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ANTAGONISTAS DE R5HT(3)
- Eficazes também contra a hiperémese da gravidez (náuseas e vómitos na gravidez, mas não contra o enjoo do
movimento.
- 5-HT (serotonina) é o principal neurotransmissor responsável pela émese (vómito) associada à quimioterapia ou à
radioterapia.
- R5HT(3) localizadosà terminais nervos vagais, zona de gatilho quimiorrecetora e núcleo do núcleo do trato
solidário.
ONDANSETROL:
- Náuseas e vómitos induzidos por quimioterapia, radioterapia e pós-operatório.
METOCLOPRAMIDA:
- Oral ou injetável.
- Prevenção de náuseas e vómitos tardios induzidos por quimioterapia e radioterapia em adultos, induzidos por
enxaqueca aguda.
- Opção de 2ª linha para prevenir náuseas e vómitos tardios induzidos por quimioterapia, crianças entre 1 a 18 anos.
- Maior utilidade em tratar náuseas e vómitos que acompanham síndromes de dismotilidade gastrointestinal.
- Efeitos adversosà distúrbios extrapiramidais (efeitos colaterais) quando são usados altas doses, geralmente no
inicio do tratamento.
- Como também é um antagonista dos recetores D2, também é um agente procinético (aumenta a motilidade GI
coordenada), atuam a montante da acetilcolina (que aumenta a motilidade).
DOMPERIDONA:
- Alívio de náuseas e vómitos.
- Oral.
- Não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica, exerce efeitos nas partes do SNC que não possuem essa
barreira.
DIMENIDRINATO:
- Também é antagonista dos RH(1) (histamina).
- Prevenção e/ou tratamento das náuseas, vómitos, tonturas, vertigens causadas pelo “enjoo do movimento” e
devidas à doença de Méniere (distúrbios da orelha interna).
REFLUXO
- Evitar refeições e alimentos que reduzem o tônus do esfíncter esofágico inferior (cafeina, gorduras,
chocolate).
- Recomenda-se que as refeições sejam feitas sentado, e que se evite a posição de deitado várias horas após
a refeição.
- Nos bebesà Ajudam mudanças na alimentação reduzem sintomas (leite de substituição), reduzir o volume
e aumentar a frequência da alimentação, uso de gentes espessantes (diminui a regurgitação, contudo pode levar ao
ganho de peso), elevar a cabeceira da cama e meter o bebe de pé.
- Medidas farmacológicas:
- Antiácidos.
GASTRITE
- Terapia farmacológica:
- 2 ou 3 antibióticos + 1 inibidor da bomba de protões (IBP) ou bismuto (efeito direto contra a H.pylori).
- Terapia tripla de primeira linha padrão com um IBP (omeprazol ou lansoprazol) + amoxicilina +
claritromicina.
- Terapia de segunda linha (terapia quadrupla) à IBP + bismuto + tetraciclina + metronidazol ou tinidazol.
ÚLCERA PÉPTICA
- Terapia farmacológica:
- Antiácidos.
- IBP.
- Sucralfato.
- Análogos de prostaglandinas.
ANTIÁCIDOS
- Aliviam a dor, náuseas, inativam a pepsina, aumentam o tônus do esfíncter esofágico inferior (reduzindo a pressão).
- Efeito adverso:
- Ao aumentarmos com antiácidos o pH do estômago, o nosso corpo por reação começa a libertar HCL;
aumentando a secreção gástrica, reduzindo o pHà Efeito ricochete.
CARBONATO DE CÁLCIO:
- Dos mais eficazes, mas tem limitaçõesà risco de hipercalcemia.
- Principal fator limitante é o esvaziamento gástrico, pois se existir esvaziamento o fármaco já não provoca o seu
efeito.
- Efeitos adversosà Diarreia ou obstipação, hipercalcemia, litíase renal (pedras nos rins).
BICARBONATO DE SÓDIO:
- Antiácido sistémico.
- Ação rápida.
- É dos mais eficientes, contudo tem efeito temporário e leva ao risco de alcalose (desequilíbrio entre coisas básicas
e ácidas).
- Deve ser evitado em pessoas com insuficiência cardíaca, edema, insuficiência renal e hipertensão.
HIDRÓXIDO E SAIS DE ALUMÍNIO:
- Fraco, inicio de ação lento, inativa a pepsina.
SAIS DE MAGNÉSIO:
- Dos mais eficazes, mas provoca diarreia (efeitos laxantes) (IMPORTANTE!).
- Potente.
- Efeitos adversos à Hipermagnésiemia, hipotensão, náuseas, vómitos, diminuição dos refexos osteotendinosos,
depressão respiratória e coma.
- Combinação entre os sais de magnésio (ação rápida) e alumínio (ação lenta) são as preferidas.
