidade vida,
mas também para diminuir a carga parasitária, reduzindo assim sua infecciosidade para flebotomíneos.

A capacidade reduzida de infecciosidade para flebotomíneos pode ser o efeito de


melhora e redução da carga parasitária na pele, demosntrado no Brasil.

Estudos indicam claramente os benefícios de tratar cães infectados em áreas onde


a infecção por L. infantum é endêmica.
Abate de cães: uma prática antiética e inútil

A eliminação de cães para o controle da leishmaniose humana foi realizada pela primeira vez na Palestina, China e Ásia Central .

Mesmo em áreas de transmissão zoonótica, o sucesso controle da doença foi atribuído ao


tratamento em massa de pacientes humanos e ao uso de inseticidas para controle,
dificultando o efeito real da eliminação do cão para avaliar. No entanto, numerosos cães
foram eliminados, sem critérios definidos.

No Brasil, há muito tempo o controle da LCan é baseado no abate de


cães soropositivos. No entanto, não há evidências científicas de que
essa estratégia possa reduzir a incidência de LV zoonótica. Além disso, o
Brasil permanece entre os seis países responsáveis por 90% dos casos globais
de LV zoonótica notificados no mundo.
Considerações finais e perspecitivas futuras

A LCan é uma doença multifacetada e por isso seu controle não é fácil de ser alcançado.

Diferentes estratégias estão disponíveis para a prevenção e controle da LCan, incluindo vacinação, uso de
repelentes e tratamento de cães infectados.
A eficácia do uso combinado de repelentes mais vacinação na prevenção da LCan deve ser avaliada em
ensaios de campo controlados randomizados em larga escala.
Soluções :
Desenvolvimento de vacinas
Uso de repelentes
Campanhas de controle
Uso de coleiras
Sinergismo entre médicos, veterinários, pesquisadores e autoridades
AGRADECEMOS SUA ATENÇÃO

Você também pode gostar