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Amebíase

Aspectos Gerais e
Diagnóstico Laboratorial

Prof. Ronaldo Rodrigues Sarmento


Disciplina de Parasitologia

1
Cronograma:
 Definição
 Classificação
 Prevalência e Epidemiologia
 Morfologia
 Transmissão e Ações Patogênicas
 Diagnóstico Clínico e Laboratorial
 Profilaxia
 Tratamento

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Definição de Amebiase:

É uma infecção intestinal e


extra-intestinal provocada pela
Entamoeba histolytica
(Schaudinn 1903).

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Classificação:
 CLASSE  Lobosea

 ORDEM  Amoebida

 FAMÍLIA  Entamoebidae

 GÊNEROS  Entamoeba, Iodamoeba, Endolimax e


Dientamoeba

 ESPÉCIES  E. histolytica, E. dispar, E. hartmanni, E.


coli, E.gingivalis, Dientamoeba fragilis, I. butschlii e
Endolimax nana

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Prevalência:
 Zonas tropicais e em desenvolvimento
 Não tem relação com o clima
 5 a 50 % da população mundial têm amebíase
 2ª causa de morte no mundo
 Alta incidência na África, Ásia e América Latina
 Brasil: Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul

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Epidemiologia:
 Transmissão feco-oral através da ingestão
de cistos maduros nos alimentos e água.
 Apesar de poder atingir todas as idades, é
mais frequentes nos adultos (entre 20 e
60 anos).
 Algumas profissões são mais atingidas
(trabalhadores de esgotos, etc).

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Epidemiologia:

 Os cistos permanecem viáveis (ao abrigo da luz


solar e em condições de umidade) durante
cerca de vinte dias.
 Diferentes cepas, em diferentes locais, influindo
na patogenicidade.
 Cistos necessitam de condições do meio
ambiente e do trato gastro-intestinal com pH
alcalino.

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Morfologia:
 Trofozoítos: Medem de 20 a 40 µm, 1 núcleo e
membrana delgada.

 Pré-cisto: Menor oval e 1 núcleo.

 Metacisto: Forma multinucleada dá origem aos


trofozoítos.

 Cistos: Formas ovais, 8 a 20 µm de 1 a 4 núcleos.

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Morfologia: Entamoeba histolytica

Trofozoito (não infectante) Cisto Maduro (infectante)

Cisto Maduro (infectante) Trofozoito (não infectante)


Fonte: www.acssjr.hpg.ig.com.br
9
Morfologia: Entamoeba histolytica

Trofozoita (não infectante) Trofozoita (não infectante)

Trofozoita (não infectante) Trofozoita (não infectante)


Fonte: www.acssjr.hpg.ig.com.br
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Morfologia: Entamoeba coli

Cisto (E. Coli) Cisto (E. Coli)

Trofozoita (E. Coli) Cisto (E. Coli)

Fonte: www.acssjr.hpg.ig.com.br

11
Morfologia: Iodamoeba butschlii

Trofozoito (I. butschlii) Cisto (I. butschlii)

Trofozoito (I. butschlii) Cisto (I. butschlii)


Fonte: www.acssjr.hpg.ig.com.br
Fonte: http://ryoko.biosci.ohio-state.edu
12
Morfologia: Endolimax nana

Cisto ( E. nana) Trofozoita (E. nana)

Fonte: www.acssjr.hpg.ig.com.br
Fonte: http://ryoko.biosci.ohio-state.edu

13
Morfologia: Entamoebas

Cisto ( E. nana) Cisto (I. butschlii) Cisto (E. Coli)

Cisto (E. histolytica) Fonte: www.acssjr.hpg.ig.com.br


Fonte: http://ryoko.biosci.ohio-state.edu

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Ciclo Evolutivo: Monoxênico

Fonte:Parasitologia Dinâmica, pág. 61 Cap.


IV 15
Habitat:

 Os trofozoítos de Entamoeba histolytica


vivem como comensais na luz do
intestino grosso.
 Em algumas circunstâncias: ulcerações
intestinais, abscesso hepático, cutâneo,
pulmonar e raramente cérebro.

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Lesões extra-intestinais:

Fonte:Parasitologia Dinâmica, pág. 64 Cap. IV


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Transmissão:
 Ingestão de cistos maduros
 Verduras e frutas contaminadas
 Água
 Baratas e moscas
 Falta de higiene domiciliar e
pessoal
 Relação sexual (coito anal)

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Patogenia:

 Período de incubação: 7 dias até 4 meses

 Formas assintomáticas

 Formas sintomáticas (E. histolytica)

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Manifestações Clínicas Intestinais:

 Colites não disentéricas.

 Colites amebianas - Forma disentérica 8


a 10 evacuações por dia acompanhadas
de cólicas intestinais e diarréia
com evacuações mucosanguinolentas,
febre moderada e dor abdominal.

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Manifestações Clínicas Extra-Intestinais:
 Amebíase hepática: dor, febre e
hepatomegalia (Anorexia, perda de
peso e fraqueza geral acompanham o
quadro).
 Amebíase cutânea: região perianal.
 Amebíase em outros órgãos: pulmão,
cérebro, baço, rim, etc.

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Diagnóstico Laboratorial:
 Parasitológico:
Fezes Liquidas: exame direto em 30
minutos.
Fezes formadas: Formol a 10%, MIF, e
técnicas de concentração (Faust e
hematoxilina férrica).
Sangue Oculto.

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Diagnóstico Laboratorial:
 Imunológico (amebíase intestinal e extra-
intestinal): Elisa, IFI, Hemaglutinação
Indireta e Imunodifusão.

 Bioquímica: Eletrólitos, Marcadores


Hepáticos, Marcadores Renais.

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Profilaxia:

 Água de boa qualidade


 Educação sanitária
 Educação ambiental
 Lavagem de frutas e verduras
 Tratamento dos pacientes positivos
 Exames de fezes periódicos
.

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Tratamento:

 Intestinal:
 Amebicida luminal (luz intestinal);
 Amebicidas tissulares (tecidos);
 Luminal e tissular.

 Extra-intestinal:
 Luminal, tissular e antibióticos.

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Metronidazol:
 É utilizado no tratamento da amebíase invasiva, assim
como de infecções por Trichomonas vaginalis e
Giardia lamblia.
 Como apenas 10% da droga se fixa às proteínas
séricas, alcança concentrações elevadas nos tecidos,
incluindo pulmões, bílis, fígado, ossos e cérebro,
excedendo os níveis necessários para inibir os
microorganismos contra os quais é ativa.

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Vacinas:

 Vacinas contra a Entamoeba histolytica


têm sido desenvolvidas e testadas, porém
até o momento nenhuma delas
apresentou resultados eficientes.

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Referências Bibliográficas:
 Neves, D. P. – Parasitologia Dinâmica. 11ª edição. São
Paulo, Editora Atheneu, 2003.
 REY, L. – Bases da Parasitologia. 2 a edição. Rio de
Janeiro, Editora Guanabara, 2002.
 Ferreira, W. A., Ávila,S. L. M. – Diagnóstico Laboratorial.
2ª edição. Rio de Janeiro, Editora Koogan, 2001.
 Ravel, R. – Laboratório Clínico, Aplicações Clínicas dos
Dados Laboratoriais. 6ª edição. Rio de Janeiro, Editora
Koogan, 1997.

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