ANTAGONISTAS H(2)
- Suprimem a secreção de ácido gástrico principalmente basal (noturno) (24h), reversivelmente, por ligação aos
recetores H(2) da histamina.
- Efeitos adversos leves e pouco frequentes à episódios transitórios de diarreia, tonturas e sonolência (1%).
CIMETIDINA:
- Tratamento úlcera duodenal, gástrica, refluxo gastroesofágico, síndrome de Zollinger-Ellison.
RANITIDINA:
- Tratamento úlcera duodenal, gástrica pós-operatório, refluxo gastroesofágico, hiperacidez gástrica e síndrome de
Zollinger-Ellison.
FAMOTIDINA:
- Tratamento úlcera duodenal, gástrica, síndrome de Zollinger-Ellison.
- Supressores mais potentes da secreção de ácido gástrico basal e estimulado (noite e dia).
- São pró-fármacos.
- Poucos efeitos adversos à náuseas, dor abdominal, obstipação flatulência (peidos), diminuição da absorção de
cálcio e diarreia.
OMEPRAZOL:
- Tratamento de úlceras duodenais, gástricas, refluxo gastroesofágico, síndrome de Zollinger-Ellison.
- Usado e crianças com mais de 4 anos em associação com antibióticos para úlceras duodenais associadas a
H.Plory.
ESOMEPRAZOL:
- Prevenir úlceras duodenais e gástricas associadas aos AINEs, refluxo gastroesofágico, combinação com
antibióticos na erradicação da H.Plory em úlceras, síndrome de Zollinger-Elisson.
PANTOPRAZOL:
- Tratar úlceras duodenais e gástricas, refluxo gastroesofágico, combinação com antibióticos na erradicação da
H.Plory em úlceras, síndrome de Zollinger-Elisson.
- Previnem a lesão gástrica (efeitos citoprotetores), estimulam a secreção de mucina e bicarbonato, aumentam o
fluxo sanguíneo na mucosa.
MISOPROSTEROL:
- Análogo sintético da PGE.
- 4 vezes ao dia.
- Num ambiente ácido, o Sucralfato sofre reticulação e forma um polímero viscoso e pegajoso que adere às células
epiteliais e às crateras da úlcera.
- Forma géis e cria uma barreira física que protege a úlcera da pepsina e do ácido, permitindo a sua cicatrização.
- Efeitos adversos à obstipação (mais comum), camada viscosa no estômago pode inibir a absorção de outros
medicamentos.
ALOSETRON:
- Antagonista R5HT(3).
- Contraindicaçõesà pessoas com obstipação, obstrução intestinal, doença de Crohn, colite ulcerativa,
insuficiência hepática grave, entre muitas outras...
ELUXADOLINA:
- Tratamento da SCI com diarreia.
LUBIPROSTONA:
- Aumenta a secreção de fluidos no intestino delgado para ajudar na passagem das fezes.
- Usado em alguns países para tratar mulheres com SCI com obstipação, ou com sintomas graves que não
responderam a outros tratamentos.
LINACLOTIDE:
- Tratamento SCI moderada a grave com obstipação em adulto.
- Efeitos adversos à pode causar diarreia (evitado tomando o medicamento 30/60m antes das refeições).
DOENÇA DE CROHN
- Resseção cirúrgica no intestino danificado, a drenagem de abscessos ou a reparação das fístulas podem ser
necessárias.
COLITE ULCERATIVA
- Anti-inflamatórios.
- Doentes responsivosà uso de esteroides melhora, e permanecem em remissão à medida que os esteroides são
removidos.
- Doentes dependentes de esteroides à respondem aos glucocorticoides, mas apresentam uma recaída dos
sintomas à medida que a dose é reduzida.
- Doentes que não respondem a esteroides à não melhoram mesmo com glucocorticoides em altas doses.
PREDNISOLONA:
- Via oral à Períodos críticos de colite ulcerativa.
HIDROCORTISONA:
- Injetávelà Períodos críticos de colite ulcerativa.
BUDESONIDA:
- Oralà Fase aguda da doença de crohn e colite ulcerativa.
AZATIODARONA E METERCAPTORINA:
- São antimetabolitos.
- Derivados da tiopurina.
- São pró-fármacos.
- Usados para tratar fístulas na doença de crohn, e para prevenir a recorrência da mesma doença.
- Resposta clinica pode levar semanas a meses, sendo outros fármacos são preferidos no quadro agudo.
- Efeitos adversos à inibir o sistema imunitário (organismo mais exposto a inflamações), inibem a proliferação
celular (pois inibe a síntese de DNA), hipersensibilidade, anorexia, náuseas, vómitos, leicopenia e trombocitopenia.
METOTREXANO:
- Análogo ao ácido fólico, inibe a redutase do ácido di-hidrofólico, necessária para o transporte de grupos na síntese
de nucleótidos.
- Efeitos adversos à estomatite ulcerosa, leucopenia, náuseas, perturbações abdominais, mal-estar geral, febre,
tonturas e resistência diminuída às infeções. Ulcerações da mucosa oral são sinais de toicidade.
MOLÉCULAS COM 5-ASA:
- Terapia de 1ª linha para a colite ulcerativa leve e moderada.
- Inibe a produção de IL-1, TNF-alfa, NF-kB, ou seja inibe a produção de mediadores inflamatórios,
reduzindo a inflamação.
- Efeitos adversosà porção sulfrapiridina, náuseas, vómitos, fadiga, reações alérgicas, erupção cutânea,
febre, hepatite, pneumonite, anemia, hemolítica e supressão da medula óssea.
CICLOSPORINA:
- Eficaz na colite ulcerativa grave que não respondeu adequadamente à terapia com glucocorticoides.
- Efeitos adversos à disfunção renal, tremor, hirsutismo, hipertensão, diarreia, anorexia, náuseas e vómitos.
OUTROS
INFLIXIMAB:
- Anticorpo monoclonal.
- Tratamento pessoas com doença de crohn moderada a grave, que tiveram resposta inadequada a corticosteroides
ou outros modeladores imunológicos.
- Via intravenosa à em intervalos de semanas e meses, facilita o fechamento de fístulas associadas à doença de
crohn.
- Pode fazer reações agudas (febre, calafrios, urticária, anafilaxia) ou sub-aguda (doença do soro).
- Efeitos adversos mais frequentes à neutropenia, leucopenia, aumento da incidência de infeções respiratórias.
- Contraindicado à doentes com insuficiência cardíaca congestiva grave, pode reativar tubercolose.
FÁRMACOS QUE AGEM NA MOTILIDADE INTESTINAL
- Diarreia:
- Pode ser particularmente séria em bebes e crianças pequenas, pessoas com outras doenças ou pessoas
saudáveis que persista por um longo período.
- Doença celíaca:
- Tratamento primário consiste na remoção do glúten e proteínas relacionadas (trigo, cevada centeio).
Comer coisas sem glúten.
- Tratamento da obstipação:
- Exercício moderado.
- Laxantes e enemas não devem ser usados regularmente para tratar obstipações simples pois inibem os
reflexos normais do nosso corpo para a defecação e podem danificar a mucosa retal.
ANTIDIARREICOS
- Não devem ser usados em pessoas com diarreia com sangue, febre alta, ou sinais de toxicidade pois agrava a
doença.
AGENTES ADSORVENTES:
POLICARBÓFILO:
- Não são tóxicos.
- Absorve 60 vezes o seu peso em água e é usado para tratar diarreia e obstipação.
- Aumenta a quantidade de água das fezes, tornando mais macias e fáceis de evacua.
COMPOSTOS DE BISMUTO:
BISMUTO:
- No baixo pH do estômago, reage com o ácido cloridico, agindo como antiácido.
- Efeitos sobre a motilidade intestinal (recetores opioides µ), secreção intestinal (recetores d) e absorção (µ e d).
- Os antidiarreicos usados vão atuar por meios de recetor opioides µ e são preferidos aos que penetram o SNC.
LOPERAMIDA:
- Tratamento diarreia.
- Via oral.
- Aumenta o tónus do esfíncter anal (bom para pessoas com incontinência anal).
- Atividade anti-secretória.
DIFENOXILATO E DIFENOXINA:
- Um pouco mais potentes que a morfina.
AMOLECEDORES OU EMOLIENTES
DIOCTILSULFOSSUCCINATO:
- Efeito detergente.
PARAFINA:
- Interfere com a absorção das vitaminas.
- Não deve ser prescrita a doentes com alterações do esvaziamento esofágico ou gástrico, para evitar o risco de
pneumonite de aspiração.
- Efeito carcinogénico.
- Desaconselha-se.
DE CONTACTO OU ESTIMULANTES
- Efeitos adversos à Sene, cáscara – sagrada à uso prolongado pode causar pigmentação no cólon.
SALINOS E/OU OSMÓTICOS
SAIS DE MAGNÉSIO:
- Não são apreciavelmente absorvidos.
MANITOL E SORBITOL:
- Retêm a água e sais no lúmen intestinal.
LACTULOSE:
- É um dissacarídeo semissintético (galactose e frutose).
- Diminui a produção de amónia pelas bactérias do tubo digestivo, baixa pH fecal, diminui a absorção.
- A porção não digerida aumenta o volume, forma viscosa ou gel, estimulando o peristaltismo.
- Outros mecanismosà produção de metabolitos osmoticamente ativos, alterações da flora intestinal, aumento dos
ácidos biliares fecais).
- Após a evacuação feita pelo laxante potente, podem decorrer vários dias sem nova evacuação.